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Disciplina: Manejo e Conservação de Aves e Mamíferos Silvestres e Exóticos
Nome: Mônica Gabrielle Rossetim da Silva
Tarefa 3
Desde a década de 1960, a caça é proibida no Brasil, e mesmo há tanto tempo em vigor ainda é pratica comum em todo o país. A Mata Atlântica é o bioma onde o prejuízo causado pela caça é mais evidente. Nas localidades onde há mais relatos dessa atividade é evidente a extinção de espécies, principalmente de grande porte, os quis não possuem substitutos para suas funções ecológicas, como a dispersão de sementes grandes, com essa falha, grandes espécies de plantas também são extintas, além de alterar a capacidade de sequestro de carbono da atmosfera pela floresta.
Não só no Brasil o problema é visto, no continente africano temos o mais gritante e divulgado problema com a caça ilegal, onde a maioria dos mamíferos está ameaçado de extinção. Estudos realizados no continente mostram que a maioria dos mamíferos caçados está em áreas com grande desigualdade social, o que pode ser um fator de estímulo para preencher necessidades básicas com a caça. O que nos leva a questões complexas, onde a prática é utilizada a fim de aumentar a renda familiar com o comercio ilegal de carnes e peles e também por tradições culturais. Nas reservas indígenas, por exemplo, a exploração de fauna silvestre é permitida como fonte de alimentação.
Partindo do exemplo da caça regulamentada nos Estados Unidos, a regulamentação da caça no Brasil, estabelecendo critérios claros, pode limitar a redução da fauna em áreas já em risco, embora essa regulamentação não reduza muito a ilegalidade, pode melhorar o monitoramento e vigilância dos ecossistemas, assim como contribuir para a contenção do desmatamento. Regulamentar a caça pode ser a melhor maneira de controla-la. Para a liberação da caça, mesmo as de controle populacional de espécies, cria um desafio para licenciamento e demarcação de áreas, demandando investimento constante para pesquisa, gestão e monitoramento, facilitando o monitoramento da fauna e comportamento dos caçadores, gerando renda para a conservação da vida selvagem com as taxas cobradas para emissão de licença de caça. 
Vincular a caça a programas de manejo comunitário de fauna silvestre é mais uma alternativa para regulamentação da prática. Na Amazônia há exemplos bem-sucedidos dessa prática, onde o uso sustentável de fauna aquática que estava quase extinta proporcionou a recuperação dessas populações, como o pirarucu. Esse modelo se mostrou eficaz também para a qualidade de vida local e no fortalecimento das comunidades ribeirinhas.
A criação, em cativeiro, de animais de interesse de caça pode ser outra alternativa para a redução da caça pela demanda de animais selvagens, removendo o incentivo financeiro para o comércio ilegal de animais selvagens. Isso tudo associado à educação ambiental acerca do assunto pode ser efetivo na redução da caça ilegal no país.
Essas e outras alternativas são possíveis de serem aplicadas, porém com estudos específicos para cada bioma brasileiro, pois liberar a caça em todo o território é inviável dado o tamanho continental do país, a gestão da fauna e regulamentação da caça devem ser adaptadas a cada ecossistema com base em suas características ecológicas e culturais da população.

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