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1 MANEJO FLORESTAL 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre- sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere- cendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participa- ção no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Sumário MANEJO FLORESTAL .............................................................................. 1 NOSSA HISTÓRIA .................................................................................... 2 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 4 Planejamento Florestal .............................................................................. 8 Noções Gerais de Planejamento .................................................................................. 8 Natureza do Planejamento ......................................................................................... 10 Definição de Planejamento ........................................................................................ 10 Manejo Florestal ...................................................................................... 12 Histórico e Desenvolvimento .................................................................................... 18 Importância do setor florestal para o Desenvolvimento Regional ............................... 19 LEGISLAÇÃO REFERENTE AO MANEJO FLORESTAL ........................ 21 FUNDAMENTOS DO MANEJO FLORESTAL ......................................... 22 Sistemas de Manejo .................................................................................................. 22 Ciclo de Corte ........................................................................................................... 24 Análise da Vegetação ................................................................................................ 24 Inventário florestal .................................................................................................... 26 Amostragem .............................................................................................................. 27 PREPARO DA FLORESTA PARA CORTE E EXTRAÇÃO ..................... 30 Corte de Cipós .......................................................................................................... 30 Corte das árvores....................................................................................................... 31 Arraste ...................................................................................................................... 31 Traçamento ............................................................................................................... 31 Empilhamento na esplanade ...................................................................................... 32 Carregamento ............................................................................................................ 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 33 file:///C:/Users/Acer/Documents/APOSTILAS/JESSICA/MANEJO%20FLORESTAL/APOSTILA%20MANEJO%20FLORESTA.docx%23_Toc61286466 4 INTRODUÇÃO A expressão desenvolvimento sustentável vem merecendo grande desta- que nos dias atuais nos diversos fóruns de discussão, sejam eles acadêmicos, políticos, científicos ou empresariais, quando se discute o desenvolvimento das economias industriais modernas. Essa expressão foi popularizada a partir do Relatório Nosso Futuro Co- mum, com a finalidade de fazer um balanço do desenvolvimento econômico em nível mundial e das principais conseqüências sócio-ambientais desse estilo de desenvolvimento, e propor estratégias de longo prazo, visando um desenvolvi- mento sustentável. O surgimento da noção de desenvolvimento sustentável, en- tretanto, não se deve única e exclusivamente às preocupações da ONU com o futuro global ameaçado com os rumos do desenvolvimento. Essa noção possui raízes históricas nos movimentos ambientalistas que buscavam uma proposta alternativa de desenvolvimento ante os riscos da degra- dação do meio ambiente, ganhando força à medida que se incorporavam à dis- cussão as preocupações de cunho social. Dada a relevância que assume esse tema no contexto de uma economia mundial cada vez mais globalizada, cujo progresso econômico tem gerado graves distúrbios na biosfera a ponto de ameaçar a base de sustentação da vida sobre o planeta, estas múltipla formas de interpretação vem servindo aos mais diversos interesses político-ideológicos, gerando propostas bastante diversificadas com vistas à implementação do desenvolvimento sustentável. Essa multiplicidade de interpretações da concepção do desenvolvimento sustentável tem sido responsável pela inclusão da temática relativa ao meio am- biente − e pela adoção de algumas estratégias de ação, com resultados satisfató- rios na mitigação de alguns efeitos danosos ao ambiente. Por outro lado, o debate teórico sobre a noção de desenvolvimento sustentável tem servido para desviar o eixo da discussão principal, no que diz respeito da não sustentabilidade do modelo de desenvolvimento econômico mundial, principal responsável pelos graves pro- blemas sócio-ambientais presentes para a humanidade. 5 Os esforços empreendidos e os resultados até aqui obtidos com a multipli- cidade de interpretações sobre o desenvolvimento sustentável têm demonstrado que essa é ainda um conceito em formação. O papel da Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92, que resultou em alguns pontos positivos, entre os quais a “desnaturali- zação” e a “humanização” do desenvolvimento sustentável, pelo reconhecimento da imperiosidade de se considerar e incluir os problemas sociais neste conceito. Desde o pós-guerra, diversas correntes do pensamento econômico buscaram dis- cutir os problemas do subdesenvolvimento do Terceiro Mundo. Essas discussões têm sido dominadas basicamente por dois paradigmas concorrentes. As teorias desenvolvimentistas, que predominaram durante a longa fase de expansão da economia mundial, marcada pela predominância do oti- mismo da modernização, que durou até 1973, e o pessimismo das teorias da de- pendência, que prevaleceram na longa fase recessiva estabelecida em seguida. O agravamento da questão ambiental - entendida como a contradição que se estabeleceu entre os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem e a capacidade de sustentação desse desenvolvimento pela natureza - contribuiu para engrossar as críticas à sociedade industrial e o estilo de desenvolvimento que ela imprimiu, resultando na degradação ambiental e social. Dois conceitos importantes estão contidos na noção de desenvolvimento sustentável: o de de- senvolvimento e o de sustentabilidade, ambos caracterizados pela multiplicidade e controvérsia conceitual. O conceito de desenvolvimento é bastante abrangente, permitindo uma gama muito grande de interpretaçõese formulações teóricas, envolvendo, desde direitos individuais, de cidadania, até esquemas de classificação dos Estados-Na- ções. Internamente, ao sistema mundial, passa por atribuições de valor à mu- dança, tradição, justiça social, bem-estar, destino da humanidade, acumulação de poder econômico, político e militar. Outras conotações vinculadas a ideais de re- lações apropriadas entre os homens e entre estes e a natureza estão associadas ao conceito de desenvolvimento. O desenvolvimento apresenta uma conotação qualitativa, a qual implica em melhoria da qualidade de vida das pessoas. Essa melhoria envolve múltiplos as- pectos de ordem econômica, social, política, ambiental e cultural. Por outro lado, a noção de crescimento econômico, em geral confundido com desenvolvimento, 6 reflete principalmente o aumento da produção material de riqueza de um determi- nado país. É bem verdade que o desenvolvimento de uma nação se dá, na maioria das vezes, com crescimento econômico, entretanto, esse crescimento pode ocor- rer ao mesmo tempo em que as condições de vida, de cidadania ou mesmo a qualidade do ambiente estejam sendo deterioradas. Os critérios puramente quantitativos de medição do crescimento econômico são, portanto, insuficientes para medir o desenvolvimento qualitativo proposto no desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, o crescimento econômico, como um aumento em quantidade, não pode ser sustentável indefinidamente em um pla- neta finito. Já os desenvolvimentos econômicos, que é uma melhora da qualidade de vida, sem causar necessariamente um aumento na quantidade dos recursos consumidos, pode ser sustentável. O desenvolvimento sustentável consiste na busca de um desenvolvimento alternativo, em que as preocupações com a qualidade da vida e do ambiente es- tejam presentes como fatores determinantes nas definições do estilo de desen- volvimento. A definição adotada pela FAO alinha-se entre aquelas que vinculam desen- volvimento sustentável e sociedade sustentável. Então o desenvolvimento susten- tável “é o manejo e conservação da base dos recursos naturais e a orientação da mudança tecnológica e institucional, de tal maneira que assegure a contínua sa- tisfação das necessidades humanas para as gerações presentes e futuras”. Sus- tentabilidade pode ainda ser definida é “a relação entre os sistemas econômicos, humanos, dinâmicos e os sistemas ecológicos mais abrangentes, dinâmicos, mas normalmente com mudanças mais vagarosas, na qual”: a) a vida humana possa continuar indefinidamente, b) as individualidades humanas possam florescer, c) a cultura humana possa se desenvolver, d) os efeitos das atividades humanas permaneçam dentro de limites a fim de que não destruam a diversidade, complexidade e funções do sistema ecológico de suporte da vida”.(Constanza, 1991). Em geral, as definições de sustentabilidade incluem conceitos relacionados com as dimensões ecológica, econômica e social espacial e cultural. “Sustentabi- lidade ecológica no sentido de que o ecossistema em uso mantém através do tempo as características fundamentais quanto a componentes e interações em 7 forma indefinida; sustentabilidade econômica no sentido de que o sistema em uso produz uma rentabilidade razoável e estável ao longo do tempo para quem o ad- ministra, que torna atrativo continuar seu manejo, e sustentabilidade social, no sentido de que ambos são compatíveis com os valores culturais e éticos, outor- gando continuidade ao sistema” (IICA, 1992). A sustentabilidade social tem como meta a construção de uma civilização com maior eqüidade na distribuição de renda e de bens. A sustentabilidade eco- nômica deve ser alcançada via alocação e gerenciamento mais eficiente dos re- cursos e por meio de um fluxo constante de investimentos públicos e privados. Deve ser avaliada em termos macro-sociais, e não apenas através do critério da rentabilidade empresarial de caráter macroeconômico. A sustentabilidade ecológica deve ser obtida por meio de uma série de me- didas que objetivem a ampliação da capacidade de carga do planeta, a limitação do uso de combustíveis fósseis, a redução do volume de resíduos e de poluição, a limitação do consumo de materiais, a intensificação das pesquisas para a ob- tenção de tecnologias mais eficientes e menos poluidoras e a definição de normas para uma adequada proteção ambiental. A sustentabilidade espacial deve ter por fim a obtenção de uma configura- ção rural-urbana mais equilibrada e uma melhor distribuição territorial dos assen- tamentos humanos e das atividades econômicas. Finalmente, a sustentabilidade cultural inclui a procura de raízes endógenas de processos de modernização e de sistemas agrícolas integrados, processos que busquem mudanças dentro da con- tinuidade cultural e que traduzam o conceito normativo de ecodesenvolvimento em um conjunto de soluções específicas para o local, o ecossistema, a cultura e a área. Essas definições de sustentabilidade são bastante abrangentes e inscreve- se num campo maior das relações homem-homem e homem-natureza no nível da sociedade, em uma dimensão espacial e temporal que remete à necessidade de garantir a conservação tanto do substrato biofísico de suporte à vida quanto do bem-estar humano no seu sentido amplo, incluindo as preocupações com as ge- rações futuras. O objetivo do ecodesenvolvimento é a busca de um modelo de desenvolvi- mento que conjugue eficiência econômica, prudência ecológica e justiça social. Para tanto, uma teoria do desenvolvimento que se pretenda fundamentada nesse 8 novo paradigma deverá considerar a noção de sustentabilidade a partir da incor- poração, em seu campo de análise, de pelo menos três dimensões que compõem o desenvolvimento: a econômica, a biofísica e a sócio-política . A dimensão biofísica é entendida como o espaço físico onde desenvolve- se a vida e todos os fenômenos do mundo material. A dimensão sócio-política representa o universo dos valores humanos. Muito embora distinto, ele não é independente do mundo biofísico e do mundo econômico. Inscrevem-se nessa dimensão todos os aspectos que compõem a re- lação homem-homem e homem-natureza. A dimensão econômica é aquela que tem sido responsável, historicamente, pelo ritmo do desenvolvimento baseado na racionalidade econômica capitalista do processo de produção caracterizado pela lógica da valorização que imprime o di- namismo da economia industrialcapitalista na qual o Estado exerce ou não um papel regulador. O domínio exclusivo da lógica econômica tem gerado fortes desequilíbrios na sociedade global, tanto no nível social quanto no nível ecológico. A proposta de inserção do manejo florestal com instrumento do desenvolvimento sustentável está apoiada na visão tridimensional do desenvolvimento econômico, incorporar a lógica biofísica e a sócio-política na busca de um desenvolvimento regional que combine eficiência econômica, prudência ecológica e justiça social, conforme as pressupostas do ecodesenvolvimento. Planejamento Florestal Noções Gerais de Planejamento A atividade do planejamento sempre foi vista como fundamental à adminis- tração das empresas. Os primeiros pensadores da administração já descreviam os processos administrativos composto das seguintes etapas: planejamento, co- mando, coordenação e controle. Com esta concepção do processo administrativo, a empresa era vista como uma máquina, em que o Gerente-de-Topo verificava seu desempenho, compa- rava-o ao planejado e tomava medidas para correção de rumos. Desta maneira, 9 o planejamento sempre foi considerado como uma atividade que permitia o con- trole sobre a alocação de recursos financeiros, com vistas ao alcance dos objeti- vos da empresa. Por esta razão, muitos administradores consideravam e, ainda, consideram o planejamento como sendo uma atividade adjunta docontrole orça- mentário. A grande mudança nos conceitos de planejamento empresarial acabou ocorrendo quando motivado pela necessidade de enfrentar os ambientes exter- nos, cada vez mais turbulentos, as empresas “importaram” os conceitos estraté- gicos, que eram utilizados pelos militares, para aplicação na gestão de empresas. A partir dessa época, novas reflexões foram surgindo a respeito do conceito de planejamento que, modernamente, é considerado uma atividade política e so- cial complexa, que não pode ser estruturada por regras ou procedimentos quanti- tativos. A atividade de planejamento é visto com indiferença por um grande nú- mero de gerentes, apesar da sua importância, motivada principalmente por três causas: a - A primeira diz respeito ao imediatismo Os gerentes acabam envolvidos pela atividade do dia-a-dia da empresa, e acabam perdendo o controle do seu próprio tempo, deixando de enxergar os verdadeiros objetivos do seu trabalho. Com isso, qualquer tempo dedicado ao planejamento é visto como perda de tempo. b - A segunda razão refere-se ao desconhecimento Para não planejar, os gerentes alegam desconhecimento das técnicas do planejamento, pois as mes- mas são muitos complexas. Na realidade, o que há é o desconhecimento, cau- sado pelo desinteresse. c - Finalmente, a terceira causa diz respeito à incerteza quanto ao futuro O planejamento é considerado, por grande parte dos gerentes, inútil, por ser o futuro incerto. Na realidade, o raciocínio deveria ser o inverso, ou seja, quanto mais in- certo é o futuro, maior necessidade tem a empresa de planejar, a fim de poder administrar e reduzir as incertezas. O planejamento deve ser considerado como uma forma de transformar as incertezas em riscos calculados. Espírito do Planejamento Para caracterizar o espírito da atividade do pla- nejamento deve-se preocupar com dois aspectos fundamentais: - a antecipação dos acontecimentos ou, em outras palavras, a preocupação com o futuro; 10 - a preparação para a ação, representada pela análise e reflexão dos fatos esperados. Natureza do Planejamento A natureza do planejamento pode ser definida através de um conjunto de características. A maioria delas, no entanto, são somente aplicáveis às concep- ções mais modernas, como o planejamento estratégico. Deve-se observar que quaisquer umas das características aplicam-se a qualquer tipo atividade de planejamento. Os principais aspectos que ajudam a melhor entender a natureza do processo do planejamento são: - a antecipação dos acontecimentos; - o compromisso com o futuro da organização; - a tomada de decisões de forma organizada; - a preocupação constante com a eficácia; - a atenção em relação às mudanças do meio ambiente externo; - a correta utilização dos recursos internos; - o cuidado à manutenção da cultura organizacional; - a caracterização de um processo interno de mudanças; - a identificação da neces- sidade de mudança de mentalidade; - caracterização do processo de aprendizado institucional. Definição de Planejamento Com base nas reflexões sobre a natureza do planejamento, é possível apresentar uma definição ampla e geral, válida para qualquer tipo de planeja- mento: “O Planejamento é um processo intuitivo ou estruturado que visa especular sobre o futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões antecipadamente” (Dorodame Leitão). Para efeitos dos objetivos do manejo, contudo, faz-se neces- sário mais essa definição, a fim de podermos caracterizar o processo de planeja- mento estratégico de uma empresa florestal como atividade central da administra- ção estratégica. Para tanto, é necessário introduzir na definição alguns conceitos como: - processo ordenado e racional; - atividade contínua e racional; - otimização dos processos de produção;- mudanças do meio ambiente externo; - mitigação dos impactos na floresta. Com isso, adotar a definição para o processo de Planejamento Estratégico Empresarial Florestal: “Planejamento Estratégico Empresarial Florestal é uma ati- vidade permanente e contínua, que é obtido por um processo sistematizado de 11 tomada de decisões, com vista ao alcance dos objetivos que permitirão otimizar a produção atual e futura da empresa, a despeito de mudanças aleatórias ou orga- nizadas no meio ambiente futuro” . Da definição, podemos observar: Trata-se de uma atividade permanente e contínua, isto é, de um processo e não de um ato. O planejamento é desenvolvido de modo ordenado e racional, ou seja, é um pro- cesso de tomada de decisões que é estruturado no nível da empresa, e não de decisões intuitivas, baseadas na “genialidade” de alguns gerentes. Neste sentido, o planejamento, visa identificar e permitir o alcance de objetivos de longo prazo da empresa e, ainda, preocupando com o futuro da organização. O planejamento prevê a investigação e se prepara para as mudanças futu- ras no ambiente da empresa florestal. O Planejamento da Produção Florestal O manejo florestal assegura o inte- resse do proprietário e da sociedade à floresta, considerando os aspectos econô- micos, ecológicos e ambientais. O manejo envolve desde a coleta de dados e o fornecimento de informa- ções para tomada de decisões, planejamento da produção por unidade de traba- lho, bem como o planejamento da produção para o conjunto das áreas florestais e, ainda, permite o gerenciamento de todo o processo de produção florestal. O planejamento da produção florestal é efetuado em duas etapas: na pri- meira fase planejase todas as ações necessárias para a produção de uma unidade de trabalho (UT); depois prossegue-se com o planejamento geral da produção em toda a área de manejo fazendo os ajustes necessários que eventualmente ocor- ram no planejado para as unidades de trabalho. Os aspectos que devem ser levados em consideração no planejamento da produção florestal são os seguintes: - Regular o manejo da floresta produtora ajustando-se à capacidade de suporte do ecossistema, na existência ou não do estoque remanescente, da regeneração e a demanda. - Obter informações sobre a potencialidade das florestas mediante o planejamento e execução de inventários prévios, tecnicamente concebidos com objetivos claros e bem definidos para o fornecimento de informações sobre a com- posição, estrutura e estoque por espécie, por grupo de espécies e para o total de espécies existente na área sob manejo. - Planejar o monitoramento da evolução da floresta com o propósito de conhecer a taxa de recuperação e outros processos relativos à sua dinâmica. - Conceber programas de plantio de enriquecimento com 12 objetivos e metas bem definidos que garantam rentabilidade e não causem im- pactos negativos ao ambiente. - Planejar a incorporação de novas espécies ao aproveitamento. - Agrupar as espécies, no planejamento, segundo critérios tecno- lógicos, econômicos e ambientais. Manejo Florestal Manejo Florestal é classicamente definido pela sociedade Americana de Engenheiros Florestais SAF (1958), como aplicação de métodos empresariais e princípios técnicos na operação de uma propriedade florestal. A silvicultura, parte integrada do manejo, é a parte da ciência florestal que trata do estabelecimento, condução e colheita de árvores. No Decreto n° 1.282, de 19.10.94 que regulamentou a exploração das florestas da Bacia Amazônica, o termo manejo florestal sustentável é definido como a administração da floresta para a obtenção de benefícios econômicos e sociais, respeitando-se os mecanis- mos de sustentação do ecossistema. É necessário salientar que o manejo florestal, além de ser uma técnica, é também uma estratégia política, administrativa, gerencial e comercial, que utiliza princípios e técnicas florestais no processo de intervenção do ecossistema, vi- sando a disponibilização de seus produtos e benefícios para usos múltiplos, de forma a garantir os pressupostosdo desenvolvimento sustentável. O manejo florestal tem sido considerado por muitos pesquisadores, como um processo de tomada de decisão. Neste contexto o profissional florestal neces- sita ter uma visão global de planejamento, utilizando-se para tal, modelos mate- máticos que possibilitem a previsão da produção, assim como gerenciar informa- ções através de planos de manejos em que a otimização seja a tônica do pro- cesso. O manejador florestal deve balizar suas decisões em informações biológi- cas, econômicas, sociais, ambientais e de mercado de modo a propiciar a susten- tabilidade desta prática e a perpetuação da atividade florestal no empreendimento. O sucesso da atividade florestal, depende, em grande parte, da existência de um plano que defina, com clareza, seus objetivos e os meios para alcançá-los. 13 A falta de um planejamento sistemático favorece a definição de objetivos com base em critérios subjetivos, incorreta distribuição temporal das ações, com dificuldade de coordenação e aferição dos resultados. O planejamento é particularmente relevante no manejo florestal, em razão de longos períodos envolvidos, como também das dificuldades em se promover mudanças bruscas no processo de gestão de uma floresta. São consideradas florestas manejadas aquelas, com importância para a conservação de biodiversidade, para as quais há prescrições de cortes, tratamen- tos silviculturais e proteção com o objetivo de produção comercial e outros bene- fícios de forma sustentada. As florestas naturais heterogêneas, particularmente as tropicais, acham-se em regiões onde se localiza em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. As causas de depredação destas florestas são os cortes seletivos da ma- deira, o crescimento populacional e a crescente atividade da agropecuária exten- siva. Na América Latina, o fator principal de depredação das florestas tropicais é a atividade agropecuária influenciada por pressões de demandas geradas pelas políticas governamentais. As florestas tropicais são caracterizadas por imensa diversidade flora e fauna. No passado e, atualmente, grandes partes desse potencial foram explora- das de maneira desordenada, causando grandes impactos ambientais e danos irreversíveis ao ecossistema florestal. Estes impactos no passado foram motivos dos movimentos conservacionistas, que reivindicavam uma maior conservação das florestas tropicais. Com a diminuição e a degradação das florestas tropicais de outras regiões, a Amazônia passou a ser o centro das atenções. Considerando a sua expressiva cobertura vegetal, cada vez mais se torna evidente a sua importância como pro- teção e abrigo às diferentes formas de vida. Neste processo, o manejo florestal contribui, de forma decisiva ao visar a sustentabilidade da produção madeireira sem comprometer o funcionamento do ecossistema e conserva os seus processos estruturais e funcionais. Para que seja efetivamente concretizada a conservação da biodiversidade nos trópicos é, necessário conhecer os processos de dinâmica da sucessão natu- ral, crescimento e produção das áreas florestais nativas. O manejo para produção sustentável destas florestas, quando praticado sob critérios técnicos, econômicos 14 e sociais, garante os níveis de satisfação e necessidade das gerações presentes e futuras, bem como a sustentabilidade e renovabilidade do recurso. A temática envolvendo as possibilidades de conciliar o desenvolvimento e o manejo sustentável dos recursos naturais fortaleceu-se, a partir do lançamento e popularização do conceito de desenvolvimento sustentável. Os modelos predatórios de desenvolvimento, que visa prioritariamente os benefícios econômicos imediatos, privilegiando o crescimento econômico em de- trimento dos benefícios ambientais e da melhoria da qualidade de vida das popu- lações, passou a ser questionado, em prol de um modelo alternativo. Impõe-se a necessidade de um modelo de desenvolvimento que incorpore e integre em suas propostas e ações as dimensões sociais, econômicas e ecológicas. Mas a proposta de desenvolvimento sustentável, longe de ser consensual, tem gerado polêmicas e suscitado críticas diversas. A principal delas revela-se na própria contradição entre as propostas que a concepção de desenvolvimento sus- tentável encerra e a realidade das relações que se estabelecem, na prática, entre as nações ricas e pobres do planeta. Existe, não obstante as contradições que o termo encerra, um certo consenso quanto à importância dessa noção como refe- rência para a análise, entendimento e apontamento de caminhos em busca de estilos alternativos de desenvolvimento, a partir da integração das dimensões so- cial, econômica, política e ecológica. A dissociação dessas quatro dimensões de análise tem caracterizado o ins- trumental teórico disponível em todas as disciplinas, constituindo um problema paradigmático da ciência moderna, cujos caminhos para a superação apontam a necessidade de uma interdisciplinaridade ampla entre as ciências sociais e as ci- ências naturais. Isso significa que qualquer processo ou modelo de desenvolvi- mento, por mais que esteja associado a um setor específico, deve ser analisado e interpretado por uma ótica interdisciplinar, em que as preocupações de cunho econômico, por exemplo, não estejam desvinculadas das questões políticas, so- ciais e ecológicas. No campo da economia, as novas formulações teóricas propostas pela eco- nomia ambiental neoclássica e, mais recentemente, pela economia ecológica pro- curam a resolução dos problemas que resultam da relação entre desenvolvimento econômico, sociedade e natureza por meio da incorporação integral da natureza e dos serviços ambientais ao sistema de mercado, buscando uma eficiência global 15 no seu uso. No campo da ecologia, um novo paradigma aponta para a compreen- são do meio ambiente como sistema aberto, complexo e dinâmico. Nesse sentido, os problemas ambientais, longe de serem localizados e delimitados, são, ao con- trário, transfronteiriços, isto é, não podem ser circunscritos a partir de limites es- tabelecidos politicamente. No âmbito da ciência florestal, essas duas interpretações têm provocado polêmicas entre aqueles que se alinham com maior ou menor intensidade a cada uma dessas concepções. Nesse contexto, as discussões sobre as formas de uso e o futuro dos grandes ecossistemas globais, ameaçados por esse modelo de desenvolvimento, têm colocado as florestas tropicais, em especial a amazônica, no centro das atenções internacionais nos diversos fóruns de debates sobre essa temática. O processo de destruição gradativa das florestas tropicais destaca-se como um tema prioritário nas formulações de políticas com vistas à conservação das florestas, em nível tanto nacional quanto internacional. Em relação ao setor madeireiro, por exemplo, o panorama internacional aponta para o esgotamento, num futuro bem próximo, das fontes tradicionais de suprimento do mercado internacional de madeiras tropicais, nos principais países produtores do sudeste asiático. As perspectivas são de que os interesses desse mercado voltem-se para a Amazônia, com o conseqüente aumento das pressões sobre os recursos florestais madeireiros da região. Diante desse quadro, fica patente a necessidade de reestruturação das ati- vidades madeireiras na Amazônia, buscando corrigir e aprimorar o modelo atual de utilização dos recursos florestais, de forma a contribuir para o desenvolvimento sustentável do setor florestal, em geral, e do madeireiro, mais especificamente. A postura predominantemente economicista-produtivista em relação aos recursos florestais tem sido apontada como a causa principal do padrão insusten- tável de exploração, que tem colocado em risco a manutenção física não só des- ses recursos, mas também dos múltiplos bens e serviços que eles fornecem. Se, para a sociedadeem geral, a floresta é considerado um bem patrimo- nial capaz de fornecer múltiplos bens e serviços, do ponto de vista da empresa florestal privada, ela é vista como um estoque de recursos (ou capital) madeirei- ros. 16 O predomínio da racionalidade econômica define o padrão de uso desses recursos madeireiros. O manejo florestal madeireiro há muito vem sendo conside- rado um dos instrumentos mais viáveis de gestão (decisões e ações negociadas entre atores sociais envolvidos) dos recursos florestais com vistas à produção sustentada de madeiras. Sob a influência dessa nova ótica de desenvolvimento, o manejo florestal passa a incorporar, também, a idéia de desenvolvimento sustentável. Para aten- der aos princípios do desenvolvimento sustentável, o manejo florestal precisa con- templar, em seus objetivos, a busca da sustentabilidade em relação às dimensões social, política, ecológica e econômica. Compatibilizar e articular essas quatro di- mensões constitui o principal desafio para o manejo florestal sustentável. Histori- camente, a concepção de manejo florestal passou de uma noção economicista, onde a ênfase maior era dada à maximização da produção de madeireira, para uma noção de manejo florestal sustentável, na qual a ênfase passou a ser dada ao ecossistema florestal como um todo e aos múltiplos bens e serviços que ele é capaz de fornecer a toda a sociedade. Essa mudança implica uma nova concepção, uma nova postura em relação à floresta e aos múltiplos recursos florestais. Isso não significa que esses aspectos eram anteriormente desconsiderados pela ciência florestal, ao contrário, as preo- cupações com a ecologia, o meio ambiente e o uso múltiplo das florestas em re- lação aos benefícios sociais a serem gerados sempre estiveram presentes, em- bora desarticuladas das preocupações principais da economia florestal. O grande avanço foi a integração de campos de análise que anteriormente eram tratados separadamente. Tal mudança é concernente a um novo paradigma da ciência florestal, que pretende articular em seu arcabouço teórico-metodológico e técnico as quatro dimensões contidas na proposta de desenvolvimento susten- tável. Sob essa nova ótica, a floresta é concebida como um ecossistema com- plexo, capaz de fornecer uma multiplicidade de bens e serviços, para a sociedade em geral. Com a incorporação da dimensão sócio-ambiental de análise passa-se a considerar aspectos da relação entre seres humanos e destes com a natureza, o que permite reconhecer a existência de limites ecossistêmicos para as atividades econômicas e sociais, e de um contexto histórico-social no qual a atividade eco- nômica está inserida. 17 Essa nova concepção, apesar de se configurar como mais viável, no atual estágio de conhecimento técnico-científico, não encontra expressão prática na Amazônia, onde ainda prevalece um modelo de exploração seletiva, desorgani- zado e altamente predatório dos recursos florestais e as preocupações de cunho social permanecem ainda no campo da retórica, nas formulações de políticas pú- blicas para o meio ambiente. Não obstante a evolução da legislação e os avanços técnico-científicos em relação ao manejo florestal, a exploração e o uso dos recursos florestais na Ama- zônia continuam baseados em modelos predatórios e pouco eficientes, gerando efeitos negativos que comprometem a sustentabilidade em longo prazo dessas atividades. As causas relatadas são variadas referem-se, por exemplo, à estru- tura, organização atual do setor florestal, às inadequações da legislação e da po- lítica florestal, às deficiências institucionais, aos riscos e incertezas em relação aos problemas fundiários e sócio-econômicos, à falta de tecnologias apropriadas e à baixa rentabilidade do manejo florestal sustentável, que envolve investimentos elevados em longo prazo. Atualmente, existem boas informações sobre técnicas de manejo sustentá- vel de florestas naturais inequiâneas na Ásia, África e na América, as quais, sem dúvida poderão ser adaptados às condições das florestas tropicais brasileiras. As pesquisas que têm sido desenvolvidas para testar a viabilidade do manejo florestal madeireiro têm privilegiado principalmente a verificação de aspectos técnico-cien- tíficos. As análises econômicas ainda estão limitadas a experiências em projetos demonstrativos, carecendo de informações sobre o comportamento econômico em escala empresarial e envolvendo mais de um ciclo de corte. Enfim, não existem, na Amazônia, experiências de pesquisas que busquem agregar e integrar a dimensão social, política, ecológica e econômica numa mesma proposta de análise. É preciso ter claro que a identificação das vincula- ções entre o manejo florestal madeireiro e o desenvolvimento sustentável não su- bentende, necessariamente, a aceitação tácita e irrestrita do conjunto dos pressu- postos dessa proposta de desenvolvimento. Tampouco se pode deduzir que as bases de uma sociedade mais justa so- cial e ambientalmente podem ser construídas sem que se processem profundas modificações nas relações sociais e nas relações de poder entre indivíduos, soci- edades e nações nos níveis local, nacional e mundial. 18 Histórico e Desenvolvimento Desde a origem das civilizações as florestas começaram a ser derrubada, pois as árvores eram usadas como material de construções e combustível. Isto perdurou por mais de cinco mil anos, desde a Idade do Bronze até meados do século XIX. Para a maioria das pessoas que habitam o planeta as árvores ainda cumprem essas funções (PERLIN, 1992). Quanto a origem, o manejo florestal não tem uma data precisa de nasci- mento. Entretanto, há relatos muito antigos das primeiras tentativas de manejo ordenado das florestas, porém estas tentativas não chegaram a formar uma base teórica sobre o assunto. Dentre os mais antigos relatos há registros que em 1122 a.C., um imperador chinês contratou um silviculturista cuja principal tarefa era o desbaste, a poda e a limpeza das florestas. Os romanos conheciam o regime de alto fuste e começaram a planejar a utilização das florestas desde 23-79 d.C. Na Europa Central, onde nasceu o orde- namento florestal, o sistema de talhadia é conhecido desde o período de Carlos Magno (742-814 d.C.). Práticas de rendimento sustentado foram desenvolvidas, na Alemanha no século 14, mediante a divisão da área em parcelas iguais tama- nho. O número de parcelas coincide com a idade de rotação. Durante o século 18, também na Alemanha, começava incentivada pelo perigo de escassez de madeira, a elaboração de uma teoria de ordenamento para regular o corte com base no volume em vez da área; calculava-se já o volume normal de uma floresta. Foram escritos vários manuais sobre ordenamento florestal e em 1.789 foi fundada a primeira escola de floresta por G.L. HARTIG que formulou em 1804 a teoria básica do manejo sustentado: “manejar as florestas de maneira que os des- cendentes possam obter dela pelo menos os mesmos benefícios que a geração vivente”. A administração florestal foi introduzida na França em 1346, 1376 e de 1820, com objetivo de inventariar as florestas e fiscalizar os cortes. Em 1669 a lei incentivava uma época de desenvolvimento do manejo florestal. Os sistemas silviculturais utilizados em manejo nos paises com florestas tropicais, são adaptações dos modelos clássicos desenvolvidos para as florestas temperadas. As principais experiências silviculturais voltadas para o manejo flo- restal foram executadas na Índia e Birmânia, em meados do século XIX. A história 19 do manejo florestal para os paises com florestas tropicais tornou-se conhecida com o surgimento dos reinos coloniais europeus. Dietrich Brandis escreveu, em 1860, o primeiro plano de ordenamento para Tectona grandis L.F. da Birmânia, desenvolvendo o método “taungya” e na Índia foi funda o serviço florestalindiano. O serviço florestal da Malásia foi criado em 1883, e teve como principais atividades o controle do extrativismo madeireiro, a manutenção de reservas flo- restais, legislação e administração. Neste serviço as atividades de manejo flores- tal praticamente não foram executadas. Nos paises africanos as primeiras experi- ências silviculturais são registradas desde o início do século XX. As primeiras pesquisas implantadas em Togo e Camarões datam de 1908. Entre 1920 e 1930, na África Ocidental Britânica, foram instalados os primeiros experimentos florestais da região. No continente americano, as primeiras experi- ências silviculturais foram implantadas em Trinidad entre 1890 e 1900. O conceito de manejo florestal em regime de rendimento sustentado foi introduzido, no Brasil, a partir da realização dos inventários florestais, executados por peritos da FAO, em fins da década de 50. O primeiro plano de manejo da Amazônia brasileira foi elaborado para a FLONA de Tapajós, em 1978, para uma área de 130.000 ha. Atualmente diversos estudos e ensaios estão sendo praticados por agentes públicos e privados. Desde 1980, o INPA vem desenvolvendo estudo sobre a dinâmica das intervenções do processo pós-exploratório. Importância do setor florestal para o Desenvolvimento Regional A exploração seletiva de madeira começa a desempenhar papel impor- tante, tanto na alteração da paisagem, como na manutenção das atuais taxas de desmatamento na Amazônia. Até recentemente, fins dos anos 80 e início dos anos 90 a madeira era considerada como subproduto de projetos de desenvolvimento na Amazônia, principalmente agropecuários. O Estado de Mato Grosso, apesar de oferecer vantagens para a indústria de base florestal, esta é pouco desenvolvida e ainda encontra-se alicerçada no extrativismo seletivo. O setor de base florestal é um componente muito importante 20 na economia do Estado em termos de geração de renda, manutenção de empre- gos diretos e indiretos e geração de impostos. Em função da exuberância das florestas existente no Estado o processo de aproveitamento da madeira e outros produtos trouxeram associado um importante parque industrial de base florestal com 35,65% do total das indústrias instaladas (MATO GROSSO, 2001). A atividade do setor florestal é responsável pela ocupação de 26% da mão de obra, o que equivale a 39 mil postos de trabalho (PRODEFLORA, 2001). O segmento de desdobramento e beneficiamento de madeiras é, hoje, numa das principais atividades econômicas, cujo parque industrial é formado por aproxima- damente 1.214 indústrias composta por serrarias, laminadoras e compensados, constituindo-se no maior segmento industrial instalado em Mato Grosso. O Brasil participou do mercado mundial de madeiras tropicais em 2000 com 2,1% e, deste total, Mato Grosso contribuiu com 1,5%. A participação do setor florestal na arrecadação de ICMS foi em média no período de 1991 a 1999 de 8,65%, correspondendo a cifra de R$ 67.103.394,65. Para aumentar a participa- ção brasileira e também mato-grossense no mercado mundial de madeiras tropi- cais não basta apenas aumentar indiscriminadamente a extração de madeira. Torna-se necessário sensibilizar o proprietário rural sobre a importância do valor da floresta, que se bem utilizada pode lhe conferir renda a curto prazo, para isto é necessário tomar medidas que reduzam os riscos decorrentes da atividade. Nesse aspecto salienta-se a importância do manejo florestal no sentido de minimizar os efeitos da intervenção na floresta, de perpetuar a atividade e de torná-la mais produtiva. O Brasil participa do comércio mundial de madeira tropical com pouco mais de 2%, deste total Mato Grosso participa com 1,5% conforme é demonstrado na tabela 01, a seguir. 21 LEGISLAÇÃO REFERENTE AO MANEJO FLORES- TAL Para que a implantação de Projetos de Manejo Sustentado seja feita com sucesso é necessário o comprimento da legislação específica norteadora da ati- vidade florestal. O Governo Federal, o Ministério do Meio Ambiente, o IBAMA e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente estabelecem os instrumentos legais que disciplinam o desenvolvimento do manejo florestal, que estão previstos em Leis, Decretos, Portarias e Instruções Normativas: O artigo 225 da Constituição Federal (1988): “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso co- mum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Lei 4.771 de 15 de setembro de 1.965 – Código Florestal Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto 2001 – Altera o Código Florestal. Decreto n°1.282 de 19 de outubro de 1.994 – Regulamenta o artigo 15 da Lei n° 4.771. Decreto n° 2.788 de 28 de setembro de 1.998 - Altera dispositivos do Decreto n°. 1.282, de 19 de outubro de 1994, e dá outras providências. Decreto n°1.963 de 25 de julho de 1.996 – Suspensão da Exploração da Explora- ção de Mogno e Virola na Região Amazônica. Decreto n° 3.559 de 14 de agosto de 2000 - Suspende a exploração da espécie mogno (swetenia macrophylla king), na região Amazônica, pelo período de dois 22 anos, e dá outras providências. Instrução Normativa n° 3 de 4 de março de 2002 – Sobre conversão para uso do Solo (reedição da IN 003, de 10.05.01, publicada em 14.05.01). Instrução Normativa n° 7, de 22 de agosto de 2003 – Sobre o Manejo Florestal Sustentável do Mogno. Portaria nº 19 de 11 de abril de 2003 – Institui a Declaração de acompanhamento e Avaliação de Plano e Manejo Flo- restal Sustentável – DAAPMF, que deverá ser apresentada pelos responsáveis técnicos dos Planos de Manejo Florestal Sustentável. Com a assinatura do Termo de Cooperação Téc- nica para Gestão Florestal entre o estado de Mato Grosso e o Ministério do Meio Ambiente, a legislação florestal está toda em aparato legal pelo executivo esta- dual. Desta feita o Estado passou a ter uma legislação concorrente ao da União, como assegura o Art.24, inciso VI da Constituição federal de 1988. Lei Complementar Estadual nº232, de 21 de dezembro de 2005 – Altera o código Estadual do Meio ambiente. Lei Complementar Estadual nº233, de 21 de dezembro de 2005 – Dispõe sobre a Política Florestal do Estado de Mato Grosso. Decreto 6958 de 29 de dezembro de 2005 - Regulamenta a Gestão Florestal do Estado de Mato Grosso Decreto 7773 de 30/06/06 – Disciplina Guia Florestal (GF). Portaria 01 de 01/01/06 – Regulamenta o parágrafo 3º do art.13 do Decreto 6.958 de 29/12/05, institui o cadastro de consumidores de produtos florestais (CC- SEMA) Portaria 02 de 01/01/06 – Aprova os roteiros mínimos para Plano de Manejo Florestal e Plano Operacional Anual Portaria 03 de 01/01/06 – Institui os Termos de Responsabilidade de Manutenção de Floresta Manejada e o de Vinculação de Reposição Florestal Portaria 30 de 30/03/06 – Disciplina o uso da Guia Florestal para o Transporte de Produtos e Subprodutos de Origem Florestal FUNDAMENTOS DO MANEJO FLORESTAL Sistemas de Manejo 23 O manejo das florestas depende de um planejamento eficiente, do rígido controle na elaboração, execução e gerenciamento do plano de manejo, medidas fiscais e do financiamento da atividade. De acordo com a forma de extração das árvores os sistemas de manejo aplicados em florestas tropicais classificam-se, basicamente, em duas categorias: monocíclicos e policíclicos. - Monocíclico – Neste sistema, a retirada da madeira comercial se dá de uma só vez, e a próxima colheita é baseada nas mudas das espécies comerciais existentes no momento do primeiro corte. Os ciclos de corte dependem do crescimento médio das espécies a rege- nerar, mas em geral, são longos, de 70 a 100 anos. Um exemplo clássico de um sistema monocíclico é o Sistema Uniforme Malaio. Estesistema permite que seja retirado apenas o crescimento da floresta acumulado no ciclo de corte. A figura 01 ilustra melhor a divisão da área em função do ciclo de corte. - Policíclico – Neste, uma parte ou todas as árvores comerciais que atingiram o tamanho de corte são retiradas. As árvores de tamanho intermediário que perma- necem na floresta passam a constituir o estoque remanescente para o próximo corte. Devido a isso, os ciclos de corte são bem menores que os do sistema mo- nocíclico, variando de 20 a 40 anos. Exemplos típicos de manejo policíclico é o Sistema Seletivo da Indonésia, o Sistema de Seleção de Gana e o Sistema CELOS do Suriname. A comparação entre os dois sistemas, é mostrada na tabela 02. 24 Ciclo de Corte O ciclo de corte é o período entre duas reduções de densidade, ou seja, é o tempo necessário para que o estoque em crescimento atinja o estoque florestal. Pode-se entender o ciclo de corte como o período de tempo planejado no qual, todas as porções de uma área florestal devem ser cortadas em uma seqüência ordenada. A periodização do ciclo de corte permite um manejo com rendimento sus- tentado. Em um ciclo de corte de 30 anos, por exemplo, deve-se dividir a área em 30 unidades de produção com a mesma produtividade. A cada ano reduz-se a densidade na seqüência da primeira unidade até a trigésima. A partir desta idade a primeira unidade terá atingido o nível de estoque total, permitindo assim, reiniciar o ciclo de utilização. Neste período a floresta terá recuperado em espécie, área basal e volume o que foi retirado na primeira extração, conforme mostra a figura 01 Análise da Vegetação O Manejo de Florestas tropicais heterogêneas constitui o maior desafio da Ciência Florestal, devido a sua complexidade e a dificuldade de interpretação das 25 múltiplas inter-relações do ecossistema natural. Estas dificuldades redobram-se na proporção direta do aumento da diversidade de espécies que compõem a co- munidade vegetal. A vegetação é um fenômeno natural complexo, que pode ser medido por diversos parâmetros e está relacionado com alguns fatores do meio, tais como: climáticos, edáficos e bióticos, dando como resultado distintas classificações dos tipos ecológicos. A estrutura das florestas pode ser caracterizada, não só pelos métodos quantitativos, mas sim através de fórmulas combinadas, símbolos ou perfis es- quemáticos, como apresentado, a seguir nos diferentes sistemas: a) – O sistema Klükler, baseia-se em uma série de combinações de letras e números, para designar os diversos tipos de vegetação. b) – O sistema Dansereau, para descrever a fisionomia da estrutura da ve- getação, utiliza combinações de letras, números e mais uma série de símbolos para representá-los graficamente. c) – A representação de estrutura da floresta através das organizações ar- quitetônicas utilizando caracteres horizontais e verticais das espécies ou grupa- mentos vegetais. Os dados exclusivamente numéricos e os métodos descritos não satisfa- zem, já que as florestas geralmente são bastante complexas. É necessário, por- tanto, para melhor compreender a estrutura, desenvolver perfil dos povoamentos, que devem ser adaptados às características especiais da floresta. Como existe uma grande variação entre métodos já empregados para aná- lise estrutural, e como ainda não alcançou uma uniformidade perfeita dos mesmos no cenário internacional, é necessário estabelecer alguns requisitos a ser segui- dos, para que o sistema empregado seja realmente satisfatório: 1. Que seja capaz de fornecer um quadro representativo da estrutura do tipo de floresta estudada. 2. Deve ser aplicável, não importando o tipo de floresta estudada. 3. Os resultados devem ser objetivos, isto é, devem ser livres de qualquer influência subjetiva , sendo portanto, desejável que se expresse por diagramas e números. 4. As análises dos resultados procedentes do mesmo tipo florestal ou de tipo diferente, sejam diretamente comparáveis. 5. Que seja aplicável o método de 26 estatística, na compilação e avaliação dos dados de campo, bem como na inter- pretação e comparação dos resultados. Dentre as técnicas que cumprem com os principais requisitos anterior- mente mencionados, pode-se distinguir as seguintes: 1. As técnicas analíticas, nas quais se aplicam os procedimentos clássicos de investigação cientifica; entre elas pode-se citar análise da estrutura florística (horizontal e vertical) e da estrutura diamétrica das florestas. 2. As técnicas de síntese, para o estudo da estrutura vertical das florestas, nas quais se procura obter uma imagem completa da floresta. No manejo de florestas nativas tropicais, cumpre este papel a análise da vegetação em que estão inseridos as estruturas florísticas. Para o manejo destas florestas é necessário obter além da sua descrição fisionômica, que contém as listas de espécies e a apresentação de perfis e diagramas, o conhecimento das medidas de abundância, dominância, freqüência, índice de valor de importância, valor de cobertura e regeneração. Os métodos de análise estrutural baseado nos cálculos de abundância, fre- qüência e dominância, devido a sua boa aceitação e motivados pela facilidade operacional, estão sendo crescentemente empregados nas pesquisas florestais e, também, como parâmetros de tomada de decisão na elaboração e execução dos planos de manejo florestal. Inventário florestal A Análise da Vegetação é realizada por meio do Inventário florestal que pode utilizar a técnica de Amostragem ou Censo. Os tipos de inventários são clas- sificados de acordo com: 27 Amostragem Como as populações florestais são geralmente extensas, de difícil acesso e com freqüência necessitam ser inventariadas em curto espaço de tempo, a rea- lização de inventários florestais está intimamente vinculada à teoria de amostra- gem. É importante ressaltar que inventário amostral e censo florestal são ativi- dades que visam obter informações sobre a qualidade e a quantidade de recursos florestais existentes em uma determinada área. A única diferença entre os métodos consiste em que o inventário amostral (amostragem) observa uma porção da floresta (amostra) para obter estimativas representativas do todo. Já o censo ou enumeração total é a abordagem feita em todos os indivíduos da população (100%). Para um melhor entendimento, os prin- cipais conceitos utilizados no inventário são descritos a seguir: População Pode ser definida como um conjunto de seres de mesma natureza que ocupam um de- terminado espaço no tempo. Amostra Pode ser definida como uma parte da po- pulação, constituída de indivíduos que apresentam características comuns que identificam a população a que pertencem. Unidade Amostral É o espaço físico sobre o qual são observadas e medi- das as características quantitativas e qualitativas da população. As unidades amostrais podem ser constituídas por parcelas de área fixa, pontos amostrais ou árvores. Métodos de amostragem Abordagem referente a uma unidade amostral. A seleção desta unidade amostral é feita de acordo com um critério probabilístico previamente definido, o qual estabelece o método de seleção. Existem vários métodos de amostragem, destacando-se entre eles os se- guintes: • Método da Área Fixa: método em que a seleção dos indivíduos é feita proporcionalmente à área da unidade e à freqüência dos indivíduos que nela ocor- rem. • Método de Bitterlich: o método consiste em contar as árvores em um giro de 360°, cujos diâmetros à altura do peito (dap) são iguais ou maiores que a aber- tura angular equivalente a (2x sen θ/2). O vértice do angulo (θ) é o ponto central da unidade amostral. 28 • Método de Strand: este método focaliza o critério probabilístico de seleção dos indivíduos na unidade amostral com proporcionalidadeao diâmetro, para o cálculo da área basal e o número de árvores por hectare, e proporcional à altura das árvores, para se obter o volume por hectare. Sua abordagem é feita em linhas dentro da floresta e em pontos de estação como no caso de Bitterlich. • Método de 6 Árvores (Prodan): método em que se considera a medição de seis árvores e a distância ou raio da Sexta árvore como referência da unidade amostral. Processo de Amostragem É a abordagem da população referente ao con- junto das unidades amostrais. De acordo com as periodicidades podem ser: • Uma ocasião: quando é efetuada uma única abordagem na população considerada. • Múltiplas ocasiões: quando são realizadas várias abordagens da mesma população. Uma ocasião: - Aleatório Irrestrito – Inteiramente aleatório Restrito – Estratificada Dois Estágios Múltiplos Estágios Sistemático Único estágio Múltiplo Estágio (Figura 02) Misto – Amostragem em conglomerados (Figura 03) Múltiplos inícios aleatórios 29 Múltiplas ocasiões: - Amostragens independentes Amostragem com repe- tição total (Figura 04) - Amostragem dupla Amostragem com repetição parcial (Fi- gura 05) 30 PREPARO DA FLORESTA PARA CORTE E EXTRA- ÇÃO Corte de Cipós Tem como objetivo facilitar a operação de derruba das árvores comerciais, não comprometendo a queda direcionada e diminuir os danos causados às outras árvores (remanescentes) e, riscos de acidentes durante a exploração, aumen- tando, assim, a segurança das equipes de exploração. Esta atividade deve ser realizada pelo menos um ano antes da exploração, preferencialmente, junto com o inventário pré-exploratório ou logo após o mesmo. Para eliminação dos cipós utiliza-se diversos métodos, porém o mais usual é o 31 corte com foice na altura do peito e uma pincelada de arboricida a base de hor- mônio, a presença de um técnico habilitado é necessária, o técnico deve acom- panhar toda a operação e observar alguns pontos: - O arboricida é tóxico e perigoso ao homem; - Diversas espécies são imunes a sua aplicação; - Necessidade de dosar muito bem a aplicação, para evitar a contaminação do ecossistema. Corte das árvores É a primeira etapa da colheita florestal e tem grande influencia na realiza- ção das operações subseqüentes. O corte pode ser realizado por diversos métodos, o mais usual no estado é o semimecanizado por meio da motoserra, além do equipamento auxiliar, a cunha com alavanca. O operador deve executar o entalhe direcional, esta operação permite a derrubada direcionada. Deve-se evitar o derrubamento contra outras arvores, de- vido aos danos físicos e ao trabalho de separar uma da outra. Arraste Esta operação pode ser executada com diversos tipos de máquinas de acordo com a disponibilidade de equipamentos. As operações de extração de madeira da floresta envolvem uma equipe completa composta pelo operador do equipamento de arraste, mais a presença de dois auxiliares, responsáveis pela colocação dos cabos nas toras.. O equipamento que maior rendimento tem oferecido para esta operação é o SKIDER. Traçamento Após o arraste de toras até os pátios, procede-se a preparação das toras a serem transportadas. De acordo com a capacidade do equipamento e a necessi- dade da empresa que beneficiará as toras procede-se o traçamento da mesma para reduzi-las ao tamanho de interesse comercial ou de mercado. 32 Empilhamento na esplanade Essa operação se faz necessária para que as toras sejam separadas por espécie melhorando o aproveitamento do espaço do pátio ou esplanada. Essa operação poderá ser feita com pá carregadeira. Carregamento Existem vários métodos e equipamentos, devendo-se utilizar os mais ade- quados para cada situação sendo que a eficiência do carregamento tem muita influência na produtividade e custo do transporte. O uso de um ou outro método depende da disponibilidade do equipamento. 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AIRES, R. – “Uma Abordagem Teórica do Sistema Celos Visando a Elaboração de Plano de Manejo Florestal: Estudo e Caso”. Cuiabá, Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Engenharia Florestal. Monografia de Conclusão de Curso. 2001. 27p. ASSEFLORA – A.P. & C.F. Ltda – Plano de Manejo Florestal Sustentado: Projeto Huaia Missu. 1998. Cuiabá/MT. Np. (Acervo da Empresa). AZEVEDO, C.P. de; SANTOS, J.dos; LIRA FILHO, J.A.de; RIOS, M.G. Análise da Estrutura de Floresta Nativas. Viçosa-MG, 1990.102p Barros, P.L.C. Estudo das distribuições diamétricas da floresta do planalto Tapajós. Curitiba 1980. 123p. Dis- sertação. Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curso de Pós Graduação em engenharia Florestal. BRASIL, Ministério das Minas e Energia. Projeto RADAMBRASIL: Levantamento dos Recursos Naturais – Folha SC.22 (Tocantins). Rio de Janeiro, Ministério das Minas e Energia, Departamento Nacional da Produção Mineral, 1981. V23. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Bra- sília: Senado, 1988. 168 p. _______. Lei 4.771, de 15 de setembro de 1.965. Institui o novo Código Florestal Brasileiro. Brasília: 1965. _______. Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto 2001. Altera os artigos 1º, 4º, 14º, 16º e 44º, e acresce dispositivos à Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1.965, que constitui o Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, e dá outras providências. Brasília: 2001. _______. Decreto n°1.282 de 19 de outubro de 1.994. Regulamenta o artigo 15 da Lei n° 4.771. _______. Decreto n° 2.788 de 28 de setembro de 1.998 - Altera dispositivos do Decreto n°. 1.282, de 19 de outubro de 1994, e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2788.htm _______. Decreto n° 3.559 de 14 de agosto de 2000 - Suspende a exploração da espécie mogno (swetenia macrophylla king), na região Amazônica, pelo período de dois anos, e dá outras providências.< http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/de- creto/D3559.htm> BURGER, D. – Tópicos de Manejo Florestal Ordenamento Florestal: A produção florestal – Setor de Ciências Agrárias – Curitiba. Universidade Federal do Paraná, 1976. 155p. http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/decreto/D3559.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/decreto/D3559.htm 34 BROWER, J.E.; ZARR, J.H. Field & Laboratory Methods for General Ecology. Iowa: Wm. C. Brown Company (2nd ed.). 1984, 226p. DAVIS, K. P. Forest management : Regulation and Valuation. New York . McGraw – Hill Book Company , 1966. 2ª Ed. 519 p. FELFILI, J. M. 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