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MANEJO-FLORESTAL

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MANEJO FLORESTAL 
 
 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-
sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e 
Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participa-
ção no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação 
contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos 
e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através 
do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
MANEJO FLORESTAL .............................................................................. 1 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................... 2 
INTRODUÇÃO ........................................................................................... 4 
Planejamento Florestal .............................................................................. 8 
Noções Gerais de Planejamento .................................................................................. 8 
Natureza do Planejamento ......................................................................................... 10 
Definição de Planejamento ........................................................................................ 10 
Manejo Florestal ...................................................................................... 12 
Histórico e Desenvolvimento .................................................................................... 18 
Importância do setor florestal para o Desenvolvimento Regional ............................... 19 
LEGISLAÇÃO REFERENTE AO MANEJO FLORESTAL ........................ 21 
FUNDAMENTOS DO MANEJO FLORESTAL ......................................... 22 
Sistemas de Manejo .................................................................................................. 22 
Ciclo de Corte ........................................................................................................... 24 
Análise da Vegetação ................................................................................................ 24 
Inventário florestal .................................................................................................... 26 
Amostragem .............................................................................................................. 27 
PREPARO DA FLORESTA PARA CORTE E EXTRAÇÃO ..................... 30 
Corte de Cipós .......................................................................................................... 30 
Corte das árvores....................................................................................................... 31 
Arraste ...................................................................................................................... 31 
Traçamento ............................................................................................................... 31 
Empilhamento na esplanade ...................................................................................... 32 
Carregamento ............................................................................................................ 32 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 33 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/Acer/Documents/APOSTILAS/JESSICA/MANEJO%20FLORESTAL/APOSTILA%20MANEJO%20FLORESTA.docx%23_Toc61286466
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
A expressão desenvolvimento sustentável vem merecendo grande desta-
que nos dias atuais nos diversos fóruns de discussão, sejam eles acadêmicos, 
políticos, científicos ou empresariais, quando se discute o desenvolvimento das 
economias industriais modernas. 
Essa expressão foi popularizada a partir do Relatório Nosso Futuro Co-
mum, com a finalidade de fazer um balanço do desenvolvimento econômico em 
nível mundial e das principais conseqüências sócio-ambientais desse estilo de 
desenvolvimento, e propor estratégias de longo prazo, visando um desenvolvi-
mento sustentável. O surgimento da noção de desenvolvimento sustentável, en-
tretanto, não se deve única e exclusivamente às preocupações da ONU com o 
futuro global ameaçado com os rumos do desenvolvimento. 
Essa noção possui raízes históricas nos movimentos ambientalistas que 
buscavam uma proposta alternativa de desenvolvimento ante os riscos da degra-
dação do meio ambiente, ganhando força à medida que se incorporavam à dis-
cussão as preocupações de cunho social. 
Dada a relevância que assume esse tema no contexto de uma economia 
mundial cada vez mais globalizada, cujo progresso econômico tem gerado graves 
distúrbios na biosfera a ponto de ameaçar a base de sustentação da vida sobre o 
planeta, estas múltipla formas de interpretação vem servindo aos mais diversos 
interesses político-ideológicos, gerando propostas bastante diversificadas com 
vistas à implementação do desenvolvimento sustentável. 
Essa multiplicidade de interpretações da concepção do desenvolvimento 
sustentável tem sido responsável pela inclusão da temática relativa ao meio am-
biente − e pela adoção de algumas estratégias de ação, com resultados satisfató-
rios na mitigação de alguns efeitos danosos ao ambiente. Por outro lado, o debate 
teórico sobre a noção de desenvolvimento sustentável tem servido para desviar o 
eixo da discussão principal, no que diz respeito da não sustentabilidade do modelo 
de desenvolvimento econômico mundial, principal responsável pelos graves pro-
blemas sócio-ambientais presentes para a humanidade. 
 
 
 
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Os esforços empreendidos e os resultados até aqui obtidos com a multipli-
cidade de interpretações sobre o desenvolvimento sustentável têm demonstrado 
que essa é ainda um conceito em formação. 
O papel da Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 
a Rio-92, que resultou em alguns pontos positivos, entre os quais a “desnaturali-
zação” e a “humanização” do desenvolvimento sustentável, pelo reconhecimento 
da imperiosidade de se considerar e incluir os problemas sociais neste conceito. 
Desde o pós-guerra, diversas correntes do pensamento econômico buscaram dis-
cutir os problemas do subdesenvolvimento do Terceiro Mundo. 
Essas discussões têm sido dominadas basicamente por dois paradigmas 
concorrentes. As teorias desenvolvimentistas, que predominaram durante a longa 
fase de expansão da economia mundial, marcada pela predominância do oti-
mismo da modernização, que durou até 1973, e o pessimismo das teorias da de-
pendência, que prevaleceram na longa fase recessiva estabelecida em seguida. 
O agravamento da questão ambiental - entendida como a contradição que 
se estabeleceu entre os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem e a 
capacidade de sustentação desse desenvolvimento pela natureza - contribuiu 
para engrossar as críticas à sociedade industrial e o estilo de desenvolvimento 
que ela imprimiu, resultando na degradação ambiental e social. Dois conceitos 
importantes estão contidos na noção de desenvolvimento sustentável: o de de-
senvolvimento e o de sustentabilidade, ambos caracterizados pela multiplicidade 
e controvérsia conceitual. 
O conceito de desenvolvimento é bastante abrangente, permitindo uma 
gama muito grande de interpretaçõese formulações teóricas, envolvendo, desde 
direitos individuais, de cidadania, até esquemas de classificação dos Estados-Na-
ções. Internamente, ao sistema mundial, passa por atribuições de valor à mu-
dança, tradição, justiça social, bem-estar, destino da humanidade, acumulação de 
poder econômico, político e militar. Outras conotações vinculadas a ideais de re-
lações apropriadas entre os homens e entre estes e a natureza estão associadas 
ao conceito de desenvolvimento. 
O desenvolvimento apresenta uma conotação qualitativa, a qual implica em 
melhoria da qualidade de vida das pessoas. Essa melhoria envolve múltiplos as-
pectos de ordem econômica, social, política, ambiental e cultural. Por outro lado, 
a noção de crescimento econômico, em geral confundido com desenvolvimento, 
 
 
 
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reflete principalmente o aumento da produção material de riqueza de um determi-
nado país. É bem verdade que o desenvolvimento de uma nação se dá, na maioria 
das vezes, com crescimento econômico, entretanto, esse crescimento pode ocor-
rer ao mesmo tempo em que as condições de vida, de cidadania ou mesmo a 
qualidade do ambiente estejam sendo deterioradas. 
Os critérios puramente quantitativos de medição do crescimento econômico 
são, portanto, insuficientes para medir o desenvolvimento qualitativo proposto no 
desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, o crescimento econômico, como um 
aumento em quantidade, não pode ser sustentável indefinidamente em um pla-
neta finito. Já os desenvolvimentos econômicos, que é uma melhora da qualidade 
de vida, sem causar necessariamente um aumento na quantidade dos recursos 
consumidos, pode ser sustentável. 
O desenvolvimento sustentável consiste na busca de um desenvolvimento 
alternativo, em que as preocupações com a qualidade da vida e do ambiente es-
tejam presentes como fatores determinantes nas definições do estilo de desen-
volvimento. 
A definição adotada pela FAO alinha-se entre aquelas que vinculam desen-
volvimento sustentável e sociedade sustentável. Então o desenvolvimento susten-
tável “é o manejo e conservação da base dos recursos naturais e a orientação da 
mudança tecnológica e institucional, de tal maneira que assegure a contínua sa-
tisfação das necessidades humanas para as gerações presentes e futuras”. Sus-
tentabilidade pode ainda ser definida é “a relação entre os sistemas econômicos, 
humanos, dinâmicos e os sistemas ecológicos mais abrangentes, dinâmicos, mas 
normalmente com mudanças mais vagarosas, na qual”: 
a) a vida humana possa continuar indefinidamente, 
b) as individualidades humanas possam florescer, 
c) a cultura humana possa se desenvolver, 
d) os efeitos das atividades humanas permaneçam dentro de limites a fim 
de que não destruam a diversidade, complexidade e funções do sistema ecológico 
de suporte da vida”.(Constanza, 1991). 
Em geral, as definições de sustentabilidade incluem conceitos relacionados 
com as dimensões ecológica, econômica e social espacial e cultural. “Sustentabi-
lidade ecológica no sentido de que o ecossistema em uso mantém através do 
tempo as características fundamentais quanto a componentes e interações em 
 
 
 
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forma indefinida; sustentabilidade econômica no sentido de que o sistema em uso 
produz uma rentabilidade razoável e estável ao longo do tempo para quem o ad-
ministra, que torna atrativo continuar seu manejo, e sustentabilidade social, no 
sentido de que ambos são compatíveis com os valores culturais e éticos, outor-
gando continuidade ao sistema” (IICA, 1992). 
A sustentabilidade social tem como meta a construção de uma civilização 
com maior eqüidade na distribuição de renda e de bens. A sustentabilidade eco-
nômica deve ser alcançada via alocação e gerenciamento mais eficiente dos re-
cursos e por meio de um fluxo constante de investimentos públicos e privados. 
Deve ser avaliada em termos macro-sociais, e não apenas através do critério da 
rentabilidade empresarial de caráter macroeconômico. 
A sustentabilidade ecológica deve ser obtida por meio de uma série de me-
didas que objetivem a ampliação da capacidade de carga do planeta, a limitação 
do uso de combustíveis fósseis, a redução do volume de resíduos e de poluição, 
a limitação do consumo de materiais, a intensificação das pesquisas para a ob-
tenção de tecnologias mais eficientes e menos poluidoras e a definição de normas 
para uma adequada proteção ambiental. 
A sustentabilidade espacial deve ter por fim a obtenção de uma configura-
ção rural-urbana mais equilibrada e uma melhor distribuição territorial dos assen-
tamentos humanos e das atividades econômicas. Finalmente, a sustentabilidade 
cultural inclui a procura de raízes endógenas de processos de modernização e de 
sistemas agrícolas integrados, processos que busquem mudanças dentro da con-
tinuidade cultural e que traduzam o conceito normativo de ecodesenvolvimento 
em um conjunto de soluções específicas para o local, o ecossistema, a cultura e 
a área. 
Essas definições de sustentabilidade são bastante abrangentes e inscreve-
se num campo maior das relações homem-homem e homem-natureza no nível da 
sociedade, em uma dimensão espacial e temporal que remete à necessidade de 
garantir a conservação tanto do substrato biofísico de suporte à vida quanto do 
bem-estar humano no seu sentido amplo, incluindo as preocupações com as ge-
rações futuras. 
O objetivo do ecodesenvolvimento é a busca de um modelo de desenvolvi-
mento que conjugue eficiência econômica, prudência ecológica e justiça social. 
Para tanto, uma teoria do desenvolvimento que se pretenda fundamentada nesse 
 
 
 
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novo paradigma deverá considerar a noção de sustentabilidade a partir da incor-
poração, em seu campo de análise, de pelo menos três dimensões que compõem 
o desenvolvimento: a econômica, a biofísica e a sócio-política . 
A dimensão biofísica é entendida como o espaço físico onde desenvolve-
se a vida e todos os fenômenos do mundo material. 
A dimensão sócio-política representa o universo dos valores humanos. 
Muito embora distinto, ele não é independente do mundo biofísico e do mundo 
econômico. Inscrevem-se nessa dimensão todos os aspectos que compõem a re-
lação homem-homem e homem-natureza. 
A dimensão econômica é aquela que tem sido responsável, historicamente, 
pelo ritmo do desenvolvimento baseado na racionalidade econômica capitalista do 
processo de produção caracterizado pela lógica da valorização que imprime o di-
namismo da economia industrialcapitalista na qual o Estado exerce ou não um 
papel regulador. 
O domínio exclusivo da lógica econômica tem gerado fortes desequilíbrios 
na sociedade global, tanto no nível social quanto no nível ecológico. A proposta 
de inserção do manejo florestal com instrumento do desenvolvimento sustentável 
está apoiada na visão tridimensional do desenvolvimento econômico, incorporar 
a lógica biofísica e a sócio-política na busca de um desenvolvimento regional que 
combine eficiência econômica, prudência ecológica e justiça social, conforme as 
pressupostas do ecodesenvolvimento. 
 
Planejamento Florestal 
Noções Gerais de Planejamento 
 
A atividade do planejamento sempre foi vista como fundamental à adminis-
tração das empresas. Os primeiros pensadores da administração já descreviam 
os processos administrativos composto das seguintes etapas: planejamento, co-
mando, coordenação e controle. 
Com esta concepção do processo administrativo, a empresa era vista como 
uma máquina, em que o Gerente-de-Topo verificava seu desempenho, compa-
rava-o ao planejado e tomava medidas para correção de rumos. Desta maneira, 
 
 
 
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o planejamento sempre foi considerado como uma atividade que permitia o con-
trole sobre a alocação de recursos financeiros, com vistas ao alcance dos objeti-
vos da empresa. Por esta razão, muitos administradores consideravam e, ainda, 
consideram o planejamento como sendo uma atividade adjunta docontrole orça-
mentário. 
A grande mudança nos conceitos de planejamento empresarial acabou 
ocorrendo quando motivado pela necessidade de enfrentar os ambientes exter-
nos, cada vez mais turbulentos, as empresas “importaram” os conceitos estraté-
gicos, que eram utilizados pelos militares, para aplicação na gestão de empresas. 
A partir dessa época, novas reflexões foram surgindo a respeito do conceito 
de planejamento que, modernamente, é considerado uma atividade política e so-
cial complexa, que não pode ser estruturada por regras ou procedimentos quanti-
tativos. A atividade de planejamento é visto com indiferença por um grande nú-
mero de gerentes, apesar da sua importância, motivada principalmente por três 
causas: 
a - A primeira diz respeito ao imediatismo Os gerentes acabam envolvidos 
pela atividade do dia-a-dia da empresa, e acabam perdendo o controle do seu 
próprio tempo, deixando de enxergar os verdadeiros objetivos do seu trabalho. 
Com isso, qualquer tempo dedicado ao planejamento é visto como perda de 
tempo. 
b - A segunda razão refere-se ao desconhecimento Para não planejar, os 
gerentes alegam desconhecimento das técnicas do planejamento, pois as mes-
mas são muitos complexas. Na realidade, o que há é o desconhecimento, cau-
sado pelo desinteresse. 
c - Finalmente, a terceira causa diz respeito à incerteza quanto ao futuro O 
planejamento é considerado, por grande parte dos gerentes, inútil, por ser o futuro 
incerto. Na realidade, o raciocínio deveria ser o inverso, ou seja, quanto mais in-
certo é o futuro, maior necessidade tem a empresa de planejar, a fim de poder 
administrar e reduzir as incertezas. 
O planejamento deve ser considerado como uma forma de transformar as 
incertezas em riscos calculados. 
Espírito do Planejamento Para caracterizar o espírito da atividade do pla-
nejamento deve-se preocupar com dois aspectos fundamentais: - a antecipação 
dos acontecimentos ou, em outras palavras, a preocupação com o futuro; 
 
 
 
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- a preparação para a ação, representada pela análise e reflexão dos fatos 
esperados. 
Natureza do Planejamento 
 
A natureza do planejamento pode ser definida através de um conjunto de 
características. A maioria delas, no entanto, são somente aplicáveis às concep-
ções mais modernas, como o planejamento estratégico. 
Deve-se observar que quaisquer umas das características aplicam-se a 
qualquer tipo atividade de planejamento. Os principais aspectos que ajudam a 
melhor entender a natureza do processo do planejamento são: - a antecipação 
dos acontecimentos; - o compromisso com o futuro da organização; - a tomada 
de decisões de forma organizada; - a preocupação constante com a eficácia; - a 
atenção em relação às mudanças do meio ambiente externo; - a correta utilização 
dos recursos internos; - o cuidado à manutenção da cultura organizacional; - a 
caracterização de um processo interno de mudanças; - a identificação da neces-
sidade de mudança de mentalidade; - caracterização do processo de aprendizado 
institucional. 
 
Definição de Planejamento 
 
Com base nas reflexões sobre a natureza do planejamento, é possível 
apresentar uma definição ampla e geral, válida para qualquer tipo de planeja-
mento: “O Planejamento é um processo intuitivo ou estruturado que visa especular 
sobre o futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões antecipadamente” 
(Dorodame Leitão). Para efeitos dos objetivos do manejo, contudo, faz-se neces-
sário mais essa definição, a fim de podermos caracterizar o processo de planeja-
mento estratégico de uma empresa florestal como atividade central da administra-
ção estratégica. Para tanto, é necessário introduzir na definição alguns conceitos 
como: - processo ordenado e racional; - atividade contínua e racional; - otimização 
dos processos de produção;- mudanças do meio ambiente externo; - mitigação 
dos impactos na floresta. 
Com isso, adotar a definição para o processo de Planejamento Estratégico 
Empresarial Florestal: “Planejamento Estratégico Empresarial Florestal é uma ati-
vidade permanente e contínua, que é obtido por um processo sistematizado de 
 
 
 
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tomada de decisões, com vista ao alcance dos objetivos que permitirão otimizar a 
produção atual e futura da empresa, a despeito de mudanças aleatórias ou orga-
nizadas no meio ambiente futuro” . Da definição, podemos observar: Trata-se de 
uma atividade permanente e contínua, isto é, de um processo e não de um ato. O 
planejamento é desenvolvido de modo ordenado e racional, ou seja, é um pro-
cesso de tomada de decisões que é estruturado no nível da empresa, e não de 
decisões intuitivas, baseadas na “genialidade” de alguns gerentes. Neste sentido, 
o planejamento, visa identificar e permitir o alcance de objetivos de longo prazo 
da empresa e, ainda, preocupando com o futuro da organização. 
O planejamento prevê a investigação e se prepara para as mudanças futu-
ras no ambiente da empresa florestal. 
O Planejamento da Produção Florestal O manejo florestal assegura o inte-
resse do proprietário e da sociedade à floresta, considerando os aspectos econô-
micos, ecológicos e ambientais. 
O manejo envolve desde a coleta de dados e o fornecimento de informa-
ções para tomada de decisões, planejamento da produção por unidade de traba-
lho, bem como o planejamento da produção para o conjunto das áreas florestais 
e, ainda, permite o gerenciamento de todo o processo de produção florestal. 
O planejamento da produção florestal é efetuado em duas etapas: na pri-
meira fase planejase todas as ações necessárias para a produção de uma unidade 
de trabalho (UT); depois prossegue-se com o planejamento geral da produção em 
toda a área de manejo fazendo os ajustes necessários que eventualmente ocor-
ram no planejado para as unidades de trabalho. 
Os aspectos que devem ser levados em consideração no planejamento da 
produção florestal são os seguintes: 
- Regular o manejo da floresta produtora ajustando-se à capacidade de suporte 
do ecossistema, na existência ou não do estoque remanescente, da regeneração 
e a demanda. - Obter informações sobre a potencialidade das florestas mediante 
o planejamento e execução de inventários prévios, tecnicamente concebidos com 
objetivos claros e bem definidos para o fornecimento de informações sobre a com-
posição, estrutura e estoque por espécie, por grupo de espécies e para o total de 
espécies existente na área sob manejo. - Planejar o monitoramento da evolução 
da floresta com o propósito de conhecer a taxa de recuperação e outros processos 
relativos à sua dinâmica. - Conceber programas de plantio de enriquecimento com 
 
 
 
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objetivos e metas bem definidos que garantam rentabilidade e não causem im-
pactos negativos ao ambiente. - Planejar a incorporação de novas espécies ao 
aproveitamento. - Agrupar as espécies, no planejamento, segundo critérios tecno-
lógicos, econômicos e ambientais. 
 
Manejo Florestal 
Manejo Florestal é classicamente definido pela sociedade Americana de 
Engenheiros Florestais SAF (1958), como aplicação de métodos empresariais e 
princípios técnicos na operação de uma propriedade florestal. 
A silvicultura, parte integrada do manejo, é a parte da ciência florestal que 
trata do estabelecimento, condução e colheita de árvores. No Decreto n° 1.282, 
de 19.10.94 que regulamentou a exploração das florestas da Bacia Amazônica, o 
termo manejo florestal sustentável é definido como a administração da floresta 
para a obtenção de benefícios econômicos e sociais, respeitando-se os mecanis-
mos de sustentação do ecossistema. 
É necessário salientar que o manejo florestal, além de ser uma técnica, é 
também uma estratégia política, administrativa, gerencial e comercial, que utiliza 
princípios e técnicas florestais no processo de intervenção do ecossistema, vi-
sando a disponibilização de seus produtos e benefícios para usos múltiplos, de 
forma a garantir os pressupostosdo desenvolvimento sustentável. 
O manejo florestal tem sido considerado por muitos pesquisadores, como 
um processo de tomada de decisão. Neste contexto o profissional florestal neces-
sita ter uma visão global de planejamento, utilizando-se para tal, modelos mate-
máticos que possibilitem a previsão da produção, assim como gerenciar informa-
ções através de planos de manejos em que a otimização seja a tônica do pro-
cesso. 
O manejador florestal deve balizar suas decisões em informações biológi-
cas, econômicas, sociais, ambientais e de mercado de modo a propiciar a susten-
tabilidade desta prática e a perpetuação da atividade florestal no empreendimento. 
O sucesso da atividade florestal, depende, em grande parte, da existência de um 
plano que defina, com clareza, seus objetivos e os meios para alcançá-los. 
 
 
 
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A falta de um planejamento sistemático favorece a definição de objetivos 
com base em critérios subjetivos, incorreta distribuição temporal das ações, com 
dificuldade de coordenação e aferição dos resultados. 
O planejamento é particularmente relevante no manejo florestal, em razão 
de longos períodos envolvidos, como também das dificuldades em se promover 
mudanças bruscas no processo de gestão de uma floresta. 
São consideradas florestas manejadas aquelas, com importância para a 
conservação de biodiversidade, para as quais há prescrições de cortes, tratamen-
tos silviculturais e proteção com o objetivo de produção comercial e outros bene-
fícios de forma sustentada. As florestas naturais heterogêneas, particularmente 
as tropicais, acham-se em regiões onde se localiza em países subdesenvolvidos 
e em desenvolvimento. 
As causas de depredação destas florestas são os cortes seletivos da ma-
deira, o crescimento populacional e a crescente atividade da agropecuária exten-
siva. Na América Latina, o fator principal de depredação das florestas tropicais é 
a atividade agropecuária influenciada por pressões de demandas geradas pelas 
políticas governamentais. 
As florestas tropicais são caracterizadas por imensa diversidade flora e 
fauna. No passado e, atualmente, grandes partes desse potencial foram explora-
das de maneira desordenada, causando grandes impactos ambientais e danos 
irreversíveis ao ecossistema florestal. Estes impactos no passado foram motivos 
dos movimentos conservacionistas, que reivindicavam uma maior conservação 
das florestas tropicais. 
Com a diminuição e a degradação das florestas tropicais de outras regiões, 
a Amazônia passou a ser o centro das atenções. Considerando a sua expressiva 
cobertura vegetal, cada vez mais se torna evidente a sua importância como pro-
teção e abrigo às diferentes formas de vida. 
Neste processo, o manejo florestal contribui, de forma decisiva ao visar a 
sustentabilidade da produção madeireira sem comprometer o funcionamento do 
ecossistema e conserva os seus processos estruturais e funcionais. 
Para que seja efetivamente concretizada a conservação da biodiversidade 
nos trópicos é, necessário conhecer os processos de dinâmica da sucessão natu-
ral, crescimento e produção das áreas florestais nativas. O manejo para produção 
sustentável destas florestas, quando praticado sob critérios técnicos, econômicos 
 
 
 
14 
e sociais, garante os níveis de satisfação e necessidade das gerações presentes 
e futuras, bem como a sustentabilidade e renovabilidade do recurso. 
A temática envolvendo as possibilidades de conciliar o desenvolvimento e 
o manejo sustentável dos recursos naturais fortaleceu-se, a partir do lançamento 
e popularização do conceito de desenvolvimento sustentável. 
Os modelos predatórios de desenvolvimento, que visa prioritariamente os 
benefícios econômicos imediatos, privilegiando o crescimento econômico em de-
trimento dos benefícios ambientais e da melhoria da qualidade de vida das popu-
lações, passou a ser questionado, em prol de um modelo alternativo. Impõe-se a 
necessidade de um modelo de desenvolvimento que incorpore e integre em suas 
propostas e ações as dimensões sociais, econômicas e ecológicas. 
Mas a proposta de desenvolvimento sustentável, longe de ser consensual, 
tem gerado polêmicas e suscitado críticas diversas. A principal delas revela-se na 
própria contradição entre as propostas que a concepção de desenvolvimento sus-
tentável encerra e a realidade das relações que se estabelecem, na prática, entre 
as nações ricas e pobres do planeta. Existe, não obstante as contradições que o 
termo encerra, um certo consenso quanto à importância dessa noção como refe-
rência para a análise, entendimento e apontamento de caminhos em busca de 
estilos alternativos de desenvolvimento, a partir da integração das dimensões so-
cial, econômica, política e ecológica. 
A dissociação dessas quatro dimensões de análise tem caracterizado o ins-
trumental teórico disponível em todas as disciplinas, constituindo um problema 
paradigmático da ciência moderna, cujos caminhos para a superação apontam a 
necessidade de uma interdisciplinaridade ampla entre as ciências sociais e as ci-
ências naturais. Isso significa que qualquer processo ou modelo de desenvolvi-
mento, por mais que esteja associado a um setor específico, deve ser analisado 
e interpretado por uma ótica interdisciplinar, em que as preocupações de cunho 
econômico, por exemplo, não estejam desvinculadas das questões políticas, so-
ciais e ecológicas. 
No campo da economia, as novas formulações teóricas propostas pela eco-
nomia ambiental neoclássica e, mais recentemente, pela economia ecológica pro-
curam a resolução dos problemas que resultam da relação entre desenvolvimento 
econômico, sociedade e natureza por meio da incorporação integral da natureza 
e dos serviços ambientais ao sistema de mercado, buscando uma eficiência global 
 
 
 
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no seu uso. No campo da ecologia, um novo paradigma aponta para a compreen-
são do meio ambiente como sistema aberto, complexo e dinâmico. Nesse sentido, 
os problemas ambientais, longe de serem localizados e delimitados, são, ao con-
trário, transfronteiriços, isto é, não podem ser circunscritos a partir de limites es-
tabelecidos politicamente. 
No âmbito da ciência florestal, essas duas interpretações têm provocado 
polêmicas entre aqueles que se alinham com maior ou menor intensidade a cada 
uma dessas concepções. Nesse contexto, as discussões sobre as formas de uso 
e o futuro dos grandes ecossistemas globais, ameaçados por esse modelo de 
desenvolvimento, têm colocado as florestas tropicais, em especial a amazônica, 
no centro das atenções internacionais nos diversos fóruns de debates sobre essa 
temática. O processo de destruição gradativa das florestas tropicais destaca-se 
como um tema prioritário nas formulações de políticas com vistas à conservação 
das florestas, em nível tanto nacional quanto internacional. 
Em relação ao setor madeireiro, por exemplo, o panorama internacional 
aponta para o esgotamento, num futuro bem próximo, das fontes tradicionais de 
suprimento do mercado internacional de madeiras tropicais, nos principais países 
produtores do sudeste asiático. As perspectivas são de que os interesses desse 
mercado voltem-se para a Amazônia, com o conseqüente aumento das pressões 
sobre os recursos florestais madeireiros da região. 
Diante desse quadro, fica patente a necessidade de reestruturação das ati-
vidades madeireiras na Amazônia, buscando corrigir e aprimorar o modelo atual 
de utilização dos recursos florestais, de forma a contribuir para o desenvolvimento 
sustentável do setor florestal, em geral, e do madeireiro, mais especificamente. 
A postura predominantemente economicista-produtivista em relação aos 
recursos florestais tem sido apontada como a causa principal do padrão insusten-
tável de exploração, que tem colocado em risco a manutenção física não só des-
ses recursos, mas também dos múltiplos bens e serviços que eles fornecem. 
Se, para a sociedadeem geral, a floresta é considerado um bem patrimo-
nial capaz de fornecer múltiplos bens e serviços, do ponto de vista da empresa 
florestal privada, ela é vista como um estoque de recursos (ou capital) madeirei-
ros. 
 
 
 
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O predomínio da racionalidade econômica define o padrão de uso desses 
recursos madeireiros. O manejo florestal madeireiro há muito vem sendo conside-
rado um dos instrumentos mais viáveis de gestão (decisões e ações negociadas 
entre atores sociais envolvidos) dos recursos florestais com vistas à produção 
sustentada de madeiras. 
Sob a influência dessa nova ótica de desenvolvimento, o manejo florestal 
passa a incorporar, também, a idéia de desenvolvimento sustentável. Para aten-
der aos princípios do desenvolvimento sustentável, o manejo florestal precisa con-
templar, em seus objetivos, a busca da sustentabilidade em relação às dimensões 
social, política, ecológica e econômica. Compatibilizar e articular essas quatro di-
mensões constitui o principal desafio para o manejo florestal sustentável. Histori-
camente, a concepção de manejo florestal passou de uma noção economicista, 
onde a ênfase maior era dada à maximização da produção de madeireira, para 
uma noção de manejo florestal sustentável, na qual a ênfase passou a ser dada 
ao ecossistema florestal como um todo e aos múltiplos bens e serviços que ele é 
capaz de fornecer a toda a sociedade. 
Essa mudança implica uma nova concepção, uma nova postura em relação 
à floresta e aos múltiplos recursos florestais. Isso não significa que esses aspectos 
eram anteriormente desconsiderados pela ciência florestal, ao contrário, as preo-
cupações com a ecologia, o meio ambiente e o uso múltiplo das florestas em re-
lação aos benefícios sociais a serem gerados sempre estiveram presentes, em-
bora desarticuladas das preocupações principais da economia florestal. 
O grande avanço foi a integração de campos de análise que anteriormente 
eram tratados separadamente. Tal mudança é concernente a um novo paradigma 
da ciência florestal, que pretende articular em seu arcabouço teórico-metodológico 
e técnico as quatro dimensões contidas na proposta de desenvolvimento susten-
tável. Sob essa nova ótica, a floresta é concebida como um ecossistema com-
plexo, capaz de fornecer uma multiplicidade de bens e serviços, para a sociedade 
em geral. 
Com a incorporação da dimensão sócio-ambiental de análise passa-se a 
considerar aspectos da relação entre seres humanos e destes com a natureza, o 
que permite reconhecer a existência de limites ecossistêmicos para as atividades 
econômicas e sociais, e de um contexto histórico-social no qual a atividade eco-
nômica está inserida. 
 
 
 
17 
Essa nova concepção, apesar de se configurar como mais viável, no atual 
estágio de conhecimento técnico-científico, não encontra expressão prática na 
Amazônia, onde ainda prevalece um modelo de exploração seletiva, desorgani-
zado e altamente predatório dos recursos florestais e as preocupações de cunho 
social permanecem ainda no campo da retórica, nas formulações de políticas pú-
blicas para o meio ambiente. 
Não obstante a evolução da legislação e os avanços técnico-científicos em 
relação ao manejo florestal, a exploração e o uso dos recursos florestais na Ama-
zônia continuam baseados em modelos predatórios e pouco eficientes, gerando 
efeitos negativos que comprometem a sustentabilidade em longo prazo dessas 
atividades. As causas relatadas são variadas referem-se, por exemplo, à estru-
tura, organização atual do setor florestal, às inadequações da legislação e da po-
lítica florestal, às deficiências institucionais, aos riscos e incertezas em relação 
aos problemas fundiários e sócio-econômicos, à falta de tecnologias apropriadas 
e à baixa rentabilidade do manejo florestal sustentável, que envolve investimentos 
elevados em longo prazo. 
Atualmente, existem boas informações sobre técnicas de manejo sustentá-
vel de florestas naturais inequiâneas na Ásia, África e na América, as quais, sem 
dúvida poderão ser adaptados às condições das florestas tropicais brasileiras. As 
pesquisas que têm sido desenvolvidas para testar a viabilidade do manejo florestal 
madeireiro têm privilegiado principalmente a verificação de aspectos técnico-cien-
tíficos. As análises econômicas ainda estão limitadas a experiências em projetos 
demonstrativos, carecendo de informações sobre o comportamento econômico 
em escala empresarial e envolvendo mais de um ciclo de corte. 
Enfim, não existem, na Amazônia, experiências de pesquisas que busquem 
agregar e integrar a dimensão social, política, ecológica e econômica numa 
mesma proposta de análise. É preciso ter claro que a identificação das vincula-
ções entre o manejo florestal madeireiro e o desenvolvimento sustentável não su-
bentende, necessariamente, a aceitação tácita e irrestrita do conjunto dos pressu-
postos dessa proposta de desenvolvimento. 
Tampouco se pode deduzir que as bases de uma sociedade mais justa so-
cial e ambientalmente podem ser construídas sem que se processem profundas 
modificações nas relações sociais e nas relações de poder entre indivíduos, soci-
edades e nações nos níveis local, nacional e mundial. 
 
 
 
18 
 
Histórico e Desenvolvimento 
 
Desde a origem das civilizações as florestas começaram a ser derrubada, 
pois as árvores eram usadas como material de construções e combustível. Isto 
perdurou por mais de cinco mil anos, desde a Idade do Bronze até meados do 
século XIX. Para a maioria das pessoas que habitam o planeta as árvores ainda 
cumprem essas funções (PERLIN, 1992). 
Quanto a origem, o manejo florestal não tem uma data precisa de nasci-
mento. Entretanto, há relatos muito antigos das primeiras tentativas de manejo 
ordenado das florestas, porém estas tentativas não chegaram a formar uma base 
teórica sobre o assunto. Dentre os mais antigos relatos há registros que em 1122 
a.C., um imperador chinês contratou um silviculturista cuja principal tarefa era o 
desbaste, a poda e a limpeza das florestas. 
Os romanos conheciam o regime de alto fuste e começaram a planejar a 
utilização das florestas desde 23-79 d.C. Na Europa Central, onde nasceu o orde-
namento florestal, o sistema de talhadia é conhecido desde o período de Carlos 
Magno (742-814 d.C.). Práticas de rendimento sustentado foram desenvolvidas, 
na Alemanha no século 14, mediante a divisão da área em parcelas iguais tama-
nho. O número de parcelas coincide com a idade de rotação. 
Durante o século 18, também na Alemanha, começava incentivada pelo 
perigo de escassez de madeira, a elaboração de uma teoria de ordenamento para 
regular o corte com base no volume em vez da área; calculava-se já o volume 
normal de uma floresta. 
Foram escritos vários manuais sobre ordenamento florestal e em 1.789 foi 
fundada a primeira escola de floresta por G.L. HARTIG que formulou em 1804 a 
teoria básica do manejo sustentado: “manejar as florestas de maneira que os des-
cendentes possam obter dela pelo menos os mesmos benefícios que a geração 
vivente”. A administração florestal foi introduzida na França em 1346, 1376 e de 
1820, com objetivo de inventariar as florestas e fiscalizar os cortes. Em 1669 a lei 
incentivava uma época de desenvolvimento do manejo florestal. 
Os sistemas silviculturais utilizados em manejo nos paises com florestas 
tropicais, são adaptações dos modelos clássicos desenvolvidos para as florestas 
temperadas. As principais experiências silviculturais voltadas para o manejo flo-
restal foram executadas na Índia e Birmânia, em meados do século XIX. A história 
 
 
 
19 
do manejo florestal para os paises com florestas tropicais tornou-se conhecida 
com o surgimento dos reinos coloniais europeus. 
Dietrich Brandis escreveu, em 1860, o primeiro plano de ordenamento para 
Tectona grandis L.F. da Birmânia, desenvolvendo o método “taungya” e na Índia 
foi funda o serviço florestalindiano. 
O serviço florestal da Malásia foi criado em 1883, e teve como principais 
atividades o controle do extrativismo madeireiro, a manutenção de reservas flo-
restais, legislação e administração. Neste serviço as atividades de manejo flores-
tal praticamente não foram executadas. Nos paises africanos as primeiras experi-
ências silviculturais são registradas desde o início do século XX. 
As primeiras pesquisas implantadas em Togo e Camarões datam de 1908. 
Entre 1920 e 1930, na África Ocidental Britânica, foram instalados os primeiros 
experimentos florestais da região. No continente americano, as primeiras experi-
ências silviculturais foram implantadas em Trinidad entre 1890 e 1900. O conceito 
de manejo florestal em regime de rendimento sustentado foi introduzido, no Brasil, 
a partir da realização dos inventários florestais, executados por peritos da FAO, 
em fins da década de 50. 
O primeiro plano de manejo da Amazônia brasileira foi elaborado para a 
FLONA de Tapajós, em 1978, para uma área de 130.000 ha. Atualmente diversos 
estudos e ensaios estão sendo praticados por agentes públicos e privados. Desde 
1980, o INPA vem desenvolvendo estudo sobre a dinâmica das intervenções do 
processo pós-exploratório. 
 
Importância do setor florestal para o Desenvolvimento Regional 
 
A exploração seletiva de madeira começa a desempenhar papel impor-
tante, tanto na alteração da paisagem, como na manutenção das atuais taxas de 
desmatamento na Amazônia. Até recentemente, fins dos anos 80 e início dos anos 
90 a madeira era considerada como subproduto de projetos de desenvolvimento 
na Amazônia, principalmente agropecuários. 
O Estado de Mato Grosso, apesar de oferecer vantagens para a indústria 
de base florestal, esta é pouco desenvolvida e ainda encontra-se alicerçada no 
extrativismo seletivo. O setor de base florestal é um componente muito importante 
 
 
 
20 
na economia do Estado em termos de geração de renda, manutenção de empre-
gos diretos e indiretos e geração de impostos. 
Em função da exuberância das florestas existente no Estado o processo de 
aproveitamento da madeira e outros produtos trouxeram associado um importante 
parque industrial de base florestal com 35,65% do total das indústrias instaladas 
(MATO GROSSO, 2001). 
A atividade do setor florestal é responsável pela ocupação de 26% da mão 
de obra, o que equivale a 39 mil postos de trabalho (PRODEFLORA, 2001). O 
segmento de desdobramento e beneficiamento de madeiras é, hoje, numa das 
principais atividades econômicas, cujo parque industrial é formado por aproxima-
damente 1.214 indústrias composta por serrarias, laminadoras e compensados, 
constituindo-se no maior segmento industrial instalado em Mato Grosso. 
O Brasil participou do mercado mundial de madeiras tropicais em 2000 com 
2,1% e, deste total, Mato Grosso contribuiu com 1,5%. A participação do setor 
florestal na arrecadação de ICMS foi em média no período de 1991 a 1999 de 
8,65%, correspondendo a cifra de R$ 67.103.394,65. Para aumentar a participa-
ção brasileira e também mato-grossense no mercado mundial de madeiras tropi-
cais não basta apenas aumentar indiscriminadamente a extração de madeira. 
Torna-se necessário sensibilizar o proprietário rural sobre a importância do 
valor da floresta, que se bem utilizada pode lhe conferir renda a curto prazo, para 
isto é necessário tomar medidas que reduzam os riscos decorrentes da atividade. 
Nesse aspecto salienta-se a importância do manejo florestal no sentido de 
minimizar os efeitos da intervenção na floresta, de perpetuar a atividade e de 
torná-la mais produtiva. 
O Brasil participa do comércio mundial de madeira tropical com pouco mais 
de 2%, deste total Mato Grosso participa com 1,5% conforme é demonstrado na 
tabela 01, a seguir. 
 
 
 
21 
 
LEGISLAÇÃO REFERENTE AO MANEJO FLORES-
TAL 
Para que a implantação de Projetos de Manejo Sustentado seja feita com 
sucesso é necessário o comprimento da legislação específica norteadora da ati-
vidade florestal. 
O Governo Federal, o Ministério do Meio Ambiente, o IBAMA e a Secretaria 
de Estado do Meio Ambiente estabelecem os instrumentos legais que disciplinam 
o desenvolvimento do manejo florestal, que estão previstos em Leis, Decretos, 
Portarias e Instruções Normativas: O artigo 225 da Constituição Federal (1988): 
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso co-
mum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público 
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações.” 
Lei 4.771 de 15 de setembro de 1.965 – Código Florestal Medida Provisória no 
2.166-67, de 24 de agosto 2001 – Altera o Código Florestal. Decreto n°1.282 de 
19 de outubro de 1.994 – Regulamenta o artigo 15 da Lei n° 4.771. 
Decreto n° 2.788 de 28 de setembro de 1.998 - Altera dispositivos do Decreto n°. 
1.282, de 19 de outubro de 1994, e dá outras providências. 
Decreto n°1.963 de 25 de julho de 1.996 – Suspensão da Exploração da Explora-
ção de Mogno e Virola na Região Amazônica. 
Decreto n° 3.559 de 14 de agosto de 2000 - Suspende a exploração da espécie 
mogno (swetenia macrophylla king), na região Amazônica, pelo período de dois 
 
 
 
22 
anos, e dá outras providências. Instrução Normativa n° 3 de 4 de março de 2002 
– Sobre conversão para uso do Solo (reedição da IN 003, de 10.05.01, publicada 
em 14.05.01). Instrução Normativa n° 7, de 22 de agosto de 2003 
– Sobre o Manejo Florestal Sustentável do Mogno. Portaria nº 19 de 11 de abril 
de 2003 
– Institui a Declaração de acompanhamento e Avaliação de Plano e Manejo Flo-
restal Sustentável 
– DAAPMF, que deverá ser apresentada pelos responsáveis técnicos dos Planos 
de Manejo Florestal Sustentável. Com a assinatura do Termo de Cooperação Téc-
nica para Gestão Florestal entre o estado de Mato Grosso e o Ministério do Meio 
Ambiente, a legislação florestal está toda em aparato legal pelo executivo esta-
dual. 
Desta feita o Estado passou a ter uma legislação concorrente ao da União, como 
assegura o Art.24, inciso VI da Constituição federal de 1988. 
Lei Complementar Estadual nº232, de 21 de dezembro de 2005 – Altera o código 
Estadual do Meio ambiente. 
Lei Complementar Estadual nº233, de 21 de dezembro de 2005 – Dispõe sobre a 
Política Florestal do Estado de Mato Grosso. Decreto 6958 de 29 de dezembro de 
2005 - Regulamenta a Gestão Florestal do Estado de Mato Grosso Decreto 7773 
de 30/06/06 – Disciplina Guia Florestal (GF). 
Portaria 01 de 01/01/06 – Regulamenta o parágrafo 3º do art.13 do Decreto 6.958 
de 29/12/05, institui o cadastro de consumidores de produtos florestais (CC-
SEMA) Portaria 02 de 01/01/06 
– Aprova os roteiros mínimos para Plano de Manejo Florestal e Plano Operacional 
Anual Portaria 03 de 01/01/06 
– Institui os Termos de Responsabilidade de Manutenção de Floresta Manejada e 
o de Vinculação de Reposição Florestal Portaria 30 de 30/03/06 
– Disciplina o uso da Guia Florestal para o Transporte de Produtos e Subprodutos 
de Origem Florestal 
 
FUNDAMENTOS DO MANEJO FLORESTAL 
Sistemas de Manejo 
 
 
 
 
23 
O manejo das florestas depende de um planejamento eficiente, do rígido 
controle na elaboração, execução e gerenciamento do plano de manejo, medidas 
fiscais e do financiamento da atividade. 
De acordo com a forma de extração das árvores os sistemas de manejo 
aplicados em florestas tropicais classificam-se, basicamente, em duas categorias: 
monocíclicos e policíclicos. - Monocíclico – Neste sistema, a retirada da madeira 
comercial se dá de uma só vez, e a próxima colheita é baseada nas mudas das 
espécies comerciais existentes no momento do primeiro corte. 
Os ciclos de corte dependem do crescimento médio das espécies a rege-
nerar, mas em geral, são longos, de 70 a 100 anos. Um exemplo clássico de um 
sistema monocíclico é o Sistema Uniforme Malaio. Estesistema permite que seja 
retirado apenas o crescimento da floresta acumulado no ciclo de corte. 
A figura 01 ilustra melhor a divisão da área em função do ciclo de corte. - 
Policíclico – Neste, uma parte ou todas as árvores comerciais que atingiram o 
tamanho de corte são retiradas. As árvores de tamanho intermediário que perma-
necem na floresta passam a constituir o estoque remanescente para o próximo 
corte. Devido a isso, os ciclos de corte são bem menores que os do sistema mo-
nocíclico, variando de 20 a 40 anos. 
Exemplos típicos de manejo policíclico é o Sistema Seletivo da Indonésia, 
o Sistema de Seleção de Gana e o Sistema CELOS do Suriname. A comparação 
entre os dois sistemas, é mostrada na tabela 02. 
 
 
 
 
24 
 
Ciclo de Corte 
 
O ciclo de corte é o período entre duas reduções de densidade, ou seja, é 
o tempo necessário para que o estoque em crescimento atinja o estoque florestal. 
Pode-se entender o ciclo de corte como o período de tempo planejado no qual, 
todas as porções de uma área florestal devem ser cortadas em uma seqüência 
ordenada. 
A periodização do ciclo de corte permite um manejo com rendimento sus-
tentado. Em um ciclo de corte de 30 anos, por exemplo, deve-se dividir a área em 
30 unidades de produção com a mesma produtividade. 
A cada ano reduz-se a densidade na seqüência da primeira unidade até a 
trigésima. A partir desta idade a primeira unidade terá atingido o nível de estoque 
total, permitindo assim, reiniciar o ciclo de utilização. 
Neste período a floresta terá recuperado em espécie, área basal e volume 
o que foi retirado na primeira extração, conforme mostra a figura 01 
 
Análise da Vegetação 
 
O Manejo de Florestas tropicais heterogêneas constitui o maior desafio da 
Ciência Florestal, devido a sua complexidade e a dificuldade de interpretação das 
 
 
 
25 
múltiplas inter-relações do ecossistema natural. Estas dificuldades redobram-se 
na proporção direta do aumento da diversidade de espécies que compõem a co-
munidade vegetal. 
A vegetação é um fenômeno natural complexo, que pode ser medido por 
diversos parâmetros e está relacionado com alguns fatores do meio, tais como: 
climáticos, edáficos e bióticos, dando como resultado distintas classificações dos 
tipos ecológicos. 
A estrutura das florestas pode ser caracterizada, não só pelos métodos 
quantitativos, mas sim através de fórmulas combinadas, símbolos ou perfis es-
quemáticos, como apresentado, a seguir nos diferentes sistemas: 
a) – O sistema Klükler, baseia-se em uma série de combinações de letras 
e números, para designar os diversos tipos de vegetação. 
b) – O sistema Dansereau, para descrever a fisionomia da estrutura da ve-
getação, utiliza combinações de letras, números e mais uma série de símbolos 
para representá-los graficamente. 
c) – A representação de estrutura da floresta através das organizações ar-
quitetônicas utilizando caracteres horizontais e verticais das espécies ou grupa-
mentos vegetais. 
Os dados exclusivamente numéricos e os métodos descritos não satisfa-
zem, já que as florestas geralmente são bastante complexas. É necessário, por-
tanto, para melhor compreender a estrutura, desenvolver perfil dos povoamentos, 
que devem ser adaptados às características especiais da floresta. 
Como existe uma grande variação entre métodos já empregados para aná-
lise estrutural, e como ainda não alcançou uma uniformidade perfeita dos mesmos 
no cenário internacional, é necessário estabelecer alguns requisitos a ser segui-
dos, para que o sistema empregado seja realmente satisfatório: 
1. Que seja capaz de fornecer um quadro representativo da estrutura do 
tipo de floresta estudada. 
2. Deve ser aplicável, não importando o tipo de floresta estudada. 
3. Os resultados devem ser objetivos, isto é, devem ser livres de qualquer 
influência subjetiva , sendo portanto, desejável que se expresse por diagramas e 
números. 
4. As análises dos resultados procedentes do mesmo tipo florestal ou de 
tipo diferente, sejam diretamente comparáveis. 5. Que seja aplicável o método de 
 
 
 
26 
estatística, na compilação e avaliação dos dados de campo, bem como na inter-
pretação e comparação dos resultados. 
Dentre as técnicas que cumprem com os principais requisitos anterior-
mente mencionados, pode-se distinguir as seguintes: 
1. As técnicas analíticas, nas quais se aplicam os procedimentos clássicos 
de investigação cientifica; entre elas pode-se citar análise da estrutura florística 
(horizontal e vertical) e da estrutura diamétrica das florestas. 
2. As técnicas de síntese, para o estudo da estrutura vertical das florestas, 
nas quais se procura obter uma imagem completa da floresta. 
No manejo de florestas nativas tropicais, cumpre este papel a análise da 
vegetação em que estão inseridos as estruturas florísticas. Para o manejo destas 
florestas é necessário obter além da sua descrição fisionômica, que contém as 
listas de espécies e a apresentação de perfis e diagramas, o conhecimento das 
medidas de abundância, dominância, freqüência, índice de valor de importância, 
valor de cobertura e regeneração. 
Os métodos de análise estrutural baseado nos cálculos de abundância, fre-
qüência e dominância, devido a sua boa aceitação e motivados pela facilidade 
operacional, estão sendo crescentemente empregados nas pesquisas florestais 
e, também, como parâmetros de tomada de decisão na elaboração e execução 
dos planos de manejo florestal. 
 
Inventário florestal 
 
A Análise da Vegetação é realizada por meio do Inventário florestal que 
pode utilizar a técnica de Amostragem ou Censo. Os tipos de inventários são clas-
sificados de acordo com: 
 
 
 
 
27 
Amostragem 
 
Como as populações florestais são geralmente extensas, de difícil acesso 
e com freqüência necessitam ser inventariadas em curto espaço de tempo, a rea-
lização de inventários florestais está intimamente vinculada à teoria de amostra-
gem. 
É importante ressaltar que inventário amostral e censo florestal são ativi-
dades que visam obter informações sobre a qualidade e a quantidade de recursos 
florestais existentes em uma determinada área. 
A única diferença entre os métodos consiste em que o inventário amostral 
(amostragem) observa uma porção da floresta (amostra) para obter estimativas 
representativas do todo. Já o censo ou enumeração total é a abordagem feita em 
todos os indivíduos da população (100%). Para um melhor entendimento, os prin-
cipais conceitos utilizados no inventário são descritos a seguir: População Pode 
ser definida como um conjunto de seres de mesma natureza que ocupam um de-
terminado espaço no tempo. Amostra Pode ser definida como uma parte da po-
pulação, constituída de indivíduos que apresentam características comuns que 
identificam a população a que pertencem. 
Unidade Amostral É o espaço físico sobre o qual são observadas e medi-
das as características quantitativas e qualitativas da população. As unidades 
amostrais podem ser constituídas por parcelas de área fixa, pontos amostrais ou 
árvores. 
Métodos de amostragem Abordagem referente a uma unidade amostral. 
A seleção desta unidade amostral é feita de acordo com um critério probabilístico 
previamente definido, o qual estabelece o método de seleção. 
Existem vários métodos de amostragem, destacando-se entre eles os se-
guintes: 
• Método da Área Fixa: método em que a seleção dos indivíduos é feita 
proporcionalmente à área da unidade e à freqüência dos indivíduos que nela ocor-
rem. 
• Método de Bitterlich: o método consiste em contar as árvores em um giro 
de 360°, cujos diâmetros à altura do peito (dap) são iguais ou maiores que a aber-
tura angular equivalente a (2x sen θ/2). O vértice do angulo (θ) é o ponto central 
da unidade amostral. 
 
 
 
28 
• Método de Strand: este método focaliza o critério probabilístico de seleção 
dos indivíduos na unidade amostral com proporcionalidadeao diâmetro, para o 
cálculo da área basal e o número de árvores por hectare, e proporcional à altura 
das árvores, para se obter o volume por hectare. Sua abordagem é feita em linhas 
dentro da floresta e em pontos de estação como no caso de Bitterlich. 
• Método de 6 Árvores (Prodan): método em que se considera a medição 
de seis árvores e a distância ou raio da Sexta árvore como referência da unidade 
amostral. 
Processo de Amostragem É a abordagem da população referente ao con-
junto das unidades amostrais. De acordo com as periodicidades podem ser: 
• Uma ocasião: quando é efetuada uma única abordagem na população 
considerada. 
• Múltiplas ocasiões: quando são realizadas várias abordagens da mesma 
população. 
 
Uma ocasião: - Aleatório Irrestrito – Inteiramente aleatório Restrito – Estratificada 
Dois Estágios Múltiplos Estágios 
 
Sistemático Único estágio Múltiplo Estágio (Figura 02) 
Misto – Amostragem em conglomerados (Figura 03) Múltiplos inícios aleatórios 
 
 
 
29 
 
 
Múltiplas ocasiões: - Amostragens independentes Amostragem com repe-
tição total (Figura 04) - Amostragem dupla Amostragem com repetição parcial (Fi-
gura 05) 
 
 
 
30 
 
 
 
 
PREPARO DA FLORESTA PARA CORTE E EXTRA-
ÇÃO 
 
Corte de Cipós 
 
Tem como objetivo facilitar a operação de derruba das árvores comerciais, 
não comprometendo a queda direcionada e diminuir os danos causados às outras 
árvores (remanescentes) e, riscos de acidentes durante a exploração, aumen-
tando, assim, a segurança das equipes de exploração. 
Esta atividade deve ser realizada pelo menos um ano antes da exploração, 
preferencialmente, junto com o inventário pré-exploratório ou logo após o mesmo. 
Para eliminação dos cipós utiliza-se diversos métodos, porém o mais usual é o 
 
 
 
31 
corte com foice na altura do peito e uma pincelada de arboricida a base de hor-
mônio, a presença de um técnico habilitado é necessária, o técnico deve acom-
panhar toda a operação e observar alguns pontos: 
- O arboricida é tóxico e perigoso ao homem; 
- Diversas espécies são imunes a sua aplicação; 
- Necessidade de dosar muito bem a aplicação, para evitar a contaminação 
do ecossistema. 
 
Corte das árvores 
 
É a primeira etapa da colheita florestal e tem grande influencia na realiza-
ção das operações subseqüentes. 
O corte pode ser realizado por diversos métodos, o mais usual no estado é 
o semimecanizado por meio da motoserra, além do equipamento auxiliar, a cunha 
com alavanca. 
O operador deve executar o entalhe direcional, esta operação permite a 
derrubada direcionada. Deve-se evitar o derrubamento contra outras arvores, de-
vido aos danos físicos e ao trabalho de separar uma da outra. 
 
Arraste 
 
Esta operação pode ser executada com diversos tipos de máquinas de 
acordo com a disponibilidade de equipamentos. 
As operações de extração de madeira da floresta envolvem uma equipe 
completa composta pelo operador do equipamento de arraste, mais a presença 
de dois auxiliares, responsáveis pela colocação dos cabos nas toras.. 
O equipamento que maior rendimento tem oferecido para esta operação é 
o SKIDER. 
Traçamento 
 
Após o arraste de toras até os pátios, procede-se a preparação das toras a 
serem transportadas. De acordo com a capacidade do equipamento e a necessi-
dade da empresa que beneficiará as toras procede-se o traçamento da mesma 
para reduzi-las ao tamanho de interesse comercial ou de mercado. 
 
 
 
 
32 
Empilhamento na esplanade 
 
Essa operação se faz necessária para que as toras sejam separadas por 
espécie melhorando o aproveitamento do espaço do pátio ou esplanada. Essa 
operação poderá ser feita com pá carregadeira. 
 
Carregamento 
 
Existem vários métodos e equipamentos, devendo-se utilizar os mais ade-
quados para cada situação sendo que a eficiência do carregamento tem muita 
influência na produtividade e custo do transporte. O uso de um ou outro método 
depende da disponibilidade do equipamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
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sília: Senado, 1988. 168 p. 
 
_______. Lei 4.771, de 15 de setembro de 1.965. Institui o novo Código Florestal 
Brasileiro. Brasília: 1965. 
 
_______. Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto 2001. Altera os artigos 
1º, 4º, 14º, 16º e 44º, e acresce dispositivos à Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 
1.965, que constitui o Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei nº 9.393, 
de 19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade 
Territorial Rural – ITR, e dá outras providências. Brasília: 2001. 
 
_______. Decreto n°1.282 de 19 de outubro de 1.994. Regulamenta o artigo 15 
da Lei n° 4.771. 
 
_______. Decreto n° 2.788 de 28 de setembro de 1.998 - Altera dispositivos do 
Decreto n°. 1.282, de 19 de outubro de 1994, e dá outras providências. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2788.htm 
 
_______. Decreto n° 3.559 de 14 de agosto de 2000 - Suspende a exploração da 
espécie mogno (swetenia macrophylla king), na região Amazônica, pelo período 
de dois anos, e dá outras providências.< http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/de-
creto/D3559.htm> 
 
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http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/decreto/D3559.htm
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ESTADO DE MATO GROSSO. MATO GROSSO. Decreto 6958 de 29 de dezem-
bro de 2005 - Regulamenta a Gestão Florestal do Estado de Mato Grosso. 
 
_______. Decreto 7773 de 30/06/06 – Disciplina Guia Florestal (GF). 
 
_______. Lei Complementar Estadual nº232, de 21 de dezembro de 2005 – Altera 
o código Estadual do Meio ambiente. 
 
_______. Lei Complementar Estadual nº233, de 21 de dezembro de 2005 – Dis-
põe sobre a Política Florestal do Estado de Mato Grosso. 
 
_______. Portaria nº 19 de 11 de abril de 2003 – Institui a Declaração de acom-
panhamento e Avaliação de Plano e Manejo Florestal Sustentável – DAAPMF, 
 
 
 
35 
que deverá ser apresentada pelos responsáveis técnicos dos Planos de Manejo 
Florestal Sustentável. http://www.suframa.gov.br/download/legislacao/ambien-
tal/legi_p_ibama_19_11abr2003.pdf 
 
_______. Portaria 01 de 01/01/06 – Regulamenta o parágrafo 3º do art.13 do De-
creto 6.958 de 29/12/05, institui o cadastro de consumidores de produtos florestais 
(CC-SEMA) 
 
_______. Portaria 02 de 01/01/06 – Aprova os roteiros mínimos para Plano de 
Manejo Florestal e Plano Operacional Anual 
 
_______. Portaria 03 de 01/01/06 – Institui os Termos de Responsabilidade de 
Manutenção de Floresta Manejada e o de Vinculação de Reposição Florestal 
 
_______. Portaria 30 de 30/03/06 – Disciplina o uso da Guia Florestal para o 
Transporte de Produtos e Subprodutos de Origem Florestal 
 
_______. Instrução Normativa n° 3 de 4 de março de 2002 – Sobre conversão 
para uso do Solo (reedição da IN 003, de 10.05.01, publicada em 14.05.01). 
 
_______. Instrução Normativa n° 7, de 22 de agosto de 2003 – Sobre o Manejo 
Florestal Sustentável do Mogno. 
 
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