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A história da disputa entre Reino Unido, Guiana e Venezuela A disputa prolongada pela Guiana é um testemunho das falhas sistêmicas nas estruturas internacionais. As intenções de Maduro em anexar essa região refletem não apenas um desejo de expansão territorial, mas também revelam uma herança persistente do neocolonialismo. A falta de um órgão mediador eficaz para resolver tais conflitos ressalta a fragilidade da ONU, incapaz de agir diante da inoperância em questões de segurança. As tentativas anteriores, marcadas por fraudes e corrupção, demonstram o quão prejudicial é a ausência de uma liderança consistente na região, especialmente após a diminuição da influência dos EUA, que priorizam suas políticas de 'Guerra Sem Fim'. Esta postura alimenta a indústria de armamentos, perpetuando conflitos ao redor do mundo e, paradoxalmente, minando a estabilidade regional. O legado do colonialismo deixou um rastro de devastação nos países colonizados, com fronteiras arbitrárias e tensões que perduram séculos depois. Para resolver esse conflito, é crucial uma abordagem multilateral que priorize o diálogo e a cooperação entre as nações envolvidas. A implementação de um órgão mediador independente e imparcial poderia ser um passo essencial para alcançar uma resolução justa e duradoura. Além disso, é necessário reconhecer e reparar os danos do colonialismo, promovendo iniciativas que valorizem a autodeterminação dos povos e respeitem as fronteiras históricas estabelecidas. Investir em programas de desenvolvimento e cooperação regional poderia ajudar a mitigar os efeitos negativos do legado colonial e promover uma paz sustentável na região. No começo do século 19, a Venezuela tornou-se independente da Espanha. Na partilha posterior da região ao norte do Brasil, um tratado entre Reino Unido e Holanda deu, em 1814, terras que eram de Amsterdã na margem esquerda do rio Essequibo. Em 1831, ela comporia dois terços da nova Guiana Inglesa, vizinha da Francesa, até hoje território de Paris, e da Holandesa, que se tornou o Suriname independente em 1975. Os venezuelanos disputavam a divisão, e uma comissão internacional foi formada em Paris para arbitrar a questão de Essequibo. Em 1899, um laudo deu posse definitiva da área para os britânicos. Isso perdurou até o fim dos anos 1940, quando recomeçou uma campanha de Caracas, agora baseada na acusação de que o acordo era fraudulento e fora influenciado por Londres. Novas negociações ocorreram e, em 1966, foi firmado o Acordo de Genebra entre Londres e Caracas. Segundo ele, todos concordavam em discordar: a Venezuela firmava sua rejeição ao laudo de 1899 e o Reino Unido, sem fazer isso, aceitava discutir a questão fronteiriça até haver uma "decisão satisfatória". Poucos meses depois, contudo, a Guiana tornou-se independente, e Essequibo representava dois terços de seu território. As negociações não prosperaram no prazo previsto de quatro anos, um novo protocolo foi firmado e o assunto ficou congelado por 12 anos. Em 1982, a Venezuela por fim decidiu não ratificar o protocolo e o assunto acabou sendo levado à ONU. Anos de conversas, mais ou menos amigáveis, sucederam-se até a ascensão do chavismo nos anos 2000 em Caracas. Inicialmente, o presidente Hugo Chávez se mostrou favorável a uma solução amistosa, no que foi seguido por Nicolás Maduro, que o sucedeu após sua morte em 2013 e assumiu poderes ditatoriais em 2017. Mas em 2015, tudo mudou. O governo em Georgetown fez um acordo com a petroleira americana ExxonMobil para a prospecção do mapa territorial de Essequibo. Foram localizadas reservas potenciais a 190 km da costa, numa área que a Venezuela reivindica. Além disso, o território todo é salpicado de reservas minerais que incluem o precioso urânio, base da indústria nuclear, ouro, bauxita, ferro e outros. Caracas misturou então ideologia no discurso, acusando a Guiana de vender-se de forma colonizada para os americanos, que por sua vez prometeram mais cooperação militar com o pequeno país caribenho. A ONU voltou a se mexer e indicou a Corte Internacional de Justiça, em Haia (Holanda), como fórum para o caso. A Venezuela não aceitou, mas o projeto petrolífero avançou e a produção local começou em 2019. Ao todo, foram identificados 11,2 bilhões de barris de reservas, uma enormidade —o Brasil tem provados 15 bilhões de barris. Os moradores de Essequibo —oficialmente 120 mil mas talvez até 200 mil e 80% deles na costa— passaram a vislumbrar uma prosperidade antes inaudita. Com o avanço da extração, o PIB da Guiana deu saltos. De 2021 para 2022, segundo o Banco Mundial, ele subiu 63% em termos reais, e em 2023 está em US$ 15,3 bilhões. Venezuela x Guiana: Essequibo O rio Essequibo é um curso d'água guianense que nasce na serra Acaraí, fronteira com o Brasil, e corre para o norte por aproximadamente mil quilômetros até desembocar no oceano Atlântico, formando um largo estuário de 32 km de largura pontilhado de ilhas. A área reivindicada pela Venezuela, marcada nos mapas do país com listras diagonais, está localizada a oeste do rio Essequibo, que fica na Guiana. Embora seja um território maioritariamente constituído por uma selva praticamente impenetrável, é ao mesmo tempo próspero e rico em recursos naturais e minerais, com uma flora e fauna variadas. Em 2015, a ExxonMobil divulgou ter encontrado petróleo na costa da Guiana. A área tem potencial agrícola e também possui reservas de diamantes, ouro e bauxita. A Venezuela possui uma das maiores reservas de petróleo do mundo e tradição neste ramo. Na Guiana, por sua vez, a história da perfuração de petróleo é recente e tem contribuído para o forte incremento de seu PIB. Outra diferença é o tamanho da população dos dois países — a da Venezuela é de cerca de 28,5 milhões de habitantes e a da Guiana não chega a 1 milhão de habitantes (aproximadamente 800 mil habitantes). O Essequibo é o epicentro de uma disputa entre a Guiana e a Venezuela que já dura 180 anos, e na qual a Venezuela já contou até com o apoio dos Estados Unidos. A região costuma aparecer nos mapas venezuelanos chamada de "Área sob reivindicação". _____________________________________________________________________________ Marcos históricos: 1810 –– A Venezuela declara sua independência da Espanha no território que em 1777 correspondia à Capitania Geral da Venezuela. Essa declaração incluía a área que chegava à margem esquerda do rio Essequibo. 1814 –– Em plena guerra de independência, os britânicos tomam posse das colônias de Demerara, Berbice e Essequibo, que, em 1831, passaram a fazer parte do que foi chamado de Guiana Inglesa, território a leste do rio Essequibo. 1840 –– Como o limite ocidental da Guiana Inglesa não estava definido, o Reino Unido encarregou Robert Shomburgk, explorador alemão, que anos antes havia realizado estudos botânicos na área, de traçar um mapa com os limites entre aquela Guiana Inglesa e seus vizinhos, incluindo a Venezuela. O resultado ainda hoje é conhecido como Linha Shomburgk, que localiza a fronteira da Venezuela na foz do rio Orinoco. Em 1841, a Venezuela reagiu afirmando que lhe foram tirados seus territórios localizados a oeste de Essequibo. 1850 –– O Reino Unido e a Venezuela concordaram que a área disputada não seria ocupada e a definiram como território disputado. 1897 –– Com a mediação dos Estados Unidos, a Venezuela e o Reino Unido concordaram em respeitar o resultado de uma arbitragem internacional com a participação da Inglaterra, da Rússia e dos Estados Unidos, este último representando a Venezuela. 1899 –– A sentença arbitral de Paris concede à Grã-Bretanha a soberania sobre toda a área em disputa e deixa à Venezuela uma porção de terra ao sul e a foz do rio Orinoco. 1962 –– A Venezuela denunciou perante a Organização das Nações Unidas que havia vícios no procedimento de arbitragem e deixou claroque considerava a decisão da sentença nula e sem efeito. A nação argumenta que uma carta póstuma de um dos árbitros americanos evidenciou, o que ele afirma sido, um suposto compromisso entre o presidente russo no tribunal e os representantes britânicos para alcançar uma decisão unânime contrária a Caracas. 1966 –– É assinado o Acordo de Genebra, no qual o Reino Unido reconhece que existe uma disputa por aquele território. Nesse mesmo ano, a Guiana alcançou a sua independência e iniciaram-se negociações diretas entre os dois países sobre a disputa territorial. 1970 –– Por iniciativa do Primeiro Ministro de Trinidad e Tobago, Eric Williams, Venezuela, Guiana e Reino Unido aprovaram em 18 de junho o Protocolo de Porto Espanha, que estabeleceu um prazo de 12 anos. 1986 –– As partes recorreram novamente à ONU para desbloquear a disputa e chegar a acordo sobre a nomeação de um mediador. A partir desse momento foram nomeados três oficiantes. O último deles, Norman Girvan, morreu em 2014 sem ter conseguido soluções para a disputa territorial. Também não houve novos pedidos das partes na ONU para nomear um novo mediador. 2015 –– A ExxonMobil descobriu petróleo na área reivindicada pela Venezuela. 2018 –– A Guiana processou a Venezuela perante o Tribunal Internacional de Justiça por essa instância para confirmar a validade da sentença arbitral de Paris de 1899. 2020 –– Em dezembro, o Tribunal Internacional de Justiça decidiu que tinha jurisdição para julgar o caso, algo que a Venezuela não reconhece. 2021 –– O governo da Venezuela emitiu uma declaração reafirmando o domínio sobre o Essequibo. A Guiana reagiu a tal declaração considerando-a uma ameaça à sua soberania e integridade territorial. Em março de 2021, Haia afirmou que a Guiana teria um ano, até março de 2022, para apresentar seus documentos sobre o caso e a Venezuela, um ano a mais, até 2023. 2023 –– Em setembro, a Assembleia Nacional da Venezuela convocou seus cidadãos para um referendo sobre Essequibo. 2023 –– Em outubro, a Guiana solicitou ao Tribunal Internacional de Justiça a suspensão do referendo promovido pela Venezuela. 2023 –– Em 15 de novembro de 2023, a Venezuela apresentou seus argumentos perante o tribunal internacional sobre a realização do referendo. A vice-presidente Delcy Rodríguez defendeu o direito do seu país de “consultar-se e ouvir-se” e denunciou que a Guiana concedeu concessões de petróleo e gás na área disputada. 2023 –– Em 3 de dezembro, a Venezuela realizou um referendo com 5 perguntas. Segundo o governo venezuelano, 95% votaram favoráveis à anexação. _____________________________________________________________________________ ExxonMobil – Linha do Tempo A ExxonMobil está firmemente estabelecida na Guiana, operando um escritório em Georgetown, com inúmeras operações contínuas de exploração e desenvolvimento offshore. A ExxonMobil Guyana é a primeira e maior produtora de petróleo da Guiana e é a operadora dos blocos offshore de Stabroek, Canje e Kaieteur. Mais de 25 descobertas significativas foram feitas desde maio de 2015, com a produção começando em dezembro de 2019 a partir do desenvolvimento da Fase 1 de Liza. 20 de maio de 2015 ExxonMobil anuncia descoberta significativa de petróleo no mar da Guiana A Exxon Mobil Corporation (NYSE:XOM) anunciou hoje uma descoberta significativa de petróleo no Bloco Stabroek, localizado a aproximadamente 190 quilômetros da costa da Guiana. 30 de junho de 2016 ExxonMobil afirma que segundo poço offshore da Guiana confirma descoberta significativa de petróleo A Exxon Mobil Corporation (NYSE:XOM) disse hoje que os resultados da perfuração do poço Liza- 2, o segundo poço de exploração no bloco Stabroek, na costa da Guiana, confirmam uma descoberta de classe mundial com um recurso recuperável entre 800 milhões e 1,4 bilhão de barris equivalentes de petróleo. 12 de janeiro de 2017 ExxonMobil anuncia novas descobertas de petróleo no mar da Guiana ExxonMobil anunciou hoje resultados positivos de seu poço Payara-1 no mar da Guiana. Payara é a segunda descoberta de petróleo da ExxonMobil no Bloco Stabroek e foi perfurada em um novo reservatório. O poço Payara-1 teve como alvo reservatórios antigos semelhantes que tiveram sucesso comprovado na descoberta de Liza pela empresa. 30 de março de 2017 ExxonMobil anuncia nova descoberta de petróleo no mar da Guiana A Exxon Mobil Corporation (NYSE:XOM) anunciou hoje resultados positivos no poço Snoek, no mar da Guiana, confirmando uma nova descoberta no Bloco Stabroek. A perfuração teve como alvo reservatórios antigos semelhantes aos encontrados em descobertas anteriores em Liza e Payara. 5 de outubro de 2017 ExxonMobil anuncia quinta descoberta offshore na Guiana A Exxon Mobil Corporation (NYSE:XOM) anunciou hoje que fez uma quinta nova descoberta de petróleo após a perfuração do poço Turbot-1 na costa da Guiana. 5 de janeiro de 2018 ExxonMobil anuncia sexta descoberta de petróleo no mar da Guiana A Exxon Mobil Corporation (NYSE:XOM) anunciou hoje resultados positivos de seu poço de exploração Ranger-1, marcando a sexta descoberta de petróleo da ExxonMobil no mar da Guiana desde 2015. 28 de fevereiro de 2018 ExxonMobil anuncia sétima descoberta de petróleo no mar da Guiana A Exxon Mobil Corporation (NYSE:XOM) anunciou hoje sua sétima descoberta de petróleo no mar da Guiana, após a perfuração do poço de exploração Pacora-1. 20 de junho de 2018 ExxonMobil anuncia oitava descoberta offshore na Guiana A Exxon Mobil Corporation (NYSE:XOM) disse hoje que fez sua oitava descoberta de petróleo no mar da Guiana, no poço Longtail-1, criando o potencial para desenvolvimento de recursos adicionais na área sudeste do Bloco Stabroek. 30 de agosto de 2018 ExxonMobil adiciona nona descoberta offshore na Guiana A ExxonMobil fez sua nona descoberta offshore na Guiana, no poço Hammerhead-1, marcando sua quinta descoberta no Bloco Stabroek no ano passado e provando um novo conceito de jogo para desenvolvimento potencial. 3 de dezembro de 2018 ExxonMobil aumenta estimativa de recursos de Stabroek para 5 bilhões de barris e faz a décima descoberta A ExxonMobil disse hoje que fez sua décima descoberta no mar da Guiana e aumentou sua estimativa do recurso recuperável descoberto para o Bloco Stabroek para mais de 5 bilhões de barris equivalentes de petróleo. 7 de janeiro de 2019 ExxonMobil inicia perfuração do poço de exploração Haimara-1 na costa da Guiana A ExxonMobil disse hoje que começou a perfurar o poço de exploração Haimara-1 na costa da Guiana, o primeiro de dois poços planejados em janeiro. 6 de fevereiro de 2019 ExxonMobil anuncia duas novas descobertas offshore na Guiana A ExxonMobil disse hoje que fez duas descobertas adicionais na costa da Guiana nos poços Tilapia-1 e Haimara-1, elevando o número total de descobertas no Bloco Stabroek para 12. 18 de abril de 2019 ExxonMobil anuncia 13ª descoberta offshore na Guiana A ExxonMobil disse hoje que fez uma nova descoberta de petróleo no mar da Guiana, no poço Yellowtail-1, marcando a 13ª descoberta no Bloco Stabroek. A descoberta se soma ao recurso recuperável estimado anteriormente anunciado de aproximadamente 5,5 bilhões de barris equivalentes de petróleo no Bloco Stabroek. Yellowtail-1 é a quinta descoberta na área de Turbot, que a ExxonMobil espera que se torne um importante centro de desenvolvimento. 16 de setembro de 2019 ExxonMobil anuncia descoberta de petróleo offshore na Guiana em Tripletail A ExxonMobil disse hoje que fez uma descoberta de petróleo no Bloco Stabroek, na costa da Guiana, no poço Tripletail-1 na área de Turbot. A descoberta soma-se ao recurso recuperável estimado anteriormente anunciado de mais de 6 bilhões de barris equivalentes de petróleo no Bloco Stabroek. 20 de dezembro de 2019 ExxonMobil inicia produção de petróleo na Guiana A ExxonMobilanunciou hoje que a produção de petróleo começou no campo de Liza, na costa da Guiana, antes do previsto e menos de cinco anos após a primeira descoberta de hidrocarbonetos, o que está bem à frente da média da indústria para desenvolvimentos em águas profundas. 8 de setembro de 2020 ExxonMobil anuncia descoberta de Redtail no mar da Guiana A ExxonMobil fez sua 18ª descoberta offshore na Guiana, no poço Redtail-1, que irá se somar ao recurso recuperável estimado anteriormente anunciado de mais de 8 bilhões de barris equivalentes de petróleo no Bloco Stabroek. 11 de dezembro de 2020 ExxonMobil descobre hidrocarbonetos offshore do Suriname A ExxonMobil e a PETRONAS descobriram hidrocarbonetos no poço de exploração Sloanea-1, no Bloco 52, na costa do Suriname, somando-se às extensas descobertas da ExxonMobil na bacia Guiana-Suriname. O poço foi perfurado pela operadora PETRONAS e a descoberta está sendo avaliada para determinar seu potencial de recursos. 27 de abril de 2021 ExxonMobil anuncia descoberta em Uaru-2 na costa da Guiana A ExxonMobil disse hoje que fez uma descoberta de petróleo no poço Uaru-2, no Bloco Stabroek, na costa da Guiana. Uaru-2 será adicionado à estimativa bruta de recursos recuperáveis descobertos anteriormente anunciada para o bloco, que atualmente é estimada em aproximadamente 9 bilhões de barris equivalentes de petróleo. A perfuração em Uaru-2 encontrou aproximadamente 120 pés (36,7 metros) de reservatórios contendo petróleo de alta qualidade, incluindo intervalos recém-identificados abaixo da descoberta original de Uaru-1. O poço foi perfurado em 1.725 metros de profundidade e está localizado a aproximadamente 11 quilômetros ao sul do poço Uaru-1. 9 de junho de 2021 ExxonMobil anuncia nova descoberta em Longtail-3 offshore na Guiana A ExxonMobil disse hoje que fez uma descoberta em Longtail-3 no Bloco Stabroek, na costa da Guiana. A perfuração em Longtail-3 encontrou 230 pés (70 metros) de net pay, incluindo reservatórios contendo hidrocarbonetos de alta qualidade recém-identificados abaixo dos intervalos de descoberta originais do Longtail-1. O poço está localizado a aproximadamente 3,5 quilômetros ao sul do poço Longtail-1. Foi perfurado em mais de 6.100 pés (1.860 metros) de profundidade pela Stena DrillMAX. 28 de julho de 2021 ExxonMobil anuncia descoberta de petróleo em Whiptail, offshore da Guiana A ExxonMobil disse hoje que fez uma descoberta em Whiptail, no bloco Stabroek, na costa da Guiana. O poço Whiptail-1 encontrou 246 pés (75 metros) de net pay em reservatórios de arenito contendo petróleo de alta qualidade. A perfuração também está em andamento no poço Whiptail-2, que encontrou 167 pés (51 metros) de net pay em reservatórios de arenito contendo petróleo de alta qualidade. A perfuração continua em ambos os poços para testar alvos mais profundos e os resultados serão avaliados para desenvolvimento futuro. 9 de setembro de 2021 ExxonMobil anuncia descoberta em Pinktail, offshore da Guiana A ExxonMobil disse hoje que fez uma descoberta em Pinktail, no Bloco Stabroek, na costa da Guiana. O poço Pinktail encontrou 220 pés (67 metros) de net pay em reservatórios de arenito contendo hidrocarbonetos de alta qualidade. Além da avaliação bem-sucedida da descoberta do Turbot, o poço Turbot-2 encontrou 43 pés (13 metros) de net pay em um reservatório de arenito contendo hidrocarbonetos de alta qualidade recém-identificado, separado dos 75 pés (23 metros) de petróleo de alta qualidade. contendo reservatório de arenito encontrado no poço de descoberta Turbot-1 original. Isto segue o pagamento adicional em reservatórios mais profundos encontrados na descoberta anteriormente anunciada de Whiptail. Esses resultados serão incorporados em desenvolvimentos futuros. 5 de janeiro de 2022 ExxonMobil faz duas descobertas no mar da Guiana A ExxonMobil disse hoje que fez duas descobertas de petróleo em Fangtooth-1 e Lau Lau-1 no bloco Stabroek, na costa da Guiana. 26 de abril de 2022 ExxonMobil faz três novas descobertas no mar da Guiana e aumenta a estimativa de recursos de Stabroek para quase 11 bilhões de barris A ExxonMobil fez três novas descobertas no mar da Guiana e aumentou a sua estimativa dos recursos recuperáveis do Bloco Stabroek para quase 11 mil milhões de barris equivalentes de petróleo. 26 de julho de 2022 ExxonMobil faz mais duas descobertas no mar da Guiana A ExxonMobil fez duas novas descobertas na costa da Guiana, a sudeste dos empreendimentos Liza e Payara, no bloco Stabroek. As descobertas em Seabob e Kiru-Kiru são a sexta e a sétima na Guiana este ano, com o número total de descobertas na Guiana superior a 25. 26 de outubro de 2022 ExxonMobil anuncia duas novas descobertas na Guiana A ExxonMobil anunciou hoje duas descobertas nos poços Sailfin-1 e Yarrow-1 no bloco Stabroek, na costa da Guiana, aumentando seu extenso portfólio de oportunidades de desenvolvimento. A ExxonMobil fez mais de 30 descobertas no bloco desde 2015 e aumentou o desenvolvimento e a produção offshore a um ritmo que excede em muito a média da indústria. 26 de abril de 2023 ExxonMobil Guiana faz descoberta no Lancetfish-1 A ExxonMobil Guiana anunciou hoje uma descoberta em Lancetfish-1 no bloco Stabroek, na costa da Guiana, a segunda descoberta da empresa em 2023. 14 de novembro de 2023 ExxonMobil inicia produção do terceiro projeto offshore na Guiana A ExxonMobil iniciou hoje a produção em Payara, o terceiro desenvolvimento petrolífero offshore da Guiana no Bloco Stabroek, elevando a capacidade total de produção na Guiana para aproximadamente 620.000 barris por dia. Espera-se que o navio flutuante, de produção, armazenamento e transferência (FPSO) Prosperity atinja a produção inicial de aproximadamente 220.000 barris por dia durante o primeiro semestre do próximo ano, à medida que novos poços entrarem em operação. Esta capacidade adicional será o terceiro marco importante para atingir uma capacidade de produção combinada de mais de 1,2 milhões de barris por dia no Bloco Stabroek até ao final de 2027. A ExxonMobil Guyana Limited opera o Bloco Stabroek e detém 45% de participação, a Hess Guyana Exploration detém 30% de participação e CNOOC Petroleum Guyana Limited detém 25% de participação. _____________________________________________________________________________ Venezuela 2023 Venezuela sustenta que Essequibo faz parte de seu território, como em 1777 quando era colônia de Espanha, e apela ao Acordo de Genebra, firmado em 1966 antes da independência da Guiana do Reino Unido, que marcou as bases para uma solução negociada e anulou uma decisão de 1899 que definiu os limites atuais. Por que a Venezuela quer parte da Guiana? O interesse sobre a área aumentou após a descoberta, em 2015, de grandes reservas de petróleo offshore na região reivindicada. A Guiana iniciou licitações para explorar campos petrolíferos em águas rasas e profundas em 2022, o que a Venezuela rejeitou, considerando-as ilegais. Projeto de lei para a criação da província de Essequibo Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, propôs à Assembleia Nacional da Venezuela um projeto de lei para a criação da província, o que, na prática, significará a anexação de Essequibo. "Imediatamente ordenei publicar e levar a todas as escolas, colégios, Conselhos Comunitários, estabelecimentos públicos, universidades e em todos os lares do país o novo Mapa da Venezuela com a nossa Guiana Esequiba. Este é o nosso querido mapa!", publicou em uma rede social. Ele divulgou também um novo mapa do país com a incorporação de Essequibo, a região da Guiana que o governo venezuelano alega ser sua. Maduro divulga 'novo mapa' da Venezuela com incorporação de Essequibo e anuncia licenças para explorar petróleo na região Presidente venezuelano determinou que mapa seja publicado e levado até escolas e universidades. Versão traz território da Guiana queVenezuela diz ser sua. Referendo no domingo aprovou anexação da área, na fronteira com Brasil, acirrando tensões por um conflito regional. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, divulgou na noite de terça-feira (5) um novo mapa do país com a incorporação de Essequibo, a região da Guiana que o governo venezuelano alega ser sua. Maduro determinou ainda que o mapa seja publicado e reproduzido em escolas e universidades, em uma tentativa de fazer valer o referendo sobre a anexação da área realizado no domingo na Venezuela. Nicolás Maduro divulgou versão do novo mapa da Venezuela em uma rede social. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/12/06/maduro-divulga-novo-mapa-da-venezuela-com- essequibo.ghtml Também na terça-feira, Maduro anunciou pelas redes sociais um decreto criando a "zona de defesa integral Guayana Essequiba (como a região é chamada na Venezuela)" e apresentou à assembleia de deputados do país um projeto de lei para a criação da província - o que, na prática, significa que seu governo vai tentar anexá-la. A nova versão do mapa também já foi incluída em artes que ilustram órgãos governamentais da Venezuela. A reação da Guiana foi imediata. O presidente do país, Irfan Ali, disse que vai acionar o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) - na semana passada, a Corte Internacional de Justiça, a mais alta instância da ONU para julgar conflitos entre países, proibiu a Venezuela de tentar anexar Essequibo. As ações anunciadas pela Venezuela ocorrem dois dias após a realização do referendo no país para a aprovação da incorporação de Essequibo à Venezuela. Segundo o governo do país, 95% dos eleitores votaram a favor da medida. Além de divulgar o mapa, ordenar a emissão de licenças de exploração de petróleo e sugerir uma lei para criação de uma província, Maduro também propôs as seguintes medidas: o um plano de assistência social à população da Guiana Essequiba, a realização de censo e entrega de carteira de identidade aos habitantes; o a criação de um Alto Comissariado para a Defesa da Essequiba, órgão integrado pelo Conselho de Defesa, pelo Conselho do Governo Federal, pelo Conselho de Segurança Nacional e pelos setores político, religioso e acadêmico; o a criação de uma Zona de Defesa Integral da Guiana Essequiba. O território de Essequibo é disputado por Venezuela e Guiana há mais de um século. Desde o século 19, a região estava sob controle do Reino Unido, que adquiriu o controle da Guiana em um acordo com a Holanda. A área representa 70% do atual território da Guiana, e lá moram 125 mil pessoas. Na Venezuela, a área é chamada de Guiana Essequiba. É um local de mata densa e, em 2015, foi descoberto petróleo na região. Estima-se que na Guiana existam reservas de 11 bilhões de barris, sendo que a parte mais significativa é "offshore", ou seja, no mar, perto de Essequibo. Por causa do petróleo, a Guiana é o país sul-americano que mais cresce nos últimos anos. Tanto a Guiana quanto a Venezuela afirmam ter direito sobre o território com base em documentos internacionais: A Guiana afirma que é a proprietária do território porque existe um laudo de 1899, feito em Paris, no qual foram estabelecidas as fronteiras atuais. Na época, a Guiana era um território do Reino Unido. Já a Venezuela afirma que o território é dela porque assim consta em um acordo firmado em 1966 com o próprio Reino Unido, antes da independência de Guiana, no qual o laudo arbitral foi anulado e se estabeleceram bases para uma solução negociada. “A Venezuela denuncia ante a comunidade internacional, e especialmente ante a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), a atitude imprudente de Guiana, que atuando sob o mandato da transnacional americana Exxon Mobil, está abrindo a possibilidade de instalação de bases militares a uma potência imperial”, diz comunicado venezuelano. _____________________________________________________________________________ Guiana 2023 A Guiana afirma que é a proprietária do território porque existe um laudo de 1899, feito em Paris, no qual foram estabelecidas as fronteiras atuais. Na época, a Guiana era um território do Reino Unido. O presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, anunciou que o país irá acionar o Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (6/12/23), após a Venezuela divulgar um novo mapa do país com a incorporação do território de Essequibo. Ifaan Ali classificou as ações de Maduro como "desrespeito flagrante" a uma decisão da Corte Internacional de Justiça, que decidiu que a Venezuela não poderia tentar anexar o território de Essequibo. Estima-se que na Guiana existam reservas de 11 bilhões de barris, sendo que a parte mais significativa é "offshore", ou seja, no mar, perto de Essequibo. Por causa do petróleo, a Guiana é o país sul-americano que mais cresce nos últimos anos. _____________________________________________________________________________ EUA 2023 O objetivo principal do Maduro é a reeleição, ele precisa persistir no caminho da economia. Recentemente, os Estados Unidos levantaram sanções ao petróleo da Venezuela, e se espera uma recuperação econômica com isso. A guerra certamente faria os EUA levantarem essas sanções. Os Estados Unidos lideraram exercícios militares em julho na Guiana, com a participação de mais de 1.500 militares de 20 países. Atualmente, Washington planeja instalar bases militares em Essequibo, e enviou militares do alto escalão do Comando Sul das Forças Armadas à Guiana para debater a segurança do país. _____________________________________________________________________________ Brasil 2023 Para que haja um eventual confronto por terra, seria preciso, necessariamente, que tropas venezuelanas passassem pelo norte de Roraima, que faz fronteira tanto com a Guiana quanto com a Venezuela. Isso porque toda a região na qual Venezuela e Guiana compartilham fronteira é uma área de mata densa e fechada, o que inviabiliza o avanço das tropas. Também seria possível uma rota pelo mar, mas essa opção tornaria a incursão muito mais lenta e vulnerável a tropas guianesas na chegada ao território. Sobraria, portanto, a rota que atravessa o norte de Roraima - na região da reserva indígena Raposa Serra do Sol. _____________________________________________________________________________ https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_produ%C3%A7%C3%A3o_de_petr%C3%B3leo https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_produ%C3%A7%C3%A3o_de_petr%C3%B3leo https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_reservas_de_petr%C3%B3leo https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_reservas_de_petr%C3%B3leo Referências: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/essequibo-entenda-a-historia-da-disputa-entre- reino-unido-guiana-e-venezuela/ https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-12/entenda-disputa-territorial- entre-venezuela-e-guiana https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63873293 https://corporate.exxonmobil.com/news/news-releases https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/12/06/maduro-divulga-novo-mapa-da-venezuela- com-essequibo.ghtml https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/mundo/venezuela-acusa-guiana-de-dar- luz-verde-a-bases-militares-dos-eua-em-zona-de-disputa-1.1430121 https://www.ibp.org.br/observatorio-do-setor/snapshots/maiores-exportadores-de-petroleo- e- derivados/#:~:text=Em%202022%2C%20a%20Ar%C3%A1bia%20Saudita,san%C3%A7%C3%B5e s%20ocidentais%20contra%20o%20pa%C3%ADs. https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/11/entenda-a-crise-entre-venezuela-e-a-guiana- e-o-risco-de-guerra-na-regiao.shtml?_ga=2.105977226.867046910.1701892795- 1801859041.1701892795 https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/essequibo-entenda-a-historia-da-disputa-entre-reino-unido-guiana-e-venezuela/ https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/essequibo-entenda-a-historia-da-disputa-entre-reino-unido-guiana-e-venezuela/https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-12/entenda-disputa-territorial-entre-venezuela-e-guiana https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-12/entenda-disputa-territorial-entre-venezuela-e-guiana https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63873293 https://corporate.exxonmobil.com/news/news-releases https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/12/06/maduro-divulga-novo-mapa-da-venezuela-com-essequibo.ghtml https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/12/06/maduro-divulga-novo-mapa-da-venezuela-com-essequibo.ghtml https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/mundo/venezuela-acusa-guiana-de-dar-luz-verde-a-bases-militares-dos-eua-em-zona-de-disputa-1.1430121 https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/mundo/venezuela-acusa-guiana-de-dar-luz-verde-a-bases-militares-dos-eua-em-zona-de-disputa-1.1430121 https://www.ibp.org.br/observatorio-do-setor/snapshots/maiores-exportadores-de-petroleo-e-derivados/#:~:text=Em%202022%2C%20a%20Ar%C3%A1bia%20Saudita,san%C3%A7%C3%B5es%20ocidentais%20contra%20o%20pa%C3%ADs https://www.ibp.org.br/observatorio-do-setor/snapshots/maiores-exportadores-de-petroleo-e-derivados/#:~:text=Em%202022%2C%20a%20Ar%C3%A1bia%20Saudita,san%C3%A7%C3%B5es%20ocidentais%20contra%20o%20pa%C3%ADs https://www.ibp.org.br/observatorio-do-setor/snapshots/maiores-exportadores-de-petroleo-e-derivados/#:~:text=Em%202022%2C%20a%20Ar%C3%A1bia%20Saudita,san%C3%A7%C3%B5es%20ocidentais%20contra%20o%20pa%C3%ADs https://www.ibp.org.br/observatorio-do-setor/snapshots/maiores-exportadores-de-petroleo-e-derivados/#:~:text=Em%202022%2C%20a%20Ar%C3%A1bia%20Saudita,san%C3%A7%C3%B5es%20ocidentais%20contra%20o%20pa%C3%ADs https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/11/entenda-a-crise-entre-venezuela-e-a-guiana-e-o-risco-de-guerra-na-regiao.shtml?_ga=2.105977226.867046910.1701892795-1801859041.1701892795 https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/11/entenda-a-crise-entre-venezuela-e-a-guiana-e-o-risco-de-guerra-na-regiao.shtml?_ga=2.105977226.867046910.1701892795-1801859041.1701892795 https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/11/entenda-a-crise-entre-venezuela-e-a-guiana-e-o-risco-de-guerra-na-regiao.shtml?_ga=2.105977226.867046910.1701892795-1801859041.1701892795
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