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O livro de Isaías é uma peça central da literatura profética do Antigo Testamento e é frequentemente citado no Novo Testamento como tendo antecipado o ministério de Jesus Cristo. Várias passagens de Isaías são interpretadas pelos cristãos como profecias messiânicas. Aqui estão algumas das mais notáveis: Isaías 7:14 - O Nascimento Virginal "Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e chamará o seu nome Emanuel." Este versículo é tradicionalmente interpretado como uma profecia do nascimento virginal de Jesus, e é citado como tal no Evangelho de Mateus (1:22-23). Isaías 9:6 - O Filho dado a nós "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Este versículo é visto como uma descrição do papel messiânico de Jesus como líder espiritual e fonte de paz. Isaías 11:1-2 - O Espírito do Senhor sobre ele "Então brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um Renovo frutificará. E repousará sobre ele o Espírito do Senhor..." A referência ao "tronco de Jessé" (pai de Davi) é interpretada como uma indicação da linhagem davídica de Jesus, e o "Espírito do Senhor" alude ao seu batismo e ministério ungido. Isaías 53 - O Servo Sofredor "Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades..." Este capítulo é talvez o mais diretamente associado a Jesus no pensamento cristão. Descreve um servo sofredor que toma sobre si as dores e pecados do povo. Os cristãos veem isso como uma prefiguração da crucificação e do sacrifício expiatório de Jesus. Comentário: “O ministério de Cristo predito no livro de Isaías” O livro de Isaías, escrito séculos antes do nascimento de Jesus, é profundo em sua apresentação de um Messias vindouro. A abrangência das profecias messiânicas que se acredita predizerem o ministério de Jesus é notável, tanto em termos de quantidade quanto de substância. A escatologia de Isaías fala de um futuro de justiça e paz, dando esperança a uma nação frequentemente em conflito. A partir de um contexto de opressão e exílio, emergem visões de libertação e restauração que os primeiros cristãos e os evangelistas do Novo Testamento identificaram em Jesus de Nazaré. Isaías fala de um Messias que seria um sinal divino (7:14), nascido de uma virgem, trazendo um reino caracterizado por sabedoria, justiça e paz eterna (9:6). A figura do Servo Sofredor (Isaías 53) é particularmente central para a cristologia, pois ela ressoa com a narrativa da Paixão de Jesus, onde Ele é visto como tomando sobre si os pecados do mundo, sofrendo e morrendo, mas depois sendo exaltado por Deus. Através dessas lentes, o ministério de Jesus pode ser visto como o cumprimento das esperanças judaicas antigas de um libertador messiânico. As profecias de Isaías, com suas imagens ricas e promessas de redenção, proporcionam um quadro profético no qual os eventos da vida, morte e ressurreição de Jesus são interpretados como o ápice do plano de salvação divina. Deve-se notar, contudo, que a aplicação messiânica de Isaías é uma interpretação cristã. No Judaísmo, muitas dessas passagens têm outras interpretações que não incluem a figura de Jesus. Por exemplo, Isaías 53 é frequentemente entendido como referindo-se ao próprio Israel, sofrendo injustamente entre as nações. Portanto, o livro de Isaías é um texto de grande significado na tradição cristã, servindo como uma ponte entre as promessas do Antigo Testamento e seu cumprimento, conforme visto no Novo Testamento, no ministério de Jesus Cristo.
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