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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMOC Medicina 5o Período - Turma XXVIII - 2023.2 Acadêmico (a): Bianca Thays Gonçalves Cardoso TICS - Internação Hospitalar Montes Claros - MG 1. Quando está indicado a internação de paciente psiquiátrico? Em pacientes da saúde mental, a internação é uma medida excepcional, indicada apenas quando há esgotamento dos recursos extra-hospitalares. Em hipótese alguma deve ser a primeira ou única opção de tratamento aos sujeitos que sofrem de patologia psíquica. Ela pertence a um Projeto Terapêutico Singular (PTS) que deve ser elaborado nos territórios onde os sujeitos vivem, de acordo com as necessidades de cada caso, de forma individual. As internações somente são autorizadas mediante apresentação de laudo médico individual circunstanciado que caracterize motivos plausíveis para a mesma. É fundamental que esse laudo seja atual e descreva o estado de saúde em que se encontra o sujeito para quem se solicita a vaga de internação. Além disso, é preciso apresentar uma avaliação interdisciplinar descrevendo as medidas terapêuticas de abordagem do caso até o momento atual, emitida geralmente pelo CAPS do município de residência do paciente, quando os municípios contarem com esse serviço. Logo, conclui-se que, a internação de paciente psiquiátrico é indicada em casos em que há risco iminente de vida ou de danos graves à saúde do próprio paciente ou de terceiros. É importante ressaltar que a internação psiquiátrica deve ser realizada com o objetivo de proteger a saúde e o bem-estar do paciente, e não como uma forma de punição ou controle social. 2. Em quais situações essa prática é vedada? De acordo com a Lei N° 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001: § 2° O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral a pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros. § 3° É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no $ 2º e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2°. REFERÊNCIAS: • SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO - Protocolo de Classificação de Risco em Saúde Mental https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Protocolo/ PROTOCOL0%20CLASSIFICACA0%20DE%20RISCO%20EM%20SAUDE%20MEN TAL.pdf. • Dalgalarrondo, P Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre, 2000. Editora Artes Médicas do Sul 2. Kaplan, H.I; Sadock,B.J. Compêndio de Psiquiatria- Ciências do Comportamento e Psiquiatria Clínica. • Cardoso, L., & Galera, S. A. F.. (2011). Internação psiquiátrica e a manutenção do tratamento extra-hospitalar. Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 45(Rev. esc. enferm. USP, 2011 45(1)), 87-94. https://doi.org/10.1590/S0080-62342011000100012- h t t p s : / / w w w. s c i e l o . b r / j / r e e u s p / a / 9 M X N Q m d r X K V R Q X m R 4 J P c v q G / ? lang=pt#ModalHowcite. https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Protocolo/PROTOCOL0%20CLASSIFICACA0%20 https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Protocolo/PROTOCOL0%20CLASSIFICACA0%20
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