Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IZABELLA FERREIRA REIS - 2024 DIREITO CIVIL - PARTE GERAL - PROVA 1. Considerações iniciais A prova surge para demonstrar, legalmente, a existência de negócios jurídicos, dando certeza e segurança jurídica. Para tanto, o art. 212 do CC elenca as seguintes modalidades de prova: a) confissão; b) documento; c) testemunha; d) presunção; e) perícia. Além disso, é preciso ter em mente o art. 369 do CPC que ressalta a possibilidade de variados tipos de provas no ordenamento jurídico, desde que lícitos. 1.1 Confissão É considerada a maior de todas as formas de prova, visto que trata-se de um ato do indivíduo, capaz, que reconhece a veracidade dos fatos contra ele alegados. Além disso, é válida se for por uma das partes, podendo esta ser feita também por representante (art. 213, CC). Aliás, trata-se de ato irrevogável, porém, caso seja feita por meio de erro ou coação é passível de anulação (art. 214,CC). Ademais, pode ser de quatro espécies, sendo elas: a) judicial: dita durante o processo, colhida pelo juiz; b) extrajudicial: fora do processo, colhida de forma que se possa utilizá-la em juízo; c) expressa: feita pela parte que confessa oral ou escrita; d) tácita: feita indiretamente, como na revelia. Por fim, o art. 354 do CPC consagra como indivisível, não podendo a parte requerer-la só no que a beneficie. 1.2 Documentos Por documento entende-se todo item capaz de representar um fato, seja escrito, digital, fotográfico, etc. Sendo, portanto, elementos de prova (art. 215, CC). IZABELLA FERREIRA REIS - 2024 Assim, os documentos podem ser: a) públicos: com fé pública; b) particular: atividade privada. Cabe ressaltar ainda que a formalização de um ato jurídico em instrumento particular somente terá efeitos erga omnes após seu registro (art. 221, CC). Além disso, é aceito como prova os elementos previstos nos arts. 216, 217, 223, 225, 226 do Código Civil. Por fim, em relação a documentos redigidos em idioma estrangeiuro, eles deverão ser traduzidos por tradutor nomeado e juramentado (art. 224, CC). 1.3 Testemunhas As testemunhas são terceiros que tomaram conhecimento de algum fato que possa influenciar decisão do juiz (art. 227, CC). IZABELLA FERREIRA REIS - 2024 Dessa forma, podem ser: a) judiciária: quando depõe em juízo; b) instrumentária: subscreve o ato. Para tanto, o art. 228 do CC discorre acerca da admissibilidade de testemunhas, em que, não podem ser admitidas: a) menores de dezesseis anos; b) indivíduo com o interesse pessoal no litígio; c) cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por consanguinidade, ou afinidade. 1.4 Presunções Por presunção compreende-se a operação mental em que admite como verdadeiro um fato conhecido. Assim, existem duas formas legais: a) absolutas (juris et de jure); b) relativas (juris tantum). Sendo que as primeiras são inafastáveis, pois é firmado a certeza jurídica do fato. Existem ainda as presunções comuns, que não decorrem da lei, extraídas da experiência ordinária. 1.5 Perícia A perícia seria a realização de exames e vistorias para confirmação de um fato jurídico. Assim, o art. 231 do CC determina que aquele que se nega a realizá-la, não poderá usar a recusa em seu favor. Por outro lado, o art. 232 determina que aquele que recusar se coloca em situação desfavorável.
Compartilhar