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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA RESUMO EXPANDIDO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES GABRIEL MANGES COELHO 20191102977 21 DE ABRIL DE 2021 1.INTRODUÇÃO: Inicialmente, cabe explicar do que se trata a Obrigação, no âmbito jurídico, ás palavras do professor Dr. Felipe Bartolomeo, o direito das obrigações “é a parte do Direito Civil que estuda os vínculos jurídicos criados entre pessoas em que o patrimônio do devedor poderá responder pelo seu inadimplemento. Tem sua previsão no Código Civil”. Em outras palavras é um conjunto de normas que regem as relações jurídicas de ordem patrimonial, onde um sujeito tem o dever de prestar e o outro tem o direito de exigir essa prestação, ou seja, um deve fazer algo e o outro deve receber esse algo. 2.CONCEITO DE OBRIGAÇÕES Partindo do princípio, de que a Obrigação é a relação jurídica, ou seja, o elo entre sujeito ativo (credor) e sujeito passivo (devedor), pelo meio da qual se dá por objeto uma prestação pessoal econômica, positiva ou negativa. Um exemplo de uma obrigação positiva que melhor se enquadra seria compra e venda de um imóvel, e uma obrigação negativa seria aquela em que o adquirente se obriga a não edificar, no terreno adquirido, edifício acima de determinada altura, ou a cabeleireira alienante que se obriga a não abrir outro salão de beleza no mesmo bairro, por exemplo, assim sendo devem cumprir o acordado. Se estes praticarem o ato de que se obrigaram a não praticar, tornar-se-ão inadimplentes, podendo o credor exigir, com base no art. 251 do Código Civil, o desfazimento do que foi realizado. Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. A caráter informativo, retornando aos primórdios do direito, insta lembrar, que no Direito Romano, quando da ocorrência do descumprimento da obrigação, quem respondia era a pessoa do devedor, hoje quando da ocorrência em destarte, quem responde é o patrimônio e não mais a pessoa deste. 3.CLASSIFICAÇÃO DAS ORBIGAÇÕES As obrigações são divididas em diferentes classes, cada uma com suas próprias características, sendo elas: a) Obrigações de dar ou restituir: é aquela em que fica adstrito a entregar alguma coisa a alguém, no caso ao credor, tal coisa poderá ser certa (determinada ou específica). Quando esta se tratar de objeto individualizado EX: https://www.aurum.com.br/blog/direito-civil/ https://jus.com.br/tudo/compra-e-venda https://jus.com.br/tudo/compra-e-venda relógio em ouro marca Rolex. Esta será incerta (indeterminada ou genérica), se pelo gênero tão somente for indicada EX: relógio, uma saca de café. Em linhas gerais, a obrigação incerta disserta a respeito de coisas fungíveis, em contrapartida a obrigação certa ou determinada, dispõem a cerca de coisas infungíveis, quais sejam as que não podem ser substituídas por outras, ainda que mais valiosa. b) Obrigações de fazer: sendo aquela pela qual o SP fica adstrito de determinada prestação, EX: um fotografo contratado para fazer o registro fotográfico de um casamento. Neste sentido quanto a obrigação de fazer, quando esta é assumida deverá o seu sujeitado (SP), satisfazer seu credor (SA), com o cumprimento do objeto estipulado pela relação obrigacional, podendo o credor exigir a efetiva realização do trabalho por estes acordados. c) Obrigação de não fazer: esta tem caráter negativo, uma vez que sobre esta repousa uma abstenção obrigatória por parte do (SP), como por exemplo: não revelar a fórmula da coca cola. d) Obrigação simples: configure-se com existência de tão somente um devedor (SP) e um credor (SA), e um objeto. e) Obrigações Complexas: consiste na existência de mais de um credor, mais de um devedor, ou mais de um objeto. f) Obrigações Cumulativas: em linhas gerais são estas classificadas como sendo aquelas em que há mais de uma prestação obrigacional. Haja vista que o devedor só se exonera com a satisfação de todas. g) Obrigação Alternativa: em tese está se assemelha com a anterior, sendo distintas pelo fato de que nesta o (SP), apenas se exonera com o cumprimento de uma das obrigações cuja qual este escolhera. h) Obrigações Facultativas: identificam-se estas quando da estipulação de apenas uma obrigação, todavia o (SP) exonera-se de tal obrigação entregando coisa diversa da contratada, se esta estiver de acordo com a lei, ou por vontade das partes. i) Obrigações Divisíveis: sobre estas repousa a possibilidade de que o devedor terá em fracionar a obrigação. j) Obrigações Indivisíveis: esta é contraria a anterior, não sendo admitido ao devedor fracionar a obrigação. k) Obrigações Solidárias: Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. Quando a solidariedade ocorre entre credores, recebe o nome de solidariedade ativa e quando entre devedores, solidariedade passiva. l) Obrigações de Resultado: como o próprio nome já diz, esta considera- se de persi, ou seja, com obtenção do resultado aspirado. m) Obrigações de Meio: esta repousa na responsabilidade, em que o devedor (SP) assume no comprometimento de empenhar-se no cumprimento de determinado resultado; exemplo: um advogado em relação ao seu cliente. Para uma compreensão melhor do assunto, cabe ressaltar ao que são Solidariedade Ativa (S.A) e Solidariedade Passiva (S.P), termos usados acima. Solidariedade Ativa: Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. Vale lembrar que o pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago. Solidariedade passiva: O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. Vale lembrar que O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada. 4.EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES Extingue-se a obrigação no ato da prestação do objeto desta, por parte do devedor em favor do credor, podendo tal ser efetuada de duas formas: pelo efetivo cumprimento da prestação a que se deveria prestar, pela substituição desta por outra conforme acordo entre as partes, ou pela anulação da obrigação em ênfase. Em linhas gerais a extinção de uma obrigação se dá pelo pagamento ou devido cumprimento de seu objeto, entretanto também se extingue uma obrigação por meio de outros institutos, qual sejam: a novação, compensação a confusão e a remissão. 5.CONCLUSÃO A teoria geral das obrigações, o direito das obrigações abrange o complexo normativo o qual versa a respeito das relações jurídicas sinalagmáticas existentes entre credor e devedor. estas normas adéquam a responsabilidade por parte do devedor em face do credor, quanto ao cumprimento de determinada prestação, sendo na grande maioria esta, de natureza econômica, ficando disposto seu patrimônio como garantia em caso de possível descumprimento de tal compromisso. Tem como notória característica das obrigações o fato de serem um direito do credor e não tanto um dever do devedor ou do obrigado, incidindo exatamente em fornecer meios ao credor para exigir do devedor o cumprimento de determinada prestação. A intenção precípua do direito das obrigações consiste,em salvaguardar o direito pertinente ao credor cujo qual é reflexo direto e imediato de um negócio jurídico em desfavor do devedor. REFERENCIAS: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/3044/Direito-das-obrigacoes- conceito https://jus.com.br/artigo/61028/teoria-geral-das-obrigacoes https://www.aurum.com.br/blog/direito-das-obrigacoes/ BRASIL. Código Civil. Art. 251 BRASIL. Código Civil. COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de direito civil. São Paulo: Saraiva, 2007 https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/3044/Direito-das-obrigacoes-conceito https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/3044/Direito-das-obrigacoes-conceito https://jus.com.br/artigo/61028/teoria-geral-das-obrigacoes https://www.aurum.com.br/blog/direito-das-obrigacoes/ https://jus.com.br/tudo/direito-civil
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