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Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Direito Constitucional na OAB 
 
 
 
1 
 
 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Direito Constitucional na OAB 
 
 
 
2 
 
 
Queridos alunos, 
 
Cada material da Semana do Edital foi preparado com 
muito carinho para que você possa conhecer os 
conteúdos queridinhos da FGV! 
Nós deciframos os principais mistérios da prova! 
Não conte com a sorte, conte com o Ceisc. 
Esperamos você durante as aulas da Semana do 
Edital! 
 
 
Com carinho, 
Equipe Ceisc ♥ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Direito Constitucional na OAB 
 
 
 
3 
1ª FASE OAB | 39° EXAME 
Direito Constitucional 
5 conteúdos favoritos da FGV 
 
 
Sumário 
 
Conheça a 2ª Fase de Constitucional........................................................................4 
1. Direitos Fundamentais .......................................................................................... 5 
2. Organização do Estado Brasileiro ......................................................................... 9 
3. Ordem Econômica e Social ................................................................................. 19 
4. Controle de Constitucionalidade.......................................................................... 25 
5. Remédios Constitucionais ................................................................................... 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Direito Constitucional na OAB 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://ceisc.com.br/quiz/teste-vocacional-2afase-ceisc
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Direito Constitucional na OAB 
 
 
 
5 
1. Direitos Fundamentais 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
1.1. Liberdade de expressão 
 
Artigo 5º da CF 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
 
Direito de resposta: possibilidade de retrucar a ofensa veiculada na mídia. 
 
Artigo 5º da CF 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por 
dano material, moral ou à imagem; 
 
É o direito de reação ao uso indevido da mídia que visa à proteção da imagem e da honra 
do ofendido no exercício indevido do direito de liberdade de expressão. 
 
1.2. Liberdade de manifestação do pensamento 
1.2.1. Formas de expressão 
A liberdade de opinião exterioriza-se pelo exercício das liberdades como: comunicação, 
de religião, de expressão intelectual, artística, científica e cultural. 
 
Tem aplicação 
direta e 
imediata 
• Art. 5º, § 1º da CF
Não são 
taxativos, ou 
seja, temos um 
catálogo aberto
• Art. 5º, § 2º da CF
São cláusulas 
pétreas, não 
podem ser 
abolidos
• Art. 60, § 4º, IV da 
CF
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Direito Constitucional na OAB 
 
 
 
6 
Artigo 5º da CF 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
 
Quanto à vedação do anonimato, nestes termos, refere-se à manifestação do 
pensamento entre locutores presentes, como de uma pessoa a outra (conversa, diálogo) ou de 
uma pessoa para com as outras (palestras, conferências, discursos). 
Veja também: 
 
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob 
qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o 
disposto nesta Constituição. 
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de 
informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o 
disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. 
§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. 
§ 3º Compete à lei federal: 
I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre 
a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que 
sua apresentação se mostre inadequada; 
II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se 
defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o 
disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que 
possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente. 
§ 4º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos 
e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo 
anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes 
de seu uso. 
 
1.3. Liberdade de informação 
 
Artigo 5º da CF 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício profissional; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado; 
 
1.3.1. Lei de Acesso à Informação - nº 12.527/2011 
A transparência está associada à divulgação de informações que permitam que sejam 
averiguadas as ações dos gestores e a consequente responsabilização por seus atos 
Regra: acesso à informação. 
Exceção: possibilidade de sigilo em caso de segurança do Estado e interesse público 
ou casos que se justifiquem em decorrência da preservação da privacidade intimidade (segredo 
de justiça). 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Direito Constitucional na OAB 
 
 
 
7 
1.3.2. Remédios para buscar acesso à informação 
Habeas Data: informação da pessoa do impetrante. 
Mandado de Segurança: informação de interesse coletivo ou geral. 
 
1.4. Liberdade religiosa 
Significado de Estado Laico: “Estado separado da religião” – não possui uma religião 
oficial. 
Art. 5º da CF 
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
(...) 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto 
e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades 
civis e militares de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
 
Escusa de consciência: aquele que alegar afronta a convicção religiosa para não 
prestar serviço militar receberá uma prestação alternativa - em caso de não cumprimento tem 
como punição a perda dos direitos políticos. 
 
1.5. Liberdade de profissão 
 
Art. 5º da CF 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
 
Note-se que essa é uma norma de eficácia contida, ou seja, não havendo 
regulamentação é possível o exercício pleno da profissão. 
 
1.6. Liberdade de reunião 
 
Art. 5º da CF 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente 
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade 
competente. 
 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Direito Constitucional na OAB 
 
 
 
8 
STF: a mera falta de comunicação às autoridades competentes porsi só não torna ilícita 
a reunião que não teve a comunicação. 
 
1.7. Liberdade de associação 
 
Art. 5º da CF 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de Cooperativas independem de 
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
 
Inciso XIX, da CF – trata do encerramento e suspensão das atividades das associações: 
• Suspensão: é temporária, provisória; 
• Dissolução: é definitiva e só ocorre após o trânsito em julgado de sentença 
judicial que decretar a dissolução. 
 
1.8. Proteção à intimidade e vida privada 
 
Artigo 5° da CF 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação. 
 
1.9. Proteção do domicílio 
 
Artigo 5° da CF 
XI - A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
 
Casa para fins constitucionais possui um conceito extremamente amplo, incluindo locais 
provisórios, como quartos de hotéis, casas de praia, etc, bem como o local de trabalho. 
 
1.10. Proteção ao sigilo das comunicações 
 
Art. 5º da CF 
XII - É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados 
e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses 
e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal; 
 
A Lei nº 9.296/96 regulamenta e diz que somente é permitido em processos penais: 
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 Direito Constitucional na OAB 
 
 
 
9 
• Só será permitido nos crimes punidos com pena de reclusão; 
• fortes indícios de autoria (para reforçar a prova); 
• quando houver insuficiência de provas para a comprovação da autoria. 
 
Quem poderá pedir a quebra de sigilo telefônico ao Juiz competente? 
• Autoridade policial do inquérito; 
• MP em inquérito e processo penal; 
• Art. 58, parágrafo 3º, da CF tem entendimento que a CPI poderia pedir. 
 
1.11. Proteção de dados 
A proteção de dados encontra respaldo Constitucional nos artigos art. 5º, incisos X, XI, 
XII e LXXII e foi regulamentada pela Lei nº 13.709/2018. 
O conceito de dado pessoal pode ser extraído da própria Lei, como sendo a “informação 
relacionada a pessoa natural identificada ou identificável”. Ou seja, tudo que puder ajudar a 
identificar uma pessoa pode ser considerado dado pessoal. 
É de competência da União legislar sobre a proteção de dados. 
 2. Organização do Estado Brasileiro 
2.1. Federalismo 
A Constituição Republicana de 1891 adotou o modelo federalista e desde então, essa é 
a forma de organização do estado federal brasileiro. 
 
2.1.1. Entes federativos 
1) União: pessoa jurídica de direito público interno, mas com a capacidade de 
representar o todo no exterior; 
2) Estados-membros: pessoa jurídica de direito público interno; 
3) Distrito Federal: cumulará as competências do Estado-membro e do Município. 
Também é uma pessoa jurídica de direito público interno. 
4) Municípios: são entes autônomos da Federação brasileira, por isso é considerada sui 
generis. Também é uma pessoa jurídica de direito público interno. 
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Organização política-administrativa da República 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, 
nos termos desta Constituição. 
§ 1º Brasília é a Capital Federal. 
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado 
ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
 
Brasília é uma cidade, um agrupamento urbano, e não um município. 
Atualmente não temos mais territórios, mas eles PODERÃO ser criados. No entanto, não 
seriam considerados entes federativos, porque teriam uma autonomia tutelada pela União. 
 
2.1.2. Fundamentos da Federação na Constituição de 1988 
1) Federação como princípio fundamental – art. 1º da CF/1988: “A República 
Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos”, de onde a 
atual Federação, em face de ser uma “união indissolúvel”, impede a possibilidade de Estados-
membros, Municípios ou o Distrito Federal intentarem, juridicamente, sua independência do 
restante do Brasil. 
2) Federação como cláusula pétrea – art. 60, § 4º, I, da CF/1988: “Não será objeto de 
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I – a forma federativa de Estado”, norma 
que impede juridicamente a abolição do Estado federal por meio de emenda constitucional que 
transforme o Brasil em Estado unitário ou, mesmo, de províncias sem autonomia (legislativa, 
sobretudo). 
3) Federação sui generis – art. 1º, caput, c/c art. 18, caput, da CF/1988: ”A organização 
político- administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”, normas que 
enumeram expressamente as entidades que compõem a Federação brasileira. Em vista disso, 
a Federação brasileira é sui generis no âmbito do direito constitucional comparado, vez que é 
a única no mundo que reconhece três entes básicos que a compõem (União, Estados-membros 
e Municípios), em vez dos dois entes tradicionais (União e Estados-membros). 
 
2.1.3. Distinção de autonomia versus soberania 
Para distinguirmos com maior clareza o que significam União e Estado-Membro, dois 
conceitos são fundamentais. Diz-se que a soberania é atributo do Estado Federal, que detém 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Direito Constitucional na OAB 
 
 
 
11 
o poder/dever de manter a Unidade Federativa como um todo, o que lhe confere “poder” 
(soberania) sobre os demais membros do pacto federativo. 
Já a autonomia é nota característica dos demais entes, haja vista que reflete e representa 
a ideia de descentralização nos limites, é claro, da própria soberania. Assim, a autonomia é a 
possibilidade de coordenação desses entes (Estado-membro, Município e Distrito Federal), 
tanto administrativa como política e financeiramente. 
 
2.1.4. Processo de alteração dos Estados-Membros 
 
Art. 18, §3º, da CF 
Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se 
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante 
aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso 
Nacional, por lei complementar. 
 
Incorporação: união de dois ou mais Estados-membros para formação de um novo e 
único Estado-membro, com nova personalidade jurídica, desaparecendo os Estados-membros 
anteriores. 
Subdivisão: seccionamento do território de um Estado-membro para criação de dois 
novos Estados-membros, com desaparecimento do Estado-membro anterior. 
Desmembramento: em dois casos distintos: (i) desmembramento de parte do território 
de um Estado-membro para anexação a outro Estado-membro já existente; ou (ii) 
desmembramento de parte do território para formação ou criação de novo Estado-membro ou 
território nessa porção desmembrada. Aqui o Estado-membro anterior permanece existindo no 
território remanescente. 
Procedimento – art. 18, § 3º, da CF: 
• Necessidade da prévia “aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito” (caráter vinculativo); 
• Devem ser “ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas” (art. 48, VI, da 
CF/1988) antes da promulgação da lei complementar federal pelo CongressoNacional. Devendo apenas ser ouvidas, não têm as Assembleias poder de veto 
ou de proibição, caráter meramente político, a fim de legitimar a futura decisão do 
Congresso Nacional; 
• Promulgação da lei complementar pelo Congresso definindo a incorporação, a 
subdivisão ou o desmembramento. 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
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12 
2.1.5. Criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios 
 
Art. 18, § 4º, da CF 
A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei 
estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão 
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma 
da lei. 
 
*Para todos verem: tabela. 
CRIAÇÃO (“emancipação’): secção 
de parte do território de um 
Município para constituição de novo 
Município. O Município anterior 
permanece existindo no território 
remanescente. 
LEI COMPLEMENTAR FEDERAL: o texto originário da 
CF/1988 nada dispunha sobre a necessidade de uma lei 
complementar federal estabelecer um determinado momento 
temporal para instauração de novos procedimentos 
(expressão “dentro do período determinado por Lei 
Complementar Federal”). 
INCORPORAÇÃO: um Município é 
absorvido por outro, desaparecendo 
aquele. 
ESTUDOS DE VIABILIDADE TÉCNICA MUNICIPAL: sua 
regulamentação também deve ocorrer na lei complementar 
federal. Trata-se de comprovar que o novo Município tem, de 
fato, viabilidade (autonomia financeira, sobretudo). A 
comprovação desses estudos deverá ser feita previamente 
ao plebiscito, logo ele não haverá se os estudos não 
comprovarem a possibilidade de viabilidade. 
FUSÃO: dois Municípios se unem, 
constituindo um novo (e 
desaparecendo os anteriores). 
CONSULTA PRÉVIA das “populações dos Municípios 
envolvidos”: conforme já se viu, trata-se de uma consulta que 
envolve a população inteira, e não somente aquela que 
integra a área de criação, incorporação, fusão ou 
desmembramento (art. 7º da Lei nº 9.709/1998 – Lei de 
Plebiscitos e Referendos). 
DESMEMBRAMENTO: secção de 
parte do território de um Município 
para inclusão dessa parte no 
território de outro Município. 
LEI ESTADUAL: determina a “criação, incorporação, fusão 
ou desmembramento” de Município, isto é, confere 
personalidade e capacidade jurídica ao novo ente municipal. 
 
 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
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13 
2.2. Intervenção 
Os entes da federação – União, Estados, Municípios e Distrito Federal – são autônomos, 
nos termos do art. 18 da Constituição Federal. Ou seja, como regra geral, um ente não 
intervém no outro. A intervenção, contudo, pode se operar em situações excepcionais, ou 
seja, nos casos taxativamente previstos na Constituição Federal. 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
2.2.1. Intervenção Federal 
A intervenção federal ocorre quando a União passa a intervir nos Estados ou no Distrito 
Federal (hipóteses do art. 34 da CF) ou nos Municípios localizados nos territórios (hipóteses do 
art. 35 CF). Observe-se, pois, que a União não pode intervir diretamente nos Municípios, 
salvo se estes estiverem alocados em territórios, não existentes atualmente. 
As hipóteses taxativamente previstas no art. 34 da Constituição Federal, podem ser 
assim esquematizadas: 
*Para todos verem: tabela. 
Manter a integridade nacional 
Ex.: Estado-Membro visa se separar, formando um 
novo Estado Nação. 
Veda-se a secessão (indissolubilidade – art. 1º CF). 
Repelir invasão estrangeira ou de uma 
unidade da Federação em outra 
Ex.: Um Estado-Membro invade territorialmente outro 
Estado-Membro. 
Pôr termo a grave comprometimento da ordem 
pública 
Ex.: Intervenção que ocorreu no Estado do Rio de 
Janeiro em 2018 – Decreto 9.288 de 2018 
Regra: os entes da 
federação não 
intervém uns nos 
outros.
Exceções: casos taxativamente 
previstos na CF
1. União intervém nos Estados-
membros ou no Distrito Federal;
2. União intervém nos Municípios 
localizados em territórios;
3. Estado-membros intervém nos 
seus Municípios.
Não ocorre: 
Intervenção da 
União em 
Municípios, salvo 
os localizados em 
territórios, que 
inexistem 
atualmente.
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
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14 
Ex.: Intervenção que ocorreu no Distrito Federal em 
2023 – Decreto 11.377 de 2023 
Garantir o livre exercício de qualquer dos 
Poderes nas unidades da Federação 
Ex.: o Poder Executivo estadual intervém no 
funcionamento do Poder Legislativo estadual. 
Reorganizar as finanças da unidade da 
Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada 
(compromissos de exigibilidade superior a 
doze meses, contraídos para atender a 
desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de 
obras e serviços públicos) por mais de dois 
anos consecutivos, salvo motivo de força 
maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas 
tributárias fixadas nesta Constituição, dentro 
dos prazos estabelecidos em lei. 
Ex.: cabe aos Estados-Membros, nos termos do art. 
158, inciso III, da CF, proceder ao repasse de 50% do 
produto de arrecadação do imposto do Estado sobre 
propriedade de veículo automotores licenciados em 
seus territórios, no prazo estipulado no art. 5º da Lei 
Complementar 63 de 1990. Assim, caso o repasse do 
IPVA não se opere no prazo fixado por esta Lei, 
caberá intervenção federal no Estado, que não 
procedeu ao repasse. 
Prover a execução de lei federal, ordem ou 
decisão judicial 
Descumprimento voluntário e intencional de 
decisão judicial transitada em julgado, poderá a 
intervenção ser decretada. 
O não pagamento dos precatórios não dá ensejo à 
intervenção federal, uma vez que não há 
voluntariedade na ausência de pagamento, mas, sim, 
insuficiência de recursos, que impossibilitam a 
Fazenda cumprir o prazo previsto 
constitucionalmente. 
Assegurar a observância dos seguintes 
princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e 
regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração 
pública, direta e indireta; 
Princípios constitucionais sensíveis 
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 Direito Constitucional na OAB 
 
 
 
15 
O Presidente poderá apenas suspender a execução do ato impugnado, 
se tal for suficiente para reestabelecer a normalidade.
Nos seguintes casos apenas:
Prover a execução de lei 
federal, ordem ou 
decisão judicial
Assegurar a observância 
dos princípios 
constitucionais sensíveis
Dispensa-se a 
apreciação do Congresso 
Nacional nesse caso
e) aplicação do mínimo exigido da receita 
resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, 
na manutenção e desenvolvimento do ensino e 
nas ações e serviços públicos de saúde. 
 
A decretação da intervenção federal é ato privativo do Presidente da República e o 
controle político é posterior a sua decretação (controle político imediato ou posterior), podendo 
o procedimento ser assim esquematizado: 
*Para todos verem: esquema. 
 
Além do procedimento o seguinte ponto que determina apenas a suspensão da execução 
do ato impugnado em duas situações merece destaque: 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Oitiva do Conselho 
da República e de 
Defesa Nacional 
(órgãos 
consultivos) - 
NÃO vincula.
Presidente da 
República 
(espontaneamente, 
por solicitação ou 
por requisição, a 
depender do caso).
Decreto: 
1. a amplitude 
2. o prazo 
3. as condições de 
execução
4. se couber, nomeará 
o interventor
Congresso 
Nacional, em 24horas - 
Controle Politico 
Posterior
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16 
2.2.2. Intervenção Estadual 
A intervenção estadual se opera quando o Estado-Membro intervém em um Município 
integrante de seu território. Tal apenas pode se operar nas hipóteses taxativamente previstas 
no artigo 35 da Constituição Federal: 
*Para todos verem: tabela. 
Deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada. 
Não forem prestadas contas devidas, na forma da lei. 
Não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento 
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
O Tribunal de Justiça der provimento a 
representação para assegurar a observância 
de princípios indicados na Constituição 
Estadual, ou para prover a execução de lei, 
de ordem ou de decisão judicial. 
O decreto se limitará a suspender a execução do ato 
impugnado, se tal for suficiente para estabelecer a 
normalidade. Não sendo nesses casos, necessária 
a submissão à Assembleia Legislativa. 
 
Verificada alguma das hipóteses caberá ao Governador do Estado decretar, por meio 
de decreto de intervenção, a intervenção. O aludido decreto deverá especificar: 
1. a amplitude da medida; 
2. o seu prazo; 
3. as condições de execução e; 
4. se for o caso, nomear interventor. 
 
Feita a decretação, o decreto será submetido à Assembleia Legislativa no prazo de 24 
horas, para que o aprove ou rejeite. 
 
2.3. Estado de Defesa e Estado de Sítio 
Embora o Estado de Defesa e o Estado de Sítio sejam institutos diversos, ambos têm 
algumas características comuns, quais sejam: 
Veja o esquema na página a seguir... 
 
 
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17 
*Para todos verem: esquema. 
 
Pode-se esquematizar o sistema constitucional de crises da seguinte forma: 
 
*Para todos verem: tabela. 
 
Estado de Defesa Estado de Sítio Estado de Sítio 
Previsão 
Constitucional 
Art. 136 da CF Art. 137, inciso I, da CF Art. 137, inciso II, da CF 
Gravidade Menos gravoso Mais gravoso Mais gravoso 
 
Hipóteses de 
cabimento 
1. Preservar ou 
restabelecer em locais 
restritos e 
determinados, a ordem 
pública ou a paz social 
ameaçadas por grave e 
iminente instabilidade 
institucional; 
2. Preservar ou 
restabelecer em locais 
restritos e 
determinados, a ordem 
pública ou a paz social 
atingidas por calamidades 
de grande proporção da 
natureza. 
1. Comoção grave de 
repercussão nacional; 
2. Existência de fatos que 
comprovarem a 
ineficácia de medida 
tomada durante o 
estado de defesa. 
1. Declaração de estado de 
guerra; 
2. Resposta à agressão 
armada estrangeira. 
Manutenção ou o restabelecimento da normalidade constitucional
Hipóteses taxativas
Deve haver necessidade
Medidas excepcionais
São temporários
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18 
Atribuição 
Decretado privativamente 
pelo Presidente da 
República 
Decretado privativamente 
pelo Presidente da 
República 
Decretado privativamente 
pelo Presidente da República 
Necessidade de 
prévia consulta ao 
Conselho da 
República e 
Conselho de 
Defesa Nacional 
Sim Sim Sim 
Autorização prévia 
do Congresso 
Nacional 
Não Sim Sim 
Apreciação 
posterior pelo 
Congresso 
Nacional 
Sim 
Não, a apreciação pelo 
Congresso Nacional é 
prévia 
Não, a apreciação pelo 
Congresso Nacional é prévia 
 
Procedimento 
Verificada qualquer das 
hipóteses de cabimento, o 
Presidente da República, 
ouvirá o Conselho de 
Defesa Nacional e o 
Conselho da República 
(pareceres opinativos), e 
elaborará decreto, 
determinado o início do 
estado de defesa. Após 
submeterá ao Congresso 
Nacional, que decidirá por 
maioria absoluta. 
Observada alguma das hipóteses de cabimento, o 
Presidente da República, ouvirá o Conselho de Defesa 
Nacional e o Conselho da República (pareceres 
opinativos) e pedirá autorização do Congresso Nacional, 
que decidirá por maioria absoluta. Se este não autorizar, 
não poderá o Presidente da República decretar o estado 
de sítio. 
Autorizada a decretação, o Presidente da República, com 
discricionariedade política, poderá ou não elaborar o 
decreto instituidor do estado de sítio. 
Controle político Imediato ou a posteriori, 
concomitante e sucessivo 
 
Prévio, concomitante e 
sucessivo 
 
Prévio, concomitante e 
sucessivo 
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19 
Objetivos
Bem-estar 
social 
Justiça social
 
 
Tempo de duração 
da medida 
 
Máximo de 30 dias 
prorrogável, uma única 
vez, por mais 30 dias. 
 
Máximo de 30 dias, 
podendo ser prorrogado 
por novos períodos de até 
30 dias, quantas vezes se 
mostrar necessário. 
 
 
No caso 1, o tempo da 
guerra. No caso 2, o tempo 
necessário para repelir a 
agressão armada 
estrangeira. 
 
Nos termos do art. 141 da Constituição Federal, cessado o estado de defesa ou o estado 
de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos 
cometidos por seus executores ou agentes. 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3. Ordem Econômica e Social 
3.1. Ordem Social 
Conforme art. 193 da Constituição Federal, pode-se esquematizar a base e os objetivos 
da ordem social da seguinte forma: 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
Base: primado 
do trabalho
A Constituição não pode ser 
emendada (limitações 
circunstanciais)
Intervenção Federal
Estado de Defesa
Estado de Sítio
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20 
É livre à iniciativa privada.
É vedada a participação direta ou 
indireta de empresas ou capitais 
estrangeiros na assistência à saúde no 
País, salvo nos casos previstos em lei.
As instituições privadas poderão 
participar de forma complementar do 
sistema único de saúde, segundo 
diretrizes deste, mediante contrato de 
direito público ou convênio, tendo 
preferência as entidades filantrópicas 
e as sem fins lucrativos.
É vedada a destinação de recursos 
públicos para auxílios ou subvenções 
às instituições privadas com fins 
lucrativos. 
Nesse Título, o constituinte tratou sobre as seguintes temáticas: 1. Seguridade Social; 2. 
Educação, cultura e desporto; 3. Ciência, tecnologia e inovação; 4. Comunicação Social; 5. 
Meio Ambiente; 6. Família, criança, adolescente, jovem e idoso; 7. Índios. 
Vamos, então, dentre estes revisar o que mais aparecer nas provas da OAB! 
 
 3.1.1. Seguridade Social 
A seguridade social compreende um conjunto de ações integradas de iniciativa dos 
Poderes Públicos e da sociedade com o intuito de assegurar os direitos relativos à 
previdência social, à assistência social e à saúde, todos direitos sociais. 
Em suma, abarca: 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
Quanto ao direito à saúde: 
• O STF (informativo 810) entende ser inconstitucional a concessão de privilégio 
no SUS mediante o pagamento da diferença pelo paciente; 
• A assistência à saúde e a iniciativa privada: 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P
A
S
Previdência social
Assistência social
Saúde
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21 
Quanto à assistência social: 
• Será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à 
seguridade social; 
• Dentre os seus objetivos, visa a garantia de um salário mínimo de benefício 
mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não 
possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua 
família, conforme dispuser a lei; 
• Ainda, dentre os seus objetivos, busca a redução da vulnerabilidadesocioeconômica de famílias em situação de pobreza ou de extrema pobreza. 
 
3.1.2. Educação, cultura e desporto 
Os principais pontos quanto ao direito à educação podem ser assim esquematizados: 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
Quanto ao desporto, deve-se ter presente o disposto no art. 217, §§1º e 2º, da 
Constituição Federal. Tais dispositivos versam sobre “justiça desportiva”, a qual não é órgão 
do Poder Judiciário, sendo, portanto, instância administrativa. Assim, nas demandas referentes 
à disciplina e competições desportivas apenas será possível acessar o Poder Judiciário 
após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva ou caso está não profira decisão 
Súmula Vinculante 12: “A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no 
art. 206, IV, da Constituição Federal.” Tal dispositivo determina como princípio a ser observado, a 
gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
Garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida.
O dever do Estado, dentre 
outros, será efetivado 
mediante educação básica 
obrigatória e gratuita dos 4 
aos 17 anos de idade, 
assegurada inclusive sua 
oferta gratuita para todos os 
que a ela não tiveram 
acesso na idade própria.
O ensino fundamental regular 
será ministrado em língua 
portuguesa, assegurada às 
comunidades indígenas 
também a utilização de suas 
línguas maternas e 
processos próprios de 
aprendizagem.
O acesso ao ensino obrigatório 
e gratuito é direito público 
subjetivo.
Os Municípios atuarão 
prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação 
infantil. Os Estados e o Distrito 
Federal atuarão 
prioritariamente no ensino 
fundamental e médio.
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22 
final no prazo de 60 dias, contados da instauração do processo. Trata-se, pois, de condição 
de procedibilidade. 
 
3.1.3. Meio ambiente 
O art. 225 da Constituição Federal determina que todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações. 
Diante dessa proteção, os principais aspectos podem ser, assim, esquematizados: 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
3.1.4. Família, criança, adolescente, jovem e idoso 
O art. 227 da Constituição Federal determina que é dever da família, da sociedade e 
do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito 
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a 
salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
Quanto às pessoas idosas dois pontos merecem ser destacados: 
• Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em 
seus lares; 
Incumbe ao Poder Público, exigir, na 
forma da lei, para instalação de obra 
ou atividade potencialmente 
causadora de significativa 
degradação do meio ambiente, 
estudo prévio de impacto ambiental, 
a que se dará publicidade.
Incumbe ao Poder Público manter regime 
fiscal favorecido para os 
biocombustíveis destinados ao consumo 
final, na forma de lei complementar.
Não se consideram cruéis as práticas 
desportivas que utilizem animais, desde 
que sejam manifestações culturais, 
conforme o § 1º do art. 215 da Constituição 
Federal, registradas como bem de natureza 
imaterial integrante do patrimônio cultural 
brasileiro, devendo ser regulamentadas por 
lei específica que assegure o bem-estar 
dos animais envolvidos.
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23 
• Aos maiores de 65 anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos 
urbanos. 
 
3.1.5. Índios 
Quanto às terras tradicionalmente ocupadas pelos “índios” a Constituição Federal 
determina que: 
*Para todos verem: esquema. 
 
3.2. Ordem econômica e financeira 
A ordem econômica deve estar fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa e deve ter por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da 
justiça social. 
A ordem econômica e social, portanto, encontram-se em harmonia, conforme se denota 
de seus fundamentos e objetivos. 
O Constituinte apresenta alguns princípios que devem ser observados, tais como defesa 
do meio ambiente, defesa do consumidor, propriedade privada, soberania nacional etc. Nesse 
São reconhecidos aos índios direitos 
originários sobre essas terras.
Destinam-se a 
sua posse 
permanente, 
cabendo-lhes o 
usufruto 
exclusivo das 
riquezas do 
solo, dos rios e 
dos lagos nelas 
existentes.
Aproveitamento 
dos recursos 
hídricos, a 
pesquisa e a lavra 
das riquezas 
minerais em 
terras indígenas 
só podem ser 
efetivados com 
autorização do 
Congresso 
Nacional, ouvidas 
as comunidades 
afetadas, ficando-
lhes assegurada 
participação nos 
resultados da 
lavra, na forma da 
lei.
Cabe à União 
demarcá-las.
É vedada a 
remoção dos 
grupos 
indígenas de 
suas terras.
SÃO:
1. Inalienáveis;
2. Indisponíveis;
3. Imprescritíveis os 
direitos sobre elas.
Caso de 
interesse da 
soberania do 
País, após 
deliberação do 
Congresso 
Nacional OU
"ad referendum" 
do Congresso 
Nacional, em 
caso de 
catástrofe ou 
epidemia que 
ponha em risco 
sua população. 
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24 
cenário merece destaque a livre concorrência: 
 
Súmula Vinculante 49: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que 
impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada 
área. 
 
Conforme parágrafo único do art. 170 da Constituição Federal é assegurado a todos o 
livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de 
órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. 
No bojo da ADPF 449, o STF, analisando a constitucionalidade referente aos serviços 
de transporte remunerado de passageiros através de carros particulares, se manifestou no 
seguinte sentido: “A norma que proíbe o ‘uso de carros particulares cadastrados ou não 
em aplicativos, para o transporte remunerado individual de pessoas’ configura limitação 
desproporcional às liberdades de iniciativa (art. 1º, IV, e 170 da CF) e de profissão (art. 5º, 
XIII, da CF), a qual provoca restrição oligopolística do mercado em benefício de certo grupo e 
em detrimento da coletividade. Ademais, a análise empírica demonstra que os serviços de 
transporte privado por meio de aplicativos não diminuíram o mercado de atuação dos táxis.” 
O Estado não pode, em regra, explorar diretamente atividade econômica. Tal apenas 
é permitido: 
• Nos casos previstos no texto constitucional; 
• Necessária aos imperativos da segurança nacional, conforme definido em lei; 
• No casos de relevante interesse coletivo, conforme definido em lei. 
 
No que tange às jazidas e demais recursos minerais e os potenciais de energia 
hidráulica, tem-se o seguinte: 
 
 
Veja o esquema na página a seguir... 
 
 
 
 
 
 
 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
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25 
Propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento
Garantida ao 
concessionário 
a propriedade 
do produto da 
lavra.
Pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento 
dos potenciais a que se refere somente poderão ser efetuados 
mediante autorização ou concessão da União, no interesse 
nacional.
Tal se opera por brasileiros ou 
empresa constituída sob as leis 
brasileiras e que tenha sua sede 
e administração no País, na 
forma da lei, com condições 
específicas para faixa de 
fronteira e terras indígenas.
Não dependerá de 
autorizaçãoou 
concessão o 
aproveitamento do 
potencial de 
energia renovável 
de capacidade 
reduzida.
Pertencem à 
União
É assegurada 
participação 
ao 
proprietário 
do solo nos 
resultados 
da lavra, na 
forma e no 
valor que 
dispuser a lei.
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4. Controle de Constitucionalidade 
 *Para todos verem: esquemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos 
do 
Controle
Rigidez 
Constitucional
Supremacia
Constitucional 
Constituição
Normas Infraconstitucionais
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26 
4.1. Quanto ao momento 
*Para todos verem: esquemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
us Silveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2. Controle de Constitucionalidade Concentrado 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formas de 
Controle
Preventivo
Político
Veto
Comissão de 
Constituição e Justiça
Repressivo
Jurídico
Difuso/Concentrado
Formas de 
Controle Judicial 
Difuso 
Qualquer juiz ou 
tribunal 
STF última instância 
art. 102, III
Concentrado 
ADI/ADI (O), ADC e 
ADPF Originária STF 
Competência originária do STF;
Efeito erga omnes e vinculante; 
Vincula o Poder Executivo e o Poder Judiciário em todas as suas 
instâncias;
Não vincula a função legislativa - Poder Legislativo, e nem o pleno do 
STF. 
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27 
4.3. Ação Direta de Inconstitucionalidade 
4.3.1. Por ação 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
4.3.2. Por omissão 
A omissão deve ser na própria Constituição Federal, das chamadas normas de eficácia 
limitada. A omissão deve ser de norma constitucional e pode ser parcial ou total, pode ser 
omissão administrativa ou legislativa. 
 
4.4. Ação Declaratória de Constitucionalidade 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
4.5. Ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
Somente caberá de lei estadual e federal;
Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei municipal, frente a 
constituição federal; 
Somente poderá hacer ADI de normas posteriores à CF (o que for anterior, 
chama-se de não recepcionado) e de atos normativos primários.
Somente caberá de lei ou ato normativo federal posteriores à CF;
Deve haver relevante controvérsia judicial. 
Cabe contra ato do Poder Público, seja normativo ou concreto;
Contra atos normativos federais e estatuais anteriores à CF;
Contra atos normativos municipais, anteriores e posteriores à CF;
Sempre de forma subsidiária: quando não houver outro meio para sanar a lesividade.
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28 
4.6. Competência do TJE 
Tratando-se de controle de constitucionalidade no âmbito dos Estados (lei municipal ou 
estadual ferindo a Constituição Estadual), a competência é do Tribunal de Justiça do Estado. 
 5. Remédios Constitucionais 
 
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29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=yCnHXxGW4EM
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