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eBook Completo_Projeto de Instalações Hidrossanitárias_DIGITAL PAGES _ SER (Versão Digital)

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PROJETO DE INSTALAÇÕES 
HIDROSSANITÁRIAS
Projeto de Instalações Hidrossanitárias 
Eduarda Helena Caló NavareñoEduarda Helena Caló Navareño
GRUPO SER EDUCACIONAL
gente criando o futuro
O desenvolvimento das civilizações se deu às margens de fontes de água que, com 
o passar dos anos, adquiriram maneiras diferentes de abastecer as cidades. Assim, 
as instalações hidrossanitárias modi� cam e simpli� cam o nosso cotidiano há muito 
tempo, tornando atividades cotidianas, como tomar banho e cozinhar, muito mais 
simples e aprazíveis.
Além disso, é importante ressaltar que nos principais mecanismos destas instalações 
evidenciam-se, principalmente, a busca pelo conforto, pela segurança e pela promo-
ção de saúde e pelo bem estar para toda a população, assim como pelo cuidado e pela 
atenção com o meio ambiente, itens indispensáveis nos tempos atuais.
Isto posto, nesta disciplina, o(a) estudante terá contato com as principais normas téc-
nicas, essenciais na elaboração de um projeto de instalação hidrossanitária, além de 
inteirar-se sobre as simbologias e terminologias praticadas atualmente. 
Ademais, serão abordados assuntos como a forma de produção e condução da água 
quente, os tipos de tubos, elementos como dutos, colunas de ventilação e tubos de 
queda e o projeto, execução e utilização de instalações hidráulicas.
Por � m, o (a) estudante analisará os materiais mais utilizados nos sistemas de insta-
lações prediais e angariará habilidades técnicas importantes para tornar-se capacita-
do(a) a elaborar projetos e executá-los com qualidade e e� cácia.
PROJETO DE INSTALAÇÕES 
HIDROSSANITÁRIAS
Capa_SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 1,3 22/09/2021 16:24:32
© Ser Educacional 2021
Rua Treze de Maio, nº 254, Santo Amaro 
Recife-PE – CEP 50100-160
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio 
ou forma sem autorização. 
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo 
artigo 184 do Código Penal.
Imagens de ícones/capa: © Shutterstock
Presidente do Conselho de Administração 
Diretor-presidente
Diretoria Executiva de Ensino
Diretoria Executiva de Serviços Corporativos
Diretoria de Ensino a Distância
Autoria
Projeto Gráfico e Capa
Janguiê Diniz
Jânyo Diniz 
Adriano Azevedo
Joaldo Diniz
Enzo Moreira
Eduarda Helena Caló Navareño
DP Content
DADOS DO FORNECEDOR
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, 
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 2 22/09/2021 16:21:05
Boxes
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa 
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto 
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma 
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da 
área de conhecimento trabalhada.
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 3 22/09/2021 16:21:05
Unidade 1 - Fundamentos, definições e materiais utilizados em instalações 
hidrossanitárias
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 12
Instalações hidrossanitárias: fundamentos e definições ............................................ 13
Instalações hidráulicas – água fria ............................................................................. 16
Instalações hidráulicas – água quente e gás ............................................................. 24
Instalações pluviais ........................................................................................................ 26
Instalações sanitárias .................................................................................................... 28
Instalações hidrossanitárias e os materiais utilizados ................................................ 30
Água fria e quente ........................................................................................................... 31
Esgoto ................................................................................................................................ 32
Água pluvial ...................................................................................................................... 33
Sintetizando ........................................................................................................................... 35
Referências bibliográficas ................................................................................................. 37
Sumário
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 4 22/09/2021 16:21:05
Sumário
Unidade 2 - Instalações de água quente e redes de irrigação
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 40
Água quente: formas de produção e condução .............................................................. 41
Sistemas de abastecimento de água quente ............................................................ 43
Distribuição e dimensionamento das instalações de água quente ........................ 47
Comparando sistemas de aquecimento de água ....................................................... 50
Redes de irrigação ............................................................................................................... 52
Irrigação por superfície .................................................................................................. 56
Irrigação por aspersão ................................................................................................... 58
Irrigação localizada ........................................................................................................ 60
Sintetizando ........................................................................................................................... 65
Referências bibliográficas ................................................................................................. 66
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 5 22/09/2021 16:21:05
Sumário
Unidade 3 - Instalações hidrossanitárias: composição e dimensionamento
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 68
Instalações hidrossanitárias: composição das redes .................................................. 69
Tubulações e acessórios .............................................................................................. 70
Conexões .......................................................................................................................... 71
Conceitos fundamentais ................................................................................................. 73
Projetos de instalações hidrossanitárias: dimensionamento ..................................... 75
Instalações prediais de água fria ................................................................................. 76
Instalações prediais de esgoto ..................................................................................... 83
Instalações prediais de água pluvial ........................................................................... 87
Sintetizando ........................................................................................................................... 93
Referências bibliográficas................................................................................................. 95
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 6 22/09/2021 16:21:05
Sumário
Unidade 4 - Instalações hidrossanitárias: elaborando projetos
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 97
Projeto de instalações hidrossanitárias: elaboração ................................................... 98
Responsabilidades técnicas .......................................................................................... 99
Entrega e manutenções dos sistemas hidrossanitários ......................................... 101
Adequação das instalações ........................................................................................ 103
Metodologia de trabalho e representações gráficas .................................................. 106
Instalações prediais de água fria e quente .............................................................. 108
Instalações prediais de esgoto ................................................................................... 114
Instalações prediais de água pluvial ......................................................................... 117
Sintetizando ......................................................................................................................... 120
Referências bibliográficas ............................................................................................... 122
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SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 8 22/09/2021 16:21:05
Olá, estudantes!
O desenvolvimento das civilizações se deu às margens de fontes de água 
que, com o passar dos anos, adquiriram maneiras diferentes de abastecer as 
cidades. Assim, as instalações hidrossanitárias modifi cam e simplifi cam o nos-
so cotidiano há muito tempo, tornando atividades cotidianas, como tomar ba-
nho e cozinhar, muito mais simples e aprazíveis.
Além disso, é importante ressaltar que nos principais mecanismos destas 
instalações evidenciam-se, principalmente, a busca pelo conforto, pela se-
gurança e pela promoção de saúde e pelo bem estar para toda a população, 
assim como pelo cuidado e pela atenção com o meio ambiente, itens indis-
pensáveis nos tempos atuais.
Isto posto, nesta disciplina, o(a) estudante terá contato com as principais 
normas técnicas, essenciais na elaboração de um projeto de instalação hidros-
sanitária, além de inteirar-se sobre as simbologias e terminologias praticadas 
atualmente. 
Ademais, serão abordados assuntos como a forma de produção e condução 
da água quente, os tipos de tubos, elementos como dutos, colunas de ventilação 
e tubos de queda e o projeto, execução e utilização de instalações hidráulicas.
Por fi m, o (a) estudante analisará os materiais mais utilizados nos sistemas 
de instalações prediais e angariará habilidades técnicas importantes para tor-
nar-se capacitado(a) a elaborar projetos e executá-los com qualidade e efi cácia.
Bons estudos! 
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 9
Apresentação
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 9 22/09/2021 16:21:05
Dedico este trabalho a minha família e marido, que sempre estiveram 
presentes nos momentos mais desafi adores de minha vida, me incentivando 
a conquistar meus objetivos.
A professora Eduarda Helena Caló 
Navareño é Graduada (2015) em En-
genharia Civil pela Universidade de 
Mogi das Cruzes (UMC) e tem vivência 
na construção civil em obras de alto e 
baixo padrão, além de experiência em 
custo, planejamento e desenvolvimen-
to de disciplinas universitárias. 
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/0747740486372287
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 10
A autora
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 10 22/09/2021 16:21:17
FUNDAMENTOS, 
DEFINIÇÕES E 
MATERIAIS UTILIZADOS 
EM INSTALAÇÕES 
HIDROSSANITÁRIAS
1
UNIDADE
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 11 22/09/2021 16:21:53
Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Abordar as principais características e fundamentos relacionados a 
instalações hidrossanitárias;
 Apresentar e exemplificar os materiais que devem ser utilizados na execução 
de instalações de água fria, água quente, esgoto e água pluvial.
 Instalações hidrossanitárias: 
fundamentos e definições 
 Instalações hidráulicas – água 
fria
 Instalações hidráulicas – água 
quente e gás
 Instalações pluviais
 Instalações sanitárias
 Instalações hidrossanitárias e 
os materiais utilizados
 Água fria e quente
 Esgoto
 Água pluvial
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 12
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 12 22/09/2021 16:21:54
Instalações hidrossanitárias: fundamentos e definições
A água é um importantíssimo re-
curso natural, seja em relação à com-
posição bioquímica dos seres vivos, 
posto que é essencial para a sobrevi-
vência de vegetais e animais, seja no 
que diz respeito ao desenvolvimento 
social e cultural das civilizações. Des-
de a Antiguidade, o abastecimento de 
água é uma preocupação iminente 
para todos os povos. 
A cidade de Roma, na Itália, foi o primeiro local a conceber grandes obras 
hidráulicas com diferentes objetivos além do consumo, como lazer e higiene. 
Diferentemente dos outros povos, os romanos não precisavam mais se des-
locar quando a fonte de água não fosse mais próspera devido à presença dos 
aquedutos que realizavam a captação da água, mesmo em longas distâncias, 
abastecendo assim toda a comunidade.
CURIOSIDADE
Inicialmente, os aquedutos foram construídos durante os séculos 
I e II no Império Romano com cimento vulcânico, tijolos e pedras. 
Roma era abastecida não apenas por uma, mas por várias redes 
com quilômetros de extensão e, atualmente, ainda há cinco aquedu-
tos que permanecem de pé. 
De acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), 
atualmente apenas cerca de 3% de toda a água disponível no planeta é con-
siderada consumível, ou seja: água doce. A porção que preenche o consumo 
humano provém, principalmente, de rios, lagos, represas e reservas subter-
râneas, sendo armazenada primeiramente em reservatórios, locais em que 
recebe seus devidos cuidados e aditivos, como o cloro e o fl úor. Após isso, ela 
é encaminhada para os reservatórios dos bairros, seguindo por tubulações co-
nhecidas como adutoras, e, fi nalmente, atinge as caixas d’águas e tanques das 
casas e edifícios, assim como demonstrado na Figura 1. 
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 13
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 13 22/09/2021 16:22:00
CURIOSIDADE
Cerca de 2/3 do planeta Terra é composto por água; no entanto, considera-se 
consumível apenas 3% deste grande montante. Ademais, 2,5% desta porção 
encontra-se congelada na Antártida e nas geleiras, ou seja, há somente 0,5% de 
água disponível para consumo imediato. O Brasil é considerado um país riquíssi-
mo nesse âmbito e conta com cerca de 12% de todas as reservas de água doce 
superficial do mundo, isto sem mencionar as grandes reservas subterrâneas.
Após a distribuição e o uso da água, ela é captada pelas redes de esgoto e 
encaminhada para as estações de tratamento, o qual poderá ocorrer por dife-
rentes métodos, dependendo das características físicas, químicas e biológicas 
da água. Desenvolvido na Inglaterra, em 1914, o procedimento mais utilizado 
para o esgoto doméstico e industrial se dá por lodo ativado e é composto por 
duas fases, a líquida e a sólida. 
Assim como ilustrado na Figura 2, o processo consiste basicamente em co-
locar o esgoto bruto em contato direto com iodo ativado. Esta mistura será 
agitada e aerada em diferentes tanques e posteriormente passará por decan-
tação, na qual a parte sólida será separada da líquida. Esta água pode então re-
tornar para o abastecimento das cidades como água de reuso ou ser devolvida 
à natureza sem risco de contaminação.
Bombeamento
Sulfato de alumínio
Reservatório 
dos bairros
Distribuição
Floculação Decantação Filtração
Carvão
CascalhoFlúor
Areia
Cloro
Cloro
Cal
Cal
Represa
Reservatório água 
final ETA
1
2
3 4 5
6
7
8
9
Figura 1. Processo convencional de tratamento de água aplicado na cidade de São Paulo pela Sabesp. Fonte: 
Sabesp, 2010a. (Adaptado).
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 14
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 14 22/09/2021 16:22:01
Cidade
Grades
Decantadores 
primários
Decantadores 
secundários
Água de
reuso
Lodo
LodoCaixas de areia
Figura 2. Utilização de iodo ativado para tratamento de esgoto doméstico e industrial. Fonte: Sabesp, 2010b. (Adaptado).
Os projetos de instalações hidrossanitárias 
estão diretamente relacionados com a elabora-
ção de sistemas de abastecimento e captação 
de água, assim como ilustrado na Figura 3. 
Eles podem ser frios ou quentes e prover de 
sanitário ou de águas pluviais, ou seja, captação 
de água da chuva com possível reutilização. É im-
portante ressaltar que, para dar início à elaboração de projetos 
hidrossanitários, é necessário que os projetos arquitetônicos e 
estruturais estejam finalizados, considerando-se que os elementos de instala-
ção não devem interferir nos elementos estruturais.
Desta forma, atende-se às necessidades de todos os ambientes e usuá-
rios e, inclusive, respeitam-se as normas técnicas vigentes. Além disso, este 
procedimento possui como finalidade diminuir possíveis erros durante a 
execução da obra, amenizando prováveis retrabalhos e garantindo a segu-
rança dos usuários. Assim, os três projetos devem permanecer compatibili-
zados até a entrega da obra.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 15
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 15 22/09/2021 16:22:03
Figura 3. Desenho esquemático de imóvel com um esgotamento exclusivo para higiene e limpeza. Fonte: Sabesp, 2018. (Adaptado).
Tubo de ventilação
Para 
edícula
Caixa de inspeção
Caixa de inspeção
Ramal interno
Declividade mínima 2% 
(ou seja, 2 cm por metro) diâmetro 100 mm
Caixa de inspeção de ligação
Ponto para ligação prof. 0,40 a 0,60 cm
Fundo do tubo
Tanque
Descarga de águas 
pluviais no leito carroçável
Leito 
carroçável
Ramal internoRamal interno
Descarga de águas 
pluviais no leito carroçável
Leito Leito 
edícula
Caixa de inspeção de ligação
Ramal internoRamal internoRamal internoRamal interno
Caixa de gordura
Instalações hidráulicas – água fria 
As instalações prediais de água fria são o conjunto de tubulações, dispo-
sitivos, reservatórios e equipamentos cujo objetivo é abastecer cada ponto de 
utilização de água dentro de um edifício, como, por exemplo, torneiras, vasos 
sanitários e chuveiros, entre outros, seja o local residencial ou não. A NBR 5626, 
que estabelece as exigências e recomendações para a elaboração de projetos, 
atesta que as instalações prediais de água fria deverão seguir os seguintes re-
quisitos durante a vida útil do edifício:
Para se obter boa qualidade na elaboração de um projeto hidrossanitário, é 
preciso respeitar as normas técnicas brasileiras regentes, a fi m de que realize-
-se um dimensionamento correto e efi ciente. Atualmente, é possível destacar 
quatro principais normas regidas pela Associação Brasileira de Normas Técni-
cas, como detalhado a seguir:
• NBR 5626: determina exigências relacionadas a projeto, execução e pre-
servação de instalações prediais de água fria;
• NBR 7198: descreve requisitos mínimos para projeção, execução, seguran-
ça e possíveis economias para instalações prediais de água quente;
• NBR 8160: estabelece condições e recomendações para planejar, executar 
e realizar ensaios e manutenção dos sistemas prediais de esgoto sanitário;
• NBR 10844: defi ne premissas necessárias para projeção e dimensiona-
mento da rede de drenagem e águas pluviais.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 16
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 16 22/09/2021 16:22:07
• Preservar a potabilidade da água;
• Fornecer água de forma contí-
nua, considerando a quantidade ade-
quada com pressão e velocidade que 
atendam os usuários sem danificar 
aparelhos sanitários, peças e outros 
componentes;
• Promover o uso consciente da 
água e energia;
• Proporcionar uma manutenção 
simplificada e econômica;
• Evitar ruídos com níveis inade-
quados para o ambiente;
• Proporcionar conforto aos usuários e prever o emprego de peças adequa-
das à utilização (ABNT, 2020).
De acordo com a NBR 12216, que trata das normativas relacionadas aos pro-
jetos de estações de tratamento de água para abastecimento público, a água 
que servirá para o abastecimento da população deve seguir as seguintes tipo-
logias naturais:
• Tipo A: águas subterrâneas ou superficiais protegidas, potáveis;
• Tipo B: águas subterrâneas ou superficiais não protegidas e que não exi-
gem coagulação química para potabilização;
• Tipo C: águas superficiais não protegidas que exigem coagulação química 
para potabilização;
• Tipo D: águas superficiais não protegidas, sujeitas a fontes poluidoras e 
que exigem processos especiais para potabilização (ABNT, 1992).
Os principais processos de purificação, em sua maioria, passam por etapas 
sequenciais, como micro peneiramento, aeração, coagulação e floculação, decan-
tação, filtração, desinfecção, tratamento por contato e controle de corrosão. Da 
mesma forma, é necessário ter em mente que o tratamento da água será conside-
rado de acordo com a finalidade que precisa ser atendida, como descrito a seguir:
• Higiênica: a água é tratada com técnicas utilizadas para remoção de bac-
térias, diminuição ou eliminação de substâncias químicas ou tóxicas que sejam 
nocivas e redução de impurezas e compostos orgânicos;
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 17
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• Estética: está relacionada a modalidades que abrangem correção da colo-
ração, turbidez, odor ou sabor da água;
• Econômica: refere-se aos procedimentos para redução de ação corrosiva, 
dureza, cor, turbidez, ferro, manganês, odor e sabor da água. 
O abastecimento de água pode ocorrer de duas formas diferentes: através 
de uma rede pública ou uma rede privada. Quando disponível no local, o abas-
tecimento por rede pública é realizado por uma concessionária que fi cará res-
ponsável pela interligação da rede de distribuição pública até o ramal predial, 
sendo por este que o edifício receberá o abastecimento. 
Antes mesmo de a água estar disponível para uso, ela deverá passar pelo 
hidrômetro, como ilustrado na Figura 4, que deve medir o consumo de água 
na quantidade de metros cúbicos solicitada à concessionária, para abastecer 
no local. Caso verifi que-se nos órgãos competentes que a região do empreen-
dimento não possui nenhuma rede pública de água, e de acordo com as parti-
cularidades do projeto, uma das alternativas pode ser a construção de um poço 
artesiano, ou seja, uma rede de abastecimento privada.
Os números pretos indicam 
o volume acumulado em 
m3 (metro cúbico)
Os números e ponteiros 
vermelhos indicam o 
volume em litros
O indicador de movimento tem duas funções:
1. Teste para confi rmação de pequenos vazamentos;
2. Sensor no processo de calibração em laboratório com leitor ótico.
O desenho do indicador de movimento varia de acordo com o fabricante.
Figura 4. Exemplo de hidrômetro. Fonte: OLIVA, 2017, p. 10. (Adaptado).
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 18
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 18 22/09/2021 16:22:21
Ainda sobre o abastecimento, este 
pode ser projetado de três formas dife-
rentes:
• Abastecimento direto: a alimenta-
ção do edifício é realizada diretamente 
da rede pública sem qualquer reserva-
tório domiciliar, ou seja, a distribuição é 
feita de forma ascendente, quando os 
pontos são abastecidos diretamente 
pela rede pública;
• Abastecimento indireto: será uti-
lizado, no mínimo, um reservatório 
intermediário entre a rede pública e 
a alimentação do edifício, diminuindo 
possíveis problemas com interrupção de fornecimento de água pela conces-
sionária. Esse sistema poderáreceber auxílio, ou não, de bombas ou um con-
junto hidropneumático;
• Abastecimento misto: a alimentação do edifício será parcialmente fei-
ta de forma indireta, ou seja, com auxílio de um reservatório, e parcial-
mente de forma direta, indo da rede da concessionária para o ponto de 
abastecimento.
Na maioria dos casos, os reservatórios mencionados no abastecimen-
to indireto e misto, quando não bombeados, encontram-se na parte supe-
rior do imóvel, onde a pressão da água vinda da rede pública é suficiente 
para alimentá-los. É recomendável que a altura entre o reservatório e a via 
pública não seja superior a 9 metros. Por outro lado, caso essa 
diferença de níveis seja superior a este valor, é interessante 
utilizar um sistema com dois reservatórios, um 
superior e outro inferior. O reservatório infe-
rior será abastecido pela rede da concessio-
nária e, através de um sistema de motor e 
bomba, irá levar a água até o reservatório 
superior, sendo essa composição conhecida 
como sistema de recalque. 
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 19
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 19 22/09/2021 16:22:22
Figura 5. Exemplos de tipologias de barrilete ramificado (esquerda) e concentrado (direita). Fonte: OLIVA, 2017, p. 
24. (Adaptado).
Consumo
Para combate a incêndio
Consumo
Nível de água Nível de água
1 3
4 6
75
2
1 2
Ao projetar o reservatório, é inte-
ressante considerar a existência de 
uma entrada para manutenção, a pro-
jeção de um suporte, caso o reservató-
rio seja superior a 2000 litros, fazendo 
com que as cargas sejam distribuídas 
na estrutura, e, pelo mesmo motivo, a 
locação do reservatório sob a estrutu-
ra de escadas, para o caso do edifício 
possuir três pavimentos.
Além disso, os reservatórios podem ser moldados 
in loco em concreto, seguindo um projeto especí-
fico e normas como a NBR 6118, para estruturas 
em concreto armado, e a NBR 9575, para realizar 
a impermeabilização necessária. Outro tipo de re-
servatório é o industrial, que pode ser fabricado em 
diversos materiais, como metal, polietileno ou fibroci-
mento e os mais populares PVC e fibra de vidro.
O barrilete é composto pelas tubulações logo abaixo do reservatório que 
derivam a água para os pontos de abastecimento. Ele pode ser ramificado, 
apresentando menor quantidade de tubulações e com registros posicionados 
antes da coluna de distribuição; ou concentrado, com os registros concentra-
dos em uma única área, como demonstrado na Figura 5.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 20
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Figura 6. Rede de distribuição de água para um edifício, demonstrando barrilete, colunas e ramais. Fonte: OLIVA, 
2017, p. 25. (Adaptado)..
A rede de distribuição é o conjunto de ca-
nalizações que interligam os pontos de consu-
mo; portanto, sugerem-se que estas sejam 
separadas por grupo de consumo, ou seja: 
a tubulação que irá abastecer o banheiro 
não deve ser a mesma que irá alimentar a co-
zinha. Após passar pelo barrilete, a água será 
encaminhada para as colunas, realizando o percurso vertical 
até os ramais de cada pavimento, e, por fim, dos sub-ramais 
até o ponto de alimentação, como ilustrado na Figura 6. Para efeitos de 
segurança e pensando em futuras manutenções, é aconselhável que se con-
sidere ao menos um registro gaveta a cada coluna.
Barrilete
Colunas de distribuição
Cobertura
Pav. 5
Pav. 4
Pav. 3
Pav. 2
Pav. 1
Térreo
A
C HRamal Ramal
Ramal Ramal
Ramal Ramal
Ramal Ramal
AF1 AF2
D I
E J
F K
G L
B
Para as instalações de água fria, há alguns elementos essenciais na compo-
sição de uma rede hidrossanitária que são conhecidos como controladores de 
fluxo, tubos e conexões (Tabela 1).
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Grupo Nome Imagem
Componentes 
controladores de 
fl uxo
Torneira
Misturador
Registro de pressão
Registro de gaveta
Tubos e conexões
Tubos em diversos 
diâmetros 
Luva
Tê
TABELA 1. PRINCIPAIS COMPONENTES CONTROLADORES DE FLUXO, TUBOS E CONEXÕES 
UTILIZADOS NOS SISTEMAS DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
TorneiraTorneiraTorneira
MisturadorMisturadorMisturadorMisturador
Registro de pressãoRegistro de pressãoRegistro de pressãoRegistro de pressãoRegistro de pressãoRegistro de pressão
Registro de gavetaRegistro de gavetaRegistro de gavetaRegistro de gavetaRegistro de gavetaRegistro de gaveta
Tubos em diversos Tubos em diversos Tubos em diversos 
diâmetros 
Tubos em diversos 
diâmetros 
Tubos em diversos 
diâmetros 
Tubos em diversos 
diâmetros 
LuvaLuva
Tê
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Tubos e conexões
Cruzeta roscável
Joelho 90
Curva 90
Curva 45
Joelho 45
Junção 45
Curva de 
Transposição
Cruzeta roscávelCruzeta roscávelCruzeta roscávelCruzeta roscávelCruzeta roscável
Joelho 90Joelho 90Joelho 90Joelho 90
Curva 90Curva 90Curva 90
Curva 45Curva 45Curva 45
Joelho 45Joelho 45Joelho 45
Junção 45Junção 45Junção 45Junção 45
Curva de 
Transposição
Curva de 
Transposição
Curva de 
TransposiçãoTransposição
Fonte: OLIVA, 2017, p. 12. (Adaptado).
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Instalações hidráulicas – água quente e gás
As instalações prediais de água quente são normatizadas pela NBR 7198, 
que estabelece as orientações e recomendações para projetos com sistema 
aquecido. Com o passar do tempo o mercado da construção civil trouxe novas 
alternativas, como a utilização de aquecimento a gás ou solar, que, indepen-
dentemente do método empregado, deverão seguir os seguintes requisitos:
• Proporcionar conforto ao usuário;
• Garantir que o fornecimento ocorra de forma contínua, com temperatura 
adequada e segurança;
• Assegurar a qualidade da água;
• Garantir um consumo de energia otimizado.
O sistema de aquecimento da água pode ser individual ao considerar so-
mente um ponto de alimentação, como o chuveiro, por exemplo. Além disso, 
o sistema pode ser instalado de forma central privada, atendendo vários pon-
tos de uma mesma residência, ou central coletivo, compondo um conjunto de 
equipamentos que irá estender-se para vários quartos de hotel alimentando 
pontos diferentes, por exemplo. Os tipos de aquecedores são escolhidos de 
acordo com as necessidades do cliente e a região na qual o empreendimento 
está localizado. Dentre diversas alternativas, é possível destacar:
• Aquecedor elétrico: equipamento que faz uso da energia elétrica para seu 
funcionamento e pode utilizar sistemas por passagem, nos quais o aquecimento 
é instantâneo em um único ponto, como no chuveiro, ou por acumulação, tam-
bém conhecido como boiler, quando a água é aquecida para utilização posterior;
• Aquecedor a gás: maquinário alimentado a partir de um reservatório de 
água superior ou um sistema de pressurização. Quando comparado a outros 
métodos, possui a vantagem de ter maior pressão da água no ponto alimenta-
do, além de disponibilidade imediata. O aquecedor a gás, assim como o elétri-
co, pode ser encontrado em sistemas por passagem ou acumulação;
• Aquecedor solar: conjunto de aparelhos composto por coletores solares 
e reservatório térmico interligados ao reservatório de água fria, assim como 
ilustrado na Figura 7. Vem ganhando espaço no mercado em especial por dois 
motivos: ser sustentável e proporcionar retorno do investimento fi nanceiro em 
curto prazo. 
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Coletor solar
Reservatório térmico
30 cm
Figura 7. Sistema de aquecimento solar de água simplificado. Fonte: Projeteee, [s.d.]. (Adaptado).
O sistema de gás pode ter como finalidade o abastecimento único, como 
para um fogão, ou atender sistemas de aquecimento de água, nos quais o gás 
pode ser transportado em recipientes (botijões) que variam entre 2 a 90 qui-
los ouser recebido de forma canalizada por uma rede de distribuição. Neste 
caso, uma concessionária é responsável pelo fornecimento e manutenção da 
rede. Para os casos de gás liquefeito de petróleo, mais conhecido pela sigla 
GLP, a instalação deve seguir padrões de segurança, como possuir um espaço 
exterior ao edifício que abrigue os botijões e interligue-os até o ponto de ali-
mentação com o auxílio de uma mangueira flexível. 
Caso a distância seja maior que a recomendada pelo Inmetro (0,80 me-
tros), a interligação deverá utilizar tubulações de cobre conectadas à man-
gueira flexível. Em situações nas quais um único botijão não aten-
da às necessidades dos usuários, recomenda-se projetar uma 
central de gás, como exemplificada na Figura 8. Por 
sua vez, o gás natural, também conhecido pela si-
gla GN, é fornecido de forma canalizada e deve 
seguir as especificações de cada concessionária, 
assim como as normativas especificadas pelos 
bombeiros da região.
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Figura 8. Sistema de abastecimento de gás (GLP) por uma central com prumada individual. Fonte: ROCHA, 2012, 
p. 13. (Adaptado).
Pontos de utilização
(de uma economia)
Registro de corte de fornecimento
Regulador de 2º estágio
Regulador de 1º estágio
Registro geral de corte
Central de gás
Pr
um
ad
as
 in
di
vi
du
ai
s
Registro de corte
de fornecimento
Medidor
Instalações pluviais 
As instalações pluviais têm como objetivo realizar a captação e o trans-
porte da água originada pelas chuvas até o local de interesse para despejo, 
podendo este ser um reservatório de reaproveitamento ou uma rede de drena-
gem pública, o que diminui problemas como erosão do solo e alagamentos. Os 
edifícios possuem uma cobertura para a proteção contra as chuvas 
e esse mesmo volume captado precisa ser devidamente conduzi-
do até uma rede adequada, sendo este um sistema com 
destino único e separado dos demais sistemas hidros-
sanitários. Assim sendo, o sistema de instalações para 
água pluviais é regulamentado pela NBR 10844, que 
orienta as seguintes exigências mínimas:
EXPLICANDO
As tubulações que recolhem as águas pluviais, conhecidas como bueiros 
ou bocas de lobo, são de responsabilidade do município e devem ser 
independentes das redes de esgoto, que fi cam a cargo das concessioná-
rias. Além disso, seus destinos fi nais são diferentes: devolução à natureza 
e encaminhamento para centrais de tratamento, respectivamente, o que 
impede a contaminação, sobrecarga e/ou entupimento do outro sistema. 
Ademais, a mistura das redes é considerada uma prática ilegal. 
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• O sistema deve recolher e conduzir de forma adequada a água pluvial até locais 
permitidos pelos dispositivos legais;
• Deve haver estanqueidade, ou seja, garantia de que não haja vazamento;
• A limpeza e desobstrução deve ser realizada sem grandes dificuldades no inte-
rior das instalações;
• O sistema deverá ser projetado e construído de forma a absorver os esforços 
originados pela variação de temperatura da região;
• Os materiais utilizados na construção devem apresentar resistência satisfató-
ria contra intempéries e choques mecânicos.
Conforme pode-se observar na Figura 9, a água da chuva cai sobre a área da co-
bertura de uma residência, por exemplo, que contém uma superfície lisa com a incli-
nação necessária para o escoamento, de forma que a água seja captada pelas calhas 
e grelhas. O beiral é a parte da cobertura que ultrapassa o limite das paredes exter-
nas do edifício e sua principal função é proteger portas e janelas da água da chuva 
e da insolação direta. É possível implementar as calhas ao longo do seu perímetro. 
Por sua vez, as calhas têm como finalidade guiar a água do beiral até os conduto-
res verticais e podem ser encontradas em diferentes formatos com superfície lisa e 
caimento pequeno, o que garante a ausência de empoçamento. Os condutores ver-
ticais devem estar interligados aos condutores horizontais, que condu-
zem o desague à rede coletora adequada. Diferentemente das ou-
tras tipologias das instalações hidrossanitárias, o projeto destinado 
a instalações pluviais será elaborado considerando fatores externos.
Desagua na 
guia
Calha 
beiral
Condutores 
verticais
Condutor horizontal
Calha 
platibanda
Chuva Chuva
Figura 9. Desenho simplificado de um sistema de instalação de água pluvial. Fonte: CARVALHO, 2013, p. 23. (Adaptado).
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Instalações sanitárias 
As instalações prediais de esgoto sanitário têm como objetivo coletar 
todo o esgoto produzido em um edifício, conduzindo-o de forma correta e 
apropriada a sua destinação. Na maioria dos casos, esta destinação é a rede 
pública de esgoto ou, muitas vezes, um sistema particular de coleta e trata-
mento dos efl uentes. No projeto, traça-se o caminho da origem do efl uente até 
a rede coletora, incluindo-se também o ramal de ventilação que interliga um 
ou mais pontos sanitários até a coluna de ventilação, com o objetivo de liberar 
os gases concentrados na rede para a atmosfera. O sistema predial de esgoto 
deve seguir as especifi cações descritas na NBR 8160, a saber:
• Evitar que o esgoto contamine a água;
• Garantir que haja escoamento rápido dos despejos coletados;
• Não permitir que os gases provenientes da coleta retornem às instalações;
• Garantir que as instalações sejam projetadas com inspeções e que a visto-
ria possa ser realizada de forma fácil e rápida;
• Realizar a fi xação dos aparelhos sanitários utilizando dispositivos de fá-
cil remoção para futuras manutenções, não comprometendo a segurança dos 
usuários;
• Não permitir que o esgoto tenha acesso às instalações de ventilação;
• Impedir que corpos estranhos ou objetos acessem o sistema de esgoto.
O sistema de instalação do esgoto sanitário é constituído por um conjunto 
de peças que atendem diferentes funções; para melhor compreensão, analise 
a Figura 10. Observe que a imagem retrata de forma genérica um sanitário, 
dando ênfase para as ligações sanitárias. Partindo do vaso sanitário, este está 
conectado ao ramal de descarga, responsável pela coleta dos efl uentes. Obri-
gatoriamente, em se tratando de um edifício térreo, o vaso deve estar conec-
tado diretamente à caixa de inspeção; em se tratando de um edifício com mais 
andares, há uma tubulação vertical conhecida como tubo de queda. 
Desta forma, o ramal de descarga deverá estar conectado ao ramal de es-
goto, transportando os efl uentes até o coletor predial. Já o lavatório e o ralo de-
vem estar conectados à caixa sifonada, um tipo de desconector, cujo objetivo 
é impedir a passagem dos gases no sentido oposto em relação ao escoamento 
do esgoto. De acordo com a NBR 8160, o uso de desconector é obrigatório em 
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todos os aparelhos sanitários e deve permitir, inclusive, sua manutenção. Ou-
tro tipo de desconector muito utilizado é o sifão, que conta com uma camada 
líquida, denominada fecho hídrico, que possui 5 centímetros e é responsável 
por impedir o retorno dos gases. 
Caixa sifonada
Ramal de esgoto
Tubo de queda de esgoto
Coluna de ventilação
Ramal de ventilação
Ramal de descarga
Sifão
Figura 10. Sistema de instalação do esgoto sanitário. Fonte: OLIVA, 2017, p. 81. (Adaptado).
Ao observar a Figura 11, repare que ambos os sistemas, tanto o do vaso sani-
tário quanto o do ralo, estão conectados ao tubo de ventilação, que passa a ser 
conhecido como coluna de ventilação quando o edifício tiver mais de um pavi-
mento, garantindo o funcionamento dos desconectores e escoando os gases do 
sistema. Em relação aos ralos, há dois tipos: seco e sifonado. 
O ralo seco não possui proteção hídricae não pode receber efluentes; por 
outro lado, há o ralo sifonado, que possui esta proteção. Ademais, nas capta-
ções, é imprescindível que sejam projetadas caixas de inspeção, que permitem 
a limpeza e manutenção da rede. Igualmente, isto ocorre quando houver ligação 
com a produção de gordura, como é o caso da pia da cozinha. Antes 
de ser destinada à rede de esgoto, deverá haver uma conexão 
com a caixa de gordura visando reter óleos, graxas e gorduras 
com limpezas periódicas.
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Ramal de 
ventilação
Ramal de esgoto
Coluna de 
ventilação
Tubo de queda
Vaso autossifonado
Caixa sifonada
Figura 11. Corte vertical do sistema de instalações de esgoto sanitário, abrangendo vaso sanitário e ralo sifona-
do. (Adaptado). te: OLIVA, 2017, p. 81.
Instalações hidrossanitárias e os materiais utilizados
Atualmente, ao realizar a construção de um edifício ou mesmo para 
executar manutenções no sistema hidrossanitário, é possível deparar-se 
com uma infi nidade de fabricantes com tipos, cores e tamanhos de peças 
hidráulicas diferentes e, caso você ainda não possua conhecimento técnico 
sufi ciente, há grande chance de realizar aquisições equivocadas. Assim, é 
importante ressaltar que a escolha do material, produto ou sistema a ser 
empregado irá depender de diferentes critérios, como econômicos, sociais, 
culturais e ambientais. 
Com o passar dos anos, a temática da preocupação com o meio ambiente 
e sua sucessiva exploração ganhou um espaço maior nas discussões e, con-
sequentemente, possibilitou as pesquisas a se aprofundarem ainda mais 
no assunto. Assim, de acordo com a NBR 15575, é recomendável que todo 
o setor da construção civil utilize materiais que causem o menor impacto 
ambiental, considerando, inclusive, o processo que vai desde sua fabricação 
até seu destino fi nal. 
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A Avaliação do Ciclo de Vida, também conhecida pela sigla ACV, é um dos 
métodos praticados para avaliar aspectos ambientais que abrangem toda a 
vida útil de um produto. Regulamentada pela NBR ISO 14040, a ACV considera 
as etapas de extração, processamento, manufatura, distribuição, transporte, 
uso, reuso, manutenção, reciclagem e disposição fi nal do produto. Dessa for-
ma, ela oferece suporte para as tomadas de decisão, podendo também ser 
utilizada para desenvolvimento e melhoria de processos do produtor.
Além do ACV, há outros métodos que podem ser utilizados, como o Custo 
do Ciclo de Vida, conhecido também pela sigla CCV, que refere-se ao custo 
total de propriedade ao longo da vida de determinado produto, levando em 
consideração ainda custos fi nanceiros, ambientais e sociais. A 
evolução humana fez com que diversas tecnologias fossem de-
senvolvidas, inclusive aquelas que dizem respeito 
a uma maior efi ciência no transporte de água. 
Isso posto, e de maneira simplifi cada, deta-
lharemos a seguir as tipologias de materiais 
que devem ser utilizadas de acordo com a fi -
nalidade da instalação, seja ela para água fria, 
esgoto ou águas pluviais.
Água fria e quente
Durante o século XX, as tubulações de cobre foram muito utilizadas nas 
construções, uma vez que este material era muito popular no mercado da 
construção civil, principalmente em se tratando do transporte de água quen-
te. Todavia, o cobre caiu em desuso após a introdução do Policloreto de Vinila 
Clorado (CPVC), que possui características semelhantes, mas ainda inferiores 
ao PVC. Isso posto, cabe ressaltar que o cobre se destacava por:
• Boa resistência mecânica;
• Pouca deformação da rede;
• Resistência satisfatória quando a rede é submetida a altas temperaturas;
• Transmissão de ruídos;
• Perda de pressão do sistema;
• Baixa resistência a corrosão. 
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 31
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Atualmente, na maioria das vezes, os sistemas de instalações de água fria 
são projetados com peças em Policloreto de Polivinila (PVC), o qual possui dois 
tipos: o PVC rígido soldável marrom e o PVC roscável branco. O PVC rígido sol-
dável é encontrado em diâmetros que variam entre 20 a 110 milímetros e o PVC 
roscável branco com tamanhos entre 1/2” e 4”. A popularidade no uso do PVC 
se deu por suas características superiores aos materiais desenvolvidos ante-
riormente, como:
• Durabilidade ilimitada do material;
• Facilmente transportado, manuseado e instalado devido a seu baixo peso;
• Resistência a corrosão;
• Baixa perda de carga.
Outro material encontrado nestas instalações é o aço galvanizado, que ge-
ralmente é destinado a sistemas de incêndio ou a instalações aparentes/ex-
postas a intempéries, como, por exemplo, uma torneira de jardim, em que se 
considera a boa resistência mecânica do material. 
Assim como mencionado para as instalações de água fria, por muito tem-
po os sistemas de água quente foram concebidos com o cobre como material 
principal. Considerando-se que este se trata de um material condutor de calor, 
houve necessidade de realizar o isolamento térmico de toda a rede, impedindo 
que o calor fosse absorvido por outros elementos, como alvenaria e gesso. Por 
fi m, atualmente o mercado disponibiliza diversas opções além do cobre, como o 
CPVC, o Polietileno Retifi cado (PEX) e o Polipropileno Copolímero Random (PPR). 
Esgoto
O material a ser utilizado nos sistemas de instalações de esgoto deve ser es-
colhido de acordo com o que é especifi cado para cada tipo de efl uente que será 
conduzido, a temperatura, os efeitos químicos e físicos e os esforços mecânicos 
a que será submetido. O PVC da linha sanitária é o material mais utilizado nas 
redes de esgoto e vem se destacando por diferentes motivos. 
Dependendo da solicitação mecânica da rede, pode-se utilizar a linha nor-
mal ou reforçada, e vale ressaltar que para tubulações aparentes, principal-
mente aquelas que estejam na posição horizontal ou suspensas, recomenda-se 
empregar materiais mais resistentes, com reforço ou espessura mais espessa.
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Também é possível encontrar instalações de esgoto que utilizem manilhas 
em cerâmicas, muito mais comuns em construções antigas, mas atualmente 
recomendadas quando os efl uentes são classifi cados como industriais ou com-
postos por solventes orgânicos. 
Outra alternativa também mais popular em residências antigas são as ins-
talações que empregam material em ferro fundido. Atualmente, elas tornaram-
-se soluções aplicadas em tubulações aparentes, como garagens e subsolos, 
por exemplo, devido a características como:
• Material incombustível;
• Boa durabilidade;
• Boa resistência a choques;
• Resistência a impactos;
• Bom comportamento em altas temperaturas;
• Boa resistência a substâncias químicas. 
Água pluvial
O sistema de instalação de águas pluviais poderá utilizar diferentes mate-
riais em sua composição; mas, independentemente das escolhas, todos devem 
garantir escoamento adequado da água e estanqueidade, ou seja: a água não 
deverá penetrar em outros elementos construtivos, evitando danos à constru-
ção ou ao terreno. 
O material mais utilizado nessa tipologia é o PVC rígido, que pode ser en-
contrado facilmente em peças pré-fabricadas, prontas para a instalação e re-
sistentes a ações químicas. Além disso, por se tratar de um sistema com dife-
rentes componentes, as calhas, por exemplo, podem ser fabricadas em aço 
galvanizado, fi brocimento ou ferro fundido, sendo este último mais apropriado 
para instalações sujeitas a descargas elétricas.
A variedade de diâmetros e seções também tem se destacado nas inova-
ções do mercado da construção civil, em que é possível encontrar, inclusive, 
canaletas pré moldadas em concreto e até mesmo em PVC com 
formatos diferentes.O intuito disto é atender não apenas às ne-
cessidades técnicas, como também às solicitações arquitetôni-
cas, como exemplifi cado na Figura 12.
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Retangular U V Circular Semicircular
Figura 12. Seções de calhas mais comuns encontradas no mercado da construção civil. Fonte: CARVALHO, 2013, p. 
14. (Adaptado).
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Sintetizando
A água é um elemento fundamental na sobrevivência e 
desenvolvimento dos seres vivos e sua importância é re-
conhecida desde a Antiguidade, quando, por exemplo, 
a civilização romana passou a realizar grandes obras de 
abastecimento de água através dos aquedutos. Atualmen-
te, de maneira simplificada, a água é coletada de rios e lençóis freá-
ticos, entre outros, além de ser tratada por uma concessionária e abastecer 
os reservatórios dos bairros que, em seguida, levam a água até a população.
A partir do momento em que essa água abastece um edifício, ela passa 
a utilizar redes de água fria previamente projetadas. Os sistemas de insta-
lações de água fria são compostos por tubulações e equipamentos que irão 
abastecer os pontos de uso, como uma torneira, por exemplo. Além disso, 
há a possibilidade de criar um sistema paralelo que aquecerá essa água de 
acordo com as necessidades dos usuários.
Após a água ser utilizada, ela será captada pela rede de esgoto, que de-
verá encaminhar os efluentes até a rede pública ou privada para receber os 
devidos tratamentos. Esta água pode voltar ao meio ambiente sem poluir 
rios e mananciais ou ser destinada ao reuso. Atualmente, há muitas alterna-
tivas que podem ser utilizadas no tratamento do esgoto, sempre seguindo 
as necessidades da tipologia daquele efluente. Aqui, destaca-se o método 
do iodo ativado.
Há também as redes de águas pluviais, que irão captar a água da chuva 
recebida dentro de uma propriedade e encaminhá-la até a rede de drena-
gem pública. Ela também poderá ser reservada para reaproveitamento, di-
minuindo assim problemas de erosão e alagamentos. Este sistema deve ser 
projetado de forma única, sem misturar-se a outro sistema hidrossanitário, 
sobrecarregar outras redes ou contaminar a água que deveria ser devolvida 
ao meio ambiente.
A escolha do material para cada tipologia das instalações hidrossanitá-
rias é importante, mas deve-se compreender que, de acordo com as pro-
priedades do material escolhido, a rede irá sofrer mudanças devido à pro-
priedade da matéria. 
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 35
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De maneira geral, as redes de água fria são executadas em PVC rígido 
soldável marrom e PVC roscável branco, por serem mais duráveis, resisten-
tes e fáceis de manusear. Para a rede de água quente, destacam-se o cobre, 
o PPR, o CPVC e o PEX. Já para as redes de esgoto utiliza-se a linha de PVC 
sanitário, seja ele comum ou reforçado. E, por fim, para as redes de águas 
pluviais, devido à pluralidade dos componentes da rede, os materiais não 
precisam seguir uma única tipologia, sendo possível mesclar peças em aço 
galvanizado, PVC e concreto, por exemplo.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 36
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LTDA, 1998.
OLIVA, C. A. Instalações hidrossanitárias. Londrina: Editora e Distribuidora 
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PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 37
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 37 22/09/2021 16:23:00
SABESP – COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
Pedido de ligação de esgoto. São Paulo, 15 maio 2018. Disponível em: <http://
site.sabesp.com.br/site/uploads/file/Folhetos/2018/pedido_ligacao_esgoto.
pdf>. Acesso em: 26 mai. 2021.
SABESP – COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Tra-
tamento de água. São Paulo, 08 maio 2010a. Disponível em: <http://site.sabesp.
com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=47>. Acesso em: 01 jun. 2021.
SABESP – COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO. Tratamento de esgotos. São Paulo, 01 jun. 2010b. Disponível em: <http://
site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=49>. Acesso em: 28 jun. 
2021.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 38
SER_ARQURB_PRIHID_UNID1.indd 38 22/09/2021 16:23:00
INSTALAÇÕES DE 
ÁGUA QUENTE E 
REDES DE IRRIGAÇÃO
2
UNIDADE
SER_ARQURB_PRIHID_UNID2.indd 39 22/09/2021 16:21:16
Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Abordar as principais técnicas utilizadas atualmente em sistemas 
de aquecimento de água, assim como os materiais mais adequados, o 
dimensionamento e como realizar comparativos;
 Apresentar conceitos e tecnologias aplicadas em redes de irrigação, incluindo 
os mais relevantes métodos de execução e maneiras de dimensioná-los.
 Água quente: formas de produ-
ção e condução
 Sistemas de abastecimento de 
água quente
 Distribuição e dimensionamen-
to das instalações de água quente
 Comparando sistemas de 
aquecimento de água
 Redes de irrigação
 Irrigação por superfície
 Irrigação por aspersão
 Irrigação localizada
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 40
SER_ARQURB_PRIHID_UNID2.indd 40 22/09/2021 16:21:16
Água quente: formas de produção e condução
As instalações prediais de água quente devem sempre ser sinônimo de 
conforto, segurança e sustentabilidade, desde a elaboração dos projetos até a 
execução e utilização do usuário. Além disso, considerando a Norma Brasileira 
(NBR) 7198:1993, elas precisam preservar a qualidade da água, abastecer os 
pontos com vazão e temperatura adequadas, otimizando o consumo de ener-
gia de forma sustentável e segura.
O abastecimento de água realizado tanto pela rede pública (concessioná-
rias) quanto pela privada chega às dependências na temperatura fria, fi cando 
a cargo do usuário fazer seu devido aquecimento – que, por sua vez, necessita 
de uma forma de energia para a transformação.
Desta forma, de acordo com oPlanejamento e Desenvolvimento Ener-
gético do Ministério de Minas e Energia, cerca de 83% de toda a geração de 
energia do Brasil é originada de fontes renováveis, ou seja, utiliza meios 
que não afetam as fontes no futuro, por exemplo, usinas hidrelétricas 
(63,8%), eólicas (9,3%), biomassa e biogás (8,9%), e solar centralizada (1,4%). 
Do mesmo modo que as usinas se inovam, desenvolvendo novas formas de 
gerar energia que sejam mais ambientalmente sustentáveis, no mercado da 
construção civil não tem sido diferente. 
CURIOSIDADE
Segundo o setor de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministé-
rio de Minas e Energia, o Brasil tem se destacado, cada vez mais, na utiliza-
ção de fontes renováveis para geração de energia, contribuindo diretamen-
te na redução da emissão dos gases de efeito estufa. Além disso, a matriz 
energética do País encontra-se entre as dez mais limpas do mundo.
O sistema de aquecimento de água deve ser escolhido de 
acordo com as necessidades, os propósitos e o investi-
mento dos usuários e, independentemente da esco-
lha do cliente, o técnico responsável pelos projetos 
precisa se atentar, em primeiro lugar, à tempera-
tura adequada a cada fi nalidade do uso, conforme 
detalhado na Tabela 1. 
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 41
SER_ARQURB_PRIHID_UNID2.indd 41 22/09/2021 16:21:17
TABELA 1. TEMPERATURAS ADEQUADAS DE ACORDO COM O USO DE 
ÁGUA QUENTE NAS INSTALAÇÕES
Uso Temperatura
Uso pessoal – banhos e higiene 35 a 50 °C
Cozinhas 60 a 70 °C
Lavanderias 75 a 85 °C
Finalidades médicas 100 °C
Uso pessoal – banhos e higieneUso pessoal – banhos e higieneUso pessoal – banhos e higieneUso pessoal – banhos e higieneUso pessoal – banhos e higiene
Cozinhas
Uso pessoal – banhos e higiene
Cozinhas
Lavanderias
Uso pessoal – banhos e higiene
Cozinhas
Lavanderias
Finalidades médicas
Uso pessoal – banhos e higiene
Lavanderias
Finalidades médicas
Uso pessoal – banhos e higiene
Lavanderias
Finalidades médicasFinalidades médicasFinalidades médicasFinalidades médicas
35 a 50 °C35 a 50 °C35 a 50 °C
60 a 70 °C60 a 70 °C
75 a 85 °C
60 a 70 °C
75 a 85 °C75 a 85 °C
100 °C100 °C
Fonte: OLIVA, 2017, p. 46. (Adaptado).
TABELA 2. CONSUMO DE ÁGUA QUENTE POR PESSOA, DE ACORDO 
COM A TIPOLOGIA DAS INSTALAÇÕES
Tipologia Consumo de águalitros/pessoa/dia
Casa popular ou rural 36
Residência 45
Apartamento 60
Hotel (não inclusas lavanderia e cozinha) 36
Hospital 125 (por leito)
Restaurante ou similares 12 (por refeição)
Lavanderia 15 (por kg de roupa seca)
Casa popular ou ruralCasa popular ou ruralCasa popular ou rural
Hotel (não inclusas lavanderia e cozinha)
Casa popular ou rural
Residência
Hotel (não inclusas lavanderia e cozinha)
Casa popular ou rural
Residência
Apartamento
Hotel (não inclusas lavanderia e cozinha)
Casa popular ou rural
Residência
Apartamento
Hotel (não inclusas lavanderia e cozinha)
Casa popular ou rural
Residência
Apartamento
Hotel (não inclusas lavanderia e cozinha)
Apartamento
Hotel (não inclusas lavanderia e cozinha)
Restaurante ou similares
Apartamento
Hotel (não inclusas lavanderia e cozinha)
Hospital
Restaurante ou similares
Hotel (não inclusas lavanderia e cozinha)
Hospital
Restaurante ou similares
Hotel (não inclusas lavanderia e cozinha)
Hospital
Restaurante ou similares
Hotel (não inclusas lavanderia e cozinha)
Restaurante ou similares
Lavanderia
Hotel (não inclusas lavanderia e cozinha)
Restaurante ou similares
Lavanderia
Hotel (não inclusas lavanderia e cozinha)
Restaurante ou similares
Lavanderia
Restaurante ou similares
36
45
60
36
125 (por leito)125 (por leito)
12 (por refeição)
15 (por kg de roupa seca)
125 (por leito)
12 (por refeição)
15 (por kg de roupa seca)
125 (por leito)
12 (por refeição)
15 (por kg de roupa seca)
12 (por refeição)
15 (por kg de roupa seca)
12 (por refeição)
15 (por kg de roupa seca)15 (por kg de roupa seca)15 (por kg de roupa seca)15 (por kg de roupa seca)
Fonte: OLIVA, 2017, p. 46. (Adaptado).
Não só a temperatura é considerada no momento de escolher e dimen-
sionar um sistema, mas também o consumo de água quente de acordo com 
a quantidade de pessoas previstas para utilização por dia, como podemos 
observar na Tabela 2. 
Segundo a NBR 7198:1993, todos os componentes das ligações prediais 
têm de garantir o padrão de potabilidade da água no interior das tubulações, 
assim como a impossibilidade de retorno de água contaminada com refl uxo 
na rede. Além disso, os aquecedores devem ser alimentados pelo reserva-
tório de água superior, ou por dispositivo de pressurização, o que inclui um 
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 42
SER_ARQURB_PRIHID_UNID2.indd 42 22/09/2021 16:21:17
delimitador de temperatura e uma válvula de segurança na saída da água 
quente, garantindo a segurança do usuário.
Atualmente, o mercado da construção civil disponibiliza os seguintes 
diâmetros para tubulações de água quente:
• 15 mm;
• 22 mm;
• 28 mm;
• 35 mm;
• 42 mm;
• 54 mm;
• 73 mm;
• 89 mm;
• 114 mm.
Sistemas de abastecimento de água quente
A rede de abastecimento de água quente é dependente do sistema de água 
fria, ou seja, na maioria dos casos, suas instalações são alimentadas a partir das 
tubulações de água fria e, assim, esta é aquecida – porém a rede de distribuição 
deve ser instalada de forma independente. O aquecimento pode ser projetado 
de três maneiras diferentes: individual, central privado e central coletivo.
É importante ressaltar que, de acordo com a temperatura que a água será 
conduzida na rede de distribuição, pode ser recomendável o uso de isolamen-
to térmico, assim como a aplicação adequada dos materiais que devem ser 
selecionados. Muito utilizado nas últimas décadas e ainda disponível no mer-
cado, mas que já está quase em desuso, o cobre deu lugar ao policloreto de 
vinila clorado (CPVC), considerado da mesma tipologia do policloreto de vinila 
(PVC) com resistência a altas temperaturas, além do polipropileno copolímero 
random (PPR) e polietileno reticulado (PEX).
Para pontos de alimentação em que há a opção de água quente e fria, por 
exemplo, um misturador, por convenção, o ponto de água quente está locali-
zado do lado esquerdo – se estivermos observando de frente as instalações. 
Esse fato é justifi cado pela tendência que as pessoas têm de abrir primeiro o 
registro que está a sua direita, evitando, dessa forma, possíveis acidentes.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 43
SER_ARQURB_PRIHID_UNID2.indd 43 22/09/2021 16:21:18
Além disso, o sistema de aquecimento a ser escolhido para o projeto deve 
estar de acordo com o montante financeiro que o cliente está disposto a in-
vestir e as suas necessidades. Entretanto, o mercado da construção civil tem 
se inovado cada vez mais, trazendo novas tecnologias, mais acessíveis finan-
ceiramente e que possuam melhor autonomia e maior sustentabilidade. A se-
guir, detalharemos três das alternativas mais populares atualmente: sistema 
de aquecimento elétrico, a gás e solar.
O sistema de aquecimento elétrico realiza o aquecimento da água utili-
zando a energia elétrica como fonte de alimentação e é encontrado em dois 
tipos: aquecedor de passagem e por acumulação. O aquecedor de passagem 
funciona com o aquecimento instantâneo da água, similar a um chuveiro elé-
trico, e pode atender um ou mais pontos de alimentação, contando com uma 
resistência elétrica que estará ligada à tomada e fazendo com que a água se 
aqueça quando passar por ali, conforme a Figura 1. 
Figura 1. Torneira equipada com sistema de aquecimento elétrico instantâneo. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 29/07/2021. 
O aquecedor por acumulação, também conhecido como boiler elétrico, 
consiste em um sistema parecido com o de passagem, mas sua principal diferen-
ça é que faz o aquecimento da água antes da utilização, armazenando-a em seu 
reservatório, permitindo que haja uma vazão maior da água para diversos pon-
tos simultaneamente e o seu fornecimentona temperatura pré-programada.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 44
SER_ARQURB_PRIHID_UNID2.indd 44 22/09/2021 16:21:41
Na Figura 2, o aquecedor elétrico por acumulação contém uma entrada de 
água fria que alimentará o sistema e, conforme o aquecimento das resistências 
(superior e inferior) estiverem imersas, a água irá receber calor até chegar à tem-
peratura desejada, seguindo pela saída de água quente quando for acionado um 
dos pontos alimentados pelo sistema. Para segurança do usuário e garantia de 
melhor funcionalidade do sistema, o reservatório é revestido por um isolamento 
térmico, contando, ainda, com válvulas de descompressão e termostatos. 
Saída de água quente 
Saída de água quente 
Tubo de descarga 
Resistência elétrica superior 
Resistência elétrica inferior 
Termostato inferior 
Termostato superior 
Válvula de água fria 
Isolamento térmico 
Ânodo anticorrosivo 
Tubo de imersão 
Válvula de dreno
Válvula de descompressão
temperatura e pressão 
Aquecedor elétrico 
Figura 2. Sistema de aquecimento elétrico de água por acumulação. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 29/07/2021. (Adaptado). 
O sistema de aquecimento a gás será sempre alimentado pelo reservató-
rio superior de água fria, ou por um sistema de pressurização; e sua fonte de 
calor, por gás – tanto o gás liquefeito de petróleo (GLP) quanto o gás natural 
(GN), fornecido pela concessionária. Esse sistema conta, também, com as op-
ções de aquecimento por passagem e por acumulação, mas, quando compa-
rado ao sistema elétrico, é mais vantajoso por fornecer água quente para uso 
imediato com maior pressão nos pontos alimentados.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 45
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Conforme a Figura 3, quando for acionado um dos pontos interligados no sis-
tema, a água começa a percorrer nas tubulações, o que aciona o sensor, fazendo 
com que o queimador ascenda e comece a emissão de calorias pelo trocador de 
calor e pela serpentina, estabelecendo-se até a temperatura programada.
Saída para 
chaminé 
Válvula de 
água fria 
Regulador 
de tiragem 
Isolamento 
térmico
Válvula de 
controle 
Registro 
de gás 
Queimador
Serpentina
Válvula de descompressão 
temperatura e pressão
Saída de água 
quente 
Tubo de descarga 
Ânodo 
anticorrosivo 
Válvula de dreno 
Tubo de imersão 
Aquecedor a gás 
Figura 3. Sistema de aquecimento a gás de água. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 29/07/2021. (Adaptado). 
O sistema de aquecimento solar vem, cada vez mais, ganhando espaço no 
mercado da construção civil, sobretudo por ser uma fonte de energia limpa e 
compensar, fi nanceiramente, todo o investimento que o usuário fi zer em médio 
prazo, trazendo economia, inclusive, para as despesas de energia elétrica.
Como podemos observar na Figura 4, seguindo pela seta azul, a água fria é 
inserida no sistema, enquanto a radiação solar é captada e absorvida pelas pla-
cas coletoras que são fabricadas em aço inox, alumínio ou cobre, transferindo, 
assim, o calor para as tubulações internas do coletor, conduzindo a água já aque-
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 46
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cida até o reservatório térmico, composto de cilindros em alumínio, inox ou poli-
propileno com revestimento térmico e capacidade de armazenamento que varia 
de 200 a 1000 litros e alcançando temperaturas elevadas de até 80 °C no verão.
Figura 4. Sistema de aquecimento de água solar. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 29/07/2021. 
Distribuição e dimensionamento das instalações de 
água quente
Para realizar a distribuição e o dimensionamento das instalações prediais 
de água quente, é recomendável elaborar uma representação do ambiente em 
perspectiva de 60°, que deve apontar e localizar os pontos de alimentação, 
como lavatório, pia e chuveiro, seguindo com tracejado que ligue as peças até a 
altura do ponto de alimentação e, em seguida, traçando os ramais internos – fa-
zendo a ligação até o ponto de consumo. Somente depois dessa representação, 
é necessário incluir a indicação dos ramais e sub-ramais, além do diâmetro das 
tubulações, como exemplifi cado na Figura 5. 
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 47
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Chuveiro
Registro de gaveta
Registro de pressão
Registro de gaveta
Lavatório
Figura 5. Demonstração gráfi ca do encaminhamento das tubulações de água quente e fria de um toalete. Fonte: 
OLIVA, 2017, p. 56.
Na sequência, utilizando a representação gráfi ca, deve-se quantifi car as pe-
ças que irão compor o sistema e, assim, elaborar uma tabela contendo todos 
os ramais de água quente. Com essa informação e o auxílio da tabela de pesos 
e peças, em que se relaciona a vazão necessária de uma peça a um número 
empírico (Tabela 3), saberemos o peso relativo de cada trecho, que deve ser 
calculado separadamente a cada sessão, ou seja, trecho a trecho. 
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 48
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TABELA 3. RELAÇÃO ENTRE VAZÃO DE PROJETO E PESO DAS PEÇAS
Aparelho sanitário Peça de utilização Vazão de projeto (L/s) Peso relativo
Bacia sanitária
Caixa de descarga 0,15 0,30
Válvula de descarga 1,70 32,00
Banheira Misturador 0,30 1,00
Bebedouro Registro de pressão 0,10 0,10
Bidê Misturador 0,10 0,10
Chuveiro ou ducha Misturador 0,15 0,30
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10 0,10
Lavadora de pratos ou 
roupas Registro de pressão 0,30 1,00
Lavatório Torneira ou misturador 0,15 0,30
Mictório cerâmico com 
sifão integrado Válvula de descarga 0,50 2,80
Mictório cerâmico sem 
sifão integrado
Caixa de descarga, registro 
de pressão ou válvula de 
descarga para mictório
0,15 0,30
Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão 0,15 por metro de calha 0,30
Pia Torneira ou misturador 0,35 0,70
Tanque Torneira 0,25 0,70
Torneira de jardim ou 
lavagem geral Torneira 0,20 0,40
Fonte: ABNT, 1998, p. 28. (Adaptado).
Ao averiguar a somatória dos pesos das peças, utiliza-se o resultado para 
chegar às dimensões das tubulações mais adequadas ao seu sistema, consultan-
do a tabela de diâmetros (Tabela 4). Essa tabela é composta da soma dos pesos 
divididos em intervalos e, de acordo com cada intervalo, são indicados os diâme-
tros em milímetros para tubulações soldáveis e em polegadas para as roscáveis.
Caixa de descargaCaixa de descarga
Válvula de descarga
Caixa de descarga
Válvula de descarga
Caixa de descarga
Válvula de descarga
Caixa de descarga
Válvula de descarga
Misturador
Válvula de descarga
Misturador
Registro de pressão
Válvula de descarga
Misturador
Registro de pressão
Válvula de descarga
Misturador
Registro de pressãoRegistro de pressão
Misturador
Registro de pressão
Misturador
0,15
Registro de pressão
Misturador
Misturador
Misturador
Misturador
Registro de pressão
1,70
Misturador
Registro de pressão
Misturador
Registro de pressão
Registro de pressão
0,30
Registro de pressão
Registro de pressão
Registro de pressão
Registro de pressão
0,30
0,10
Registro de pressão
Registro de pressão
32,00
Registro de pressão
32,00
0,10
Registro de pressão
1,00
0,15
1,00
0,15
0,10
0,10
0,10
0,10
0,10
0,30
0,10
0,30
0,300,30
0,100,10
1,001,00
Torneira ou misturadorTorneira ou misturadorTorneira ou misturadorTorneira ou misturador
Válvula de descarga
Torneira ou misturador
Válvula de descarga
Caixa de descarga, registro 
Torneira ou misturador
Válvula de descarga
Caixa de descarga, registro 
de pressão ou válvula de 
Torneira ou misturador
Válvula de descarga
Caixa de descarga, registro 
de pressão ou válvula de 
descarga para mictório
Torneira ou misturador
Válvula de descarga
Caixa de descarga, registro 
de pressão ou válvula de 
descarga para mictório
Caixa de descarga ou 
Válvula de descarga
Caixa de descarga, registro 
de pressão ou válvula de 
descarga para mictório
Caixa de descargaou 
registro de pressão
Caixa de descarga, registro 
de pressão ou válvula de 
descarga para mictório
Caixa de descarga ou 
registro de pressão
Torneira ou misturador
Caixa de descarga, registro 
de pressão ou válvula de 
descarga para mictório
Caixa de descarga ou 
registro de pressão
Torneira ou misturador
0,15
Caixa de descarga, registro 
de pressão ou válvula de 
descarga para mictório
Caixa de descarga ou 
registro de pressão
Torneira ou misturador
0,15
descarga para mictório
Caixa de descarga ou 
registro de pressão
Torneira ou misturador
0,50
Caixa de descarga ou 
registro de pressão
Torneira ou misturador
0,50
Torneira ou misturador
Torneira
0,15 por metro de calha
Torneira ou misturador
Torneira
0,15
0,15 por metro de calha
Torneira ou misturador
Torneira
0,30
0,15 por metro de calha
Torneira
0,30
0,15 por metro de calha
2,80
0,15 por metro de calha
2,80
0,15 por metro de calha
0,35
0,30
0,15 por metro de calha
0,35
0,30
0,15 por metro de calha
0,250,25
0,30
0,20
0,30
0,20
0,700,70
0,700,70
0,400,40
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Soma dos 
pesos 0 ⬄ 1,1 ⬄ 3,5 ⬄ 18 ⬄ 44 ⬄ 100
Ø Soldável 
(mm) 20 mm 25 mm 32 mm 40 mm 50 mm
Ø Roscável 
(pol) ½” ¾” 1” 1 ¼” 1 ½”
TABELA 4. RELAÇÃO DE SOMATÓRIA DOS PESOS DAS PEÇAS E DIÂMETROS DE 
TUBULAÇÕES A SEREM UTILIZADAS NO SISTEMA DIMENSIONADO
Fonte: CARVALHO JR., 2013, p. 13.
20 mm20 mm
½”
25 mm25 mm
¾”¾”
32 mm32 mm32 mm
1”
40 mm40 mm
1 ¼” ¼”
50 mm50 mm
1 ½” ½”
EXEMPLIFICANDO
Para compreender melhor o dimensionamento, suponha que esteja calcu-
lando a tubulação para duas pias do mesmo ambiente, em que ambas serão 
abastecidas por um misturador. Consultando a Tabela 3, há o peso de 0,70 
para cada misturador, totalizando 1,40. Agora, verifi que a Tabela 4 e note que 
o peso (1,40) está entre os intervalos 1,1–3,5. Dessa forma, a tubulação mais 
adequada a esse caso é soldável com 25 mm, ou roscável ¾”.
Comparando sistemas de aquecimento de água
Ao iniciarmos um novo projeto de instalações hidrossanitárias de um edi-
fício, ou quando nos deparamos com questionamentos dos clientes durante 
uma reforma, devemos avaliar quais alternativas são possíveis para essa loca-
lização, bem como quais delas são as mais acessíveis e atendem às necessida-
des dos usuários. A fonte de energia mais popular no Brasil é a disponibilizada 
pelas redes de concessionárias, as quais, por sua vez, tendem a fi car mais caras 
em períodos de estiagem.
Portanto, faremos um estudo comparativo para o projeto de uma residên-
cia utilizando três cenários diferentes como fonte de energia, isto é, o sistema 
elétrico, o sistema com GLP e o sistema de GN encanado que está sendo for-
necido pela concessionária local. Para esse comparativo, consideraremos que 
o consumo já havia sido calculado em 300 litros de água quente por dia e as 
seguintes potências calóricas:
• Sistema elétrico: 860 kcal/kWh;
• Sistema GLP: 11.000 kcal/kg;
• Sistema GN: 4200 kcal/m³.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 50
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Lembre-se de que a potência calórica está relacionada à capacidade de 
transformação que um tipo de energia possui em energia térmica. Além disso, 
para complementar os dados necessários, verifica-se que a temperatura da 
água deve ser elevada de 20 °C para 50 °C, ou seja, é necessário um aumento 
de temperatura de 30 °C. Assim, utilizaremos a fórmula que relaciona a quanti-
dade de calor necessária para aquecer a água:
Q = m · c · t
Em que:
• Q: quantidade de calor necessária para aquecer a água;
• m: massa (volume a ser aquecido);
• c: calor específico (para água c = 1);
• t: temperatura.
Agora, com todos os dados necessários disponíveis, podemos calcular:
Q = m · c · t
Q = 300 · 1 · 30
Q = 9000 kcal
Portanto, são necessários 9000 kcal para elevar a temperatura da água 
de 20 °C para 50 °C, considerando o volume de 300 litros. Dessa forma, 
podemos aplicar esses valores para cada potência calórica dos sistemas 
em estudo:
• Sistema elétrico: 9000 ÷ 860 = 10,47 kWh;
• Sistema GLP: 9000 ÷ 11000 = 0,81 kg;
• Sistema GN: 9000 ÷ 4200 = 2,14 m³.
Por fim, para avaliarmos qual dos sistemas é financeiramente mais viável 
para este cenário em relação ao consumo, devemos averiguar os valores pra-
ticados na região para cada sistema e aplicá-los nos valores que calculamos. 
Lembre-se de que os consumos descritos equivalem a um dia de aquecimen-
to, e, para ter um trabalho mais assertivo, recomenda-se que sejam incluídos, 
além do consumo de cada sistema, o valor a ser investido nas instalações e os 
impactos ambientais.
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Redes de irrigação
A água é um elemento fundamental, não só para o funcionamento do me-
tabolismo animal, mas também para todo o sistema vegetal, contribuindo, di-
retamente, para a absorção radicular e o processo de fotossíntese. Uma rede 
de irrigação consiste na tecnologia que permite, de forma artifi cial, irrigar as 
plantas – ou seja, levar a quantidade de água necessária para o desenvolvimen-
to correto do vegetal –, é muito popular na agropecuária e tem o objetivo de 
suprir a baixa ou irregular distribuição das chuvas, possibilitando a melhora na 
qualidade da produção, o crescimento e a oferta de alimentos.
O desenvolvimento de cultura e costumes estão intimamente interligados 
à disponibilidade de água, ao tipo de solo e clima da região, sendo assim, 
denomina-se o uso consuntivo (C) a quantidade de água utilizada por uma 
cultura em seu desenvolvimento. Por sua vez, as plantas transferem para a 
atmosfera 98% da água que foi absorvida pelas raízes – sendo essa quantida-
de retirada do solo conhecida como evapotranspiração real cultural (ETr), 
ou seja, somente uma pequena parte é retida pelo vegetal (cerca de 2% da 
ETr). Portanto, pode-se considerar que o uso consuntivo equivale à evapo-
transpiração real cultural (C = ETr).
A evapotranspiração real cultural pode ser medida por meio de equipamen-
tos conhecidos como evapotranspiradores, compostos de tanques de cultivos 
que medem com exatidão, considerando todos os fatores envolvidos durante o 
processo. Entretanto, podemos estimá-la a partir da cultura de referência com 
a fórmula a seguir:
 ETp = Kc · ET0 (mm/dia) ou (mm/mês)
EXPLICANDO
A fotossíntese é um processo que ocorre com os seres autótrofos, os 
quais produzem seu próprio alimento, gerando açúcares e aminoácidos 
pela absorção de radiação solar, oxigênio e água. Ao fi nal desse processo, 
a planta devolve boa parte da água absorvida para a atmosfera em forma 
de vapor, por sua transpiração.
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Em que: 
• ETp: taxa de evapotranspiração potencial ou máxima;
• Kc: coeficiente de cultura, que depende das condições climáticas e período 
do ciclo vegetativo;
• ET0: taxa de evapotranspiração de referência.
A evapotranspiração de referência é a taxa de evapotranspiração que 
ocorre na superfície de vegetações rasteiras, verdes, uniformes e com cres-
cimento ativo, medindo entre 8 e 15 centímetros de altura, e pode ser avalia-
da para quantitativo em milímetros mensais pelo método de Blaney-Criddle, 
conforme fórmula a seguir:
 ET0 = p · (0,46tm + 8,13) (mm/mês)
Em que:
• ET0: taxa de evapotranspiração de referência;
• p: porcentagem mensal de horas anuais de luz solar;
• tm: temperatura média mensal em graus Celsius.
Outra maneira de calcular a evapotranspiração com grande valia é por meio 
da utilização de tanques evaporimétricos, em que são considerados os fatores 
influenciadores, como radiação solar, vento, temperatura e umidade do ar, se-
guindo a fórmula a seguir:
 ET0 = Kp · E0 (mm)
Em que:
• ET0: taxa de evapotranspiração de referência;
• Kp: coeficiente de tanque;
• E0: evaporação

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