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ADMINISTRAÇÃO GERAL E PUBLICA - ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

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SISTEMA DE ENSINO
ADMINISTRAÇÃO 
GERAL E PÚBLICA
Administração Indireta
Livro Eletrônico
ADRIEL SÁ
Professor de Direito Administrativo, Administra-
ção Geral e Administração Pública em diversos 
cursos presenciais e telepresenciais. Servidor 
público federal da área administrativa desde 
1999 e, atualmente, atuando no Ministério Pú-
blico Federal. Formado em Administração de 
Empresas pela Universidade Federal de Santa 
Catarina, com especialização em Gestão Públi-
ca. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos, 
sempre atuando nas áreas administrativas. É 
coautor da obra “Direito Administrativo Facili-
tado” e autor da obra “Administração Geral e 
Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, 
ambas publicadas pela Editora Juspodivm.
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ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Administração Indireta
Prof. Adriel Sá 
Administração Indireta ................................................................................4
1. Introdução .............................................................................................4
2. Autarquias .............................................................................................6
2.1. Conceito .............................................................................................6
2.2. Características Gerais ...........................................................................7
3. Empresas Estatais: Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista .......11
3.1. Conceitos ..........................................................................................11
3.2. Características Gerais (Comuns e Diferenciais) .......................................14
4. Fundações Públicas ...............................................................................18
4.1. Conceito ...........................................................................................18
4.2. Características Gerais .........................................................................19
5. Agências ..............................................................................................24
5.1. Aspectos Introdutórios ........................................................................24
5.2. Agências Reguladoras ou Controladoras ................................................25
5.3. Agências Executivas ...........................................................................30
Resumo ...................................................................................................34
Mapa Mental ............................................................................................36
Questões de Concursos .............................................................................37
Gabarito ..................................................................................................58
Gabarito Comentado .................................................................................59
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ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Administração Indireta
Prof. Adriel Sá 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
1. Introdução
A Administração Indireta é composta por entidades administrativas, todas dota-
das de personalidade jurídica própria. Nos termos da CF/1988 (inc. XIX do art. 37), 
a Administração descentralizada do Estado é composta por autarquias, sociedades 
de economia mista, empresas públicas e fundações públicas.
Acrescenta-se que, com a Lei n. 11.107/2005 (Lei dos Consórcios Públicos), 
o inc. IV do art. 41 do Código Civil de 2002 foi alterado, para inserir, ao lado das 
autarquias, as associações públicas. Essas são pessoas jurídicas de Direito Público 
interno integrantes da Administração Indireta de todos os entes políticos eventual-
mente consorciados.
Questão 1 (INÉDITA/2019) Segundo o princípio da reserva legal, todas as 
pessoas integrantes da administração indireta de qualquer dos Poderes deman-
dam lei, seja para criá-las, seja para autorizar sua criação.
Certo.
A criação ou autorização por lei é previsão expressa da CF/88:
Art. 37. (...).
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei com-
plementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
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Note que, para se criar cada entidade da Administração Indireta, é necessária a edição 
de uma lei (que crie ou que autorize, conforme o caso). Assim, a criação de entidades 
da Administração Indireta é matéria de reserva legal (edição de lei).
ESQUEMATIZANDO
Questão 2 (INÉDITA/2019) É um exemplo de entidade da administração pública 
indireta uma Secretaria da Fazenda Municipal.
Errado.
A Administração Direta é formada por órgãos, resultado do processo de descon-
centração, e todos esses órgãos são destituídos de personalidade jurídica. É o caso 
de uma Secretaria municipal. Já a Administração Indireta é formada por pesso-
as administrativas, resultado da descentralização. São integrantes da Indireta: as 
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autarquias, as sociedades de economia mista, as empresas públicas, as fundações 
e as associações públicas.
A Administração Indireta pode existir em todas as esferas da federação, ou seja, 
as pessoas administrativas podem ser federais, estaduais, municipais ou distritais. 
Para que isso fique atestado, façamos a leitura do caput do art. 37 da CF/88:
Art. 37. A Administração Pública Direta e Indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)
2. Autarquias
2.1. Conceito
Autarquia, cujo vocábulo é formado pela junção de duas expressões (autos = 
próprio + arquia = direção), significa uma entidade que se comanda, que tem sua 
própria direção. A palavra expressa bem o sentido que se deve ter para as entida-
des da Administração: entidades autônomas (administrativamente).
Sobre o tema, vejamos a definição constante no Decreto-lei 200/1967 (inc. I do art. 5º):
I – Autarquia – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, 
patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração 
pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e 
financeira descentralizada.
A definição é de 1967, mas é razoável. Todavia, omitiu-se a natureza da per-
sonalidade, que é de Direito Público. E não poderia ser diferente, porque as au-
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tarquias desempenham atividades exclusivas do Estado, sendo a personalidade de 
Direito Público a garantia de tratamento diferenciado.
Questão 3 (INÉDITA/2019) A entidade da administração pública indireta criada 
por meio de lei para desempenho de atividades específicas, com personalidade ju-
rídica pública e capacidade de autoadministração é a autarquia.
Certo.
Perceba os detalhes no conceito apresentado no item: As pessoas administrativas 
do Estado podem ser de Direito Público ou de Direito Privado. Quando de Direito 
Público, a lei específica é o veículo criador, não havendo necessidade de qualquer 
ato superveniente. Diante disso, a autarquia se enquadra na descrição!
2.2. Características Gerais
Reforça-se que as atividades a serem desempenhadas pelas autarquias são típi-
cas da Administração Pública. O ponto de partida é estabelecer o que é “atividade 
típica” a ser desempenhada por uma autarquia. O conceito é variável, ou seja, 
depende do momento histórico vivido.
Para ser mais claro, o que hoje é visto como atividade típica da Administra-
ção pode não o ser daqui a alguns anos. Um exemplo serve para ilustrar: em 
nosso país, prisões são administradas pelo Estado, pois, na média, as pessoas 
creditam essa atividade a um ente público. Já nos Estados Unidos da América, 
os estabelecimentos prisionais são verdadeiras empresas. Será que o nosso 
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país um dia também fará desse jeito? Isso dependerá do que se entenda por 
atividade típica de Estado.
Entretanto, o fato é que, para os concursos públicos, as autarquias desenvolvem 
atividades típicas da Administração, sejam lá quais forem essas no momento histó-
rico atravessado. E mais: não se pode criar autarquia para exploração de atividade 
econômica, pois essa não é típica da Administração, mas sim do mercado.
Questão 4 (INÉDITA/2019) À autarquia deverão ser acometidas as atividades 
concernentes à exploração de atividades econômicas.
Errado.
Nem pensar! As autarquias são pessoas de Direito Público, que desempenham ati-
vidades exclusivas de Estado. E, como se sabe, a atividade empresarial não é 
realidade para o Estado.
De acordo com a CF/1988, as autarquias são as únicas entidades da Adminis-
tração Indireta que “nascem” por lei, ou, mais precisamente, por lei específica1. 
Observe o disposto no inc. XIX do art. 37 da Constituição:
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei com-
plementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
1 Tecnicamente, a lei específica é a fonte criadora de todas as entidades de Direito Público. A citação constitu-
cional restrita às autarquias deve-se ao fato de serem as pessoas jurídicas de Direito Público mais tradicio-
nais do Estado. No entanto, há múltiplos exemplos de Fundações do Estado com a personalidade jurídica de 
Direito Público, as quais também são criadas diretamente por lei específica.
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O regime jurídico aplicável às autarquias é, predominantemente, o Direito 
Público, pois sempre há algo do Direito Privado aplicado àqueles que são regidos 
essencialmente pelo Direito Público. Exemplo: um cheque de uma autarquia é igual 
ao cheque de qualquer um de nós. Se não houver recursos na conta corrente, não 
vai ser pago. Ou seja, vale para o cheque da autarquia o Direito Privado, e não o 
Direito Público.
A seguir, uma síntese das principais prerrogativas extensíveis às autarquias e às 
fundações públicas (de Direito Público):
• Imunidade tributária recíproca: não precisam pagar impostos (não é qualquer 
tributo) sobre o patrimônio, renda e serviços, relativamente às finalidades es-
senciais ou às que dela decorram. Por exemplo: autarquias não pagam IPTU 
de seus imóveis (ainda que alugados a terceiros);
• Bens públicos não sujeitos à usucapião: qualquer bem público (especial, 
uso comum ou dominial) não está sujeito à aquisição prescritiva, ou seja, 
em razão do tempo de permanência (§ 3º do art. 183 da CF/1988, e art. 
102 do CC/2002);
• As dívidas passivas (crédito em favor de terceiros) prescrevem em cinco anos;
• As dívidas ativas (crédito em favor do Estado) têm execução por um processo 
especial – Lei 6.830/1980;
• Os bens públicos são impenhoráveis, logo o pagamento das dívidas passivas 
será feito mediante sistema de precatórios, a não ser que os débitos sejam de 
pequeno valor (nesse caso, dispensa-se a inscrição em precatórios);
• Os prazos nos processos no Judiciário são diferenciados: de regra, em dobro 
para todas as manifestações processuais;
• Sujeitas ao duplo grau de jurisdição: as sentenças desfavoráveis às autar-
quias, nos juízos singulares, são remetidas ao Tribunal (remessa necessária). 
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Porém, não é uma regra absoluta: na ocorrência de situações específicas (§§ 
3º e 4º do NCPC), a autarquia precisará interpor, voluntariamente, o recurso 
para ver suas razões apreciadas.
Questão 5 As autarquias não se submetem ao regime dos precatórios ou da Re-
quisição de Pequeno Valor (RPV).
Errado.
As autarquias são consideradas Fazenda Pública; logo, seus bens públicos não po-
dem ser executados (penhora, por exemplo). Assim, tais pessoas contam com um 
sistema diferenciado de pagamentos, no caso, o regime de precatórios ou, confor-
me o caso, o RPV, para débitos de pequeno valor.
Questão 6 (INÉDITA/2019) Em razão da imunidade tributária, a União, os esta-
dos, o Distrito Federal e os municípios não podem instituir tributos às autarquias.
Errado.
O item generalizou demais! A imunidade recíproca, conferida pela Constituição Fe-
deral, é relativa somente a impostos, e não a tributos em geral.
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3. Empresas Estatais: Empresas Públicas e Sociedades de 
Economia Mista
De partida, esclareça-se que o conceito de empresa estatal ou governamental 
não coincide com o de empresa pública. Empresa estatal é gênero que comporta 
asespécies sociedades de economia mista, empresas públicas e outras empresas 
controladas direta ou indiretamente pelo Estado. Vejamos o que diz o texto consti-
tucional (inc. XVII do art. 37 da CF):
XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, 
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e so-
ciedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
3.1. Conceitos
Com relação às empresas públicas, dispõe o art. 3º da Lei 13.303/2016 (lei 
das estatais):
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito priva-
do, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é inte-
gralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da 
União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da em-
presa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem 
como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios.
Essa nova redação corrige a impropriedade do Decreto-lei 200/1967, em que 
se previa a criação da entidade diretamente por lei. As pessoas estatais de Direito 
Privado são só autorizadas por lei específica.
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Questão 7 (INÉDITA/2019) A empresa pública será criada por lei específica e será 
constituída, obrigatoriamente, como sociedade anônima.
Errado.
Nada disso! As empresas públicas não são criadas por lei, mas só, simplesmente, 
autorizadas. Além disso, as EP podem assumir qualquer configuração admitida 
em direito.
Para nós, o legislador poderia ter sido expresso, também, quanto aos campos 
de atuação da empresa pública. As atuais empresas estatais, além da exploração 
de atividade econômica, podem ser prestadoras de serviços públicos, exemplo da 
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, da INFRAERO e do METRÔ-SP.
Questão 8 (INÉDITA/2019) Toda empresa pública estará sujeita a supervisão mi-
nisterial.
Certo.
A Administração Pública Direta exerce sobre a Indireta um controle de natureza 
finalística, ou seja, dentro dos limites da lei criadora ou autorizativa. Na Adminis-
tração federal, esse controle é chamado de supervisão ministerial.
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Acerca das sociedades de economia mista, o art. 4º da Lei 13.303/2016 (lei das 
estatais) assim as conceitua:
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de 
direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas 
ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.
§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista tem os deveres e 
as responsabilidades do acionista controlador, estabelecidos na Lei n. 6.404, de 15 de 
dezembro de 1976, e deverá exercer o poder de controle no interesse da companhia, 
respeitado o interesse público que justificou sua criação.
§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de economia mista com registro 
na Comissão de Valores Mobiliários sujeita-se às disposições da Lei n. 6.385, de 7 de 
dezembro de 1976.
Vale aqui o apontamento feito com relação às empresas públicas: as sociedades 
mistas também podem ser prestadoras de serviços públicos e não são criadas dire-
tamente por leis, mas tão-somente autorizadas por lei.
Questão 9 (INÉDITA/2019) A sociedade de economia mista será criada por lei 
específica e será constituída como sociedade limitada ou como sociedade anônima.
Errado.
As SEM são só autorizadas por lei (e não criadas), e serão sempre sociedades 
anônimas.
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3.2. Características Gerais (Comuns e Diferenciais)
A instituição tanto das sociedades mistas quanto das empresas públicas depen-
de de prévia autorização em lei específica; como a lei é autorizativa de criação, se-
rão necessários atos posteriores para que tais entidades possam ser consideradas, 
efetivamente, criadas.
De qualquer forma, tenha atenção para o fato de que empresas governa-
mentais ou entidades empresariais do Estado não “nascem” com a lei, mas tão 
só são autorizadas. E, por simetria, a extinção de tais entidades necessitará de 
lei autorizativa.
Quanto à natureza jurídica, ambas são pessoas jurídicas de Direito Privado, 
com derrogações parciais de normas de Direito Público, afinal, devem, por exem-
plo, realizar concursos públicos para a seleção de seus empregados e licitações 
para contratação de seus fornecedores. Tais deveres (de licitar e de realizar concur-
sos para seleção de pessoal) são derivados de normas públicas, razão pela qual os 
doutrinadores afirmam que no caso de tais entidades há um hibridismo (mistura). 
E aqui faz toda a diferença a atividade exercida por tais entidades.
Questão 10 (INÉDITA/2019) As empresas públicas e as sociedades de economia 
mista são pessoas jurídicas de direito privado.
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Certo.
Na Administração Indireta, temos pessoas de direito público e privado. São sempre 
de direito privado as estatais, assim entendidas as empresas públicas, sociedades 
de economia mista e suas subsidiárias.
Quando exploradoras de atividade econômica, prevalecerá o Direito Privado. 
Por outro lado, quando prestadoras de serviços públicos, a predominância será do 
Direito Público.
Destaca-se que a exploração de atividade econômica pelo Estado por intermé-
dio de suas entidades da Administração Indireta deve ser feita por sociedades de 
economia mista e empresas públicas, ou por subsidiárias destas. Mais uma vez, 
vale citar o texto constitucional (§ 1º do art. 173):
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de eco-
nomia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou 
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos 
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observadosos 
princípios da administração pública;
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a 
participação de acionistas minoritários;
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
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Questão 11 (INÉDITA/2019) A exploração direta de atividade econômica pelo Es-
tado por meio de uma empresa pública só será permitida quando não houver em-
presa privada atuando na mesma área.
Errado.
Não, mesmo! Nos termos do art. 173 da CF, a presença do Estado no domínio 
econômico dá-se nas situações de monopólio, segurança nacional e relevante 
interesse coletivo.
No que se refere à forma jurídica, há relevante diferença entre tais institui-
ções: todas as sociedades de economia mista são Sociedades Anônimas (S.A.). Já 
as empresas públicas podem assumir qualquer configuração admitida no direito, 
inclusive ser S.A.
Quanto à composição do capital social, nas sociedades de economia mista, 
a maioria das ações com direito a voto é do Estado, não havendo, portanto, a inte-
gralidade de capital público. Já nas empresas públicas, o capital social tem de ser 
100% Público.
Questão 12 (INÉDITA/2019) A empresa pública estará sujeita a um regime de 
direito privado, podendo ter o seu capital social integralizado por particulares.
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Errado.
O capital social a empresa pública é 100% formado por capital público.
Impõe-se desvendar se os 100% do capital das empresas públicas são provenien-
tes de uma única pessoa ou se, para a integralização, admite-se a composição 
de dois ou mais entes. Vejamos o que dispõe o parágrafo único do art. 3º da Lei 
13.303/2016:
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da 
União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da em-
presa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem 
como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios.
A leitura do dispositivo nos permite concluir pela viabilidade da existência de di-
versas origens públicas de capital. Nesse caso, a empresa pública terá dois ou mais 
sócios, sendo chamada de pluripessoal. Já se a origem do capital for de um único 
entre, será chamada de unipessoal2.
Todavia, o capital integralizado tem que ser 100% público, ainda que oriundo 
de entidades da Administração Indireta, sendo esse um dos traços distintivos em 
relação às sociedades de economia mista.
Relativamente ao regime de pessoal, a regra é a adoção do regime celetista, 
observando-se, em todo caso, o princípio do concurso público (inc. II do art. 37).
No que se refere aos bens pertencentes às empresas estatais, pela estrita 
definição do Código Civil (art. 98), seriam estes privados. Vejamos:
2 A Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DATAPREV) é empresa pública vinculada ao 
Ministério do Trabalho e Previdência Social de natureza pluripessoal, afinal, conta com, no mínimo, 51% do 
capital social integralizado pela União e 49% do capital subscrito pelo INSS.
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Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de 
direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que 
pertencerem.
Empresas estatais não são pessoas de direito público. Logo, seus bens, pela 
estrita definição do Código Civil, são privados. Contudo, no campo doutrinário, há 
distinção se a estatal é interventora no domínio econômico (exemplo do Banco do 
Brasil) ou prestadora de serviços públicos (exemplo da Infraero).
Se prestadoras de serviços públicos, o regime de bens é diferenciado, ou seja, 
os bens afetados à prestação dos serviços, apesar de privados, contarão com a 
proteção própria dos bens públicos. E, nesse caso, serão protegidos pela impenho-
rabilidade, imprescritibilidade e outras garantias próprias aos bens definidos legal-
mente como públicos.
4. Fundações Públicas
De plano, assinale-se que as fundações, de que ora se trata, são as públicas, ou 
seja, entidades constituídas pelo Estado. Apesar de um tanto evidente, isso deve 
ser dito para evitarmos confusão, porque são comuns as fundações criadas por 
particulares (Roberto Marinho e Ayrton Senna, por exemplo).
4.1. Conceito
O inciso IV do art. 5º do Decreto-lei 200/1967 define a fundação pública como:
IV – Fundação Pública – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, 
sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimen-
to de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, 
com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de 
direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
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Perceba que está bem claro na norma que as fundações não podem ter intuito 
lucrativo. Isso, dentre as entidades da Administração Indireta, só é possível para 
sociedades mistas e empresas públicas, entidades empresariais do Estado.
Conceitualmente, note que o decreto-lei afirma que as atividades a serem 
desenvolvidas pelas fundações estatais não exigem que tenham de ser órgãos 
ou entidades de Direito Público. E deve ser assim, pois, caso precisassem da 
natureza de Direito Público, necessariamente deveriam ser constituídas sob a 
forma de autarquia.
4.2. Características Gerais
O primeiro ponto a se destacar – e que é o de maior controvérsia na doutrina – é 
a natureza da personalidade jurídica das fundações. No Decreto-lei 200/1967, 
as fundações públicas possuem personalidade jurídica de Direito Privado. Ocorre 
que a doutrina majoritária admite a existência de fundações com personalidade de 
Direito Público.
Além disso, conforme entendimento do STF (RE 101126/RJ), caso uma funda-
ção pública seja dotada de personalidade jurídica de Direito Público, constituirá 
uma “espécie” do gênero autarquia.
Com efeito, dizer que uma fundação pública é espécie de autarquia equivale a 
reconhecê-la como autarquia. De toda forma, ainda que objeto de severas críticas 
doutrinárias, a matéria deve ser incorporada para fins de concurso público. Essas 
fundações públicas de Direito Público passaram a ser chamadas pela doutrina de 
fundações autárquicasou autarquias fundacionais.
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Portanto, considerando a posição do STF, temos que as fundações de Direito 
Público, haja vista a natureza autárquica, serão criadas diretamente por lei. E, 
por exclusão, as estatais de Direito Privado serão apenas autorizadas por lei.
Questão 13 (INÉDITA/2019) A criação de fundações públicas de direito público 
ocorre por meio de lei, não sendo necessária a inscrição de seus atos constitutivos 
em registro civil de pessoas jurídicas.
Certo.
De fato, se estamos tratando de fundações públicas de direito público, elas são, 
sim, criadas por lei, não sendo necessários outros atos constitutivos, neste caso.
Ocorre que a CF/1988 (inc. XIX do art. 37) não revela a natureza jurídica das 
fundações, e, bem por isso, se for afirmado em prova que “fundações têm sua cria-
ção autorizada em lei”, acate o quesito como correto. Só deve haver preocupação 
quanto ao processo “diferenciado” das fundações públicas de Direito Público, isso, 
porém, se a ilustre banca examinadora citar expressamente.
Outra decorrência da natureza jurídica das fundações é quanto ao regime ju-
rídico que lhes é aplicável. Se forem de Direito Público, haverá o predomínio das 
normas publicísticas, afinal, trata-se de uma autarquia. Se forem de Direito Pri-
vado, predominará tal regime jurídico, com interferências parciais de normas de 
Direito Público. Nesse último caso, perceba que há um hibridismo quanto ao regi-
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me jurídico, pois, apesar de Direito Privado, devem, por exemplo, fazer concursos 
públicos para selecionar seus empregados.
O regime jurídico do pessoal das fundações de Direito Público é o estatutário, 
que, no caso federal, é o previsto na Lei 8.112/1990. Contudo, para as fundações de 
Direito Privado, o regime é o celetista, com a contratação de empregados públicos.
Retomemos à leitura da Constituição Federal (inc. XIX do art. 37):
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei com-
plementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Observe que a Constituição exige lei complementar para definir a área de atu-
ação das fundações. Note que não é autorização de criação, mas sim área de atu-
ação. O legislador constituinte fez isso para que se tratasse, em separado, do que 
cabe às fundações realizar, de maneira a se promover um debate específico, em 
termos legislativos, do que estas podem e devem fazer.
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ESQUEMATIZANDO
Questão 14 (INÉDITA/2019) As áreas em que poderão atuar as fundações públi-
cas são definidas e estabelecidas por lei complementar.
Certo.
É o que prevê o inc. XIX do art. 37 da CF/88:
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei com-
plementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Relativamente ao regime de bens, tem-se que a natureza dos bens das fun-
dações varia conforme a natureza jurídica de tais entidades. Se de Direito Público, 
seus bens são públicos; se de Direito Privado, seus bens são privados, os quais, 
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se voltados à prestação de serviços públicos, contarão com a proteção da ordem 
jurídica, tal como decidido pelo STF no caso da ECT, em que se reconheceu a impe-
nhorabilidade dos bens públicos.
Por fim, a questão do controle por parte do Ministério Público. Esse é um 
aspecto peculiar das fundações, pois o art. 66 do Código Civil prevê que o Ministé-
rio Público tutelará as fundações, onde estas estiverem situadas. Por conseguinte, 
cada um dos Ministérios Públicos estaduais tem essa incumbência quando se trata 
de fundação criada por particular.
O §1º do art. 66 do CC/2002 estabelecia competir ao Ministério Público Federal 
(MPF) o encargo de fiscalizar as fundações em funcionamento no Distrito Federal 
ou em Territórios. Por não se ajustar ao ordenamento jurídico, o dispositivo foi de-
clarado inconstitucional pelo STF (ADIN 2794/DF), cabendo a veladura de tais fun-
dações ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, por ser competência 
reservada ao MP dos Estados.
INDO MAIS FUNDO
Obs.: � Diante da inconstitucionalidade reconhecida pelo STF, o legislador ordinário 
(Lei 13.151/2015) alterou a redação do §1º do art. 66 do CC/2002, para:
 � Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
 � § 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo 
ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
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5. Agências
5.1. Aspectos Introdutórios
Apesar das tentativas de se amoldar nosso direito ao “modismo” das agências 
nas experiências estrangeiras, pode-se afirmar que, na média, nossa doutrina não 
foi muito receptiva a isso. De toda forma, para começar a abordagem, observemos 
o que nos informa a autora Maria Sylvia Zanella Di Pietro3:
O vocábulo agência é um dos modismos introduzidos no direito brasileiro em decorrên-
cia do movimento da globalização. Foi importado do direito norte-americano, onde tem 
sentido mais amplo, que abrange qualquer autoridade do governo dos Estados Unidos 
da América, esteja ou não sujeita ao controle de outra agência, com exclusão do Con-
gresso e dos tribunais. Por outras palavras, excluídos os três poderes do Estado, todas 
as demais autoridades públicas constituem agências, excluída do conceito a própria 
presidência da República, ao contrário do que ocorre no Brasil, em que o chefe do Poder 
Executivo integra a administração pública, estando colocado no seu ápice, orientando e 
dirigindo o seu funcionamento.
Assim, embora o modelo brasileiro seja muito similar ao de outros países, temos 
nossas próprias singularidades. Sobre o tema, a autora afirma que importamos a no-
menclatura (agência) domodelo americano, mas não fizemos diversas mudanças ne-
cessárias em nossa estrutura jurídica. Só que, para os estudantes, o que importa mes-
mo é o Brasil, não é? E, no nosso país, pode-se falar, basicamente, de dois tipos de 
agências: as reguladoras (nominadas também de controladoras) e as executivas.
Antes de prosseguirmos, registre-se que a nomenclatura “agência” nem sempre 
designa uma pessoa jurídica (uma entidade) que tenha de se enquadrar, especifica-
mente, em um desses dois tipos (reguladoras e executivas). Com outras palavras, há 
organismos estatais que recebem o nome de agência e não são reguladores e sequer 
executivos. Veja os exemplos da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), um órgão 
3 DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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do Poder Executivo Federal, e da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Indus-
trial), uma pessoa jurídica integrante do “sistema S”, pondo-se ao lado de entidades 
de direito privado, como o SESI, SENAI, SEBRAE, SENAR, SENAT e outros mais.
ESQUEMATIZANDO
5.2. Agências Reguladoras ou Controladoras
Em nosso país, as agências reguladoras ganharam força com as reformas pro-
movidas na década de 1990. Seguindo uma tendência mundial, o Estado brasileiro 
passou a ser muito mais regulador das atividades do que executor, ou seja, no 
lugar de os serviços públicos serem prestados diretamente pelo aparato estatal, 
preferiu-se a delegação a pessoas jurídicas de direito privado.
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De fato, vivenciamos um processo de entrega à iniciativa privada acelerado 
naqueles anos. E, nesse quadro, surgiram as agências reguladoras, com o papel 
primário de normatizar e de fiscalizar os serviços que antes eram executados dire-
tamente pelo Estado.
No entanto, é de se esclarecer que a atividade regulatória não é uma novidade 
jurídica da década de 1990. Instituições como o CADE (Conselho Administrativo de 
Defesa Econômica) ou como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), autarquias 
mais tradicionais, fazem regulação há mais tempo do que a própria existência das 
atuais agências reguladoras, das quais a primeira foi a ANEEL (Agência Nacional 
de Energia Elétrica), criada pela Lei 9.427/1996. Assim, pela pertinência, vamos 
precisar o que vem a ser a função regulatória do Estado, que tanto vem crescendo.
No Brasil, conceituar regulação não é tarefa muito fácil. Da forma que o assunto 
é encarado hoje, é um tanto novo para nós. Socorrendo-nos da doutrina de José 
Maria Pinheiro Madeira4, pode-se entender regulação por:
Atividade desenvolvida por agentes independentes, no sentido de estabelecer mar-
cos ou pontos ótimos de equilíbrio em determinados segmentos do mercado, har-
monizando e buscando a eficiência máxima na realização dos diversos interesses 
dos agentes econômicos do mercado, quer do ponto de vista equitativo, quer sob a 
ótica distributiva.
Então, a regulação incidirá em diversas áreas, como a fiscalização, a sancio-
natória e a solucionadora de conflitos. Aproxima-se bastante da regulamentação, 
enfim, da expedição de normas administrativas, mas com esta não se confunde, 
apesar de a própria CF/1988 colocar tais missões lado a lado:
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exer-
cerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este 
determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
4 MADEIRA, J. M. P. Administração Pública. Rio de Janeiro: América Jurídica, 2005.
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Luis Roberto Barroso, no artigo “Agências Reguladoras. Constituição, Transfor-
mações do Estado e Legitimidade Democrática”, publicado pela Revista de Direito 
Administrativo da FGV, ano de 2002, destaca que às agências reguladoras brasileira 
têm sido cometidos um conjunto diversificado de tarefas, dentre as quais se in-
cluem, a despeito das peculiaridades de cada uma delas, em função da diversidade 
de textos legais, as seguintes:
• Controle de tarifas, de modo a assegurar o equilíbrio econômico e financeiro 
do contrato;
• Universalização do serviço, estendendo-os a parcelas da população que deles 
não se beneficiavam por força da escassez de recursos;
• Fomento da competitividade, nas áreas nas quais não haja monopólio natural;
• Fiscalização do cumprimento do contrato de concessão;
• Arbitramento dos conflitos entre as diversas partes envolvidas: consumidores 
do serviço, poder concedente, concessionários, a comunidade como um todo, 
os investidores potenciais etc.
Sinteticamente, regular é estabelecer as regras do jogo, as normas, sobretudo, 
as aplicáveis às situações em geral. Entretanto, adotando-se a doutrina conserva-
dora, as diretrizes estabelecidas pelas agências não podem inovar no ordenamento 
jurídico, seguindo a máxima do princípio da legalidade de que ninguém será obri-
gado a fazer ou deixar de fazer nada senão em virtude de lei.
Em alguns países, a atividade regulatória é tão importante que é vista como um 
ramo próprio e autônomo do direito, inclusive, em relação ao Direito Administrativo 
(Estados Unidos, por exemplo). Contudo, o Brasil ainda não chegou a esse estágio. 
Aliás, na atualidade, é muito pouco provável que as agências reguladoras alcancem 
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o grau de autonomia que as suas similares têm noutros países. Isso se dá, sobre-
tudo, em razão da visão estrita do princípio da legalidade.
Por outro lado, pensando a regulação como tarefa de equilibrar a atividade 
do sistema econômico (redução das falhas de mercado), tal atividade jurídica é 
sobremaneira importante, em especial para reduzir as assimetrias (as diferencia-
ções) entre os diferentes “atores” do mercado regulado. De fato, os consumidores 
possuem menos informações que as grandes empresas responsáveis por prover os 
serviços públicos.
No entanto, é importante perceber que a regulação não incide apenas sobre 
mercados assimétricos. Incide, sobretudo, no que seja de interesse público, mesmo 
quanto ao uso de bens que, a princípio, não sejam privatizáveis, tal como a água, 
afinal, em linhas gerais, o uso é regulado pela Agência Nacional de Águas (ANA). 
Nesse aspecto, seria uma regulação mais social do que propriamente econômica.
No que diz respeito à solução de conflitos havidos em suas áreas de atuação, 
lembre-sede que a agência tem competências para isso, o que, entretanto, não 
impede o questionamento ao Poder Judiciário quanto às decisões administrativas 
regulatórias. Logo, essa função atribuída às agências não possui o caráter da defi-
nitividade, típico das decisões judiciais.
A agência reguladora deve ter o cuidado de não ser “sequestrada” ou “captura-
da” pelos interesses daqueles que regula. Veja o exemplo da ANATEL, em que as 
empresas de telecomunicações são poderosas, isto é, têm grande poderio merca-
dológico, ótimos profissionais e muita influência no setor, além de serem, em al-
guns campos, poucas. Muitas das vezes, tais instituições privadas acabam influen-
ciando significativamente as decisões das reguladoras, as quais, caso não sejam 
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zelosas, podem incidir no chamado risco de captura, o qual consiste na influência 
nas decisões da agência a partir dos agentes econômicos envolvidos.
Em termos de CF/1988, vejamos quem são as nossas reguladoras:
Art. 21. Compete à União:
(...)
XI – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os servi-
ços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos servi-
ços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
Art. 177. Constituem monopólio da União:
(...)
§ 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre:
(...)
III – a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União;
Veja que a CF menciona de órgão regulador. Então, é possível que tenhamos 
mesmo um órgão que faça regulação. Contudo, esclareça-se que, atualmente, to-
das as agências reguladoras federais são autarquias! Daí duas assertivas podem 
ser feitas de modo correto para sua prova:
1. É possível que órgãos exerçam funções regulatórias. Por exemplo: a Secreta-
ria de Direito Econômico do Ministério da Justiça exerce funções regulatórias 
para evitar a concentração de mercado;
2. Atualmente, todas as agências reguladoras federais são autarquias, logo, 
são pessoas jurídicas de direito público, integrantes da Administração in-
direta do Estado.
Examinemos melhor a segunda assertiva.
No Brasil, as agências reguladoras vêm sendo criadas sob a forma de autarquia. 
A razão é conferir maior autonomia e independência em relação à Administração 
direta, garantindo a elas o desempenho de suas atribuições de forma mais impar-
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cial, sem o envolvimento com as questões eminentemente políticas, tão comuns na 
Administração centralizada.
Como as atuais reguladoras são autarquias, a criação dá-se por meio de lei or-
dinária específica, conforme requerido pelo inc. XIX do art. 37 da CF/1988. Assim, 
apesar do regime especial a que estão submetidas, as agências controladoras são 
autarquias, logo, com capacidade exclusivamente administrativa.
Esclareça-se que a natureza autárquica é justificável para tais estruturas re-
guladoras porque as atividades exercidas são típicas do poder público (regulação, 
poder de polícia e fomento, por exemplo), enfim, atribuições que demandam a na-
tureza jurídica de direito público.
Todavia, ainda que diferenciadas, as reguladoras compõem a Administração In-
direta. Portanto, por serem autarquias, as reguladoras federais se submetem à tute-
la administrativa, realizada por um Ministério supervisor. À semelhança das demais 
entidades da Administração descentralizada, não se encontram subordinadas hierar-
quicamente ao órgão supervisor, estando vinculadas a este para fins de acompanha-
mento, com base no princípio da especialidade. Assim, a regra é que suas decisões 
não sejam revistas pelos órgãos que lhe fazem a supervisão, ou seja, só quando a 
lei for expressa é que se admitirá a figura do recurso hierárquico impróprio.
5.3. Agências Executivas
Em primeiro lugar, oportuno destacar que boa parte da doutrina trata com cer-
to “desprezo” o estudo sobre as agências executivas, especialmente em razão da 
mínima diferenciação que estas possuem em relação às autarquias tradicionais 
integrantes da Administração indireta. No entanto, toda a crítica doutrinária é ir-
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relevante para fins de concursos públicos, sendo suficiente termos o conceito e as 
características do regime especial.
Na realidade, as agências executivas não são “novas entidades”, mas, sim, an-
tigas autarquias ou fundações que passam por um processo de qualificação. Em 
conformidade com os incs. I e II do art. 51 da Lei 9.649/1998, são pressupostos 
necessários para a qualificação:
• celebração de contrato de gestão com o respectivo ministério supervisor, que 
terá a periodicidade mínima de um ano; e, cumulativamente,
• um plano estratégico de reestruturação ou de desenvolvimento institucional 
em andamento.
Bom reforçar que todos os órgãos ou entidades administrativas podem firmar 
contratos de gestão, com fundamento do § 8º do art. 37 da CF/1988. Contudo, 
no caso das agências executivas, o documento é obrigatório para que a entidade 
autárquica ou fundacional possa receber a titulação. Assim, a classificação de au-
tarquias e fundações em agências executivas aprimora mecanismos de acompa-
nhamento e avaliação dos resultados apresentados por essas instituições.
A qualificação da entidade virá após a celebração do contrato de gestão, isto é, 
a entidade pretendente não é qualificada no contrato de gestão, mas depois que o 
firmar. Em âmbito federal, a titulação de agência é conferida discricionariamente 
por decreto do Presidente da República.
O contrato de gestão é o instrumento que declara as atribuições, responsabili-
dades e obrigações do Poder Público e da agência executiva, especificando, dentre 
outros, programa de trabalho, metas a serem atingidas, respectivos prazos de 
execução, bem como os critérios objetivos de avaliação de desempenho, inclusive 
mediante indicadores de qualidade e produtividade.
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Observa-se que o Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado (PDRAE) citou 
o projeto das “agências autônomas” como um dos instrumentos da modernização 
da gestão pública. Com esse propósito, a necessidade de alteração no arcabouço 
normativo foi prevista no PDRAE, para possibilitar a melhoria da gestão, ao tempo 
em que algumas autarquias selecionadas seriam transformadas em “laboratórios 
de experimentação” (nas palavras do Plano).
Crê-seque, por serem instrumentos de melhoria de gestão, é atraente o papel 
que poderia ser desempenhado pelas agências executivas. Contudo, o cenário de-
senhado para tais entidades não é muito animador.
No nosso atual ordenamento jurídico, muitos doutrinadores não veem (e talvez 
com razão) nada de muito diferente para as agências executivas, a não ser a du-
plicação do limite de dispensa de licitação baseada no valor (§ 1º do art. 24 da Lei 
8.666/1993). No caso, para as entidades e os órgãos administrativos, as licitações 
são dispensáveis quando o valor estimado é de até R$ 8.000,00 (compras e servi-
ços) e de até R$ 15.000,00 (obras e serviços de engenharia) (incs. I e II do art. 24 
da Lei 8.666/1993). Por sua vez, para as executivas, esses valores são duplicados, 
passando a R$ 16.000,00 e R$ 30.000,00, respectivamente.
Essa é a diferença que as executivas possuiriam em relação às demais entidades 
da Administração indireta. Por isso, a crítica doutrinária quanto à pouca importân-
cia da distinção de uma entidade como agência executiva ou como uma autarquia 
em regime comum.
Na espécie, enfatiza-se que as agências executivas não se confundem com as 
agências reguladoras, por exemplo, pela circunstância de não terem que, como 
função precípua, exercer o controle normativo-fiscalizatório sobre as prestadoras 
de serviços públicos, mas sim a missão de executar a atividade estatal de forma 
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descentralizada. Além disso, a designação agência reguladora surge, automatica-
mente, com a lei criadora, ao passo que as executivas são antigas autarquias, com 
nova roupagem conferida por decreto do Executivo.
Ainda que o assunto seja considerado de menor relevo por boa parte da doutri-
na, registra-se a existência de agência executiva, no caso, o Instituto Nacional de 
Metrologia (Inmetro)5, o qual, efetivamente, tem se mostrado um modelo de bom 
funcionamento de entidade pública. E todo o processo de “agencificação” tem sido 
feito em prol da melhoria da eficiência e da redução de custos.
5 O autor José dos Santos Carvalho Filho aponta-nos, como exemplos, a SUDAM (Superintendência do Desen-
volvimento da Amazônia) e a SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste). Tais autarquias 
de regime especial foram reinstituídas, respectivamente, pelas Leis Complementares 124 e 125, de 2007.
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RESUMO
• Administração Indireta (AI): Conjunto de pessoas administrativas que, 
vinculadas à administração direta, têm o objetivo de desempenhar as ativi-
dades administrativas de forma descentralizada.
• A AI é composta por entidades administrativas (e não por órgãos públicos), 
dotadas de personalidade jurídica própria.
• Autarquia: entidade estatal da Administração Indireta, criada por lei, com 
personalidade jurídica de direito público, patrimônio e receita próprios, para 
executar atividades típicas da administração pública, que requeiram, para seu 
melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
• Empresa pública: entidade de personalidade jurídica de direito privado, com 
patrimônio próprio e capital exclusivo da União, autorizada por lei para a explo-
ração de atividade econômica ou prestação de serviço público que o Governo 
seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administra-
tiva, podendo revestir-se de quaisquer das formas admitidas em direito.
• Sociedade de economia mista: entidade dotada de personalidade jurídica 
de direito privado, autorizada por lei para a exploração de atividade econômi-
ca ou prestação de serviço público, sob a forma de sociedade anônima, cujas 
ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, ao ente político que a 
criou ou à entidade da administração indireta.
• Fundação pública: entidade dotada de personalidade jurídica de direito pri-
vado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para 
o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou en-
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tidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio 
gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por 
recursos da União e de outras fontes.
• No Brasil, há dois tipos de agências: as reguladoras (nominadas também de 
controladoras) e as executivas.
− Características das agências reguladoras:
 ◦ possuem competências normativas mais amplas do que as demais agências;
 ◦ maior grau de discricionariedade técnica;
 ◦ atualmente, todas as agências reguladoras federais são autarquias;
 ◦ decorrem do fenômeno da descentralização administrativa;
 ◦ ausência de subordinação hierárquica em relação à Administração Direta;
 ◦ mandato fixo e estabilidade provisória de seus dirigentes; e
 ◦ quarentena dos diretores.
− As agências executivas não são “novas entidades”, mas antigas autar-
quias ou fundações que passam por um processo de qualificação. Pressu-
postos necessários para a qualificação:
 ◦ Celebração de contrato de gestão com o respectivo ministério supervi-
sor; e (cumulativamente)
 ◦ Plano estratégico de reestruturação ou de desenvolvimento institucional 
em andamento.
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MAPA MENTAL
Desenvolvem atividades típicas da Administração Pública
Autarquias
Criadas diretamente por lei
Regime jurídico de direito público
Imunidade tributária recíproca
Bens públicos não sujeitos à usucapião
Regime jurídico de pessoal é estatutário
Empresas públicas e 
sociedades de economia mista
Autorizadas por lei específica 
Regime jurídico de direito privado 
Todas as sociedades de economia mista são sociedades anônimas 
As empresas públicas podem assumir qualquer configuração 
admitida no direito 
A regra é a adoção do regime celetista
Personalidade de direito público - “espécie” do 
gênero autarquia 
Criadas diretamente por lei 
Regime jurídico de direito público 
Regime jurídico de pessoal é estatutário
Fundações públicas
Administração
Indireta
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Administração Indireta
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QUESTÕES DE CONCURSOS
Questão 1 (FGV/TÉCNICO TRIBUTÁRIO/SEFIN-RO/2018) João, advogado de um 
grande escritório, foi incumbido de identificar a natureza jurídica de determinado 
ente da Administração Pública indireta. Após amplas pesquisas, constatou que a 
lei autorizou a instituição desse ente, cujo capital somente pode pertencer ao ente 
federativo instituidor e a outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem 
como a entidades da Administração Indireta.
À luz da ordem jurídica brasileira, constitucional e infraconstitucional, é correto 
afirmar que esse ente tem a natureza jurídica de
a) autarquia.
b) sociedade de economia mista.
c) fundação pública.
d) empresa pública.
e) sociedade de mera participação do Estado.
Questão 2 (FGV/CONTADOR/SEFIN-RO/2018) A Administração Direta e a Admi-
nistração Indireta são partes integrantes da Administração Pública e são compostas 
por diferentes categorias de entidades.
A respeito das características das autarquias, analise as afirmativas a seguir e as-
sinale (V) para a afirmativa verdadeira e (F) para a falsa.
1. As autarquias são criadas por lei.
2. As autarquias não possuem personalidade jurídica.
3. As autarquias estão subordinadas hierarquicamente.
4. As autarquias são parte integrante da Administração Direta.
Observada a ordem apresentada, as afirmativas são, respectivamente,
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a) V – V – V – V.
b) F – F – F – F.
c) V – F – F – F.
d) V – F – V – F.
e) F – V – F – V.
Questão 3 (FGV/CONTADOR/SEFIN-RO/2018) Assinale a opção que apresenta as 
entidades que, segundo o texto constitucional, compõem a Administração Indireta.
a) Autarquias, empresas públicas, ministérios e tribunais de contas.
b) Fundações públicas, empresas públicas, ministério público e tribunais de justiça.
c) Sociedades de economia mista, fundações públicas e ministério público.
d) Autarquias, empresas públicas, fundações públicas e sociedades de economia mista.
e) Sociedades de economia mista, autarquias, agências reguladoras e tribunais 
de contas.
Questão 4 (PR4-UFRJ/ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/UFRJ/2018) 
A UFRJ, Instituição de ensino, pesquisa e extensão, é estruturada na forma de au-
tarquia especial e integrante da Administração Pública Direta.
Sobre o conceito de autarquia, é correto afirmar que:
a) é criada por lei, sob a forma de pessoa jurídica de direito público, com patrimô-
nio e receita próprios, para desempenhar funções que, despidas de caráter econô-
mico, sejam próprias e típicas do Estado.
b) é criada por lei, sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que 
o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico.
c) é criada por lei, sob a forma de sociedades anônimas, tendo por objetivo, como 
regra, a exploração de atividades gerais de caráter econômico e, em algumas oca-
siões, a prestação de serviços públicos.
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d) é criada por lei, sob a forma de pessoa jurídica de direito privado, sem patri-
mônio e receita próprios, para desempenhar funções de caráter exclusivamente 
econômico.
e) é criada por lei, sob a forma de pessoa jurídica de direito público, com patri-
mônio e receita próprios, para desempenhar funções de caráter exclusivamente 
econômico.
Questão 5 (VUNESP/PROCURADOR/IPSM-SJC/2018) Sobre a autarquia, assina-
le a alternativa correta.
a) É pessoa jurídica de direito público criada por lei, integrante da Administra-
ção Direta.
b) É criada por lei, mas sua existência legal depende do registro do seu estatuto 
na Junta Comercial.
c) É criada por lei para desempenhar, com exclusividade, funções de caráter eco-
nômico, que sejam próprias e típicas do Estado.
d) Sua extinção, assim como sua criação, somente pode ocorrer por meio de lei de 
iniciativa do Poder Executivo.
e) Tem personalidade jurídica, patrimônio e receitas próprias, mas está subordinada 
ao controle hierárquico do Ministério ou Secretaria ao qual se encontra vinculada.
Questão 6 (VUNESP/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ-SP/2018) Quanto à Admi-
nistração Direta e indireta, assinale a alternativa correta.
a) As fundações públicas integram a Administração Direta.
b) A Administração Indireta é composta exclusivamente por pessoas jurídicas que 
podem ser dotadas de personalidade jurídica de direito público ou privado.
c) A Presidência da República, por ser um órgão superior do Executivo, não integra 
a Administração Direta.
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d) A autarquia somente desempenha funções de caráter econômico voltadas ao 
melhor funcionamento da gestão administrativa e financeira.
Questão 7 (VUNESP/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/PAULIPREV/2018) A descen-
tralização da administração pública a partir da criação de entidades como funda-
ções, autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, classificadas 
como Administração Indireta, permitiu a ampliação das funções do Estado brasilei-
ro a partir de órgãos com capacidades específicas, criados para o cumprimento de 
determinadas atividades.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma característica peculiar às 
entidades da Administração Indireta.
a) Inexigibilidade de realização de concurso público.
b) Subordinação à Administração Direta.
c) Personalidade jurídica própria.
d) Inexigibilidade de cumprimento da Lei n. 8.666/1993.
e) Criação a partir de decreto.
Questão 8 (CONSULPLAN/CONSULTOR LEGISLATIVO/CM BH/2018) Em relação 
às empresas estatais, analise as afirmativas a seguir.
I – Os empregados das empresas públicas municipais independentes sujeitam-se a 
teto constitucional.
II – A sociedade de economia mista pode se estruturar como sociedade anônima 
ou por cotas.
III – A criação de subsidiárias das empresas públicas depende de autorização le-
gislativa.
IV – Os Municípios podem participar de empresas privadas até o limite máximo de 
um terço do capital.
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Assinale a alternativa que aponta a quantidade de afirmativas corretas.
a) Um.
b) Dois.
c) Três.
d) Quatro.
Questão 9 (AOCP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/SUSIPE/2018) Acerca da ad-
ministração pública direta e indireta, assinale a alternativa correta.
a) Autarquias são órgãos da Administração Direta.
b) Não é permitida a criação de fundações públicas.
c) A Administração Direta traduz a ideia de descentralizaçãoda administração.
d) Empresas públicas são órgãos da Administração Indireta.
e) Estados e Municípios são órgãos da Administração Indireta.
Questão 10 (VUNESP/AGENTE ADMINISTRATIVO/CM DE INDAIATUBA/2018) 
No tocante à constituição de entidades da Administração Indireta, é correto 
afirmar que
a) somente o Poder Executivo poderá constituir autarquias.
b) o Poder Legislativo não poderá constituir fundações.
c) o Poder Judiciário poderá constituir fundações e autarquias.
d) o Poder Legislativo somente poderá constituir autarquias.
e) o Poder Executivo não poderá constituir fundações.
Questão 11 (IBFC/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVER-
NAMENTAL/SEPLAG-SE/2018) Assinale a alternativa correta:
a) As Autarquias são pessoas jurídicas de direito público criadas para desempenhar 
atividades típicas de Estado, outorgadas e delegadas pelo ente estatal. Rege-se 
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pelo direito público justamente por desempenharem funções típicas de Estado, 
como saúde, educação, previdência social. Criadas por lei específica visam lucro e 
não são obrigadas por lei a prestação de contas.
b) As Agências Executivas, assim como as agências reguladoras, não são um novo 
tipo de entidade da Administração Indireta. Trata-se apenas de autarquias ou fun-
dações que receberam uma qualificação especial, para o melhor cumprimento de 
sua missão. Ressalte-se que não é o contrato de gestão que concede privilégios às 
agências executivas. Estes devem ser previstos em lei, em atendimento ao Princí-
pio da Legalidade.
c) As Organizações Sociais (OS) são pessoas jurídicas de direito público, sem fins 
lucrativos que desempenham atividades de interesse do Estado, criadas para pres-
tar serviços sociais, privativos do poder público, tais como ensino, pesquisa cien-
tífica, proteção ao meio ambiente. Esta denominação tem por objetivo qualificá-la 
de modo que possa receber recursos privados, isenções fiscais e direito de uso de 
patrimônio públicos.
d) Antes da emenda constitucional n. 19/1998, as fundações públicas eram con-
sideradas pessoas jurídicas de direito privado, pois eram criadas diretamente pela 
lei. Após a EC n. 19/1998, elas passaram a ter sua criação apenas autorizada por lei 
específica (art. 37, XIX, CF/1988), devendo a Administração efetuar o arquivamen-
to de seus atos constitutivos em órgão de registro de pessoas jurídicas, situação 
característica de pessoas jurídicas de direito público.
Questão 12 (FUMARC/ANALISTA DE COMPRAS/CM DE PARÁ DE MINAS/2018) 
Acerca de uma autarquia que o Município venha a criar, é CORRETO afirmar que 
seus bens serão públicos, seu regime de pessoal
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a) poderá ser estatutário ou celetista e sua responsabilidade por dano será objetiva.
b) será estatutário e sua responsabilidade por dano será subjetiva.
c) será estatutário e sua responsabilidade por dano será objetiva ou subjetiva, con-
forme as atividades que desenvolva.
d) será integralmente estatutário e sua responsabilidade por dano será objetiva.
Questão 13 (FUMARC/ANALISTA DE COMPRAS/CM DE PARÁ DE MINAS/2018) 
Sobre uma empresa pública, é CORRETO afirmar:
a) Seu regime de bens e seus contratos serão predominantemente regidos pelo 
direito comum, se for exploradora de produção e comercialização de bens.
b) Seu regime de pessoal será estatutário.
c) Seus bens possuirão todas as prerrogativas dos bens públicos, independente-
mente de sua atividade.
d) Sua atividade se sujeitará ao regime jurídico-administrativo, se for prestadora 
de serviço público.
Questão 14 (IBFC/SOLDADO/CBM-SE/2018) Levando em consideração o tema 
da “Administração Indireta”, assinale a alternativa incorreta:
a) A fundação deve possuir como escopo a realização de atividades de cunho edu-
cacional, cultural, social, tais como, assistência social, saúde, cultura e educação.
b) São consideradas entidades da Administração Indireta a Autarquia, a Empresa 
Pública, a Sociedade de Economia Mista e as Fundações Públicas.
c) Agência reguladora é um qualificativo outorgado às fundações ou autarquias, 
que continuam a exercer atividades de competência exclusiva do Estado, mas com 
maior autonomia financeira e gerencial.
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d) Consideram-se sociedades de economia mista, com a participação de particula-
res e do Poder Público no seu capital, as pessoas jurídicas de direito privado, cria-
das para a realização de atividade econômica de interesse público.
Questão 15 (VUNESP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/PC-SP/2018) A Administração Indi-
reta compreende as seguintes entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) autarquias, fundações e organizações sociais.
b) autarquias, fundações, organizações sociais e empresas públicas.
c) agências reguladoras, empresas públicas e Polícias Civil e Militar.
d) autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
e) agências executivas, fundações de apoio e serviços sociais autônomos.
Questão 16 (FUMARC/ADVOGADO JÚNIOR/CEMIG/2018) Uma causa em que 
seja parte uma sociedade anônima de economia mista pertencente à Administração 
Pública Federal será julgada pela Justiça Federal?
a) Sim, mas na hipótese em que seja controlada pela União.
b) Sim, mas na hipótese em que a União figurar como assistente ou opoente.
c) Sim, mas na hipótese em que a parte ex adversa for Estado ou Município.
d) Não, em nenhuma hipótese se sujeita ao foro da Justiça Federal.
Questão 17 (FGV/CONTADOR/SEFIN-RO/2018) Sobre as agências executivas, 
analise as afirmativas a seguir.
• Não são uma nova espécie de pessoa jurídica, distinta daquelas previstas na 
Constituição da República como integrantes da Administração Pública.
• Trata-se apenas de uma qualificação que o poder público poderá conferir a 
determinadas entidades.
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Assinale a opção que apresenta as entidades que podem receber tal qualificação.
a) Autarquias e fundações públicas.
b) Sociedades de economia mista e organizações da sociedade civil de interesse 
público.
c) Fundações públicas e serviços sociais autônomos.
d) Empresas públicas e organizações sociais.
e) Organizações sociais e autarquias.
Questão 18 (FGV/CONTADOR/SEFIN-RO/2018) Com relação às agências regula-
doras, assinale a afirmativa correta.
a) São empresas públicas.
b) São instituídas como autarquias sob regime

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