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GEOGRAFIA - HIDROGRAFIA

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Unidade
1
Unidade
6
Noções básicas 
de Hidrografia
 Hidrografia
O estudo da hidrosfera, que cor-
responde às porções líquidas que 
envolvem parcialmente a superfície 
deste planeta, é realizado pela Hi-
drografia (do grego hidro: 'água' e gra-
phein: 'descrever'), ciência que analisa 
as características gerais e a distribui-
ção espacial das grandes extensões 
de água no globo terrestre. Divide-se 
em três ramos, dedicados a partes 
específicas da hidrosfera: a Limno-
grafia, que estuda os lagos e as re-
presas; a Oceanografia, que trata dos 
mares e oceanos; e a Potamografia, 
que se ocupa dos rios.
A distribuição da água na superfície terrestre é irregular, e seu uso indiscriminado pode promover proble-
mas relacionados à escassez absoluta (redução do volume de água) e escassez relativa (alteração da qualida-
de da água em determinada região). Veja o gráfico da distribuição da água na superfície terrestre e o mapa da 
escassez da água na superfície terrestre. 
Grau de disponibilidade de água doce por habitante
Ministério do Meio Ambiente. Agência Nacional de Águas, 2016. Acesso em: 28 out. 2016.
0°
Trópico de Câncer
Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
Trópico de Capricórnio
Equador
Círculo Polar Ártico
N
2175
km
0
Catastroficamente baixa
Muito baixa
Baixa
Média
Alta
Muito alta
 Objetivo(s)
• Perceber a 
importância da 
Hidrografia e as 
subáreas da ciência 
(Limnografia, 
Oceanografia e 
Potamografia). 
• Entender o ciclo 
hidrológico e o 
perfil transversal de 
um rio. 
• Identificar as bacias 
hidrográficas 
brasileiras e 
suas principais 
características 
naturais, sociais e 
econômicas.
• Entender a 
disponibilidade dos 
recursos hídricos no 
Brasil
• Aprofundar a 
discussão em torno 
das características 
das bacias 
hidrográficas do 
Brasil, assim como 
dos aquíferos 
Guarani e Alter do 
Chão. 
Distribuição da água na superfície terrestre
Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/>. Acesso em 28 out. 2016.
2,5%
Água doce
68,9%
Calotas polares
e geleiras
97,5%
Água salgada
29,9%
Água subterrânea
0,3%
Rios e lagos 0,9%
Outros
reservatórios
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Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Diferentes fatores podem estar envolvidos 
no surgimento de um rio; na maioria das vezes, 
porém, a origem das águas fluviais está inserida 
num processo de transformações contínuas de-
nominado ciclo da água, ou ciclo hidrológico.
Nesse processo, a água pluvial que se infil-
tra no solo das áreas mais elevadas de um ter-
reno, atraída pela força gravitacional, desloca-se 
em profundidade até encontrar uma camada de 
rochas impermeáveis, onde então se forma um 
lençol freático. Nos pontos onde essas rochas 
afloram à superfície, a água acumulada no lençol 
freático começa a brotar: nasce o rio.
Os rios, ou cursos fluviais, sempre foram (e 
são até hoje) um dos mais importantes recursos 
para a sobrevivência da humanidade.
Além disso, os rios também são muito importantes pelo fato de serem usados, em diversas regiões, como 
vias naturais de circulação, ao longo das quais as embarcações se deslocam com mercadorias e pessoas; e, 
ainda, por sua utilização na produção de energia hidrelétrica, sem esquecer a exploração da pesca como fonte 
de alimento e lazer.
O objetivo maior da Potamografia (do grego potamos: 'rio' e graphein: 'escrever') é, sem dúvida, compreen-
der como o homem se apropria dos rios, dando a eles uso econômico, seja por meio da navegação ou da 
irrigação dos solos agrícolas, seja por meio da pesca, do lazer, do turismo ou da produção de energia elétrica.
A distribuição dos cursos d’água pela superfície de um lugar se faz sempre de acordo com determinada 
hierarquia, em que filetes de água das áreas mais elevadas vão se unindo a outros e levando um volume cada 
vez maior de água até outro curso localizado em altitude menor e de porte médio. Este, por sua vez, descar-
rega toda a sua água em um rio situado em altitude ainda menor e de maior porte, e assim sucessivamente, 
até que o rio termine em um lago interior, ou no oceano, o que é mais comum. Essa hierarquia compõe o que 
se denomina rede hidrográfica, que corresponde ao conjunto de rios que drenam as águas de determinada 
região. 
As bacias da superfície terrestre, que abrangem áreas que variam de alguns poucos quilômetros quadra-
dos até a escala de milhões de quilômetros quadrados, são separadas umas das outras pelas linhas de maior 
altitude do relevo: os divisores de águas.
Nesse corte, as águas se deslocam da nascente, na parte mais alta do relevo, em direção à foz, na parte 
de menor altitude, onde fica o nível de base do rio. Na parte mais próxima da nascente, onde o volume de água 
em geral é menor, está o alto curso, ou curso superior.
Próximo à foz (ou desembocadura) está o baixo curso, ou curso inferior, que é onde o rio apresenta o 
máximo volume de água. O trecho localizado entre esses dois extremos, no qual a água apresenta volume 
intermediário, denomina-se curso médio.
Utilizando qualquer ponto no curso de um rio e a divisão do seu eixo em duas partes, encontra-se sua 
montante (em direção à nascente) e sua jusante (em direção à foz).
Montante Jusante
Curso inferiorCurso superior
Estuário
Delta
Foz
Nascente
Alto curso
Curso médio
Baixo curso
Diagrama do curso de um rio
Organizado pelo Autor.
Evaporação
do oceano Evaporação
do solo
Escoamento
Oceano
Infiltração
Condensação e
precipitação
Condensação
Evaporação dos lagos, rios, etc.
Transpiração da vegetação
Ciclo hidrológico
Disponível em: <portaldoprofessor.mec.gov.br/>. 
Acesso em: 28 out. 2016.
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Anotações
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dependendo da forma como um rio desemboca em outro, num lago, mar ou oceano, sua foz pode ser 
classificada como:
• Foz em estuário: as águas fluviais desembocam por um único canal, sem encontrar obstáculos na 
descarga de seu fluxo. Esse tipo de foz é comum em rios de planalto: graças à maior declividade, eles 
apresentam grande velocidade de deslocamento e maior capacidade de carga, levando os materiais 
transportados até grandes distâncias no desaguadouro.
• Foz em delta: as águas fluviais desembocam por um leque de inúmeros canais, que contornam as várias 
ilhas resultantes da sedimentação do próprio rio. Esse tipo de foz é comum em rios de planície: por cau-
sa da pequena declividade, eles apresentam menor velocidade de deslocamento e pequena capacidade 
de carga, por isso, ao encontrarem resistência na foz, lá depositam continuamente os materiais trans-
portados, o que dá origem às ilhas. 
• Foz mista (observa-se apenas no rio Amazonas): além da foz em delta, típica dos rios de planície, esse 
rio apresenta um estuário, pois seu volume de água (o maior do mundo) lhe dá grande força de desloca-
mento. Assim, parte das águas escoa pelo delta a oeste da ilha de Marajó, e parte escoa pelo estuário 
ao sul da ilha.
O curso do rio define seu tipo de drenagem, que pode ser:
• endorreica: o rio corre para dentro do continente;
• exorreica: o rio corre para fora do continente;
• arreica: o rio não possui direção certa; simplesmente desaparece por evaporação ou por infiltração, 
como acontece em rios de deserto.
Com relação à ação dos rios na movimentação dos materiais do seu leito e das suas margens, é funda-
mental observar que a análise deve ser feita em três etapas: erosão, transporte e sedimentação.
Entre as várias características dos rios, algumas se destacam em relação às outras. Éo que acontece, 
por exemplo, com o regime dos rios, que corresponde ao seu sistema anual de cheias e vazantes, de extrema 
importância quando se analisam as possibilidades econômicas de uma bacia hidrográfica.
Regime de um rio
Regime térmico
Tipo Clima Cheias Rio
Glacial
Congelamento de 4 a 6 meses e degelo 
no verão
Cheias violentas, que 
provocam inundações
Mackenzie 
(Canadá)
Nival Precipitação nival de inverno Cheias de primavera
Reno 
(Alemanha)
Regime pluvial
Tipo Clima Cheias Rio
Equatorial
Chuvas intensas o ano todo, sem estação 
seca
Grande volume de água, com 
pequena variação no ano
Amazonas 
(Brasil)
Tropical
Duas estações: verão chuvoso e inverno 
seco 
Cheias de verão e vazantes 
de inverno
Paraná 
(Brasil)
É fundamental conhecer as razões geradoras dessa variação, a fim de que possam ser elaboradas previ-
sões do que ocorrerá com o rio e com o que dele depende, de modo que se possa interferir para evitar (ou pelo 
menos diminuir) os reflexos de eventuais problemas relacionados a uma cheia catastrófica ou a uma vazante 
muito acentuada.
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Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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De forma geral, existem dois grandes grupos de regime fluvial. Um deles está diretamente relacionado às 
variações de temperatura em certas áreas: o declínio térmico causa precipitação de neve, enquanto em outras 
a elevação das temperaturas causa degelo. Em ambos os casos, o nível das águas dos rios dessas áreas pode 
subir, causando cheias. O outro tipo de regime é o que está relacionado à precipitação das chuvas e à sua dis-
tribuição durante o ano.
Veja a seguir o mapa com algumas das principais bacias hidrográficas do mundo. 
0°
Trópico de Câncer
Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
Trópico de Capricórnio
Equador
1
2
3
4
6
7
26
12
10
11
25
24
13 14
16 17
18
22
2023
19
21
15
98
5
Círculo Polar Ártico
1. Yukon
2. Mackenzie
3. Nelson
4. Mississípi
5. St. Lawrence
América do Norte
8. Níger
9. Lago Chade
10. Congo
11. Nilo
12. Zambeze
26.Orange
24. Eufrates e Tigre
África e Ásia ocidental
13. Volga
14. Ob
15. Ienissei
16. Lena
17. Kolyma
18. Amur
19. Ganges e 
 Brahmaputra
20. Yang-tse
21. Murray Darling
22. Hsung-ho
23. Indo
Ásia e Austrália
6. Amazônia
7. Platina
América do Sul
25. Danúbio
EuropaN
2310
km
0
Bacias hidrográficas no mundo 
FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico. São Paulo: Moderna, 2014. (Adaptado.)
 As bacias hidrográficas brasileiras
As características naturais do Brasil, especialmente aque-
las relacionadas com a sua paisagem climática, favorecem a 
presença de enorme riqueza hidrográfica. Por ter mais de 90% 
de seu território na faixa intertropical do planeta, observa-se 
no Brasil a predominância de climas quentes e úmidos. Esses 
climas, associados à influência de massas de ar oceânicas 
úmidas, provocam precipitações intensas, razão principal de 
nossa riqueza fluvial.
As características dos rios brasileiros são:
• Não possuem lagos tectônicos, apenas lagoas de várzea 
e costeiras.
• Os rios brasileiros são de regime pluvial, menos o Ama-
zonas, que é parcialmente mantido pelo derretimento da 
neve dos Andes.
• Todos os rios são exorreicos.
• No Sertão, os rios são temporários; no restante do país, os 
rios são perenes.
• Predomínio de rios de planalto. 
• Em sua totalidade, o Brasil apresenta nove bacias hidro-
gráficas.
Bacias hidrográficas do Brasil
Equador
Trópic
o de Cap
ricórnio
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
R. Negro
R. Solim
ões
R. 
Amazonas
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R. Grande
R. Tietê
Bacia do Paraguai
Bacia do Uruguai
Bacia Amazônica
Bacia do Paraná
Bacia do Tocantins-Araguaia
Bacia do São Francisco
Bacias Secundárias ou Agrupadas do Nordeste
Bacias Secundárias ou Agrupadas do Leste
Bacias Secundárias ou Agrupadas do Sudeste e Sul
Bacia do Prata
N
745
km
0
FERREIRA, Graça Maria Lemos. 
Atlas geográfico. São Paulo: Moderna, 2014. 
(Adaptado.)
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Anotações
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bacia Amazônica
A bacia Amazônica, de maneira geral localizada em uma região de planície, possui cerca de 25 000 km de 
rios navegáveis, que possibilitam o desenvolvimento do transporte hidroviário.
Com largura média de 5 quilômetros, possui 7 mil afluentes, além de diversos cursos de água menores e 
canais fluviais criados pelos processos de cheia e de vazante.
A bacia Amazônica, a maior bacia hidrográfica do mundo, tem sua maior parte (3 869 953 km²) no território 
brasileiro.
O principal rio da bacia 
hidrográfica Amazônica é o 
Amazonas. Esse rio tem suas 
origens no Peru, onde recebe 
o nome de Vilcanota e, poste-
riormente, os nomes de Ucaia-
li, Urubamba e Marañon. So-
mente quando entra no Brasil 
passa a chamar-se Solimões e, 
após o encontro com o rio Ne-
gro, perto de Manaus, recebe o 
nome de Amazonas.
A navegação é importante 
nos grandes afluentes do rio 
Amazonas, como o Madeira, 
o Xingu, o Tapajós, o Negro, o 
Trombetas e o Jari. No ano de 
1997, foi inaugurada a hidrovia 
do rio Madeira, que opera de 
Porto Velho até Itacoatiara, no Amazonas. Com 1 056 km de extensão, por essa hidrovia é feito o escoamento 
da maior parte da produção de grãos e minérios da região.
Na atualidade, existe a polêmica em torno da usina de Belo Monte, na bacia do rio Xingu (afluente do rio 
Amazonas).
Com a instalação na região conhecida como Volta Grande do rio Xingu, no Pará, a usina de Belo Monte 
deve ser a terceira maior do mundo em capacidade instalada, atrás apenas das usinas de Três Gargantas, na 
China, e da binacional Itaipu, na fronteira do Brasil com o Paraguai. De acordo com o governo brasileiro, essa 
usina terá uma capacidade total instalada de 11 233 megawatts (MW), mas com garantia assegurada de ge-
ração de 4 571 MW, em média.
O custo total da obra deve ser de R$ 19 bilhões, o que torna o empreendimento o segundo mais custoso 
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), atrás apenas do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro, 
orçado em R$ 34 bilhões. A usina iniciou suas operações em maio de 2016, mas as obras devem ser finaliza-
das em 2019. Uma das grandes vantagens da usina de Belo Monte, de acordo com o governo, é o preço com-
petitivo da energia produzida lá. Além disso, Belo Monte deve gerar 18 mil empregos diretos e 23 mil indiretos 
e deve ajudar a suprir a demanda por energia do Brasil nos próximos anos, ao produzir eletricidade para suprir 
26 milhões de pessoas com perfil de consumo elevado.
Entre os grupos contrários à instalação de Belo Monte estão ambientalistas, membros de grupos reli-
giosos, representantes de povos indígenas e ribeirinhos e analistas independentes. Além disso, o Ministério 
Público Federal ajuizou uma série de ações contra a construção dessa usina, apontando supostas irregularida-
des. Além das questões ambientais, alguns críticos afirmam que a usina de Belo Monte poderá ser ineficiente 
em termos de produção de energia, por causa das mudanças de vazão no rio Xingu ao longo do ano. Segundo 
ambientalistas,dependendo da estação do ano, a vazão do rio Xingu pode variar entre 800 e 28 mil metros 
cúbicos por segundo, o que faria Belo Monte produzir apenas 39% da energia a que tem potencial por sua 
capacidade instalada.
OCEANO
PACÍFICO OCEANO
ATLÂNTICO
Trópico de Capricórnio
N
535
km
0
Equador
Rio
 Amazona
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Rio Solimões
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Bacia do rio Amazonas
BOLÍVIA
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VENEZUELA
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Bacia hidrográfi ca Amazônica
IBGE. Atlas geográfi co escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. (Adaptado.)
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Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bacia do São Francisco
O rio São Francisco, também conhecido como Velho Chico, possui características bastante marcantes. 
Além do seu potencial hidrelétrico, muito utilizado, exerce grande influência na economia da região que per-
corre, pois permite a atividade agrícola em suas margens e oferece condições para a irrigação artificial de 
áreas mais distantes, muitas delas semiáridas.
A bacia do São Francisco, em suas características gerais, possui área de 638 576 km2 de extensão. O seu 
principal rio é o São Francisco, com 2 700 km de extensão. Analisando seu curso, o São Francisco é o maior rio 
totalmente brasileiro.
O "Velho Chico" percorre cinco estados: Minas 
Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
Os seus principais afluentes perenes são os 
rios Cariranha, Pardo, Grande e Das Velhas. Seu 
maior trecho navegável se encontra entre as ci-
dades de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA), com 
1 371 km de extensão. O potencial hidrelétrico do 
rio é aproveitado principalmente pelas grandes 
usinas de Xingó e Paulo Afonso.
Atualmente, vários ministérios acompanham 
o projeto de transposição do rio, além do Comi-
tê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – 
formado pela sociedade civil e pelas três esferas 
de governo. As regiões beneficiadas pelo projeto 
estão localizadas nos estados do Ceará, de Per-
nambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. 
A ideia central do projeto é captar água do rio São 
Francisco e levá-la para as bacias receptoras: a 
água deverá ser elevada a uma altura de 160 metros do ponto de captação e depois distribuída através de 
bombeamento e canais. Há um detalhe: o bombeamento não será contínuo, ou seja, o funcionamento do 
sistema ocorrerá nos períodos de menor quantidade de água no semiárido.
Existem ainda muitas controvérsias na implantação desse projeto. Os favoráveis a ele dizem que a água 
bombeada favoreceria os estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Bahia.
Dessa forma, a pior parte das terras nordestinas abandonaria o status de semiáridas e se tornariam 
potencialmente irrigáveis e, portanto, grandes geradoras de renda por meio da agricultura. Os contrários ao 
projeto afirmam que a obra levaria a água do rio São Francisco para os principais rios da região, onde já se con-
centram os maiores estoques de água. 
Apenas alguns dos maiores reservató-
rios da região deveriam receber as águas 
da transposição.
Ainda para esses críticos, a proble-
mática das secas na região mudaria mui-
to pouco com a implantação do projeto 
de transposição, tendo em vista que a 
água do rio São Francisco passaria muito 
distante dos locais mais secos e onde o 
quadro é mais grave. Assim, apesar do 
enorme volume de recursos envolvidos 
na transposição, continuariam as de-
mandas por medidas emergenciais de 
combate aos efeitos das secas.
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Represa de
Sobradinho
Cachoeira de
Paulo Afonso
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Bacia do rio São Francisco
N
190
km
0
Bacia hidrográfica do São Francisco
IBGE. Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. (Adaptado.)
CE
RN
PB
PE
AL
Limoeiro
do Norte
Mossoró
Angicos
Apodi
Jaguaribe
Campina 
Grande
Icó
Crato
Mirandiba
Floresta
Gravatá
Correntes
Cedro
Curicuri
Açude de
Castanhão
Açude
de Orós
Juazeiro do Norte
OCEANO
ATLÂNTICO
Rio
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Rio São Francisco
Petrolina
Barragem de Sobradinho
Barragem de Itaparica
Barragem de Paulo Afonso
Barragem de Xingó
Caicó
Serra Negro do Norte
Pombal
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Mãe D’ÁguaAçude
Coremas
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Transposição do rio São Francisco
FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico. São Paulo: Moderna, 2014. (Adaptado.)
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Bacia do Tocantins-Araguaia
O rio Tocantins, com 2 400 km de extensão, nasce 
em Goiás e desemboca na foz do Amazonas. Ele pos-
sui 2 200 km navegáveis entre as cidades de Peixe 
(GO) e Belém (PA). Parte de seu potencial hidrelétrico 
é aproveitada pela usina de Tucuruí, no Pará, a segun-
da maior do país e uma das cinco maiores do mundo.
A bacia do Tocantins-Araguaia é a maior bacia hi-
drográfica localizada inteiramente em território brasi-
leiro, com 918 822 km² . Os principais rios dessa bacia 
são o Tocantins e o Araguaia.
O Araguaia tem sua origem no estado de Mato 
Grosso, na fronteira com Goiás, e se une ao Tocantins 
no extremo norte do estado de Tocantins.
Bacia do Prata
A bacia do Prata é formada pelos rios Paraná e 
Paraguai. Com 2 940 km de extensão, o rio Paraná 
nasce na junção dos rios Paranaíba e Grande, na divi-
sa de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. 
Apresenta o maior aproveitamento hidrelétrico do 
Brasil, abrigando, por exemplo, a usina de Itaipu. O 
principal rio dessa bacia hidrográfica é o rio da Pra-
ta. Ele tem sua origem no encontro dos rios Paraná, 
Uruguai e Paraguai, na fronteira entre a Argentina 
e o Uruguai. Esses três rios são os principais formadores dessa bacia, que se estende entre Brasil, Uruguai, 
Bolívia, Paraguai e Argentina.
Equador
60º O
Trópico
 de Capr
icórnioóóóóórrrrrrrrrrrrrrnio
Trópico de Capri
córnio
ARGENTINA
ARGENTINA
CHILE
PARAGUAI
BOLÍVIA
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VENEZUELA
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Guiana Francesa
(FRA)
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
BOLÍVIA
PARAGUAI
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830
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265
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Bacia do rio da Prata (Paraguai e Paraná)
IBGE. Atlas geográfi co escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. (Adaptado.)
Ilha Caviana
Ilha do
Bananal
Tucuruí
Lajeado
São Luís
Santa Inês
Açailândia
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Imperatriz
Marabá
Carajás
Ilha de 
Marajó
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OCEANO
ATLÂNTICO
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Rio Pará
Usina hidrelétrica
Ilha Mexiana
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215
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Bacia do Tocantins-Araguaia
IBGE. Atlas geográfi co escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. 
(Adaptado.)
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No rio Paraná, a usina hidrelétrica de Porto Primavera, no estado de São Paulo, é a segunda maior do 
estado de São Paulo. Os principais afluentes do Paraná (Tietê e Paranapanema) têm grande potencial para ge-
ração de energia. Com relação às hidrovias, a Tietê-Paraná é a mais antiga do país, atualmente com 1 726 kmnavegáveis. 
Dentro do território brasileiro, o rio Paraguai percorre aproximadamente 1 300 km, desde as nascentes 
até a desembocadura no rio Apa. A navegabilidade desse rio em terras do Brasil dá-se de modo satisfatório a 
partir de Cáceres (MT), passando por Corumbá (MS) até a foz do rio Apa. 
A produção de energia hidrelétrica na 
bacia do rio Paraná é intensa e responde 
por 70% da potência instalada no Brasil. As 
usinas hidrelétricas nesse rio são nume-
rosas, porém as mais importantes são o 
conjunto Urubupungá (Ilha Solteira e Jupiá) 
e Itaipu (binacional Brasil-Paraguai).
A Usina Hidrelétrica de Itaipu, uma 
empresa binacional (Paraguai e Brasil), 
foi projetada para ter uma potência de 
12,6 milhões de quilowatts e 18 turbinas 
(700 000 kW cada uma) para atender o 
Brasil e o Paraguai. A construção de Itai-
pu foi polêmica, uma vez que os recursos 
para a construção da usina foram levanta-
dos no exterior a altas taxas de juros, cujos 
encargos são repassados às tarifas de co-
mercialização. A formação do lago de Itaipu 
implicou um desastre natural de grandes 
proporções, principalmente com o desa-
parecimento do salto de Sete Quedas e a 
inundação de áreas ocupadas pelo homem, 
assim como grandes danos a sítios arqueo-
lógicos e à biodiversidade da região.
O rio Paraguai é internacional: nasce 
no Brasil, na chapada dos Parecis, estado 
de Mato Grosso, e banha também o estado 
de Mato Grosso do Sul, fazendo fronteira 
entre o Brasil, a Bolívia e o Paraguai.
Em seu percurso inicial (cerca de 
50 km), tem o nome de rio Paraguaizinho, 
mas logo passa a ser conhecido como rio 
Paraguai, percorrendo um trajeto de cerca 
de 2 600 km até a sua foz, no rio Paraná.
Seu trajeto no Pantanal é tão sinuoso 
e, consequentemente, sua velocidade é tão 
lenta que uma canoa solta em Cáceres (MT) levaria cerca de seis meses para chegar ao oceano Atlântico.
O rio Uruguai é um curso d’água sul-americano. Nasce na serra Geral, em cotas aproximadas de 1 800 me-
tros, e forma-se pela junção dos rios Canoas e Pelotas, na divisa entre os estados do Rio Grande do Sul e de 
Santa Catarina, a cerca de 65 km a oeste da costa do Atlântico, indo desaguar na bacia hidrográfica do Prata 
ou no mar Del Plata, como é mais conhecido, formado pela junção dos rios Uruguai e Paraná.
O rio Uruguai, um dos mais importantes na hidrografia do sul do Brasil, serve de fronteira entre o território 
nacional, a Argentina e o Uruguai, tendo Uruguaiana como a principal cidade gaúcha banhada por suas águas. 
Sua extensão total é de 2 200 km. 
Localização de Itaipu
Porto Alegre
RIO GRANDE DO SUL
SANTA CATARINA
PARANÁ
SÃO PAULO
Florianópolis
Curitiba
São Paulo
Cataratas
do Iguaçu
Itaipu
BRASIL
PARAGUAI
Ponte da
Amizade
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185
km
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Disponível em: <http://atlasescolar.ibge.gov.br/>. Acesso em: 5 mar. 2017. (Adaptado.)
Rio Paraná.
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 Bacias secundárias
As bacias secundárias reúnem inúmeros rios que não pertencem a nenhuma das bacias principais e foram 
agrupados, em razão de sua localização, em três conjuntos ou grupos de bacias isoladas:
• Bacia do Norte-Nordeste: por onde correm os rios do Meio-Norte do país (Maranhão e Piauí), tais como 
Parnaíba, Gurupi, Pindaré, Mearim e Itapicuru. Integram também essa bacia os rios intermitentes, ou 
temporários, do Sertão nordestino: Jaguaribe, Acaraú, Apodi, Piranhas, Capibaribe, etc.
• Bacia do Leste: é formada principalmente pelos rios Jequitinhonha, Doce, Contas e Paraíba do Sul.
• Bacia do Sudeste-Sul: entrecortada pelos rios Ribeira do Iguape, Itajaí, Tubarão e Jacuí (que se denomina 
Guaíba, em Porto Alegre).
 Regiões hidrográficas do Brasil
Recentemente, o governo federal, por meio da Agência Nacional das Águas (ANA), organismo que tem 
como missão coordenar a gestão (utilização) compartilhada e integrada dos recursos hídricos e regular o 
acesso à água, promovendo o seu uso sustentável em benefício da atual e das futuras gerações, passou a 
gerenciar a nova divisão hidrográfica do Brasil.
Essa nova divisão (regiões hidrográficas do Brasil) tem como objetivo respeitar as diferenças sociais, eco-
nômicas e ambientais do país. O Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) aprovou, em 15 de outubro 
de 2003, a resolução no 32, que instituiu a Divisão Hidrográfica Nacional. Veja, a seguir, parte dessa resolução, 
o mapa e a descrição hidrográfica da divisão.
Regiões hidrográficas do Brasil
Equador
Trópico
 de Capr
icórnio
OCEANO
ATLÂNTICO
1
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6
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9 10
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12
Região hidrográfica Amazônica (1)
Região hidrográfica do Tocantins-Araguaia (2)
Região hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental (3)
Região hidrográfica do Parnaíba (4)
Região hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental (5)
Região hidrográfica do São Francisco (6)
Região hidrográfica Atlântico Leste (7)
Região hidrográfica do Paraguai (8)
Região hidrográfica do Paraná (9)
Região hidrográfica Atlântico Sudeste (10)
Região hidrográfica do Uruguai (11)
Região hidrográfica Atlântico Sul (12)
N
600
km
0
Ministério do Meio Ambiente. Agência Nacional de Águas, 2017.
Art. 1o Fica instituída a Divisão Hidrográfica Nacional, em regiões hidrográficas nos termos 
dos anexos I (Mapa) e II (Descrição das Bacias) desta Resolução, com a finalidade de orientar, 
fundamentar e programar o Plano Nacional de Recursos Hídricos.
Parágrafo único. Considera-se como região hidrográfica o espaço territorial brasileiro com-
preendido por uma bacia, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas com caracte-
rísticas naturais, sociais e econômicas homogêneas ou similares, com vistas a orientar o planeja-
mento e gerenciamento dos recursos hídricos.
ANA (Agência Nacional das Águas). Resolução no 32, de 15 de outubro de 2003.
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 Aquíferos no Brasil 
Devido à grande extensão e capacidade ambiental, há uma enorme concentração de reservatórios no 
Brasil. Os principais aquíferos do país são: Guarani, Alter do Chão (os maiores do mundo), Cabeças, Urucuia-
-Areado e Furnas.
O Aquífero Guarani é a denominação dada à reserva de água existente em parte do subsolo do sul da 
América do Sul. Com um total de 1 087 000 km2, o aquífero abrange oito estados brasileiros (Paraná, Mato 
Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina), além de estar 
presente também na Argentina, no Paraguai e no Uruguai. 
No Brasil, a área do aquífero é de 840 000 km2 , e ele se apresenta confinado, já que 90% de sua área está 
coberta por espessos derrames de lavas basálticas da formação Serra Geral. Suas áreas de recarga localizam-
-se nas bordas da bacia em faixas alongadas de rochas sedimentares que afloram à superfície. A alimentação 
do aquífero se dá por infiltração direta das águas de chuva nas áreas de recarga e por infiltração vertical ao 
longo de descontinuidades nas áreas de confinamento, num processo mais lento.
As áreas de recarga são regiões onde o Aquífero Guarani encontra-se mais vulnerável. O uso inadequado 
das terras localizadas nessas áreas pode, portanto, comprometer a qualidade da água. 
Goiás
Arenito
0 metro
400 metros
1 000 metros
Bahia
Minas Gerais
São PauloSedimento
Aquífero Bauru
 Aquífero Guarani
Depósito de basalto
(lava dura)
Bacia do
Paraná
Assunção
Montevidéu
Buenos Aires
ARGENTINA
URUGUAI
PARAGUAI
BRASIL
Limite indefinido
do Sistema
Aquífero Guarani
Campo
Grande
São Paulo
Curitiba
Florianópolis
Porto Alegre
Brasília
Afloramento do
Sistema Aquífero
Guarani
SistemaAquífero
Guarani em
confinamento
Aquífero Guarani
Disponível em: <www.daaeararaquara.com.br/guarani.htm>. Acesso em: 19 fev. 2017.
Por outro lado, na região Norte (Amazonas, Pará e Amapá) do país encontramos o Aquífero Alter do Chão, 
ou Aquífero Grande Amazônia, o maior aquífero do mundo. Trata-se de um imenso lago de água potável que 
se estende por toda a bacia do rio Amazonas. 
A capacidade do Alter do Chão é estimada em 86 000 km³ de água e aproximadamente 437500 km² de 
área, o que daria para abastecer toda a população mundial durante cerca de 250 anos. A área de ocupação 
apresenta baixas densidades demográficas em comparação com o restante do país. 
Em termos de composição, o Aquífero Alter do Chão é formado por um sistema de aquífero livre em sua 
porção superior, que ocupa uma profundidade de até 50 metros, e também por um sistema fechado ou confi-
nado, que se mantém em uma profundidade de 430 metros, sendo essa de mais difícil acesso. Essa configu-
ração faz com que o Alter do Chão seja classificado como um aquífero do tipo misto, com ambientes livres e 
confinados ao longo de toda a sua estrutura.
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A contaminação dessas águas, por sua vez, pode 
ocorrer pela má destinação de esgotos e lixos urba-
nos em cidades próximas, além do emprego inade-
quado de agrotóxicos em ambientes rurais na região.
Atualmente, existem várias cidades na região 
Norte, sobretudo no estado do Amazonas, que se uti-
lizam das reservas hídricas do Aquífero Alter do Chão. 
A capital Manaus, por exemplo, possui 40% de seu 
abastecimento hídrico a partir de águas dele oriundas, 
além de algumas outras cidades desse e dos demais 
estados por onde a água do aquífero se estende.
Para garantir a manutenção do Aquífero Alter do 
Chão, é preciso, além de uma correta administração 
pública nas três esferas governamentais (municipal, 
estadual e federal), a conservação das áreas naturais 
da região, principalmente a vegetação. 
 Atividade discursiva
(UEL-PR) Analise o mapa, a foto e leia os textos a seguir.
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Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/baciashidrográficas/ 
imagens/bacia-hidrografica-2jpg>. Acesso em: 7 set. 2012. (Adaptado.)
a) O Brasil apresenta um cenário hídrico privilegiado. Dispõe de um dos maiores complexos hidrográficos 
superficiais, com aproximadamente 8% de toda água doce que está na superfície do planeta, e subterrâneos, 
como os aquíferos Guarani e Alter do Chão, conforme o mapa acima. Possui a maior bacia fluvial do mundo, 
a Amazônica. Somente o rio Amazonas deságua no mar um quinto de toda a água doce que é despejada nos 
oceanos; apesar da abundância desse recurso natural no cenário hídrico brasileiro, os órgãos governamentais e 
BOLÍVIA
PERU
CHILE
COLÔMBIA
Guiana Francesa (FRA)
SURINAME
ARGENTINA
URUGUAI
PARAGUAI
VENEZUELA
GUIANA
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OCEANO
ATLÂNTICO
Equador
Aquífero Alter do Chão
Aquífero Guarani
Trópico de Capricórnio
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610
km
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Disponível em: <www.daaeararaquara.com.br/meioambiente/ 
mapa_america.jpeg>. Acesso em 19 fev. 2017.
Brasil – Bacias hidrográficas e aquíferos Guarani e 
Alter do Chão
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não governamentais têm intensificado sua preocupação com relação à sua qualidade e quantidade. Aponte três 
motivos dessa preocupação e enumere três ações que poderiam ser implantadas para assegurar a qualidade e a 
quantidade da água destinada ao abastecimento da sociedade e dos ecossistemas naturais.
Entre os motivos da preocupação em relação à qualidade e quantidade da água está a sua contaminação pelo uso de 
agrotóxicos, por esgotos não tratados e por produtos químicos industriais. Entre as ações que poderiam ser implantadas 
destacam-se o efetivo controle e a fiscalização do uso de agrotóxicos e produtos químicos utilizados pela indústria e 
consumidos pela sociedade; a ampliação de medidas e da infraestrutura de saneamento visando melhorar o processo de 
descontaminação do tratamento de esgoto domiciliar e industrial (poluição) e a utilização racional da água dos aquíferos, 
visando à sua preservação; além da reconstituição das matas ciliares dos cursos hídricos. 
b) A foto e a manchete do jornal, a seguir, apresentam a ocorrência de enchentes nos últimos anos em Londrina. 
Cite três alterações ambientais causadas pelo processo de urbanização sobre o solo de uma bacia hidrográfica.
Entre as alterações ambientais causadas pela sociedade no solo urbano estão o desmatamento, o aumento das áreas 
impermeabilizadas e o assoreamento dos cursos hídricos.
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Disponível em: <www.molinacuritiba.blogspot.com.br/2011/10/pior-encjente- 
ocorrida-em-londrina.html>. Acesso em: 21 jun. 2012.
Após estiagem de 20 horas, volta a chover em Londrina
Até às 15 horas de quarta, já choveu 264,6 milímetros na cidade.
O número é mais de três vezes maior que a média prevista para todo o mês de junho, de 
87 milímetros.
(Jornal de Londrina, 21 jun. 2012, ano 23, n. 7172.)
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 Atividades
 Em sala
1. (PUC-RJ) O volume total de água existente no Sistema Terra 
é relativamente constante. O desenho a seguir mostra, de 
forma esquemática, o ciclo da água.
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Analise as afirmativas a seguir:
 I. A precipitação (3) representa a condensação das gotículas 
d’água, a partir do vapor d’água existente na atmosfera, 
dando origem às chuvas.
 II. A evapotranspiração (1) é a soma da evaporação direta, 
causada pela radiação solar e pelo vento com a transpira-
ção realizada pela vegetação.
 III. A interceptação (2) representa a condensação do vapor 
d’água existente na atmosfera originando as nuvens.
 IV. A água precipitada (4) pode se infiltrar ou escoar superfi-
cialmente, impulsionada pela gravidade.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas cor-
retas: 
a) I e III. 
b) II e III. 
c) I, II e IV. 
d) II, III e IV. 
e) I, II, III e IV. 
2. (Ufpel-RS) Os rios constituem um elemento essencial para o 
ser humano, desde os primórdios da humanidade até os dias 
atuais. Além de sua importância natural, destaca-se também 
sua funcionalidade política, econômica e social.
Os rios são correntes de água doce que se formam a partir 
de uma precipitação (chuva ou neve) ou de fontes naturais.
Em uma bacia hidrográfica, é possível identificar diferentes 
elementos e características no percurso de um rio.
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II Mondo Grande atlante geográfico, 1998. [adapt.] 
Com base nos dados anteriores e em seus conhecimentos, 
assinale a alternativa que apresenta a relação correta dos 
elementos e características identificados na figura. 
a) (4) Nascente, (3) Afluente, (2) Meandro, (1) Foz em Delta, (5) 
Margem esquerda e (6) Margem direita. 
b) (6) Nascente, (2) Afluente, (4) Meandro, (1) Foz em Delta, (5) 
Margem esquerda e (3) Margem direita. 
c) (4) Nascente, (2) Afluente, (5) Meandro, (1) Foz em Delta, (6) 
Margem esquerda e (3) Margem direita. 
d) (6) Nascente, (3) Afluente, (2) Meandro, (4) Foz em Delta, (5) 
Margem esquerda e (1) Margem direita. 
e) (2) Nascente, (1) Afluente, (4) Meandro, (3) Foz em Delta, (6) 
Margem esquerda e (5) Margem direita. 
3. (UEM-PR) Sobre as bacias hidrográficas e os principais rios 
que percorrem o território brasileiro, é corretoafirmar que:
01) a Bacia Platina destaca-se pela uniformidade das condições 
climáticas e de relevo, com domínio do clima subtropical 
úmido, e por drenar na sua maior extensão áreas de planícies, 
como a do Pantanal Mato-grossense, a dos Pampas e as 
planícies litorâneas. 
02) o rio São Francisco atende a várias finalidades: de 
navegação, no trecho entre Pirapora e Juazeiro; de geração 
de hidroeletricidade; de abastecimento das populações no 
Polígono das Secas; e de irrigação. O projeto de transposição 
de suas águas tem como foco principal assegurar oferta de 
água às populações de regiões semiáridas dos estados de 
Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. 
04) o rio Amazonas é o maior rio do mundo em extensão; porém 
é superado em vazão pelo rio Paraná, que coleta as águas em 
quatro diferentes países da América do Sul: Brasil, Paraguai, 
Uruguai e Argentina. 
08) é na bacia do Tocantins-Araguaia que se encontra a maior 
ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal. No rio Tocantins 
foi construída a hidroelétrica de Tucuruí, uma das principais 
usinas da Região Amazônica.
Resposta: C. 
Resposta: B. 
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16) no Brasil, o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos 
Hídricos tem a função de administrar conflitos gerados pelos 
múltiplos interesses dos usuários dos recursos hídricos, 
atentando para os impactos ambientais passíveis de 
ocorrer. Os comitês de bacias hidrográficas e os consórcios 
intermunicipais são exemplos de instrumentos sociais e 
políticos que visam à gestão dos recursos hídricos, com 
importante papel nas esferas estadual e municipal. 
4. (UTFPR) Uma definição comum de bacia hidrográfica é a de 
que consiste em uma região onde o escoamento superficial 
das águas converge para um único ponto, ou rio principal, 
chamado de exutório.
Assinale a única alternativa correta sobre as bacias hidrográ-
ficas do Brasil. 
a) A bacia mais extensa tem início nas montanhas de Minas Gerais. 
b) O rio Amazonas é o exutório das águas da região Nordeste. 
c) A bacia do São Francisco desemboca nos mares ao norte do país. 
d) A maior bacia situada ao sul tem como ponto final o Rio da 
Prata. 
e) A bacia do Paraná contém o maior volume de água do Brasil. 
5. (Mack-SP)
 
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Com base no mapa, analise as proposições a seguir:
 I. O número 1 corresponde à maior Bacia Hidrográfica do 
mundo, apresenta rios caudalosos e perenes, uma vez que 
o principal deles é o Amazonas. Abriga, atualmente, no Rio 
Xingu, o processo de instalação da usina hidrelétrica de 
Belo Monte.
 II. O número 2 corresponde à Bacia Hidrográfica do Tocan-
tins-Araguaia. Possuindo geomorfologia plana, é total-
mente navegável. Atravessa regiões despovoadas repre-
sentando, assim, importante meio de transporte para as 
populações ribeirinhas. A usina hidrelétrica de Paulo Afon-
so localiza-se no rio Tocantins, destacando-se como a 
segunda maior do país.
 III. O número 3 corresponde à Bacia Hidrográfica do Paraná. 
Concentrando o maior potencial hidrelétrico instalado do 
país, que fornece energia elétrica para as Regiões Sudeste, 
Sul e parte do Centro-Oeste. Ao longo de sua extensão 
encontra-se parte importante da riqueza hídrica subterrâ-
nea do aquífero Guarani.
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas I está correta. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas II e III estão corretas. 
d) Apenas I e III estão corretas. 
e) I, II e III estão corretas. 
 Para casa 
1. (UFSC) A construção de grandes usinas hidrelétricas quase 
sempre foi tema de debates sobre questões sociais, ambientais 
e econômicas. A canção “Sobradinho”, por exemplo, lançada 
em 1977 pela dupla Sá e Guarabyra, já tratava desta ques-
tão. No presente, as obras para a transposição do rio São 
Francisco estão em fase de testes. Segundo o Ministério da 
Integração Nacional, os canais que saem do rio somam, jun-
tos, 477 quilômetros. O objetivo é levar água para cerca de 
12 milhões de pessoas residentes nos estados de Pernambuco, 
Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. A previsão é atingir 
mais de 390 municípios no sertão pernambucano, além de 
325 comunidades que residem a uma distância de cinco qui-
lômetros da margem dos canais.
Disponível em: <http://www.mi.gov.br/projeto-sao-francisco1>. 
[Adaptado]. Acesso em: 11 set. 2015.
Em relação às proposições abaixo, é CORRETO afirmar que: 
01) a bacia do rio São Francisco está totalmente inserida na 
Região Nordeste do país. 
02) as nascentes do rio São Francisco se situam no interior 
do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Minas 
Gerais, e sua foz está localizada no litoral nordestino, entre os 
estados de Pernambuco e Alagoas. 
04) a transposição das águas do rio São Francisco tem como 
um dos objetivos reduzir o problema da seca na região da 
caatinga, no entanto o rio também poderá ser aproveitado em 
usinas hidrelétricas e navegação. 
08) no período colonial, o curso do rio São Francisco propiciou 
a ligação entre as principais áreas produtoras de açúcar no 
Nordeste e a região de extração de ouro em Minas Gerais, 
além de favorecer a criação de gado em suas margens. 
Resposta: 02 + 08 + 16 = 26. 
Resposta: D. 
Resposta: D. 
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16) o rio São Francisco corta o território da Bahia no sentido 
norte-sul, contudo seu aproveitamento econômico se dá 
apenas no estado de Sergipe. 
32) a região hidrográfica do rio São Francisco é considerada a 
maior bacia hidrográfica localizada totalmente no território 
brasileiro. 
2. (FGV-SP) Sem a construção de novas hidrelétricas com gran-
des reservatórios, diminui a capacidade do Brasil de poupar 
água para produção de eletricidade nos meses de estiagem.
As novas hidrelétricas construídas no Brasil não possuem 
reservatórios volumosos. São as chamadas usinas “a fio 
d’água”, que têm como ponto positivo a redução do impacto 
ambiental, mas têm redução de produção de energia durante 
os meses de estiagem. No Brasil, o maior exemplo de hi-
drelétrica a fio d’água, na atualidade, é 
a) Itaipu, no rio Paraná. 
b) Santo Antônio, no rio Uruguai. 
c) Belo Monte, no rio Xingu. 
d) Sobradinho, no rio São Francisco. 
e) Tucuruí, no rio Tocantins. 
3. (UEM-PR) Sobre a bacia do rio da Prata ou Platina, assinale o 
que for correto.
01) A bacia platina é formada pela bacia do rio Paraná, pela 
bacia do rio Grande e pela bacia do rio Paranaíba. Ela é a 
sétima maior bacia hidrográfica do Planeta e é uma bacia 
inteiramente brasileira. 
02) O rio Paraná, principal rio da bacia platina, é formado pela 
confluência dos rios Paranapanema e Ivinhema, na junção dos 
estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, região 
conhecida como pontal do Paranapanema. 
04) Na bacia do rio Paranaíba, segunda mais importante da bacia 
platina, os rios apresentam vastas planícies, facilitando o 
surgimento de ilhas fluviais, entre elas, a ilha do Bananal, 
considerada a maior ilha fluvial do mundo. 
08) Em termos energéticos, a bacia do rio Paraná é a bacia 
hidrográfica com a maior capacidade instalada de geração de 
energia hidrelétrica, com destaque para grandes usinas como 
Itaipu, Porto Primavera e Marimbondo. 
16) Na bacia do rio Paraná, foi construída a hidrovia Tietê-Paraná, 
que é uma via de navegação situada entre as regiões Sul, 
Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, que permite a navegação e, 
consequentemente, o transporte de carga e de passageiros, 
ao longo dos rios Paraná e Tietê.
Texto para a próxima questão: 
Uma enorme dimensão física formada por fauna, flora, 
rios e diversos ecossistemas, componentes fundamentais de 
manutenção do equilíbrio dinâmico da Terra e de relevância 
estratégica para todaa humanidade: não é de hoje que a 
região amazônica atrai olhares do mundo inteiro. A biodi-
versidade da maior floresta tropical do planeta é tida como 
uma fonte inestimável de possibilidades econômicas à espera 
de estudos e descobertas. E é nesse cenário que se localiza o 
Aquífero Alter do Chão, uma reserva com cerca de 86,4 qua-
trilhões de litros de água subterrânea, suficiente para abaste-
cer a população mundial em cerca de 100 vezes.
Disponível em: http://www.cemig.ufpa.br/index.php? 
option=com_content&view=article&id=242&Itemid=22. 
Acesso em: 9 set. 2013. Adaptado.
Disponível em: Faculdade de Geologia/ Instituto de Geociências 
da Universidade Federal do Pará. Adaptado. 
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4. (IFSC) Com base nos seus conhecimentos e no mapa sobre os 
aquíferos, leia e analise as afirmações abaixo:
 I. Assim como os rios, também as reservas de água subter-
rânea correm o risco de serem contaminadas pela ação 
humana.
 II. Em alguns estados do Centro-Sul, boa parte da água sub-
terrânea abastece hospitais, condomínios residenciais e 
plantas industriais.
 III. O gerenciamento efetivo das bacias hidrográficas brasilei-
ras pode auxiliar na gestão dos recursos hídricos.
 IV. A formação dos aquíferos se dá nos Escudos Cristalinos de 
rochas ígneas do Centro-Sul e Norte do Brasil.
Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Apenas as afirmações III e IV são verdadeiras. 
b) Apenas as afirmações I e IV são verdadeiras. 
c) Apenas as afirmações II, III e IV são verdadeiras. 
d) Apenas as afirmações I, II e III são verdadeiras. 
e) Todas as afirmações são verdadeiras. 
Resposta: 04 + 08 = 12.
Resposta: C. 
Resposta: 08 + 16 = 24.
Resposta: D. 
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 Mais Enem 
1. (Enem) Algumas regiões do Brasil passam por uma crise de 
água por causa da seca. Mas uma região de Minas Gerais 
está enfrentando a falta de água no campo tanto em tempo 
de chuva como na seca. As veredas estão secando no norte 
e no noroeste mineiro. Ano após ano, elas vêm perdendo a 
capacidade de ser a caixa-d’água do grande sertão de Minas.
VIEIRA. C. Degradação do solo causa perda de fontes 
de água de famílias de MG. Disponível em: http://g1.globo.com.
Acesso em: 1o nov. 2014.
As veredas têm um papel fundamental no equilíbrio hidroló-
gico dos cursos de água no ambiente do Cerrado, pois: 
a) colaboram para a formação de vegetação xerófila. 
b) formam os leques aluviais nas planícies das bacias. 
c) fornecem sumidouro para as águas de recarga da bacia. 
d) contribuem para o aprofundamento dos talvegues à jusante. 
e) constituem um sistema represador da água na chapada. 
2. (Enem – Adaptada)
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A preservação da sustentabilidade do recurso natural expos-
to pressupõe: 
a) impedir a perfuração de poços. 
b) coibir o uso pelo setor residencial. 
c) substituir as leis ambientais vigentes. 
d) reduzir o contingente populacional na área. 
e) introduzir a gestão participativa entre os municípios. 
 Sintetizando a unidade
Chegamos ao final da unidade e é hora de sintetizar os conteúdos trabalhados. Como você verá a seguir, os conteúdos que estu-
damos mantêm relações entre si e servem de fundamento para assuntos que ainda trabalharemos neste material. Leia com atenção 
as frases e complete-as de acordo com os estudos realizados.
Noções básicas
de Hidrografia 
Hidrografia
As bacias
hidrográficas
brasileiras
Bacia do
Tocantins- 
-Araguaia
Bacia
Amazônica
Bacia do
São Francisco
Bacia do
Prata 
Alter do Chão 
e Aquífero
Guarani
Bacias
secundárias
Aquíferos
no Brasil
Regiões
hidrográficas 
do Brasil
1. O rio Amazonas está localizado em uma região de planície e possui cerca de 23 000 km de rios navegáveis, que possibilitam o 
desenvolvimento do transporte hidroviário.
2. A bacia do São Francisco percorre cinco estados: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
3. A bacia do Tocantins-Araguaia é a maior bacia hidrográfica localizada inteiramente em território brasileiro, com 918 822 km². 
4. A produção de energia hidrelétrica na bacia do rio Paraná é intensa e responde por 70% da potência instalada no Brasil. 
5. O rio Paraguai é internacional: nasce no Brasil, na chapada dos Parecis, estado de Mato Grosso, e banha também o 
estado de Mato Grosso do Sul, fazendo fronteira entre o Brasil, a Bolívia e o Paraguai.
6. O rio Uruguai é um curso d’água sul-americano, pois nasce na serra Geral, em cotas aproximadas de 1 800 metros, e 
forma-se pela junção dos rios Canoas e Pelotas, na divisa entre os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Resposta: E. 
• A extensão superfi cial do Aquífero 
Alter do Chão é menor que a do Guarani, 
mas teria maior volume de água.
• Dados preliminares apontam um 
volume de água superior a 86 mil km3 no 
Aquífero Alter do Chão. A capacidade do 
Aquífero Guarani gira em torno de 
45 mil km3.
Resposta: E. 
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 Estude1
Data: 
Nome do aluno: 
Ano: 
1. (PUC-RJ) Em uma situação aleatória, uma pessoa que viaja, 
de automóvel, de São Paulo para Brasília, de Brasília para 
Manaus, de Manaus para Belém do Pará e de Belém do Pará 
para Salvador, vai percorrer o trajeto, respectivamente, nas 
seguintes direções (com base nos pontos cardeais e colate-
rais, a seguir):
Disponível em: <http://co.wikipidia.org/ 
wiki/File:Rosa_dos_Ventos_ 
dsfdfdsdsaljdl.jpg>. Acesso em: 30 jul. 2012.
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a) norte; noroeste; sudeste; nordeste. 
b) norte; noroeste; nordeste; sudeste. 
c) noroeste; norte; sudeste; nordeste. 
d) norte; sudeste; nordeste; sudoeste. 
e) noroeste; sudeste; nordeste; sudeste. 
2. (CEFET-RJ) Leia o texto e analise a imagem com os mapas:
A confecção de uma carta exige o estabelecimento de 
um método, segundo o qual, a cada ponto da superfície da 
Terra, corresponda um ponto da carta e vice-versa. Diversos 
métodos podem ser empregados para se obter essa corres-
pondência de pontos, constituindo os chamados “sistemas de 
projeções”. O problema básico é a representação da superfície 
curva em um plano. A forma de nosso planeta é represen-
tada, para fins de mapeamento, por uma esfera que é con-
siderada a superfície de referência à qual estão relacionados 
todos os elementos que desejamos representar.
Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/ 
geociencias/cartografia/manual_nocoes/ 
representacao.html. Acesso em: 7 de setembro de 2015. 
(Adaptado)
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Atlas Geográfico Escolar / IBGE. – 5ª ed. – Rio de Janeiro: IBGE, 2009, p. 21.
Uma vantagem que a projeção plana apresenta sobre as 
outras para a navegação é representada pela propriedade da: 
a) conformidade, já que mantém a forma dos continentes. 
b) equivalência, já que preserva a área do espaço mapeado. 
c) esfericidade, pois permite uma melhor noção da forma da Terra. 
d) equidistância, pois possibilita o cálculo preciso do intervalo entre 
dois pontos. 
3. (IFSC) 
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Imagem disponível em: http://aparenciadoespaco.
blogspot.com.br/2012/09/complexo-centro-sul-e-regiao-
concentrada.html. Acesso em: 10 ago. 2014.
Assinale a soma da(s) proposição(ões) CORRETA(S). 
01) Na Região Concentrada, a modernização generalizada e 
a intensa circulação interna com outras regiões e países 
correspondem a uma marcada divisão territorial do trabalho. 
02) Nas últimas décadas o território brasileiro foi remodelado a 
partir de importantes acréscimos de ciência e tecnologia ao 
solo, cuja difusão heterogênea produz as novas diferenciações 
regionais. 
Resposta: B. 
Resposta: D. 
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04) Considerando a imagem, o estado de Tocantins, segundo a 
proposta de Milton Santos, considerando os acréscimos de 
ciência e tecnologia, está inserido na Região Amazônica. 
08) Infere-se da imagem que somente os estados nordestinos 
que se localizam ao sul do trópico de Capricórnio pertencem à 
Região Concentrada. 
16) A Região Nordeste apresenta uma das maiores produções de 
gado de corte e produção de soja do país. 
4. (FGV-RJ) Os terremotos, os vulcões e a formação de monta-
nhas são atividades geológicas de enorme importância que 
ocorrem na Terra. Observe no mapa a localização das zonas 
sísmicas e dos principais vulcões.
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IBGE, Atlas Geográfico Escolar. IBGE: Rio de Janeiro, 2010, pág. 103.
Com base nesse mapa e em seus conhecimentos, é CORRE-
TO afirmar: 
a) Somente o movimento de separação das placas tectônicas 
causa terremotos. 
b) Somente o movimento de separação das placas tectônicas 
causa vulcanismo. 
c) Em sua maioria, as zonas sísmicas e os vulcões localizam-se no 
centro das placas tectônicas. 
d) Em sua maioria, as zonas de intensa atividade sísmica e os 
vulcões localizam-se nas bordas das placas tectônicas. 
e) As zonas de intensa atividade sísmica se distribuem de forma 
aleatória, sem relação evidente com o movimento das placas 
tectônicas. 
5. (Unicamp-SP) A figura abaixo apresenta a sequência evoluti-
va de um perfil de solo.
a) Quais são os fatores ambientais que interagem para o 
desenvolvimento de um perfil de solo?
Os fatores ambientais que interagem para o desenvolvimento do 
perfil do solo são o clima (temperatura, umidade, pluviosidade), o 
relevo, a composição da rocha, o tempo de formação, entre outros.
b) A ação humana pode interferir no desenvolvimento de um perfil 
de solo como o apresentado. Como pode ser essa interferência? 
A ação humana pode interferir no desenvolvimento do perfil do solo 
por meio da retirada da cobertura vegetal, que expõe o solo ao pro-
cesso erosivo; da alteração do perfil morfogenético, como no caso 
dos aterros, acentuando ou amenizando áreas declivosas; e de altera-
ções de cursos hídricos, mudando as condições ambientais do solo. 
6. (FGV-SP) A questão está relacionada ao perfil topográfico e 
ao mapa apresentados a seguir.
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O perfil topográfico apresentado corresponde, no mapa, ao 
trajeto indicado pelo número:
a) 1. 
b) 2. 
c) 3. 
d) 4.
e) 5.
Resposta: 01 + 02 = 03. 
Resposta: D.
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