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Professora: Enfª Taciana Mirella dos Santos CUIDADO INTEGRAL AO PACIENTE NAS DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS UNIDADE 3 - Doenças infecto-parasitárias humanas: uma assistência contínua Unidade 3 – DP Principais doenças abordadas ● Rubéola e poliomielite (Virais) ● Hanseníase ● Toxoplasmose ● Escabiose e pediculose ● Parasitoses intestinais ● Infecções sexualmente transmissíveis DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS VIRAIS Unidade 3 – DP • A palavra significa rubella ou pequena vermelha. • É considerada uma doença aguda por se tratar de uma infecção abrupta e rápida, terminando com a recuperação gradativa ou evoluindo para o óbito do paciente em menos de três meses. • É altamente contagiosa • O agente etiológico é o vírus (de RNA) pertencente ao gênero da família Togaviridae. Rubéola DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS VIRAIS Unidade 3 – DP Rubéola Transmissão Pode ocorrer de forma direta (secreção ou gotículas de saliva) e de forma vertical DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS VIRAIS Unidade 3 – DP Rubéola Sinais e sintomas Doença com erupção na pele maculopapular Febre baixa Surgimento de nódulos linfáticos Inflamação nas conjuntivas (conjuntivite) Poliartralgias (adultos e adolescentes) Poliartrite Coriza Tosse De maneira geral é considerada como benigna, com raríssimos transtornos ou complicações orgânicas. Podemos considerar uma doença autoimune que destrói as plaquetas, púrpura trombocitopênica Sinal de Forchheimer DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS VIRAIS Unidade 3 – DP Rubéola Síndrome da Rubéola Congênita - SRC É uma patologia que se desenvolve nos cincos meses iniciais do período gestacional. Consequências Malformações congênitas como: Cardiopatias Surdez Catarata no feto Baixo Peso Hepatoesplenomegalia Pode levar ao aborto espontâneo (Se ocorrer morte do feto após 20ª semana gestacional - natimorto); DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS VIRAIS Unidade 3 – DP Rubéola O diagnóstico da rubéola Clinico e sorológico Os exames laboratoriais sorológicos para investigação de anticorpos IgM e IgG na corrente sanguínea. Tratamento Conforme os sinais e sintomas da rubéola Profilaxia Vacina tríplice viral (a seguir) Unidade 3 – DP DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS VIRAIS P o li o m ie lit e A palavra poliomielite tem a sua origem grega poliós (cinza), myelós (medula). Então, podemos dizer que é considerado um processo de inflamação da substância cinzenta da medula espinal, chamada de paralisia infantil ou poliomielite nos humanos. P o li o m ie li te Unidade 3 – DP DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS VIRAIS Epidemiologia No Brasil, o último caso ocorreu em 1989, na cidade de Souza/PB. Chama-se a atenção para o risco de importação de casos de países onde ainda há circulação endêmica do poliovírus selvagem (Paquistão e Afeganistão). Fonte://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p/poliomielite/situacao-epidemiologica A pólio existiu por milhares de anos silenciosamente, como um patógeno endêmico até os anos 1880, quando grandes epidemias começaram a ocorrer na Europa; pouco depois, as epidemias espalharam-se nos Estados Unidos. Por volta de 1910, grande parte do mundo experimentou um aumento dramático dos casos de poliomielite e as epidemias tornaram-se comuns. Desenvolvida na década de 1950, a vacina contra a pólio reduziu o número global de casos da doença por ano de centenas de milhares para menos de mil. Unidade 3 – DP DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS VIRAIS P o li o m ie li te Agente etiológico É considerada uma doença infectocontagiosa de caráter agudo Transmitida pelo vírus Poliovírus (RNA), sorotipos 1, 2 e 3, que pertence ao gênero Enterovírus. Forma de contaminação O vírus se encontra presente nas secreções orais, fezes, no líquido cefalorraquidiano, e raríssimas vezes no sangue de adultos e crianças contaminados, podendo provocar ou não a paralisia muscular. Quando o agente etiológico atinge os músculos e os membros inferiores dizemos que a doença evoluiu para a sua forma grave desenvolvendo a paralisia infantil. Unidade 3 – DP DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS VIRAIS P o li o m ie li te Transmissão Ocorre pela forma fecal-oral Unidade 3 – DP DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS VIRAIS P o li o m ie li te O diagnóstico Deve- se suspeitar sempre que houver paralisia flácida de surgimento agudo com diminuição ou abolição de reflexos tendinosos em menores de 15 anos. Para confirmação da doença devem ser realizados os exames: Cultura (liquor) A eletromiografia Confirmação do vírus nas fezes. Unidade 3 – DP DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS VIRAIS P o li o m ie li te Sinais e Sintomas O quadro pode variar de acordo com as formas clínicas da doença, podendo se apresentar-se assintomática ou com sintomas neurológicos. Os sintomas mais frequentes: febre, mal-estar, cefaleia, dor ao longo do corpo e na orofaringe, êmese, processos diarreicos, constipação, espasmos, rigidez na nuca, e na possibilidade de desenvolver a meningite. A forma clínica mais grave, chamada de paralítica: pode ocorrer deficiência motoraprocessos assimétricos musculares dos membros, além de flacidez dos tecidos musculares com diminuição ou eliminação total de reflexos profundos na área paralisada, presença ou ausência de febre. Unidade 3 – DP DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS VIRAIS P o li o m ie li te Tratamento Não existe tratamento específico para crianças, adolescentes ou adultos acometidos pela polivírus, mas a hospitalização se faz necessária para investigação e tratamento adequado de acordo com as manifestações clínicas sintomatológicas do paciente Profilaxia Encontra-se disponível na rede pública de saúde duas vacinas para o combate preventivo da poliomielite. A primeira é chamada de VOP ou Sabin, de uso oral e desenvolvida pelo poliovírus vivos atenuados. A segunda é chamada de VIP ou Salk, injetável intramuscular, e foi desenvolvida com o poliovírus inativado. Doenças Infecto Parasitárias Bacteriana Unidade 3 – DP A hanseníase ou Mal de Hansen, por décadas foi conhecida como lepra, é uma doença infectocontagiosa crônica, de alta infectividade e baixa patogenicidade, causada pelo agente transmissor Mycobacterium leprae, com especificidade de acometimento da pele e os nervos periféricos do corpo Hanseníase A sp e c to s e p id e m io ló g ic o s Doenças Infecto Parasitárias Bacteriana Hanseníase A maioria das pessoas adultas é resistente ao Mycobacterium leprae As crianças geralmente são mais rapidamente contaminadas Além disso, os fatores socioeconômicos, de desnutrição e superpopulação doméstica são os agravos ambientas com maiores predisposições para que a hanseníase se desenvolva, principalmente nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento Hanseníase Unidade 3 – DP O agente etiológico Hanseníase O bacilo álcool-ácido-resistente(BAAR); É um parasita intracelular exclusivo; Tem preferência pelas células dos nervos periféricos (células de Schwann). Unidade 3 – DP Segundo a OMS, existem critérios clínicos para iniciar o tratamento poliquimioterápico específico para hanseníase : Hanseníase Classificação Danos ou lesões do tecido cutâneo com disfunções de sensibilidade; Engrosamento ou espessamento de nervo(s) periférico(s), acompanhado de disfunções de sensibilidade; Exame de baciloscopia positiva para o Mycobacterium leprae. Hanseníase Manifestações clínicas Forma Indeterminada/ forma inicial Apenas lesões claras FI Forma Tuberculoide/ Forma benigna poucas lesões ou única Sem alteração da sensibilidade Simetria no comprometimento dos troncos nervosos (dor, fraqueza, etc) FT Forma Dimorfa/ Forma Intermediária Clinico-laboratoral semelhante as formas Tuberculoide e Wirchoviana Comprometimento extenso dos nervos, podendo ocorrer neurites aguda e varias lesões Lesões cutâneas com placas e nódulos eritematosos acastanhados FD Forma Wirchoviana/ forma mais grave Comprometimento de troncos nervosos simetricamente, lesões infiltradas e nódulos chamados HANSENOMAS Infiltração facial e hansenomas auriculares FW Unidade 3 – DP A hanseníase pode ser diagnosticada levando em consideração critérios clínicos – epidemiológico: realizados por meio da história e anamnese (exame clínico geral), dermatológico e neurológico para identificar áreas do tecido cutâneo (pele) com modificações ou alterações de sensibilidade ou comprometimento de nervos das extremidades, e que podem apresentar disfunções sensitivas, motoras e/ou autonômicas. Laboratorial: É feito por meio do esfregaço intradérmico (baciloscopia) e por análises histológicas. Através dos achados clínicos e epidemiológicos, pode classificar os indivíduos em: Paucibacilar (PB) quando os achados são correspondes até 5 alterações ou lesões da pele do tipo FI e FT; Multibacilar (MB) quando os achados corresponderem a mais do que 5 lesões, Laboratorial pela baciloscopia: detectável ou positivo para as FD e FW. Hanseníase Diagnóstico Unidade 3 – DP Chamado de poliquimioterapia (PQT)- Deve ser administrado por meio de esquema padrão, preconizado pelo Ministério da Saúde e OMS, e levar em consideração a classificação operacional em Paucibacilar ou Multibacilar. Tratamento Hanseníase Rifampicina Dapsona Clofazimina Unidade 3 – DP Tratamento Hanseníase Rifampicina na dosagem de 600mg (adulto) supervisionada mensal e 450mg (criança) supervisionada mensal. Dapsona na dosagem de 100mg (adulto) supervisionada mensal e uma dose autoadministrada diariamente no ambiente doméstico. E para as crianças (50mg) supervisionada mensalmente e uma dose no ambiente doméstico, diariamente. O tratamento para os doentes, adultos e crianças considerados PB são à base dos fármacos: Unidade 3 – DP Hanseníase Tratamento É adicionado ao tratamento, o fármaco Clofazimina, em associação com a terapêutica da Rifampicina e Dapsona na dosagem: Clofazimina na dosagem de 300mg (adulto) supervisionada mensalmente e 50mg diariamente no ambiente doméstico. Em crianças dosagem de 150mg supervisionada mensalmente e 50mg diariamente em dias alternados. E para os doentes, adultos e crianças considerados MB Unidade 3 – DP A recomendação do tratamento pelo Ministério da Saúde e OMS é que para os PB sejam consideradas 6 doses administradas na unidade de saúde (supervisionada) em até 9 meses. Para os MB sejam consideradas 12 doses na unidade de saúde (supervisionada) em até 18 meses. A partir do início do tratamento, o indivíduo não transmite mais a doença. Nas mulheres grávidas e que estão amamentando não existe até o momento contraindicação para o tratamento da hanseníase, mas é importante ser acompanhada por um médico ou enfermeiro. Porém pode ocorrer interações medicamentosa entre rifampicina e o anticoncepcional por V.O., por esse motivo se faz necessário o planejamento familiar. Hanseníase Tratamento Unidade 3 – DP Existem doentes que completaram todo o tratamento com PQT, mas que depois de um tempo desenvolveram novos sinais e sintomas da doença, esses casos são chamamos de recidiva e podem ocorrer mesmo em indivíduo curado. Hanseníase Recidiva Para os PB é difícil diferenciar o surgimento dos sinais e sintomas das reações reversas do fármaco os considerados MB, os sinais e sintomas, pode ocorrer uma exacerbação das manifestações clínicas das lesões existentes e com o surgimento de novas lesões. Confirmado a recidiva, o tratamento adequando é iniciado com o PQT. DIP por protozoário- Toxoplasmose Unidade 3 – DP A toxoplasmose é um processo infeccioso ocasionada pelo agente etiológico Toxoplasma gondii. É um protozoário, parasita, encontrado nas fezes de felinos. Mas pode se hospedar humanos e em outros animais. DIP por protozoário- Toxoplasmose Contaminação O uso inadequado de alimento e ingestão de água. Uma doença de baixas ocorrências de poucos casos novos (incidências). A zoonose pode apresentar duas fases, aguda ou crônica. Na primeira tem cura, mas a segunda pode surgir complicações e disfunções orgânicas Unidade 3 – DP DIP por protozoário- Toxoplasmose Na fase aguda O Toxoplasma persiste no organismo humano por toda a vida, podendo ou não desenvolver um quadro clínico sintomatológico. Os indivíduos infectados pela primeira vez podem não apresentar sintomatologias e nem precisar de tratamentos específicos para toxoplasmose. Unidade 3 – DP DIP por protozoário- Toxoplasmose Os casos crônicos A doença dependerá da resposta do organismo do indivíduo. Podem desenvolver complicações, como sequelas pelo processo infeccioso congênito, toxoplasmose ocular, toxoplasmose cerebral, e desenvolverem a doença em pessoas que têm o sistema de defesa comprometido (ex. pessoas transplantadas, infectadas pelo vírus HIV ou em tratamento com neoplásicos). As manifestações sintomatológicas costumam ser variadas com associação dos estágios das fases ou estágios agudos e crônicos da doença e podem ser semelhantes aos processos infecciosos gripais com algias no sistema muscular e leves alterações nos gânglios linfáticos. Unidade 3 – DP DIP por protozoário- Toxoplasmose Sintomatologia GESTANTES e RECÉM-NASCIDOS Quando infectadas durante o processo gestacional, podem sofrer abortos e seus filhos nascerem com macrocefalia, microcefalia e desenvolverem processos de crises convulsivas. Além disso, estão susceptíveis à ocorrência de icterícia em grandes proporções. Os RNs podem apresentar restrição do desenvolvimento intrauterino, prematuridade, anormalidades visuais e no sistema neurológico. Unidade 3 – DP EM INDIVÍDUOS COM BAIXA IMUNIDADE Podem apresentar manifestações clínicas como febre, cefaleias, confusões mentais com ausência de coordenação e episódios convulsionais, diminuição da visão e auditiva. Costumam ser encaminhados para atenção clínica médica especializada DIP por protozoário- Toxoplasmose Unidade 3 – DP Pessoas com o sistema imunologico em excelente evolução de combate à toxoplasmose, geralmente não desenvolvem sequelas. Sendo assim, não se recomenda o tratamento específico, apenas sintomatológicos. Todo acompanhamento, cuidado e tratamentos estão disponíveis pelo Ministério da Saúde em diversos níveis da atenção à saúde. É importante seguir os protocolos e recomendações de orientações primárias, secundárias e terciárias, propostas pelo SUS. DIP por protozoário- Neurotoxoplasmose A neurotoxoplasmose é uma patologia ocasionada pelo Toxoplasma gondii, Desenvolvendo lesões no sistema nervoso central em pacientes imunocomprometidos. Sintomas O processo infecciosoé na maioria das vezes sem sintomas. Pode haver aumento dos gânglios linfáticos (linfadenite). Febre, astenia e dores musculares, encefalite e meningoencefalite sem alterações ou manifestações neurológicas focais. Cefaleias intensas, sonolência, mudança de comportamento, seguido por coma, processos convulsionais, paralisias oculares e transtornos psíquicos. Unidade 3 – DP DIP por protozoário- Neurotoxoplasmose Unidade 3 – DP O diagnóstico Tomografia computadorizada (TC) ou de ressonância magnética (RM). Podemos utilizar a biópsia cerebral (em alguns casos inconclusivos mesmo após investigados) DIP por protozoário- Leishmanioses Unidade 3 – DP Agentes etiológicos As leishmanioses são doenças infecto-parasitárias ocasionadas pelo protozoários, do gênero Leishmania. Vetor Os vetores são mosquitos chamados de flebotomíneos infectados pelo parasita (Protozoário Leishmania Chagasi). Visceral Tegumentar Ciclo A sp e c to s e p id e m io ló g ic o s DIP por protozoário- Leishmanioses Epidemiologia Unidade 3 – DP Leishmaniose visceral ou calazar Encontra-se em constante aumento e agravo à saúde da população nas regiões Norte e Nordeste do Brasil por se tratar principalmente das modificações socioambientais, como o desmatamento ambiental que diminui a proporção de animais considerados fontes de alimentação para o mosquito transmissor. DIP por protozoário- Leishmanioses É característico do animal infectado que ocorra um crescimento anormal das unhas, aparecimento de nódulos e lesões ou feridas ao longo do corpo, principalmente nas orelhas e focinhos e a queda de pelos. Além disso, surge descamação do tecido tegumentar, aumento da região abdominal, com perda de peso acentuada e grave, seguido de conjuntivite Sintomatologia Unidade 3 – DP O período de incubação da doença é de aproximadamente dois a quatro meses após a picada do vetor A principal disfunção da LV é a hepatoesplenomegalia. Podem surgir manifestações clínicas de anorexia, palidez e tardiamente aumento da temperatura (febre) nos indivíduos que foram contaminados Além disso, as pessoas acometidas pela LV poderão desenvolver anemias e processos nutricionais de falta de nutrientes importantes para o desenvolvimento das funções orgânicas. DIP por protozoário- Leishmanioses Tegumentar Americana Unidade 3 – DP É uma doença infecto-parasitária, zoonose de animais silvestres, de regiões rurais, de mata, e de regiões periurbanas. Os principais fatores associados ao aparecimento da doença são as atividades econômicas, como garimpos, expansão de fronteiras agrícolas, o aumento do extrativismo, em condições ambientais altamente favoráveis ao contágio da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). DIP por protozoário- Leishmanioses Tegumentar Americana Unidade 3 – DP Surgem por meio dos processos ulcerativos que acometem a pele com ausência de sensibilidade, mas com odor característica, fétida e de aparência repugnante, afetando as questões biopsicossocial do indivíduo. Pode ocorrer a destruição do septo nasal, seguido do dorso do nariz, o palato e a região faringiana. Pode também se manifestar de diversas formas clínicas por serem transmitidas por inúmeras espécies do gênero Leishmania, com diferentes adaptações aos seus vetores e reservatórios. Sintomatologia Dúvidas ? Momento de beber uma agua! DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS: ESCABIOSE E PEDICULOSE ESCABIOSE Agente etiológico: causada pelo ácaro, Sarcoptes scabiei, artrópode, microscópico, considerado um parasito humano obrigatório. Transmissão: de fácil contaminação, geralmente é transmitida de forma direta (pessoa a pessoa) principalmente pelo contato físico, apesar que também pode ser transmitida por animais e objetos. Sintomatologia: em pessoas com o do sistema imunológico comprometido é comum a manifestação da escabiose crostosa ou sarna crostosa com intensa descamação e com ausência ou pouco prurido. Pode surgir principalmente nas áreas das regiões interdigitais, punhos, axilas, região periumbilical, sulco interglúteo, órgãos genitais externos masculinos, no couro cabeludo e nas mãos. A coceira ou prurido é intenso, principalmente no período noturno por se tratar de um momento reprodutivo e deposição de ovos na pele DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS: ESCABIOSE E PEDICULOSE ESCABIOSE Período de incubação: pode variar de 1 dia até 6 semanas para as manifestações clínicas. A transmissibilidade ocorre durante todo o período da doença. O complicado dessa infestação é a formação de infecções secundárias que se dão pelos pruridos, principalmente em pacientes com o sistema imunológico comprometido, como os indivíduos com HIV e neoplasias. Diagnostico: Biopsia ou raspado da pele são métodos para o diagnóstico clínico, e ajudam na visualização do agente etiológico (ácaro). O tratamento: antiparasitários associados com anti-histamínicos para alívio da coceira ou prurido. DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS: ESCABIOSE E PEDICULOSE PEDICULOSE A pediculose é causada por piolhos (artrópodes) que necessitam de sangue para nutrição e reprodução, tendo habitat, preferencial, na superfície do tecido tegumentar (pele) e nos pelos. É comum pessoas que estão com a infestação apresentarem as lêndeas (Ovos). Existem mais de dois tipos de pediculoses, sendo que as mais comuns são: as pediculoses do corpo e a pediculose do púbis (chato). A transmissão: por contato direto, com destaque para as aglomerações, geralmente das crianças em escolas e creches. Em adolescentes e adultos pode ser transmitida pelo compartilhamento de roupas, no caso da pediculose do púbis, ou ainda, pelo contato sexual. DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS: ESCABIOSE E PEDICULOSE PEDICULOSE Sintomatologia: a coceira intensa, provocando pequenas lesões no couro cabeludo e por trás das orelhas e nuca. Já no tipo de pediculose corporal são encontradas escoriações, pápulas, minúsculas manchas de processo hemorrágico e pigmentação, principalmente no tronco, glúteo e abdome. E, no tipo pubiana, ocorre prurido, podendo ser encontradas manchas arroxeadas, escoriações e crostas hemorrágicas na região genital. O tratamento: é semelhante ao da escabiose, mas se faz necessário o tratamento da família ou comunicantes das pessoas que tiveram contato com o indivíduo infestado PARASITOSES INTESTINAIS Unidade 3-DIP As parasitoses intestinais são ocasionadas por parasitas pertencentes ao grupo dos helmintos e dos protozoários, que preferencialmente se alojam no intestino dos seres humanos para se alimentarem das substâncias sanguíneas ou do conteúdo do trato intestinal, além de ocasionarem uma série de transtornos organismos para o hospedeiro. São doenças com alta frequência em crianças, principalmente nas áreas de periferia. A transmissibilidade e o período de incubação são variáveis, mas na maioria das vezes a transmissão depende dos fatores sanitárias e de higiene da população. É preciso entender que os investimentos de controle de promoção e prevenção a saúde são resolutivos em 80 a 85% dos casos das parasitoses intestinais. AMEBÍASE Unidade 3-DIP-PARASITOSES INTESTINAIS Agente etiológico é o protozoário Entamoeba histolytica, considerado um parasita infeccioso do trato intestinal grosso, que pode desenvolver a disenteria amebiana. É transmitida pela água, alimentos e objetos contaminados. GIARDÍASE Ocasionada pelo protozoário Giardia lamblia, considerado um parasita infeccioso do trato intestinal delgado do homem, que pode desenvolver diarreia, além disso, impede o processo de absorção de nutrientes, ocasionando perda de peso e anemia no hospedeiro. ASCARIDÍASE Unidade 3-DIP-PARASITOSES INTESTINAIS Ocasionada pelo nematelminto Ascaris lumbricoides, conhecido comolombriga, considerado um parasita do trato intestinal, que também pode migrar para outros órgãos da espécie humana. ENTEROBÍASE OU OXIURÍASE Ocasionado pelo nematelminto Enterobius vermiculares, conhecido por oxiúro, considerado um parasita o trato intestinal delgado, de hábitos alimentares e reprodutivos noturnos, ocasionando prurido anal, principalmente nas crianças. TENÍASE Unidade 3-DIP-PARASITOSES INTESTINAIS Ocasionada pelo platelminto adulto das tênias (do porco) e Taenia saginata (do boi), é conhecida por solitária, podendo ocupar todo o trato intestinal do hospedeiro, ou seja, chegar a medir até 12 metros. Tem a sua transmissão por meio da ingestão de carne mal cozida. É importante dizer que os processos sintomatológicos mais comuns são as dores na região abdominais, diarreia, náuseas, vômitos, produção e eliminação excessiva de gases, tosse, calafrio, febre, e em algumas situações podem ocorrer sufocamento ou falta de ar, além das manifestações das anemias, pruridos anais e falta de apetite. O diagnóstico: é realizados pelo quadro clínico do paciente com solicitação de exames específicos como fezes e sangue. O tratamento é realizado por meio de fármacos antiparasitários ou helmínticos, associados com outros fármacos de acordo com as manifestações clínicas secundárias das parasitoses intestinais. ANCILOSTOMÍASE Unidade 3-DIP-PARASITOSES INTESTINAIS Ocasionado pelo nematelminto Ancylostoma duodenale ou Necator americanos, conhecido por amarelão, considerado um parasita do trato gastrointestinal. Transmissão: entra pela pele podendo causar irritação, até chegar ao intestino. Tem característica principal de sugar o sangue por meio da parede do intestino, ocasionando diarreia pela inflamação e anemia. INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Unidade 3– Doenças infecto-parasitárias humanas São processos infecciosos transmitidos pelo contato sexual são ocasionados por vírus, bactérias, fungos e outros microrganismos. A expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) foi substituída por Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), devido ao indivíduo contaminado transmitir a infecção para um outro individuo sem manifestações aparentes dos sinais e sintomas da patologia. Algumas se apresentam por corrimento diversos, lesões ou feridas, verrugas anogenitais e através de inflamação da pelve, decorrente do processo de contaminação por uma IST. Geralmente a gonorreia e clamídia, quando não tratadas podem desenvolver a síndrome pélvica, chamada de Doença Inflamatória Pélvica (DIP). INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Unidade 3– Doenças infecto-parasitárias humanas A transmissão: ocorre principalmente, pelo contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso do preservativo. Além dessa forma de contágio, pode acontecer de forma congênita (mãe para criança) durante o processo gestacional, parto ou no aleitamento materno. E de forma não tão comum por mucosas ou tecido cutâneo lesionado. O tratamento: varia de acordo com o agente patológico viral, bacteriano, fúngico ou parasitários Não adianta somente o tratamento das pessoas infectadas, é importante o controle das ISTs para evitar a reinfecção. Os parceiros sexuais devem ser comunicados e orientados para o diagnóstico precoce. Diagnóstico: pode ser realização do teste rápido de HIV (tipo 1 e tipo 2), triagem para sífilis, Hepatite B e C. Literatura recomendada https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/3703/1/Doenc as-Infecto-Contagiosas-2016.pdf NOME DO APRESENTADOR CONTATOS CARGO Qual é o seu papel diante desses agravos? Como podemos contribuir? Professora: Enfª Taciana Mirella dos Santos
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