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Aula 8 - Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação

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Fundamentos Filosóficos e 
Sociológicos da Educação 
Virgínia Marcondes 
Marcos R. C. Ketelhut 
AULA 8 
Nessa aula o estudo será direcionado para a filosofia na era Moderna. 
Trataremos do humanismo renascentista, da reforma protestante, da 
revolução científica, de Descartes e a filosofia do cogito, da tradição 
empirista, da tradição racionalista pós-cartesiana e da tradição iluminista. 
Modernidade: como se iniciou essa fase de pensamento moderno. 
Talvez o termo seja compreendido por nós por estarmos mais próximos à 
época histórica em relação ao mundo antigo e à Idade Média. 
Conceito de modernidade = ao que se refere à ideia de novo, o que 
rompe com a tradição, com o sentido positivo de mudança, de 
transformação e de progresso. 
Hegel foi o primeiro filósofo a elaborar uma filosofia da história da 
filosofia. 
Hegel estabelece a periodização que adotamos até hoje, dividindo a 
história em três períodos distintos, cada um com suas características 
especificas e fazendo parte de um mesmo processo, o antigo, o medieval 
e, em suas palavras ''a filosofia do novo tempo''. 
Duas noções fundamentais estão diretamente relacionadas ao moderno 
Ideia de progresso – considerado melhor, mais avançado do que o antigo. 
Valorização do indivíduo – ou da subjetividade, como lugar da certeza, 
da verdade, da origem dos valores. 
A Sociedade Moderna 
Ascensão de uma nova classe social, a burguesia; 
Sociedade dividida em classes sociais; 
Detentores do Capital X Força do Trabalho; 
Idade Moderna longo processo de transição – instituições políticas, econômicas, sociais e 
culturais; 
Estabelece-se uma perspectiva antropocêntrica da realidade. Novos valores se estabelecem: 
Individualismo - valorização do indivíduo 
Liberação do indivíduo; 
Competir com os outros pela sua subsistência; 
Espírito de competição; 
Racionalismo – valorização da razão 
Possibilidade de crer em si próprio. 
Capacidade de observar, refletir e discernir o melhor caminho; 
Sujeito da própria história; 
A crise da Igreja 
Descontentamento com a Igreja Católica Apostólica Romana. 
Vasta riqueza material num contexto de fome, miséria, guerras. 
Comercialização de práticas religiosas, absolvição pecados. Venda de relíquias sagradas 
– indulgências. 
A condenação da usura – São Tomas de Aquino = devia-se pagar apenas o “preço justo” 
por um produto = supostamente o preço da mão de obra somado ao da matéria-prima. 
pela O humanismo, de extrema importância para a idade moderna, se destaca 
contraposição ao sobrenatural e coloca todos os seres humanos como primordiais. 
Reforma protestante 
Marinho Lutero (1483-1546) 
Um dos maiores movimentos de volta à Bíblia. 
Lutero protestava contra diversos aspectos da doutrina católica, 
propondo uma reforma ao catolicismo. 
Renovação religiosa – início na Alemanha, onde a Igreja possuía grande 
quantidade de terras. 
Quebra da unidade religiosa europeia. 
Rompe com a concepção passiva do homem, entregue unicamente aos 
desígnios divinos. 
Reconhece o trabalho humano como fonte de alegria divina, origem 
legítima da riqueza e da felicidade. 
Concebe a razão humana como extensão do poder divino. 
Colocou o homem em condições de pensar livremente e responsabilizar- 
se pelos seus atos de forma autônoma. 
Descartes analisa o cogito pensante sendo um EU, não mais o divino que 
tudo envolve e tudo penetra: é a múltipla e variada mudança das coisas, sem 
que se consiga estabelecer uma unidade entre elas, porque o objeto está 
“fora” do Eu. 
Neste processo o Eu tende, paradoxalmente, a anular-se porque cai numa 
relação “lógica” com o mundo a sua volta, o objeto desaparece nesta 
densidade ocultada e a relação do sujeito com o objeto é oculta. 
Descartes quem “inventa” esse princípio novo antes de Rousseau e Kant o 
terem explicitado, no debate sobre o animal, como vimos anteriormente. 
É ele quem vai fazer da fraqueza, que parece ser a terrível dúvida ligada ao 
sentimento do desaparecimento dos mundos antigos, uma força, um 
formidável meio de reconstruir com novas apostas todo o edifício do 
pensamento filosófico. 
Em suas duas obras fundamentais, o Discurso do Método (1637) e as 
Meditações Metafísicas (1641), Descartes imagina uma espécie de ficção 
filosófica: ele se obriga, por princípio, ou como ele mesmo diz, “por 
método”, a pôr em dúvida absolutamente todas as suas ideias, tudo 
aquilo em que ele acreditou até então, mesmo as coisas mais certas e 
evidentes — como, por exemplo, o fato de que existem objetos fora de 
mim, que escrevo sobre uma mesa, sentado numa cadeira, etc. 
Para ter certeza de duvidar de tudo, ele imagina até mesmo a hipótese de 
um “gênio maligno” que se divertiria em enganá-lo em qualquer 
situação, ou ainda se lembra de como, às vezes em seus sonhos, 
acreditou que estava acordado, lendo ou passeando, quando de fato 
estava “inteiramente nu, na cama”! Em resumo, ele adota uma atitude de 
ceticismo total que o leva a não considerar nada mais como certo... 
Desenvolvimento da Ciência Natural e de novos métodos científicos 
Confiança na razão humana. 
Invenção da Imprensa: Possibilitou a impressão de textos clássicos 
gregos e romanos – contribuindo para a mentalidade renascentista. 
Divulgação de obras científicas, filosóficas e artísticas. 
Portanto, a ciência moderna nasceu entre os séculos XVI e XVIII com 
Galileu, Kepler e Newton. 
É nesta altura que a ciência se autonomiza relativamente à filosofia e se 
torna um conhecimento que procura formular as leis que regem os 
fenômenos mediante linguagens rigorosas. 
O Humanismo renascentista retoma a herança Greco-Romana tendo 
temas Pagãos como centrais, afastando assim a temática religiosa. 
O humanismo rompe com a visão teocêntrica e com a concepção Filosófica 
Medieval, valorizando o interesse pelo homem. 
Durante o renascentismo o homem passa a ter dignidade e não mais a ser 
visto como o homem caído, como no contexto Medieval. 
Essa mentalidade humanista levantada pelo renascentismo influenciou a 
filosofia, fazendo surgir um novo pensamento: a Filosofia Moderna. 
A Reforma Protestante foi também grande colaboradora da modernidade, 
por exemplo, quando defende a ideia de que a fé é suficiente para que o 
indivíduo compreenda a mensagem divina nas escrituras não necessitando 
de intermediação da Igreja, de teólogos, nem de concílios, representa na 
verdade a defesa do individualismo contra as instituições tradicionais, 
contra o poder adquirido e todos são colocados sob suspeitas. 
Sob o ponto de vista filosófico, a reforma aparece como representante da 
liberdade individual e da consciência como lugar da incerteza, contestando a 
autoridade institucional e o saber tradicional, posições que serão 
fundamentais no desenvolvimento do pensamento moderno, ideias essas que 
se encontram expressas no seu mais importante representante, René 
Descartes 
Pode-se dizer que a reforma contribuiu para a Filosofia Moderna com a 
crítica à autoridade institucional; valorização da Interpretação da mensagem 
da escritura, pelo individualismo, ênfase na fé como experiência individual, 
características essas marcantes na Filosofia Moderna. 
O conceito moderno de ciência difere do antigo na medida em que um 
verifica as hipóteses outra não, é mais contemplativa. Ou seja, uma é mais 
qualitativa enquanto outra é qualitativa. 
Michel de Montaigne (1523-1592): inspirado no epicurismo, estoicismo, humanismo e 
ceticismo, Montaigne foi um filósofo, escritor e humanista francês que trabalhou com 
temas da essência humana, moral e política. Foi o criador do gênero textual ensaio 
pessoal quando publicou sua obra Ensaios, em 1580. 
Nicolau Maquiavel (1469-1527): considerado “Pai do Pensamento Político Moderno”, 
foi o filósofo e político italiano do período do Renascimento que introduziu princípios 
morais e éticos para a Política, separando a política da ética, teoria analisada em sua 
obra mais emblemática O Príncipe, publicada postumamenteem 1532. 
Francis Bacon (1561-1626): filósofo e político britânico, Bacon colaborou com a 
criação de um novo método científico, sendo considerado um dos fundadores do 
"método indutivo de investigação científica", o qual estava baseado nas observações dos 
fenômenos naturais. Além disso, apresentou a “teoria dos ídolos” em sua obra Novum 
Organum, que, segundo ele, alteravam o pensamento humano bem como prejudicava o 
avanço da ciência. 
Galileu Galilei (1564-1642): “Pai da Física e da Ciência Moderna”, foi 
um astrônomo, físico e matemático italiano que colaborou com diversas 
descobertas científicas na época baseadas na teoria heliocêntrica de 
Nicolau Copérnico (a Terra gira em torno do sol), contrariando, assim, os 
dogmas expostos pela Igreja Católica. Ademais, foi criador do “método 
matemático experimental”, o qual estava baseado na observação dos 
fenômenos naturais, experimentações e valorização da matemática. 
René Descartes (1596-1650): filósofo e matemático francês, foi 
reconhecido por uma de suas célebres frases: “Penso, logo existo”. Foi 
criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à 
Filosofia Moderna, analisada em sua obra O Discurso sobre o Método, 
um tratado filosófico e matemático, publicado em 1637. 
Baruch Espinosa (1632-1677): filósofo holandês, baseou suas teorias 
num racionalismo radical criticando e combatendo as superstições 
(religiosa, política e filosófica) que, segundo ele, estariam pautadas na 
imaginação. A partir disso, o filósofo acreditava na racionalidade de um 
Deus transcendental e imanente identificado com a natureza, o qual fora 
analisado em sua obra Ética. 
Blaise Pascal (1623-1662): filósofo e matemático francês, contribuiu 
com estudos pautados na busca da verdade, refletidos na tragédia 
humana. Segundo ele, a razão não seria o fim ideal para provar a 
existência de Deus, uma vez que o ser humano é impotente e está 
limitado às aparências. Em sua obra Pensamentos apresenta suas 
principais indagações acerca da existência de um Deus baseado no 
racionalismo. 
Thomas Hobbes (1588-1679): filósofo e teórico político inglês, buscou analisar 
as causas e propriedades das coisas, deixando de lado a metafísica (essência do 
ser). Baseado nos conceitos do materialismo, mecanicismo e empirismo, 
desenvolveu sua teoria donde a realidade é explicada pelo corpo (matéria) e por 
seus movimentos (aliados à matemática). Sua obra mais emblemática é um 
tratado político denominado de Leviatã (1651), mencionando a teoria do 
“contrato social” (existência de um soberano). 
John Locke (1632-1704): filósofo inglês empirista, Locke foi precursor de 
muitas ideias liberais criticando assim, o absolutismo monárquico. Segundo ele, 
todo o conhecimento era proveniente da experiência e o pensamento humano 
estaria pautado nas ideias de sensações e reflexão donde a mente seria uma 
"tábula rasa" no momento do nascimento. Assim, as ideias são adquiridas ao 
longo da vida a partir de nossas experiências. 
Rousseau (1712-1778): Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo 
social e escritor suíço e uma das mais importantes figuras do 
movimento iluminista. Foi um defensor da liberdade e crítico 
do racionalismo. Na área da filosofia investigou temas acerca 
das instituições sociais e políticas, sendo suas obras mais 
destacadas o Discurso sobre a origem e os fundamentos das 
desigualdades entre os homens (1755) e o Contrato Social 
(1972). 
Resumindo: 
Podemos concluir que humanismo renascentista coloca o 
homem como centro de suas preocupações éticas e políticas; 
A Reforma Protestante valoriza o individualismo e o espírito 
crítico, assim como as discussões de questões religiosas e a 
revolução científica, a realização do espírito crítico humano 
com suas formulações de hipóteses em busca de explicação 
científica; 
Empirismo; 
Racionalismo e metodologia de Descartes. 
1. A sociedade da Idade Moderna nos apresenta uma nova classe social, o que representa uma perspectiva antropocêntrica 
da realidade. Então, novos valores são estabelecidos. 
a) O individualismo enquanto valorização do indivíduo. 
b) O coleguismo enquanto valorização da particularidade. 
c) A coletividade que preza pela vida em comunidade. 
d) A capacidade de isolamento para valorizar a vida. 
e) O racionalismo que objetiva a vida comum. 
 
2. O humanismo, de extrema importância para a idade moderna se destaca pela: 
a) Contradição estabelecida entre a vida e a morte. 
b) Contraposição ao sobrenatural, colocando os seres humanos como primordiais. 
c) C) Contradição de um dos maiores movimentos de volta à Idade das Trevas. 
d) Contraposição ao espírito que tudo vê e tudo observa. 
e) Contradição encontrada na trajetória de Martinho Lutero. 
 
3. Descartes analisa o cogito pensante, na qualidade de um Eu que: 
a) Representa-se pelo envolvimento divino. 
b) Representa-se pela permanência das coisas. 
c) Representa-se pela multiplicidade e mudança das coisas. 
d) Representa-se na relação oculta da morte 
e) Representa-se na relação do sujeito consigo mesmo. 
4. São obras de Descartes, nas quais imagina uma espécie de ficção filosófica: 
a) A Utopia e o Discurso do Método. 
b) A República e o Mito da Caverna. 
c) O Discurso do Método e a República. 
d) As Meditações Metafísicas e o Discurso do Método. 
e) A Utopia e As Meditações Metafísicas. 
 
5. A reforma protestante colaborou com o desenvolvimento da modernidade na medida em que: 
a) Defende a ideia de que a fé não basta para que o indivíduo compreenda a mensagem divida. 
b) É preciso muito mais que simplesmente fé, é preciso a intermediação da Igreja contra as tradições. 
c) Todas as instituições, inclusive a Igreja devem seguir contra o poder adquirido amoralmente. 
d) As escrituras dividas devem ser traduzidas por teólogos nas instituições em defesa do contraditório. 
e) A fé é suficiente para que o indivíduo compreenda a mensagem das escrituras, não precisando de 
intermediações. 
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