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80 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Unidade III 7 FITOGEOGRAFIA BRASILEIRA: OS DOMÍNIOS BRASILEIROS O Brasil é um país com dimensões continentais. Sua área é de cerca de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, espalhados por latitudes baixas e médias, o que permite a ocorrência de muitos climas diferentes (ROSS, 2003). Longitudinalmente, também apresenta grande distribuição. Seu litoral, com mais de 8 mil quilômetros de comprimento, permite a interação do oceano com seus biomas. A partir de agora será examinada a representatividade dos grandes ecossistemas terrestres em nosso território. 7.1 Definindo os domínios e biomas brasileiros A vastidão de nosso país permite o reconhecimento de grandes espaços geográficos nos quais predominam características fitogeográficas (distribuição da vegetação) e morfoclimáticas (relação entre relevo e clima), os chamados domínios. O geógrafo Aziz Nassib Ab’Saber elaborou uma classificação dos domínios morfoclimáticos e fitogeográficos brasileiros (COUTINHO, 2002): • domínio amazônico; • domínio da Mata Atlântica; • domínio das caatingas; • domínio dos cerrados; • domínio das araucárias; • domínio das pradarias do sul. 81 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES I. Amazônico II. Cerrado III. Mares de morros IV. Caatinga V. Araucária Faixas de transição VI. Pradarias Terras baixas com florestas equatoriais Chapadões tropicais interiores com cerrados e florestas-galerias Áreas mamelonares tropical-atlânticas florestadas Depressões intermontanas e interplanáticas semiáridas Planaltos subtropicais com araucárias Não diferenciadas Coxilhas subtropicais com pradarias mistas Domínios morfoclimáticos brasileiros Figura 58 – Classificação dos domínios brasileiros segundo Aziz Nassib Ab’Saber Lembrete Aziz Nassib Ab’Saber, apesar do nome, era brasileiro; foi um geógrafo reconhecido internacionalmente pelas suas contribuições ao conhecimento dos ecossistemas brasileiros. Saiba mais Quer saber mais sobre os ecossistemas brasileiros? Então leia a obra-prima: AB’SABER, A. N. Ecossistemas do Brasil. São Paulo: Metalivros, 2006. Cada um desses domínios ocupa muitos quilômetros de extensão e corresponde a diversas regiões naturais com diferentes graus de composição topográfica (relevo), florística e faunística. Fica evidente, pela classificação (Figura 58), que cada domínio apresenta uma área homogênea central, denominada área nuclear ou core. Adicionalmente, entre as áreas nucleares de domínios que estão lado a lado, existe uma área de transição com características mistas. São os chamados ecótonos. Uma vez que os ecótonos representam áreas de transição e de contato entre duas áreas nucleares, isso afeta os componentes da vegetação, os tipos de solo e sua forma de distribuição. Dessa maneira, pode-se considerar que possuem maior instabilidade, em razão de variações em suas condições ecológicas, e algumas espécies, principalmente da flora, passam a dominar a paisagem. 82 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Vale a pena mencionar que existem outras classificações disponíveis em livros e outros materiais educativos, como a do IBGE apresentada a seguir, e muitas delas utilizam o conceito bioma, em vez de domínio. Note, também, que não há uma diferença significativa entre o esquema apresentado na Figura 59 e a proposta de classificação em domínios (Figura 58). Biomas -90 8º 8º NB NB NA NA SA SA SB SB SC SC SD SD SE SE SF SF SG SG SH SH 4º 4º 0º 0º -4º -4º -8º -8º -12º -12º -16º -16º -20º -20º -24º -24º -28º -28º -32º -32º -90 -84 -84 16 16 17 17 18 18 19 19 20 20 21 21 22 22 23 23 24 24 25 25 26 26 -78 -78 -72 -72 -66 -66 -60 -60 -54 -54 -48 -48 -42 -42 -36 -36 -30 -30 -24 -24 Oceano Pacífico Oc ea no A tlâ nt ico Colômbia Bolívia Argentina Paraguai Venezuela Guiana G ui an a Fr an ce sa Surinam e Peru Equador Amazônia Cerrado Mata Atlântica Pantanal Caatinga Pampa Figura 59 – Classificação dos biomas brasileiros segundo o Ministério do Meio Ambiente Há, inclusive, representações que incluem os biomas e seus ecótonos (por exemplo, mata de cocais, mangues, restingas, mata de araucárias), com denominações e posições diferentes daquelas apresentadas por Aziz Nassib Ab’Saber (COUTINHO, 2002). A seguir, serão descritas as variedades fitogeográficas brasileiras conforme a classificação de Ab’Saber, utilizando a divisão em domínios. 7.2 Domínio de Floresta Amazônica Este é um dos dois legítimos representantes das florestas tropicais pluviais em território brasileiro. Em sua porção norte, é atravessado pela Linha do Equador, o que contribui para não deixar dúvidas sobre as condições climáticas reinantes. 83 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES Possui um aspecto geográfico interessante, que é o fato de não estar restrito ao território brasileiro, estando presente também nos vizinhos Guianas, Suriname, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Contudo, de todo esse domínio, 60% estão em território brasileiro. N S W EOceano Atlântico Venezuela Colômbia Bolívia Chile Bioma Amazônia Países da América do Sul Estados da Amazônia Legal Equador Peru Roraima Amapá ParáAmazonas Acre Rondônia Mato Grosso Tocantins Maranhão 0 400 800 km Figura 60 – Distribuição total do domínio Amazônico (área verde) e da Amazônia legal Em razão dessa particularidade, houve o estabelecimento da chamada Amazônia Legal pelas autoridades, a fim de definir a representatividade desse domínio apenas em território brasileiro. Dessa forma, a Amazônia Legal é representada pelas seguintes regiões: Amazonas, Pará, Amapá, Acre, Roraima, Rondônia, norte de Mato Grosso, noroeste do Maranhão e parte de Tocantins. Com isso, cobre cerca de 50% do país, constituindo nosso domínio mais expressivo, estendendo-se por aproximadamente 5,5 milhões de quilômetros quadrados. A Amazônia Legal teve a sua criação em meados da década de 1950 por meio da Lei nº 1.806, de 6 de janeiro de 1953. Foram incorporados à Amazônia brasileira os estados do Maranhão, de Goiás e de Mato Grosso. Com esse dispositivo legal, a Amazônia brasileira passou a ser chamada de Amazônia Legal. Veja a seguir: Art. 2º. A Amazônia brasileira, para efeito de planejamento econômico e execução do plano definido nesta lei, abrange a região compreendida pelos Estados do Pará e do Amazonas, pelos territórios federais do Acre, Amapá, Guaporé e Rio Branco, e ainda, a parte do Estado de Mato Grosso a norte do paralelo 16º, a do Estado de Goiás a norte do paralelo 13º e do Maranhão a oeste do meridiano de 44º (BRASIL, 1953). 84 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Em 1966, houve um reforço na sua definição, pela Lei nº 5.173, a saber: Art. 2º. A Amazônia, para efeitos desta lei, abrange a região compreendida pelos Estados do Acre, Pará e Amazonas, pelos Territórios Federais do Amapá, Roraima e Rondônia, e ainda pelas áreas do Estado de Mato Grosso a norte do paralelo 16º, do Estado de Goiás a norte do paralelo 13º e do Estado do Maranhão a oeste do meridianode 44º (BRASIL, 1966). Mais uma vez, uma revisão, em 1977, pelo artigo 45 da Lei Complementar nº 31, de 11 de outubro de 1977, ampliou os limites da Amazônia Legal: “Art. 45. A Amazônia, a que se refere o artigo 2º da Lei nº 5.173, de 27 de outubro de 1966, compreenderá também toda a área do Estado do Mato Grosso” (BRASIL, 1977). Quanto ao clima, o domínio de Floresta Amazônica segue o padrão de altas temperaturas, alta precipitação e baixa sazonalidade. As características da precipitação ajudam no estabelecimento de uma extensa bacia hidrográfica (com mais de 6 milhões de quilômetros), por onde fluem 20% da água doce do mundo, indo em direção ao oceano Atlântico. O carro-chefe de toda essa rede é, sem dúvida, o rio Amazonas, o maior do mundo em extensão e volume de água. Figura 61 – Bacia hidrográfica do Amazonas 85 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES Observação Pesquisa realizada em 2007 pelo IBGE em conjunto com outras agências de pesquisa descobriu que a nascente do rio Amazonas está localizada no sul do Peru, tendo um comprimento de 6.992,06 km, o que o torna o maior do mundo (INPE, 2008). O solo da Amazônia é espesso e pobre em nutrientes, e sua dinâmica é a mesma já descrita para outras florestas tropicais, ou seja, tem uma grande oferta de matéria orgânica que sustenta a exuberância da floresta, mas também sofre rápida reciclagem, que, associada à lixiviação, impede que tal matéria orgânica seja acumulada. Assim, o solo é considerado pobre. Muitas vezes, quando se observa a Floresta Amazônica de uma maneira geral, tem-se a impressão de que ela é bastante homogênea em seu interior. No entanto, com um olhar mais atento, é possível identificar algumas diferenças em sua composição. Uma delas diz respeito à proximidade dos rios e ao tipo de solo encontrado. Suas características podem ser diferenciadas da seguinte maneira: • mata de terra firme: presente em regiões mais elevadas, que não sofrem a ação direta dos rios; possui vegetação densa e alta. • mata de várzea: mata inundada periodicamente, cujas espécies vegetais têm de suportar a inundação temporária; menor número de espécies que na mata de terra firme; • mata de igapó: mata menos densa, inundada permanentemente, cujas espécies vegetais possuem lenticelas, aberturas no caule para a entrada de gases; • campinarana: vegetação em areal formada nas margens dos rios e inundada esporadicamente. m1.500 1.250 1.000 750 500 250 0 Figura 62 – Diferentes aspectos do domínio amazônico Na Figura 62, é possível também identificar que a aparente homogeneidade da vegetação amazônica é quebrada pela presença de manchas ou enclaves de caatinga e/ou cerrado, outros domínios brasileiros de características bem diferentes. Essa ocorrência pode ser explicada pelas mudanças climáticas que atingiram a região nos últimos milhões de anos. 86 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Observação Nos últimos milhões de anos o domínio amazônico vem sofrendo as consequências de alterações climáticas. Alternância entre épocas quentes e úmidas com outras frias e secas afetaram a distribuição da vegetação. A interação de fatores bióticos e abióticos locais permite a sustentação da rica e abundante biodiversidade. A floresta densa e fechada abriga inúmeras espécies típicas, tais como castanheira-do-pará (Bertholletia excelsa), cacau (Theobroma cacao), cupuaçu (Theobroma grandiflorum), açaí (Euterpe oleracea), guaraná (Paullinia cupana), seringueira (Hevea brasiliensis) e vitória-régia (Victoria amazonica). Figura 63 –Vitória-régia, espécie vegetal típica do domínio amazônico Os dados sobre os animais também impressionam. Estima-se que esse domínio concentre aproximadamente 13% das espécies de animais do mundo, embora apenas 10% dessas espécies sejam conhecidas. A importância desse bioma está associada a alguns fatores, tais como: • a floresta funciona como um grande reservatório de carbono, retirando esse elemento químico da atmosfera, onde ele está presente na forma de gases (CO e CO2) que têm contribuído para agravar o aquecimento global; • a realidade de desmatamento pela qual vem passando, o que não apenas destrói a biodiversidade, mas também agrava a poluição, por meio da emissão de CO2. 87 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES Figura 64 – Resultado do desmatamento do domínio amazônico: toras de madeira de lei armazenadas nas águas dos rios até que sejam processadas 7.3 Domínio de Mata Atlântica Esse representante brasileiro das florestas tropicais pluviais difere da Floresta Amazônica por estar associado a um relevo mais diversificado e por apresentar uma condição climática mais variável. Sua extensão original (Figura 58) compreendia desde o estado de Santa Catarina até o Rio Grande do Norte, além de duas outras ocorrências isoladas, uma na serra Gaúcha e outro no planalto paranaense. Contudo, hoje em dia, apresenta apenas 7,5% dessa cobertura original preservada em pequenas manchas isoladas. Fato bastante inportante para a riqueza de espécies apresentada é o contato que a Mata Atlântica estabelece com outros importantes domínios brasileiros, como o cerrado, a caatinga e os pampas. Sua grande extensão original e a presença de relevo variado (isto é, vales, planaltos, serras) ao longo do território fazem a Mata Atlântica ser representada por muitos tipos diferentes de vegetação, cada uma delas adaptadas às condições de relevo, solo, precipitação etc., dentre as quais se destacam: • floresta ombrófila densa (serra do Mar); • floresta ombrófila mista; • floresta ombrófila aberta; • floresta estacional semidecidual (interior de SP, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia); • floresta estacional decidual. 88 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Mata Atlântica em 1500 Mata Atlântica em 2007 Figura 65 – Extensão total do domínio de Mata Atlântica (1500) e sua situação estimada para 2007 Outra variação que vale a pena ser notada é a presença dos ecótonos em seu contato com o oceano. Trata-se dos manguezais e das restingas. Com relação ao clima, três pontos merecem destaque: • a extensão latitudinal; • a variação de relevo; • a proximidade do oceano. Como possui uma ampla distribuição latitudinal, é possível observar regiões mais ao norte com influência mais clara dos regimes de temperatura e precipitação de climas quentes equatoriais, enquanto regiões mais ao sul apresentam uma outra dinâmica, mais associada a climas quentes tropicais úmidos. Depreende-se disso que, no domínio de Mata Atlântica, podemos encontrar locais com grande sazonalidade e apresentando épocas mais quentes e úmidas, e outras, mais frias e secas. Seja qual for a situação, água nunca é um problema para esse domínio, com locais chegando a atingir 4.500 mm/ano, índice maior do que a média da Floresta Amazônica. A variação do relevo é outro fator de destaque. Ao longo de seu alinhamento Norte-Sul, passa por terras mais baixas ao norte, e o relevo vai se elevando aos poucos em direção ao sul. As serras e os mares de morros que caracterizam parte da região sudeste mais próxima ao litoral já estiveram totalmente ocupados por esse domínio. Nesses locais, o fator altitude causa variação climática, controlando a precipitação e temperatura e deixando ainda mais bem-definidas as diferenças entre as estações do ano. A própria inclinação do relevo faz o solo não se desenvolver tanto e ser muito instável diante do escoamentoe da infiltração da água. 89 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES 16 1517 26 21 22 2711 10 18 3 5 13 14 25 9 23 2812 192024 6 4 8 1 2 7 Planaltos em: Bacias sedimentares 1 Planalto da Amazônia oriental 2 Planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba 3 Planaltos e chapadas da bacia do Paraná Intrusões e coberturas residuais de plataforma 4 Planaltos e chapada dos Parecis 5 Planaltos residuais norte-amazônicos 6 Planaltos residuais sul-amazônicos Cinturões orogênicos 7 Planaltos e serras do Atlântico leste sudeste 8 Planaltos e serras de Goiás-Minas 9 Serras residuaisdo Alto Paraguai Núcleos cristalinos arqueados 10 Planalto da Borborema 11 Planalto sul-rio-grandense Depressões 12 Depressão da Amazônia ocidental 13 Depressão marginal norte-amazônica 14 Depressão marginal sul-amazônica 15 Depressão do Araguaia 16 Depressão cuiabana 17 Depressão do Alto Paraguai-Guaporé 18 Depressão do Miranda 19 Depressão sertaneja e do São Francisco 20 Depressão do Tocantins 21 Depressão periférica da borda leste da bacia do Paraná 22 Depressão periférica sul-rio-grandense Planícies 23 Planície do rio Amazonas 24 Planície do rio Araguaia 25 Planície e pantanal do rio Guaporé 26 Planície e pantanal Mato-grossense 27 Planície da lagoa dos Patos e Mirim 28 Planície e tabuleiros litorâneos Figura 66 – Formas de relevo do território brasileiro. Comparar com a Figura 58 e observar os relevos associados ao domínio de Mata Atlântica 90 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Em suas ocorrências nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, observa-se que a Mata Atlântica ocupa uma faixa cada vez maior do território em direção ao interior. Dessa maneira, é possível notar que a faixa de floresta com maior proximidade do oceano tem características distintas daquela que está mais para o interior do estado. Isso decorre não só da existência das serras próximas ao litoral, mas também da própria influência do oceano como fonte de umidade do ar na região. A vegetação da Mata Atlântica é mundialmente reconhecida por sua abundância e sua diversidade, características derivadas da grande variedade de fatores abióticos que interagem nesse domínio. Nota-se, inclusive, um alto grau de endemismo nas espécies animais e, especialmente, nas vegetais. Lembrete Endemismo é o termo usado para designar a condição de uma determinada espécie apresentar distribuição restrita a uma área pequena. A proximidade do litoral, o clima ameno e o relevo fazem esse domínio, juntamente com os pampas, reunir cerca de 70% da população brasileira, abrigando suas maiores cidades e polos industriais. Assim, a pressão antrópica por espaço e recursos naturais faz da Mata Atlântica um dos domínios mais ameaçados do país. Os altos índices de chuvas combinados com o relevo inclinado e a ocupação desordenada do solo causam grandes problemas de erosão e movimentação do solo. Conforme comentado anteriormente, restam aproximadamente 7,5% da mata original. Se considerarmos apenas o nordeste do país, esse número cairá para 1%. Como agravante, existe o fato de estar totalmente fragmentada e seus fragmentos não possuírem ligação entre si. Por tudo isso, combinando grande biodiversidade e grande ameaça de destruição, a Mata Atlântica é um dos dois domínios brasileiros considerados entre os 24 hotspots mundiais de biodiversidade. Saiba mais Para conhecer os hotspots mundiais de biodiversidade, com destaque para a Mata Atlântica e o Cerrado, acesse: MAPA HOTSPOTS 2005.PDF. Disponível em: <http://www.conservation. org.br/arquivos/Mapa%20Hotspots%202005.pdf>. Acesso em: 7 abr. 2014. 7.4 Domínio de cerrado Este é um dos grandes domínios brasileiros, ocupando quase um quarto de nosso território. Um exame detalhado permite observar a existência de vários biomas em sua composição, embora as condições gerais de clima sejam basicamente as mesmas. Pode ser considerado o representante brasileiro das grandes planícies tropicais, como as savanas. 91 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES Ao se examinar sua distribuição, pode-se notar a existência de uma área nuclear bastante grande que ocupa as seguintes regiões: Tocantins, Goiás, Distrito Federal, oeste de Minas Gerais e Bahia, leste de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Seus ecótonos estão associados à Floresta Amazônica, à caatinga, à Mata Atlântica e ao Pantanal. Além disso, nosso território apresenta algumas manchas (áreas disjuntas) de cerrado isoladas totalmente das áreas nucleares ou dos ecótonos, conforme indicado anteriormente para a Amazônia. Outros estados em que essas manchas ocorrem são Amapá, Roraima, Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, São Paulo e Paraná. Figura 67 – Distribuição do cerrado em território brasileiro Saiba mais Sabia que a região metropolitana de São Paulo ainda preserva um resquício de cerrado? Para conhecer o Parque Estadual do Juquery, leia: BAITELLO, J. B. et al. Parque Estadual do Juquery: refúgio de cerrado no domínio atlântico. Série Registros, São Paulo, n. 50, p. 1-46, mar. 2013. A maioria das ocorrências de cerrado está sob influência de clima tropical, exceção feita às manchas de parte das regiões Sudeste e Sul. Há predomínio de temperaturas altas o ano todo, com leve diminuição na época de inverno. A precipitação também é abundante, mas irregularmente distribuída, pois há presença de uma estação seca (inverno) e outra úmida (verão). Com precipitação média em torno dos 1.500 mm/ano não se pode dizer que a aridez seja fator determinante. Contudo, o inverno praticamente seco traz outra realidade para esse domínio. 92 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Seus solos são profundos, originados do trabalho de intemperismo cotidiano da temperatura alta e da água. De textura arenosa e pH ácido, diferencia-se dos demais por apresentar, geralmente, altos teores de alúminio e pouca disponibilidade de nutrientes nitrogenados. Tal característica faz do cerrado um domínio com vegetação altamente especializada nessas condições, principalmente, nos altos teores de alumínio, elemento que tem se mostrado tóxico para a maioria das plantas, sobretudo, para aquelas que são cultivadas na agricultura. Observação O alumínio é bastante prejudicial à maioria das plantas, causando alterações na membrana das células da raiz, na absorção de nutrientes e no balanço nutricional, além de inibição da síntese de DNA, bem como da divisão e do elongamento celulares (MACHADO, 1997). As características do clima e do solo definem a vegetação do cerrado como formada, predominantemente, por espécies herbáceas e arbustivas, e, dispersas pela paisagem, árvores de aspecto xeromórfico, ou seja, pequenas, tortuosas, com súber desenvolvido (isto é, casca grossa), folhas escleromorfas (isto é, duras) e raízes bem-desenvolvidas que podem se espalhar por uma área maior do que aquela ocupada pela parte aérea. Algumas são caducifólias, como é o caso do ipê. Vale a pena destacar que a aparência da vegetação decorre mais das características do solo do que, propriamente, da estação seca (MEDEIROS, 2011). Figura 68 – Típica vegetação de aspecto xeromórfico do cerrado Como esse domínio se espalha por uma área muito grande, é de se esperar que ocorram diferentes biomas dentro dele (MEDEIROS, 2011). As principais variações da fisionomia da paisagem são: • campo sujo:gramíneas (0,5 cm de altura) e arbustivas esparsas (até 2 m de altura) e solo exposto; • campo-cerrado: estrato herbáceo-subarbustivo, com arbustos de até 2 m e árvores esparsas com 7 m a 10 m; 93 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES • cerrado em sentido estrito (stricto sensu): arbustos e árvores com cerca de 5 m de altura e algumas árvores emergentes com 7 m a 10 m; • cerradão: árvores com cerca de 10 m, componente herbáceo pouco desenvolvido, com a presença de plântulas do componente dominante e uma camada contínua de serrapilheira; • floresta estacional semidecidual: árvores superiores a 15 m (por exemplo, Croton floribundus, Tabebuia serratifolia, Anadenanthera macrocarpa); componente herbáceo-arbustivo pouco denso; lianas e epífitas mais frequentes; serrapilheira contínua e densa; • floresta estacional decidual: associada a solos calcários férteis; • campo úmido: solo úmido ou periodicamente inundado; gramíneas e ciperáceas que podem atingir 1 m de altura; espécies invasoras; • veredas: em depressões e nascentes. Figura 69 – Biomas do domínio cerrado. Variação do tipo de vegetação de acordo com a distribuição de fatores abióticos Tanto a flora quanto a fauna apresentam uma grande diversidade, contando com uma grande porcentagem de espécies endêmicas. O cerrado abriga mais de 11 mil espécies vegetais, das quais 4.400 são endêmicas, além de uma grande variedade de vertebrados terrestres e aquáticos e de um elevado número de invertebrados (MEDEIROS, 2011). Fato que merece destaque é o compartilhamento de algumas de suas espécies com os domínios adjacentes, especialmente a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica. Algumas das plantas típicas do cerrado são: fruta-de-lobo, barbatimão, copaíba, alecrim-do-cerrado, Camarea, cambuí, pequi, gabiroba, pera-do-cerrado, melãozinho-do-cerrado, íris-do-campo, Ipoméa, caviúna-do-cerrado, maracujá-rasteiro, murici, douradinha, pau-santo, chifre-do-diabo, ipê-amarelo, capim-flechinha (MEDEIROS, 2011). A fauna típica do cerrado está representada por tatu-canastra, lobo-guará, veado-campeiro, ouriço, gambá, lebre-do-mato, jaguatirica, capivara, serelepe, onça, preá, rato-do-banhado, tamanduá-mirim, cachorro-do-mato, cascavel, coral, cobra-verde, jararaca, caninana, jararacuçu-do-brejo, jararacuçu-do-campo, lagartos, tucano, seriema, saracura, jacu, anu, garça-branca, pixarro, pica-pau, espécies de corujas, armadeira, aranha-marrom, caranguejeira, entre outros. 94 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Figura 70 – Lobo-guará, animal-símbolo do cerrado Essa enorme biodiversidade faz do cerrado a savana mais rica do mundo, destacando-se, também, como berço das águas, abrigando as nascentes dos principais rios das bacias Amazônica, da Prata e do São Francisco (MEDEIROS, 2011). Esse domínio constitui mais um elemento brasileiro a figurar entre os 24 hotspots mundiais da biodiversidade (Ver Saiba Mais, Subtópico 7.3), unindo a grande diversidade biológica à ameaça de destruição. Estimativas recentes indicam que pouco mais de 60% de sua extensão original ainda estão recobertos por vegetação nativa, e o restante já foi desmatado ou alterado para uso humano (MEDEIROS, 2011). Isso torna esse domínio um dos que mais sofreram com a ocupação humana, perdendo somente para a Mata Atlântica. A principal causa disso é a remoção da vegetação nativa para a implantação de empreendimentos agrícolas e pecuários e a expansão das cidades, o que leva ao progressivo esgotamento dos recursos naturais. Um problema adicional é o que ocorre em áreas com maior presença de árvores, que costumam ser afetadas pela extração predatória. Todas essas ameaças despertam especial atenção para a conservação dos recursos naturais desse domínio (MEDEIROS, 2011). 7.5 Domínio de pradarias do sul Outro representante dos ecossistemas em planícies mundiais, as pradarias do sul do país, ou somente pampas, correspondem aos campos de clima temperado em território brasileiro (Figura 58). Caracteriza-se por ser uma paisagem de relevo suavemente ondulado, na forma de colinas, recobertas por gramíneas de pequeno porte e arbustos. O pampa está restrito ao Rio Grande do Sul, onde ocupa 178.243 km2 – o que corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território nacional. Pode, entretanto, ocorrer também nos Campos de Cima da Serra, nas regiões de maior altitude nos estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul (PILLAR et al., 2009). O clima associado a ele recebe a denominação de subtropical ou temperado subtropical úmido. Suas condições são de temperaturas amenas e chuvas regulares durante todo o ano. A precipitação anual está por volta dos 1.200 mm, com maior incidência nos meses de inverno. Altas temperaturas ocorrem no verão, chegando a 35º C, e o inverno é marcado por geadas e neve em algumas regiões de serra, indicando temperaturas negativas. Assim, o clima é tipicamente frio e úmido. 95 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES A exemplo do que acontece ao redor do mundo nos ecossistemas equivalentes, a vegetação herbácea é a predominante. As gramíneas baixas (de 10 cm a 50 cm) cobrem o solo, e arbustos pequenos podem ser encontrados espaçados na paisagem. Árvores são raras e, quando ocorrem, estão isoladas (por exemplo, louro-pardo, cedro, cabreúva, grápia, guajuvira, caroba, canafístula, bracatinga). Exceção são as áreas de encostas do planalto, onde ocorrem os chamados campos altos, representando um tipo de ecótono com o domínio das araucárias. Nele predominam matas de araucárias. É comum a ocorrência de áreas rebaixadas e alagadas (localmente chamadas de banhados), onde se instala uma vegetação adaptada ao excesso de água, representada por plantas como o junco, gravatás e aguapés. De maneira geral, é um dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade, constituindo o lar de muitas espécies endêmicas e de espécies migratórias. Alguns de seus elementos faunísticos estão ameaçados de extinção, entre eles: onça-pintada, jaguatirica, caxinguelê e tamanduá. O solo fértil, o relevo adequado e a abundância de água atraíram muitos agricultores e pecuaristas para a região, que se expandiram de maneira inadequada e sem planejamento, gerando o desgaste do solo e iniciando um processo de desertificação em várias áreas. As queimadas ilegais, praticadas anualmente, estão entre os principais problemas que afetam os Campos Sulinos. Além disso, tem havido proliferação descontrolada de espécies exóticas, como Pinus sp. e Eucalyptus sp., ao longo de rodovias, causando perda da biodiversidade do ecossistema, quebra do equilíbrio hídrico e descaracterização da paisagem. 7.6 Domínio da caatinga Luiz Gonzaga, cantor e compositor brasileiro, imortalizou a caatinga e suas condições na canção Asa-Branca, nome popular de uma pomba comum na região e muito resistente às condições ambientais. Quando olhei a terra ardendo Qual a fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornalha Nem um pé de prantação Por falta d’água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Por farta d’água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Inté mesmo a asa branca Bateu asas do sertão (...) Fonte: Gonzaga; Teixeira (1999). 96 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Podemos considerar esse um domínio tipicamente nordestino, seja por sua ocorrência restrita à região (Figura 58), seja por sua presençana cultura da população dessa parte do país. Caatinga e nordeste são, praticamente, sinônimos. Ocupando pouco mais do que 10% do território brasileiro, a caatinga se distribui pelos seguintes estados: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Assim como a Mata Atlântica é o dominio original desses estados na faixa litorânea, a caatinga caracteriza o interior desses estados, sendo também chamada de semiárido ou sertão nordestino. Há caatinga em algunas regiões do Piauí e do Maranhão, mas em uma área de transição com buritizais (Mauritia flexuosa) (LEAL; TABARELLI; SILVA, 2003). As classificações do clima para o Brasil apontam como predominante na região o clima quente tropical seco. Sua principal característica é ser semiárido, ou seja, é muito quente (médias de 25º C a 29º C, sem muita variação anual) e passa por um período de estiagem que pode durar de 6 a 7 meses. Sua média de precipitação está entre 260 mm e 800 mm/ano. No entanto, pior do que a longa estiagem, a incerteza sobre a chegada da chuva é um fator importante. Há regiões na caatinga que estão há anos sem receber uma gota de chuva. Observação Raso da Catarina é a região mais seca do Brasil, localizada na parte centro-leste do domínio caatinga, no estado da Bahia. A precipitação média anual é 350 mm, mas são comuns vários anos sem nenhuma quantidade de chuva (ROSS, 2003). A vegetação reflete a falta d’água da região e se apresenta como espécies herbáceas e arbustivas lenhosas, de pequeno porte, além de árvores retorcidas, geralmente espinhentas, com cascas rugosas e raízes grossas e penetrantes, caracterizando-se pela perda das folhas na época da estiagem. A predominância fica por conta das cactáceas (por exemplo: mandacaru, facheiro, xique-xique) e das bromeliáceas. Dentre as árvores de maior expressão estão juazeiro, angico, umbuzeiro, aroeira, catingueira e faveleira. Figura 71 – Típica vegetação de caatinga 97 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES Apesar de todas as adversidades climáticas e ambientais, a caatinga apresenta uma boa diversidade de fauna, composta por animais resistentes às suas condições quase desérticas. De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente ([s.d.]a), são 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 de anfíbios, 241 de peixes e 221 de abelhas. Dentre as aves, a asa-branca, espécie de pomba muito resistente, merece destaque, por ser um símbolo da resistência do nordestino às condições do sertão. A despeito de toda a dificuldade, esse domínio tem sofrido grandes impactos negativos, estando entre os mais degradados. As atividades que mais têm contribuído para o agravamento desse quadro são o extrativismo de madeira (para fabricar carvão) e a agricultura. Essas atividades alteram o frágil equilíbrio do ambiente, levando à deterioração do solo, à diminuição da água e da biodiversidade e ao início do processo de desertificação. Aproximadamente 40.000 km2 de caatinga se transformaram em deserto. 7.7 Domínio das araucárias Embora seja considerada por muitos um ecótono entre Campos Sulinos e Mata Atlântica, ou mesmo uma variedade desta última, o domínio das araucárias possui características suficientes para sustentar-se como tal. É típico dos planaltos do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul (Figura 58), embora vegetações semelhantes estejam em áreas com mais de 1.000 m de altitude em São Paulo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Cobre, assim, aproximadamente 7% da área total do território nacional. Assim como já acontecia com os Campos Sulinos, o clima desse domínio é subtropical ou temperado subtropical úmido, associado às condições de altitude. Portanto, o verão é quente e úmido, e o inverno é rigoroso, com temperaturas médias abaixo dos 18º C. Seu nome deriva da árvore-símbolo da Região Sul que é o pinheiro-do-paraná ou araucária (gimnosperma), fonte do pinhão, semente muito consumida nesses estados. Contudo, essas não são as únicas árvores da paisagem. Na verdade, as araucárias são árvores emergentes em meio a uma vegetação arbórea variada e não muito densa. Entre as espécies mais frequentes podem ser encontradas, além da araucária, o podocarpo, a erva-mate e a samambaiaçu. Abaixo dela, o solo é colonizado, ainda, por arbustos e herbáceas. Vez ou outra, a paisagem perde as árvores e passa a ter as características dos Campos Sulinos. 98 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Figura 72 – Árvore que dá nome ao domínio, a araucária pode ocorrer de maneira isolada, ou, como é mais comum, formando grupos maciços Esse domínio conta com boa diversidade vegetal e animal. Dentre os animais, merecem destaque o macaco-bugio, o serelepe, o gato-mourisco, a cutia, a gralha-azul e o grimpeirinho. Com o desenvolvimento do setor madeireiro, as florestas de araucárias foram quase totalmente dizimadas, restando menos de 5% da superfície originalmente ocupada. Essas localidades, já sem as árvores, deram lugar a plantações de arroz, nas depressões, e de soja, em áreas de pradarias. Tais atividades devastam e descaracterizam a vegetação, bem como geram processos erosivos e desgaste do solo que, mais tarde, levam ao abandono da terra para atividades pecuárias. Figura 73 – Um dos principais problemas que afetam o domínio é o desmatamento 8 FITOGEOGRAFIA BRASILEIRA: ECÓTONOS OU ÁREAS DE TRANSIÇÃO Não só os domínios são importantes, mas também as áreas de transição entre eles (Figura 58). Nesses locais, as condições climáticas, o relevo, o solo, a disponibilidade de água, enfim, vários fatores abióticos podem apresentar uma dinâmica distinta daquela que ocorre nas áreas nucleares. O importante nessas regiões é compreender que são áreas de grande estresse ambiental, com espécies de um domínio tentando prevalecer sobre outras, de outro domínio, numa incessante disputa 99 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES por recursos naturais. Quem obtiver sucesso terá vantagem na luta pela vida e terá aumentado a distribuição territorial de seu domínio. Serão apresentados, brevemente, quatro ecótonos brasileiros, a saber: • pantanal; • mata de cocais; • manguezais; • restingas; 8.1 Pantanal Corresponde a uma região de planície alagável (ou aluvial) entre os estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. É a maior planície desse tipo no mundo, com 365.000 km2, e 80% da área encontram-se em território brasileiro, estendendo-se o restante para a Bolívia e o Paraguai, onde é chamado de chaco. Representa, em nosso território, um ecótono entre a Floresta Amazônica e o cerrado. Figura 74 – Localização do Pantanal no território prasileiro Seu baixo relevo (cerca de 100 m de altitude média) faz que essa região receba a drenagem de boa parte das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, além de receber a precipitação diretamente sobre ela (cerca de 1.500 mm/ano) entre os meses de outubro e abril, ficando alagada durante o período. Com a diminuição das chuvas, entra num processo de drenagem que transforma totalmente a dinâmica e a paisagem local. Portanto, é caracterizado pela alternância entre épocas de seca e de cheia. 100 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Figura 75 – Cenário típico do pantanal com seu terreno alagadiço De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente ([s.d.]b), mantém 86,77% de sua cobertura vegetal nativa. Uma vegetação não florestal é predominante em 81,70% do território. Desses, 52,60% são cobertos por cerrado e 17,60%são ocupados por misturas de outras vegetações não florestais. Os tipos de vegetação florestais (isto é, floresta estacional semidecidual e floresta estacional decidual) representam 5,07% do pantanal. Por suas características, o pantanal é vítima de duas situações contrastantes. De um lado, a alta biodiversidade e a abundância de espécies animais e vegetais. De outro, as pressões ecológicas e a realidade de degradações causadas pela pecuária e pela agricultura. 8.2 Mata de cocais Presente na região meio-norte do Brasil, está situada entre o subúmido amazônico e o semiárido nordestino (FARIAS; CASTRO, 2004). Sua vegetação aparece na forma de um grande mosaico com fisionomias muito diversas, com diferentes espécies e estruturas, acompanhadas por variações nos solos e no clima (SANTOS-FILHO et al., 2010). Geograficamente, essa grande transição se concentra sobre os estados do Piauí e do Maranhão, área amplamente ocupada por formações dicotilopalmáceas (IBGE, 1992). Podem ser encontradas concentrações de espécies de cerrado e caatinga, principalmente, no território a leste do rio Parnaíba, estado do Piauí. A oeste do rio Parnaíba, mistura-se uma paisagem que combina elementos de cerrado com uma floresta ombrófila perenifólia (Floresta Amazônica), já bastante alterada pelo homem. Dentre as espécies vegetais mais presentes, encontram-se palmeiras (árvores da família Arecaceae), especialmente babaçual, guerobal e buritizal. Em menor incidência, ocorrem palmeiras como tucum, bacaba, macaúba, pati, catolé, entre outras (LORENZI et al., 2004). Em razão de suas características fisionômicas e da presença da população na região, há discussão sobre se a origem desse ecótono teria sido natural ou teve a contribuição do homem (SANTOS-FILHO; ALMEIDA JÚNIOR; SOARES, 2013). 101 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES PA TO Brasil Zona dos Cocais MA PI BA PE CE N S W E 0 2000Km 40º00’00”W 40º00’00”W 10º00’00”S1 0º 00 ’0 0” S Figura 76 – Localização do ecótono 8.3 Restingas Correspondem a um ecótono da Mata Atlântica com o ecossistema marinho. Neste caso, não há influência de rios, apenas do oceano. São ecossistemas costeiros desenvolvidos sob depósitos litorâneos que formam extensas planícies arenosas, cuja origem pode ser atribuída a correntes de deriva litorânea, disponibilidade de sedimentos arenosos, flutuação do nível do mar e feições costeiras que propiciam a retenção de sedimentos (MARTINS et al., 2008). Distribuem-se por todo o litoral brasileiro, embora não ocorram de forma contínua. Importantes localidades são o litoral de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Alagoas, Sergipe e Bahia. Nesse ecótono a participação da vegetação é tão importante que, em sua definição, características do ambiente e da vegetação estão lado a lado. Conforme o trecho a seguir, pode-se observar que o clima tem papel menos importante na dinâmica da restinga. De acordo com a Resolução Conama nº 7, de 23 de julho de 1996, entende-se por vegetação de restinga o conjunto das comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e fluviomarinha. Estas comunidades, distribuídas em mosaico, ocorrem em áreas de grande diversidade ecológica, sendo consideradas comunidades edáficas por dependerem mais da natureza do solo que do clima (CONAMA, 2012; p. 204). As restingas brasileiras caracterizam-se como um conjunto de ecossistemas variado fitofisionomicamente, refletindo diferenças no relevo, no solo e no clima, além de diferentes etapas sucessionais. Com isso, apresentam gêneros característicos das praias, como Remirea e Salicornia, e outras espécies que ocorrem em áreas mais altas, afetadas pelas marés em eventos esporádicos, conhecidas como Ipomoea pes-caprae, Canavalia rosea, além dos gêneros Paspalum, Acicarpha, 102 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Achyrocline, Polygala, Spartina, Vigna e Hidrocotyle. As duas primeiras atingem as dunas, contribuindo para fixá-las. No pontal rochoso que deu origem à restinga e em algumas áreas mais internas das Planícies Marinhas, a vegetação pioneira difere do resto das comunidades arenosas. Neste pontal, a principal espécie característica é a Clusia criuva, associada a cactáceas e a muitas bromeliáceas. (BRASIL, 2012) 8.4 Manguezais Manguezal é uma zona úmida, representante de um ecossistema costeiro, transicional entre os ambientes terrestre e marinho, típico de regiões tropicais e subtropicais e influenciado pela ação das marés (SCHAEFFER-NOVELLI, 1995). É formado por várias fitofisionomias resistentes ao fluxo das marés e, portanto, ao sal, compreendendo árvores e espécies arbustivas. Sua caracterização ambiental envolve a presença de bancos de lama e de sal, salinas e pântanos salinos. Em geral, possui solo arenoso, sem cobertura vegetal ou abrigando uma vegetação herbácea reduzida. Segundo o mapeamento realizado pelo Ministério do Meio Ambiente ([s.d.]c) os manguezais se distribuem por 1.225.444 hectares em quase todo o litoral brasileiro, desde o Amapá até Santa Catarina. Áreas de manguesais Figura 77 – Áreas de ocorrência de manguezais Manguezais são, reconhecidamente, áreas com grande produtividade biológica, uma vez que acolhem representantes de todos os níveis tróficos. Para sua existência e manutenção, é necessária a ação das marés, mas o regime de atividade da costa deve ser de baixa energia ou de áreas estuarinas, lagunares, de baías e enseadas, que fornecem a proteção necessária ao seu estabelecimento (DIEGUES, 2002). De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, as maiores extensões de manguezais da costa brasileira ocorrem entre a desembocadura do rio Oiapoque, no extremo norte, e o Golfão Maranhense, formando uma barreira entre o mar, os campos alagados e a terra firme. Do sudeste maranhense até o Espírito 103 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES Santo, os mangues são reduzidos e estão associados a lagunas, baías e estuários. Na Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, esse ecossistema apresenta grande extensão novamente, apesar do intenso processo de degradação que sofre. O Complexo Estuarino-Lagunar de Iguape-Cananeia e Paranaguá, situado entre os estados de São Paulo e Paraná, representa uma das reservas de mangues mais importantes do país (DIEGUES, 2002). Figura 78 – Perfil de uma área de manguezal com seus principais elementos florísticos representados Corresponde a uma comunidade vegetal de ambiente salobro, situada na desembocadura de rios e regatos no mar, onde, nos solos lodosos (manguitos), cresce uma vegetação especializada, adaptada à salinidade das águas, com as espécies Rhizophora mangle e Avicennia sp., que variam conforme a latitude, e Laguncularia racemosa, que cresce nos locais mais altos, só atingidos pela preamar. Nessa comunidade, pode faltar um ou mesmo dois desses elementos. É frequente observar-se um manguezal somente de Rhizophora, como o do Estado do Maranhão, ou somente de Avicennia, como o do Estado do Amapá, pois a Laguncularia só aparece quando existe terreno firme nos terraços e nas planícies salobras do fundo das baías e dos rios. Em algumas dessas planícies, justamente quando a água do mar fica represada pelos terraços dos rios, a área salobra é densamente povoada por outras espécies menores (BRASIL, 2012). A ocupação desordenada ao longo da costa brasileira vem causando perda e fragmentação desse habitat, pela conversão dessas áreas em carcinicultura (criação de camarão), pelas ocupações humanas e pela destinação de áreas ao turismo (PRATES; GONÇALVES;ROSA, 2012). 104 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Figura 79 – Detalhe da vegetação típica de manguezais com suas raízes dando sustentação em meio ao sedimento lodoso Resumo Após a caracterização geral dos ecossistemas mundiais, foram identificados seus correspondentes nacionais, na forma de domínios, biomas e ecótonos. O clima no Brasil obedece a um padrão, de forma que sua influência na distribuição, no tipo e na abundância de vegetação pode ser facilmente notada. De acordo com classificações recentes, podemos identificar os domínios amazônico, de Mata Atlântica, do cerrado, da caatinga, das araucárias e dos pampas como os principais representantes dos ecossistemas terrestres no país. Os domínios amazônico e de Mata Atlântica são os representantes legítimos das florestas tropicais pluviais, enquanto as matas de araucária seriam florestas subtropicais, quase temperadas, de altitude. O cerrado representa um ecossistema com elementos e dinâmica muito semelhantes aos da savana africana, assim como a caatinga apresenta uma aridez semelhante à de deserto, mas ainda com um pouco de vegetação. Os pampas, por sua vez, seriam os representantes dos campos temperados. Normalmente, entre um domínio e outro, ocorre uma faixa de transição chamada ecótono. Um destes é o pantanal. Numa área privilegiada pela drenagem, o pantanal está na fronteira entre os domínios amazônico, cerrado e Mata Atlântica. Em sua vegetação e sua fauna, é possível observar a influência de todos esses domínios. Outro ecótono é a mata de cocais, entre os domínios amazônico e cerrado. Por fim, dois ecótonos ocorrem 105 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES pelo contato do domínio de Mata Atlântica com o oceano: disso resultaram os manguezais, com grande influência tanto do rio quanto do oceano, e as restingas, correspondendo à vegetação praial que raramente é afetada pelas ondas. Exercícios Questão 1. (Enade 2011, adaptada). A cobertura vegetal original de determinada região é uma combinação entre controles em diversas escalas: global (latitude, macroclima, circulação atmosférica e oceânica); regional (clima, geologia, geomorfologia e maritimidade); e local (relevo, solo, precipitação, ventos). O mapa a seguir apresenta a vegetação do Brasil, com destaque para o Centro-Sul, o Nordeste e a área costeira. Observa-se a presença de floresta ombrófila densa próxima ao litoral, de maneira geral, acompanhando a Serra do Mar. 106 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Unidade III Considerando o texto e o mapa, é possível inferir que a presença de floresta ombrófila densa próxima ao litoral está associada: A) À presença de rios que drenam para o Oceano Atlântico. B) Ao processo de colonização do Brasil, que teve início a partir do litoral. C) Ao efeito da maritimidade, que reduz a umidade nessa área. D) Ao efeito da continentalidade, que reduz as precipitações nessa área. E) À presença do Oceano Atlântico, que fornece umidade para essa área. Resposta correta: alternativa E. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: às margens dos rios, é comum observar a existência da mata ciliar, que não é exclusiva de rios que drenam para os oceanos. Essa mata ciliar não corresponde à floresta ombrófila, já que esta se distribui por uma área ampla, muito além das margens dos rios. B) Alternativa incorreta. Justificativa: de fato, o processo de colonização do Brasil se deu do litoral para o interior, mas a presença de uma floresta litorânea não é consequência desse processo de colonização. Muito pelo contrário, o processo de ocupação humana dessa região é o principal responsável pela degradação da floresta ombrófila, que hoje ocupa apenas uma pequena parcela do total da área ocupada originalmente. C) Alternativa incorreta. Justificativa: a maritimidade é o efeito do oceano sobre as condições climáticas litorâneas. A proximidade do mar faz a região apresentar menor amplitude térmica. O litoral brasileiro, como qualquer outro, está sujeito aos efeitos da maritimidade; porém, ao contrário do que afirma a alternativa, a maritimidade eleva a umidade nessa região. D) Alternativa incorreta. Justificativa: quanto mais distante do mar estiver uma região, menor a influência do oceano sobre o clima local. Nesse caso, dizemos que as regiões mais interioranas do continente estão sujeitas a uma forte continentalidade. Nessas regiões, as variações climáticas costumam ser mais amplas ao longo do ano. No caso específico da Serra do Mar, situada no litoral, não há efeito da continentalidade, como afirma a alternativa, e sim da maritimidade. 107 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 ECOSSISTEMAS TERRESTRES E) Alternativa correta. Justificativa: a umidade proveniente do oceano é a grande responsável pela floresta ombrófila encontrada no litoral brasileiro. Em razão da presença da Serra do Mar, o ar úmido proveniente do oceano sobe, resfria-se e forma nuvens de chuva, o que explica a intensa pluviosidade nessa região, bem como a presença de uma floresta densa. Questão 2. (Enade 2008, adaptada) Leia o texto a seguir. Bioma é uma área do espaço geográfico, com dimensões de até mais de 1 milhão de quilômetros quadrados, que tem por característica a uniformidade de determinado macroclima definido, de determinada fitofisionomia ou formação vegetal, de determinada fauna e outros organismos vivos associados, e de outras condições ambientais, como altitude, solo, alagamentos, fogo e salinidade. Essas características lhe conferem estrutura e funcionalidade peculiares e ecologia própria. O bioma é um tipo de ambiente bem mais uniforme em suas características gerais, em seus processos ecológicos, enquanto o domínio é muito mais heterogêneo. Bioma e domínio não são, pois, sinônimos. Fonte: COUTINHO, L. M. O conceito de bioma. Acta Bot. Bras., São Paulo, v. 20, 2006, p. 13-23 (com adaptações). Acerca dos temas tratados no texto, assinale a alternativa correta: A) Os manguezais constituem um tipo de domínio de floresta tropical pluvial, paludosa, composto por um mosaico de biomas. B) As savanas constituem um único bioma, no qual devem ser incluídas as áreas de vegetação xeromorfa, com estacionalidade climática marcante. C) Os aspectos abióticos são mais relevantes que as fisionomias em qualquer esforço de classificação de biomas. D) A Amazônia Legal é definida por critérios biogeográficos que se aproximam mais do conceito de domínio que do de bioma. E) A definição clara de termos como bioma e domínio é importante, pois tem implicações para a definição de políticas públicas de proteção à biodiversidade. Resolução desta questão na plataforma. 108 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 RICKLEFS, R. E. A economia da natureza: um livro-texto em ecologia básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. p. 3. Figura 3 06.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_8001/06.jpg>. Acesso em: 27 mar. 2014. Figura 4 29.GIF. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9655/29.gif>. Acesso em: 12 mar. 2014. Figura 5 A_49_1.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/ conteudo_4500/A_49_1.jpg>. Acesso em: 27 mar. 2014. Figura 6 16.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9642/16.jpg>.Acesso em: 27 mar. 2014. Figura 7 MAPAMUNDI.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/ conteudo_1194/mapamundi.jpg>. Acesso em: 27 mar. 2014. Figura 8 02_05P.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/ conteudo_334/02_05p.jpg>. Acesso em: 27 mar. 2014. Figura 9 17.JPG. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1171/17.jpg>. Acesso em: 27 mar. 2014. 109 Re vi sã o: Ju lia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 08 /0 4/ 20 13 Figura 10 043.GIF. Disponível em: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_2414/043. gif>. Acesso em: 27 mar. 2014. 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