Buscar

Hig e Seg 7

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTALAÇÕES
HIDRÁULICAS
Eliane Conterato
Lélis Espartel
Vinicius Simionato
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
C761i Conterato, Eliane.
 Instalações hidráulicas / Eliane Conterato, Lélis 
 Espartel, Vinicius Simionato. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
 237 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-096-2
 1. Instalação hidráulica – Engenharia hidráulica. I. 
 Espartel, Lélis. II. Simionato, Vinicius. III. Título.
CDU 696.1
Revisão técnica:
Shanna Trichês Lucchesi
Mestre em Engenharia de Produção (UFRGS)
Professora do curso de Engenharia Civil (FSG)
Iniciais_Instalações hidráulicas.indd 2 12/07/2017 11:39:45
Prevenção e combate a 
incêndio: componentes 
e dimensionamento 
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Escrever a função do Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI).
  Identi� car os principais equipamentos de proteção contra incêndio.
  Explicar as metodologias de dimensionamento nas normas dos prin-
cipais sistemas especí� cos. 
Introdução
Os sistemas de combate a incêndio são elementos cada vez mais pre-
sentes nos projetos das novas edificações, e também na readequação 
das construções existentes. Os incidentes ocorridos nos últimos anos 
levaram a uma maior preocupação quanto à segurança das edificações 
em sinistros, como incêndios, o que apontou um grande problema no 
País: a grande maioria das edificações não seguia as normas, nem as 
recomendações do Corpo de Bombeiros do local. Por sua vez, as normas 
e os documentos informativos são confusos e, não raro, apontam para 
direções e soluções diferentes. Como consequência, tem havido uma 
grande movimentação nesta área, tanto na parte de atualização das 
normas e recomendações quanto na capacitação dos profissionais para 
compreenderem as demandas a fim de tornar as edificações mais seguras.
Neste capítulo você vai conhecer algumas definições acerca de um 
Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI), vendo detalhes sobre seus 
componentes, seus principais equipamentos de proteção e o leque de 
normas e instruções que norteiam a execução destes projetos no Brasil.
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 217 11/07/2017 12:53:25
O que é um Plano de Prevenção Contra Incêndio 
(PPCI)?
O Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) é um conjunto de projetos 
e ações que visam a proteger os ocupantes de espaços físicos contra possíveis 
sinistros gerados pelo fogo. Os grandes objetivos do PPCI são adequar as 
instalações para seu correto uso; instalar equipamentos de segurança coletiva 
para tornar o ambiente o mais seguro possível; e facilitar a evacuação em caso 
de emergências. 
O PPCI é regulamentado pelos Resoluções Técnicas do Corpo de Bombeiros 
Militar, e são divididos em três tipos: 
a) Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros (CLCB) 
– destinado a edificações com área menor ou igual a 200 m² e até 2 
pavimentos, classificados com risco de incêndio baixo e médio e que 
não possuam central de GLP ou manuseio ou depósito de líquidos 
combustíveis e inflamáveis.
b) Plano Simplificado de Prevenção Contra Incêndio (PSPCI) – desti-
nado a edificações com área menor ou igual a 750 m² e até 3 pavimentos, 
classificados com risco de incêndio baixo e médio.
c) Plano de Plano Prevenção Contra Incêndio (PPCI) – exigido para 
edificações com área construída superior a 750 m², ou ainda:
 ■ que possuam mais de 3 pavimentos;
 ■ que possuam central de GLP;
 ■ que sejam locais de reunião de público (restaurantes com mais de 
200 m², boates, salões de baile, etc.);
 ■ que armazenem ou comercializem líquidos inf lamáveis e 
combustíveis;
 ■ que se enquadrem como risco alto de incêndio.
Seu principal objetivo é manter a segurança das pessoas que frequentam 
esses espaços, garantindo a saída e a desocupação em caso de um possível 
incêndio. Os proprietários dessas edificações são os responsáveis por en-
caminhar e protocolar o pedido de regularização do PPCI junto ao Corpo de 
Bombeiros. Depois de visitar o local e conferir se todas as exigências estão de 
acordo, o Corpo de Bombeiros emite o alvará, que tem validade estabelecida 
conforme a situação. O proprietário do local consegue fazer pela Internet 
apenas o requerimento do CLCB. Para cada uma das classificações há um tipo 
Instalações hidráulicas218
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 218 11/07/2017 12:53:26
de exigência diferente em relação aos equipamentos que devem ser instalados 
na edificação. As medidas de segurança contra incêndio devem ser elaboradas 
e executadas por profissionais habilitados, como engenheiros e arquitetos, 
credenciados e registrados em seus respectivos conselhos, como o CREA 
(Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e o CAU (Conselho Regional 
de Arquitetura). A irregularidade e o não cumprimento dessas obrigações 
podem acarretar em multa e interdição do local.
O proprietário do local consegue fazer pela Internet apenas o requerimento do CLCB.
O PPCI completo compreende: 
  Proteção por extintores; 
  Hidrantes, se necessário; 
  Instalações de gás combustível; 
  Saídas de emergência; 
  Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA); 
  Iluminação de emergência; 
  Sistema de alarme e detecção;
  Rota de fuga.
Equipamentos de segurança contra incêndio 
Você vai ver agora os principais elementos que constituem os PPCIs e suas 
utilizações.
Extintor – ABNT NBR 12693:2013
De acordo com a ABNT NBR 12693:2013 – Sistemas de proteção por extintores 
de incêndio, um extintor é um aparelho manual utilizado com a fi nalidade 
de combater princípios e focos de fogo que contém um determinado agente 
extintor para certos tipos de incêndios. Os extintores devem fi car em locais 
de fácil acesso, onde não sejam bloqueados pelo fogo, e possuir a devida 
219Prevenção e combate a incêndio: componentes e dimensionamento
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 219 11/07/2017 12:53:26
sinalização, para facilitar sua identifi cação. Os extintores precisam fi car em 
locais que não sofram com intempéries, como sol, chuvas e ventos. 
Figura 1. Extintor de incêndio.
Fonte: A_KUDR / Shutterstock.com.
Existem diferentes tipos de extintores para cada tipo de material que está 
queimando. Um incêndio pode ser causado por diversos materiais, e cada 
agente (tipo de extintor) deverá ser utilizado no combate de cada um. Você 
deve estar se perguntando: como faço para saber qual tipo de extintor utilizar 
em caso de incêndio? Para isso, vamos primeiro classificar a natureza do fogo, 
em função do material combustível:
  Fogo classe A: fogo envolvendo materiais combustíveis sólidos, como 
madeiras, tecidos, papéis, borrachas, plásticos termoestáveis e outras 
fibras orgânicas, que queimam em superfície e profundidade, deixando 
resíduos.
  Fogo classe B: fogo envolvendo líquidos e/ou gases inflamáveis ou 
combustíveis, plásticos e graxas que se liquefazem por ação do calor e 
queimam somente em superfície.
  Fogo classe C: fogo envolvendo equipamentos e instalações elétricas 
energizados.
  Fogo classe D: fogo em metais combustíveis, tais como magnésio, 
titânio, zircônio, sódio, potássio e lítio.
Instalações hidráulicas220
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 220 11/07/2017 12:53:27
  Fogo classe K: fogo envolvendo meios de cozinhar: óleos não saturados, 
gordura animal e vegetal.
Assim, os extintores são classificados de acordo com o agente extintor que 
ele possui. Os principais tipos de extintores, e suas indicações de utilização, são:
  Extintor com carga de água: indicado para incêndios de classe A. Tem 
como princípio de extinção o resfriamento, agindo em materiais como 
madeiras, tecidos, papéis, borrachas e fibras. É proibida sua utilização 
em incêndios de classe B e C.
  Extintor com carga de gás carbônico: indicado para incêndios de 
classe B e C. Seu princípio de extinção é por abafamento e resfriamento, 
agindo em materiais combustíveis, líquidos inflamáveis e equipamentos 
elétricos. Extintor com carga de pó químico B/C: age por meio de reações 
químicas, sendo indicado para incêndios de classe B e C.
  Extintor com carga de pó químico A/B/C: seu princípio de extinção 
é por meio de reações químicas e abafamento, podendo ser utilizado 
para incêndios dos três tipos de materiais.
  Extintor com espuma mecânica: indicado para incêndios de classe A 
e B; seu uso é proibido nos incêndios de classe C. 
É importantíssima a utilização correta dos extintores seguindo sua classe e o tipo de 
material que causa o princípio de incêndio. A utilização de um extintor que não é 
recomendado para o material incendiado pode, em vez de diminuir o princípio de 
incêndio, contribuir para sua propagação!
A localização e quantificação das UEs (unidades extintoras) devem atender 
a norma ABNT NBR 12693:2013. Primeiramente, a norma estabelece a rela-
ção entre as unidades extintoras e a carga nominal de cada tipo de extintor, 
conforme mostrado na Tabela 1.
221Prevenção e combate a incêndio: componentes e dimensionamento
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 221 11/07/2017 12:53:27
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013, p. 3). 
 Tabela 1. Classificação dos extintores segundo o agente extintor, a carga nominal e a 
capacidade extintora equivalente. 
Para a quantificação e localização, as Tabelas 2 e 3 estabelecem, para 
cada classe de fogo, a área máxima a ser protegida por unidade extintora e a 
distância máxima real percorrida por extintor.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013, p. 5-6). 
 Tabela 2. Tabelas para a localização e o dimensionamento dos extintores. 
Instalações hidráulicas222
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 222 11/07/2017 12:53:28
O extintor tem de ser instalado de maneira que:
  Haja menor probabilidade de o fogo bloquear seu acesso.
  Seja visível, para que todos os usuários fiquem familiarizados com 
sua localização.
  Permaneça protegido contra intempéries e danos físicos em potencial.
  Não fique obstruído por pilhas de mercadorias, matérias-primas ou 
qualquer outro material;
  Esteja junto ao acesso dos riscos.
  Sua remoção não seja dificultada por suporte, base, abrigo, etc.
  Não fique instalado em escadas.
Alarme de incêndio – ABNT NBR 17240:2010
O alarme de incêndio tem como proposta identifi car o início de um possível 
incêndio por meio de detectores de fumaça, chama ou calor. O alarme pode 
ser acionado de forma manual ou automaticamente. 
A tecnologia dos alarmes de incêndio vem evoluindo no mercado de preven-
ção, pois tem se mostrado um grande aliado na proteção de vidas humanas e 
na diminuição de perdas materiais de uma maneira muito eficiente. A proteção 
adequada de determinada área ou equipamento somente será possível após 
um cuidadoso estudo de todas as particularidades, visando ao emprego dos 
componentes e sistemas mais eficazes para cada caso. 
Os alarmes de incêndio possuem uma tabela normativa que classifica a 
necessidade de instalação de acordo com cada caso específico.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013, p. 5-6). 
 Tabela 3. Tabela para a localização e o dimensionamento dos extintores. 
223Prevenção e combate a incêndio: componentes e dimensionamento
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 223 11/07/2017 12:53:28
Figura 2. Alarmes de incêndio.
Fonte: Hurghea Constantin / Shutterstock.com.
A seleção do tipo e do local de instalação dos detectores deve ser efetuada 
com base nas características mais prováveis de um princípio de incêndio e do 
julgamento técnico, considerando os seguintes parâmetros: 
  aumento da temperatura; 
  produção de fumaça; 
  produção de chama; 
  materiais existentes nas áreas protegidas; 
  forma e altura do teto; 
  ventilação do ambiente; 
  temperaturas típica e máxima de aplicação; entre outras características 
de cada instalação, conforme requisitos técnicos dos equipamentos.
Os principais tipos de detectores são os de fumaça, os de temperatura e 
os de chama, podendo ser isolados ou em linha. 
Sobre os detectores pontuais de fumaça, a norma recomenda que a má-
xima área de cobertura para um detector pontual de fumaça, instalado em 
um ambiente livre e desobstruído, a uma altura de até 8 m, em teto plano ou 
com vigas de até 0,20 m, e com até oito trocas de ar por hora, é de 81 m2. 
Essa área pode ser considerada um quadrado de 9 m de lado inscrito em um 
círculo, cujo raio seja igual a 6,30 m, como mostra a Figura 3.
Instalações hidráulicas224
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 224 11/07/2017 12:53:28
Figura 3. Área de cobertura de um alarme de incêndio.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2010).
Os detectores pontuais de fumaça devem estar localizados no teto, distantes, 
no mínimo, 0,15 m da parede lateral ou vigas.
Os detectores pontuais de temperatura são utilizados para monitorar 
ambientes com presença de materiais, cuja característica no início da combustão 
é gerar muito calor e pouca fumaça. Quanto às orientações a serem seguidas 
para estes detectores, a máxima área de cobertura para um detector pontual 
de temperatura, instalado a uma altura de até 5 m e em teto plano ou com vigas 
de até 0,20 m, é de 36 m2. Essa área pode ser considerada um quadrado de 6 
m de lado, inscrito em um círculo cujo raio será igual a 4,20 m. Os detectores 
pontuais de temperatura devem estar localizados no teto, distantes, no mínimo, 
0,15 m da parede lateral ou vigas. Em casos justificados, é possível instalar 
os detectores na parede lateral, a uma distância entre 0,15 e 0,30 m do teto.
Já os detectores de chama são instalados em ambientes onde se deseja 
detectar o surgimento de uma chama. Sua instalação tem de ser executada de 
forma que seu campo de visão não seja impedido por obstáculos, para assegurar 
a detecção do foco de incêndio na área por ele protegida. Os detectores de 
chama precisam cobrir a área protegida de modo que não haja pontos encobertos 
onde uma possível chama seja gerada. Estes detectores são recomendados 
em áreas onde uma chama possa ocorrer rapidamente, como em hangares, 
225Prevenção e combate a incêndio: componentes e dimensionamento
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 225 11/07/2017 12:53:29
áreas de produção petroquímica, áreas de armazenagem e transferência de 
materiais inflamáveis, instalações de gás combustível, cabines de pintura ou 
áreas com solventes inflamáveis; e em áreas abertas ou semiabertas, onde o 
vento pode dissipar a fumaça e o calor, impedindo a ação dos detectores de 
fumaça e de temperatura.
Hidrante e Mangotinhos – ABNT NBR 13714:2000
São equipamentos de combate a incêndio exigidos apenas em locais que 
possuam alto grau de risco e que tenham área igual ou superior a 750 m². É 
uma espécie de tomada de água, pertencente a um sistema fi xo de comando, 
que serve como suplemento para alimentar as linhas de mangueiras que serão 
utilizadas para combater princípios de incêndio ou controlá-lo até a chegada 
do Corpo de Bombeiros. São geralmente instalados em prédios residenciais, 
comerciais, industriais, e contam com um sistema completo de tubulação, 
mangueira semirrígida, reservatório d’água, válvula de abertura rápida, es-
guicho e abrigo (caixa). 
Figura 4. Hidrantes e mangotinhos.
Fonte: guillermo celano / Shutterstock.com.
A norma sugere dois tipos de sistemas (hidrante e mangotinho), de acordo 
com o diâmetro da mangueira (veja a Tabela 4).
Instalações hidráulicas226
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 226 11/07/2017 12:53:29
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2000, p. 6). 
 Tabela 4. Tipos de hidrantes e mangotinhos, segundo o diâmetro da mangueira. 
Os hidrantes ou mangotinhos devem ser distribuídos de tal forma que 
qualquer ponto da área a ser protegida seja alcançado por um (sistema tipo 1) 
ou dois (sistemas tipos 2 e 3) esguichos, considerando o comprimento da(s) 
mangueira(s) e seu trajeto real, e desconsiderando o alcance do jato de água. 
Como o Anexo D da norma ABNT NBR 13714:2000é muito extenso para ser inserido 
neste capítulo, fique à vontade para consultá-lo. Ele apresenta as divisões dos tipos 
de edificações e a aplicabilidade de cada sistema. No Anexo D é indicada também a 
vazão mínima para cada situação.
Para o cálculo hidráulico, utilize as seguintes fórmulas para determinar a 
perda de carga na tubulação:
  Colebrook 
J = 605 × Q1,85 × C-1,85 × d-4,87 × 105
Onde:
J é a perda de carga por atrito, em quilopascals por metro;
Q é a vazão, em litros por minuto;
C é o fator de Hazen-Williams; 
227Prevenção e combate a incêndio: componentes e dimensionamento
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 227 11/07/2017 12:53:29
d é o diâmetro interno do tubo, em milímetros.
A velocidade da água no tubo de sucção das bombas de incêndio não deve 
ser superior a 4 m/s. Para calculá-la, você vai utilizar a seguinte equação:
V = Q/A
 Onde:
V é a velocidade da água, em metros por segundo;
Q é a vazão de água, em metros cúbicos por segundo;
A é a área interna (o diâmetro interno) da tubulação, em metros quadrados.
É necessário dimensionar também a reserva de incêndio, que é um volume 
de água a ser utilizado unicamente para os hidrantes e mangotes. A reserva 
de incêndio tem de ser prevista para permitir o primeiro combate, durante 
determinado tempo. Após este tempo, considera-se que o Corpo de Bombeiros 
mais próximo atuará no combate, utilizando a rede pública, caminhões-tanque 
ou fontes naturais. Para qualquer sistema de hidrante ou de mangotinho, 
você vai determinar o volume mínimo de água da reserva de incêndio com 
a seguinte fórmula:
V = Q × t
Onde:
Q é a vazão de duas saídas do sistema aplicado, conforme a Tabela 1, em 
litros por minuto;
t é o tempo de 60 min para sistemas dos tipos 1 e 2, e de 30 min para o 
sistema do tipo 3;
V é o volume da reserva, em litros.
Sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros 
automáticos (Sprinklers) – ABNT NBR 10897:2014 
Os sprinklers, também conhecidos como chuveiros automáticos, formam o 
sistema mais efi ciente no controle de propagação de fogo. Eles são ativados 
automaticamente após identifi carem princípios de fumaça e fogo, e uma das 
suas principais vantagens é o combate ao incêndio direto no foco de origem. Seu 
acionamento automático é simultâneo com o sistema de alarme, aumentando 
sua efi ciência. Pela complexidade e pelos custos envolvidos na sua instalação, 
são exigidos apenas em construções acima de 3000 m².
Instalações hidráulicas228
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 228 11/07/2017 12:53:30
A norma ABNT NBR 10897:2014 cobre o dimensionamento dos chuveiros 
automáticos, levando em consideração o tipo de edificação e seu grau de risco 
para indicar o tempo mínimo de operação do sistema, as pressões e as vazões 
nos chuveiros. A partir destes dados, é possível obter os diâmetros das demais 
tubulações nas tabelas subsequentes. 
Sobre a localização dos chuveiros, a norma traz os seguintes comentários:
  Para ocupações de riscos leve e ordinário, as distâncias entre ramais e 
entre chuveiros nos ramais não devem exceder 4,60 m.
  Para ocupações de riscos extraordinário e pesado, as distâncias entre 
ramais e entre chuveiros nos ramais não devem exceder 3,70 m.
  A distância das paredes até os chuveiros não deve exceder a metade da 
distância entre os chuveiros nos ramais ou entre os ramais.
  Em ocupações de risco leve com dependências de, no máximo, 75 m2 de 
área, a distância entre a parede e o chuveiro pode chegar até 2,70 m, desde 
que seja respeitada a área máxima de cobertura permitida por chuveiro.
  A distância mínima entre chuveiros deve ser de 1,80 m, para evitar que 
a atuação de um chuveiro não venha a retardar a atuação do adjacente. 
Caso seja necessária a redução desta distância mínima, devem ser uti-
lizados anteparos de material não combustível entre os chuveiros. Estes 
anteparos têm de medir, no mínimo, 0,20 m de largura por 0,15 m de 
altura, com o topo entre 0,05 e 0,08 m acima do defletor do chuveiro.
Existem diversas particularidades no dimensionamento do sistema de sprinklers, assim, 
para mais detalhes, sugerimos a leitura completa da ABNT NBR 10897:2014.
229Prevenção e combate a incêndio: componentes e dimensionamento
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 229 11/07/2017 12:53:30
Figura 5. Exemplo de um chuveiro automático (sprinkler).
Fonte: Eduard Darchinyan / Shutterstock.com.
Iluminação de emergência – ABNT NBR 10898:2013
A iluminação de emergência garante a viabilidade da evacuação de um local 
rapidamente pelas rotas de saída, mantendo a segurança da população na 
edifi cação durante a falta de energia e o sinistro. Também fornece as condições 
mínimas de iluminação para a atuação das equipes de salvamento e do Corpo 
de Bombeiros. Seu funcionamento acontece automaticamente quando ocorre 
falta de energia graças a uma bateria em seu interior que garante a iluminação 
enquanto houver carga. A iluminação de emergência é exigida em todas as 
classifi cações de risco.
Instalações hidráulicas230
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 230 11/07/2017 12:53:30
Figura 6. Exemplo de iluminação de emergência.
Fonte: Quality Stock Arts / Shutterstock.com.
Sinalização de emergência – ABNT NBR 13434-2:2004
A sinalização de emergência facilita e orienta os caminhos seguros a percorrer 
para evacuar uma área de risco por meio de placas que podem ser luminosas 
ou fotoluminescentes. Seus objetivos são reduzir os riscos de ocorrência de 
incêndios, alertar sobre seus riscos e facilitar a localização de equipamentos. 
É exigida em todas as classifi cações de risco e de acordo com os equipamentos 
instalados.
231Prevenção e combate a incêndio: componentes e dimensionamento
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 231 11/07/2017 12:53:31
Figura 7. Exemplos de sinalização de emergência.
Fonte: AiVectors / Shutterstock.com
Normas de segurança contra incêndios
Devido às constantes atualizações sobre o assunto, o projetista com frequência 
depara-se com a falta de unifi cação das orientações dos Corpos de Bombeiros 
de cada Estado, podendo haver divergências nas demandas exigidas pelas 
instituições. Apesar disso, as diretrizes gerais para a utilização de cada sis-
tema de prevenção são normatizadas pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), que busca estabelecer um padrão em relação à fabricação e 
à instalação de produtos e equipamentos de incêndio. São as normas da ABNT 
que determinam a maneira correta de executar o projeto, bem como os tipos 
de materiais apropriados a serem usados a fi m de proteger a população. Todo 
e qualquer projeto de prevenção contra incêndio só é aceito pelo Corpo de 
Bombeiros se estiver de acordo com todas as normas exigidas. 
Portanto, para a elaboração de um PPCI, é recomendável que o projetista 
entre em contato com o Corpo de Bombeiros do local para situar-se de possíveis 
Instalações hidráulicas232
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 232 11/07/2017 12:53:31
exigências específicas e de novas publicações de orientações. A partir disso, 
os sistemas de prevenção têm de ser elaborados a partir das normas da ABNT. 
Lembre-se de que existem ainda outras normas, para assuntos específicos, 
mas as principais que regem as instalações de combate a incêndio são:
  ABNT NBR 10897:2014 – Sistemas de proteção contra incêndio por 
chuveiros automáticos – Requisitos
  ABNT NBR 10898:2013 – Sistemas de iluminação de emergência
  ABNT NBR 11742:2003 – Porta corta-fogo para saída de emergência
  ABNT NBR 12615:1992 – Sistema de combate a incêndio por espuma 
– Procedimentos
  ABNT NBR 12962:2016 – Extintores de incêndio – Inspeção e 
ma nutenção
  ABNT NBR 12693:2013 – Sistemas de proteção por extintores de 
incêndio
  ABNT NBR 13434-2:2004 – Sinalização de segurança contra incêndio 
e pânico – Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e cores
  ABNT NBR 13434-1:2004 – Sinalização de segurança contra incêndio 
e pânico. Parte 1: Princípios de projeto
  ABNT NBR 13523:2017 – Instalações prediaisde gás liquefeito de 
petróleo
  ABNT NBR 13714:2000 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos 
para combate a incêndio
  ABNT NBR 15526:2012 – Redes de distribuição interna para gases 
combustíveis em instalações residenciais– Projeto e execução
  ABNT NBR 14039:2003 – Instalações elétricas de média tensão de 
1,0 kV a 36,2 kV
  ABNT NBR 14276:2006 – Brigada de incêndio – Requisitos
  ABNT NBR 14349:1999 – União para mangueira de incêndio – Requi-
sitos e métodos de ensaio
  ABNT NBR 5419:2015 – Sistema de proteção contra descargas 
atmosféricas
  ABNT NBR 9077:2001 – Saídas de emergência em edifícios
  ABNT NBR 17240:2010 9441 – Sistemas de detecção e alarme de incên-
dio – Projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas 
de detecção e alarme de incêndio – Requisitos
233Prevenção e combate a incêndio: componentes e dimensionamento
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 233 11/07/2017 12:53:31
1. Quem é o responsável pela 
fiscalização do PPCI? 
a) O proprietário da edificação.
b) O Ministério do trabalho
c) O Corpo de Bombeiros.
d) A Polícia Militar.
e) O Conselho Regional de 
Engenharia e Agronomia.
2. Um fogo classe K 
é um incêndio que: 
a) envolve materiais 
combustíveis sólidos, como 
madeira ou tecidos.
b) envolve gases inflamáveis 
ou plásticos.
c) envolve equipamentos elétricos.
d) envolve metais combustíveis, 
como magnésio, titânio, 
zircônio, sódio, potássio e lítio.
e) envolve meios de cozinhar: 
óleos não saturados, 
gordura animal e vegetal.
3. Qual é a finalidade das normas de 
segurança contra incêndio? 
a) Avaliar se uma edificação é 
segura contra incêndios.
b) Tornar o bombeiro apto 
a exercer sua função.
c) Reduzir os custos com 
equipamentos de segurança.
d) Estabelecer um padrão de 
fabricação de produtos 
e equipamentos.
e) Combater princípios de incêndio.
4. Qual é a proposta de um sistema de 
detecção de fumaça? 
a) Identificar um possível 
princípio de incêndio.
b) Apagar o fogo.
c) Mostrar para o proprietário 
que o local está seguro 
contra riscos de incêndios.
d) Sinalizar rotas de fuga.
e) Acionar o Corpo de 
Bombeiros mais próximo. 
5. Quem está apto a elaborar 
um PPCI? 
a) Qualquer pessoa com RG 
e CPF regularizado.
b) Pessoas com Ensino 
Superior completo.
c) O Corpo de Bombeiros.
d) O proprietário da edificação.
e) Profissionais habilitados e 
com Ensino Superior em 
Engenharia Civil ou Arquitetura. 
Instalações hidráulicas234
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 234 11/07/2017 12:53:32
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5419:2015. Proteção contra 
descargas elétricas atmosféricas. Rio de janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9077:2001. Saídas de 
emergência em edifícios. Rio de janeiro: ABNT, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10897:2014 Versão Cor-
rigida:2014. Sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos – Re-
quisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10898:2013. Sistemas de 
iluminação de emergência. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 11742:2003. Porta corta-
-fogo para saída de emergência. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12615:1992. Sistema de 
combate a incêndio por espuma – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1992.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12693:2013. Sistemas de 
proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12962:2016. Extintores 
de incêndio – Inspeção e manutenção. Rio de Janeiro: ABNT, 2016.;
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13434-1:2004. Sinalização 
de segurança contra incêndio e pânico Parte 1: princípios de projetos. Rio de Janeiro: 
ABNT, 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13434-2:2004. Sinalização 
de segurança contra incêndio e pânico Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões 
e cores. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13523:2017. Instalações 
prediais de gás liquefeito de petróleo. Rio de Janeiro: ABNT, 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14039:2003 Emenda 1:2015. 
Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14276:2006. Brigada de 
incêndio – Requisitos. Rio de janeiro: ABNT, 2006.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14349:1999 Versão Corri-
gida:1999. União para mangueira de incêndio – Requisitos e métodos de ensaio. Rio 
de Janeiro: ABNT, 1999.
235Prevenção e combate a incêndio: componentes e dimensionamento
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 235 11/07/2017 12:53:32
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15526:2012 Versão Cor-
rigida:2016. Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações 
residenciais – Projeto e execução. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13714:2000. Sistemas de 
hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 17240:2010. Sistemas de 
detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento e manutenção 
de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
Leituras recomendadas
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR RIO GRANDE DO SUL. Resoluções técnicas. Porto 
Alegre: CBM, 2017. Disponível em: <http://www.cbm.rs.gov.br/?page_id=10500>. 
Acesso em: 29 maio 2017.
SANTA CATARINA. Secretaria de Estado de Infraestrutura. Departamento Estadual 
de Infraestrutura. Diretoria de Obras Civis. Instruções para elaboração de projetos de 
instalações preventivas contra incêndio de edificação. Florianópolis: DEINFRA, [2010]. Dis-
ponível em: <http://www.deinfra.sc.gov.br/jsp/relatorios_documentos/doc_tecnico/
download/engenharia_de_edificacoes/Projetos_de_Instalacoes_Preventivas_con-
tra_Incendio_de_Edificacao.pdf>. Acesso em: 29 maio 2017.
SEITO, A. I. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto, 2008. 
Instalações hidráulicas236
U4_C16_Instalações hidráulicas.indd 236 11/07/2017 12:53:33
http://www.cbm.rs.gov.br/?page_id=10500
http://www.deinfra.sc.gov.br/jsp/relatorios_documentos/doc_tecnico/
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:

Outros materiais