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Módulo 2 - O processo editorial

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1
Avaliadores de
Artigo Científico
O processo editorial2
2
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2021
SAIS - Área 2-A -70610-900 - Brasília, DF
Conteudista:
Claudio Paixão Anastácio de Paula (conteudista, 2021); 
Eliane Pawlowski de Oliveira Araújo (conteudista, 2021); 
Fernanda Oliveto (conteudista, 2021); 
Keila Rêgo Mendes (conteudista, 2021); 
Diretoria de Desenvolvimento Profissional.
3
Sumário
Unidade 1: Atores envolvidos ...................................................................................................4
1.1.1 Conselho Editorial ........................................................................................................................................ 6
1.1.2 Comitês científicos ...................................................................................................................................... 7
1.1.3 O papel do editor ......................................................................................................................................... 7
1.1.4 O papel do avaliador .................................................................................................................................10
1.1.5 Equipe e estrutura de apoio ..................................................................................................................10
Referências .............................................................................................................................................................12
Unidade 2: Fluxo de atividades .............................................................................................. 13
2.1 Etapas do processo editorial .....................................................................................................................13
2.1.1 A etapa de pré-submissão .....................................................................................................................13
2.1.2 A etapa de submissão ..............................................................................................................................15
2.1.3 A etapa de pós-submissão .....................................................................................................................16
Referências .............................................................................................................................................................21
4
1.1 A estrutura editorial de um periódico científico
Você, assim como eu e a maioria das pessoas desta geração, estamos envolvidos com tecnologia durante 
quase todo o tempo, concorda? Mas, e no princípio da comunicação científica, como as coisas aconteciam? 
Se você pensou/respondeu que era por cartas, acertou! No princípio da comunicação científica, os relatos 
de pesquisa eram divulgados por meio da troca de cartas entre os investigadores e atas de reuniões. 
Somente a partir do século XVII a divulgação dos achados em pesquisas passou a ser promovida por 
meio de publicação de revistas científicas, e apenas a partir do século XIX essas revistas adquiriram as 
características atuais (STUMPF, 1996). 
Desde sua criação, os periódicos científicos, cuja função é disseminar o “conhecimento novo e relevante”, passaram 
por várias transformações, seja de suporte (impresso ou digital), seja de estrutura de publicação (autores, editores, 
revisores, comitês) ou viés (acesso livre, acesso aberto, acesso restrito, submissão paga, assinatura etc).
Unidade 1: Atores envolvidos
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer os atores envolvidos no processo editorial e diferenciar 
a função de cada um.
Neste módulo, será apresentado o processo editorial, destacando quais são os atores envolvidos nesse processo, 
assim como o seu fluxo de atividades.
O módulo 2 está estruturado da seguinte forma:
O processo editorial
M
Ó
D
U
LO
2
• Unidade 1 – Atores envolvidos
• Unidade 2 – Fluxo de atividades
5
É inegável, entretanto, o fato de que, desde o surgimento das publicações científicas periódicas até o atual 
momento, as revistas científicas se constituíram como meio mais rápido e economicamente viável para os 
pesquisadores darem visibilidade aos resultados de seus estudos, e isso pode ser verificado pela quantidade 
de revistas científicas existentes. Numa reportagem publicada pelo Jornal da USP, em 2019, foi estimada 
a existência de cerca de 40 mil revistas científicas, sendo que a mais antiga, a Philosophical Transactions of 
the Royal Society of London completou, naquela data, 354 anos de existência.
Saiba mais:
Uma reflexão que tem sido feita por Bernd Frohmann questiona a função dos 
periódicos científicos colocada tradicionalmente como “gerar conhecimento novo”. 
Para o autor, essa visão clássica da comunicação científica deve ser substituída pelo 
entendimento de que o propósito desse veículo de comunicação é contribuir para 
a “construção da objetividade do mundo natural”. Acompanhe essa discussão em: 
FROHMANN, B. The role of the scientific paper in science information systems. The 
Journal of Education for Library and Information Science, v. 42, p.13-28, 2000, 
disponível aqui.
Saiba mais:
Ouça o podcast com o professor José Eli da Veiga, na Rádio USP, e leia a reportagem 
do Jornal da USP, ambos disponíveis aqui.
O que será que garantiu tamanha longevidade a esse periódico científico? Vários autores têm feito reflexões 
interessantes sobre o que pode favorecer o sucesso editorial de uma revista acadêmica. Dentre as variáveis 
possíveis, optou-se por explorar neste curso o aspecto estrutural do periódico, porque esse pode influenciar 
não só a perenidade, mas a qualidade da publicação. Dessa forma, conhecer seu funcionamento é um 
aspecto importante para o avaliador de artigos científicos que deve compreender como a atividade que ele 
exerce nesse processo se situa na estrutura editorial.
De modo provocativo, reflita sobre a pergunta feita por Piotr Trzesniak (2009):
Você já tinha pensado sobre isso? Ou já vivenciou esse tipo de situação? Pois é, e por mais incrível que 
pareça, essa não é uma realidade distante. Acontece com mais frequência do que se imagina. Conforme 
destaca Valdir Gomes (2010), as “falências editoriais” são situações conhecidas no meio editorial e possuem 
motivações diversas. 
O que acontece com a revista se o atual editor vier a faltar? Caso a resposta seja “não 
se sabe” ou, pior, “a revista para de circular”, algo precisa ser feito com muita urgência. 
(TRZESNIAK, 2009, p. 88)
https://www.academia.edu/14044819/The_role_of_the_scientific_paper_in_science_information_Systems
https://jornal.usp.br/atualidades/revista-cientifica-mais-antiga-do-mundo-completa-354-anos/
6
Para que um periódico tenha perenidade, é recomendável que não esteja vinculado apenas à vontade ou 
responsabilidade de um único pesquisador, mas tenha uma retaguarda institucional. O suporte de uma 
instituição favorece a longevidade e indica que os artigos publicados buscam atender padrões de mérito 
científico. Mesmo que determinadas tarefas sejam condensadas em uma única pessoa, em decorrência do 
pequeno porte da revista, a existência de certas atividades no processo editorial é condição básica para 
uma publicação de qualidade. 
As estruturas/atividades/instâncias ou, resumindo num único termo, os vários atores que compõem a 
estrutura de apoio ao processo de editoração são vistos de forma diferenciada. Alguns autores, como 
Pereira (2019, p.135), inserem como personagens desse processo:
a) Casa editorial;
b) Editor;
c) Editores associados; 
d) Editores de seção; 
e) Editor técnico; 
f) Editor de estilo;
g) Editor de cópias; 
h) Equipe editorial; 
i) Comitê editorial; 
j) Revisores; 
k) Autores; 
l) Bibliotecário; 
m) Secretariado; 
n) Diagramador; 
o) Empresas especializadas em estruturação de 
textos em formatos eletrônicos diversos (ASCII, 
PDF, HTML ou XML); 
p) Prestadoras de serviços editoriais.
Paraa finalidade deste curso, vamos abordar apenas cinco elementos desse processo que, em linhas gerais, 
representam as atividades e caracterizam a estrutura de funcionamento de um periódico científico.
1.1.1 Conselho Editorial
O Conselho Editorial corresponde a um grupo de pessoas que examina as questões administrativas e 
políticas do periódico e determina as diretrizes a serem seguidas. Os Conselhos são específicos de cada 
periódico e devem atuar de forma coerente com a finalidade da publicação.
 Em linhas gerais, são consideradas atribuições dessa instância:
• Discutir e aprovar as regras sobre sua própria constituição e a constituição do conselho científico, sobre 
a escolha do editor-chefe e a existência e o quantitativo de outros editores;
• Definir a política editorial, a missão e o regulamento do periódico, deliberando sobre aspectos 
relacionados à periodicidade, seções da publicação, possibilidade de números especiais, dentre outros; 
• Sugerir critérios gerais para recusa e aceitação de artigos a serem publicados e a ênfase que esses 
artigos devem ter em consonância com a missão da publicação;
• Analisar e aprovar o balanço anual e o orçamento do periódico; 
• Definir gratuidade, cobrança ou restrição para acesso ao periódico;
• Estabelecer e zelar pelo atendimento das diretrizes para a preservação de documentos e objetos digitais 
difundidos por meio do periódico (TRZESNIAK, 2001).
7
A definição de uma política editorial é um elemento estratégico para o processo editorial. Por meio dela, entre 
outras questões, define-se as diretrizes básicas do periódico, como “por que” publicar, “o que” publicar, “como” 
publicar, “quando” publicar, “quanto” publicar e “onde” publicar. Raul Rosinha admite como um conceito de 
política editorial “a arte ou ciência relativa à organização, coordenação e execução de atividades orientadas a 
comunicar, sob a forma escrita (isso, sob certos aspectos, pode ser estendido a outros tipos de comunicação), 
todo e qualquer fato de interesse de determinado(s) grupo(s) ou público(s)” (ROSINHA, 1989, p. 252).
1.1.2 Comitês Científicos
1.1.3 O papel do editor
O Comitê Científico de um periódico acadêmico é formado por um grupo de pesquisadores especialistas 
selecionados de forma a contemplar as diferentes áreas e subáreas atendidas pela publicação. Tem como 
objetivo auxiliar o editor na tomada de decisão sobre os artigos a serem publicados, o que implica atuarem 
tanto na escolha dos consultores ad hoc quanto na discussão de dúvidas sobre pareceres relacionados aos 
artigos submetidos à revista.
Esse Comitê é responsável pela uniformidade, continuidade, qualidade e rigor científico do que é publicado 
no periódico. Suas atribuições estão relacionadas a:
1 Atuar como consultores do editor no 
tocante à interpretação da política editorial; 
2 Indicar avaliadores para analisarem os 
manuscritos submetidos ao periódico;
3 Analisar os pareceres e recomendação 
sobre a rejeição ou publicação de artigos;
4 Atuar como árbitros de desempate 
quando uma contribuição tiver recebido 
pareceres antagônicos;
5 Supervisionar o processo de arbitramento 
de artigos por delegação do editor 
(TRZESNIAK, 2001).
Para a composição desse Comitê, é recomendável que seus integrantes atendam não apenas a diferentes 
subáreas, mas também representam geograficamente diversas regiões conforme o perfil da publicação. 
Segundo Trzesniak (2009), o número de integrantes do Comitê científico deve estar entre 20% e 35% 
da expectativa de submissões anuais, com um mínimo de dois pesquisadores por área ou subárea do 
conhecimento. Mas, diferente do Conselho Editorial, esse Comitê não precisa trabalhar coletivamente 
reunindo-se para deliberar sobre as matérias: os membros trabalham individualmente e interagem 
diretamente com o editor.
O editor é a pessoa responsável por fazer o periódico ser publicado dentro dos prazos previstos, zelar para 
que os artigos tenham qualidade, relevância e atendam não só aos objetivos e à política estabelecidos para 
a publicação, mas que também versem sobre temas atuais e interessantes para o leitor. É ele que gerencia 
todo o processo de produção editorial de uma revista científica. 
Uma tarefa hercúlea, não é mesmo? É muito antiga! Conforme menciona Gomes (2010):
Muito antes do surgimento das primeiras publicações científicas, é possível verificar o 
aperfeiçoamento de uma atividade que já existia desde Roma antiga, voltada, ainda de forma 
artesanal, para a organização, sistematização e difusão do conhecimento: o editor na figura 
do copista erudita, responsável pela pesquisa, preparação e reprodução caligráfica de textos 
escolhidos como importantes para o desenvolvimento cultural humano. (GOMES, 2010, p. 157)
8
O editor configura-se, portanto, como um dos pilares responsáveis por garantir a existência e qualidade 
desse veículo especializado de comunicação científica. Em virtude da importância no processo editorial, 
essa atividade pode ser compartilhada entre vários tipos de editores. Dependendo da estrutura e finalidade 
do periódico, há, por exemplo, o editor-assistente, que é o encarregado do dia a dia da publicação; o editor-
associado, que é o responsável por uma área temática dentro de um periódico que cobre mais de um campo 
de conhecimento; o editor-convidado, que é responsável por um número especial do periódico dedicado a 
um determinado tema; entre várias outras tipologias.
Nosso foco, neste tópico, será apresentar o “editor-chefe”, denominado neste curso apenas como 
editor, aquele que é o responsável pela configuração da revista e organização das edições. Essas 
tarefas compreendem várias atividades e responsabilidades ligadas, não apenas a zelar pela 
qualidade do conteúdo e buscar por bases de indexação, mas também atentar para a exogenia 
no âmbito dos autores, do corpo editorial e dos avaliadores.
No aspecto da qualidade do conteúdo, é recomendável ao editor:
Tarefas do editor-chefe. 
Fonte: CEPED/UFSC (2021).
1
Editor
1- Priorizar a 
originais e de revisão;
2 - Observ
pesquisadores dando 
ênfase a conteúdos de autor 
ia de mestres, doutores e 
pesquisadores que possuam 
estágio pós-doutoral;
3 - Zelar para que ocorra
 
a avaliação pelos pares e 
sejam observadas as 
normas previstas na 
4 - Cuidar da qualidade 
gr revista e do 
conteúdo, com a 
revisão textual e com a 
qualidade da tradução.
9
O processo editorial pressupõe que os editores 
empreendam esforços na avaliação inicial dos 
artigos que lhe são submetidos (chamada de desk 
review), na busca dos especialistas mais adequados 
para avaliá-los e na análise dos pareceres emitidos, 
buscando publicar os melhores artigos, respeitando 
nesse processo os padrões de anonimato. Nessa 
perspectiva, o papel do editor se conforma como 
um intermediário entre o autor e os avaliadores.
No tocante à disseminação da informação, o editor 
deve estar atento à periodicidade de publicação, 
ao cumprimento do número mínimo de artigos de 
cada edição, segundo os critérios estabelecidos 
pela Capes (quando essa não for de publicação 
continuada), e à indexação em bases de dados. 
Como a indexação aumenta as chances de um 
artigo ser localizado, lido e citado, é essencial que o 
editor verifique questões relacionadas ao ISSN, ao 
DOI e aos metadados para atender às exigências 
das bases e dar visibilidade à publicação. Cabe 
destacar que a indexação do periódico nas 
principais bases de dados é um parâmetro para 
avaliar a qualidade dos textos científicos.
É importante ressaltar que esse tópico do curso 
não visa esgotar o tema que, pelo que você deve ter 
percebido, envolve inúmeros aspectos do processo 
editorial. Mas um ponto importante para que você 
reconheça refere-se à questão da acessibilidade 
em artigos de periódicos digitais. A Lei 13.146, de 
2015, em seu artigo 68, preconiza sobre conteúdos 
disponibilizados em formato digital que devem 
permitir, para os deficientes visuais, a leitura 
com voz sintetizada, ampliação de caracteres e 
impressãoem braille. Essas orientações, assim 
como as Recomendações de Acessibilidade para 
Conteúdo WEB (WCAG) 2.0, da W3C, devem ser 
observadas pelo editor atento à responsabilidade 
social relativa ao acesso à informação científica.
Saiba mais:
O capítulo 4 do livro Gestão editorial de periódicos científicos: tendências e 
boas práticas, publicado em 2020, intitulado “Como pensar a acessibilidade 
em artigos de periódicos: tendências em design universal para pessoas com 
deficiência visual”, de autoria de José Carlos Rodrigues e Salete Cecília de 
Souza, trata especificamente desse tema. O livro está disponível aqui.
Antes de prosseguir, sugerimos que você recapitule o que falamos até agora. O Quadro a seguir apresenta 
um resumo dos conceitos destacados até aqui baseado no que estabelece a NBR 6021/2003, da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT):
Conselho editorial Grupo de pessoas encarregadas de elaborar as diretrizes, estabelecer 
o perfil político, filosófico e editorial de uma casa publicadora.
Comissão editorial, 
técnica ou científica
Grupo de pessoas responsáveis pela seleção de textos a serem 
publicados, que se enquadrem na política estabelecida pelo conselho 
editorial.
Editor Responsável pela direção da publicação.
Editora Casa publicadora, pessoas (s) ou instituição (ões) responsável (eis) 
pela produção editorial de uma publicação.
Definições baseadas na ABNT.
Fonte: Adaptado de Pereira (2011, p. 542).
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/208691
10
1.1.4 O papel do avaliador
1.1.5 Equipe e estrutura de apoio 
O avaliador de artigo científico é um especialista convidado para analisar um texto oriundo de pesquisas, 
que foi submetido a uma revista científica visando a publicização dos resultados. Essa análise irá se 
consolidar na emissão de um parecer, o qual indicará se há pontos que necessitam de revisão e se o artigo 
deve ou não ser publicado.
A avaliação, dentro do processo editorial, parte da premissa de que o artigo científico deve ser submetido ao 
crivo de outros pesquisadores, como forma de verificação e legitimidade, antes de ser publicado. Considera, 
para tanto, os avaliadores como indivíduos competentes na área do artigo que avaliam e que dedicam seu 
melhor esforço à atividade. Considera, também, que os especialistas que aceitam revisar um artigo o fazem 
como dever para com a comunidade científica a qual integram, assim como para alimentar seu currículo 
acadêmico.
Aqui, será tratado especificamente da atividade do avaliador, as competências necessárias para realizar uma 
boa análise e as características de uma avaliação de qualidade. Também será abordado sobre o processo 
avaliativo, conteúdo que irá lhe dar subsídios para entender como se configura essa atividade na prática. 
Por ora, ressalta-se que apenas o avaliador, nos periódicos científicos, tem sua atividade sustentada no 
modelo denominado avaliação por pares. Segundo Pereira (2019), essa modalidade de avaliação consiste 
em uma:
Além de envolver os atores mencionados, os artigos submetidos a um periódico científico precisam passar 
por outros crivos e avaliações para serem considerados adequados à publicação. Fazem parte desse 
processo:
revisão sistemática e crítica do artigo, submetido a dois ou mais membros da comunidade 
científica, selecionados por um editor visando avaliar a originalidade, clareza metodológica, o 
significado e alcance das conclusões, o grau em que as evidências apresentadas sustentam 
as conclusões dadas e a atribuição apropriada das fontes originais consultadas. 
1 A revisão de redação, de português ou 
idioma estrangeiro; 
2 A adaptação do texto e das ilustrações ao 
estilo da publicação; 
3 A revisão estatística;
4 A normalização, adequação dos trabalhos 
aos padrões estéticos da revista etc.
Todo esse processo tem o objetivo de padronizar o artigo conforme as normas da publicação. Muitas dessas 
atividades são realizadas apenas nos periódicos de grande porte que dispõem de equipe apta à realização 
dessas tarefas, como por exemplo, o Periódico CAPES. Nas estruturas de menor porte, algumas dessas 
atividades, ou não são feitas, ou são realizadas por poucas pessoas que acumulam várias atribuições. 
Os integrantes da equipe de apoio de uma revista científica desempenham, portanto, funções voltadas aos 
procedimentos técnicos necessários para a diagramação e publicação dos textos aprovados. A realização 
de procedimentos técnicos representa a etapa de preparação do artigo para sua divulgação e também o 
preparo do meio pelo qual esse será divulgado. Isso inclui, em alguns casos, a definição do projeto gráfico, 
a diagramação e a elaboração da capa da edição que podem ser feitos, em algumas revistas, por empresas 
especializadas. Nessa fase do processo, o editor, ou os editores adjuntos, organizam o sumário e preparam 
a seção editorial. (RODRIGUES et al., 2015)
11
Também fazem parte da equipe de apoio os profissionais responsáveis pelos procedimentos tecnológicos, 
como aqueles que executam operações de software, manutenção das publicações online, desenvolvendo 
tarefas relacionadas à recuperação da informação por usuários, uma vez que integra o processo de 
editoração a existência de softwares específicos para a submissão e acompanhamento dos artigos.
Com esse tópico, terminamos a apresentação do conteúdo selecionado para esta unidade. Parabéns! Para 
seguir com seus estudos, continue a leitura da próxima unidade.
12
Referências
BRASIL, 2015, Lei n. 13.146, de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com 
Deficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/
lei/l13146.htm.
GOMES, Valdir Pereira. O editor de revista científica: desafios da prática e da formação. Inf.
Inf., Londrina, v.15, n.1, p.147-172, jan./jun.2010. DOI 10.5433/1981-8920.2010v15n1p147
PEREIRA, Juan Carlos Debali da Cunha. Processo editorial de periódicos científicos. 
(Mestrado em Ciência da Informação) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 
175 p. 2019. 
PEREIRA, Maurício Gomes. Artigos científicos: como redigir, publicar e avaliar. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan; 2011.
RODRIGUES, Rosângela Schwarz; QUARTIERO, Emanoel; NEUBERT, Patrícia. Periódicos 
científicos brasileiros indexados na Web of Science e Scopus: estrutura editorial e elementos 
básicos. Informação & Sociedade: Estudos,[S. l.], v. 25, n. 2, p. 138, 2015. Disponível em: 
https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/ies/article/view/117. 
ROSINHA, Raul C. Política editorial, aspectos a considerar. R. Biblioteconomia. Brasília, 
17 (2), p. 249-258, jul/dez 1989. Disponível e: https://brapci.inf.br/_repositorio/2011/07/
pdf_082340925f_0017733.pdf.
STUMPF, Ida Regina Chitto. Passado e futuro das revistas científicas. Ciência da Informação, v. 
25, n.3, 1996 . Disponível em http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/637/641.
TRZESNIAK, Piotr. A estrutura editorial de um periódico científico. In: A. A. Z. P. Sabadini,M. 
I. C. Sampaio, & S. H. Koller (Orgs.), Publicar em psicologia: um enfoque para a revista 
científica (pp. 87-102). São Paulo: Associação Brasileira de Editores Científicos de Psicologia; 
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. 2009. Disponível em: https://
www.researchgate.net/publication/233401784_A_estrutura_editorial_de_um_periodico_
cientifico?channel=doi&linkId=0912f50a40e800bf67000000&showFulltext=true.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
https://brapci.inf.br/_repositorio/2011/07/pdf_082340925f_0017733.pdf
https://brapci.inf.br/_repositorio/2011/07/pdf_082340925f_0017733.pdf
https://www.researchgate.net/publication/233401784_A_estrutura_editorial_de_um_periodico_cientifico?
https://www.researchgate.net/publication/233401784_A_estrutura_editorial_de_um_periodico_cientifico?
https://www.researchgate.net/publication/233401784_A_estrutura_editorial_de_um_periodico_cientifico?
132.1 Etapas do processo editorial
2.1.1 A etapa de pré-submissão
O processo editorial não se inicia apenas a partir da submissão de um artigo em um periódico científico 
para fins de publicização. Antes, esse processo tem seu início na fase de desenvolvimento da pesquisa e 
se encerra com a publicação do manuscrito, seja em suporte impresso ou digital. Para publicar, é preciso 
pesquisar! Por meio da publicação se dissemina o conhecimento gerado e são alimentadas as métricas de 
desempenho, tanto individuais quanto institucionais.
Há várias maneiras de descrever o processo de publicação de um artigo científico. Para fins didáticos, 
vamos apresentar, ao longo do estudo, as etapas do processo editorial divididas em três momentos: o de 
pré-submissão, o de submissão e o de pós-submissão.
Independente do tipo de pesquisa, da área de conhecimento e da comunidade científica a que o pesquisador 
esteja vinculado, alguns aspectos são comuns em qualquer processo editorial. Um aspecto que importa 
destacar se refere à tipologia do artigo a ser produzido. Isso porque a redação do artigo irá refletir uma 
característica da pesquisa realizada que está relacionada ao propósito da investigação conduzida pelo autor.
Phelan, Ferreira e Salvador (2002) classificam os artigos científicos em teóricos, empíricos ou estudos de 
caso. Essa tipologia pode influenciar o processo de publicação, uma vez que há periódicos (principalmente 
os internacionais) que priorizam a publicação de apenas um tipo de artigo ou apresentam restrições por 
tipologia. Há revistas americanas da área de administração, por exemplo, que não publicam estudos de 
caso; outras, como o Academy of Management Journal, assumem a sua preferência por artigos empíricos; 
e outras, como o Academy of Management Review, restringem sua publicação a artigos teóricos. (SERRA; 
FIATES; FERREIRA, 2008; SERRA; FERREIRA, 2015). 
É importante notar que enquanto se situa na etapa de desenvolvimento da pesquisa, o processo editorial 
envolve apenas um personagem, ou seja, o autor. Contudo, a partir da decisão de publicar os achados 
da investigação, outros personagens são inseridos no processo, uma vez que a redação do artigo será 
influenciada pelas diretrizes estabelecidas pelo periódico. 
Assim, nesta etapa de pré-submissão, as atividades, escolhas e preferências são originárias das decisões 
do pesquisador, e um dos questionamentos que se apresenta a eLe no papel de autor se refere a “onde 
publicar?”. Essa decisão irá influenciar todo o processo avaliativo já que o artigo deve estar alinhado com a 
linha editorial do periódico e pode ser recusado por não se enquadrar no escopo da publicação escolhida.
Unidade 2: Fluxo de atividades
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer o fluxo de atividades do processo editorial.
14
Etapa de pré-submissão. 
Fonte: CEPED/UFSC (2021).
A escolha de uma revista inapropriada pode encurtar o processo de submissão levando a uma rejeição logo 
no início. Nesse sentido, a seleção de onde publicar deve considerar a missão do periódico, o público-alvo 
a que se destina e o escopo de artigos que a publicação aceita, pois nem todo artigo é adequado para toda 
revista. Deve considerar também o tipo do periódico no qual se deseja publicar, se de acesso aberto ou não.
Saiba mais:
O Directory of Open Access Journal (DOAJ) é um diretório online que 
disponibiliza a relação de periódicos científicos de livre acesso com o 
objetivo de aumentar a visibilidade, acessibilidade, reputação, uso e impacto 
de periódicos de pesquisa acadêmica de acesso aberto, revisados e de 
qualidade, independentemente da área geográfica ou idioma. Para acessá-
lo, clique aqui.
A redação do artigo deverá, portanto, ser orientada pelas diretrizes do periódico escolhido. Essas diretrizes 
envolvem vários aspectos que vão desde atender às especificações do formato do documento (Word, PDF, 
número de páginas, tamanho e tipo de letra e espaçamento etc.) até a observar alguns pré-requisitos, como 
ser original e inédito, por exemplo.
Um elemento importante na seleção da revista científica para a publicação do artigo se refere à sua 
periodicidade, o que pode fazer com que um manuscrito demore de alguns meses a mais de um ano para ser 
publicado. Dependendo do tipo de achado de pesquisa a ser publicizado, esse tempo pode comprometer o 
ineditismo e a atualidade dos resultados a serem divulgados. 
O idioma utilizado na redação do artigo também é fator que impacta a sua visibilidade junto à comunidade 
científica. Alguns periódicos, por exemplo, exigem que os artigos aprovados para publicação, além do 
original em língua portuguesa, também sejam submetidos em inglês. 
https://doaj.org/
15
2.1.2 A etapa de submissão
O processo de submissão do artigo científico a um periódico consiste no envio do texto ao editor da revista 
para ser avaliado por especialistas com a finalidade de publicação. Vamos abordar, neste curso, a submissão 
do artigo a um periódico veiculado em suporte digital. Essa modalidade implica o acesso a uma plataforma 
disponibilizada na web, por meio do uso de login e senha e a inserção do documento obedecendo algumas 
etapas. Esse procedimento tem sido facilitado devido ao fato de muitos periódicos terem adotado o mesmo 
sistema de gerenciamento, o Open Journal System (OJS), sistema online gratuito e sem fins lucrativos para 
submissão de manuscritos.
Etapa de Submissão. 
Fonte: CEPED/UFSC (2021).
A submissão de um artigo a um periódico implica o aceite e atendimento automático de algumas condições. 
Essas irão variar conforme a política editorial, mas, de maneira geral, essas condições versam sobre:
O direito autoral: 
quando o autor assegura sua responsabilidade 
sobre o conteúdo;
 
O tipo de divulgação e condição de disseminação 
da informação: 
se o acesso ao artigo pelo leitor será em formato 
aberto, licenciado sob uma Licença Creative 
Commons, ou será restrito mediante pagamento 
ou assinatura;
A gratuidade ou não da submissão: 
tanto as revistas de acesso restrito quanto as 
de acesso aberto podem cobrar uma taxa para a 
submissão do manuscrito com o objetivo de auxiliar 
a financiar a administração editorial;
 
O anonimato na avaliação: 
condição relativa à política de privacidade adotada, 
na qual os artigos são enviados aos avaliadores 
sem identificação de autoria e a identificação dos 
avaliadores também não é revelada aos autores.
16
Saiba mais:
Você sabe o que é uma Licença Creative Commons? De forma simplista 
podemos defini-la como um tipo de licença que possibilita o compartilhamento 
e uso da obra de outro autor. Mas o projeto é muito mais do que isso! Saiba 
mais sobre essa iniciativa acessando o livro “O que é Creative Commons? 
novos modelos de direito autoral em um mundo mais criativo”, publicado por 
Sérgio Branco e Walter Britto, em 2013, disponível aqui.
2.1.3 A etapa de pós-submissão
Selecionado o periódico, é submetido o artigo por meio da plataforma, um longo caminho se inicia e você, como 
avaliador, é um dos atores que dará legitimidade a esse processo que compreende as seguintes atividades:
a) Avaliação inicial do artigo
A primeira atividade que ocorre após a submissão é a averiguação se o texto se enquadra no perfil do 
periódico escolhido. Essa atividade, que é o primeiro filtro do processo editorial, é desempenhada pelo editor 
assessorado, quando necessário, por outros editores ou membros do corpo editorial. Essa é uma etapa 
importante, pois o artigo pode ser rejeitado logo no início do processo caso seja considerado inadequado 
ou de baixa prioridade. 
No caso de estar coerente com a linha do periódico, é feita, em seguida, uma avaliação superficial de sua 
qualidade, que também pode levar à rejeição do artigo caso seja identificado algum problema metodológico 
evidente ou verificado que o artigo não atendeu a algum requisito preestabelecido como condição para 
aceite da submissão. Como isso se configura na prática? Veja o exemplo práticodessa situação, listado a 
seguir e apresentado por Pereira (2011, p. 537): 
Tipos de artigos inadequados para publicação em periódicos clínicos gerais:
Editores da Revista da Associação Médica Brasileira (JAMA) raramente aceitarão artigos com as 
seguintes características:
1 Relatos de pesquisa básica (in vitro ou in vivo), 
de desenvolvimento de modelos matemáticos 
ou sobre temas muitos especializados; 
2 Textos opinativos não encomendados pelo 
editor, exceto se contiverem comentários sobre 
investigação publicada em número anterior recente;
3 Dissertações e teses se o autor não as 
adaptar para artigo científico; 
4 Artigos que não revelem algo de novo, 
assim como textos muito semelhantes a 
outros já publicados pelo mesmo autor;
5 Relatos de estudos que utilizaram 
método pouco elaborado, dentre os quais 
pesquisa sem grupo-controle e diretrizes 
baseadas em opinião de peritos em lugar 
de fundamentadas em rigorosas evidências 
científicas.
https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/11461/O%20que%20%c3%a9%20Creative%20Commons.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
17
b) Avaliação por especialistas
Ultrapassada a primeira triagem, o artigo passa à categoria de “potencial candidato à publicação”, sendo 
enviado para a avaliação por especialistas, ou seja, por você, avaliador de artigo científico! Esse processo 
tem como propósito averiguar a qualidade do material submetido e visa subsidiar o editor na decisão sobre 
a publicação, ou não, do artigo.
A atividade de avaliação pode conter variantes, como a possibilidade de o próprio autor ser solicitado a 
fornecer nomes de especialistas para atuarem como árbitros, ou o texto ser analisado por um estatístico, 
caso haja indicação para isso.
Dessa etapa podem advir três indicações:
- aprovação;
- aprovação com ajustes; ou 
- rejeição. 
No caso da aprovação por ajustes é possível que o ciclo de avaliação se repita, voltando o artigo para os 
avaliadores após as intervenções do autor. Também pode ocorrer do artigo retificado ser encaminhado a outra 
instância desse processo para que seja feita a certificação de que os ajustes solicitados foram realizados.
É importante destacar que a avaliação de artigos científicos, embora apresente certo teor de subjetividade, está 
centrada em critérios objetivos. Esses critérios encontram-se presentes nas diretrizes formuladas para orientar 
o processo e nos formulários que o editor encaminha aos avaliadores a fim de orientar a análise do manuscrito. 
Saiba mais:
Veja o exemplo de um formulário avaliativo apresentado por Serra e Ferreira 
(2015), clicando aqui.
c) Comunicação do resultado
Reunidos os pareceres dos avaliadores, é tomada a decisão final pelo editor. Essa decisão é comunicada 
ao autor, acompanhada de cópia, transcrição ou síntese dos pareceres, na qual constam a decisão, as 
observações e as recomendações. Deve-se cuidar para que essa comunicação ocorra de forma adequada, 
principalmente quando implicar aprovação com ressalvas ou rejeição. Observe a imagem a seguir e reflita 
sobre a importância de uma comunicação adequada!
https://www.researchgate.net/publication/349516069_Proposta_de_um_Modelo_para_o_Instrumento_de_Avaliacao_pelos_Pareceristas
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Comunicar-se ou não. 
Fonte: CEPED/UFSC (2021).
Caso o parecer indique a necessidade de revisão do manuscrito, essa comunicação desencadeará o processo 
de realização das correções pelo autor, posterior verificação da incorporação das mudanças sugeridas 
pelo editor, avaliadores ou equipe, procedimento que ocorre de forma particular a cada revista científica 
conforme parecer exarado ou estrutura de funcionamento. Não havendo retificações a serem feitas, ou 
o parecer tendo indicado a recusa do manuscrito, o processo editorial se encaminha para o encerramento 
após a comunicação do resultado ao autor.
d) Edição de textos e editoração
Aprovado o texto sem ressalvas, ou com as intervenções solicitadas feitas pelo autor, o manuscrito é 
encaminhado pelo editor para o editor de textos, que fará a revisão ortográfica e gramatical. Depois, o 
artigo vai para a editoração, quando será diagramado dentro dos padrões da revista.
e) Publicação
Considerada a última etapa do processo editorial, a publicação implica a disponibilização do artigo científico 
para acesso pelos leitores. Esse processo, denominado Ahead of Print (AOP), implica a montagem de 
uma edição observada a aprovação de um número predeterminado de artigos, além da periodicidade de 
publicação da revista. Dependendo do perfil do periódico científico, o processo editorial, considerado da 
submissão à publicação do artigo, pode girar em torno de alguns meses a mais de um ano, conforme 
comentado anteriormente. Entretanto, um movimento que tem ganhado forças no Brasil desde 2016 – 
denominado Publicação Contínua (ou em Fluxo Contínuo) – vem contribuindo para a rapidez no processo de 
comunicação ao possibilitar a publicação de artigos sem a necessidade de esperar a composição completa 
dos fascículos ou de edições seriadas.
19
Aprovação dos artigos
Aprovação da publicação dos artigos avaliados pelos pares pelo editor-chefe e pelo comitê de redação.
Avaliação pelos pares
Encaminhamento dos originais aos avaliadores para emissão de parecer quanto a publicação.
Avaliação da submissão
Avaliação prévia dos artigos para verificar a adequação do artigo ao periódico.
Saiba mais:
A Publicação Contínua (ou em Fluxo Contínuo) é um método de publicação 
online que possibilita que os periódicos não acumulem artigos já aprovados à 
espera da composição e diagramação de um próximo número de uma revista 
científica. Sua finalidade é acelerar os processos de comunicação das pesquisas, 
contribuindo para a disponibilização imediata para fins de leitura e citação. 
Conheça o Guia para Publicação Contínua, editado pela Scielo, clicando aqui.
Acesse também o artigo publicado por Abel Packer (PACKER, A. et al. 
Acelerando a comunicação das pesquisas: as ações do SciELO [online]. SciELO 
em Perspectiva, 2016) disponível aqui.
Cabe ressaltar que a modalidade de Publicação Contínua pode ser adotada por qualquer periódico, não 
sendo indicada, contudo, para as revistas que precisam manter um periódico impresso devido à necessidade 
da paginação clássica dos artigos dentro de uma edição.
Voltando a falar das etapas do processo editorial, você pode visualizá-las como um fluxo de atividades. 
Independente do suporte, o fluxo editorial de um periódico científico tem apresentado ao longo do tempo 
as mesmas funções com pequenas variações.
Submissão de artigos
Envio de originais pelos autores para avaliação pelo periódico.
Edição de Layout
Produção gráfica e diagramação dos artigos conforme o padrão adotado pelo periódico.
Edição de Texto
Após aprovação dos artigos: revisão, normalização e tradução dos textos.
Publicação
Disponibilização da edição final.
Etapa 1
Etapa 2
Início
Etapa 3
Etapa 4
Etapa 5
Etapa 6
http://old.scielo.org/local/Image/guiarpass.pdf
https://blog.scielo.org/blog/2016/03/10/acelerando-a-comunicacao-das-pesquisas-as-acoes-do-scielo/
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Esse fluxo pode ser apresentado, por exemplo, como um rol de atividades realizadas sequencialmente 
envolvendo os atores do processo e as funções desempenhadas em cada etapa. Observe abaixo:
Fluxo do processo editorial – atividades por atores. 
Fonte: CEPED/UFSC (2021), baseado em: https://revistas.ufpr.br/wp/fluxo-editorial/.
Com esse tópico, você termina a apresentação do conteúdo selecionado para esta unidade. Qualquer 
dúvida, retorne ao texto!
https://revistas.ufpr.br/wp/fluxo-editorial/
21
Referências
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bireme.org/wp-content/blogs.dir/2/files/2013/08/Como-avaliar-artigo-cientifico_2013.pdf.
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dicas para a publicação. Revista de Gestão e Secretariado,São Paulo, v. 5, n. 2, p. 01-22, mai./
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https://www.researchgate.net/publication/233401784_A_estrutura_editorial_de_um_periodico_cientifico?channel=doi&linkId=0912f50a40e800bf67000000&showFulltext=true
	Unidade 1: Atores envolvidos
	1.1.1 Conselho Editorial
	1.1.2 Comitês científicos
	1.1.3 O papel do editor
	1.1.4 O papel do avaliador
	1.1.5 Equipe e estrutura de apoio 
	Referências
	Unidade 2: Fluxo de atividades
	2.1 Etapas do processo editorial
	2.1.1 A etapa de pré-submissão
	2.1.2 A etapa de submissão
	2.1.3 A etapa de pós-submissão
	Referências

Outros materiais