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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Águyda Beatriz Teles
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professores: Klenio Farias
Dalila Regina Mota de Melo
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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A nutrição clínica de pequenos animais vem se especializan-
do cada vez mais ultimamente. A nutrição adquire uma grande rele-
vância, pois além de garantir o suporte de algumas patologias que 
atacam os animais de companhia, também alertam quando o manejo 
com esses animais tem sido inadequado, evitando o aparecimento de 
doenças. E ainda, o suporte nutricional é essencial para a melhoria 
do estado geral do animal, porque em diversas situações apenas um 
manejo dietético adequado é a medida terapêutica com eficácia. Por-
tanto, entender como os processos de alimentação e da nutrição de 
cães e gatos podem ser conduzidos ao longo de suas vidas é extre-
mamente necessário para que se possa impedir o desenvolvimento de 
doenças e auxiliar no tratamento de enfermidades crônicas, garantindo 
uma maior perspectiva de vida e recuperação dos animais enfermos. 
Quando identificar que seu animal está demonstrando sintomas estra-
nhos e comportamentos inadequados, a medida correta é que esse 
animal seja imediatamente conduzido ao médico veterinário para que 
este possa realizar os exames necessários, chegue ao diagnóstico 
e indique o devido tratamento. É indispensável conhecer o funciona-
mento fisiológico de cada espécie animal utilizada, para ter base para 
fornecer uma alimentação balanceada para o seu desenvolvimento 
adequado. Antes de desenvolver uma dieta alimentar é imprescindível 
analisar em termos de nutrientes para que estes possam ser manipu-
lados de modo que as proporções fornecidas nutram adequadamente 
o animal explorado.
Nutrição Clínica. Distúrbios Nutricionais. Nutrientes.
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 CAPÍTULO 01
NUTRIÇÃO CLÍNICA
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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Introdução à Nutrição Clínica ___________________________________
Pancreatite ____________________________________________________
Alterações Digestivas - Doenças Trato Gastrointestinal ___________
 CAPÍTULO 02
DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS
Insuficiência Hepática _________________________________________ 32
27Recapitulando ________________________________________________
42Insuficiência Pancreática Exócrina ______________________________
Recapitulando _________________________________________________ 46
 CAPÍTULO 03
NUTRIENTES
Energia, Vitaminas, Proteínas e Aminoácidos __________________ 50
Doenças Ocasionadas pelo Excesso de Nutrição e Energia _______ 55
Recapitulando ________________________________________________ 63
Considerações Finais ___________________________________________ 67
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Fechando a Unidade ____________________________________________ 68
Referências _____________________________________________________ 71
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A nutrição clínica de pequenos animais vem se especializando 
ultimamente. Por isso, comumente se encontra veterinários que atuam 
em áreas específicas, como a cardiologia, ortopedia, oncologia, endo-
crinologia, entre outras áreas.
Este crescimento está diretamente relacionado com a relação 
desenvolvida entre os homens e animais. Cada dia mais as pessoas 
estão tratando seus cães e gatos como membros da família, buscando 
garantir a esses animais o máximo de qualidade de vida para que sua 
vida seja prolongada.
Neste sentido, a nutrição adquire uma grande relevância. Além 
de garantir o suporte de algumas patologias que atacam os animais de 
companhia, também alerta quando o manejo com este animal tem sido 
inadequado, evitando o aparecimento de doenças. E ainda, o suporte 
nutricional é essencial para a melhoria do estado geral do animal, por-
que em diversas situaçõesapenas um manejo dietético adequado é a 
medida terapêutica com eficácia.
Porque em muitos casos o fornecimento de uma má alimenta-
ção para os cães e gatos é o motivo do desenvolvimento de doenças, 
podendo provocar perdas irreversíveis que poderão resultar na morte 
precoce desses animais.
Portanto, o conhecimento de como alimentação e a nutrição de 
cães e gatos podem ser dirigidas ao longo da vida do indivíduo com vi-
sando impedir o desenvolvimento de doenças e, quando for necessário, 
auxiliar no tratamento de doenças crônicas é essencial para garantir o 
máximo da perspectiva de vida e recuperação dos animais enfermos.
Neste Módulo serão apresentadas informações básicas sobre 
a nutrição clínica em cães e gatos. Deste modo, nesta unidade de es-
tudo, você compreenderá nutrição clínica, distúrbios nutricionais e nu-
trientes dos alimentos de cães e gatos.
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INTRODUÇÃO À NUTRIÇÃO CLÍNICA
Ultimamente a clínica tem cada vez mais se especializado para 
melhor atender os pequenos animais. Agora, corriqueiramente se loca-
liza veterinários que atuam na cardiologia, ortopedia, nefrologia, onco-
logia ou endocrinologia.
A relação estreita entre homens e animais que tem instigado 
as pessoas a tratarem seus cães e gatos como familiar, buscando as-
sim, garantir a eles a melhor qualidade de vida possível e o máximo de 
longevidade. 
O aproveitamento dos nutrientes engolidos por meio da alimen-
tação, bem como a sanidade, o manejo e a disposição genética estão di-
retamente ligados na produtividade animal. Portanto, o conhecimento dos 
NUTRIÇÃO CLÍNICA
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princípios básicos conduz os mecanismos de interação entre os animais 
e os alimentos, além da origem e combinação dos alimentos disponíveis 
para uma nutrição equilibrada são fundamentais os donos de animais.
A nutrição animal adquire amplo valor por servir de sustentá-
culo para determinadas patologias crônicas que atacam os animais de 
companhia, bem como se for conduzida de maneira imprópria ao longo 
da vida pode causar, consequentemente, a manifestação de algumas 
doenças, como por exemplo, a obesidade.
Neste sentido, compreender como a alimentação e a nutrição 
de cães e gatos podem ser conduzidas durante a vida do indivíduo com 
o objetivo de impedir doenças e auxílio no tratamento de enfermidades 
crônicas é essencial para garantir maior perspectiva de vida e recupe-
ração dos animais enfermos (Figura 1).
Figura 1 – Cão e gato nutridos.
Fonte: OLIVEIRA (2013).
Este conhecimento pode ser adquirido por meio da Nutrição Clíni-
ca, que corresponde à área da Nutrição que estuda o tratamento de várias 
doenças através da alimentação, bem como a prevenção de doenças.
A Nutrição é a ciência responsável pelo estudo dos fenôme-
nos físicos, químicos e biológicos pelos quais os alimentos engolidos 
são digeridos pelos animais e absorvidos e metabolizados pelo sistema 
digestivo atendendo suas necessidades de conservação e produção. 
Aliada à genética, sanidade e ao manejo, a Nutrição é essencial para 
produtividade dos animais explorados economicamente.
Diante disto, é importante ter conhecimento de alguns concei-
tos utilizados na nutrição animal.
• Alimentação é o abastecimento adequado das quantidades 
de uma dieta, de maneira que seja palatável para obter o resultado es-
perado do animal em questão.
A diferença entre alimentação e nutrição é que a primeira se refere 
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à seleção, preparação e abastecimento do alimento ao animal, enquanto a 
segunda é referente à digestão, absorvimento e metabolismo do alimento.
• Alimento é a substância ou produto que provê os nutrientes, 
ajustados de maneira coerente, abastece as exigências do animal. Sen-
do este apropriado para ser digerido, absorvido e aproveitado. Os ali-
mentos podem ser: vegetais, cereais e subprodutos, gorduras e óleos, 
carnes e vísceras, e alimento industrializado, conhecido como ração.
A manifestação genética de um animal só acontecerá quando for 
alimentado adequadamente. Com isso, a alimentação é considerada um 
elemento indireto para o melhoramento. A procura de um alimento eficiente 
e barato torna a alimentação um elemento econômico e sanitário, pois atua 
na precaução de doenças. Os alimentos são classificados como (Figura 2):
Figura 2 – Classificação doa alimentos.
Fonte: Adaptado de MAYER (2019).
O alimento é constituído essencialmente por dois elementos: 
água e matéria Seca. A matéria seca, por sua vez, é constituída por uma 
parte orgânica composta pelos lipídios, proteínas, glicídios e vitaminas; 
e outra parte inorgânica composta pelos minerais. 
• Nutriente é a parte dos alimentos que possui o mesmo arranjo 
químico e são fundamentais para conservação da vida. Os nutrientes são 
os lipídios, os carboidratos, as proteínas, os minerais e as vitaminas. Por-
tanto, o seu reconhecimento é indispensável para uma formulação apro-
priada dos alimentos para atender as exigências nutricionais dos animais.
Os nutrientes digestivos são aqueles capazes de serem dige-
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ridos e absorvidos pelos animais e se encaixam neste grupo os carboi-
dratos, as proteínas e os lipídios. Quantos aos minerais e as vitaminas, 
estes não são considerados nutrientes digestivos, pois os minerais são 
e-excretados enquanto algumas vitaminas são sintetizadas.
• Ração ou dieta são a combinação e quantidade de diversos 
alimentos oferecida ao animal durante o período de 24 horas, de manei-
ra apropriada e equilibrada. 
Uma ração ou dieta balanceada é quando esta oferece diver-
sos nutrientes em quantidades adequadas para que a nutrição do ani-
mal seja garantida. 
• Alimentação racional tem por objetivo o fornecimento de alimento 
ao animal para sua sustentação, conservando as condições de rendimento 
produtivo e o benefício da alimentação em troca do trabalho humano.
A nutrição natural em cães nada mais é do que a prepara-
ção caseira de seus alimentos. Consiste em usar ingredientes fres-
cos, combiná-los e cozinhá-los de acordo com as necessidades 
nutricionais do animal.
Deste modo, a nutrição animal é considerada o conjunto de 
procedimentos em que um organismo vivo digere ou assimila os nu-
trientes presentes nos alimentos, aproveita-os para seu crescimento e 
desenvolvimento, e reposição ou reparação dos tecidos corporais.
Seja para consumo humano ou estimação, os animais necessi-
tam de uma alimentação balanceada e de qualidade. 
A finalidade principal da nutrição animal é promover uma pro-
dução com baixo custo, de maneira saudável. Desenvolvendo medidas 
sustentáveis envolvendo a vida do animal e a do homem.
Determinados animais quando estão doentes podem apresen-
tar uma fome anormal ou não querer se alimentar. Podendo, assim, 
afetar sua recuperação, enfraquecer sua imunidade e perder proteínas.
Quando ocorre uma má nutrição o animal corre sérios perigos, 
tais como mostra a figura 3 abaixo:
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Figura 3 – Consequências de uma má nutrição animal.
Fonte: Adaptado de CLINIVET HOSPITAL (2019).
O suporte nutricional clínico é conhecido como o oferecimento 
de nutrientes exigidos e apropriados ao paciente animal, com a finali-
dade de prevenção, correção e preencher as carências nutricionais do 
animal enfermo, reparando a desnutrição e a condição geral dele.
O Nutriente é a parte dos alimentos que possui o mesmo ar-
ranjo químico e são fundamentais para conservação da vida. O seu 
reconhecimento é indispensável para uma formulação apropriadados alimentos para atender as exigências nutricionais dos animais. 
Vários são os benefícios de um atendimento nutricional ade-
quado. Vejam eles na figura 4.
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Figura 4 - Benefícios de um atendimento nutricional adequado.
Fonte: Adaptado de CLINIVET HOSPITAL (2019).
Do mesmo modo, o suporte nutricional conserva a integridade 
do trato gastrointestinal, impedindo a atrofia intestinal e a translocação 
bacteriana.
Este apoio nutricional clínico é recomendado para animais que 
estejam hospitalizados ou não. Quando estes apresentam falta de ape-
tite ou que apresentem doenças como: pancreatite, distúrbios digesti-
vos graves, trauma, cirurgias no trato gastrointestinal, vômito persisten-
te, entre outras. 
Uma avaliação precisa ser realizada para estabelecer o perí-
odo em que deve começar o apoio nutricional. Este procedimento de 
avaliação constitui de um histórico alimentar, análises físicas e labora-
toriais, peso corporal, escore de condição corporal. Dentre as situações 
básicas que precisam do apoio nutricional clínico estão: uso prolongado 
de drogas como antibióticos, diuréticos e agentes quimioterápicos, per-
da de massa muscular, obesidade, baixo escore de condição corporal, 
perda de peso, cirurgias gastrointestinais, presença de lesões na cavi-
dade oral impedindo a ingestão adequada de alimentos, trauma e perda 
de nutrientes por ferimentos, vômito ou diarreia.
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Informações sobre o histórico e importância dos estudos 
com nutrição e alimentação animal. 
Disponível em: https://portais.ufg.br/up/66/o/Nut_anim_
Hist_conceitos.pdf. Acesso em: 16/09/2019.
Neste sentido, o profissional da saúde que tem a competência 
de elaborar dietas para um indivíduo ou para um grupo populacional é 
um nutricionista. No caso da nutrição animal, este profissional desem-
penha papéis distintos quando confrontado ao nutricionista humano. 
Os Veterinários nutricionistas têm a aptidão para operar na área 
clínica que ocorre nos consultórios; no espaço comercial/industrial atu-
ando nas empresas que trabalham na produção de alimentos; no campo 
da pesquisa e no ambiente rural. Somente quem possui graduação em 
Medicina Veterinária ou Zootecnia e pós-graduação em nutrição animal 
é que pode desenvolver essa função de nutricionista animal (Figura 4).
Figura 5 - Veterinária nutricionista.
Fonte: COSTA (2019).
Nos consultórios dos médicos veterinários, comumente estes pro-
fissionais atuam em ocorrências específicas, por exemplo, como elabora-
ção de protocolos de suplementação, ganho ou perda de peso, medicina 
preventiva, ajuste de dieta em caso de doenças crônicas pré-idenficadas e 
a prescrição de dietas baseadas na idade do animal, procurando conservar 
ou aperfeiçoar as condições de saúde e bem-estar dos cães e gatos. 
Em 2010, a World Small Animal Veterinary Association (WSA-
VA) adotou a avaliação nutricional como o quinto parâmetro vital, jun-
tamente com os demais parâmetros (pulso, temperatura, avaliação da 
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dor) respiração e no exame clínico dos animais enfermos.
No espaço comercial os profissionais que atuam nas empresas 
de nutrição animal são responsáveis pela formulação de rações, calcu-
lar a energia metabolizável, avaliar a condição e a disposição das ma-
térias-primas, medir os custos, seu objetivo primordial é desenvolver as 
melhores formulações de rações conforme a espécie, idade e condição 
fisiológica do animal.
No campo da pesquisa os profissionais atuam no meio acadê-
mico, aumentando as avaliações e pesquisas científicas nas universida-
des e centros de referência. Frequentemente, os produtores de rações 
contratam pesquisadores para trabalhar na formulação e controlando a 
qualidade de seus produtos. 
Já no ambiente rural, os veterinários nutricionistas, nutricionis-
ta agem desenvolvendo dietas exclusivas para diversas espécies. 
A medicina preventiva é integrante da nutrição animal. Sua atu-
ação ocorre quando os cuidados são adotados para impedir que um 
problema surja. A medicina preventiva é a melhor maneira para tratar 
seu cão ou gato, evitando dificuldades no futuro. 
O primeiro passo para a nutrição natural em cães é ir ao 
especialista. Com base em uma avaliação, o veterinário pode for-
mular uma dieta apropriada para o animal, de acordo com sua con-
dição e necessidades atuais.
Métodos utilizados para Análise Nutricional dos Alimentos
O ponto de partida para desenvolver formulações de rações é 
a análise dos alimentos. Geralmente esta análise segue o Método de 
Weende, que separa os alimentos em fragmentos constituídos de pro-
priedades em comum, favorecendo as apreciações químicas do grupo 
alimentar (Figura 5). 
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Figura 6 - Método de Weende para análise de alimento.
Fonte: GOLIN (2019).
Apesar de ser considerando um método não totalmente efi-
ciente na determinação de alimentos volumosos, ainda não foi criado 
um método que o substituísse.
Dentre as vantagens do Método de Weende estão a sua pratici-
dade e facilidade em sua execução, é aceito mundialmente, baixo custo, 
favorece o cálculo da % de nutrientes digestíveis totais (NDT), entre outros.
Já as desvantagens deste Método consistem na separação 
dos alimentos em grupos de substâncias e não nutrientes, faz a análise 
de todos os compostos nitrogenados da fração proteica, não distingue 
os componentes da fibra bruta, certos sais podem ser reduzidos durante 
a determinação da matéria mineral, entre outros.
Tentando solucionar os problemas relacionados à determinação 
da fração fibrosa, surge o Método de Van Soest. Conhecido como um Mé-
todo que fraciona a fibra em componentes solúveis em detergente impar-
cial e ácido. Este emprega como princípio de separação das frações a so-
lubilidade em solutos detergentes, por meio da alteração do pH (Figura 6).
Figura 7 - Método de Van Soest para análise de alimento.
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Fonte: GOLIN (2019).
A matéria seca é decomposta, a partir de uma amostra (quase 
5 gramas) de alimento em uma fração solúvel (pectina, glicídios solú-
veis e amido).
Informações sobre composição dos alimentos. 
Disponível em:
http://www.dzo.ufla.br/Roberto/transparencias/composi-
cao_alimentos.pdf. Acesso em: 16/09/2019.
Exigências Nutricionais de Cães e Gatos
Os animais possuem estruturas e exigências diferentes uns 
dos outros. Os cães (Figura 7A) e gatos (Figura 7B) são conhecidos 
como animais de companhia, e estes por sua vez, são diferentes, cada 
espécie possui suas especificidades. Eles possuem diferenças de com-
portamentos, psicológicas e dietéticas.
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Figura 8 – Animais de companhia: cão (A) e gato (B).
Fonte: AFRICA STUDIO (2019) /PETZ (2017).
A filogenia dessas espécies é:
• Classe - Mammalia
• Ordem - Carnivora
• Superfamília - Canoidea/Feloidea.
A exigência proteica dos gatos é expressivamente maior do 
que a exigência dos cães. Nos gatos incide a inabilidade das enzimas 
hepáticas, catabolizadoras do nitrogênio, estas se adaptam às modifi-
cações alimentar das proteínas e as enzimas que atuam na cataboliza-
ção do nitrogênio agem com alta intensidade. Consequentemente, não 
mantêm o nitrogênio para o pool orgânico total.
Nos cães adultos 18% da energia são metabolizáveis, durante 
o crescimento e a reprodução são 22% da energia metabolizável. Já os 
gatos a exigência de substâncias são maiores, nos animais adultos 23% 
da energia são metabolizáveis e ao longo do crescimento e reprodução 
são 26% da energia são metabolizáveis.
Emrelação à exigência de aminoácidos os cães e gatos tam-
bém se comportam de maneira distinta. Os cães apresentam maiores 
exigências de lisina em dietas ricas em proteína. Já os gatos são exi-
gentes quanto à treonina, leucina, metionina e arginina, e ainda a exi-
gência fundamentalmente desta espécie de taurina.
Quanto às exigências dos ácidos graxos essenciais, os cães 
sintetizam os ácidos graxos gama-linolênico e araquidônico tendo como 
base o ácido linoleico. Já os gatos, precisam de fontes alimentares de 
ácido araquidônico.
Os carboidratos são fisiologicamente indispensáveis para 
as duas espécies, porém não são necessários e suas dietas quando 
a quantidade de proteína for satisfatória para originar gliconeogênese 
provenientes de aminoácidos, com capacidade de conservar o nível 
plasmático de glicose. Os cães, particularmente, possuem uma habili-
dade para digerir o amido, mas dietas com níveis superiores a 65% de 
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amido de sua totalidade precisam ser evitadas. Os gatos, por sua vez, 
possuem um metabolismo específico de energia e glicose, com a rota 
desviada para os procedimentos de gliconeogênese e habilidade restri-
ta para digerir os carboidratos.
Por isso, é importante conhecer o funcionamento fisiológico de 
cada espécie animal utilizada, seja para companhia ou outra finalidade, 
para ter base para fornecer uma alimentação equilibrada para o desen-
volvimento adequado de cada animal.
Após iniciar a nutrição natural, o cão deve ser pesado uma 
vez por mês para ver o comportamento do corpo. Dessa forma, a 
evolução e os efeitos desse tipo de nutrição serão monitorados.
ALTERAÇÕES DIGESTIVAS - DOENÇAS TRATO GASTROINTESTI-
NAL
As alterações digestivas doenças trato gastrointestinal pode 
ocorrer por diversas causas. As desordens do sistema digestório pro-
vêm tanto de enfermidades parasitárias ou infecciosas, como pode ser 
de origem metabólica ou nutricional.
Quando se trata da nutrição animal, as modificações gastroin-
testinais podem incidir facilmente por causa de manipulações errôneas 
da alimentação ou ser devido à quantidade e característica de certas 
matérias-primas, bem como a forma de processamento deste alimento. 
Para o funcionamento adequado do trato gastrointestinal dos 
animais, a dieta desempenha uma função indispensável e o manejo de 
sua composição tem sido considerado um instrumento essencialmente 
terapêutico. 
Várias das enfermidades do trato gastrointestinal podem e pre-
cisam ser tratadas exclusivamente por meio de uma dieta. Pois o uso de 
medicação sem corrigir a dieta pode causar danos e dificultar a recupe-
ração do cão (Figura 8A) ou gato (Figura 8B) enfermo.
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Figura 9 – Cão (A) e gato (B) enfermos.
Fonte: MEUS ANIMAIS (2015) / SONRISAS DE GATO (2019).
 A doença digestiva mais comum em cães e gatos oriun-
da do desequilíbrio nutricional é a diarreias tipo osmótica, que causa 
estiramento abdominal, desconforto e cólicas, fezes com fortes odores 
e ácidas. Esta é conhecida como a passagem de fezes moles, líquidas 
ou semiformadas, com evacuações frequentes. Podendo apresentar 
fortes odores, presença de sangue ou muco. A perda atípica de água e 
eletrólitos pode ocasionar uma desidratação e até a morte do animal.
É importante destacar que as causas fundamentais de altera-
ções digestivas podem ser referentes às matérias-primas, o processa-
mento da alimentação e a manipulação dos alimentos. 
Definida como o tamanho dos fragmentos dos ingredientes 
pós–trituração, a granulometria de matérias-primas é expressa por diâ-
metro geométrico médio (DGM). É considerado um componente essen-
cial porque implica na digestibilidade e condição das fezes dos cães e 
gatos, também chamados de animais de companhia, bem como pode 
influenciar no processamento industrial.
Levando em consideração as matérias-primas, quando os nu-
trientes são impropriados, a digestão no estômago e no intestino delga-
do, podendo chegar ao intestino grosso. Nesta situação, pode ocorrer a 
fermentação microbiana por meio da produção de Ácidos Graxos Volá-
teis (AGV) e produção de gases.
Em relação aos carboidratos, se na dieta animal se apresen-
tam em excesso, consequentemente, haverá uma sobrecarga de enzi-
mas e sobrepassagem para o intestino grosso com fermentação. 
Os fatores antinutricionais que constituem certos alimentos, 
tal como a teobromina do chocolate e o n-propil dissulfito da cebola, 
podem acarretar uma diarreia. Em grandes quantidades a teobromina 
pode causar intoxicação. Além da diarreia, outros sintomas dessa intoxi-
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cação podem ser vômitos, inquietude, falta de ar, tremores musculares.
O surgimento de uma anemia hemolítica pode ser ocasionado 
das grandes quantidades de cebola, devido à presença do n-propil dis-
sulfito. Podendo ocasionar o desenvolvimento de corpúsculo de Heinz, 
que são precipitados de hemoglobina oxidada dentro da hemácia, de-
senvolvendo corpúsculos que são removidos pelo baço. A formação de 
corpúsculo de heinz é o mecanismo básico de hemólise nas deficiên-
cias de G-6PD (Figura 9).
Figura 10 - Formação de corpúsculo de heinz
Fonte: SILVA (2007).
Em torno de quatro (4) dias após a ingestão destes elementos, 
incide a presença de diarreias e vômitos nos animais atingidos.
O amido cru é pouco aproveitado por causa de sua constitui-
ção, as pontes de hidrogênio dificultam a atuação das enzimas diges-
tivas. Após o aquecimento, acontece a quebra dessas ligações e da 
temperatura conforme o tipo de alimento.
Ao passo que acontece o aquecimento, com água suficiente, 
longe do rompimento das pontes de hidrogênio, existe uma desestrutu-
ração da região cristalina com a abrangência de água entre as molécu-
las fazendo o grânulo alterar sua maneira física, mas sem ruptura.
Quanto aos alimentos secos ou úmidos, estes podem modificar 
o emprego dos nutrientes pelo intestino delgado.
Enfim, quando se trata de manejo alimentar, este é imprescin-
dível na realização das modificações de dieta de forma gradativa, obje-
tivando impedir o fato de distúrbios digestivos e diarreias, notadamente 
em períodos críticos como a desmama. 
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O manejo alimentar é imprescindível na realização das mo-
dificações de dieta de forma gradativa, objetivando impedir o fato 
de distúrbios digestivos e diarreias, notadamente em períodos crí-
ticos como a desmama.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: Medicina Veterinária 
Nível: Superior
O trato gastrointestinal de um equino PSI adulto apresenta a se-
guinte sequência e respectivas capacidades ou extensões:
(A) esôfago (100 a 125 cm); estômago (aproximadamente 25 l); intestino 
delgado (aproximadamente 22 metros, composto por duodeno, jejuno e 
íleo); intestino grosso (aproximadamente 3 a 3,5 metros, composto por 
ceco, cólon ventral direito, flexura esternal, cólon ventral esquerdo, fle-
xura pélvica, cólon dorsal esquerdo, flexura diafragmática, cólon dorsal 
direito, cólon transverso, cólon menor) e reto (aproximadamente 30 cm).
(B) esôfago (200 a 250 cm); estômago (aproximadamente 20 l); intesti-
no delgado (aproximadamente 22 metros, composto por duodeno, íleo 
e jejuno); intestino grosso (aproximadamente 3 a 3,5 metros, composto 
por ceco, cólon ventral direito, flexura esternal, cólon ventral esquerdo, 
flexura pélvica, cólon dorsal esquerdo, flexura diafragmática, cólon dorsal 
direito, cólon transverso, cólon menor) e reto (aproximadamente 30 cm).
(C) esôfago (125, a 150 cm); estômago (aproximadamente 18 l); intestino 
delgado (aproximadamente22 metros, composto por duodeno, jejuno e 
íleo); intestino grosso (aproximadamente 3 a 3,5 metros, composto por 
ceco, cólon ventral direito, flexura esternal, cólon ventral esquerdo, fle-
xura pélvica, cólon dorsal esquerdo, flexura diafragmática, cólon dorsal 
direito, cólon transverso, cólon menor) e reto (aproximadamente 30 cm).
(D) esôfago (125, a 150 cm); estômago (aproximadamente 18 l); intestino 
delgado (aproximadamente 22 metros, composto por duodeno, jejuno e 
íleo); intestino grosso (aproximadamente 3 a 3,5 metros, composto por 
ceco, cólon ventral direito, flexura esternal, cólon ventral esquerdo, flexu-
ra pélvica, flexura diafragmática, cólon dorsal direito, cólon menor, cólon 
dorsal esquerdo, cólon transverso) e reto (aproximadamente 30 cm).
(E) NDA.
QUESTÃO 2
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: Medicina Veterinária 
Nível: Superior
Síndrome Cólica é um conjunto de sintomas e sinais clínicos que, 
juntamente associados à história clínica do animal, reflete aspectos 
fisiológicos no trato gastrointestinal que evidenciam o desconforto 
abdominal, característicos em equídeos, em específico o equino. As-
sinale a opção correta, relativa à síndrome cólica, uma das enfermida-
des de maior ocorrência e causa frequente de morte de equinos.
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(A) A distensão abdominal observada em equinos com cólica é causa-
da, principalmente, pela dilatação do estômago ou do intestino delgado.
(B) A cólica letal envolve algum grau de isquemia intestinal que, em 
condições mais graves, poderá resultar em ruptura de vísceras, endo-
toxemia e morte.
(C) O vômito em jato ou a regurgitação do conteúdo intestinal são co-
muns em equinos com cólica.
(D) O vólvulo gástrico está entre as principais causas do surgimento da 
síndrome cólica equina.
(E) Embora os equinos com cólica apresentem ampla variedade de dis-
funções orgânicas, as funções de motilidade intestinal e absorção dos 
nutrientes são mantidas na maioria dos animais.
QUESTÃO 3
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: Medicina Veterinária 
Nível: Superior
Os neurotransmissores são responsáveis pela transmissão do im-
pulso nervoso por meio das sinapses. Em relação a esses media-
dores químicos, considere as seguintes afirmativas:
1. A serotonina é um neurotransmissor derivado do triptofano e 
sintetizado no sistema nervoso central, células cromafins do trato 
digestivo e células entéricas.
2. A dopamina é um neurotransmissor derivado da arginina e sinte-
tizado na substância negra do mesencéfalo.
3. O óxido nítrico é um neurotransmissor derivado da arginina e 
sintetizado no sistema nervoso central e no trato gastrointestinal.
4. Os neuropeptídios são responsáveis pela mediação de respos-
tas sensoriais e emocionais, tais como a fome, a sede, o desejo 
sexual, o prazer e a dor.
5. A norepinefrina é um neurotransmissor derivado da tirosina e 
sintetizado no sistema nervoso central e nervos simpáticos.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
(B) Somente as afirmativas 4 e 5 são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas 1, 3, 4 e 5 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
(E) As afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5 são verdadeiras.
QUESTÃO 4
Ano: 2019 Banca: INSTITUO AOCP Órgão: PC Prova: Medicina Ve-
terinária Nível: Superior
"A ascaridíase é uma parasitose intestinal causada pelo helminto 
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Ascaris lumbricoides, um verme que pode chegar a medir até 40 
cm de comprimento. Estimativas sugerem que, em todo o mundo, 
mais de 1 bilhão de pessoas estejam contaminadas pelo Ascaris 
lumbricoides, mas boa parte delas desconhece tal fato, pois não 
apresentam sintomas relevantes.
Geralmente, a infecção pelo Ascaris lumbricoides é assintomática. 
Todavia, pacientes com número elevado de vermes em seu trato 
gastrointestinal podem apresentar sintomas na fase de migração 
da larva – passagem do ciclo pulmonar em direção ao trato diges-
tório – ou durante a fase adulta do verme".
(Extraído de <http://www.mdsaude.com/2014/01/ascaris-lumbricoi-
des.html>).
Durante seu ciclo de vida, há uma etapa na qual o verme migra 
através das vias respiratórias, ascendendo em direção à laringe e, 
logo após, se desloca em direção ao esôfago.
Essa passagem das vias aéreas em direção ao sistema digestório 
é realizada através de uma abertura localizada na laringe e deno-
minada de
(A) coanas.
(B) vestíbulo.
(C) sartório.
(D) utrículo.
(E) glote.
QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: INSTITUO AOCP Órgão: PC Prova: Medicina Ve-
terinária Nível: Superior
Na inspeção animal de abate de bovinos, segundo normativa téc-
nica, são seguidas linhas de inspeção post mortem. A linha “F” se 
refere a exame
(A) do fígado.
(B) dos pulmões e coração.
(C) do trato gastrointestinal, baço, pâncreas, bexiga e útero.
(D) dos rins.
(E) das faces medial e lateral da parte cranial da meia-carcaça.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
O objetivo da nutrição clínica em caninos e felinos que se encontram 
enfermos e hospitalizados é tão somente suprir as deficiências nutri-
cionais. Nesse sentido, cite quais são as condições que podem surgir a 
partir de animais hospitalizados. 
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TREINO INÉDITO
Assunto: Nutrição clínica 
Assinale a alternativa que indica corretamente sobre o objetivo 
central da nutrição clínica em caninos e felinos.
a. Prevenir desnutrição 
b. Prevenir a nutrição excessiva
c. Prevenir a hidratação excessiva
d. Prevenir a progressão excessiva
e. NDA
NA MÍDIA
NUTRIÇÃO CLÍNICA EM ANIMAIS HOSPITALIZADOS: DA ESTIMU-
LAÇÃO DO APETITE À NUTRIÇÃO PARENTERAL
A nutrição clínica é atualmente uma área de crescente interesse em Me-
dicina Veterinária. Não diz respeito somente à nutrição de pacientes com 
insuficiências orgânicas específicas, mas também ao suporte nutricional 
de animais hospitalizados. Por meio da extrapolação de pesquisas hu-
manas sabe-se dos diversos benefícios oriundos de uma nutrição ade-
quada, principalmente em indivíduos convalescentes, cuja manutenção 
das necessidades nutricionais é fundamental para o processo de recupe-
ração. Desse modo, a nutrição direcionada a pacientes hospitalizados ou 
criticamente enfermos tem sido foco de inúmeros estudos em caninos e 
felinos, sendo que esta revisão visa esclarecer aos clínicos e estudantes 
de medicina veterinária, os principais aspectos relacionados ao emprego 
do suporte nutricional enteral e parenteral em pequenos animais.
Fonte: Juliana de Oliveira, Maristela Silveira Palhares, Júlio César Cam-
braia Veado
Data: 2008
Leia na íntegra em: 
https://pdfs.semanticscholar.org/ea1e/ef9e553c07da1b1ebe78370d-
529ddc3cdab1.pdf
NA PRÁTICA
Conforme demonstram vários estudos, a nutrição de cães hospitaliza-
dos é de extrema importância para a recuperação do paciente. Na déca-
da de 1950 a maioria dos clínicos estava ciente do impacto negativo da 
fome sobre a morbidade e a mortalidade, mas poucos entenderam a ne-
cessidade de suporte nutricional adequado para pacientes desnutridos 
(Dudrick, 2009). Mesmo atualmente, com todas as informações sobre 
metabolismo, o suporte nutricional não recebe dos médicos veterinários 
importância adequada. Silva (2009) verificou, por de questionários fei-
tos aos profissionais veterinários em Portugal, que 25% conheciam as 
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técnicas de suporte nutricional, 25% conheciam alguns métodos e que 
metade deles não conhecia nenhum. Informação alarmante devido à 
grande importância que o fornecimento adequado de nutrientes possui. 
Holahan et al. (2010) ressaltaram a importância do fornecimento ade-
quado de alimentação na recuperação de pacientes criticamente en-
fermos e, para isso, o conhecimento do médico veterinárioacerca das 
técnicas empregadas é essencial. 
Fonte: pubvet.com.br/uploads/7ff2c34eb1cbbbb017feb9108ecace45.pdf
PARA SABER MAIS:
Filme sobre o assunto: Sonhadora
Peça de teatro: Santuário
Acesse os links: https://youtu.be/WJVqM3T-Uis
https://youtu.be/eJyJFM9nFTg
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INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA
A mortalidade na clínica de cães e gatos é causada basica-
mente por insuficiência hepática. Os cães não apresentam sintomas 
característicos e nos gatos a insuficiência hepática ocorre com mais 
frequência sendo identificada como Hepatomegalia e Icterícia. 
Quando há fígado fica aumentado a ponto de ser observado 
por meio de uma palpação é sintoma de uma Hepatomegalia (Figura 
9A) e a Icterícia (Figura 10B) é resultado da acumulação de bilirrubina 
no sangue deixando as mucosas com uma coloração amarelada.
DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS
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Figura 11 - Hepatomegalia (A) e a Icterícia (B).
Fonte: LÚCIO (2011) / UNKNOWN (2011)
A insuficiência hepática pode ser adquirida por diversos motivos, 
por exemplo, intoxicação, seja alimentar ou por medicação, infecções, aler-
gias etc. Para que o diagnóstico seja confirmado é necessário um exame 
clínico e ainda para ser mais preciso, devem ser realizados exames labo-
ratoriais específicos, como ultrassonografias, hematológico, entre outros.
O prognóstico é de “reservado à desfavorável”, principalmen-
te Nas situações em que a causa fundamental não foi determinada, o 
prognóstico é evitado. 
Em relação ao tratamento, este é feito com medicamentos de 
apoio para o indivíduo objetivando minimizar os sintomas e ainda se 
faz umas alterações na dieta do animal. O método elaborado por Sa-
muel Hahnemann, um médico, chamado de Homeopatia, também tem 
sido empregado nos tratamentos da Insuficiência Hepática, mostrando 
eficiência nos resultados. Este método instiga o restabelecimento das 
atividades do fígado, beneficiando sua desintoxicação. 
Veja a segui como ocorre a insuficiência hepática nos cães e 
gatos, conhecidos como animais de companhia.
Insuficiência Hepática em Cães
As doenças hepáticas nos cães ocorrem comumente. Ao enve-
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lhecerem, os problemas de funcionamento do seu organismo surgem e 
as doenças no fígado, por exemplo, começam a aparecer. 
Como é sabido, o fígado é responsável por várias funções nos 
organismos, tais como retirada dos resíduos, remove toxinas do sangue, 
fontes de nutrientes, produção de bílis para o auxílio durante a digestão, 
fornece energia, luta contra doenças e ainda ajudam no crescimento do 
cão. Com isto, é perceptível o quanto o fígado é um órgão importante para 
bom funcionamento do organismo do cão. Assim, precisa ser cuidadoso 
para compreender se seu cão está sofrendo de doença hepática e levá-lo 
ao veterinário quanto antes para impedir que ocorram maiores danos.
Como o fígado tem um papel essencial em vários processos 
metabólicos, consequentemente, fica sujeito a diversas modificações 
por meio das variadas doenças e dos processos degenerativos. Os es-
tudos mostram que em torno de 3% das doenças diagnosticadas nos 
cães por médicos veterinários, são relacionadas ao fígado.
Conforme visto anteriormente, as causas de doenças nos ór-
gãos podem ser dos mais diversos tipos. As doenças hepáticas ocorrem 
quando o fígado é atacando por alguma infecção, anomalia ou outra 
causa. As causas mais comuns das doenças hepáticas em cães estão 
apresentadas na figura 11 abaixo:
Figura 12 - Causas mais comuns das doenças hepáticas em cães.
Fonte: Adaptado de Neon Pet Shop (2016).
E ainda a existência de pancreatite ou de cálculos biliares pode 
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danificar o fígado. Além disso, determinadas veias anormais (shunt), po-
dem atalhar o fluxo de sangue impedindo-o de chegar ao fígado, acar-
retando a não eliminação das toxinas ocasionando uma encefalopatia 
hepática no cão. Há diversos tipos de shunt, podem de origem congêni-
ta ou aparecer em um fígado cirroso (Figura 12).
Figura 13 - Fígado cirrótico apresentando nódulos regenerativos e fibrose 
difusa por todo o parênquima.
Fonte: Oliveira et al. (2013).
Todos os cães podem ser acometidos por uma doença hepá-
tica, porém determinadas rações, como o Schnauzer e o Doberman, 
possuem maior predisposição para este tipo de enfermidade, carecen-
do mais atenção.
Todo dono de um cachorro conhece seus hábitos e nos dias 
em que este não apresenta seu comportamento como de costume, é 
hora de se preocupar e procurar ajuda de um especialista para identifi-
car o motivo da mudança de seu comportamento. 
É essencial entender que a insuficiência hepática pode ter di-
versas causas. Portanto, a identificação da origem da enfermidade é 
fundamental para tratá-la adequadamente. Dentre os sinais que um cão 
pode apresentar quando está com insuficiência hepática é a falta de 
apetite e perda de peso (Figura 13).
Figura 14 - Falta de apetite canina.
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Fonte: Neon Pet Shop (2016).
As doenças hepáticas nos cães ocorrem comumente. Ao 
envelhecerem os problemas de funcionamento do seu organismo 
surgem e as doenças no fígado, por exemplo, começam a aparecer.
Os demais sintomas mais comuns ocasionados pela insuficiên-
cia hepática nos cães são destacados na figura 14.
Figura 15 - Sintomas mais comuns ocasionados pela insuficiência hepática 
nos cães.
Fonte: Adaptado de Neon Pet Shop (2016).
Conforme citado anteriormente, para tratar adequadamente 
uma insuficiência hepática de um cão é necessário conhecer a sua ori-
gem. O tratamento de doença hepática possui quatro objetivos básicos:
• Suprimir ou extrair o agente causador da doença, quando for 
possível;
• Diminuir as sequelas negativas do agente ocasionador da do-
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ença no fígado;
• Beneficiar a cura e a regeneração hepática;
• Conservar a vida do animal até que as atividades do fígado 
voltem à sua normalidade.
O médico veterinário é o profissional capacitado para definir o 
tipo de tratamento apropriado para a doença, do qual geralmente consti-
tui de modificações na dieta, utilização de medicação e ainda pode fazer 
o uso de remédios naturais. Quanto ao prognóstico e a recuperação, 
estes estar sujeitos às lesões causadas ao fígado.
Insuficiência Hepática em Gatos
Nos gatos, um dos sintomas de da insuficiência hepática é a 
pele amarela, conhecida como icterícia. Neste caso, a melhor alternativa 
é fazer uma consulta em uma clínica veterinária. A icterícia pode aco-
meter gatos de qualquer raça, idade ou sexo. Neste caso, se seu gato 
apresentar icterícia, provavelmente também apresentará sintomas como: 
vômitos, micção com maior frequência, diarreia, letargia, perda de peso, 
urina alaranjada e alterações em seu hábito alimentar (Figura 15).
Figura 16 – Gato com Insuficiência hepática.
Fonte: MEUS ANIMAIS (2019).
A perda do apetite e a perda de peso podem ser sintomas de 
doenças hepáticas em gatos, devendo ser dada a devida atenção quan-
do seu animal apresentar este tipo de comportamento.
Como resultado dos problemas no fígado em gatos suas pe-
les ficam amarelas. Dentre estes problemas podem ser citados: cirro-
se, fígado, infecções virais e bacterianas, gordura no fígado, problemas 
inflamatórios nos intestinos e o câncer. Certas medicações e toxinas 
também pode provocar a insuficiência hepática nos felinos.
Os gatos acometidos de uma insuficiência hepática arriscar de-
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senvolver uma síndrome neurológica chamada de encefalopatia hepá-
tica. Estas, por sua vez, caracterizam-se comportamentos como vagar 
sem rumo, pressionar a e cabeça dar voltas. 
Quanto ao tratamento, este é semelhante aos cuidados que foram 
citados para os cães. Primeiramente, é importante detectar a origem do 
problema para então definir o tratamento adequado. Após o gato obter o 
tratamento para a insuficiência hepática faz-se o monitoramento ao longo 
de sua recuperação. Aqueles gatos que se subterram a uma cirurgia de-
verão ter um tempo maior para descansar e precisam ficar restringidos a 
uma pequena área que favoreça a cicatrização e impedir que sofra danos.
Neste monitoramento é indispensável o controle da coloração 
e condição da pele, o hábito alimentar e sede, nível de energia e a osci-
lação urinária e intestinal do gato em observação. Podendo ser realiza-
do exames neste período.
Após a liberação do gato, sua dieta deve rica em proteínas e 
calorias, pobre em sódio e de fácil digestão. Também deve reduzir a 
quantidade de gorduras, carboidratos, proteínas e de medicação para 
diminuir os danos no fígado. Pequenas refeições devem ser feitas com 
frequência, minimizando o estresse no seu sistema. Bem como, podem 
ser prescritos suplementos dietéticos. 
Para que haja a recuperação adequada da insuficiência hepá-
tica do gato é necessário garantir um ambiente calmo para ele possa se 
recuperar e descansar sem que ocorra estresse.
Com isso, caso o gato enfermo resistir aos primeiros dias de 
tratamento, seu prognóstico é bom e pode esperar sua recuperação no 
período de três a seis semanas. Lembrando sempre de seguir as reco-
mendações do veterinário.
A mortalidade é um valor mensurável e pode ser feita em 
relação a qualquer ser vivo, por exemplo, mortalidade de peixes, 
animais em extinção, animais domésticos e assim por diante, o 
que é feito em um determinado período, geralmente anual, para 
encontrar uma taxa de mortalidade.
PANCREATITE 
A inflamação do pâncreas conhecida como pancreatite é um 
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distúrbio gastrointestinal corriqueiro em cães e gatos. A verdadeira 
incidência da doença ainda é ignorada, contudo, vários cães e gatos 
exibem de maneira mansa ou subclínica, não sendo encaminhados ao 
consultório veterinário.
O pâncreas é um órgão "endócrino" que exerce dupla função 
nos animais. É responsável por produzir, especialmente, a insulina, con-
siste ainda em um órgão "exócrino" do qual possui a responsabilidade 
de produzir enzimas que são envolvidas na digestão de alimentos. 
Se em vez de enviar as enzimas para o trato intestinal, forem libe-
radas as enzimas digestivas para si mesmo, consequentemente ocorrerá 
uma inflamação do pâncreas que acarretará um quadro de pancreatite.
O mau funcionamento do pâncreas pode comprometer a pro-
dução de hormônios, provocando uma diabetes, por exemplo, ou até 
mesmo provocar distúrbios relacionados à porção exócrina deixando de 
produzir enzimas digestivas suficientes, ocasionando uma insuficiência 
pancreática exócrina.
Pancreatite em Cães
Geralmente quando os cães ficam doentes não alteram seus 
hábitos ou não apresentam sinais clínicos. Isto dificulta a identificação 
de alguma enfermidade no animal, sobretudo se está acometer alguma 
parte interna do corpo. Porém, no caso da pancreatite em cães, esta é 
facilmente identificada devido aos sintomas apresentados. Essa é uma 
doença inflamatória que ataca o pâncreas do animal podendo ser muito 
dolorida (Figura 16).
Figura 17 – Pâncreas do cão.
Fonte: CANAL DO PET (2017).
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A pancreatite em cães pode ser crônica ou grave, sendo que o 
seu diagnóstico deve preciso e em seguida tratada. Essencialmente, por-
que o pâncreas, órgão inflamado, é responsável por funções essenciais 
para o funcionamento de seu organismo, conforme citado anteriormente. 
Vômitos e diarreias estão entre alguns dos principais sintomas 
dessa inflamação. O abdômen pode ficar inchado e enrijecido. Além 
disso, a falta de apetite, desidratação (devido à diarreia) e fraqueza, 
incluindo o emagrecimento progressivo (Figura 17). Também pode de-
monstrar dificuldade para respirar. 
Figura 18 – Cachorro com abdômen inchado e enrijecido (A) e sendo medica-
do (B).
Fonte: CARMO (2019).
Se esses sinais forem notados, o pet deve ser levado de imediato 
ao médico, para evitar problemas piores e mesmo um agravamento da en-
fermidade. Ele não pode sentir dor por muito tempo, pode sofrer bastante.
A pancreatite pode ocorrer devido à ingestão de gorduras em 
excesso, obesidade, diabetes Mellitus e hipotireoidismo. A devida identi-
ficação da causa da enfermidade é de suma importância para que o tra-
tamento seja adequado e eficiente. O seu diagnóstico pode ser realizado 
a partir de uma avaliação clínica exames com o profissional qualificado.
Em relação ao tratamento para a pancreatite, este é realizado 
através do método ajuda na circulação de sangue no pâncreas conhe-
cido como fluidoterapia, contribuindo também na cura da desidratação. 
Esta é uma prática empregada quando o quadro é grave e podendo ser 
necessária uma internação.
Para abolir a infecção são utilizados antibióticos e quando as 
dores já estão avançadas pode ser prescrito analgésico para o cão, 
lembrando que toma medicação deve ser manipulada com a avaliação 
do médico veterinário. 
E ainda pode ser retirada a parte afetada do pâncreas através 
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de cirurgia, sendo indicada apenas nos casos extremamente graves. 
Outra medida bastante utilizada é uso de uma dieta adequada 
para o cão. Normalmente, é fornecida uma dieta com legumes, fibras e 
ração, pois são de fácil digestão, já o pâncreas está impossibilitado de 
processar os alimentos.
A pancreatite, esta pode ser evitada essencialmente por meio 
da alimentação. Pois quanto mais saudável estiver o cão, menos pro-
penso a contrair doenças ele estará. 
Pancreatite em Gatos
A origem da pancreatite nos gatos ainda é improvável. Dentre 
as possíveis causas podem ser citadas: infecções, traumas, parasitismo 
etc. Porém mais de 90% dos casos não são ligados a nenhum motivo 
específico. Mas já se observou que os gatos siameses correm mais 
risco do que outros gatos, levantando uma hipótese que pode ser uma 
disposição genética para o distúrbio.
A forma de desenvolvimento e anatomia do pâncreas do gato o 
conduz para o máximo de predisposição a patologias. O pâncreas dos 
gatos é constituído apenas de um ducto pancreático que se liga ao duo-
deno e o ducto biliar se funde com o ducto pancreático (Figura 18, A e B).
Figura 19 - Anatomia do pâncreas do gato
Fonte: PRATA (2016).
A pancreatite nos gatos geralmente incide simultaneamente 
com doenças das vias biliares e doença inflamatória intestinal. Quando 
estas acontecem ao mesmo tempo, é denominada tríade felina. Apesar 
disso, não se conhece a causa e a sua influência nas demais patologias. 
Outras causas desta doença nos felinos podem ser: idade, 
idiopática, nutricional, genética, trauma do pâncreas, medicação e to-
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xinas, refluxo duodenal, hipercalcémia, parasitas, obstrução do ducto 
pancreático, doenças infecciosas e extensão da inflamação de órgãos 
do sistema gastrointestinal e os órgãos próximos.
Quanto aos sinais desta enfermidade ainda são vazios e inespe-
cíficos. Pode ocorrer de um gato enfermo não apresentar nenhum sinal 
clínico, dificultando que o seu dono identifique que seu felino está doen-
te. Dentre os sinais clínicos mais corriqueiros em gatos com pancreatite 
estão: perda de peso; letargia; anorexia; desidratação;vômito e diarreia.
O diagnóstico da pancreatite não é fácil porque nenhum dos 
testes que são feitos de rotina conseguem detectá-la eficientemente. O 
médico veterinário analisa o histórico do animal e só com a realização 
de testes específicos é que se consegue fechar o diagnóstico. E somen-
te por meio da biópsia do pâncreas e exame histopatológico é fechado 
o diagnóstico definitivo.
Já o tratamento de um gato com pancreatite é fundamentado num 
tratamento de apoio e o animal deve ser internado. Concomitantemente 
precisa ser identificada a origem da doença e as patologias concorrentes. 
Este tratamento é realizado por meio de fluidoterapia intravenosa agressi-
va, dieta, medicação e nos casos mais graves por meio de cirurgia.
Como forma de prevenção desta patologia em gatos, deve se 
evitar dietas ricas em gordura, reduzir o peso em gatos obesos e des-
viar-se de medicamento que favoreçam a pancreatite. 
Esta é uma doença que não existe cura, todavia pode ser con-
sentida pelo animal. O seu prognóstico modifica (bom, mau e reserva-
do) conforme o tipo de caso, em várias situações é complexo predizer.
Desde o século XIX, a taxa de mortalidade no mundo foi 
reduzida, especialmente nos países com alto grau de desenvol-
vimento, graças a antibióticos e outros medicamentos, planos de 
vacinação, campanhas de saúde, possibilidade de acesso à água 
potável e outras condições sanitárias, para assistência médica e 
melhoria de alimentos.
INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA EXÓCRINA
A doença pancreática exócrina não é insólita em cães e gatos, 
podendo acontecer ainda nas demais espécies. Processos agudos ou 
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crônicos podem prejudicar o pâncreas exócrino, ocasionando dificulda-
des digestivas relacionadas à insuficiência pancreática. A origem desta 
doença ainda não é totalmente conhecida, possivelmente seja fruto de 
diversos fatores. 
Insuficiência Pancreática Exócrina em Cães
Um dos graves problemas de saúde que os cães sofrem é identi-
ficado como insuficiência pancreática exócrina (IPE). Conforme estudado 
anteriormente, o pâncreas é responsável pela produção de insulina e de 
enzimas digestivas. Quando esta produção não está sendo suficiente, ou 
seja, ocorre à insuficiência pancreática exócrina, os cães terão sistema 
gastrointestinal afetado. Onde haverá uma obstrução na ingestão de nu-
trientes, resultando em vários efeitos colaterais indesejáveis. 
Com a ingestão de alimentos interrompida é motivo de preocu-
pação, consequentemente os cães sofrerão com a má nutrição, embora 
seu apetite não seja atingido. Os cães com IPE podem apresentar ainda 
os seguintes sintomas: diarreia, perda de peso visível (Figura 19), pro-
dução de gás intestinal, acréscimo na produção de fezes e coprofagia. 
Lembrando que esta enfermidade pode acometer qualquer raça de cão.
Figura 20 – Perca de peso visível de um cão.
Fonte: ABRAHÃO (2018).
O teste com uma amostra de soro é o mais utilizado para iden-
tificar problemas no pâncreas. O estudo das amostras de urina e fezes 
auxiliará na averiguação da enfermidade. 
Apesar da IPE em cães ainda não existir cura, ela pode ser 
manipulada maneira eficiente. Neste caso, é necessário a realização de 
terapia constante e o uso de suplementos de enzimas. O médico veteri-
nário é o profissional capacitado para fazer as devidas recomendações. 
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Assim, o tratamento de IPE para cães é realizado mediante misturas de 
suplementos na alimentação do cão. 
Quando um cão for identificado com IPE, este não deve ser uti-
lizado para procriação. Em relação aos donos de cães, a melhor maneira 
de cuidar deste animal é fornecendo uma alimentação com elevada qua-
lidade nutricional, observando sempre o seu funcionamento gastrointesti-
nal. E permanecer vigilante quanto ao aparecimento de algum sintoma ou 
comportamento diferente que possa ser a causa desta doença.
A doença pancreática exócrina não é insólita em cães e 
gatos, podendo acontecer ainda nas demais espécies. Processos 
agudos ou crônicos podem prejudicar o pâncreas exócrino, oca-
sionando dificuldades digestivas relacionadas à insuficiência pan-
creática. A origem desta doença ainda não é totalmente conhecida, 
possivelmente seja fruto de diversos fatores.
Insuficiência Pancreática Exócrina em Gatos
Nos gatos, o transtorno do pâncreas exócrino com maior frequ-
ência é a insuficiência pancreática exócrina (IPE). 
Não obstante, a insuficiente informação existente sobre os si-
nais clínicos, após vários estudos feitos é possível identificar os seguin-
tes sintomas de um gato com IPE: fezes sem formato definido, perda 
de peso, camada de pelo fraco, aumento do apetite, diarreia aquosa, 
letargia, anorexia e vômito.
Como os gatos apresentam comportamentos discretos, às ve-
zes estes sinais não são percebidos, agravando ainda mais o quadro 
clínico do animal. Geralmente os gatos apresentam um quadro clínico 
diferente do quadro apresentado pelos cães. 
A IPE nos gatos possui normalmente uma manifestação A faixa 
etária da IPE nos felinos é extensa, podendo chegar até ≤ 5 anos em 
alguns gatos. 
Quanto ao tratamento de IPE em gatos, este é realizado por 
meio de dietas,
Com redução de gorduras e fácil digestibilidade; utilização de 
suplementos e enzimas pancreáticas. 
O diagnóstico é realizado tendo como base a verificação da 
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concentração de FTLI (Feline trypsin-like immunoreactivity), sendo este 
considerado gold standard para o diagnosticar a PE em gatos.
Semelhante aos cuidados com o cão. Observar se ocorre mu-
dança no comportamento do animal, caso apareça algum dos sintomas 
apresentado, o sinal de alerta deve ser acionado. Encaminhar o gato 
para o médico veterinário para realizar os exames necessários para 
chegar ao diagnóstico (Figura 20).
Figura 21 - Consulta ao médico veterinário.
Fonte: MEUS ANIMAIS (2018).
Após a consulta e diagnóstico, deve seguir as orientações do 
veterinário.
A pancreatite é o distúrbio exócrino mais comum do pân-
creas em gatos, sendo uma patologia subdiagnosticada geralmen-
te devido a um baixo nível de suspeita clínica.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2016 Banca: SUGEP-UFRPE Órgão: UFRPE Prova: Médico Ve-
terinário Nível: Superior
A pancreatite é uma condição clínica potencialmente grave e de 
consequências sistêmicas importantes. Qual o sinal clínico menos 
provável de ser observado em um cão apresentando pancreatite 
aguda severa?
(A) Vômito
(B) Dor abdominal
(C) Febre
(D) Ascite intensa
(E) Desidratação
QUESTÃO 2
Ano: 2016 Banca: SUGEP-UFRPE Órgão: UFRPE Prova: Médico Ve-
terinário Nível: Superior
Qual a principal complicação secundária a piometra em cadelas?
(A) Hepatite aguda.
(B) Encefalite.
(C) Insuficiência renal aguda.
(D) Pancreatite aguda.
(E) Peritonite.
QUESTÃO 3
Ano: 2016 Banca: SUGEP-UFRPE Órgão: UFRPE Prova: Médico Ve-
terinário Nível: Superior
O hiperadrenocorticismo é uma das doenças endócrinas mais rele-
vantes em caninos e pode ser classificada como pituitária-depen-
dente, adrenaldependente ou iatrogênico. Em comum, todos apre-
sentam altas concentrações séricas de corticoide. O excesso de 
corticoide prolongado pode ocasionar uma série de complicações 
médicas, EXCETO:
(A) tromboembolismo pulmonar.
(B) glomerulopatia com perda proteica.
(C) hipertensão sistêmica.
(D) hipotensão arterial.
(E) pancreatite.
QUESTÃO 4
Ano: 2016 Banca: SUGEP-UFRPE Órgão: UFRPE Prova: Médico Ve-
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terinário Nível: Superior
A encefalopatia hepática é a manifestação de sinais neurológicos 
em decorrência de uma lesão hepática. Qual dos medicamentosa 
seguir é o menos indicado em seu manejo terapêutico?
(A) Lactulose
(B) Neomicina
(C) Metronidazol
(D) Dieta com restrição proteica
(E) Diazepam
QUESTÃO 5
Ano: 2016 Banca: SUGEP-UFRPE Órgão: UFRPE Prova: Médico Ve-
terinário Nível: Superior
Apesar de se saber que a necrose hepática aleatória é um tipo de 
necrose muito comumente associado à infecção por agentes infec-
ciosos em animais domésticos, existem exceções à regra. Alguns 
agentes infecciosos, por exemplo, são capazes de causar necrose 
hepática centrolobular.
Dentre os agentes infecciosos, apresentados abaixo, aquele que 
exemplifica o texto acima é:
(A) Bartonella spp.
(B) Toxoplasma gondii.
(C) Clostridium piliforme.
(D) Adenovírus canino tipo 1.
(E) Herpesvírus equino tipo 1
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
O tratamento das doenças hepáticas dependerá do fator primário identifi-
cado previamente pelo médico veterinário, porém é possível recorrer em 
paralelo a suplementos que auxiliem na recuperação do animal. Nesse 
sentido, cite quais são as causas de doenças de hepáticas agudas.
TREINO INÉDITO
Assunto: Doença hepática
Sobre um sintoma de doença hepática em caninos, assinale a al-
ternativa correta
a. Vômitos
b. Diminuição de volume abdominal
c. Boa coagulação
d. Fezes duras
e. NDA
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NA MÍDIA
DOENÇA HEPÁTICA CANINA
Uma doença hepática canina pode ser mais comum do que se imagi-
na. Quando os cães vão envelhecendo, alguns problemas começam a 
ocorrer no funcionamento de seu organismo e as doenças começam a 
surgir, como as doenças no fígado.
Fonte: Dogavet (2016)
Leia na íntegra em: https://www.drogavet.com.br/caes/doenca-hepati-
ca-canina-saiba-mais/
NA PRÁTICA
A alimentação dos animais de companhia também passou por uma evo-
lução visível nas últimas décadas. Na década de oitenta a maioria deles 
ainda era alimentada com os restos de comida de seus proprietários, e 
poucas indústrias de rações existiam e investiam no Brasil. Neste ponto, 
dois fatores contribuíram para a expansão do segmento; o poder aqui-
sitivo das populações dos grandes centros aumentou e os padrões de 
consumo se sofisticaram. Por outro lado, a evolução dos hábitos em favor 
dos alimentos industriais está associada a um conjunto de fatores cada 
vez mais difundidos: alimentação sadia, equilibrada e com grande varie-
dade de produtos disponíveis no mercado e, principalmente, a praticida-
de (PetBR, 2003). Embora vários alimentos funcionais tenham comprova-
ção científica quanto à efetividade de seus efeitos benéficos para cães e 
gatos, entre eles as fibras solúveis, incluindo os frutooligossacarídeos, os 
ácidos graxos poliinsaturados e antioxidantes como a vitamina E, muitos 
outros precisam ser avaliados em ensaios de curta e longa duração. Os 
efeitos benéficos da L-carnitina, glucosamina, condroitina, etc., ainda não 
estão devidamente comprovados cientificamente, embora alguns experi-
mentos com animais já tenham sido conduzidos com resultados satisfató-
rios. As respostas claras a respeito das várias substância funcionais para 
cães e gatos só serão encontradas após um longo período experimental, 
envolvendo muitos pesquisadores e instituições diferentes. Esta carência 
de respostas científicas é semelhante na nutrição humana, onde, atual-
mente, vários alimentos funcionais ainda seguem sendo avaliados.
Fonte: https://wp.ufpel.edu.br/nutricaoanimal/files/2011/03/Avan%-
C3%A7os_caes_gatos.pdf 
PARA SABER MAIS
Filme sobre o assunto: Sete vidas de um cão
Peça de teatro: Sale amigo de patas 
Acesse os links: https://youtu.be/hECKlNrc07Y
https://youtu.be/MxuGzXrWOLE?t=2
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Fazendo um breve histórico sobre os cães e gatos, estes foram 
domesticados há mais de 20 mil anos, entretanto só no Século IX deu-se 
início a utilização destes animais como companhia, chamados até hoje 
como animais de companhia. Inicialmente, os animais usados para caça 
se alimentavam das sobras das presas que buscavam. Após a revolução 
industrial e a emergência da classe média, os cães e gatos começaram 
a ser utilizados pelas famílias como animais de estimação, a partir de en-
tão, deu início a preocupação com a alimentação destes animais.
No ano de 1860, o empreendedor James Spratt criou o primei-
ro alimento comercial para os cães – um biscoito. Anos depois, Spratt 
iniciou a indústria de alimentos para cães nos Estados Unidos da Amé-
rica (EUA). Já nos anos 1900, começaram a surgir novas opções de 
alimentos tanto para cães como para gatos, e 20 anos depois já haviam 
alimentos enlatados.
NUTRIENTES
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Ao longo do tempo houve o aperfeiçoamento das técnicas de 
produção para garantir um alimento, qualidade e uniformidade. Com a 
popularização da ração, na década de 1960 foi criado o primeiro alimen-
to completo para cães em crescimento. Várias empresas aproveitaram o 
momento e várias rações para filhotes de cães e gatos foram lançadas. 
Logo após, foi também desenvolvidas rações para os animais idosos.
Diversas pesquisas foram realizadas na Europa e EUA, for-
necendo uma base de dados científicos voltados para a formulação de 
rações. Sendo estes dados constantemente atualizados e adaptados 
para atenderem as demandas que vão surgindo.
A exploração de animais domésticos é realizada, geralmente, 
com fins lucrativos. Para tanto, uma produção econômica, com qualida-
de e quantidade irá depender dos aspectos genéticos, manejo e higiene 
e da alimentação:
• Aspecto genético - se refere predisposição conferida do referi-
do animal, ponto relevante para o desempenho das funções deste animal.
• Manejo e a higiene - estão relacionados com as condições 
básicas fornecidas para o crescimento e desenvolvimento do animal 
explorado. Evitando, por exemplo, enfermidades.
• Alimentação – deve ser racional, objetivando fornecer ao ani-
mal alimentos com capacidade de manter a vida e garantir que o objeti-
vo de sua exploração seja alcançado.
A nutrição, por sua vez, pode estar relacionada aos problemas 
com a alimentação ou arraçoamento que se baseia nas necessidades 
nutritivas do indivíduo, considerando sua espécie, idade e sexo.
Assim, antes de desenvolver uma dieta alimentar é necessário 
analisar em termos de nutrientes para que estes possam ser manipulados 
de maneira que as proporções fornecidas nutram adequadamente o animal 
explorado. Ultimamente, são conhecidos pelos menos 12 aminoácidos es-
senciais, 17 vitaminas e em torno de 15 minerais, ácidos graxos, glicídios. 
ENERGIA, VITAMINAS, PROTEÍNAS E AMINOÁCIDOS
Definir alimento não é uma tarefa fácil, haja vista que em uma 
dieta animal engloba todas as substâncias que contenham nutrientes. 
Estas substâncias são constituídas de produtos vegetais e animais, 
bem como seus subprodutos e as substâncias nutritivas puras, quimica-
mente sintetizadas ou de outras origens, como as fermentações micro-
bianas. Lembrando que o alimento não deve conter substâncias tóxicas 
e ser palatável, se referindo o grau de aceitação pelo animal.
Entre os vários conceitos sobre alimento, o conceito elaborado 
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por Jacquot citado por Andriguettto et al. (2002, p. 17) é considerado o 
mais certo, do qual ele diz que “o alimento é uma substância que, con-
sumida por um indivíduo, é capaz de contribuir para assegurar o ciclo 
regular de sua vida e a sobrevivência da espécie a qual pertence”.
Morrison citado por Andriguettto et al. (2002, p. 18) define nu-
triente como “constituinte ou grupo de constituintes dos alimentos, de 
igual composição química geral, que ajuda a manter a vida animal”. 
Com isto, pode-sedizer que os alimentos são formados por água 
e matéria seca. A matéria seca é constituída de matéria orgânica e maté-
ria mineral. Sendo o valor nutritivo de um alimento dependente do teor de 
matéria orgânica, e esta por sua vez, é composta por glicídios, lipídios, pro-
teínas e vitaminas. Já a matéria mineral é composta pelos elementos mi-
nerais conhecidos, que se apresentam em quantidade e formas variadas. 
Denominados como macroelementos, estes minerais ocorrem 
em quantidades significativas, pertencem a este grupo o: sódio (Na), 
potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), fósforo (P), cloro (Cl) e o enxo-
fre (S). O segundo grupo, denominado de microelementos, são encon-
trados combinados com a matéria orgânica, perdendo provisoriamente 
seus aspectos minerais. Os microelementos são considerados tão im-
portantes quanto às vitaminas, são eles: cobre (Cu), selênio (Se), Flúor 
(F), zinco (Zn) e manganês (Mn).
Neste sentido, para melhor compreensão, a composição quími-
ca dos alimentos pode ser esquematizada conforme mostra a figura 21.
Figura 22 – Esquema da composição química dos alimentos.
Fonte: Adaptado de Andriguettto et al. (2002, p. 19).
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Entendendo a composição química dos alimentos, pode-se 
partir para uma análise mais profunda de seus compostos. Serão apre-
sentados os carboidratos, vitaminas, proteínas e aminoácidos.
• Carboidratos ou glicídios, fontes de energia para o indivíduo 
- são substâncias orgânicas ternárias constituídas de carbono, hidrogê-
nio e oxigênio.
São representados especialmente pelos açúcares, amidos, ce-
luloses, gomas e outras substâncias afins. Os açúcares e os amidos são 
digeridos facilmente pelos animais e possuem valor elevado alimentício, 
conhecidos como energéticos. Já os glicídios compõem a fonte básica de 
calor para o corpo e energia para execução de diversos processos vitais.
Os glicídios podem ser classificados como: açúcares redutores 
não hidrolisáveias e os corpos que oferecem, por meio da hidrólise, uma ou 
mais oses. Já os glicídios dos alimentos naturais são classificados como: 
- Monossacarídeos (oses) – trioses, pentoses, hexoses, entre 
outros; e os heterosídios, que originam outros componentes, não per-
tencentes ao grupo dos glicídios, por meio da hidrólise;
- Lipídios – são alimentos vegetais e animais compostos de 
substâncias insolúveis na água, porém, são podem ser extraídas por 
solventes orgânicos, como éter, benzeno, entre outros. Os lipídios são 
constituídos de carbono, hidrogênio e oxigênio.
Como ainda não há o conhecimento total desta complexa subs-
tância, a sua classificação se torna arbitrária, ficando conforme mostra 
a figura 22:
Figura 23 – Composição dos lipídios.
Fonte: Adaptado de Andriguettto et al. (2002, p. 23 e 24).
• Proteínas – são compostos orgânicos bastante complexos, 
de origem coloidal, constituída basicamente por carbono, hidrogênio, 
oxigênio e nitrogênio. As proteínas estão ligadas diretamente com a for-
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mação da substância protoplasmática, membrana celular, o núcleo, os 
cílios e organelas das bactérias até os tecidos mais elaborados.
As moléculas de proteínas apresentam uma estrutura comple-
xa, constituído de moléculas de aminoácidos, que são mais simples, 
exercendo uma função amina. Sua fórmula geral é formada por um gru-
po amina e um radical ácido, observe na figura 23.
Figura 24 - Fórmula geral de um aminoácido.
Fonte: ROBERTO (2015).
Os aminoácidos, por sua vez, são definidos como um com-
posto orgânico constituído de um grupo ácido e amínico. São oriundos 
da hidrólise das moléculas proteicas, formados pela união dos grupos 
amino e carboxílico. 
Já os peptídios são produtos da ligação de vários aminoácidos 
e dependendo do seu número pode ser classificado como oligopeptí-
dios e polipeptídeos.
Devido à complexidade das proteínas, elas foram classificadas 
tendo como base os aspectos físicos e químicos. Existem duas propos-
tas gerais de sua classificação (American Physiological Society e da 
American Society of Biological Chemist e a outra da English Biochenical 
Society). Das quais classificaram as proteínas em: 
- Holiproteinas, chamadas de proteínas verdadeiras, são elas: 
protaminas, histonas, prolaminas, glutelinas, albuminas, globulinas e 
escleroproteínas;
- Heteroproteínas: mucoproteínas, glicoproteínas, fosfoproteí-
nas, lipoproteínas, cromoproteínas, nucleoproteínas e derivados da he-
teroproteínas. 
• Vitaminas – em 1912 este termo foi criado por Funk para no-
mear a substância de natureza desconhecida capaz de curar em pou-
cas horas uma moléstia mortal, mesmo que fosse uma pequena dosa-
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gem, a polinevrite aviária. 
Substância de natureza orgânica, as vitaminas possuem es-
truturas e propriedades que são facilmente destruídas pelos agentes 
físicos e químicos. As vitaminas são essenciais para a vida dos seres 
superiores, embora o organismo animal não a produza. A avitamino-
se provoca distúrbios, geralmente, mortais. Sua atividade é exclusiva e 
não é substituída por outras. Quantidades pequenas diárias não neces-
sárias e não conseguem ser útil como matéria energética. Possui uma 
atividade catalítica dos processos celulares.
Naturalmente são encontradas as seguintes vitaminas nos ali-
mentos: Vitamina A, provitamina A, vitaminas do complexo B (B1, B2, 
B3, B5, B6, B7 e B12), vitamina C, vitamina D, vitamina E, Vitamina K, 
vitamina PP, ácida pantotênico, biotina e ácido fólico.
E ainda há outras substâncias encontradas na matéria orgânica 
dos alimentos, esporadicamente, citadas também como vitaminas, mesmo 
não sendo devidamente identificadas como tais: ácido orótico, a xantopte-
rina, a carnitina, ácido pangamínico, a rutina, ácido tióctico, e a ubiquinona.
Existem várias classificações das vitaminas, mas veja a clas-
sificação mais simples aplicada apenas às vitaminas encontradas natu-
ralmente nos alimentos, haja vista que atualmente a indústria alimentí-
cia sintetiza vitaminas para a suplementação de rações: 
- Vitaminas lipossolúveis – são solúveis em lipídios e extraídas 
por solventes orgânicos. Estão neste grupo as vitaminas A, D, E e K;
- Vitaminas hidrolissolúveis – constituído do complexo B e a 
vitamina C.
Um detalhe importante que vale a pena destacar é a diferen-
ça entre os animais e os vegetais. Dentre as diferenças entre estes 
organismos, uma das principais é na sua composição, pois os animais 
as paredes celulares são compostas basicamente de proteínas, já nas 
plantas são constituídas de celulose e outros carboidratos Figura 24.
Figura 25 – Célula animal (A) e célula vegetal (B).
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Fonte: COLARES e RODO (2015).
Outro detalhe é que a reserva alimentar das plantas, predomi-
nantemente, é armazenada sob forma de amido. Nos animais o arma-
zenamento ocorre sob forma de gordura. Por isso, a fonte de energia 
seja a principal diferença nutricional entre os animais e vegetais. 
As plantas utilizam a energia solar para produzir seus compos-
tos orgânicos a partir da matéria inorgânica fornecida pelo sol e pelo 
ar. Já os animais não conseguem realizar esta sintetização, por isso 
se utilizam dos compostos elaborados pelas plantas. Resumindo, as 
plantas são máquinas de potência solar que fornecem alimentos para a 
manutenção da vida dos animais. 
É importante que a dieta caseira que você escolher para o 
seu cão seja completa e equilibrada, ou seja, que atenda a todas as 
necessidades nutricionais necessárias ao seu animal. 
DOENÇAS OCASIONADAS PELO EXCESSO DE NUTRIÇÃO E 
ENERGIA
É conhecida a frase que diz que “somos aquilo que comemos”. 
Em relação aos cães e gatos, este ditado popular também deve

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