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Formação básica: Tecnologia.
Em maio de 2019, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc) lançou o programa Inova Educação com o propósito de oferecer novas oportunidades para todos os estudantes do Ensino Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio.
O programa visa a tornar a escola mais conectada com os sonhos e as atuais necessidades dos adolescentes e jovens e a apoiar os estudantes a desenvolver competências voltadas para o século 21. Ele traz inovações para que as atividades educacionais sejam mais alinhadas às vocações, aos desejos e à realidades de cada um. E com isso:
· promove desenvolvimento intelectual, emocional, social e cultural dos estudantes;
· reduz a evasão escolar;
· melhora o clima nas escolas;
· fortalece a ação dos professores;
· cria novos vínculos com os estudantes.
Sobre o curso
O Programa Inova
O Programa Inova coloca os estudantes no centro do processo de aprendizagem, promovendo seu engajamento e protagonismo! Todas as inovações do Programa têm como referência marcos legais importantes, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as Diretrizes Nacionais do Novo Ensino Médio e o Currículo Paulista (etapa do Ensino Fundamental em aprovação no Conselho Estadual de Educação e do Ensino Médio).
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622
E qual é a grande inovação que esse projeto traz para as escolas?
Todos os estudantes do Ensino Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio terão três novos componentes no currículo:
Projeto de vida
Atividades e oficinas que apoiam o planejamento da vida escolar e pós-escolar, com destaque à gestão do tempo, à organização pessoal, ao compromisso com a comunidade e à construção de perspectivas para o futuro.
Eletivas
Aulas escolhidas a cada semestre pelos estudantes a partir de um cardápio ofertado pela escola, adequado às possibilidades de oferta dos professores de cada unidade de ensino.
Tecnologia
Conceitos básicos nos eixos de cultura digital, pensamento computacional, cidadania digital e mundo digital para ensinar os estudantes a usar e a criar tecnologias do século 21 em seus próprios projetos
Como esses componentes se encaixam no horário escolar?
Os tempos das aulas foram ajustados para 45 minutos. Assim, os novos componentes se encaixam ao longo do ano letivo.
Mais aulas por dia:
De 6 aulas por dia para 7 aulas por dia.
5 novos tempos por semana:
2 para Projeto de Vida.
2 para Eletivas.
1 para Tecnologia.
Mais tempo na escola:
De 5 h por dia para 5 h e 15 min por dia.
De 1.000 h por ano para 1.050 h por ano.
Tempo de aula ajustado:
Aulas de 50 min passarão a ser de 45 min.
O QUE É O PROGRAMA
O Inova Educação foi criado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo com o propósito de oferecer novas oportunidades para todos os estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio do Estado de São Paulo.
O Programa traz inovações para que as atividades educativas sejam mais alinhadas às vocações, desejos e realidades de cada um. Novidades essenciais para promover o desenvolvimento intelectual, emocional, social e cultural dos estudantes; reduzir a evasão escolar; melhorar o clima nas escolas; fortalecer a ação dos professores e criar novos vínculos com os alunos.
Curso de Formação básica
Agora é hora de se preparar! Veja as informações gerais deste curso.
Com carga horária de 30 horas, o curso Formação básica: Tecnologia está estruturado em quatro módulos:
· Módulo 1: Adolescências e juventudes – módulo comum aos cursos Formação básica: Eletivas e Formação básica: Projeto de Vida
· Módulo 2: O componente Tecnologia
· Módulo 3: Práticas e metodologias para o uso de tecnologias
· Módulo 4: Conhecendo o cenário sobre o uso de tecnologia na escola
Trata-se do primeiro passo de um processo mais amplo de formação que continuará nos próximos meses, inclusive com curso de aprofundamento sobre Tecnologia. Neste momento, a proposta é que você compreenda o que é o componente Tecnologia. Ao longo deste curso, você vai entender mais sobre como funciona na prática e o que embasa a sua criação. Em breve, na formação de aprofundamento, você saberá ainda mais detalhes sobre os conteúdos, materiais de apoio e ferramentas de avaliação.
Objetivos de aprendizagem
· Discutir os desafios da escola no mundo contemporâneo, relacionados aos temas das adolescências e juventudes.
· Apresentar o componente curricular Tecnologia, no âmbito do programa Inova Educação.
· Inspirar professores a utilizar recursos digitais por meio de metodologias que potencializem o ensino e a aprendizagem de forma inovadora.
· Promover a reflexão e o engajamento ético e significativo do uso da Tecnologia no dia a dia.
· Apresentar um cenário sobre o uso de tecnologia na escola.
Este conteúdo não contém questões avaliativas. O questionário de avaliação será disponibilizado ao final do curso. Para concluir o conteúdo deste módulo, clique no botão abaixo “Finalizar".
Bons estudos!
Módulo 1 - Adolescências e juventudes
Abertura do módulo
Olá, professor(a)! Seja bem-vindo(a) ao Módulo 1 Adolescências e Juventudes!
Neste módulo, nosso foco será entender um pouco mais os adolescentes e jovens que estão na escola, quais seus interesses, desafios, potencialidades e também como veem a escola em que estudam e a escola que desejam.
Este módulo está organizado em quatro temas:
· Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade.
· Adolescentes e jovens e a escola.
· Adolescentes e jovens e seus desafios.
· Adolescentes e jovens e suas potencialidades.
Para começar, assista ao vídeo com Anna Penido, especialista em educação, que apresenta o tema deste módulo.
Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade
Abertura: estudantes e professores
Neste tema, vamos conhecer adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade. Isso significa entender melhor características e mudanças que acontecem com eles nessa fase da vida, por meio das dimensões:
Física e biológica
Quais transformações acontecem no corpo, o que isso significa e os impactos no comportamento e na atitude na escola.
Neurológica e cognitiva
Como se dá o desenvolvimento cerebral e cognitivo nessa fase e as implicações disso.
Sociocultural
Questões relacionadas à inclusão, à diversidade, à desigualdade, influências, temas de interesse.
Socioemocional
As diferenças de tempo entre o desenvolvimento cognitivo e o emocional e as ações impulsivas.
Para começar, assista ao vídeo com os estudantes Caio Sampaio de Vasconcelos, Carolina Henrique Mendes, Melissa da Costa Romano e Nathan Olivares da Silva que falam sobre como se sentem e seus interesses.
Conhecendo adolescentes e jovens na sua multidimensionalidade
A voz dos especialistas
Agora, assista ao vídeo com Anna Penido, especialista em educação, falando sobre as multidimensões de desenvolvimento dos adolescentes e dos jovens nessa fase da vida.
Para completar o quadro, assista a este outro vídeo com a neuropsicóloga Adriana Foz e os psicólogos Darlene Ferraz Knoener, Gabriel Medina de Toledo e Gisele Alves Mizuta e confira a visão de especialistas sobre adolescentes e jovens.
Sobre a multidimensionalidade
Os vídeos nos mostram um painel sobre diversos aspectos desses adolescentes e jovens que estão nas escolas nos dias de hoje.
Para ampliar um pouco mais esse universo e nos localizar melhor nos conteúdos que serão mostrados nas próximas páginas deste curso, vamos apresentar a seguir algumas definições.
O que significa adolescência?
“Adolescere é uma palavra latina que significa crescer, desenvolver-se, tornar-se jovem.”
Luisa Fernanda Habigzang, Eva Diniz, Sílvia H. Koller (2014)
Mais que uma fase, a adolescência é um longo processo em que acontecem várias modificações físicas, psicológicas e sociais que podem se transformar em oportunidades para o desenvolvimento. Essa visão, ao superar o estigma que considera o adolescente como “aborrecente”, abre perspectivas construtivas sobre essa fase da vida.
Segundo a pesquisa Adolescentes, realizada pelo Projeto FazSentido com adolescentes de 12 a 16 anos do Ensino Fundamental Anos Finais,
“hoje, no Brasil, a maioria dos estudos realizados sobre os jovens estão deslocando o olhar de uma adolescência definida como uma fase caracterizada por mudanças físicas e hormonais para uma concepção mais voltada às características sociais e econômicas. Esse deslocamento tira, inclusive, a sua ênfase por limitações etárias”.
O que é ser jovem?
Há uma série de fatores que influenciam na construção da juventude, mas todos eles estão relacionados especialmente a duas concepções complementares, definidas na pesquisa Juventudes e Ensino Médio, realizada pelo Projeto Faz Sentido:
Juventudes
o plural, que indica a multiplicidade de formas de ser jovem...
Juventudes: o plural, que indica a multiplicidade de formas de ser jovem e a transversalidade de fatores como gênero, orientação sexual, raça/etnia, classe social, assim como o território em que vivem os jovens ou as configurações comunitárias nas quais são socializados. Pensar em juventudes significa compreender, por exemplo, que os desafios da jovem negra, do jovem indígena, de jovens refugiadas, de jovens quilombolas, de jovens dos centros urbanos ou de áreas rurais podem ser muito diversos entre si.
Juventude: o singular, que dialoga com essas diferentes formas de viver a juventude, mas que define uma espécie de experiência comum do que é ser jovem. É necessário levar em conta as particularidades da condição juvenil, o que permite que os jovens, ainda que diferentes, se identifiquem como tal.
Discussão sobre o tema
Agora, acesse os itens sobre os temas a seguir para obter mais informações sobre esse universo. Caso queira se aprofundar, consulte a íntegra dos materiais nos links do Saiba mais.
Nascer para o mundo
Segundo a psicanálise, o adolescente viveria uma Crise de Desestruturação e Reestruturação da Personalidade na Adolescência. A desestruturação é provocada pelas perdas com relação ao seu corpo, aos seus pais e ao seu papel sociocultural, experimentadas a partir da pré-adolescência; e o eixo central da reestruturação é o processo de elaboração dos LUTOS gerados pelas três perdas fundamentais desse período evolutivo.
1
Perda do corpo infantil
Muita ansiedade devido às transformações corporais a partir da puberdade. Reformulação de seus mundos interno e externo. Restrições familiares e sociais sem explicação e propósito chegam a causar retardo em seu crescimento e nas funções sexuais naturais próprias dessa fase.
2
Perda dos pais da infância
Os pais, antes idealizados e supervalorizados, passam a ser alvo de críticas e questionamentos. O adolescente busca figuras de identificação fora do âmbito familiar. Nesta fase, se caracteriza a dependência/independência dos filhos em relação aos pais e vice-versa; identidade familiar substituída pela individual.
3
Perda da identidade e do papel socioemocional familiar
Da relação de dependência natural segue-se uma confusão de papéis. Não é mais criança nem é ainda um adulto. Dificuldades em se definir na sua cultura. Anseia por independência, sente-se inseguro, temeroso, apoia-se no grupo, distancia-se dos pais permitindo novas identificações.
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 73. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)
Fases da adolescência
Fase inicial 10 a 14 anos
· 1
Adolescência é ter mais maturidade e responsabilidades.
· 2
Expectativa de ter mais liberdades e experimentar coisas que ainda não experimentou.
· 3
Etapa da vergonha, mais proximidade com crianças. Adultos são seres estranhos.
· 4
Mais resguardados pelos pais, que cobram e acompanham mais na escola.
· c
Se veem encrencados quando têm que ir para a diretoria.
· 2
Mais casa e escola (amigos na escola); menos autonomia para saírem sozinhos.
· 3
Adolescência é ter rebeldia e experimentar o máximo possível.
· 4
Destemidos, não temem mais diretoria, professores ou pais. Já testaram muitos limites.
· 5
Aceitam mais facilmente os limites, constestam menos.
· 6
Quanto mais lúdicas as disciplinas, melhor (pintar, jogar, manusear, trabalho de campo).
· 7
Já possuem mais autonomia e experiências, se deparando com algumas frustações tanto com pessoas quanto com o mundo.
· 8
Mais interações na rua e com os amigos e pares.
Fase final 14 a 19 anos
· 1
Com identidade mais definida, estão mais à vontade entre os iguais.
· 2
Muito questionadores, testam limites o tempo todo.
· 3
Mais liberdades concedidas pelos pais, que passam a cobrar menos o desempenho escolar.
· 4
Diminui interesse na escola, as disciplinas não fazem sentido.
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 74. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)
Fases da adolescência e desenvolvimeto neurológico
Fase inicial: 10 a 14 anos
· 1
É normalmente nessa fase que começam as mudanças físicas, geralmente marcadas por uma aceleração repentina do crescimento, seguida pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais e das características sexuais secundárias.
· 2
As células cerebrais podem praticamente duplicar o seu número no espaço de um ano, enquanto as redes neurais são radicalmente reorganizadas, causando um impacto sobre a capacidade emocional, física e mental.
· 3
O início da adolescência também é caracterizado por mudanças internas profundas. O cérebro, por exemplo, passa por uma grande aceleração elétrica e fisiológica.
· 4
O amadurecimento físico e sexual mais adiantado da menina, que, em média, entra na puberdade de 12 a 18 meses mais cedo do que o menino, reflete-se em tendências semelhantes no desenvolvimento cerebral.
Adolescência
· 1
O lobo frontal (parte do cérebro que governa o raciocínio e as tomadas de decisão) começa a se desenvolver durante a fase inicial da adolescência. Como esse desenvolvimento começa mais tarde e é mais prolongado nos meninos, sua tendência a agir de forma impulsiva e a pensar de forma acrítica permanece por mais tempo do que nas meninas.
· 2
Nessa fase, as principais mudanças físicas já ocorreram, embora o corpo ainda se encontre em desenvolvimento. O cérebro continua a desenvolver-se e a reorganizar-se, e a capacidade de pensamento analítico e reflexivo é bastante ampliada.
· 3
No início dessa fase, as opiniões dos membros do seu grupo ainda são importantes, mas essa influência diminui à medida que o adolescente adquire maior clareza e confiança em sua própria identidade e em suas opiniões.
· 4
Esse fenômeno contribui para difundir a percepção generalizada de que as meninas amadurecem mais cedo do que os meninos.
Fase final: 14 a 19 anos
· 1
A atitude de enfrentar riscos diminui na fase final da adolescência, à medida que se desenvolve a capacidade de avaliar a situação e de tomar decisões conscientes.
· 2
É durante essa fase que os adolescentes ingressam no mundo do trabalho ou avançam em sua educação, estabelecem sua identidade, sua visão de mundo e começam a participar ativamente na organização do espaço ao seu redor.
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 75. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)
A plasticidade do cérebro durante a adolescência
Durante a adolescência, o cérebro é particularmente sensível às experiências e às trocas com o ambiente. Estudos recentes de neurociência mostram que o cérebro do adolescente passa por uma reorganização: conexões entre neurônios se desfazem para que surjam novas; e a forma como são estimulados pode favorecer que determinadas conexões sejam feitas, sejam elas positivas ou não. Essa reorganização ainda pode explicar certos comportamentos típicos da adolescência, como a busca por experiências intensas, que muitas vezes acontecem independente da vontade deles.
Compreender as transformações pelas quais o cérebro do adolescente passa pode ajudar pais e educadores na forma como respondem e apoiam o desenvolvimento dele. Nessesentido, três sistemas que sofrem grande plasticidade durante esse período podem explicar alguns comportamentos típicos.
· Recompensa
 
Recompensa (prazer)
A dopamina é uma substância que dentre diversas funções, é responsável por sinalizar experiências de prazer. É o aumento da dopamina que, por exemplo, nos faz desejar e ir atrás de determinadas coisas como dinheiro e sexo. Durante a adolescência o número de receptores dessa substância aumenta drasticamente, fazendo com que os adolescentes sejam muito mais responsivos e ativos na busca de atividades que os façam sentir prazer. Isso faz com que os estudantes do Fundamental II sejam mais sensíveis a esse estímulo. Educadores e pais devem saber que é mais fácil mudar o comportamento do adolescente o motivando para buscar uma recompensa do que ameaçando com punições. Infelizmente, isso os faz também mais suscetíveis ao álcool e às drogas, uma vez que as moléculas dessas substâncias se assemelham à da dopamina, elas se conectam aos receptores causando a mesma sensação de prazer.
 
· ​Regulador
 
Durante a puberdade, o sistema de autocontrole também passa por uma reorganização, e isso faz com que o adolescente esteja mais propenso ao comportamento de risco. Apesar de parecer irracional em alguns momentos, ele já consegue compreender e julgar, quase tão bem como os adultos, que determinadas ações podem ter sérias consequências. No entanto, devido às transformações no sistema regulador, os adolescentes têm a capacidade de controlar seus impulsos reduzida. A propensão pelas atividades arriscadas também se explica pela hipersensibilidade. As sensações de prazer são mais intensas devido ao aumento dos receptores de dopamina no cérebro. Por isso, eles têm dificuldade em adiar atividades que os tragam algum tipo de recompensa e prazer imediatos. De acordo com o neurocientista Laurence Steinberg, a capacidade de autorregulação talvez seja a característica mais importante para o sucesso social, realização e saúde mental. Por isso, pais e educadores devem ajudar os adolescentes a desenvolverem o controle sobre o que pensam e sentem. A escola deve ser um ambiente seguro que cria oportunidades para esse tipo de desenvolvimento.
Relacionamento (como interagimos com outras pessoas)
O adolescente também está desenvolvendo seu cérebro social, e isso explica o fato de eles serem muito vulneráveis ao que outras pessoas pensam a seu respeito. Mais que em qualquer outro momento da vida, ele sofre muito ao ser rejeitado. Um adolescente tem, por exemplo, muito mais sensibilidade que um adulto para perceber emoções nas outras pessoas. Segundo Laurence Steinberg (2015), quando um adulto grita com um adolescente, esse adolescente provavelmente vai prestar mais atenção no grito ou na raiva que esse grito transmite do que nas palavras. Os adolescentes têm um comportamento especial quando estão na presença de seus pares. No livro Age of Opportunity, Steinberg destaca que adolescentes são mais propensos a ter comportamento de risco quando sabem que amigos estão por perto. Pais e educadores devem estar atentos e evitar momentos em que adolescentes estejam reunidos sem a mediação de um adulto.
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 24-25. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)
Juventude e políticas públicas
1
Etapa problemática ou risco social
Esta concepção vê o sujeito jovem a partir dos problemas que ameaçam a ordem social. Pauta-se nos comportamentos considerados de risco, como envolvimento com a violência, criminalidade e gravidez na adolescência. No Brasil, esse foi o enfoque predominante nas ações governamentais dos anos 1980 e 1990, que se concentraram em programas nas áreas da saúde e da segurança pública. Tais ações tinham como objetivo ocupar o tempo livre dos jovens e eram direcionadas para públicos com características de vulnerabilidade, risco ou transgressão (ABRAMO, 2005).
2
Período preparatório
Nesta abordagem, a juventude é entendida como um período de transição entre a infância e a vida adulta. Porém, esse modo de ver a juventude traz algumas implicações, uma vez que a transitoriedade tem como característica a indeterminação, isto é, os sujeitos jovens não são mais crianças, mas ainda não são adultos. Os jovens são, portanto, desqualificados e definidos pelo que não são. Esta abordagem desconsidera a juventude como portadora de conhecimentos e vivências anteriores. Além disso, passa a ideia de um mundo adulto estável, para o qual se deve preparar.
3
Juventude: futuro do país
Esta perspectiva deposita na juventude a resolução dos problemas de exclusão social e de desenvolvimento do país. Aposta em uma contribuição construtiva dos jovens para a solução dos problemas que afetam as comunidades em que vivem, porém ignora as suas necessidades e demandas. No Brasil, esse enfoque foi muito difundido nos anos 2000, por meio das agências de cooperação internacional, organismos multilaterais e fundações empresariais.
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 13. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)
Construção da identidade
Identidade é, sobretudo, uma construção, tanto do que se é quanto do que se quer ser.
A criação da identidade enquanto processo particular envolve:
· Reconhecer-se.
· Coordenar as próprias ações.
· Dar coerência à própria existência, descobrir propósitos e agir de acordo com eles.
A identidade é construída a partir da relação que estabelecemos com os outros, isto é, só é possível reconhecer quem somos, quais são as nossas características, as nossas inclinações, à medida que interagimos com os nossos pares.
Durante a juventude o processo de construção da identidade se intensifica. É nesse período da vida que os jovens experimentam o mundo social além das fronteiras familiares e precisam lidar, pela primeira vez, com as convocações sociais para que assumam a sua identidade.
A todo momento os jovens são impelidos a lidar com novas e múltiplas convocações de identidade, sendo necessário elaborar, pela primeira vez, suas respostas para elas. Portanto, não existe uma identidade estável ou fixa, mas sim processos de “identificação e desidentificação”, que dão contornos às subjetividades de cada um ao longo da vida.
Desse modo, eles podem se identificar com determinado grupo étnico-racial, religioso, com determinada orientação sexual e, com o avançar dos anos, construir novos pertencimentos, como identificar-se com outra comunidade religiosa.
Ao longo desse processo de identificação e desidentificação os jovens fortalecem e sustentam suas capacidades de reconhecer-se enquanto sujeitos. É também durante a juventude que os jovens começam a ganhar maior autonomia em relação ao mundo dos adultos e cobra-se deles que tenham maior capacidade de autocontrole e autorregulação e que coordenem suas próprias ações. Porém a aquisição dessas capacidades ocorre por meio de um processo contínuo de aprendizagem que se dá ao longo da vida e que não tem fim, pois nunca se alcançará o ápice – isto é, o ponto no qual os sujeitos são capazes de controlar, regular e coordenar as suas ações de modo pleno e regulado.
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 31-32. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)
Construção de identidade e contexto social
A época, o espaço, as relações econômicas e sociais e tantos outros fatores da vida de cada jovem contribuem para que ele se entenda como indivíduo.
A experiência de construir identidade e propósito quando se é uma jovem negra periférica é bastante diferente da experiência de um jovem branco de classe média, por exemplo. Além da desigualdade social e de gênero, as novas gerações podem experimentar mais angústia em relação a essa busca, uma vez que vivem em um momento de alta produção de informações ereferências de todo tipo – que expõem um universo muitas vezes caótico e contraditório.
Para o psicanalista Erik Erikson, rituais sociais que costumam marcar a entrada na idade adulta, como a escolha da área profissional no ensino escolar, facilitam a preparação para a conquista de novos papéis na sociedade. Por outro lado, um contexto social não estruturado pode levar a uma crise de identidade.
A pressão social e estereótipos
A falta de estrutura e as constantes mudanças no contexto histórico são desafios para o jovem do século XXI. Ao mesmo tempo, os estereótipos criados a seu respeito também não ajudam. Além dos estereótipos clássicos sobre raça/etnia, gênero, orientação sexual, juventude rebelde, existe outra ideia bastante reproduzida de que ser jovem é apenas uma preparação para ser adulto. Ao tratar essa fase como mera passagem, uma transição, é negado ao jovem o direito de viver plenamente o presente.
Apoio e empatia
Segundo Erikson, o processo de construção da identidade depende da confiança do jovem em si próprio e nas outras pessoas. O reconhecimento da sua personalidade pelos outros é peça-chave para a formação da identidade. Vale lembrar, no entanto, que identidade está sempre – e não só durante a juventude – em construção.
É preciso romper com estigmas e mitos para ajudar os jovens a encontrar o que existe de mais verdadeiro em si mesmos. A partir disso, eles começarão a construir o seu projeto de vida.
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 36-38. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)
Ampliação das relações sociais
A juventude é uma fase de ampliação das relações sociais além dos limites da escola e da família. Esses dois espaços continuam sendo referências importantes, mas são complementados por outros, como comunidades religiosas e grupos reunidos por temas de interesse, como práticas artísticas, práticas esportivas e movimentos sociais de causa.
É uma fase em que a busca por aprovação dos seus semelhantes (outros jovens) é essencial.
O que diz a neurociência?
É por razões evolutivas que os jovens costumam dedicar mais tempo aos seus colegas e menos aos pais e outras figuras de autoridade, como professores. Como outros jovens serão seus companheiros de fato na maturidade, a natureza incluiu no cérebro jovem uma propensão por buscar amigos, relacionar-se com parceiros e participar de grupos dos seus pares como preparação para a vida adulta. (Fonte: ARMSTRONG, 2016)
Mas os adultos também são referência muitas vezes. A tendência de estar mais próximo dos colegas não quer dizer que as relações com adultos não são importantes. Em algumas situações, as opiniões de adultos de referência podem inclusive ser consideradas mais confiáveis do que as de outros jovens.
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 101-102. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)
Relações afetivas
A adolescência é um período marcado pela aproximação aos pares e, de acordo com a psicologia, construir relações de amizade saudáveis e positivas é fundamental para o desenvolvimento afetivo e de habilidades sociais na adolescência, além de sedimentar as bases para os relacionamentos na vida adulta. Um dos motivos dessa aproximação entre amigos seria a busca por suporte e acolhimento na luta contra a angústia e a solidão típicas da fase.
É nesta fase que tendem a ocorrer as primeiras relações amorosas. Os adolescentes vivem com intensidade a novidade dessas paixões, bem como suas possíveis desilusões e consequências.
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 105-106. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)
Desenvolvimento físico
No campo sexual, a adolescência começa na puberdade, período de rápido crescimento físico e iniciação da maturidade sexual, que termina quando o indivíduo se torna capaz de se reproduzir. Como colocamos na introdução, é também durante esse período que os sistemas de regulação e recompensa se reorganizam, fazendo com que os adolescentes estejam sempre em busca de experiências que tragam prazer. Porém, por terem uma baixa capacidade de autorregulação, acabam se colocando constantemente em situações de risco (sexo sem proteção).
De acordo com o neurocientista Lawrence Steinberg em seu livro Age of Opportunity, a maior parte dos programas de educação sexual foca em levar conhecimento para os adolescentes, não em mudar seu discernimento. Infelizmente, informação não é suficiente para impedir o comportamento de risco. Os programas seriam mais eficientes se, além de informar, ajudassem os adolescentes a desenvolver sua capacidade de autorregulação e a reduzir o comportamento de risco (nesse caso, transar sem proteção).
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 87. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)
Saiba mais
Para saber mais sobre adolescentes e jovens no Brasil, acesse a íntegra do estudo a seguir, disponibilizado no site do Projeto Faz Sentido.
· Diversidade, equidade e inclusão na escola
· Dicas práticas
· 
· Agora, assista ao vídeo a seguir com Anna Penido, que traz dicas práticas de como lidar com essas questões no ambiente escolar.
Para ler e usar as dicas no dia a dia na escola, clique nos itens a seguir.
Dica 1
· Discuta mais sobre o cérebro, o comportamento, o desenvolvimento físico e emocional de adolescentes e jovens nas reuniões de planejamento da escola.
· Acesse pesquisas, consulte especialistas, troque ideias com os colegas sobre esse tema.
· Coloque um mural ou uma caixa de sugestões na entrada da escola e peça aos estudantes para colocarem ali os nomes das séries que assistem, dos youtubers que seguem, dos livros que gostam de ler, dos sites e redes sociais que utilizam, além dos temas que gostam de discutir, entre muitas outras coisas que possam ajudar você, professor, a entender melhor esse universo.
Dica 2
· Dedique tempo a conhecer cada um dos seus estudantes: quais as suas características mais marcantes, seus interesses, as condições em que vivem, seus talentos e dificuldades, seus sonhos e receios.
· Para ajudar, comece o ano letivo com uma semana de acolhimento, em que essas informações são levantadas por meio de atividades realizadas por cada um dos professores, ou divida os estudantes entre os vários adultos da escola, para que todos possam ser acompanhados mais de perto por um adulto de referência.
· O conselho de classe também pode ser um ótimo espaço para trocar impressões e entender o que se passa com cada um deles, a partir dos olhares dos diversos professores.
Dica 3
· Não é tarefa fácil saber lidar com as mudanças de humor, as ações intempestivas, a eventual apatia e os questionamentos de adolescentes e jovens. Vale lembrar que o desenvolvimento intelectual deles se processa mais rápido do que o desenvolvimento emocional e por isso, muitas vezes, não conseguem controlar os seus impulsos, apesar de terem conhecimento sobre as consequências.
· Para ajudá-los, não leve suas provocações para o lado pessoal. Cabe aos adultos manter a estabilidade do ambiente, ajudar os estudantes a pensar sobre suas atitudes e dar a chance para que aprendam com seus erros.
Dica 4
· A qualidade da relação com os professores e os demais profissionais da escola tem influência direta no comportamento e na aprendizagem dos estudantes. Adolescentes e jovens costumam se ressentir quando não são recebidos com um cumprimento, quando os adultos parecem não notá-los ou se importar com eles, quando se sentem invisíveis ou desrespeitados.
· Ainda que seja quase impossível saber o nome de todo mundo ou parar para conversar com cada um deles, tente ser caloroso.
· De vez em quando, abra espaço durante a aula para conversar sobre questões latentes. Procure sabero que está se passando com aqueles que apresentam comportamento diferente do normal.
· Lembre-se, você pode fazer toda a diferença em um momento importante da vida desses garotos e garotas.
Dica 5
· Costuma-se dizer que a escola tem a cara dos seus gestores e professores. Em última instância, os adolescentes e jovens olham para vocês em busca de exemplos a serem seguidos.
· Portanto, é importante que você pense sobre as suas atitudes e sobre as palavras que dirige aos seus estudantes.
· Elas refletem aquilo que você quer que os seus alunos espelhem?
· Você oferece atenção na mesma medida em que deseja atenção?
· Dirige-se a eles no mesmo tom de voz com que gostaria que eles se dirigissem a você?
· Interessa-se por eles e por seu trabalho diário do mesmo jeito que gostaria que eles se engajassem com você e com suas aulas?
· Aprecia e confia neles como gostaria que eles gostassem e confiassem em você?
· Professores não precisam ser amigos dos estudantes, mas precisam demonstrar que veem sentido na sua profissão, assim como desejam que os estudantes vejam sentido na escola.
Este conteúdo não contém questões avaliativas. O questionário de avaliação será disponibilizado ao final do curso. Para concluir o conteúdo deste módulo, clique no botão abaixo “Finalizar".
Adolescentes e jovens e a escola
Abertura: estudantes e professores
Neste tema, vamos entender melhor a relação dos adolescentes e dos jovens com a escola; como eles veem a escola que têm e como gostariam que ela fosse.
Para começar, assista ao vídeo com os estudantes Caio Sampaio de Vasconcelos, Carolina Henrique Mendes, Melissa da Costa Romano e Nathan Olivares da Silva sobre a escola.
Neste tema, vamos entender melhor a relação dos adolescentes e dos jovens com a escola; como eles veem a escola que têm e como gostariam que ela fosse.
Para começar, assista ao vídeo com os estudantes Caio Sampaio de Vasconcelos, Carolina Henrique Mendes, Melissa da Costa Romano e Nathan Olivares da Silva sobre a escola.
Agora, assista ao vídeo com a professora Carolina Stefano, o professor Sérgio Bauchiglione, a professora coordenadora Vanessa Rezende Souza e a diretora Paula Soares dos Santos e veja o que eles falam sobre esse tema.
A voz dos especialistas
Agora, assista ao vídeo com Anna Penido, especialista em educação, que fala sobre a relação dos adolescentes e jovens com a escola.
Para completar o quadro, assista a este outro vídeo com a neuropsicóloga Adriana Foz e os psicólogos Darlene Ferraz Knoener, Gabriel Medina de Toledo e Gisele Alves Mizuta e confira o que dizem os especialistas:
Sobre a escola
ocê viu nos vídeos com os estudantes, os professores e os especialistas um quadro geral sobre a escola atual e o que os adolescentes e os jovens querem que ela seja para se tornar mais atraente para eles.
Esses desejos também estão relacionados ao cenário atual em que os adolescentes e os jovens vivem.
Hoje
Sabemos que a internet, as redes digitais, as mídias sociais e os dispositivos móveis, como smartphones e tablets, revolucionaram a forma como as pessoas se comunicam, se relacionam, organizam e consomem informação.
Antes
Antes, a produção e a distribuição da informação eram um poder exclusivo dos meios de comunicação, da indústria cultural e das organizações privadas e governamentais, que emitiam e veiculavam seus pontos de vista.
Agora, com a disseminação do acesso às tecnologias digitais da informação e da comunicação (TDICs), esse poder também está na mão da sociedade. A forma de produzir, distribuir e consumir informação mudou radicalmente. Multiplicaram-se as fontes de informação, as pessoas estão conectadas e interagem em tempo real, têm autonomia para produzir e compartilhar seus próprios conteúdos e escolher o que consomem.
Os adolescentes e os jovens que nasceram nesse contexto digital, a partir do começo do século XXI, convivem e utilizam essas tecnologias o tempo todo. Dessa forma, seu desenvolvimento, sua sociabilidade e seu acesso a atividades culturais, educação ou trabalho, por exemplo, ocorrem de forma muito diferente daqueles de seus pais e avós, que tinham acesso a veículos tradicionais como jornal, rádio e televisão.
(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 22-23. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf. Acesso em: 13 jul. 2019.)
Para contextualizar a escola nesse novo cenário em que nasceram e vivem os adolescentes e jovens, algumas organizações realizaram pesquisas em busca de respostas sobre a escola em que eles estudam atualmente e a escola que querem.
Agora, vamos ver um recorte dessas pesquisas!
A escola atual e a escola desejada
A escola atual e a escola desejada
O portal Porvir, por exemplo, realizou a pesquisa nacional Nossa Escola – Relatório 2019, com adolescentes e jovens de 11 a 21 anos, com a seguinte distribuição por faixa etária:
50%: menores de 15 anos – Ensino Fundamental Anos Iniciais
46%: 15 a 17 anos – Ensino Fundamental Anos Finais
4%: 18 a 21 anos – Ensino Médio
(Fonte: Nossa Escola - Relatório 2019. Disponível em: http://porvir.org/nossaescolarelatorio. Acesso em: 13 jul. 2019.)
A escola que os adolescentes e jovens têm
Para avaliar a escola atual ou a última em que estudaram, os participantes foram convidados a dar uma nota de 1 (Tá tenso) a 5 (Tá tranquilo, tá favorável) para 11 itens.
Veja a média de notas para 6 desses itens.
Prédio e estrutura – 3.3
Relação entre estudantes – 3.2
Relação dos estudantes com professores – 3.3
Uso de tecnologia – 2.7
Material pedagógico – 3.3
Atividades extraclasse – 2.9
 (Fonte: Nossa Escola - Relatório 2019. Disponível em: http://porvir.org/nossaescolarelatorio. Acesso em: 13 jul. 2019.)
A escola que adolescentes e jovens querem
Os participantes da pesquisa foram estimulados a pensar em dois tipos de escola, a que os faria aprender mais e a que os faria mais felizes.
Para cada uma dessas escolas dos sonhos, eles imaginaram seis aspectos: o foco da escola, os conteúdos, a organização curricular, o jeito de aprender, os recursos educacionais tecnológicos e o jeito da sala de aula. Cada aspecto foi desdobrado em vários subaspectos relacionados ao tema.
Sabemos que os estudantes são singulares e, portanto, não aprendem da mesma maneira. Veja, por exemplo, como eles responderam sobre:
Aprender
Aprendem mais
· 23% com aulas teóricas.
· 21% fazendo projetos práticos.
· 20% interagindo com a comunidade.
· 14% estudando sozinho.
· 9% fazendo trabalhos em grupo.
Ficariam mais felizes
· 22% fazendo projetos práticos.
· 20% estudando sozinho.
· 19% assistindo aulas teóricas.
· 15% interagindo com a comunidade.
· 11% trabalhando em grupo.
As demais porcentagens estão pulverizadas em outras opções de respostas.
Sala de aula
Aprendem mais
· 20% com ambientes e móveis variados, com pufes, bancadas, almofadas e sofás.
· 19% quando as carteiras são organizadas em pequenos grupos.
· 18% quando podem usar outros ambientes internos e externos à escola.
· 13% quando podem mudar a arrumação das carteiras de acordo com a aula.
· 12% em salas de aula com carteiras enfileiradas.
Ficariam mais felizes
· 24% com ambientes e móveis variados, com pufes, bancadas, almofadas e sofás.
· 20% quando as carteiras são organizadas em pequenos grupos.
· 14% quando podem usar outros ambientes internos e externos à escola.
· 12% quando podem mudar a arrumação das carteiras de acordo com a aula.
· 11% em salas de aula com carteiras enfileiradas.
As demais porcentagens estão pulverizadas em outras opções de respostas.
Tecnologia
Aprendem mais
· 27% com o uso de ferramentas de pesquisa on-line.
· 14% com games ou jogos educativos.
· 14% com robótica e programação.
Ficariam mais felizes
· 23% com o uso de ferramentas de pesquisa on-line.
· 19% com games ou jogos educativos
· 13% com robótica e programação.
As demais porcentagens estão pulverizadas em outras opções de respostas.
Para consultar os resultados completos desses aspectos destacados e ver os resultados dos outros três (foco da escola, conteúdos e organização curricular),acesse a pesquisa no site Porvir.
Sobre os professores e a estrutura física
A pesquisa também perguntou aos participantes quais as características dos professores que eles mais valorizam e o que não pode faltar em termos de estrutura física na escola que querem.
Características mais valorizadas do professor
40%: Saber explicar bem os conteúdos.
28%: Propor diferentes atividades nas aulas.
27%: Ser acolhedor e ter uma boa relação com os estudantes.
27%: Saber estimular o estudante a se questionar e a buscar conhecimentos.
Estrutura física
53%: Tecnologia não só no laboratório de informática.
45%: Quadras e equipamentos esportivos.
33%: Bastante área verde.
Observação: Nessas questões, os participantes puderam escolher duas características do professor e três opções relacionadas à estrutura física da escola.
(Fonte: Nossa Escola - Relatório 2019. Disponível em: http://porvir.org/nossaescolarelatorio. Acesso em: 13 jul. 2019.)
A escola de Ensino Médio
A escola de Ensino Médio
O movimento Todos pela Educação também fez uma pesquisa nacional, chamada Repensar o Ensino Médio. Mais específica, essa pesquisa foi feita entre setembro e outubro de 2016 com adolescentes e jovens de 15 a 19 anos que estão no Ensino Médio. Um dos própositos da pesquisa era colher informações sobre a percepção que eles têm da escola.
Visão sobre a escola de Ensino Médio
Os resultados mostram que os estudantes do Ensino Médio estão atentos ao que a escola oferece, em termos de infraestrutura, ensino e valores, e à atuação dos professores. O que se percebe, pelos resultados, é que a escola que os jovens querem deve ter segurança, boa infraestrutura e professores assíduos, além de ser inclusiva para garantir educação de qualidade.
Atributos mais relevantes da escola
85,2% Segurança.
83,1% Atenção às pessoas com deficiências.
81,3% Professores sempre presentes.
81,2% Boa infraestrutura.
80% Funcionários bem educados.
79,6% Comprometimento dos estudantes.
(Fonte: Repensar o Ensino Médio – Todos pela Educação, 2017.)
Os estudantes também se posicionam em relação aos atributos que consideram menos satisfatórios da escola. Além de fatores externos, consideram que o seu próprio comprometimento e comportamento nas aulas também podem comprometer a qualidade da escola. Com isso, indicam uma visão de que a educação de qualidade é um compromisso de todos da comunidade escolar.
Atributos menos satisfatórios da escola
54,6% Aulas de informática.
29,6% Segurança.
28,8% Atenção às pessoas com deficiências.
28,6% Comprometimento dos estudantes.
28,4% Boa infraestrutura.
28% Ensino de qualidade da língua inglesa.
(Fonte: Repensar o Ensino Médio – Todos pela Educação, 2017.)
Visão sobre o professor de Ensino Médio
Em relação aos professores, os estudantes consideram como atributos mais relevantes e mais satisfatórios dos professores, aspectos como a paixão pela profissão, a persistência diante das dificuldades dos estudantes, a postura para exigir comprometimento dos estudantes e o foco na preparação para o vestibular, entre outros.
Atributos mais relevantes
80,9% Gosta do que faz, tem paixão pela profissão.
79,5% Persistência: não desiste do estudante.
79,3% Cobra e exige comprometimento dos estudantes.
78,6% Tem foco na preparação para vestibulares.
77,6% Estimula a curiosidade do estudante.
76% Dá exemplos práticos, trazer para o dia a dia.
(Fonte: Repensar o Ensino Médio – Todos pela Educação, 2017.)
Atributos mais satisfatórios
49,9% Gosta do que faz, tem paixão pela profissão.
44,8% Cobra e exige comprometimento dos estudantes.
44,5% Tem foco na preparação para vestibulares.
42,5% Usa linguagem jovem, atual.
42,3% Persistência: não desiste do estudante.
40,4% Dá exemplos práticos, trazer para o dia a dia.
(Fonte: Repensar o Ensino Médio – Todos pela Educação, 2017.)
Os estudantes consideram que entre os atributos menos satisfatórios dos professores estão aqueles relacionados principalmente à dinâmica em sala de aula e utilização de recursos e estratégias pedagógicas que estimulem o interesse na aprendizagem, a preparação para o vestibular e a curiosidade.
Atributos menos satisfatórios
52,9% Faz uso de tecnologia em sala de aula.
41,3% Promove visitas culturais.
34,2% Cria projetos interdisciplinares, focados na vida.
25,7% Dinamismo das aulas.
25% Tem foco na preparação para vestibulares.
21% Estimula a curiosidade do estudante.
(Fonte: Repensar o Ensino Médio – Todos pela Educação, 2017.)
Saiba mais!
Para saber mais sobre a escola que os adolescentes e os jovens têm e a que eles querem, consulte também os materiais a seguir.
· As causas da evasão e do abandono escolar
· http://gesta.org.br/tema/engajamento-escolar/#fatores
· Pesquisa Projeto de Vida
https://fundacaolemann.org.br/materiais/projeto-de-vida
Dicas práticas
Agora, assista ao vídeo a seguir com Anna Penido, que traz dicas práticas sobre essas questões.
Para ler e usar as dicas no dia a dia na escola, clique nos itens a seguir.
Dica 1
· Qual foi a última vez que você escutou os seus estudantes sobre o que está funcionando e o que pode melhorar na sua escola ou sala de aula? Quando pensou em perguntar para eles o que não funcionou naquela atividade que você planejou com tanto cuidado, mas não deu o resultado esperado?
· Realize uma roda de conversa para entender como eles aprendem melhor, o que pensam e querem da escola. Se achar que vale a pena, faça mais de uma roda ou até mesmo uma assembleia, mas estabeleça como regra que todas as críticas devem vir acompanhadas de sugestões de melhoria.
· Você pode se surpreender com as ideias da garotada.
Dica 2
· Sua escola ou sala de aula provavelmente têm deficiências de infraestrutura que você não consegue resolver sem apoio da Seduc. Mas o que seria possível fazer para torná-la um espaço mais acolhedor e vibrante para adolescentes e jovens?
· Envolva os próprios estudantes na elaboração de projetos de melhoria dos ambientes da escola com investimentos de baixo custo, seja como atividade do seu componente curricular, seja na forma de um concurso voltado para toda a escola.
· Proponha que cada turma fique responsável por cuidar de um espaço da escola, e todo mês incentive a comunidade escolar a votar naquele que estiver mais bem cuidado.
Dica 3
· Existem muitas razões para que você não invista em atividades pedagógicas mais práticas, como falta de tempo, recursos, capacitação, apoio.
· Mas existe uma razão fundamental para que você vá em frente apesar dos obstáculos: garantir mais engajamento e, consequentemente, mais aprendizagem para os estudantes.
· Para isso, comece fracionando o seu tempo de aula para intercalar exposição teórica com exercícios, discussões, jogos ou outras atividades mais interativas, de preferência variando a disposição das carteiras na sala de aula.
· Quando estiver se sentindo mais confiante, tente realizar projetos mais robustos, envolvendo os estudantes no desafio de criar, produzir ou resolver problemas concretos, sempre que possível, utilizando outros espaços da escola e da comunidade.
Dica 4
· Se o ambiente está tenso e os conflitos estão aumentando, crie combinados de convivência da escola de forma bem participativa e ainda peça aos estudantes para desenvolverem uma bela campanha de mobilização para divulgá-los para toda a escola.
· Peças de teatro, vídeos feitos com celular, cartazes publicitários, intervenções criativas na hora do recreio, concursos de música podem ser algumas das peças de comunicação e conscientização criadas pela própria garotada.
· Também vale criar um conselho de mediação, formado por representantes dos diferentes segmentos da comunidade escolar, para dialogar com aqueles que não respeitarem os acordos coletivos, tentando entender por que descumpriram os combinados e dando oportunidade para que possam rever suas atitudes, inclusive solucionando alguns problemas que tenham provocado.
Dica 5
· Para conhecer ainda mais os seus estudantes, aproveite aquela primeira semana de acolhimento para, além de levantar as características pessoais de cada um, também coletar informações sobre seu nívelde aprendizagem e como eles acham que aprendem melhor.
· De posse desses dados, organize uma reunião de Conselho de Classe para compartilhar a situação de cada estudante e planejar atividades de nivelamento, práticas pedagógicas mais diversificadas e estratégias de acompanhamento para evitar que alguém seja deixado para trás.
· Nesse caso, convide os adolescentes e jovens mais avançados para apoiar colegas com mais dificuldade.
Este conteúdo não contém questões avaliativas. O questionário de avaliação será disponibilizado ao final do curso. Para concluir o conteúdo deste módulo, clique no botão abaixo “Finalizar".
Módulo 2 - O componente tecnologia
2.1. Conhecendo o componente
2.1.1. Abertura do módulo
Olá, professor(a), seja bem-vindo(a) ao Módulo 2!
Até aqui, você pôde conhecer as expectativas de alguns adolescentes e jovens com relação à escola, os desafios que eles enfrentam cotidianamente e, também, refletir sobre como potencializar o trabalho das unidades escolares para garantir as aprendizagens dos estudantes.
A partir de agora você é convidado a refletir sobre como a escola pode fomentar que os estudantes entendam, criem e utilizem tecnologias digitais de informação e comunicação.
Vamos lá?
2.1.2. Bases do componente
É certo que os estudantes que já fazem uso de aparatos e ferramentas tecnológicas interagem em redes sociais, usam buscadores de conteúdo e têm a tecnologia incorporada ao seu cotidiano, e que todos os componentes curriculares, com diferentes abordagens e objetivos, tratam de tecnologia.
Mas a partir de 2020, com o Programa Inova Educação, a tecnologia ganha um destaque. Uma aula a mais por semana, a partir de três eixos estruturantes:
· Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação;
· Letramento Digital;
· Pensamento Computacional.
· Atenção
· Alguns autores usam o termo Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) e outros, Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC). Neste curso, daremos preferência ao termo TDIC.
· Hora de refletir!
· Antes de avançar no conteúdo deste módulo, assista a esta animação e pense sobre os caminhos que percorremos até os dias atuais quando falamos de tecnologia na sala de aula.
· A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo apostou na criação do componente curricular Tecnologia por perceber nele caminhos para impulsionar o aprendizado na rede estadual:
· Aproximar-se
· da realidade dos estudantes, que em maior ou menor grau estão imersos no mundo digital.
· Potencializar e estimular
· a construção coletiva do conhecimento e o protagonismo dos estudantes, com a orientação dos professores.
· Desenvolver
· competências socioemocionais para exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, por exemplo.
· Inserir
· a aprendizagem escolar num processo contínuo, trazendo o mundo para a sala de aula, e que também vá além da fase escolar, se constituindo como um processo para a vida toda.
· Além disso, existem outros fatores que impulsionaram a criação desse componente. Assista ao vídeo a seguir em que Naomy Oliveira fala sobre esse tema.
2.1.3. Idealização do componente
O componente foi pensado para formar cidadãos capazes de compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de forma consciente, crítica, significativa, reflexiva e ética, conforme preconiza a competência geral nº 5 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que será analisada mais adiante.
Desse modo, os estudantes podem ser estimulados a:
· refletir sobre a relação ser humano X tecnologia X desenvolvimento, considerando que as tecnologias vão constantemente surgindo e sendo substituídas e também que têm diferentes implicações e impactos na sociedade;
· criar soluções e realizar projetos relevantes para si mesmos e para a comunidade.
A ideia é que, por meio do componente Tecnologia, as escolas ofereçam:
Atividades que se apoiem nos interesses dos estudantes, no diálogo, na prática e na construção coletiva de saberes.
Ambientes, experiências, ferramentas e metodologias de ensino-aprendizagem engajadores, empoderadores e inovadores.
Desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais.
Antes de continuar a navegar neste conteúdo convidamos você a pensar nos impactos causados pela tecnologia, na sua vida. Vamos lá!
Hora de refletir!
Que lembrança de uso da tecnologia na infância, juventude ou vida adulta você tem marcada como especial em sua história? Ouvir pela primeira vez sua banda favorita em uma fita cassete ou em um disco na vitrola? Aquela máquina de escrever que tornava suas redações mais apresentáveis? As notícias na TV, as fotografias reveladas... depois as digitais. Aquela mensagem pelo BIP, uma ligação por celular?
Busque esses momentos em sua memória, fotos de algo que represente essa tecnologia (pode ser em seus álbuns de fotografia ou até mesmo na internet). Faça uma registro dessa reflexão, conte como o uso desse recurso foi significativo para você. Que tal apresentar isso aos seus estudantes, independentemente do componente em que você atua? Eles podem fazer essa reflexão também, ou criar narrativas com esse material, fazer pesquisas... Muitas coisas!
Recomendamos que separe um caderno, bloco de notas ou um arquivo de texto para construir um registro das suas reflexões no decorrer do curso.
Compartilhe suas ideias com outros educadores na escola em que você atua e nas redes sociais usando a hashtag #inova_educacao
2.1.4. Uso educacional das tecnologias
Em uma rede do tamanho da do Estado de São Paulo, é evidente que as escolas têm diferentes condições de infraestrutura, estratégias e estágios da apropriação de tecnologias. E é por isso que a proposta do componente Tecnologia considera a possibilidade de desenvolvimento de atividades diversificadas, conectadas e desplugadas. Por outro lado, a Seduc fará investimentos para a melhoria das condições de infraestrutura das escolas para que todos possam trabalhar com o uso educacional das tecnologias.
O uso educacional das diferentes tecnologias requer intenção e planejamento e deve ir além da mera apresentação de instrumentos e recursos tecnológicos.
Importante lembrar que o uso da tecnologia não deve estar ligado apenas a ferramentas digitais. https://novaescola.org.br/conteudo/4866/blog-tecnologia-tecnologia-sem-computador-como-fazer-muito-com-pouco
No módulo 3 deste curso, você encontrará exemplos de como fazer isso na prática.
Hora de refletir!
Qual a importância do uso educacional das tecnologias?
De que maneira os recursos tecnológicos podem contribuir com você, com os estudantes e com a escola?
Após concluir sua reflexão, clique em “comentários“ para ler nossas contribuições.
Recomendamos que separe um caderno, bloco de notas ou um arquivo de texto para construir um registro das suas reflexões no decorrer do curso.
Compartilhe suas ideias com outros educadores na escola em que você atua e nas redes sociais usando a hashtag #inova_educacao
Comentários
Aprofundar os conhecimentos sobre essa área, promover o letramento digital, integrar os recursos e ferramentas tecnológicas às aulas a partir de uma perspectiva crítica e reflexiva, que visa a desenvolver a autoria tanto dos professores quanto dos estudantes, imergindo na cultura digital. Aprofundar os conhecimentos sobre essa área, promover o letramento digital, integrar os recursos e ferramentas tecnológicas às aulas a partir de uma perspectiva crítica e reflexiva, que visa desenvolver a autoria tanto dos professores quanto dos estudantes, imergindo na cultura digital. Podemos dizer que os recursos tecnológicos podem, por exemplo, contribuir para personalizar a aprendizagem, desenvolver interessantes materiais de apoio, envolver muitos estudantes que tendem a se dispersar nas aulas, complementar conteúdos, estender o processo de educação para além dos muros da escola, permitindo que os estudantes não sejam apenas consumidores, mas também produtores de tecnologias, entre diversas outras possibilidades de inovar em sala de aula.
As práticas que serão desenvolvidas nas escolas no âmbito do componente Tecnologia estão em construção.Essa construção tem o Currículo Paulista como base e considera outros currículos e experiências já existentes como referência para que a consolidação do componente considere as necessidades da Rede, a infraestrutura das escolas, a formação de professores, o conteúdo disponibilizado e a visão da Rede para o uso da tecnologia na escola.
Veja o que diz a professora Débora Garofalo sobre o componente Tecnologia e os aspectos que estão sendo utilizados para a construção do currículo.
2.1.5. Desenvolvimento pleno do estudante
O componente Tecnologia, em sintonia com o Currículo Paulista e com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), deverá articular estratégias para desenvolver, de maneira intencional, um conjunto de competências.
O conceito de competência, como definido na BNCC, refere-se à mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
As 10 competências gerais da BNCC para Educação Básica explicitadas na BNCC articulam aspectos cognitivos e socioemocionais como criatividade, pensamento crítico e científico, empatia, comunicação e autoconhecimento. Essas competências são transversais para a formação dos estudantes em toda a Educação Básica.
Fonte: Programa Inova. Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Disponível em: http://inovaeducacao.escoladeformacao.sp.gov.br/wp-content/uploads/2019/05/PPT-PROJETO-DE-VIDA_hotsite.pdf. Acesso em: 05 jun 2019.
2.1.6. Conceituando competências cognitivas e socioemocionais
Agora, para avançar nesses conceitos, vamos entender as definições de competências cognitivas e socioemocionais.
Competências cognitivas
Competências cognitivas são aquelas que permitem que os estudantes aprendam, isto é, assimilem e compreendam conteúdo. De forma geral, podem ser definidas como a capacidade mental de raciocinar, planejar, pensar de forma abstrata, compreender ideias complexas e aprender com base na experiência. É com base nas competências cognitivas que os estudantes aprendem e mobilizam conhecimentos para resolver problemas, como a leitura e a compreensão de um texto, a resolução de um problema de matemática e a rapidez para calcular.
Competências socioemocionais
As competências socioemocionais são aquelas que preparam os estudantes para reconhecer suas emoções e trabalhar com elas, lidar com conflitos, resolver problemas, relacionar-se com outras pessoas, cultivar a empatia, estabelecer e manter relações positivas, fazer escolhas seguras e éticas, tomar decisões responsáveis, contribuir com a sociedade e estabelecer e atingir metas de vida.
Macrocompetências e competências socioemocionais
A psicologia identificou, em mais de 40 anos de estudos, mais de 160 competências socioemocionais. Com base em uma perspectiva empírica proposta para organizar essas competências, entre outros modelos empíricos, surgiu um que as agrupa em cinco grandes grupos, comuns à experiência humana, a saber:
Fonte: Instituto Ayrton Senna. Disponível em: https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/BNCC/desenvolvimento.html#desenvolvimento. Acesso em: 18 jul. 2019.
Agora, clique nos itens a seguir para conhecer a definição das 5 macrocompetências socioemocionais e quais são as competências relacionadas a cada uma.
Abertura ao novo
Diz respeito à capacidade de uma pessoa explorar o ambiente e novos aprendizados e experiências, ser flexível e apreciativa diante de situações incertas e complexas, relacionando-se diretamente com a disposição individual para vivenciar novas experiências estéticas, culturais e intelectuais.
Competências socioemocionais relacionadas: Curiosidade para aprender; Imaginação criativa; Interesse artístico
Amabilidade
Diz respeito ao emprego do afeto, a ser solidário, empático e respeitoso nas relações e a acreditar que os outros podem ser dignos de confiança, ou seja, envolve ser capaz de compreender, sentir e avaliar uma situação pela perspectiva e pelo repertório do outro, colocando-se no lugar dessa pessoa.
Competências socioemocionais relacionadas: Empatia; Respeito; Confiança
Autogestão
Está relacionada à capacidade de autorregulação e diz respeito à capacidade de ter foco, responsabilidade, organização, determinação e persistência com relação a compromissos, tarefas e objetivos estabelecidos para a vida.
Competências socioemocionais relacionadas: Determinação; Organização; Foco; Persistência; Responsabilidade
Engajamento com os outros
Diz respeito à disponibilidade de se relacionar com as pessoas em interações sociais, às habilidades de comunicação com elas e ao nível de energia dedicado às nossas experiências.
Competências socioemocionais relacionadas: Iniciativa social; Assertividade; Entusiasmo
Resiliência emocional
Diz respeito à capacidade de lidar com situações adversas e com sentimentos como tristeza, raiva, ansiedade e medo.
Competências socioemocionais relacionadas: Tolerância ao estresse; Autoconfiança; Tolerância à frustração
2.1.7. Como trabalhar as competências socioemocionais?
Tão importante quanto o aprendizado dos conteúdos e o desenvolvimento das competências cognitivas é o desenvolvimento das competências socioemocionais, uma vez que elas também contribuem para o alcance de resultados diversos na vida. No entanto, ainda é preciso avançar no sentido de aprofundar o desenvolvimento das competências cognitivas e promover de forma intencional o trabalho com as competências socioemocionais em todas as etapas da Educação Básica.
O desenvolvimento de competências socioemocionais é um caminho para a obtenção de bons resultados em diversas esferas do bem-estar individual e coletivo, o que contribui para o ensino e a aprendizagem.
É possível promover o desenvolvimento de competências socioemocionais?
Sim! E com base em evidências científicas.
Como era antes?
Por algum tempo, acreditou-se que essas competências eram inatas e fixas, sendo a primeira infância o estágio ideal para seu desenvolvimento.
Como é hoje?
Com o avanço das ciências, sabe-se que o desenvolvimento humano é complexo e permanente e que as competências socioemocionais são maleáveis e possíveis de serem desenvolvidas tanto em experiências de aprendizagem que acontecem na escola como além dela. A escola, em conjunto com as famílias, tem papel fundamental no desenvolvimento de competências socioemocionais que ajudam sobremaneira na melhoria da aprendizagem dos estudantes.
Competências como a comunicação, a autogestão, a criatividade, a empatia e a colaboração, entre outras, quando trabalhadas intencionalmente nas práticas escolares de modo articulado à construção do conhecimento, impactam de modo positivo a permanência e o sucesso dos estudantes na escola, têm relação direta com a continuidade dos estudos, com a empregabilidade e outras variáveis ligadas ao bem-estar da pessoa, como a saúde e os relacionamentos interpessoais.
Saiba mais
Para entender o conceito de competências socioemocionais, leia o capítulo “O desenvolvimento socioemocional e o aprendizado” do livro Desenvolvimento socioemocional e aprendizado escolar: uma proposta de mensuração para apoiar políticas públicas, de Daniel Santos e Ricardo Primi.
A seguir, vamos assistir a uma animação que ajuda na compreensão das competências socioemocionais.
2.1.8. Como trabalhar as competências socioemocionais?
O Programa Inova Educação reforça o trabalho articulado entre habilidades cognitivas e socioemocionais. De acordo com o Instituto Ayrton Senna, uma das instituições que têm contribuições nessa temática:
“Tradicionalmente, as escolas priorizam desde cedo a formação do estudante com o foco no desenvolvimento de competências cognitivas, tais como o raciocínio e a memória. Porém, muitas pesquisas já apontam que desenvolver intencionalmente competências socioemocionais nas práticas escolares, tais como ajudar os estudantes a aprenderem a se relacionar consigo mesmo, reconhecendo e dialogando com suas emoções, pode trazer mais benefícios para o processo de aprendizagem e para inúmeras outras realizações ao longo da vida,como na saúde, no trabalho e nas relações sociais.”
Instituto Ayrton Senna
Assim, é importante pensar em quais habilidades cognitivas ou socioemocionais podem ser desenvolvidas com o uso intencional da tecnologia. Veja alguma delas:
Leitura e escrita.
Interpretação de textos.
Relacionar diferentes textos publicados em veículos de comunicação variados.
Conhecer diversas localidades sem sair do lugar.
Há tantas outras habilidades cognitivas que os professores já conhecem e desenvolvem em seus componentes curriculares. A tecnologia é capaz de desenvolver também outras habilidades fundamentais à sociedade do século 21, como o trabalho colaborativo, a empatia e a capacidade de resolução de problemas.
Mas nem tudo são flores...
Em tempos de redes sociais, infelizmente, assistimos agressões que podem sair do cotidiano e invadir o universo digital. Uma questão já muito presente na vida de crianças e adolescentes é o bullying, a agressão verbal ou física ao outro. Com as redes sociais e a utilização de celulares e câmeras fotográficas surge o ciberbullying, uma prática de violência que visa a insultar, humilhar e agredir psicologicamente, porém com um efeito multiplicador e com uma abrangência muito maior por ser disseminado pela web.
Como evitar essa violência?
Para evitar esse tipo de violência, é importante o desenvolvimento da habilidade da empatia. Antes de expor, compartilhar, é possível refletir como se sentiria no lugar do outro. Desse modo, o ciberbullying e outras práticas de constrangimento favorecidos na modalidade virtual podem ser levados à discussão em sala de aula e gerar ações que envolvam os estudantes a refletir sobre o tema.
Atenção
Ao organizar planos de aula e práticas, é essencial pensar quais habilidades cognitivas e socioemocionais serão desenvolvidas. Isso garante intencionalidade à proposta e a conecta com as 10 competências gerais da BNCC.
2.1.9. Eixos estruturantes do componente
Como já mencionado, as diretrizes para o componente Tecnologia estão em elaboração, em um processo colaborativo e que envolve educadores da rede pública.
Como ponto de partida da organização desse trabalho, foram definidos três eixos:
· Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação;
· Letramento Digital;
· Pensamento Computacional.
Para aprofundar um pouco o conhecimento sobre os eixos, assista a mais um vídeo da professora Débora Garofalo e em seguida faça a última reflexão deste módulo.
Veja os detalhes e exemplos de temas dos três eixos!
 Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
Questões éticas e morais
Reflexão, compreensão e sensibilização sobre os limites morais e éticos envolvendo o uso das TDIC e sobre valores de convivência em espaços virtuais, respeito ao outro e às suas produções.
ExemploExemplo
Discutir e refletir sobre aspectos legais de internet segura e redes sociais.
Segurança e criatividade
Diz respeito à compreensão dos pontos que envolvem a criação de uma determinada produção e a importância de conhecer os aspectos legais de autoria.
Exemplo
Discutir a possibilidade de utilização de imagens encontradas na internet a partir da apresentação do conceito de Creative Commons – licenças que permitem a cópia e o compartilhamento de conteúdo variado com menos restrições.
Papel e uso das TDIC na sociedade
Trata do uso da tecnologia como ferramenta de participação na sociedade.
Exemplo
Assinar petições on-line.
 Letramento Digital
Cidadania digital
Reflexão, utilização e sensibilização das TDIC sobre valores na prática e vida cidadã.
Exemplo
Trabalhar a questão das eleições do Grêmio a partir do ciberativismo, utilizando as redes sociais para propagar ideias (ativismo digital).
Produções colaborativas
Elaboração, planejamento e compartilhamento de produções midiáticas, em forma de vivência e socialização de conteúdo.
Exemplo
Criar um blog colaborativo.
Apropriação tecnológica
Compreensão dos usos e impactos das tecnologias na vida das pessoas.
Exemplo
Discutir com os estudantes sobre os cuidados para fazer uma compra on-line.
Cultura digital
Promoção de práticas diferenciadas reflexivas, dialógicas e colaborativas para experienciar, junto aos estudantes, situações dos diferentes usos das tecnologias.
Exemplo Criar os combinados da turma para o ano a partir do emprego de memese gifs.
Linguagens midiáticas
Utilização de diferentes linguagens midiáticas com abordagens reflexivas, bem como suas consequências, para que os estudantes se apropriem dos recursos digitais.
Exemplo Montar um miniconto no Twitter.
Pensamento científico
Criação de questões norteadoras e situações-problema que despertem o protagonismo juvenil para o exercício do pensamento crítico e científico.
Exemplo Discutir sobre a democratização do acesso ao conhecimento, sobre a interação e sobre a produção de conteúdo.
 Pensamento Computacional
Narrativas digitais
Organização e narração de sequência de fatos, emoções e vivências que envolvam pessoas e contexto em diferentes linguagens e mídias digitais.
Exemplo Criar e publicar uma charge e/ou uma tirinha de história em quadrinhos usando Scratch (software livre que pode ser usado de forma on-linee/ou off-line, com o qual o estudante pode aprender conceitos relacionados a programação por meio de uma lógica de montagem de blocos, semelhante ao Lego – blocos lógicos).
Sistema computacional
Compreensão da lógica básica utilizada na origem dos recursos, programas, funções e comandos nos diferentes dispositivos e sistemas existentes.
Exemplo Programação Desplugada – um estudante é um robô e os demais colegas devem comandá-lo por meio da fala para completar um circuito proposto.
Linguagem de programação
Processo de estrutura de sequências de ações, relacionadas a diferentes contextos e temáticas, para que os estudantes compreendam a lógica de se programar um computador.
Exemplo Anime seu Nome – por meio de cenários e personagens, os estudantes programam que seu nome apareça e desapareça, gerando assim um desafio na turma. Isso pode ser feito usando, por exemplo, o Code.org (software livre para uso on-line que permite fazer programação em estágio inicial e com conhecimentos básicos e interativos).
Dispositivos de hardware
Identificação e utilização dos diferentes dispositivos de hardware.
Exemplo Conhecer e reaproveitar as peças que compõem um computador.
Fluência computacional
Pensamento computacional e computação criativa.
Exemplo Programar funcionalidades específicas, como a de um semáforo, usando o Ardublock (software que pode ser usado com ou sem internet: utiliza blocos e funções prontas como linguagem de programação).
Robótica
Programação e criação de objetos e protótipos de robótica.
Exemplo Construir um carrinho que anda usando placa programável com softwareScratch S4 (software livre com possibilidade de uso on-line e off-line).
Dica
Placas programáveis são placas de transmissão via USB para desenvolvimento de objetos interativos independentes, conectados a um computador e/ou ao bluetooth. Exemplos de placas: Arduíno e Microbit.
Hora de criar!
Neste Módulo, você conheceu os três eixos estruturantes do componente Tecnologia.
Você, em sua trajetória na educação, já desenvolveu alguma atividade relacionada a algum desses eixos?
Com qual dos eixos você se identificou? Após essa reflexão. Crie uma atividade, diferente dos exemplos que foram apresentados neste módulo, de um dos três eixos.
Lembre-se de fazer o registro dessa atividade!
Compartilhe suas ideias com outros educadores na escola em que você atua e nas redes sociais usando a hashtag #inova_educacao.
Este conteúdo não contém questões avaliativas. O questionário geral de avaliação do curso será disponibilizado ao final do curso. Para concluir o conteúdo deste módulo, clique no botão abaixo “Finalizar".
Módulo 3 - Práticas e Metodologias para o uso de Tecnologias
3.1.1. Abertura do módulo
Olá, professor(a), bem-vindo(a) ao Módulo 3!
Ao longo deste curso, queremos que você pense em possibilidades de utilizar a tecnologia e, mais do que isso, perceba que ela é um apoio importante.
Neste módulo vamosapresentar as chamadas atividades “mão na massa”, que são atividades desplugadas, sem o auxílio de um computador físico e que, ainda assim, trabalham com inovação. Também vamos tratar da aprendizagem criativa.
Vamos lá?
3.1. Tecnologia na prática
3.1.2. Atividades desplugadas
As atividades desplugadas podem e devem estar presentes nos três eixos estruturantes do componente Tecnologia. Clique em cada item a seguir e conheça algumas possibilidades de atividades desplugadas.
·  Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
Em Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação, é possível abordar diversas temáticas.
Redes sociais
Que tal tratar com os estudantes como o papel da tecnologia...
Que tal tratar com os estudantes como o papel da tecnologia que permeia várias navegações como, por exemplo, as redes sociais? Esse é um assunto importante a ser abordado em sala de aula, trazendo exemplos de como devemos nos relacionar diante das redes sociais, conversando e trazendo exemplos práticos sobre amizades, senhas, o que podemos compartilhar e o que não podemos compartilhar (endereços de casa, trabalho, escola).Leia mais
Hashtags
O que acha de criar campanhas interativas com a turma...
O que acha de criar campanhas interativas com a turma, usando hashtags do tipo #vocêtemvidaprivadadeverdadenainternet? e até propor aos alunos construções de paródia para mostrar o quanto são importantes e necessários esses cuidados, envolvendo os alunos em ações de pertencimento.Leia mais
·  Letramento Digital
· Em Letramento digital, existem muitas possibilidades para serem trabalhadas, como linguagens midiáticas que envolvem a criação de vídeos, documentários, curtas-metragens e até vídeos de animação, como o stop motion. Nessa técnica, podemos usar modelos e cenas reais, produzir animações com brinquedos ou mesmo massa de modelar. O importante é deixar a inventividade e a criatividade tomarem conta desse momento na sala de aula, para que os estudantes possam explorar as possibilidades.
· Stop motion
· Com o stop motion, é possível trabalhar os mais diferentes assuntos estudados nas aulas....
· Leia mais
· Com o stop motion, é possível trabalhar os mais diferentes assuntos estudados nas aulas. Ao trabalhar com resoluções de problemas e usando uma linguagem digital que lhe é familiar, tiramos o estudante da passividade, despertando-lhe o protagonismo e trazendo-o para o centro da aprendizagem. Ao fazer uso de tecnologias existentes no cotidiano, como o celular em sala de aula, esses momentos se transformam em construção de conhecimento para professores e estudantes, servindo de grande motivador para a transformação na Educação.
· Na sala de aula, explique como será feita a atividade. Prepare os alunos com uma discussão sobre as ideias e possibilidades para sua animação. Deixe claro que o vídeo precisa ter um roteiro – uma história que será contada em imagens. Os roteiros podem ser produzidos individualmente ou em grupos, com assuntos relevantes para a aula.
· Dica
· Acesse a matéria Como fazer uma animação em "stop-motion" nas aulas de Arte, do site da Nova Escola. Acesso em: 22 jun. 2019.
· Veja também o Programa Mediação e Linguagem, para assisti-lo busque pelo programa na videotecada EFAPE. Acesso em: 22 jun. 2019.
· Como fazer?
· Baixe um editor de vídeo no celular. Abra a câmera e centralize o objeto que quer fotografar. Mude o objeto de posição e fotografe novamente, a cada novo posicionamento, para dar a sensação de animação quadro a quadro. Após a primeira foto, o próprio software de edição de vídeo permite que você continue criando uma sequência ao fazer pequenos movimentos com um personagem, dando a ideia de movimento contínuo.
· Para incrementar a apresentação, você pode adicionar filtros, adesivos virtuais, desenhos e até frases. Ao salvar o trabalho, é possível compartilhar o vídeo em outras redes sociais, como o Twitter e o Facebook.
· Dica
· Maria Alice Gonzales, da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa, disponibilizou documentos de referência para a criação de um suporte para gravação de stop motion. Na parte inferior do documento, você encontra o material; na parte superior, um encaixe para a lente do celular. Acesso em: 22 jun. 2019.
·  Pensamento Computacional
· No eixo Pensamento computacional, por sua vez, também há muitas possibilidades para trabalhar, uma delas é a programação desplugada, aquela que ocorre fora do computador.
· Dinâmica do robô
· Uma atividade simples e divertida é a dinâmica do robô. Além de trazer o lúdico, ela permite....
· Leia mais
· Uma atividade simples e divertida é a dinâmica do robô. Além de trazer o lúdico, ela permite que o aluno programe de forma concreta, utilizando resoluções de problemas para vencer os desafios.
· Por meio de um circuito criado no chão com fita-crepe, um aluno é escolhido para ser o robô (que receberá os comandos orais dos demais estudantes para concluir o percurso determinado).
· O estudante que fará o robô é orientado a se mover por meio de sentenças simples e diretas e a ficar parado quando todos falam ao mesmo e ou quando alguém não fala um comando claro (um bom exemplo é “ande para a frente”).
· Para que o robô complete o circuito, é necessário receber a programação correta, como “ande dez passos para frente, gire levemente para a direita”, e assim sucessivamente. Dessa forma, os alunos exercitam noções espaciais e conhecimentos de forma oral, internalizando os aprendizados adquiridos.
· Hora de criar!
· No módulo anterior você criou uma atividade de um dos eixos estruturantes do componente Tecnologia. Neste momento convidamos você a elaborar uma nova atividade, que seja desplugada, com base nos exemplos apresentados acima. Pense na escola que atua, no perfil dos estudantes das suas salas e nos conteúdos que serão trabalhados nos próximos meses. Desenvolva uma dinâmica bem bacana e apresente a proposta para os estudantes.
· Não esqueça de fazer o registro dessa atividade!
· Compartilhe suas ideias com outros educadores na escola em que você atua e nas redes sociais usando a hashtag #inova_educacao
3.1. Tecnologia na prática
3.1.3. O professor como mediador da aprendizagem
Como você se vê enquanto professor? Como um conselheiro pessoal? Fonte de conhecimento? Facilitador?
De acordo com a abordagem proposta pela aprendizagem criativa, as pessoas aprendem melhor quando têm oportunidade de explorar novos conceitos e usá-los na criação de projetos significativos. O papel do professor é criar e desenvolver essas oportunidades.
Neste sentido, o professor tem dois papéis:
Mediador
Como mediador, o professor deixa de ser o detentor do conhecimento e passa a apoiar os estudantes na implementação dos seus projetos pessoais. Ao incentivar reflexão, colaboração e uso de novas técnicas, o professor mediador contribui para o desenvolvimento de habilidades, atitudes e competências desses estudantes de forma significativa e alinhada com o contexto da escola.
Pesquisador
Como pesquisador, está constantemente avaliando a dinâmica da sala de aula para compreender o andamento das atividades e identificar o que pode ser melhorado. Nesse sentido, é importante que tenha a oportunidade de refletir com os colegas, trocar experiências com professores de outras escolas e ter acesso a diferentes referências
Conheça a seguir as experiências de docentes que foram mediadores e pesquisadores em práticas aplicadas com os estudantes.
· 1
Uma professora trabalhou com o Scratch em sala de aula pela primeira vez e desenhou uma atividade em que disponibilizou cartões do Scratch pela sala, permitindo aos estudantes explorar livremente os materiais na criação de um projeto. Como mediadora, ela incentivou a troca de ideias e a produção de projetos bem diferentes entre os alunos. Como pesquisadora, percebeu que mudando a disposição dos computadores na sala talvez a colaboração fosse um pouco mais fácil, algo que poderia melhorar no próximo encontro com os alunos.
· 2
Um outro exemplo é de um professor que desenhou um projeto de jornalismo estudantil em que os estudantes usaramcelular e internet para criar programas de notícia sobre a escola e o bairro. A sua atuação mediadora se deu quando ele estimulou que os estudantes usassem plataformas que conhecessem ou descobrissem por conta própria para hospedar os seus projetos. Assim, ele também aprendeu sobre novas ferramentas em conjunto com os estudantes. Enquanto pesquisador, esse professor levou para a ATPC um compilado dos principais temas que os estudantes escolheram tratar na atividade para debater com seus colegas.
3.1.4. O professor como mediador da aprendizagem
Assista ao vídeo de Guilherme Sandler, da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa, em que ele fala sobre outras possibilidades de trabalhar com Aprendizagem Criativa.
aiba mais
· Origens e princípios básicos do Computer Clubhouse, de Natalie Rusk, Mitchel Resnick e Stina Cooke Rusk. Acesso em: 22 jun. 2019.
· Comece com exploração, não com explicação, de Natalie Rusk. Acesso em: 22 jun. 2019.
· Atividade de Scratch para iniciantes: anime seu personagem. Acesso em: 22 jun. 2019.
· Como iniciar práticas educomunicadoras na escola. Portal Porvir. Acesso em: 22 jun. 2019.
3.1.5. Inovação na Educação
A inovação na Educação é mais uma questão metodológica do que uma questão de recursos tecnológicos.
Hoje acredita-se que, para atender às necessidades de aprendizagem do estudante do século 21, não cabe mais a escola tradicional, com lugares fixos e atividades que não têm maior significado em suas vidas. É preciso pensar em uma escola com atividades que coloquem o estudante no centro do processo educativo, de forma que todas as suas potencialidades e capacidade de criação sejam contempladas e estimuladas.
E é aí que entram as metodologias ativas!
Metodologias ativas
Chamamos de metodologias ativas aquelas que colocam o estudante como ator da construção do seu conhecimento; ou, em outras palavras: são formas de ensinar e aprender que têm o estudante como protagonista de seu processo de aprendizagem. Nas metodologias ativas, ao invés de ficar passivo, simplesmente "assistindo" às aulas, o estudante é convidado a criar, a colaborar e a expressar suas ideias.
Vamos saber um pouco mais sobre essa abordagem metodológica?
Assista ao depoimento de Lilian Bacich, que explica o conceito de metodologias ativas e as variações dessa metodologia.
aiba mais
Há várias formas de trabalhar com metodologias ativas. Leia o artigo Como as metodologias ativas favorecem o aprendizado escrito por Débora Garofalo para a Nova Escola. Acesso em: 22 jun. 2019.
https://novaescola.org.br/conteudo/11897/como-as-metodologias-ativas-favorecem-o-aprendizado
3.1.6. Inovação na Educação
Segundo o Professor Mitchel Resnick, do Massachusetts Institute of Techonology (MIT), a Aprendizagem Criativa propõe a criação de ambientes educacionais que incentivem 4 Ps:
 Projetos
Em Projetos, a ideia é incentivar os estudantes na construção de produtos compartilháveis, tais como construções com sucata, joguinhos de computador, poemas, peças de teatro e muito mais. No entanto, não estamos falando de qualquer projeto. É essencial que sejam significativos para o aprendiz.
 Paixão
É justamente essa Paixão que irá levá-los a se conectar mais profundamente com os temas explorados.
 Pares
Para que se sintam à vontade para explorar projetos pessoais, é importante que os estudantes possam trocar ideias e colaborar uns com os outros. É aí que entra a importância dos Pares.
 Pensar brincando
O último P é o do Pensar brincando. Ele enfatiza a importância de permitir aos estudantes que "brinquem" com os materiais e temáticas da atividade de forma bem livre. Essa exploração livre abre portas inesperadas e pode levar os projetos para destinos não esperados. Ela incentiva a percepção do "erro" como parte natural do processo de aprendizagem e como elemento vital para o desenvolvimento da criatividade. Assim, segundo a Aprendizagem Criativa, nosso papel é construir ambientes em que os alunos possam criar projetos que lhes sejam relevantes de forma colaborativa e exploratória.
Hora de refletir!
Você já utilizou alguma metodologia ativa com os estudantes?
Se vê em condições de trabalhar alguma dessas metodologias ativas?
Como seria uma aula sobre fake news usando uma metodologia ativa?
Não esqueça de fazer o registro dos resultados da sua reflexão! Após concluir, clique em “comentários” e veja algumas considerações que podem contribuir para ampliar suas ideias.
Compartilhe suas ideias com outros educadores na escola em que você atua e nas redes sociais usando a hashtag #inova_educacao
Comentários
Muitas ideias devem ter passado pela sua cabeça. O importante é que a aula que você idealizou torne o estudante protagonista de seu processo de aprendizagem.
Acesse o texto 5 atividades para falar sobre notícias falsas em sala de aula e veja algumas propostas de atividades que podem ser adaptadas por você com os estudantes da escola em que você atua. https://novaescola.org.br/conteudo/12460/5-sugestoes-de-atividades-para-falar-sobre-noticias-falsas-em-sala-de-aula
Saiba mais
Curso e comunidade on-line Aprendendo Aprendizagem Criativa, MIT Media Lab. Acesso em: 22 jun. 2019.
Ensino híbrido permite interações mais significativas. Portal Porvir. Acesso em: 22 jun. 2019.
Como as metodologias ativas favorecem o aprendizado. Portal Nova Escola. Acesso em: 22 jun. 2019.
Scratch na prática – série mensal de recursos pedagógicos que ajuda você a mediar atividades de programação em blocos para crianças e jovens, por meio da abordagem aprendizagem criativa. Aqui você encontra materiais para as propostas de práticas com o Scratch. Acesso em: 22 jun. 2019.
RBAC – a Rede Brasileira de aprendizagem criativa conecta você a educadores de todo o Brasil que já trabalham com aprendizagem criativa em diferentes contextos educacionais. Acesso em: 22 jun. 2019.
3.1.7. Visitando práticas e aprendendo com os colegas
Neste momento de nosso curso você já conheceu exemplos concretos de projetos que envolvem tecnologia. Para alguns isso pode parecer uma realidade distante. A boa notícia é que já temos alguns colegas que, ainda que de forma experimental e superando todas as dificuldades encontradas em suas escolas, vêm desenvolvendo um trabalho nessa direção.
Veja os dois vídeos a seguir, o primeiro com o professor José Inácio dos Santos Neto e a estudante Adriane Maia Caetano e o segundo com a professora Maria Rosilene Paes Gomes e a estudante Emanuelli Davini Alves, que trazem exemplos de práticas que combinam a tecnologia com metodologias ativas.
1. 
2. 
Projeto Clube do Insta
Hora de criar!
Algo bastante praticado na aprendizagem criativa é a remixagem, a desconstrução do que está pronto para que se torne algo diferente. Aprendemos muito ao adaptar um produto ao nosso modo. Das propostas de prática que você conheceu ou dos materiais que disponibilizamos neste módulo, o que você vai remixar? O que você mudaria nessas práticas pedagógicas em relação a:
· materiais;
· organização do espaço;
· tema central da atividade;
· habilidades cognitivas e socioemocionais a serem desenvolvidas.
Quais outros elementos você acrescentaria para que faça sentido em seu contexto?
Não esqueça de fazer o registro dos resultados!
Compartilhe suas ideias com outros educadores na escola em que você atua e nas redes sociais usando a hashtag #inova_educacao.
3.1.8. Plano de aula
Para terminar este módulo, apresentamos um exemplo de Plano de Aula feito pelo Professor Marcelo Suwabe, da DE Santos, que leva em consideração diversos aspectos já trabalhados neste curso.
Clique nos itens e veja como ele trabalha o conteúdo do nível de complexidade escolhido e como ele leva em consideração as competências da BNCC.
Título de aula
· As Redes Sociais.
Etapa e nível
· 8º ano/Inicial.
Eixo
· Letramento digital.
Conteúdos
· Cidadania Digital.
· Uso de redes sociais.
· Questões de segurança e privacidade na web.
· Responsabilidades na convivência em ambientes virtuais.
Recursos
· Sala de aula.
· Lousa.
· Cópia de posts de redes sociais.
· Computador (opcional).
· Celular (opcional).
Componentes curricularesrelacionados
· Língua Portuguesa.
· História.
· Geografia.
Palavras-chave
· Redes Sociais.
· Segurança.
· Ambientes virtuais.
· Ética.
Objetivo
· Identificar os principais aspectos da vivência em redes sociais, analisando responsabilidades e perigos.
Habilidades Relacionadas
BNCC
· [EF08ER01] - Discutir como as crenças e convicções podem influenciar escolhas e atitudes pessoais e coletivas.
· [EF69LP15] - Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre temas controversos ou polêmicos.
· [EF89LP04] - Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-argumentos em textos argumentativos do campo (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), posicionando-se frente à questão controversa de forma sustentada.
Currículo de Referência CIEB
· [CD08CD01] - Compreender e analisar a vivência em redes sociais, em especial sobre as responsabilidades e os perigos dos ambientes virtuais.
Objetos de aprendizagem
· Como não ser chato, redes sociais! Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IK1zuYPeeRE. Acesso em: 22 jun. 2019.
· Ética e abuso nas redes sociais. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OvmEgyi7ixI. Acesso em: 22 jun. 2019.
· Ética nas redes sociais – as empresas abusam do poder que têm sobre nós? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Y4cUjt-mEHU. Acesso em: 22 jun. 2019.
· Seja incrível na Internet - Currículo de Segurança e Cidadania Digital. Disponível em: https://beinternetawesome.withgoogle.com/pt-br_br. Acesso em: 22 jun. 2019.
· Redes Sociais. Disponível em: https://cartilha.cert.br/fasciculos/redes-sociais/fasciculo-redes-sociais.pdf. Acesso em: 22 jun. 2019.
· Privacidade. Disponível em: https://cartilha.cert.br/fasciculos/privacidade/fasciculo-privacidade.pdf. Acesso em: 22 jun. 2019.
Situação Ensino-Aprendizagem
Sequência didática
· 1.
Cronograma da aula
· Acolhida (Sensibilização)
· Problematização (Estimulando a curiosidade)
· Exibição de vídeo (opcional – estratégia docente)
· Discussão de caso (opcional – estratégia docente)
· Atividade complementar (Atividade de aprofundamento)
· Memorial (Hoje aprendi)
· 2.
Acolhida
Início da atividade, em que o professor busca integrar a turma e prepará-la para o desenvolvimento.
Uma forma de fazer isso é pedir para que, em duplas, os estudantes contem qual foi sua última postagem nas redes sociais e a razão para a escolha daquele conteúdo.
· 3.
Problematização
Em grupos de cinco a seis estudantes: discutir o que conhecem sobre as redes sociais, registrando os principais pontos apresentados.
· 4.
Exibição de vídeo
· Como não ser chato, redes sociais!
· Ética e abuso nas redes sociais!
A partir da exibição dos vídeos e do que foi produzido pelos estudantes na problematização, o docente poderá refletir com os estudantes os aspectos relacionados ao uso de redes sociais, no que tange a segurança, privacidade e responsabilidade do usuário. Pode-se usar os sites relacionados como base de informação para os estudantes consultarem.
· 5.
Discussão de caso e experimentação
Organize grupos de três componentes: apresente alguns posts polêmicos de redes sociais para os estudantes usando o computador ou os próprios posts impressos, lendo os comentários. Levante algumas questões relacionadas aos conceitos apresentados nos vídeos para iniciar uma discussão. Solicite aos grupos que façam um debate sobre os posts, classificando-os em relação à segurança, à privacidade e à responsabilidade, construindo um quadro comparativo. Essa classificação pode ser feita em folhas de papel sulfite, em caderno ou em qualquer outro espaço para registro. Ao final, o docente resgata as produções e, em plenária, analisa os resultados com os estudantes.
Socialização: recomenda-se que as produções sejam compartilhadas durante o processo de aprendizagem.
· 6.
Atividade complementar
Os grupos podem procurar novos vídeos relevantes na internet e apresentar aos demais colegas, justificando a seleção. Com os compartilhamentos, os grupos fazem anotações sobre os pontos pertinentes para criar regras de convivências e orientações sobre o uso de redes sociais.
· 7.
Memorial
Os estudantes constroem seu memorial usando o tema Redes Sociais. Considere as novas descobertas e aprendizagens.
Para isso, pode-se criar um desenho, um verso, uma paródia etc.
O que se espera que o estudante desenvolva
· Identifica os perigos relacionados ao uso de redes sociais;
· Reconhece e analisa as responsabilidades quanto à vivência em redes sociais.
Essa atividade pode acontecer em apenas uma aula, suprimindo algumas etapas, ou em duas, caso haja disponibilidade.
Hora de criar!
Imagine que você já assumiu a aula do componente Tecnologia e é hora de criar a primeira atividade para seus estudantes. Com base no plano de aula apresentado pelo Professor Marcelo, crie essa atividade! Que tal já pensar numa metodologia ativa?
Consulte os registros realizados até este momento do curso, talvez você encontre alguma ideia de atividade. Clique aqui e baixe o modelo do plano de aula.
Compartilhe suas ideias com outros educadores na escola em que você atua e nas redes sociais usando a hashtag #inova_educacao.
3.1.9. Avaliação e desenvolvimento de competências socioemocionais
Agora que você conheceu o plano de aula produzido pelo professor Marcelo, assista ao vídeo a seguir em que ele aprofunda a proposta de avaliação e o trabalho para o desenvolvimento de competências socioemocionais
Dica!
Que tal exercitar o P de Paixão e se conectar mais profundamente com os temas explorados neste curso e compartilhar com os seus colegas as práticas, intencionalidades e resultados obtidos aqui? Proponha uma roda de conversa e conte sobre as reflexões que este curso tem despertado em você e as práticas que você exercitou. Veja algumas sugestões de temas para nortear as rodas de conversa:
· conhecer diferentes experiências com tecnologia e metodologias ativas;
· compartilhar atividades com imagens e relatos;
· desenhar e remixar atividades;
· apoiar iniciantes em tecnologia nos seus primeiros passos.
Este conteúdo não contém questões avaliativas. O questionário geral de avaliação do curso será disponibilizado ao final do curso. Para concluir o conteúdo deste módulo, clique no botão abaixo “Finalizar".
Módulo 4 - Conhecendo o cenário sobre o uso de tecnologia na escola
4.1. A escola e a tecnologia
4.1.1. Abertura do módulo
Olá, professor(a), bem-vindo(a) ao Módulo 4!
Para aprofundar o conhecimento, exploraremos algumas das referências que servem de inspiração na construção do componente Tecnologia e que permitirão a você traçar o panorama do cenário e refletir sobre o uso de tecnologia na escola.
Como já mencionamos, a Base Nacional Comum Curricular e o Currículo Paulista foram tomados como referência para pensarmos esse novo componente. Além disso, procuramos inspiração em alguns outros documentos. Neste módulo, vamos saber um pouco mais sobre isso.
Vamos lá?
4.1.2. Documentos fundamentais
Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
É preciso garantir aos jovens aprendizagens para atuar em uma sociedade em constante mudança, prepará-los para profissões que ainda não existem, para usar tecnologias que ainda não foram inventadas e para resolver problemas que ainda não conhecemos. Certamente, grande parte das futuras profissões envolverá, direta ou indiretamente, computação e tecnologias digitais.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília (DF): Ministério da Educação, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 13 jul. 2019. .
A tecnologia na BNCC
A menção à tecnologia perpassa todo o documento: no próprio nome e conceituação das áreas do conhecimento na etapa do Ensino Médio, nos componentes curriculares, nas habilidades... Aqui, destacamos uma das competências gerais da Educação Básica explicitada na Base e analisamos aspectos de cada trecho destacado:
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais deinformação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (Brasil, BNCC, 2018, p. 9)
Essas competências unem, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, ou seja, esse trecho explicita diretrizes para o desenvolvimento do trabalho no componente curricular Tecnologia.
Na etapa do Ensino Médio, a tecnologia assume especial relevância, pois:
dada a intrínseca relação entre as culturas juvenis e a cultura digital, torna-se imprescindível ampliar e aprofundar as aprendizagens construídas nas etapas anteriores. Afinal, os jovens estão dinamicamente inseridos na cultura digital, não somente como consumidores, mas se engajando cada vez mais como protagonistas. Portanto, na BNCC dessa etapa, o foco passa a estar no reconhecimento das potencialidades das tecnologias digitais para a realização de uma série de atividades relacionadas a todas as áreas do conhecimento, a diversas práticas sociais e ao mundo do trabalho. (Brasil, BNCC, 2018, p. 474)
4.1.3. As três dimensões
No texto da BNCC, são apontadas três dimensões que agregam as diversas ações relacionadas ao trabalho com Tecnologias na Educação. Elas inspiraram a definição dos eixos do componente Tecnologia que vimos anteriormente. São elas:
Pensamento computacional
Envolve as capacidades de compreender, analisar, definir, modelar, resolver, comparar e automatizar problemas e suas soluções, de forma metódica e sistemática, por meio do desenvolvimento de algoritmos.
Mundo digital
Envolve as aprendizagens relativas às formas de processar, transmitir e distribuir a informação de maneira segura e confiável em diferentes artefatos digitais – tanto físicos (computadores, celulares, tablets etc.) como virtuais (internet, redes sociais e nuvens de dados, entre outros) –, compreendendo a importância contemporânea de codificar, armazenar e proteger a informação.
Cultura digital
Envolve aprendizagens voltadas a uma participação mais consciente e democrática por meio das tecnologias digitais, o que supõe a compreensão dos impactos da revolução digital e dos avanços do mundo digital na sociedade contemporânea, a construção de uma atitude crítica, ética e responsável em relação à multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais, aos usos possíveis das diferentes tecnologias e aos conteúdos por elas veiculados, e, também, à fluência no uso da tecnologia digital para expressão de soluções e manifestações culturais de forma contextualizada e crítica.
Com essas três dimensões vamos garantir que, por meio das competências e habilidades, os estudantes possam:
Buscar dados e informações de forma crítica nas diferentes mídias, inclusive as sociais, analisando as vantagens do uso e da evolução da tecnologia na sociedade atual, como também seus riscos potenciais.
Apropriar-se das linguagens da cultura digital, dos novos letramentos e dos multiletramentos para explorar e produzir conteúdos em diversas mídias, ampliando as possibilidades de acesso à ciência, à tecnologia, à cultura e ao trabalho.
Usar diversas ferramentas de software e aplicativos para compreender e produzir conteúdos em diversas mídias, simular fenômenos e processos das diferentes áreas do conhecimento, e elaborar e explorar diversos registros de representação matemática.
Utilizar, propor e/ou implementar soluçõesenvolvendo diferentes tecnologias, para identificar, analisar, modelar e solucionar problemas complexos em diversas áreas da vida cotidiana, explorando de forma efetiva o raciocínio lógico, o pensamento computacional, o espírito de investigação e a criatividade.
Fonte: BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília (DF): Ministério da Educação, 2018. p. 473 e 474. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 26 jun. 2019.
4.1.4. A tecnologia no Currículo Paulista
O Currículo Paulista afirma o compromisso com o desenvolvimento dos estudantes em suas dimensões intelectual, física, socioemocional e cultural e avoca as dez competências gerais da BNCC. Além disso declara, dentre seus fundamentos pedagógicos:
O compromisso com a Educação Integral.
O compromisso com o desenvolvimento de competências.
O compromisso com a alfabetização, o letramento e os (multi)letramentos em todas as áreas do conhecimento.
O estímulo e o apoio à construção do Projeto de Vida dos estudantes.
Tecnologia digital: o estudante como consumidor e produtor de tecnologia.
O processo de avaliação a serviço das aprendizagens de todos os estudantes.
Tecnologia digital: o estudante como consumidor e produtor de tecnologia
"A forte presença da tecnologia na vida de todos tem ressignificado o cotidiano, alterado práticas, modos de interação, as maneiras como executamos as mais variadas tarefas. A leitura e a escrita vêm ocupando novas plataformas, novos canais de circulação. As tecnologias em geral e as linguagens — as digitais em particular — alcançam crianças e adolescentes no modo como concebem seus processos pessoais de aprendizagem.
O papel da escola, sintonizada com as novas formas de produção do conhecimento na cultura digital, consiste em inserir, de maneira eficaz, os estudantes das diferentes etapas de ensino nas mais diferentes culturas requeridas pela sociedade do conhecimento. Assim, além do letramento convencional, os multiletramentos e os novos letramentos se fazem necessários para a formação integral dos estudantes e, dessa forma, para a inserção nas culturas: letrada, artística, do movimento, científica, popular, digital, entre outras.
É preciso considerar que o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) envolve postura ética, crítica, criativa, responsável. Essa postura precisa ser trabalhada na escola associada ao desenvolvimento de competências e habilidades voltadas à resolução de situações problema, ao estímulo ao protagonismo e à autoria.
Para ampliar e ressignificar o uso das tecnologias e assegurar que os estudantes saibam lidar com a informação cada vez mais disponível, o Currículo Paulista contempla essa temática nos vários componentes curriculares desde os Anos Iniciais do Ensino Fundamental."
SÃO PAULO (Estado). Currículo Paulista, 2019
Assim, o componente Tecnologia será fundamental nesse momento, pois potencializará o uso já previsto em todas as disciplinas e componentes do novo currículo. O trabalho colaborativo entre os professores também será importante, para que os estudantes possam compreender melhor o uso da tecnologia ao longo de toda a sua formação.
4.1.5. Experiência: currículos de tecnologia
O Centro de Inovação para Educação Brasileira (CIEB) é uma organização sem fins lucrativos que tem como intuito promover a cultura de inovação na educação pública do país.
Após analisar materiais nacionais e referenciais internacionais, o CIEB propôs um Currículo de Referência em Tecnologia e Computação.
Veja os materiais e referenciais analisados pelo CIEB.
Nacionais
· BNCC
· Referenciais de formação para Educação Básica da Sociedade Brasileira de Computação (SBC)
· Componente curricular Tecnologias para Aprendizagem do Currículo da Cidade de São Paulo
Internacionais
· Componente curricular Tecnologia da Austrália
· Currículo dos Estados Unidos (Next Generation Science Standards)
· Currículo de Computação do Reino Unido (National Curriculum for Computing)
Que tal conhecer brevemente cada um deles!?
Referenciais de formação para a Educação Básica da Sociedade Brasileira de Computação (SBC)
Para a Sociedade Brasileira de Computação, conhecimentos básicos de computação são tão importantes quanto os demais componentes curriculares e se mostram essenciais para o desenvolvimento da sociedade do século 21.
A entidade defende que a computação provê conhecimentos sobre o mundo digital e também sobre estratégias e artefatos para resolver problemas de alta complexidade, que há poucosanos não seriam solucionáveis
(SBC, 2017)
. Nesse sentido, os referenciais propostos pela entidade destacam conhecimentos de ciência da computação que permitem compreender como funcionam e como se criam tecnologias computacionais, além do desenvolvimento de competências necessárias para resolução de problemas.
Os referenciais curriculares da SBC se organizam em três eixos:
· pensamento computacional,
· mundo digital,
· cultura digital.
(Currículo de referência em tecnologia e computação: da educação infantil ao ensino fundamental, CIEB, p. 8).
Saiba mais
Acesse o Referenciais de Formação em Computação: Educação Básica e leia mais detalhes sobre essa experiência. Acesso em: 26 jun. 2019.
Currículo da Cidade de São Paulo
Abarca concepções e objetivos de aprendizagem para o desenvolvimento do uso das tecnologias e ferramentas digitais no processo cognitivo de aprendizagem.
Nesse sentido, o currículo pretende ofertar a professores e estudantes mais formas de compreender as tecnologias e entender como podem utilizá-las para interagir, conectar-se, participar e formar redes, colaborar, agir, refletir, construir e ressignificar conhecimentos a partir da vivência em uso na perspectiva da educação integral, que conhece, investiga e se expressa, considerando as especificidades deste século.
As metodologias e estratégias didáticas precisam permitir a compreensão, apropriação, participação e ressignificação dos processos pedagógicos, enfatizando os princípios de equidade, inclusão e educação integral que vão ao encontro das necessidades e anseios dos estudantes, indicando nos objetivos de aprendizagem os resultados e experiências a serem atingidos em cada ano e série.
Saiba mais
Acesse o Currículo da cidade e leia mais detalhes sobre essa experiência. Acesso em: 26 jun. 2019.
Currículo da Austrália: Componente curricular Tecnologia
O currículo australiano existe desde 2010 e está estruturado em dois temas: Design e tecnologias e Tecnologias digitais. Sua estrutura contempla, para cada um dos temas, as habilidades que os estudantes devem desenvolver em cada ano. Cada habilidade está associada a um conjunto de práticas e também às competências gerais, transversais ao currículo. Cada habilidade tem um link para conteúdos disponibilizados em uma plataforma virtual.
(Currículo de referência em tecnologia e computação: da Educação Infantil ao Ensino Fundamental, CIEB, p. 9)
Currículo americano: Next Generation Science Standards
O currículo americano está associado ao ensino de ciências, e se estrutura em três dimensões:
· Interdisciplinaridade,
· Práticas (Ciência e Engenharia) e
· Conceitos principais.
As dimensões são articuladas de forma a levar o estudante a melhor compreender conceitos de ciências e de engenharia ao longo do ensino fundamental, e as expectativas de desempenho são definidas integrando as três dimensões, relacionando-as a competências e habilidades que precisam ser desenvolvidas pelos estudantes em cada ano.
(Currículo de referência em tecnologia e computação: da Educação Infantil ao Ensino Fundamental, CIEB, p. 10)
Currículo do Reino Unido: National Curriculum for Computing
O currículo do Reino Unido é composto por uma sequência de conteúdos que devem ser trabalhados durante os quatro macroníveis de ensino (os key stages) em suas três dimensões:
· ciência da computação,
· tecnologia da informação,
· letramento digital.
Cada um desses macroníveis tem indicação das competências que o estudante deverá desenvolver.
(Currículo de referência em tecnologia e computação: da educação infantil ao ensino fundamental, CIEB, p. 11)
Currículo de Referência em Tecnologia e Computação: da Educação Infantil ao Ensino Fundamental
Como já mencionado, o CIEB analisou cada um dos documentos anteriores para elaborar o Currículo de Referência em Tecnologia e Computação: da Educação Infantil ao Ensino Fundamental. Ele está organizado em três eixos estruturantes, dez conceitos e 147 habilidades que se desdobram em práticas, sugestões de avaliação, material de referência e níveis de maturidade da escola e competências docentes.
Cada eixo apresenta conceitos-chave que ajudam na organização de habilidades:
Cultura digital
Se desenvolve com três conceitos principais: letramento digital, cidadania digital e tecnologia digital.
Tecnologia digital
Apresenta três conceitos: representação de dados, hardware e software e comunicação e redes.
Pensamento computacional
É composto por quatro conceitos: abstração, algoritmos, decomposição e reconhecimento de padrões.
Saiba mais
Conheça mais sobre o Currículo de referência em tecnologia e como as habilidades foram estruturadas. O CIEB também apresenta um proposta para conhecer melhor o nível de maturidade de cada uma de nossas escolas. Esse instrumento foi desenvolvido em parceria com o MEC, e está integrado ao Programa Educação Conectada, que também propõe uma autoavaliação para que os professores possam conhecer melhor suas habilidades relacionadas ao uso das tecnologias. Acesso em: 26 jun. 2019.
As diretrizes curriculares de Tecnologia se inspiram em experiências como as descritas e em outras que já acontecem na rede. Por isso, estão sendo desenvolvidas de maneira colaborativa por representantes de diversas Diretorias de Ensino. Nas próximas etapas formativas, elas serão aprofundadas.
http://curriculo.cieb.net.br/
4.1.6. Experiência: avaliação das escolas e redes
Você já ouviu falar sobre nível de maturidade tecnológica de uma escola, ou como medir o nível de maturidade de cada escola?
Pois é, essa prática existe e é sobre isso que vamos tratar agora! Conheça a seguir o Programa de Inovação Educação Conectada.
Programa de Inovação Educação Conectada
[...] o Programa de Inovação Educação Conectada, lançado pelo MEC, instituído pelo Decreto n° 9.204, de 23 de novembro de 2017: “programa resultante de uma articulação horizontal e colaborativa, que envolveu todos os entes federativos”.
MINISTÉRIO da Educação. Educação conectada: Inovação tecnológica impulsionando a educação pública brasileira. Brasília: MEC, 2017. p.3. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/novembro-2017-pdf/77461-conceito-do-programa-de-inovacao-educacao-conectada-pdf/file
O Programa de Inovação Educação Conectada do Ministério da Educação tem o objetivo de apoiar a universalização do acesso à internet de alta velocidade, por via terrestre e satelital, e fomentar o uso de tecnologia digital na Educação Básica. Para isso, o Programa foi elaborado com quatro dimensões que se complementam e devem estar em equilíbrio, para que o uso de tecnologia digital tenha efeito positivo na educação.
As dimensões têm origem na teoria Four in Balance (Quatro em Equilíbrio, que embasa o Programa de Inovação Educação Conectada). Vamos entender melhor as quatro dimensões:
Visão
É o espaço que a tecnologia ocupa dentro da unidade escolar. Ou seja, o que as pessoas que lá trabalham ou estudam têm de expectativa sobre seus usos e potenciais e como os conectam com o seu projeto coletivo de educação.
Formação profissional
Prevê os conhecimentos e as habilidades de professores, gestores escolares e pessoal de apoio sobre o uso das TDIC para promover o ensino e a aprendizagem.
Recursos Educacionais Digitais (REDs)
Refere-se a integrar tecnologias e mídias digitais como forma de alavancar o currículo; o uso dos REDs (como software educativo, ambientes virtuais de aprendizagem, plataformas adaptativas, objetos digitais de aprendizagem etc.) deve estar alinhado com a visão educacional da escola.
Infraestrutura
Diz respeito a uma infraestrutura tecnológica adequada no contexto educacional, como a disponibilização de hardware, redes e conectividade de qualidade. Cada escola deve implantar os recursos tecnológicos de acordo com suas necessidades e opções.
A seguir, assista ao vídeo com o professor Marcelo Suwabe, que explica sobre essas quatro dimensões e introduz o conceito de nível de maturidade.
O que esse programa tem de diferente daqueles já lançados pelo Ministério da Educação?
Para participar, os entes da federação, por meio das secretariasestaduais e distrital, precisam aderir ao programa. Depois é a vez das escolas. O MEC envia para as redes a lista das escolas aptas a participar do programa nessa sua primeira fase, chamada “Indução”. Ao saber quais são as escolas aptas, as redes divulgam o período de inscrição: nesse ponto, é necessário que a gestão escolar consulte a comunidade escolar. Se estiverem de acordo, a adesão ao programa deve ocorrer na plataforma dos programas MEC, por meio da qual o gestor deve registrar seu aceite e elaborar um plano de ação para o uso do recurso, que vai direto para a escola e tem de ser usado na melhoria da conectividade.
Por que tratamos do programa do MEC neste curso?
O Estado de São Paulo aderiu ao programa em 2017. Cerca de 3 mil unidades escolares foram selecionadas para participar e mais de 2 mil fizeram a adesão. Grande parte dessas escolas já receberam recursos, outras aguardam a finalização da análise do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Além disso, os princípios do programa também dão subsídios para a elaboração do currículo do componente Tecnologia.
O uso de tecnologias na educação enfatiza a inserção da escola no contexto digital. Esse cenário requer ações como a formação continuada de educadores para a utilização de TDIC na prática pedagógica numa perspectiva de articulação entre teoria e prática, a curadoria de recursos digitais que podem ser utilizados nos momentos de ensino e de aprendizagem, a infraestrutura adequada para fomentar a prática docente e a participação ativa dos estudantes, além da estratégia com os atores do ecossistema para ter êxito em todo esse processo.
Lembre-se!
A tecnologia só terá impacto positivo na educação se, além da infraestrutura, forem planejadas ações para integração das TDIC ao currículo, a formação de professores para práticas pedagógicas inovadoras e a seleção e uso de recursos digitais de qualidade!
É necessário desmitificar o uso da tecnologia, que não necessariamente está relacionada à infraestrutura e aos recursos digitais, mas também pode estar ligada à mudança de atitude, a olhar para um problema e trabalhar com ele – ou seja, ela pode ser utilizada como uma propulsora.
A tecnologia não é a única forma de promover mais qualidade e equidade na educação pública, mas, sem os ganhos exponenciais proporcionados pela sua utilização na gestão e na promoção da aprendizagem, não será possível avançar na velocidade necessária para transformar a educação paulista.
4.1.7. Experiência: avaliação das escolas e redes
A partir do conceito do Programa de Inovação Educação Conectada, foram propostos pelo CIEB, em parceria com o MEC (e adotados pelos estados), os níveis de adoção de tecnologia, considerando aspectos pedagógicos e tecnológicos e o uso por diferentes atores:
Emergentes
O nível emergente é caracterizado pela falta de infraestrutura para tecnologia para fins pedagógicos.
Básico
A tecnologia é aplicada como ferramenta de forma esporádica e limitada por professores e estudantes. Gestores utilizam a tecnologia como ferramenta básica de gestão e comunicação.
Intermediário
A tecnologia inspira o processo de ensino, permitindo o acesso a conteúdo e recursos e o planejamento de aulas. Facilita o aprendizado, com o uso frequente em sala de aula. Gestores utilizam a tecnologia para ganhos de eficiência e planejamento da gestão.
Avançado
A tecnologia é transformadora dos processos pedagógicos e de gestão, estando presente no dia a dia de todos os atores da escola. Estudantes tornam-se protagonistas de sua aprendizagem por meio de metodologias ativas. A tecnologia apoia a tomada de decisão da equipe escolar, contribuindo para a melhoria dos processos.
O instrumento, inspirado em iniciativas similares de sucesso em outros países, também aponta caminhos para as melhores práticas de tecnologia aplicada à aprendizagem dos estudantes, ao desenvolvimento de competências digitais dos professores e à gestão nas escolas.
O Estado de São Paulo já aplicou o questionário em duas oportunidades. A primeira foi entre outubro de 2016 e março de 2017, com 98% das escolas participantes. A última foi em 2018, de forma amostral no Estado e censitária em três municípios: Guarujá, Ferraz de Vasconcelos e Osasco, totalizando 331 escolas participantes.
No quadro, o resultado da última pesquisa realizada na Rede educacional paulista:
Fonte: Guia Edutec/CIEB
As respostas dos questionários da pesquisa são os níveis de adoção de tecnologia na rede. A dimensão menos desenvolvida é Visão, e essa deveria ser prioridade.
Como esses resultados são aproveitados?
Os resultados da pesquisa são utilizados pelas áreas técnica e pedagógica para orientar ações de formação de professores e gestores, para melhoria de infraestrutura e para a disponibilização de recursos digitais.
Esses níveis representam os estágios de integração das tecnologias educacionais no processo de ensino e aprendizagem. Demonstram, assim, níveis progressivos pelos quais passam os estudantes, os professores, os gestores, as salas de aula ou as escolas, em seus processos de apropriação das tecnologias.
A escola pode evoluir dentro dos níveis conforme se desenvolve em cada uma das dimensões. Como por exemplo, se os professores dedicarem tempo para formação ou se houver o uso de Recursos Educacionais Digitais, com mais frequência e intencionalidade.
O componente Tecnologia foi desenvolvido pensando nos diversos níveis de maturidade que fazem parte da nossa rede.
4.1.8. Experiência: avaliação das escolas e redes
Guia Edutec
Para saber qual o nível de maturidade das escolas, foi desenvolvido o Guia Edutec, ferramenta on-line e gratuita, que faz um diagnóstico do grau de adoção de tecnologia educacional tanto na rede de ensino quanto em cada escola. O instrumento, inspirado em iniciativas similares de sucesso em outros países, também aponta caminhos para as melhores práticas de tecnologia aplicadas à aprendizagem e à gestão escolar.
Como funciona o guia?
O diretor da escola deve preencher o questionário disponível na ferramenta, acompanhado de dois professores: um que já faz uso de tecnologias e outro que não usa. Depois de enviar suas respostas, o diretor receberá no e-mail cadastrado a devolutiva com o resultado/classificação da escola. Assim, toda a equipe escolar terá a oportunidade de analisar o panorama e traçar estratégias de melhoria, caso seja necessário.
Desenhar formações de professores que tenham como resultados esperados a transformação da prática docente apoiada pelas tecnologias é ação-chave no desenvolvimento da educação.
Para que você consiga buscar formações direcionadas às suas demandas, é preciso identificar as suas lacunas de aprendizagem e de atuação profissional, num movimento constante de aprendizagem.
Veja o que diz o professor Marcelo Suwabe sobre esse tema:
Hora de refletir!
Pense na escola em que você atua. Como você pode colaborar para o avanço do nível de maturidade da escola?
Compartilhe suas ideias com outros educadores na escola em que você atua e nas redes sociais usando a hashtag #inova_educacao.
4.1.9. Experiência: competências de educadores para o uso das tecnologias
Diversas organizações definiram competências de professores para o uso das tecnologias. A seguir, conheceremos a proposta da Unesco e também a do CIEB, em parceria com o Instituto Natura.
Padrões de competência em TDIC para professores – Unesco
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) publicou em 2008 o documento Padrões de Competências em TIC para Professores (ICT-CST), que apresenta como o desenvolvimento profissional docente ocorre, enquanto os países reorganizam seus currículos, voltando-os para o desenvolvimento de competências necessárias ao século 21.
O documento tem como objetivos específicos:
Construir
um conjunto comum de diretrizes que os provedores de desenvolvimento profissional podem usar para identificar, construir ou avaliar materiais de ensino ou programas e treinamento de docentes no uso das TDIC para o ensino e aprendizagem.
Oferecer
um conjunto básicode qualificações que permita aos professores integrarem as TDIC ao ensino e à aprendizagem, para desenvolvimento do aprendizado do estudante e melhora de outras obrigações profissionais.
Expandir
o desenvolvimento profissional dos docentes para aprimorar suas habilidades em pedagogia, em colaboração e em liderança no desenvolvimento de escolas inovadoras usando as TDIC.
Harmonizar
diferentes pontos de vista e nomenclaturas em relação ao uso das TDIC na formação dos professores.
UNESCO. Padrões de competência em TIC para professores. Tradução: Claudia Bentes David. Brasília: Unesco, 2009. p.5. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000156209_por. Acesso em:13 jun. 2019.
Os padrões de competência em TDIC foram organizados em módulos, considerando três abordagens, que apresentam a evolução da alfabetização em tecnologia, seu aprofundamento do conhecimento e a criação de conhecimentos.
Além das três abordagens, apresenta seis componentes que extrapolam os limites das TDIC. Incluem política, currículo e avaliação, pedagogia, uso da tecnologia, organização e administração da escola e desenvolvimento profissional do docente.
Dica!
Acesse o documento Padrões de competência em TDIC para professores elaborado pela Unesco e veja como os módulos se organizam.
Este documento passou a servir de base para que redes de todo o mundo comecem a pensar a formação de professores para o uso das tecnologias.
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000156209_por
4.1.10. Experiência: competências de educadores para o uso das tecnologias
Matriz de competências digitais – CIEB
Com base no documento elaborado pela UNESCO, o CIEB desenvolveu uma matriz de competências digitais de professores mais adequados ao contexto nacional.
Veja!
Competências de professores e multiplicadores para uso de TDIC na Educação
	Áreas
	Competências
	Pedagógica
	Práticas pedagógicas
Ser capaz de incorporar tecnologias às experiências de aprendizado dos estudantes e às suas estratégias de ensino.
	Avaliação
Ser capaz de usar tecnologias digitais para acompanhar e orientar o processo de aprendizagem e avaliar o desempenho dos estudantes.
	Personalização
Ser capar de utilizar a tecnologia para criar experiências de aprendizagem que atendam às necessidades de cada estudante.
	Curadoria e criação
Ser capaz de selecionar e criar recursos digitais que contribuam para o processo de ensino e aprendizagem e gestão de sala de aula.
	Cidadania Digital
	Uso responsável
Ser capaz de fazer e promover o uso ético e responsável da tecnologia (cyberbullying, privacidade, presença digital e implicações legais).
	Uso seguro
Ser capaz de fazer e promover o uso de tecnologias (estratégias e ferramentas de proteção de dados).
	Uso crítico
Ser capaz de fazer e promover a interpretação crítica das informações disponíveis em mídias digitais.
	Inclusão
Ser capaz de utilizar recursos tecnológicos para promover a inclusão e a equidade educativa.
	Desenvolvimento Profissional
	Autodesenvolvimento
Ser capaz de usar TDICs nas atividades de formação continuada e de desenvolvimento profissional.
	Autoavaliação
Ser capaz de utilizar as TDICs para avaliar a sua prática docente e implementar ações para melhorias.
	Compartilhamento
Ser capaz de usar a tecnologia para participar e promover a participação em comunidades de aprendizagem e troca de pares.
	Comunicação
Ser capaz de utilizar tecnologias para manter comunicação ativa, sistemática e eficiente com os atores da comunidade educativa.
Fonte: Competências de professores e multiplicadores para uso de TIC na Educação. Disponível em: http://cieb.net.br/wp-content/uploads/2019/06/CIEB-Notas-T%C3%A9cnicas-8-COMPET%C3%8ANCIAS-2019.pdf. Acesso em: 7 jul. 2019.
Para saber mais sobre as áreas dessa matriz, assista ao depoimento da especialista em educação do CIEB, Lidiana Osmundo.
ara avaliar o desenvolvimento de cada competência, foram elaborados, em parceria com o Instituto Natura, cinco níveis de apropriação e seus respectivos descritores, que evidenciam a progressão da competência pelo professor.
Saiba mais
Para mais informações sobre os descritores e os níveis de apropriação das competências digitais, Leia a nota técnica nº15 DO CIEB: Autoavaliação de competências digitais de professores. Acesso em: 26 jun. 2019.
http://cieb.net.br/wp-content/uploads/2019/05/CIEB_NotaTecnica15_06-de-maio-de-2019.pdf
4.1.11. Autoavaliação
Para apoiar os docentes na avaliação de suas competências, foi criada a ferramenta on-line Autoavaliação de Competências Digitais de Professores. Essa ferramenta tem dois objetivos principais:
1
Promover a reflexão dos docentes sobre seus próprios conhecimentos e sobre o uso de tecnologias digitais.
2
Informar as redes de ensino sobre perfil agregado das competências digitais dos professores, de forma que possam desenvolver formações docentes mais efetivas.
Ao ter conhecimento sobre quais competências digitais precisa desenvolver, você poderá se sentir mais estimulado a ser protagonista de sua própria evolução e buscar formações significativas e direcionadas aos seus desejos e necessidades, que possibilitam transformação em sua prática pedagógica. Além disso, a ferramenta fornece aos gestores das redes de ensino dados agregados que contribuem para um planejamento mais assertivo de cursos e programas de fortalecimento profissional.
Ficou curioso para saber sobre as suas competências digitais? http://guiaedutec.com.br/educador
Clique aqui e responda ao questionário para mapear suas competências digitais. Não se preocupe com o resultado! Ao longo dos próximos meses, você poderá participar de formações para desenvolver as competências que considerar necessárias. Vale destacar que todas as competências podem ser fortalecidas ao longo do tempo.
Hora de criar!
Para finalizar nosso curso convidamos você a elaborar um vídeo, podcast, gif ou outra mídia que represente sua percepção sobre o componente Tecnologia. Use suas anotações para relembrar cada parte do trajeto percorrido.
Compartilhe suas ideias com outros educadores na escola em que você atua e nas redes sociais usando a hashtag #inova_educacao.
Saiba mais
Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa - A RBAC conecta você a pessoas de todo o Brasil que estão mudando seu papel enquanto educadores ao usar aprendizagem criativa como abordagem para trabalhar com tecnologia em ambientes formais e não formais de educação.
4.1.12. Encerramento do Módulo
Você está a um passo de concluir o curso de Formação básica: Tecnologia!
Para finalizar este curso, responda às questões da avalição final que estará disponível a partir do dia 29 de julho de 2019, no menu lateral do curso.
Atenção!
Você terá apenas duas oportunidades para responder à avaliação.
Reveja suas anotações, os pontos principais do conteúdo e, apenas depois que estiver preparado(a), inicie o questionário.
Para aprovação e certificação no Curso, você deve acertar, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) do total das questões.
Boa sorte!
Para concluir o conteúdo deste módulo, clique no botão abaixo “Finalizar”.
Encerramento do Curso
Olá!
Agradecemos o seu engajamento neste processo formativo. Esperamos que as reflexões aqui propostas tenham contribuído para o entendimento do componente Tecnologia.
Essa experiência não termina aqui, convidamos você a continuar a desenvolver-se como professor deste componente com o apoio de formações que aprofundarão esse tema.
Queremos saber se você tem ou não interesse em participar da formação de aprofundamento. Responda a enquete disponível no menu lateral do curso.
Até mais!
Referências
BRASIL. Decreto nº 9.204, de 23 de novembro de 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9204.htm. Acesso em: 15 jul. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Programa de Inovação Educação Conectada. Disponível em: http://educacaoconectada.mec.gov.br/35-o-programa/149-o-programa. Acesso em: 15 jul. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC): competências gerais da educação básica. Brasília: MEC, 2017.Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 15 mar. 2019.
CIEB. Currículo de referência em tecnologia e computação: da educação infantil ao ensino fundamental. Centro de Inovação para a Educação Brasileira. São Paulo. Disponível em: http://curriculo.cieb.net.br/. Acesso em: 15 jul. 2019.
CIEB. Guia Edutec. Centro de Inovação para a Educação Brasileira. São Paulo. Disponível em: http://guiaedutec.com.br/escola. Acesso em: 15 jul. 2019.
CIEB. Nota Técnica 8 do CIEB: competências de professores e multiplicadores para uso de TICs na educação. Centro de Inovação para a Educação Brasileira. São Paulo. Disponível em: http://cieb.net.br/wp-content/uploads/2019/06/CIEB-Notas-T%C3%A9cnicas-8-COMPET%C3%8ANCIAS-2019.pdf. Acesso em: 7 jul. 2019.
CIEB. Nota Técnica 15 do CIEB: autoavaliação de competências digitais de professores. Centro de Inovação para a Educação Brasileira. São Paulo. Disponível em: http://cieb.net.br/wp-content/uploads/2019/05/CIEB_NotaTecnica15_06-de-maio-de-2019.pdf. Acesso em: 7 jul. 2019.
INSTITUTO AYRTON SENNA. BNCC: construindo um currículo de educação integral. Disponível em: https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/BNCC/desenvolvimento.html#desenvolvimento. Acesso em: 16 jul. 2019.
INSTITUTO AYRTON SENNA. Descubra como competências socioemocionais podem melhorar a Educação brasileira. Disponível em: https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/meu-educador-meu-idolo/materialdeeducacao/descubra-como-competencias-socioemocionais-podem-melhorar-a-educacao-brasileira.html. Acesso em: 16 jul. 2019.
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