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Fichamento Plantão Psicológico – Texto 1: : FRANCISCO, A. L.; BARRETO, C. L. T. B.; LEITE, D. F. C. C. S.; AMAZONAS, M. C. L. A. (Orgs.) Psicologia e demandas sociais contemporâneas: reflexões e diálogos. Curitiba: CRV, 2022 (Leitura do capítulo: Plantão Psicológico como escuta oportuna: hermenêutica da urgência?) TEXTO 1- Nome: Luiz Felipe Martelini Muller dos Santos RA: D9157I6 O texto busca compreender o sentido de cuidado ao sofrimento partindo da experiencia de Plantão Psicológico dentro de um contexto de pandemia, foi necessário que se houvesse um projeto de atendimento à população adaptado às medidas sanitárias necessárias para a contenção da pandemia. PAPO (Projeto de Apoio Psicológico Online) sendo uma proposta de atendimento pontual e online à comunidade da Universidade. A forma de aprendizagem dentro deste projeto era produzir o conhecimento na prática, não sendo claramente explicado, mas implicado. O texto trouxe como o PAPO pode auxiliar as RAPS, ofertando parcerias com a Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo, o que culminou nos oferecimentos de cursos de aperfeiçoamento aos profissionais da RAPS e atendimento online à população do estado. Para cuidar do outro se faz necessário cuidar de si. Ao tratar sobre a angústia o texto traz a visão de Heidegger e a angústia é entendida como todo o vislumbre do existir próprio como possibilidade, assim no sofrimento e na esperança se encontram traços da angústia ontológica, pois todo sofrer e esperar anunciam a possibilidade de um devir outro e desvela para cada um de nós a tarefa de cuidar de ser si-mesmo e se deparar com o próprio cuidado pode trazer angústia, já que se trata de algo que está em nossas mãos e não depende de nenhum outro. O existir é sentido então como peso e encargo. Esse sofrimento é ao mesmo tempo destruição e criação, ao mesmo tempo ver destruir o mundo e a si mesmo e criando, emergindo possibilidades outras de ser, que convocam e urgem para serem assumidas, cuidadas. . O que dialoga com a dualidade da própria condição humana, que se trata de um constante vir-a-ser criando a si mesmo, em jogo, deixando de ser. A angústia dá abertura para a compreensão do sentido fenomenológico do existir e do mundo em que habitamos, pois somente nessa abertura conseguimos compreender os entes e nós mesmos em totalidade. O plantão configura-se como um estar disposto a ser a oportunidade para no sofrimento daquele que solicita ajuda, abrir-se para aproximar-se do peso do existir próprio e do outro e dele cuidar, responsabilizar. Se faz necessário o papel do plantonista pois ninguém possui a capacidade de, por si mesmo, tomar conhecimento de tudo que está em jogo no sofrimento e de toda a capa de preconceitos que reveste cada situação. O sofrimento assim como o sintoma, chama a atenção para algo que precisa ser cuidado, cultivado em sentido e com sentido. O plantão é hermenêutica da urgência, pois abre-se para, junto àquele que solicita e muitas vezes está sendo consumido e destruído no e pelo sofrimento, deter-se em explicitar as possibilidades e os caminhos abertos na situação, para dela se apropriar e conduzir-se-por, cuidar de se.
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