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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA UNIDADE BONSUCESSO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA Ricardo Nascimento Corrêa RELATÓRIO – LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA PRÁTICA Nº 2 Rio de Janeiro/RJ 06/09/2023 1. OBJETIVO. O presente relatório tem como objetivo principal a aplicação do conhecimento teórico do comportamento dos diodos em função da polarização aplicada. Sob os parâmetros de um circuito elétrico, realizamos as medições de tensão e corrente quando polarizado diretamente e reversamente, bem como a curva característica do diodo, permitindo compreender o seus parâmetros e funcionamento. 2. MATERIAIS UTILIZADOS. 1 Resistor de filme carbono – 10 KΩ (marrom, preto, laranja); 2 Diodos 1N4007; Jumpers – condutores diversos. 3. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS. Multímetro Minipa ET 1002; Fonte de Alimentação DC Minipa MPL-1303M; Protobord Minipa MP 2420A; Pontas de prova/teste. 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E DESCRIÇÃO DOS CÁCULOS. 4.1 TESTE DE DIODOS USANDO O MULTÍMETRO. Na figura 1 temos a simbologia do diodo, seu aspecto físico e sua configuração para o sentido da corrente elétrica conforme polarizado (direto ou reverso). Figura 1 – Simbologia do Diodo. Conforme proposto, primeiro foram realizadas as medições de tensão de polarização direta e reversa do diodo 1N4007 conforme tabela 1. Tabela 1: Teste de diodos. Quando medimos o diodo no sentido direto (ponteira vermelha no terminal do anodo e ponteira preta no catodo) o multímetro deve mostrar o valor da tensão de barreira do diodo, nesse caso 596 mV. No sentindo reverso (ponteira vermelha no terminal do catodo e ponteira preta no anodo) o multímetro mede aberto. Na figura 2 segue a ilustração das medições realizadas, constatando assim, que o diodo usado está em boas condições de uso. Figura 2 – Medições direta e reversa de um diodo. 4.2 CIRCUITO DE POLARIZAÇÃO DIRETA DO DIODO. O experimento propôs montar o circuito ilustrado na figura 3, no protoboard, onde meçamos a tensão de carga (VR1), tensão no diodo (VD1) e corrente no diodo (ID1) conforme a variação de tensão da fonte (Vf). Polarização Direta Reversa Tensão de Polarização Medida Condição do Diodo 596 mV 0 V Bom Figura 3 – Circuito polarização direta do diodo. A tabela 2 abaixo informa os valores medidos de tensão e corrente do circuito da figura 3 conforme variação de tensão da fonte. Tabela 2: Valores mensurados na polarização direta. Ajustado Medido 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,10 0,173 0,000 0,177 0,000 0,20 0,278 0,006 0,241 0,000 0,30 0,395 0,020 0,298 0,000 0,40 0,474 0,095 0,370 0,000 0,50 0,577 0,173 0,401 0,000 0,60 0,683 0,270 0,420 0,022 0,70 0,757 0,337 0,427 0,032 0,80 0,886 0,442 0,443 0,042 0,90 0,967 0,469 0,499 0,052 1,00 1,040 0,618 0,455 0,062 1,10 1,150 0,709 0,464 0,072 1,20 1,230 0,815 0,465 0,082 1,30 1,370 0,993 0,474 0,080 1,40 1,380 0,994 0,477 0,090 1,50 1,540 1,040 0,482 0,100 2,00 1,920 1,520 0,497 0,140 3,00 3,070 2,510 0,518 0,240 4,00 4,000 3,480 0,533 0,340 5,00 4,880 4,450 0,546 0,450 6,00 5,970 5,430 0,556 0,560 7,00 6,980 6,420 0,564 0,680 8,00 7,860 7,410 0,570 0,730 9,00 8,870 8,380 0,576 0,850 10,00 9,860 9,400 0,581 0,962 Tensão da Fonte (Vf) Tensão da Carga (VR1) Tensão no Diodo (VD1) Corrente no Diodo (ID1) Nota-se que o diodo polarizado diretamente não atingiu sua tensão de barreira de 0,7 V portando não conduzindo sua corrente plenamente. 4.3 CIRCUITO DE POLARIZAÇÃO REVERSA DO DIODO. O experimento propôs montar o circuito ilustrado na figura 4, no protoboard, onde meçamos a tensão de carga (VR1), tensão no diodo (VD1) e corrente no diodo (ID1) conforme a variação de tensão da fonte (Vf). Figura 4 – Circuito polarização reversa do diodo. A tabela 3 abaixo informa os valores medidos de tensão e corrente do circuito da figura 4 conforme variação de tensão da fonte. Tabela 3: Valores mensurados na polarização reversa. Ajustado Medido 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,50 0,577 0,000 0,570 0,000 1,00 1,010 0,000 1,000 0,000 1,50 1,470 0,000 1,470 0,000 2,00 2,060 0,000 2,040 0,000 3,00 3,070 0,000 3,000 0,000 4,00 4,000 0,000 3,890 0,000 5,00 4,980 0,000 4,960 0,000 6,00 5,970 0,000 5,890 0,000 7,00 6,980 0,000 6,940 0,000 8,00 7,960 0,000 7,910 0,000 9,00 8,970 0,000 8,840 0,000 10,00 9,960 0,000 9,880 0,000 Tensão no Diodo (VD1) Corrente no Diodo (ID1) Tensão da Fonte Vf Tensão da Carga (VR1) Nota-se que o diodo polarizado inversamente, comportou-se como uma chave aberta, não conduzindo corrente e praticamente suportando toda a tensão da fonte de alimentação (tensão reversa). 4.4 CIRCUITO COM DIODOS EM SÉRIE. O experimento propôs montar o circuito ilustrado na figura 5, no protoboard, onde meçamos a tensão de carga (VR1), tensão nos diodos (VD1 e VD2) conforme a variação de tensão da fonte (Vf). Figura 5 – Circuito com diodos em série. A tabela 4 abaixo informa os valores medidos de tensão nos diodos e na carga do circuito da figura 5 conforme variação de tensão da fonte. Tabela 4: Valores mensurados com diodos em série. Nota-se que o diodo D2 está polarizado reversamente, comportando-se como uma chave aberta no circuito, impossibilitando a passagem de corrente e suportando uma tensão reversa da fonte de alimentação. Ajustado Medido 5,00 5,02 0,00 0,00 4,85 10,00 9,97 0,00 0,00 9,83 Tensão da Fonte (Vf) Tensão da Carga (VR1) Tensão no Diodo 1 (VD1) Tensão no Diodo 2 (VD2) 4.5 CIRCUITO COM DIODOS EM PARALELO. O experimento propôs montar o circuito ilustrado na figura 6, no protoboard, onde meçamos a tensão de carga (VR1), tensão nos diodos (VD1 e VD2) e a tensão de saída conforme a variação de tensão da fonte (Vf). Figura 6 – Circuito com diodos em paralelo. A tabela 5 abaixo informa os valores medidos de tensão nos diodos e na carga do circuito da figura 6 conforme variação de tensão da fonte. Tabela 5: Valores mensurados com diodos em paralelo. Nesse caso, as correntes que se dividem nos diodos em paralelos, podem não ocorrer de maneira uniforme. Ajustado Medido 5,00 5,01 4,53 0,507 0,507 10,00 9,96 9,37 0,544 0,544 Tensão da Fonte (Vf) Tensão Resistor (VR1) Tensão Diodos (VD1 = VD2) Tensão de Saída (V0) 5. RESULTADOS EXPERIMENTAIS – QUESTIONAMENTOS. 5.1 GRÁFICOS ID x VD – TABELAS 2 E 3. I. Trace o gráfico de ID x VD do diodo utilizando os dados das tabelas 2 e 3. 5.2 POTÊNCIA DISSIPADA NO DIODO. II. Calcule a potência dissipada no diodo, quando polarizado reversamente, e com tensão na fonte de 10 V. Nesse caso o diodo polarizado inversamente, comporta-se como uma chave aberta, não conduzindo uma corrente significativa. Embora a polarização inversa impeça o fluxo significativo de corrente através do diodo, uma pequena corrente, chamada de "corrente de fuga reversa", ainda pode fluir. Essa corrente é normalmente muito baixa e é causada por processos de ionização térmica ou outros fenômenos devido à alta resistência da junção PN quando polarizada inversamente. A corrente de fuga reversa é geralmente especificada nos datasheets dos diodos. 5.3 CORRENTES NOS DIODOS EM PARALELO. III. É possível afirmar que a corrente nos diodos D1 e D2 no circuito da parte 4 é exatamente igual? Explique. Em diodos “ideais” a corrente total que entra na junção em paralelo é dividida entre os diodos de acordo com suas características de condução. Já em diodos comerciais a distribuição de corrente em diodos em paralelo depende das características individuais dos diodos, como tensão direta e sua resistência dinâmica. Diodos idênticos compartilham a corrente igualmente, enquanto diodos diferentes compartilham a corrente de acordo com suas características,ou seja, nem sempre terão correntes iguais. 6. CONCLUSÕES. O experimento nos possibilitou o entendimento do funcionamento de um diodo, suas características como a tensão de joelho, seu comportamento sob diferentes tensões e também sua características a respeito de polarização direta e reversa, constituído de uma junção PN, onde permite a passagem de corrente quando diretamente polarizado e bloqueia a corrente quando inversamente polarizado. Na região de bloqueio (região reversa) o diodo não atua como isolante perfeito, permitindo a circulação de uma pequena corrente (corrente de fuga), que depende da dopagem, dimensões e temperatura, e que aumenta na medida em que a tensão reversa sobre o diodo aumenta. Os diodos desempenham um papel crucial na eletrônica, desde a retificação de tensão em fontes de alimentação até funções de proteção e aplicações em iluminação e detecção, são fundamentais e estão presentes em uma variedade de dispositivos eletrônicos que usamos diariamente. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS. Automação Industrial – Diodos: guia prático sobre aplicações e tipos – Disponível em: https://www.automacaoindustrial.info/diodo/ Acesso: 03 de setembro de 2023. COUTINHO, V. Eletrônica I. (s.I: s.n), 2023. 96 páginas. Apostila. Eletrônica Geral – Diodos – Disponível em: https://eltgeral.com.br/diodos-tudo-o-que-voce-precisa-saber Acesso: 03 de setembro de 2023. Instituto Federal de Santa Catarina – Diodos – Disponível em: https://wiki.sj.ifsc.edu.br/images/2/21/Introdu%C3%A7%C3%A3o_Diodos_2009_1_m odificada2.pdf Acesso: 03 de setembro de 2023. https://www.automacaoindustrial.info/diodo/ https://eltgeral.com.br/diodos-tudo-o-que-voce-precisa-saber https://wiki.sj.ifsc.edu.br/images/2/21/Introdu%C3%A7%C3%A3o_Diodos_2009_1_modificada2.pdf https://wiki.sj.ifsc.edu.br/images/2/21/Introdu%C3%A7%C3%A3o_Diodos_2009_1_modificada2.pdf
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