Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
WBA0392_v1.0 Análise e Avaliação de Impacto Ambiental Etapas e quadro legal da Avaliação de Impacto Ambiental Bloco 1 Barbara Almeida Souza Detalhamento das etapas da Avaliação de Impacto Ambiental Fundamenta decisões sobre ações propostas. • Licenciamento. • Investimento. • Financiamento. Processo de Avaliação de Impacto Ambiental Sendo necessário que: • Organize tal exame de forma consistente. • Respeite a complexidade desse tipo de decisões. • Incertezas sobre situação futura. • Diferentes pontos de vista e interesses. • Desigual distribuição social e inter- geracional dos benefícios e dos ônus. Detalhamento das etapas da AIA Fonte: adaptado de Sánchez (2013, p. 112). Figura 1 - Fluxograma do processo de AIA Detalhamento das etapas da AIA - Triagem Proposta pode causar impactos ambientais significativos? “A avaliação do impacto ambiental (...) para atividades propostas que tenham probabilidade de causar um impacto adverso significativo no ambiente (...).” (ONU. Princípio 17, Declaração do Rio, 1992) Pergunta-chave: Fonte: elaborada pela autora. Figura 2 - Representação das atividades que devem ser sujeitas a AIA Conjunto das atividades humanas. Atividades humanas que podem causar impacto ambiental e são sujeitas a controle administrativo ambiental. Conjuntos das atividades sujeitas a AIA. Detalhamento das etapas da AIA - Triagem Fonte: elaborada pela autora. Figura 3 - Fluxograma da etapa de triagem Proposta pode causar impactos ambientais significativos? NÃO SIM Decisões tomadas com base em regras gerais. Decisões apoiadas em EIA, com condições particulares. Avaliação inicial. TALVEZ Condições particulares. Detalhamento das etapas da AIA - Análise detalhada Fonte: elaborada pela autora. Figura 4 - Fluxograma da etapa de análise detalhada Definição da abrangência e conteúdo do estudo (scoping) Elaboração do EIA Consulta pública Análise técnica Decisão Detalhamento das etapas da avaliação de impacto ambiental FASE DE ELABORAÇÃO DO EIA • Dirigir os esforços, os impactos significativos. • Planejar os levantamentos a serem realizados. • Definir as alternativas a serem analisadas. • Elaboração do Termo de Referência (TR). FASE DE ESCOPO • Levantamentos de campo dos meios físico, biótico e socioeconômico. • Atividades de engajamento de comunidades. • Realização de reuniões de equipe e preparação de relatórios. Origem da avaliação de impacto ambiental FASE ANÁLISE TÉCNICA • Pode ocorrer em diferentes momentos do processo. • No Brasil, é obrigatória após a conclusão do EIA. • Não é obrigatória quando o licenciamento ambiental não é feito com base em EIA. • É um procedimento de informação e consulta. • Resultados da consulta devem ser levados na decisão sobre licenciamento. FASE CONSULTA PÚBLICA • Realizada por equipe multidisciplinar do órgão ambiental. • Parecer técnico com recomendações para a decisão. • Pode resultar na exigência de complementação do EIA ou de modificação do projeto para evitar ou minimizar impactos negativos. Origem da AIA FASES DECISÃO E PÓS APROVAÇÃO Decisão Rejeição Aceitação Monitoramento e acompanhamento. Gestão ambiental. Fonte: elaborada pela autora. Figura 5 - Fluxograma da etapa da etapa de decisão e pós aprovação Etapas e quadro legal da Avaliação de Impacto Ambiental Bloco 2 Barbara Almeida Souza Política Nacional de Meio Ambiente Vamos conhecer mais sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e sua estrutura? • Lei n. 9.938/81 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), seus fins e mecanismos de formulação. • Constitui e define a estruturação do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). • Cria e estabelece a competência do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). • Define os Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Política Nacional de Meio Ambiente Instrumentos: • Estabelecimento de padrões de qualidade ambiental. • Zoneamento ambiental. • Avaliação de Impactos Ambientais. • Licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras. • Incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia voltados para a melhoria da qualidade ambiental. • Criação de áreas de proteção ambiental (federal, estadual e municipal) de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas. Política Nacional de Meio Ambiente Conselho de Governo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (IBAMA). Instituto Chico Mendes. Órgãos seccionais (estaduais). Órgãos locais (municipais). Figura 6 - Hierarquia da Política Nacional do Meio Ambiente Fonte: elaborada pela autora. • Instrumentos: • Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA): • Conjunto de órgãos e entidades federais, estaduais e municipais da administração pública. • Possuem atribuições relativas à proteção ambiental. (implementação políticas e gestão ambiental). Política Nacional de Meio Ambiente Instrumentos: • Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de defesa Ambiental. • As penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. • Instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente (IBAMA). Etapas e quadro legal da Avaliação de Impacto Ambiental Bloco 3 Barbara Almeida Souza Análise Preliminar de Riscos ambientais (APR) Conceitos básicos É uma atividade correlata a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA). Pode ser definida como uma atividade de estimar a probabilidades de um evento ocorrer e estimar qual seria a magnitude de suas consequências. É uma atividade subjetiva, já que envolve juízo de valor no estabelecimento de magnitude e a importância dos riscos. O gerenciamento dos riscos engloba o conjunto de atividades de identificação, estimativas, comunicação e avaliação de riscos e, portanto, serve como ferramenta para avaliação de alternativas de minimização dos riscos e suas consequências. Tabela 1 - O que você precisa saber sobre APR Fonte: elaborada pela autora. Análise Preliminar de Riscos ambientais (APR) Figura 7 - Etapas da APR Fonte: elaborada pela autora. Estabelecimento de objetivos • Definição de objetivos da análise, bem como a definição das premissas e fronteiras da análise. Levantamento em campo • Trabalho de campo para coleta de dados in loco, com foco no detalhamento das condições das instalações e perigos envolvidos. APR • Realização da APR mediante de preenchimento da planilha. Caracterização de cenários • Caracterização dos cenários por meio de matriz de classificação de risco (frequência e severidade). Análise dos resultados Planilha de Análise Preliminar de Risco (APR) Quadro 1 - Como preencher a planilha de APR Fonte: Amorim (2010). Análise preliminar de risco Risco Causas Consequências Frequência Severidade Risco Recomendaç ões Referências Todo evento acidental com potencial para causar danos às pessoas, às instalações e ou ao meio ambiente. Os fatores que levam ao perigo (causas), por exemplo, falhas de equipamentos ou falha humana. Efeitos dos acidentes, exemplo: radiação térmica, sobrepressão, dose tóxica. Recorrência de frequência que pode ser estabelecida de acordo com critérios específicos para cada caso. Categoria de frequência que pode ser estabelecida de acordo com critérios específicos para cada caso. Cruzamento das informações de frequência versus severidade. Medidas de caráter preventivo ou mitigador. Referência adotada para o estabelecimento da classificação dos riscos. Planilha de Análise Preliminar de Risco (APR) – Categoria de frequência Quadro 2 - Como preencher a planilha de APR – categoria de frequência Fonte: Amorim (2010). Categoria Denominação Frequência Descrição A Extremamente remota F < 10-4 Conceitualmente possível, masimprovável de ocorrer durante a vida útil. B Remota 10-4 <f < 10-3 Não esperado ocorrer durante a vida útil. C Improvável 10-3 < f < 10-2 Pouco provável de ocorrer durante a vida útil. D Provável 10-2 <f < 10-1 Esperado de ocorrer até uma vez durante a vida útil. E Frequente F > 10-1 Esperado de ocorrer várias vezes durante a vida útil. Planilha de Análise Preliminar de Risco (APR) – Categorias de severidade Quadro 3 - Como preencher a planilha de APR - categorias de severidade Fonte: Amorim (2010). Categoria Denominação Descrição I Desprezível • Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente. • Não ocorrem lesões/mortes de funcionários. II Marginal • Danos leves aos equipamentos, à propriedades e/ou ao meio ambiente. • Lesões leves em empregados. III Crítica • Danos severos aos equipamentos, à propriedades e/ou ao meio ambiente. • Lesões de gravidade moderada em empregados. • Exige ações corretivas imediatas. IV Catastrófica • Danos irreparáveis aos equipamentos, à propriedades e/ou ao meio ambiente. • Provoca mortes ou lesões graves em várias pessoas (inclusive em integrantes da comunidade). Planilha de Análise Preliminar de Risco (APR) – Categorias de risco Figura 8 – Matriz de risco Fonte: Amorim (2010). Análise Preliminar de Risco (APR) – Principais vantagens e desvantagens • Vantagem: avaliação qualitativa da severidade das consequências e frequência de ocorrência do cenário de acidente e do risco. • Desvantagem: participação de equipe multidisciplinar com grande experiência nos processos e requer tempo. Fonte: Amorim (2010). Teoria em Prática Bloco 4 Barbara Almeida Souza Reflita sobre a seguinte situação Você conheceu as etapas da Avaliação de Impacto Ambiental, compreendendo suas diferenças. Com isso, pense na seguinte situação: você, como profissional de meio ambiente, foi questionado por seu gerente se a implantação de uma nova fábrica de papel e celulose necessitaria de Avaliação de Impacto Ambiental. Como você procederia? Quais seriam os primeiros passos para entender se esse tipo de empreendimento precisa de Avaliação de Impacto Ambiental? Dicas para resolução • Passo 1: • A proposta pode causar impactos ambientais significativos? • Pode afetar significativamente a qualidade do ambiente humano e natural? • Passo 2: consultar a listagem da Resolução CONAMA . 01/1986. Artigo 2º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental: XII - Complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos). Fonte: Resolução Conama n. 01/86. Dica da Professora Bloco 5 Barbara Almeida Souza Dicas Você conhece os órgãos ambientais que implementam a Avaliação de Impacto Ambiental no Brasil? • Em nível federal, é o Ministério do Meio Ambiente. Consulte o site! • No site do MME, você verificará os órgãos vinculados a ele, que são: • IBAMA. • Instituto Chico Mendes. • Confira, no seu estado, qual é o órgão ambiental estadual,. Você pode pesquisar nas plataformas de busca e conhecer quais são as entidades que cuidam do tema na esfera regional. Referências AMORIM, Eduardo Lucena C. de. Apostila de ferramentas de análise de risco. UNIFAL, Alagoas, 2010. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm. Acesso em: 9 jul 2020. BRASIL. Resolução Conama n. 01, de 23 de janeiro de 1986. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legislacao/CONAMA_RES_CONS_19 86_001.pdf. Acesso em: 9 jul 2020. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm http://www2.mma.gov.br/port/conama/legislacao/CONAMA_RES_CONS_1986_001.pdf Referências ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração do Rio de Janeiro. Estud. av., São Paulo, v. 6, n. 15, p. 153-159, 1992. SÁNCHEZ, L.E. Avaliação de Impactos Ambientais: conceitos e métodos. 2. ed. São Paulo, SP: Oficina de Textos, 2013. Bons estudos!
Compartilhar