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SISTEMA DE ENSINO
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA
Organização do Estado e da 
Administração Pública
Livro Eletrônico
VINICIUS RIBEIRO
Analista Legislativo na Câmara dos Deputados, 
onde trabalha com as leis orçamentárias. Apro-
vado no concurso de Consultor de Orçamento 
na Câmara dos Deputados. Formado em Admi-
nistração na Universidade Federal de Uberlân-
dia. É autor do livro Administração para Con-
cursos, publicado pela editora GEN. Professor 
de cursos online para concursos há 7 anos. Foi, 
ainda, Analista de Planejamento e Orçamento 
no Ministério do Planejamento; Analista Judi-
ciário – Área Administrativa no CNJ e no STF; 
e Especialista no FNDE. Possui pós-graduação 
– MBA em Negócios Internacionais e Comércio 
Exterior na FGV.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Organização do Estado e da Administração Pública
Prof. Vinícius Ribeiro
Organização do Estado e da Administração Pública ..........................................4
1. Administração direta, indireta e fundacional ...............................................4
1.1. Introdução ..........................................................................................4
1.2. Órgão ...............................................................................................27
1.3. Agências Executivas e Agências Reguladoras..........................................33
1.4. Outros Conceitos ...............................................................................36
Resumo ...................................................................................................50
Questões Comentadas em Aula ..................................................................52
Questões de Concurso ...............................................................................61
Gabarito ..................................................................................................74
Gabarito Comentado .................................................................................75
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Organização do Estado e da Administração Pública
Prof. Vinícius Ribeiro
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA
1. Administração direta, indireta e fundacional
1.1. Introdução
Como em vários conceitos no Direito, o significado de Administração Pública 
possui um sentido amplo e outro estrito.
Sentido Amplo: abrange os órgãos de governo, seja exercendo função política 
(estabelecimento das políticas públicas), seja exercendo função meramente admi-
nistrativa (execução das políticas públicas).
Sentido Estrito: sempre parte de um sentido amplo, no nosso caso, o sentido 
estrito é a administração pública que abrange somente os órgãos e pessoas jurí-
dicas que executam políticas públicas, ou seja, função meramente administrativa.
Há outra maneira de classificar a Administração Pública, também em dois sen-
tidos diferentes. Vejamos.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Organização do Estado e da Administração Pública
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No sentido formal, o poder público manifesta-se por meio de atos administra-
tivos. Em alguns casos, esses atos são dotados de autoexecutoriedade, ou seja, 
podem ser materialmente implementados inclusive pelo uso da força.
Dentro da função administrativa (sentido funcional), temos as seguintes ativi-
dades:
Serviço público: o que é executado, geralmente, sob o regime de direito público, 
visando ao interesse público.
Polícia administrativa: limitações impostas ao exercício de atividades na iniciati-
va privada, como a fiscalização.
Fomento: incentivo a atuação privada em atividades de utilidade pública.
Intervenção: intervenção do Estado no setor privado, como a desapropriação de 
propriedade privada e a intervenção do domínio econômico.
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Organização do Estado e da Administração Pública
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No sentido subjetivo, temos os agentes públicos. Vejamos o seu conceito:
Um ponto importante é que, no Brasil, é adotado o critério formal/subjetivo/
orgânico, importando quem faz, quando nos referimos à administração pública. 
Dessa forma, vamos entender, agora, a estrutura da administração pública brasi-
leira.
E o significado de Governo? Governo possui uma conotação política. O Governo 
Dilma, que comandava o país de acordo com a ideologia do Partido dos Trabalha-
dores, influenciada pelos partidos da coligação. Agora temos o Governo Bolsonaro, 
com outra maneira de administrar o país. E assim vai!!
Assim, Governo possui critérios mais políticos do que técnicos. Eu posso tam-
bém falar que é o conjunto de órgãos e poderes, mas sempre com o viés político e 
de representação popular.
Já o Estado é a pessoa jurídica, é o país, é a União. O Estado fica, o Governo 
passa. Há políticas de Estado (vacinação) e há políticas de Governo (Minha Casa 
Minha Vida).
Quero falar rapidamente sobre o poder de polícia. Primeiro, o seu conceito tra-
zido pelo Código Tributário Nacional. Perdoei aí o português arcaico da Lei de 1966:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitan-
do ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção 
de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, 
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aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades eco-
nômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade 
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Em regra, não se delega o poder de polícia. No entanto, segundo o STJ, há ex-
ceções. Tendo em vista a classificação do poder de polícia entre legislação, consen-
timento, fiscalização e sanção, a Corte restringiu a possibilidade de delegação para 
situações de consentimento e fiscalização.
Organização Administrativa da Administração Pública
Para falarmos da organização administrativa, a melhor maneira é começarmos 
ilustrando, desenhando a organização. Vejamos a ilustração para entendermos 
quem está inserido no conceito de Administração Pública no sentido formal/subje-
tivo/orgânico.
ã
o
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Organização do Estado e da Administração Pública
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A organização do Estado Brasileiro se traduz na estruturação da Administração 
Pública, que abrange órgãos e entidades dos três Poderes (legislativo, executivo 
e judiciário) de todos os entes (a União, os Estados, o DF e os Municípios).
Como podemos ver na ilustração, a Administração Pública é integrada exclusi-
vamente pelos órgãos da Administração Direta (órgãos que integram as pessoas 
políticas: União, Estados, DF e Municípios) e pelas entidades da Administração In-
direta assim definidas pelo Decreto-Lei 200/1967 (autarquias, fundações públicas, 
empresas públicas e sociedades de economia mista).
Ah, sempre que eu usar o termo “estatais” eu estou me referindo a empresas 
públicas + sociedades de economia mista. Ok?
É importante ressaltar que, quando falamos na Direta, falamos, principalmen-
te, dos órgãos, que não possuem personalidade jurídica. Por outro lado, quando 
falamos na Indireta, falamos em entidades, que possuem personalidade jurídica. 
Guardem essa diferença.
Reparem na palavra grifada: exclusivamente. As entidades permissionárias, 
as concessionárias, etc, não entram nessa estrutura.
Tem mais um detalhe importante no desenho: a descentralização e a descon-
centração, ações que objetivam agilizar a prestação dos serviços. Falemos desses 
institutos, além, é claro, da centralização e concentração, que são processos inver-
sos, que possuem o objetivo de aumentar o controle dos serviços.
Primeiro par de conceitos: concentração e desconcentração. A desconcentração, 
que sempre envolve apenas uma pessoa jurídica, é a distribuição de competên-
cias no âmbito da própria estrutura.
A desconcentração pode ocorrer na Administração Direta, quando, por exemplo, 
a União distribui competência entre os seus Órgãos (Ministério da Educação, Minis-
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tério do Trabalho, por exemplo). Esse instituto acontece também na Administração 
Indireta, quando uma empresa pública cria departamentos para execução de de-
terminadas funções.
Ah, se no plano federal Ministérios são exemplos de órgãos, nos Estados temos 
as Secretarias Estaduais.
Uma característica importantíssima da desconcentração é a existência de subor-
dinação, de hierarquia, de auto-tutela. Ora, se falamos que é envolvida apenas 
uma pessoa jurídica, esses departamentos ou ministérios guardarão subordinação 
perante o órgão central. Alguém tem que mandar, não é? A Petrobrás tem hierar-
quia em seus departamentos, é claro.
Questão 1 (CESPE/PGE-PE/2019) A respeito da administração pública brasileira, 
julgue o item a seguir.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações integra a adminis-
tração direta, enquanto a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), agência sob 
a supervisão desse ministério, integra a administração indireta.
Certo.
Perfeito. Ministérios são órgãos da administração pública direta. Mesmo raciocínio 
vale para as Secretarias no âmbito estadual.
A FINEP, como uma empresa pública, faz parte da administração indireta.
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Vamos “refazer” o desenho sobre outro enfoque, para falarmos de descentrali-
zação e centralização. Agora, colocarei também Entidades que não participam do 
conceito de Administração Pública que vimos acima. Essas outras entidades, embo-
ra não estejam inseridas na estrutura da Administração Pública (sempre lembrando 
que o que nos importa é o conceito subjetivo/formal/orgânico), a Administração 
Direta descentraliza funções para essas entidades. Vejamos.
Na descentralização, o Estado distribui suas atividades para outras pessoas jurídi-
cas. Se há 2 pessoas jurídicas envolvidas, não há subordinação, não há hierarquia. 
A palavra certa para definir a relação entre as PJs é vinculação ou supervisão ou 
controle finalístico (tutela).
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A descentralização pode ocorrer por outorga/técnica/funcional/serviços 
(depende de lei), quando o Estado cria uma entidade para a transferência dos ser-
viços (transferência da titularidade e da execução), sendo realizada normalmente 
por tempo indeterminado. Não criaram a Caixa Econômica para acabarem com ela 
amanhã!!! São 4 os tipos de entidade que podem ser criadas: autarquia, fundação 
pública, empresa pública e sociedade de economia mista.
O outro tipo de descentralização é a delegação (descentralização por colabo-
ração), em que a transferência de serviços se dá por contrato (concessão ou per-
missão) ou por ato unilateral (autorização). Nos contratos, o prazo é sempre de-
terminado. Por outro lado, as autorizações não possuem prazo, mas são precários, 
ou seja, podem ser revogados a qualquer tempo. Nesse tipo de descentralização, 
não há transferência de titularidade, somente de execução.
Esse termo delegação ainda pode ser utilizado no contexto da Administração 
Geral. Veja esse significado: atribuição de responsabilidade e autoridade a um ní-
vel hierárquico inferior (delegado), para execução de uma tarefa delegada, a qual 
compete ao delegante.
Tem ainda mais uma descentralização. A chamada descentralização política. 
Aqui estamos falando dos entes (Estados, DF e Municípios) exercendo suas atribui-
ções próprias decorrentes da própria Constituição. Essas atribuições não decorrem 
do ente central (União), são próprias originárias dos demais entes.
Questão 2 (FCC/SEFAZ-BA/2019) No que concerne aos conceitos de descentra-
lização e delegação, como ferramentas utilizadas para gestão no âmbito da Admi-
nistração pública, é correto afirmar que
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a) divergem em função dos objetivos almejados, sendo ambas aplicáveis no âm-
bito interno da Administração, porém a delegação é voltada à divisão do trabalho, 
enquanto a descentralização se aplica à alocação funcional.
b) são antagônicas, na medida em que a descentralizaçãose opera no âmbito in-
terno da Administração, com distribuição de competências e sem criação de novos 
entes, enquanto a delegação pressupõe a instituição de novas pessoas jurídicas.
c) são complementares e sempre aplicadas de forma conjunta, sendo a delegação 
a etapa preliminar da descentralização, salvo quando esta última se dá por colabo-
ração, ou seja, com o envolvimento de um ente totalmente privado.
d) a descentralização pode ser utilizada concomitantemente com a delegação, 
como, por exemplo, na hipótese de constituição de uma empresa pública, confe-
rindo-lhe a exploração de determinado serviço público de titularidade do ente ins-
tituidor.
e) representam duas faces do mesmo fenômeno, que consiste na transferência de 
competências no âmbito interno da organização, sendo a descentralização no mes-
mo nível funcional e a delegação para instâncias inferiores.
Letra d.
Vejamos cada assertiva.
a) descentralização precisa da existência de outra entidade.
b) é a desconcentração que atua internamente. Delegação não pressupõe novas 
instituições.
c) delegação não é preliminar à descentralização.
d) essa é a nossa resposta, sendo a delegação usada no sentido da administração 
geral.
e) a descentralização pressupõe a existência de outra entidade.
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Vejamos, na ilustração abaixo, as características das 4 entidades da Adminis-
tração Pública Indireta. Ora, se estou falando de Administração Pública, as pessoas 
jurídicas que recebem concessão, permissão ou autorização para prestação de ser-
viço público não entram na lista, certo? Não integram a Administração Pública no 
conceito formal/subjetivo/orgânico.
Antes, algumas características comuns a todas:
• autonomia administrativa e financeira (autoadministração);
• sujeitam-se à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial exercida pelos Tribunais de Contas.
• contratação de pessoal via concurso público (apesar disso, os funcionários 
das entidades de direito privado não adquirem estabilidade e não são titulares 
de cargo público, sendo apenas empregados públicos/celetistas. No caso das 
autarquias e fundações autárquicas, são titulares de cargo, são estatutários). 
Temos então dois regimes jurídicos: estatutários e celetistas;
−	 Outro ponto importante: a proibição de acumulação remunerada de cargos 
públicos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, funda-
ções, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, 
e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. Essa 
regra tem exceção: quando houver compatibilidade de horários no caso de:
o dois cargos de professor
o um cargo de professor com outro técnico ou científico
o dois cargos privativos de médico
o dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com pro-
fissões regulamentadas.
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• obrigatoriedade de licitação, sendo que as Empresas públicas e Sociedades de 
Economia Mista que explorem atividade econômica podem ter regime próprio. 
Com relação ao tema, veja o que diz o parágrafo único do art. 1º e o art. 119. 
da lei 8.666/1993:
Art. 1º
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração 
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, 
as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indireta-
mente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 119. As sociedades de economia mista, empresas e fundações públicas e demais 
entidades controladas direta ou indiretamente pela União e pelas entidades referidas no 
artigo anterior editarão regulamentos próprios devidamente publicados, ficando sujeitas 
às disposições desta Lei.
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Sobre a questão de criação ou autorização por lei, a Constituição Federal dá a 
letra. Veja:
Art. 37
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei com-
plementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
Essa fundação citada no inciso XIX é de direito privado. A fundação pública de 
direito público (fundação autárquica) segue o raciocínio das autarquias.
As entidades que terão apenas a autorização de criação feita por lei precisam 
do registro de seu ato constitutivo em cartório ou junta comercial (ato de direito 
privado). Só aí estarão criadas.
Em uma situação de necessidade de criação de uma autarquia e uma estatal, 
o que deve ser feito então? Duas leis específicas: uma para criação da autarquia 
e outra para autorização da instituição da estatal.
Ah, importante dizer que a iniciativa desse tipo de lei é do chefe do Poder Exe-
cutivo. Não pode um parlamentar propor um projeto de lei criando uma estatal ou 
uma autarquia.
Questão 3 (CESPE/SEFAZ-RS/2019) A entidade da administração pública indireta 
criada por meio de lei para desempenho de atividades específicas, com personali-
dade jurídica pública e capacidade de autoadministração é a
a) autarquia.
b) fundação privada.
c) sociedade de economia mista.
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d) empresa pública.
e) empresa subsidiária.
Letra a.
Das opções apresentadas, somente a autarquia é PJ de direito público. Além disso, 
é característica das autarquias o desempenho de atividades típicas/específicas.
Questão 4 (CESPE/TJ-DFT/2019) Na hipótese de um ente federado pretender 
instituir uma fundação pública de direito público, a criação dessa entidade deverá 
ser formalizada por meio de
a) lei ordinária, cabendo a decreto regulamentar definir as áreas de sua atuação.
b) lei complementar, cabendo a lei ordinária definir as áreas de sua atuação.
c) autorização em lei ordinária específica, cabendo a decreto regulamentar definir 
as áreas de sua atuação.
d) autorização em lei ordinária específica, cabendo a lei complementar definir as 
áreas de sua atuação.
e) autorização em lei complementar específica, cabendo a lei ordinária definir as 
áreas de sua atuação.
Letra d.
O examinador escorregou um pouco nessa questão. O que nos faz marcar a d) com 
segurança é o fato de ela ter citado corretamenteque é necessária a edição de lei 
complementar para definir as áreas de atuação.
A primeira parte da questão é que não ficou boa. Vamos reler o seguinte trecho da 
Constituição:
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Art. 37
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei com-
plementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
Eu falei aqui que essa fundação é a de direito privado. Bom, o termo utilizado para 
esse tipo de entidade, assim como para as estatais, é que a lei autoriza a sua ins-
tituição.
Eu disse também que fundação pública de direito público é uma autarquia funda-
cional (fundação autárquica), seguindo a mesma regra de criação das autarquias.
O examinador acabou se complicando nessa parte. Ele disse:
a criação dessa entidade deverá ser formalizada por meio de autorização em lei 
ordinária específica.
Apesar de ter ficado confuso o enunciado, você concorda que “lei autorizar a ins-
tituição” é um pouco diferente de “criação deverá ser formalizada por meio de au-
torização em lei”? A criação está sendo formalizada na lei, que está autorizando a 
instituição da entidade. Não há aqui, nesse exemplo da questão, necessidade de 
posterior ato privado (inscrição de seus atos constitutivos em registro civil de pes-
soas jurídicas).
Questão 5 (CESPE/MPC-PA/2019) Determinado governador pretende que sejam 
criadas uma nova autarquia e uma nova empresa pública em seu estado.
Nessa situação, serão necessárias
a) duas leis específicas: uma para a criação da autarquia e outra para a criação da 
empresa pública.
b) uma lei específica para a criação da autarquia e outra para a autorização da ins-
tituição da empresa pública.
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c) uma lei específica para a criação da empresa pública e outra para a autorização 
da instituição da autarquia.
d) autorizações legais na norma geral acerca da nova organização da administra-
ção pública estadual, não havendo necessidade de a criação de nenhuma das enti-
dades ser feita por lei.
e) duas leis específicas: uma para a autorização da criação da empresa pública e 
outra para a autorização da criação da autarquia.
Letra b.
As leis devem ser específicas para cada assunto: uma para a criação da autarquia 
e a outra para autorização da instituição da empresa pública.
As EPs e as SEMs podem ser dívidas em: exploradoras de atividade econômica/
financeira e prestadoras de serviço público. As primeiras, por estarem inseridas no 
mercado, seriam prejudicadas se realizassem licitação tal qual o faz as outras enti-
dades e órgãos da Administração Pública.
Ah, importante dizer que o Estado não sai por aí explorando diretamente ativi-
dade econômica ao seu bel prazer. Veja o que a tal da Carta Magna trouxe:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de ati-
vidade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da 
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
E como o Estado explora a atividade econômica? A Lei n. 13.303/2016, que 
dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia 
mista e de suas subsidiárias, no âmbito dos entes, traz a resposta:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de 
economia mista e de suas subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e 
sociedade de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
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que explore atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de presta-
ção de serviços, ainda que a atividade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio 
da União ou seja de prestação de serviços públicos.
Art. 2º A exploração de atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de 
empresa pública, de sociedade de economia mista e de suas subsidiárias.
A CF/88 estabelece que lei disporá sobre a sujeição das estatais ao regime ju-
rídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações 
civis, comerciais, trabalhistas e tributários.
Todas as estatais devem observar o dispositivo constitucional sobre privilégios fiscais:
• As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar 
de privilégios fiscais não extensivos aos setor privado.
É fato que as EPs e as SEMs devem observar os preceitos de direito público 
expressos na Constituição Federal de 1988 ou normativos derivados. Porém, na 
própria Carta Magna, no art. 173, consta que a lei estabelecerá o estatuto jurídico 
das EPs e as SEMs do 1º tipo, dispondo sobre licitação e contratação, observados os 
princípios da administração pública. Ou seja, essas entidades terão regime próprio 
de licitação.
Ainda sobre EPs e SEMs, é preciso dizer que é vedada a acumulação de cargos, 
empregos e funções públicas, assim como ocorre na administração direta e nas PJs 
de direito público. Essa acumulação só é permitida apenas nos casos elencados 
pela Constituição.
O teto remuneratório do serviço público só se aplica às empresas públicas e so-
ciedades de economia mista que receberem recursos públicos para pagamento de 
despesas com pessoal/custeio em geral.
No tocante às empresas públicas, a relação entre elas com o Estado e a socie-
dade serão regulamentadas por lei.
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Por fim, vale dizer que cabe mandado de segurança contra ato praticado em lici-
tação promovida por SEMs ou por empresas públicas, de acordo com súmula do STJ.
Por outro lado, não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão co-
mercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de 
economia mista e de concessionárias de serviço público.
Sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, 
a lei estabelecerá a responsabilidade desta, nos atos praticados contra a ordem 
econômica e financeira e contra a economia popular, com as sanções compatíveis 
com sua natureza.
E se uma estatal deseja criar uma subsidiária ou participar em empresa priva-
da? Como faz? Vou chamar a CF/88 pra responder essa: aí vai dependerde autori-
zação legislativa, em cada caso.
Por todas essas características das estatais, apesar de elas serem classificadas 
como PJ de direito privado, é preciso dizer que essas empresam se submetem a 
regime híbrido (público + privado).
Exemplos de empresas públicas: Caixa, BNDES, Correios.
Exemplos de SEMs: Banco do Brasil, Petrobrás.
Exemplos de estatais estaduais: Celesc, Cemig, BDMG, Sabesp, Metrô-SP.
Questão 6 (FCC/SANASA CAMPINAS/2019) Considere que o Município de Campi-
nas pretenda constituir uma empresa pública para atuar, em regime de competição 
com empresas privadas, na prestação de serviços de tecnologia da informação. 
A intenção seria aproveitar uma oportunidade de mercado, obtendo receitas para 
o município na forma de distribuição de dividendos (participação no lucro da com-
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panhia). A lei autorizativa para constituição da referida empresa não foi, contudo, 
aprovada pela Câmara Municipal, que vislumbrou desconformidade com o regra-
mento constitucional para atuação do Estado no domínio econômico, segundo o 
qual
a) a participação empresarial em regime de concorrência no mercado é prerroga-
tiva exclusiva da União, permitindo-se aos Estados e Municípios a constituição de 
empresas apenas para prestação ou exploração de serviços públicos.
b) a exploração de atividade econômica mediante constituição de empresas esta-
tais, embora seja possível em todos os âmbitos da federação, está condicionada à 
existência de imperativos de segurança pública ou relevante interesse coletivo.
c) a atuação de empresas públicas ou sociedades de economia mista em regime de 
competição no mercado é medida excepcional, somente possível para os setores 
objeto de política nacional de indução da concorrência, definidos em lei comple-
mentar de âmbito nacional.
d) apenas a União pode constituir empresas públicas exploradoras de atividade 
econômica, facultando-se aos Estados e Municípios apenas a constituição, median-
te lei específica, de sociedades de economia mista para esse fim.
e) a exploração de atividade econômica por empresa estatal pressupõe a existência 
de monopólio legal ou natural, que justifique a intervenção estatal para mitigar a 
correspondente falha de mercado.
Letra b.
a) e d) não há essa restrição. Veja o que diz o art. 1º da Lei n. 13.303/2016:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de 
economia mista e de suas subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e 
sociedade de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
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que explore atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de presta-
ção de serviços, ainda que a atividade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio 
da União ou seja de prestação de serviços públicos.
c) a CF/88 dá a letra:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de ati-
vidade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da 
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
e) não necessariamente precisa ser monopólio. Sendo necessária aos imperativos 
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei, 
pode o Estado realizar a exploração direta de atividade econômica.
Questão 7 (CESPE/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/2019) A respeito de improbi-
dade administrativa, processo administrativo e organização administrativa, julgue 
o item seguinte.
A criação de empresa pública é um exemplo de descentralização de poder realiza-
do por meio de atos de direito privado, ainda que a instituição da empresa pública 
dependa de autorização legislativa.
Letra c.
Perfeito!! Criação de entidade da administração indireta é descentralização. No 
caso de estatais, precisa de autorização legislativa. As entidades que terão apenas 
a autorização de criação feita por lei precisam do registro de seu ato constitutivo 
em cartório ou junta comercial (ato de direito privado). Só aí estarão criadas.
Questão 8 (CESPE/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/2019) Julgue o item a seguir, 
acerca das disposições constitucionais a respeito de direito administrativo.
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A investidura em empregos públicos em sociedades de economia mista depende de 
prévia aprovação em concurso público, mas não se estende a esse tipo de emprego 
a proibição constitucional de acumulação remunerada de funções e cargos públicos.
Letra e.
Olha aí o cara da estatal achando que pode sair acumulando. Não é bem assim, 
jovem. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autar-
quias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidi-
árias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
Com relação às fundações, alguns comentários são fundamentais.
• Fundações Públicas de Direito Privado: também integram a administração 
pública indireta;
• Fundações Públicas de Direito Público: são conhecidas como autarquias fun-
dacionais ou fundações autárquicas (espécie de autarquia), possuindo as 
mesmas características das autarquias. A exceção é que essa ramificação é 
caracterizada pelo patrimônio personalizado, ao invés de ser um serviço pú-
blico personificado.
• Fundações Privadas: não integrantes da Administração Pública. São perso-
nificações de um patrimônio com finalidade não-lucrativa, de cunho social, 
resultante da iniciativa de um particular.
Sobre as autarquias, que gozam de benefícios e privilégios fiscais não extensi-
vos ao setor privado, vale um detalhe. São espécies:
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• Autarquias corporativas ou profissionais, que são os conselhos de classe, 
como o CRA (Conselho Regional de Administração), o CRM (Conselho Regio-
nal de Medicina), etc.
• Autarquias de controle, como as agências reguladoras.
• Autarquias administrativas, como o Banco Central, o IBAMA, o INMETRO
• Autarquias associativas, como os consórcios.
Podemos ainda citar as autarquias geográficas ou territoriais, que são os 
Territórios Federais. Atualmente, não temos territórios no Brasil. Mas já tivemos. 
Hoje Estados, Amapá e Roraima era territóriosfederais.
Por fim, pega esse § 6º do art. 37 da Constituição Federal de 88:
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a tercei-
ros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Professor, e os Partidos Políticos?
Também integram a Administração Pública? Não não. Aliás, eu vou puxar um 
trecho do Código Civil (Lei n. 10.406/2002) para vocês verem uma coisa. Saca só:
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito 
privado.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I – a União;
II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III – os Municípios;
IV – as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei n. 11.107, 
de 2005)
V – as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, 
a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao 
seu funcionamento, pelas normas deste Código.
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Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e to-
das as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por 
atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito 
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I – as associações;
II – as sociedades;
III – as fundações.
IV – as organizações religiosas; (Incluído pela Lei n. 10.825, de 22.12.2003)
V – os partidos políticos. (Incluído pela Lei n. 10.825, de 22.12.2003)
VI – as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei n. 12.441, 
de 2011) (Vigência)
Questão 9 (CESPE/DPE-DF/2019) A respeito da organização administrativa e de 
poderes e deveres da administração pública, julgue o item seguinte.
É admitida a criação de autarquia por iniciativa de deputado federal, desde que este 
encaminhe o respectivo projeto de lei à Câmara dos Deputados e que a matéria 
verse estritamente sobre a criação da entidade.
Letra e.
Valeu a intenção, deputado, mas esse tipo de matéria é de iniciativa privativa do 
Chefe do Poder Executivo.
Questão 10 (FCC/DETRAN-S/2019) A Administração pública de determinado es-
tado da federação está estruturada de forma descentralizada. Isso significa que
a) a Administração pública delegou integralmente suas competências e atribuições 
para os entes que integram a Administração indireta.
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b) foram constituídas pessoas jurídicas, integrantes da Administração indireta, às 
quais foram conferidas atribuições originalmente de competência da Administração 
central.
c) foram criadas autarquias, fundações e empresas públicas, pessoas jurídicas do-
tadas de personalidade jurídica própria e com natureza jurídica de direito público.
d) a Administração pública foi autorizada por lei ou decreto a criar, mediante lei 
específica, autarquias, pessoas jurídicas de direito público que executam serviços 
públicos.
e) foi editada lei específica criando empresas públicas e sociedades de economia 
mista, que podem prestar serviços públicos mas não integram a Administração in-
direta por possuírem natureza jurídica de direito privado.
Letra b.
a) delegar integralmente não dá.
c) empresa pública é de direito privado.
d) precisa de lei. Decreto não.
e) lei só autoriza e as estatais integram a Adm. Indireta.
Questão 11 (CESPE/SLU-DF/2019) No que se refere aos processos governamen-
tais de compras, julgue o item a seguir.
As fundações públicas não são sujeitas aos procedimentos licitatórios comuns aos 
demais entes da administração indireta.
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Errado.
As fundações também precisam licitar. Veja o que dispõe a Lei de Licitações:
Art. 1º
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração 
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, 
as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indireta-
mente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
1.2. Órgão
Como já falamos, os órgãos, que são oriundos da desconcentração, não pos-
suem personalidade jurídica. Eles integram uma pessoa jurídica, tendo suas com-
petências específicas. Órgãos são centro de competência para desempenho de fun-
ções estatais.
Podemos pegar a definição de órgão na Lei n. 9.784/99 (trata do Processo Ad-
ministrativo): “unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta 
e da estrutura da Administração indireta.”
Na administração direta, só temos órgãos. Na indireta, temos entidades. Dentro 
dessas entidades, pode haver órgãos, como uma agência, uma delegacia etc.
Um ponto importante se refere à criação e extinção de Ministérios e órgãos da 
administração pública. Essa é uma matéria reservada à lei e de iniciativa privativa 
do chefe do Poder Executivo, conforme mandamento constitucional.
E mediante decreto, dá para fazer o quê, professor?
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A CF/88 trata disso lá no inciso VI do art. 84:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumen-
to de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
Qualquer atitude de um órgão é considerada atitude da pessoa jurídica a qual 
ele faz parte. Essa é a teoria da imputação volitiva, em que a atuação do órgão é 
imputada à pessoa jurídica onde está inserido o órgão. E o agente atua em nome 
do Estado. As linhas principais da teoria do órgão foram traçadas por Otto Gierke.
Além da teoria do órgão (imputação volitiva), temos:
• Teoria do mandato: Estado e agente celebram um contrato, sendo o agente 
um mandatário.
• Teoria da representação: o Estado é incapaz e não responde pelos seus atos. 
O agente representa o Estado.Vejamos as características dos órgãos.
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Os órgãos possuem algumas classificações importantes.
Quanto à posição estatal:
• Independentes: não subordinados a ninguém. Encontram-se previstos na 
Constituição. Exemplo: Casas do Congresso Nacional (Senado e Câmara dos 
Deputados), Câmara dos Vereadores, Presidência da República.
• Autônomos: estão imediatamente abaixo dos independentes. É a cúpula da 
Administração, com funções de planejamento, supervisão e coordenação. Go-
zam de ampla autonomia administrativa, financeira e técnica. Exemplo: mi-
nistérios, secretarias de estado.
• Superiores: possuem poder de direção, controle, decisão e comando. Não 
gozam de autonomia. Exemplo: secretarias-gerais, gabinetes, inspetorias-
-gerais.
• Subalternos: realização de serviços de rotina, formalização de atos adminis-
trativos, com poder decisório reduzido. Exemplos: seções, serviços.
Em regra, órgãos não possuem capacidade processual. No entanto, os indepen-
dentes e os autônomos possuem capacidade processual para impetrar mandado 
de segurança. Em qual situação? Para defender suas prerrogativas previstas na 
Constituição.
Quanto à estrutura:
• Simples (unitários): apenas um centro de competência.
• Compostos: possuem órgãos menores na sua estrutura, órgãos desconcen-
trados.
Quanto à atuação funcional:
• Singulares (unipessoais): decisão é proferida por um único agente (represen-
tante).
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• Colegiados (pluripessoais): decisão é oriunda de um colégio, como em um 
Tribunal ou no Congresso Nacional.
Há ainda outra classificação, menos comum, mas que já caiu em prova. Ela 
ocorre quanto à função:
• Ativos: possuem poder decisório. Exemplo: Conselho Monetário Nacional.
• Consultivos: sem poder decisório, servem para consulta e assessoramento. 
Exemplo: Conselho da República, Advocacia Geral da União.
• De Controle: exercem função de fiscalização e controle de outros órgãos. 
Exemplo: Tribunal de Contas da União.
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Por fim, podemos classificar os órgãos em locais (atuação em parte do território 
do ente) e centrais (atuação em todo o território do ente). O critério aqui é quanto 
à esfera de ação.
Professor, e a Receita Federal nisso tudo?
Eu te falo agora, jovem! A Secretaria da Receita Federal do Brasil é um órgão 
específico, singular, subordinado ao Ministério da Fazenda. 
Questão 12 (CESPE/MPC-PA/2019) Acerca dos órgãos públicos e dos institutos da 
centralização e da descentralização administrativa, assinale a opção correta.
a) Os entes criados por descentralização permanecem hierarquicamente subordi-
nados aos órgãos dos quais foram descentralizados.
b) A administração centralizada atua por meio de órgãos públicos, que são unida-
des dotadas de personalidade jurídica e que expressam a vontade do Estado.
c) A descentralização administrativa caracteriza-se pela retirada de atribuições da 
esfera do interesse público e sua transferência para o domínio privado.
d) A criação e a extinção de órgãos públicos devem observar a exigência de lei ou 
decreto específico.
e) A descentralização política ocorre quando o ente descentralizado exerce atribui-
ções próprias que não decorrem do ente central.
Letra e.
a) não há relação de hierarquia. Há vinculação, controle finalístico.
b) órgãos não são dotados de personalidade jurídica.
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c) na descentralização administrativa, temos a atribuição de titularidade e execu-
ção de serviço público por meio de entidades de direito público e privado.
d) somente mediante lei.
Questão 13 (CESPE/DPE-DF/2019) A respeito da organização administrativa e de 
poderes e deveres da administração pública, julgue o item seguinte.
A distribuição de competências a órgãos subalternos despersonalizados, como as 
secretarias-gerais, é modalidade de descentralização de poder.
Letra e.
Esse tipo de distribuição que não cria entidades é uma desconcentração.
Questão 14 (FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2019) Determinado município im-
plementou reforma administrativa quando da assunção de uma nova gestão. Entre 
as medidas tomadas estava a criação de empresa estatal cujo escopo seria prestar 
garantias aos projetos de infraestrutura que o Município viesse a contratar. Além 
disso, foram unificadas as competências de algumas secretarias, reduzindo o nú-
mero dessas estruturas na Administração. Por fim, foram extintos cargos e órgãos. 
A descrição da reforma implementada demonstra que
a) foi precedida da edição de lei autorizativa necessária para todas as mudanças 
implementadas, porque sujeitas à reserva de lei formal.
b) a criação de empresas estatais se deu por meio de lei, em cujo texto constavam 
as competências e atribuições que foram delegadas aos novos entes.
c) o Município editou ato normativo para todas as medidas de reorganização admi-
nistrativa, considerando que essa matéria pode ser objeto de decreto autônomo.
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d) foi necessária lei autorizativa para instituição da empresa estatal, sem prejuízo 
de outras medidas, como a extinção de cargos vagos, poder ser implementada por 
decreto.
e) a reorganização dos órgãos administrativos, envolvendo criação e extinção, de-
penderam da edição de lei complementar, pois implicam necessariamente a imple-
mentação de novas unidades de despesa.
Letra d.
Lei autoriza a instituição de estatal. No caso de extinção de cargo vago, decreto é 
suficiente.
1.3. Agências Executivas e Agências Reguladoras
As agências executivas são autarquias (ou fundações públicas de direito público 
ou privado) que recebem essa qualificação. Para alcançarem esse status, as autar-
quias celebram um contrato de gestão com o ministério supervisor. Esse contrato 
de gestão estabelece, lógico,obrigações e direitos.
Os órgãos da Administração Direta também poderão receber a qualificação como 
agências executivas.
Obrigações das agências executivas: cumprir metas e objetivos, possuir 
plano estratégico (igual ao que estudamos) de reestruturação para melhoria na 
qualidade de gestão, diminuir custos.
Direitos das agências executivas: maior autonomia de gestão, disponibilida-
de de recursos orçamentários para o cumprimento dos objetivos, maior limite de 
valor de contratações por dispensa (no geral são 10% do convite, para as agên-
cias 20%).
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As agências executivas são fruto de uma tentativa de modernizar o serviço pú-
blico. Que eu tenha conhecimento, só o INMETRO atingiu esse status.
As agências executivas são abordadas no art. 37 da Constituição Federal, 
mais precisamente no § 8º, que foi incluído pela Emenda Constitucional n. 19/98, 
a mesma que implantou a eficiência como princípio. Vejamos:
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da admi-
nistração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre 
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de 
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e respon-
sabilidade dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.
Juntamente com esse trecho, temos o Decreto n. 2487/98, que dispõe sobre a 
qualificação de autarquias e fundações como Agências Executivas, estabelece cri-
térios e procedimentos para a elaboração, acompanhamento e avaliação dos con-
tratos de gestão e dos planos estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento 
institucional das entidades qualificadas. Vejamos alguns trechos importantes:
§ 1º A qualificação de autarquia ou fundação como Agência Executiva poderá ser con-
ferida mediante iniciativa do Ministério supervisor, com anuência do Ministério da Ad-
ministração Federal e Reforma do Estado, que verificará o cumprimento, pela enti-
dade candidata à qualificação, dos seguintes requisitos:
a) ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor;
b) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional, voltado 
para a melhoria da qualidade da gestão e para a redução de custos, já concluído ou em 
andamento.
§ 2º O ato de qualificação como Agência Executiva dar-se-á mediante decreto.
§ 4º O contrato de gestão terá a duração mínima de um ano, admitida a revisão de suas 
disposições em caráter excepcional e devidamente justificada, bem como a sua reno-
vação, desde que submetidas à análise e à aprovação referidas no § 1º deste artigo, 
observado o disposto no § 7º do art. 4º deste Decreto.
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O Ministério citado já não existe mais. Depois passou a ser o Ministério do Pla-
nejamento, Orçamento e Gestão – MPOG. Hoje é Ministério da Economia.
As agências reguladoras são autarquias instituídas sob regime especial (ape-
nas autarquias, se falarmos na esfera federal), criadas para regular o serviço pú-
blico, fruto da privatização de alguns serviços. Com essas privatizações, criou-se 
a necessidade de regular o mercado, para não deixar simplesmente nas mãos da 
iniciativa privada. Daí, surgiram a ANATEL, ANAC, ANTAQ, ANA, ANTT etc.
Essas agências estão no plano federal. Mas nada impede que sejam criadas 
agências reguladoras no plano estadual ou no plano municipal. Aqui no Distrito 
Federal, por exemplo, temos a ADASA – Agência Reguladora de Águas, Energia e 
Saneamento Básico do Distrito Federal. Outro exemplo: ARTESP – Agência Regu-
ladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo. Em 
Santa Catarina, temos a ARESC - Agência de Regulação de Serviços Públicos de 
Santa Catarina.
No plano municipal, temos como exemplo: ARSBAN – Agência Reguladora de 
Serviços de Saneamento Básico do Município de Natal; ARSETE – Agência Municipal 
de Regulação de serviços Públicos de Teresina/PI.
As agências reguladoras também recebem alguns privilégios e prerrogativas. Seus 
dirigentes são nomeados por um mandato fixo, possuem estabilidade, somente per-
dendo o mandato em casos de renúncia, condenação judicial transitada em julgado 
ou processo administrativo disciplinar. Os dirigentes sujeitam-se a “quarentena” 
quando deixam os cargos. É vedada a exoneração ad nutum (decisão tomada por 
autoridade competente de forma arbitrária), ou seja, é vedada a livre exoneração.
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Os dirigentes sujeitam-se a “quarentena” quando deixam os cargos. Quarentena é 
o período em que os dirigentes não podem assumir determinados trabalhos (rela-
cionados ao setor) após saírem da agência.
Ah, importante dizer que os dirigentes são indicados pelo Presidente da República 
e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, por voto secreto, após 
arguição pública.
As agências reguladoras são detentoras de poder normativo, possuindo, no âmbito 
de seus setores, independência normativa para poderem regular de forma efetiva 
o ramo em voga. Significa dizer que, respeitado o caráter técnico, suas normas 
podem inclusive criar obrigação nova.
Por fim, cabe dizer que as agências reguladoras podem aplicar sanções aos parti-
culares.
1.4. Outros Conceitos
PPP
As Parcerias Público-Privadas também são formas de contratualização. A regu-
lamentação das PPPs é feita pela Lei n. 11.079/2004, em que constam as seguintes 
definições:
PPP: contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou ad-
ministrativa.
Concessão Patrocinada: concessão de serviços públicos ou de obras públicas de 
que trata a Lei no 8.987/95 (Lei das Concessões e Permissões), quando envolver, 
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parcei-
ro público ao parceiro privado.
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Concessão Administrativa: contrato de prestação de serviços de que a Adminis-
tração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra 
ou fornecimento e instalação de bens.
Vejamos algumas vedações legais:
• valor do contrato inferior a R$ 10.000.000,00;• período de prestação do serviço inferior a 5 anos;
• tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e 
instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
Vejam que, pela magnitude temporal e financeira, as PPPs envolvem projetos 
de grande vulto.
Antes da celebração do contrato, é necessário que seja constituída uma socieda-
de de propósito específico, que irá implantar e gerir o objeto da parceria. Vejamos 
algumas características desse tipo de sociedade:
• Pode assumir a forma de companhia aberta
• Deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade 
e demonstrações financeiras padronizadas
• A Administração Pública não pode ser titular da maioria do capital votante – 
senão, não seria público-privada.
Paraestatais
Entidades paraestatais são aquelas que não fazem parte da estrutura da Admi-
nistração Pública. Não são nem Administração Direta e nem Administração Indireta. 
O termo “paraestatal” significa “ao lado” do estado.
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Características: pessoas privadas, não possuindo fins lucrativos, exercendo ati-
vidades de interesse público, de cunho social. Essas atividades não são exclusivas 
do Estado, mas são incentivadas por ele, por meio de parcerias.
Chamamos essas entidades de terceiro setor, já que o primeiro é o Estado e o 
segundo é o mercado.
Podemos classificar três entidades diferentes:
• Organizações Sociais (OS);
• Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP); e
• Serviços Sociais Autônomos.
OS e OSCIP
Sabe qual é o nome do instrumento celebrado com as OSs? Contratos de gestão 
sempre imbuídos de alcance de resultados.
Ih professor! Contrato de gestão? O mesmo nome daqueles celebrados com 
as agências executivas?
É, infelizmente tem o mesmo nome, mas a história aqui é um pouco diferente. 
Vejamos.
E as OSCIPs? A Lei n. 13.019/2014, que fez alterações na Lei n. 9.790/99, dá 
a letra:
Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública 
e organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução 
de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou 
de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de 
colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação. (Grifei)
III – parceria: conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de 
relação jurídica estabelecida formalmente entre a administração pública e organizações 
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da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades 
de interesse público e recíproco, mediante a execução de atividade ou de projeto ex-
pressos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de 
cooperação.
VII – termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parce-
rias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para 
a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela adminis-
tração pública que envolvam a transferência de recursos financeiros.
VIII – termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias 
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a 
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas organiza-
ções da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos financeiros.
VIII – A - acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as 
parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil 
para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam 
a transferência de recursos financeiros. (Grifei)
E o que uma OSCIP precisa observar? Seus objetivos sociais tenham pelo menos 
uma das seguintes finalidades:
• Assistência social;
• Cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
• Educação;
• Saúde;
• Segurança alimentar e nutricional;
• Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desen-
volvimento sustentável;
• Voluntariado;
• Desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
• Experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de siste-
mas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
• Promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria 
jurídica gratuita de interesse suplementar;
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• Ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros 
valores universais;
• Estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção 
e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que di-
gam respeito às atividades citadas acima.
• Estudos e pesquisas para o desenvolvimento, a disponibilização e a imple-
mentação de tecnologias voltadas à mobilidade de pessoas, por qualquer 
meio de transporte.
E quem não é passível de se qualificar como OSCIP? 
O art. 2º da Lei n. 9.790/1999 nos informa:
I – as sociedades comerciais;
II – os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissio-
nal;
III – as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práti-
cas e visões devocionais e confessionais;
IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
V – as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um 
círculo restrito de associados ou sócios;
VI – as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados;
VII – as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
VIII – as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedo-
ras;
IX – as organizações sociais;
X – as cooperativas;
XI – as fundações públicas;
XII – as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão 
público ou por fundações públicas;
XIII – as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o siste-
ma financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.
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Um ponto importante é que as OSCIPs precisam realizar processo licitatórionas 
contratações que envolvam recursos ou bens repassados pela União. Não precisa 
ser exatamente nos moldes da Lei n. 8.666/93, mas precisa realizar procedimento 
específico.
Com relação ao contrato de gestão, esse outro tipo é celebrado com Organiza-
ções Sociais – OS, que são pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos 
cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimen-
to tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, 
conforme a Lei n. 9.637/98. Esse rol de atividades é taxativo, ou seja, não podem 
existir outras atividades.
Enquanto nas OSs o poder público tem a faculdade de celebrar o contrato de ges-
tão (ato discricionário), nas OSCIPs, a sua qualificação é ato vinculado, desde as 
pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos pleiteadoras tenham sido 
constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) 
anos, e desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam 
aos requisitos instituídos na Lei.
Questão 15 (CESPE/DPE-DF/2019) A respeito da organização administrativa e de 
poderes e deveres da administração pública, julgue o item seguinte.
Parcerias entre a administração pública e organizações da sociedade civil para a 
consecução de finalidades de interesse público e recíproco, celebradas por meio 
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de execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de 
trabalhos, podem ocorrer mediante termos de colaboração, termos de fomento ou 
acordos de cooperação.
Certo.
Reprodução do art. 1º da Lei n. 13.019/2014.
Questão 16 (CESPE/TJ-DFT/2019) Determinado município pretende formalizar 
parceria com uma organização da sociedade civil para a consecução de finalidades 
de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recurso fi-
nanceiro.
Nessa situação, o instrumento a ser firmado entre as partes deverá ser o
a) contrato de gestão.
b) termo de parceria.
c) termo de colaboração.
d) acordo de cooperação.
e) chamamento público.
Letra d.
Acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias 
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para 
a consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a 
transferência de recursos financeiros.
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Serviços Sociais Autônomos
Essas são pessoas jurídicas privadas com criação prevista em lei, com objetivo 
de cunho social, não lucrativo. Normalmente direcionado para o aprendizado pro-
fissionalizante, para serviços assistenciais ou de utilidade pública. Exemplos dessas 
entidades: SESI, SENAI, SESC, etc.
Essas entidades prestam serviço de interesse público, o que não quer dizer que 
elas executem serviços públicos.
A manutenção dessas entidades se dá por dotações orçamentárias e contribui-
ções parafiscais. Em virtude disso, são submetidos a supervisão ministerial.
Questão 17 (CESPE/CGE-CE/2019) Acerca das entidades paraestatais e do ter-
ceiro setor, assinale a opção correta.
a) Os serviços sociais autônomos são criados por meio de decreto.
b) As organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) que firmem ter-
mo de parceria com a União devem contratar mediante processo licitatório.
c) A outorga de qualificação como organização social é vinculada, desde que sejam 
atendidos os requisitos legais.
d) Os serviços sociais autônomos executam essencialmente serviços públicos.
e) Os serviços sociais autônomos são custeados pelas contribuições de seus asso-
ciados, incidindo impostos sobre esses serviços.
Letra b.
a) são criados por lei.
c) é vinculada a outorga de qualificação das OSCIPs.
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d) executam serviços de interesse público.
e) são custeados por contribuições parafiscais e dotações do orçamento.
Consórcios Públicos
Essa é outra pessoa jurídica reconhecida no nosso ordenamento jurídico. Eles 
podem ser de direito privado ou público. Sendo público, eles também vão in-
tegrar a administração pública indireta, sendo denominados associação 
pública.
A própria Constituição dispôs sobre o tema. Vejamos:
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio 
de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, 
autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total 
ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços 
transferidos.
Vejam então que o consórcio é uma gestão associada de serviços públicos. 
Apesar do disposto na CF (cada ente tem competência para disciplinar os consór-
cios), em 2005, veio uma lei editada pela União que trata de normas gerais acerca 
dos consórcios.
Na verdade, a base para essa Lei não veio do art. 241, e sim do seguinte artigo:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as 
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas 
e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
Nos termos da Lei de normas gerais de consórcios (Lei 11.107/2005), o “con-
sórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.”
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Esse consórcio pode ser feito entre entes federados da mesma espécie (muni-
cípio com município) ou de diferente espécie (Estado com município). No entanto, 
há exceções quando se trata de espécie distinta:
Não se celebra consórcio exclusivamente entre a União e municípios. Assim, é 
necessária a participação dos estados onde se encontram esses municípios.
Não se celebra consórcio entre um Estado e um município pertencente a outro 
Estado.
Vale ressaltar que é possível a celebração de consórcio entre o Distrito Federal 
e municípios.
Questão 18 (FCC/TRF-4ª/2019) Determinado Município pretende descentralizar o 
serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. Em vista

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