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Os processos didáticos e os desafios na contemporaneidade

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DESCRIÇÃO
Neste tema, compreenderemos os processos da produção do conhecimento educacional no mundo contemporâneo, considerando as metodologias ativas como proposta de ação
pedagógica.
PROPÓSITO
Este tema tem como propósito demonstrar como é necessário para a formação docente vincular as competências e habilidades desenvolvidas no interior da sala de aula ao contexto
em que a escola está inserida no mundo contemporâneo.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer os desafios da Educação para o século XXI
MÓDULO 2
Identificar as teorias que embasam o uso das metodologias ativas
MÓDULO 1
 Reconhecer os desafios da Educação para o século XXI
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI
A idade contemporânea se refere ao tempo presente, ou seja, aquele em que vivemos. É esse o contexto que nos interessa e com base no qual vamos estudar os processos didáticos
que podem ser aplicados na Educação como forma de responder às suas demandas.
Foto: Shutterstock.com
Uma vez que o nosso foco é a Educação, podemos citar alguns aspectos do mundo contemporâneo que influenciam diretamente o contexto escolar e que se apresentam como
desafios na contemporaneidade. São eles:
Foto: Shutterstock.com
ASPECTOS ECONÔMICOS
Foto: Shutterstock.com
PROBLEMAS DE EVASÃO ESCOLAR
Foto: Shutterstock.com
CONFLITOS RELACIONADOS À CONVIVÊNCIA ESCOLAR
Foto: Shutterstock.com
PERTINÊNCIA DA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
Sobre isso, vejamos o que Delors (2001, p. 11) afirma:
Foto: enciclopedia.cat
DELORS
Jacques Lucien Jean Delors é um economista e político francês. Formou-se em Economia na Sorbonne. Foi professor visitante na Universidade Paris-Dauphine no período de
1974 a 1979 e na Escola Nacional de Administração, na França. Foi autor do relatório da UNESCO “Educação, um Tesouro a descobrir”.
Fonte: Gestão Escolar, [20--].
ANTE OS MÚLTIPLOS DESAFIOS DO FUTURO, A EDUCAÇÃO SURGE COMO UM TRUNFO
INDISPENSÁVEL À HUMANIDADE NA SUA CONSTRUÇÃO DOS IDEAIS DA PAZ, DA LIBERDADE E DA
JUSTIÇA SOCIAL.
(DELORS, 2001)
A citação acima faz parte do prefácio do relatório organizado por Delors, elaborado entre 1993 e 1996 por inúmeros especialistas do mundo todo, cujo objetivo era trazer de volta à
Educação sua principal característica: ser ferramenta indispensável à convivência humana. Esse documento faz, então, uma retrospectiva do século XX, apresentando os
cenários de uma Educação voltada ao século XXI. Para isso, o relatório organizado por Delors (2001) busca identificar o que denomina de tensões a ultrapassar, que constituem a
base do que se apresentaria no século XXI. Podemos resumir essas tensões provenientes do século XX da seguinte forma:
Foto: Livraria Pública
RELATÓRIO ORGANIZADO POR DELORS
O relatório organizado por Delors, editado no Brasil como livro intitulado Educação: um tesouro a descobrir caracteriza a proposta para UNESCO e os projetos educacionais
que deveriam servir de base para uma Educação para o século XXI. O livro, portanto, mantém-se plenamente atual e merece uma leitura atenta.
SÉCULO XX
O final do século XX pode ser resumido como um tempo de desencanto que, apesar das inúmeras inovações no campo da tecnologia, economia e saúde, trouxe a sensação de
exclusão para muitas pessoas.
Mais que mera sensação, a exclusão foi real para muitos, principalmente no campo material, em que o desenvolvimento e progresso de algumas áreas conviveram, lado a lado,
com o desemprego gigantesco e a distribuição de renda plenamente irregular.
Foto: Shutterstock.com
Fonte: Shutterstock
Havia também a perspectiva de um futuro melhor, pois o fim da polaridade da Guerra Fria não garantiu a paz esperada. As telecomunicações tornaram o mundo globalizado. No
entanto, a convivência entre povos, inclusive entre pessoas de um mesmo país, passou a ser cada vez mais caótica, pois a contradição entre as possibilidades de crescimento
(econômico, social) e a realidade em que as pessoas vivem gera um desencanto. Também o sistema educacional não conseguiu oferecer condições de superação desse
processo de desencantamento com o mundo e com o futuro.
Todos nós somos chamados a nos tornar cidadãos do mundo, especialmente a partir da difusão de informações das mídias digitais, mas sem perder a identidade e o interesse
pela realidade local, regional.
GLOBAL

LOCAL
Refere-se à inevitável mundialização da cultura: cada vez mais, somos chamados a consumir uma cultura globalizada. Disso resulta a importância de buscar formas de preservar
as raízes culturais do próprio povo, da própria etnia.
UNIVERSAL

SINGULAR
Especialmente por conta dos avanços das Tecnologias da Informação (TIs), corre-se o risco de abandonar tudo que não se enquadre nos moldes da sociedade midiática.
TRADIÇÃO

MODERNIDADE
Essa mesma sociedade midiática tem levado as pessoas a um imediatismo em vários âmbitos da convivência social. Torna-se necessário pensar em planejamentos mais sólidos
(ainda que com prazos maiores que o esperado) frente aos problemas encontrados, mas sem negar as urgências também presentes.
SOLUÇÕES DE CURTO PRAZO

SOLUÇÕES DE LONGO PRAZO
Talvez, esta seja uma das tensões mais antigas, identificada desde o início do século. Na maioria das vezes, a competitividade, que poderia levar à criatividade, à inovação e ao
desenvolvimento, concretiza-se na forma de exclusão social.
LIVRE COMPETITIVIDADE

IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
A preocupação é estabelecida, aqui, pela tendência de se formar o aluno para atender às exigências do mercado. Não se pode renunciar a uma formação que dê atenção à saúde
física e psicológica dos indivíduos, o que engloba, também, uma relação mais saudável com o meio ambiente.
CONHECIMENTO

SABER
É preciso encontrar caminhos de valorização da subjetividade humana, uma formação de valores que, longe de provocar conflitos, deve servir de instrumento de tolerância e
respeito às diferenças e aos pluralismos em diversos âmbitos da sociedade.
ESPIRITUAL

MATERIAL
PARA ENFRENTAR ESSES DESAFIOS, SÃO APRESENTADOS QUATRO GRANDES PILARES QUE SERVEM DE SUPORTE
A UM PROJETO EDUCACIONAL CHAMADO EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI: APRENDER A CONHECER, APRENDER A
FAZER, APRENDER A CONVIVER E APRENDER A SER.
CONVIVER
Em língua portuguesa, o pilar CONVIVER significa, normalmente, “conviver junto”. Esse conceito reforça a ideia de que grupos não existem simplesmente na mesma sociedade,
mas que o ambiente escolar deve estimular a vivência de grupos diversos, compartilhando espaços juntos.
Imagem: Shutterstock.com
Perceba que a simples articulação entre as palavras conhecer-fazer-conviver-ser já aponta para as características essenciais da Educação: contribuir para que o aluno construa
conhecimentos, de modo que ele possa agir sobre a sua realidade social e transformá-la.
No vídeo a seguir, a professora Dalta Motta fala sobre os pilares da Educação propostos no relatório organizado por Delors, abordando a convergência desses pilares na prática
educacional.
Foto: Currículo Lattes.
DALTA MOTTA
Mestre em Educação pela Universidade Estácio de Sá (UNESA), Especialista em Gestão Escolar pela Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) e Graduada em Pedagogia
– Supervisão e Magistério – pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atualmente, é professora da Pós-graduação em Docência e Gestão do Ensino Superior a
distância do curso de Pedagogia presencial da UNESA, e Conselheira Municipal de Educação em São João de Meriti.
REFLEXÕES PEDAGÓGICAS PARA O SÉCULO XXI
Alinhados à percepção do relatório organizado por Delors sobre a educação contemporânea, três autores merecem destaque por suas reflexões pedagógicas. São eles: Edgar Morin,
Philippe Perrenoud e Ken Robinson. Vamos conhecê-los!
Foto: Escola educação.
EDGAR MORIN
Edgar Nahoum (codinome Edgar Morin) nasceu em 8 de julho de 1921 em Paris – França. Formou-se em Direito, Geografia e História, além de ter desenvolvido estudos nas
áreas de Filosofia, Sociologia e Epistemologia. É considerado um dos principais pensadores da contemporaneidade, tendo desenvolvidoa Teoria da Complexidade e obras
importantes, como: Os sete saberes necessários à Educação do Futuro, As duas globalizações: complexidade e comunicação, uma pedagogia do presente, Para navegar no
século XXI/21: tecnologias do imaginário e cibercultura, dentre outras.
Fonte: Vasconcelos, [20--].
Foto: Ao Pé das Letras
PHILIPPE PERRENOUD
Psicólogo suíço, Perrenoud nasceu em 1944. É doutor em Sociologia e Antropologia e atua nas áreas de currículo e práticas pedagógicas. Em suas análises, esse autor
questiona o objetivo de o aluno ir à escola, abordando o conceito de aprendizagem por meio de competências.
Fonte: Paula, [20--].
Foto: Paradigma Matrix
KEN ROBINSON
Nasceu em Liverpool, na Inglaterra, em 4 de março de 1950. Ken Robinson estudou Inglês e Dramatização na Universidade de Leeds, tendo concluído o Doutorado na área de
drama e teatro na educação, em 1981, pela Universidade de Londres. É conhecido mundialmente, atuando como consultor educacional, com ênfase em criatividade e inovação.
Fonte: Paradigma da Matrix, 2011.
EDGAR MORIN
HÁ SETE SABERES FUNDAMENTAIS QUE A EDUCAÇÃO DO FUTURO DEVERIA TRATAR EM TODA A
SOCIEDADE E EM TODA A CULTURA, SEM EXCLUSIVIDADE NEM REJEIÇÃO [...].
(MORIN, 2001, p. 13)
Esta citação faz parte do famoso livro de Edgar Morin, Os sete saberes necessários à Educação do Futuro. A proposta de Morin é apresentar esses saberes como condição
reflexiva para se pensar a Educação na forma como vinha se apresentando ao longo do século XX. A ideia é, a partir disso, projetar os avanços necessários para assumir seu papel
de protagonista na formação do cidadão do século XXI. Morin, então, aborda sete problemas específicos da Educação, que chama de “buracos negros”.
Vejamos:

Imagem: Shutterstock.com
O QUE É O CONHECIMENTO?
O ensino dá o conhecimento, porém não ensina o que é.
QUAL A PERTINÊNCIA DO CONHECIMENTO?
O ensino tende a valorizar as disciplinas, deixando de lado o contexto no qual o conhecimento será implementado.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
QUAL O PAPEL DA IDENTIDADE HUMANA?
O ensino, em geral, ignora a identidade humana e a sua relação com as ciências.
O QUE SIGNIFICA COMPREENDER?
O ensino não aborda o significado da palavra “compreender” e a necessidade de se compreender uns aos outros.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
O QUE FAZER COM AS INCERTEZAS?
O ensino não aborda a capacidade de lidar com aquilo que não é previsível.
QUAL O PAPEL DA GLOBALIZAÇÃO NO CONHECIMENTO?
O ensino, em geral, não aborda o fato de que tudo está conectado e de que a comunidade tem sido direcionada para um destino comum.
Imagem: Shutterstock.com
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Imagem: Shutterstock.com
QUAL A RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL E SOCIAL?
O ensino não aborda essa relação de responsabilidades nos âmbitos social e individual.
Perceba que os sete problemas apontados por Morin como buracos negros são a base para construção de sete saberes a serem explorados, uma vez que conduzem a uma reflexão
complexa acerca dos reais impactos que tais saberes trazem à realidade escolar. No entanto, é importante ressaltar que a proposta desse autor não é modificar os programas
educacionais, anulando a estrutura de disciplinas. Antes, Morin propõe uma integração dos sete saberes com as disciplinas já estabelecidas. Então, reveja o gráfico anterior e
observe que, para o desenvolvimento de cada saber escolar de maneira encadeada, devemos levar em consideração esses saberes.
PHILIPPE PERRENOUD
NINGUÉM PODE OBSERVAR E CONCEITUAR TODAS AS FACETAS DO OFÍCIO DE PROFESSOR,
CONHECER COM A MESMA PRECISÃO E A MESMA PERTINÊNCIA TODAS AS COMPETÊNCIAS
CORRESPONDENTES [A ESTE OFÍCIO].
(PERRENOUD, 2000, p. 171)
Esta citação faz parte da obra de Perrenoud (2000), Dez novas competências para ensinar, e mostra uma preocupação específica desse autor acerca da formação docente e,
consequentemente, da aprendizagem. Perrenoud, nessa obra, elenca as 10 competências necessárias para o professor:
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
Apesar da complexidade de definir o papel do professor e, portanto, sua formação, nesse livro, Perrenoud (2000) procurou apresentar algumas competências possíveis e explorá-las
de forma a oferecer um suporte ao docente que desejasse assumir um papel mais comprometido com a Educação do século XXI. A principal contribuição de Perrenoud para a
educação contemporânea foi a valorização do conceito de competências. Esse conceito parece não só ter sobrevivido às duas décadas do século XXI, como tem fundamentado
grande parte da legislação educacional, especialmente no Brasil.
KEN ROBINSON
A EDUCAÇÃO É O SISTEMA QUE SUPOSTAMENTE DEVERIA DESENVOLVER NOSSAS APTIDÕES
NATURAIS E NOS PERMITIR TRILHAR NOSSO CAMINHO NO MUNDO. EM VEZ DISSO, ELA ESTÁ
SUFOCANDO TALENTOS E HABILIDADES DE UM NÚMERO EXCESSIVO DE ESTUDANTES E ACABANDO
COM A MOTIVAÇÃO DELES PARA APRENDER.
(ROBINSON, 2010, p. 28)
Esta citação expressa um dos questionamentos de Robinson feito em 2006 enquanto ele se apresentava em uma importante conferência nos Estados Unidos:
As escolas matam a criatividade?
Nessa mesma conferência, Robinson buscou responder a esse questionamento criticando o que ele chama de “modelo técnico-industrial da educação”, disfarçado de “modelo
acadêmico”. Esse modelo, presente no mundo todo, valoriza apenas um aspecto da formação humana – geralmente a lógico-matemática – e não permite que outras perspectivas
tenham relevância na formação do indivíduo. A partir disso, pode-se responder à pergunta de Robinson: Sim! As escolas estão matando a criatividade!
Como resposta a esse contexto, Robinson propõe um processo educacional que valorize as aptidões individuais, permitindo que cada estudante trace caminhos para seu
aprendizado e, consequentemente, realize-se pessoal e profissionalmente. Dessa forma, o estudante poderá contribuir efetivamente para a sociedade em que vive. Embora com teor
bastante utópico, as ideias de Robinson continuam presentes em muitas conferências e projetos educacionais além de seus livros.
UTÓPICO
A palavra utopia, de origem grega, significa, etimologicamente, “lugar que não existe”. Em geral, entendemos esse conceito como algo que é inalcançável. No entanto, essa
palavra também pode representar o comprometimento com um ideal, trazendo a necessidade de agir para que ele se concretize.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. PARA RESPONDER AOS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI, PERCEBIDOS NO RELATÓRIO UNESCO COMO TENSÕES, SÃO
APRESENTADOS PILARES QUE SERIAM BASE PARA TODOS OS PROJETOS EDUCACIONAIS DAQUELE PERÍODO EM DIANTE.
SOBRE ISSO, MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA CORRETAMENTE UM DOS PILARES PROPOSTOS NO RELATÓRIO:
A) Aprender a fazer: o aprendizado não se reduz ao acúmulo de conhecimentos, mas à capacidade de aproveitar e adaptar tais conhecimentos ao seu contexto social e cultural.
B) Aprender a conviver: a habilidade adquirida pelo aprendizado não pode desistir de oferecer condições concretas para a realização de um trabalho específico, atual ou futuro.
C) Aprender a conhecer: o aprendizado deixa de ter um caráter meramente individual e adquire uma responsabilidade social, que visa à convivência plural e harmônica.
D) Aprender a ser: a Educação deve dar oportunidade para a formação do cidadão coletivo, mas também valorizar as potencialidades de cada indivíduo.
2. PERRENOUD, AUTOR DO LIVRO 10 NOVAS COMPETÊNCIAS PARA ENSINAR, FAZ UMA ABORDAGEM SOBRE AS COMPETÊNCIAS PARA O
SÉCULO XXI NECESSÁRIAS À ATUAÇÃO DO PROFESSOR.
SOBRE ISSO, ANALISE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR E MARQUE A QUE NÃO APRESENTA UMA AÇÃO DOCENTE COERENTE COM AS
COMPETÊNCIAS PROPOSTAS POR PERRENOUD (2000):
A) O professor deve elaborar atividades avaliativas a serem aplicadas antes, durante e após a ação educacional, de modo que o aluno possa manifestar o progresso de sua
aprendizagem.
B) O professor deve valorizar o trabalho individual durante o planejamento e a elaboração de suas aulas.
C) O professor deve envolver os pais dos alunos nas ações educacionais,de modo a torná-los participativos na construção de novos saberes.
D) O professor deve estar atento às inovações tecnológicas e deve buscar os conhecimentos necessários, de modo que possa explorar em sala de aula as potencialidades didáticas
das tecnologias.
GABARITO
1. Para responder aos desafios da Educação para o século XXI, percebidos no Relatório Unesco como tensões, são apresentados pilares que seriam base para todos os
projetos educacionais daquele período em diante.
Sobre isso, marque a alternativa que apresenta corretamente um dos pilares propostos no Relatório:
A alternativa "D " está correta.
Enquanto aprender a conhecer propõe um aprendizado que busca autonomia do aprendiz, permitindo que ele desenvolva novas formas de aprendizado, aprender a fazer indica um
ensino que ofereça condições efetivas de assumir determinada prática social como cidadão. Aprender a conviver sugere que sua atuação extrapola interesses pessoais,
apresentando responsabilidades sociais de convivência, o que efetiva o processo de aprender a ser.
2. Perrenoud, autor do livro 10 novas competências para ensinar, faz uma abordagem sobre as competências para o século XXI necessárias à atuação do professor.
Sobre isso, analise as afirmativas a seguir e marque a que não apresenta uma ação docente coerente com as competências propostas por Perrenoud (2000):
A alternativa "B " está correta.
Essa alternativa está incorreta pois, ao contrário, Perrenoud (2000) cita como competência para ensinar a capacidade do professor de trabalhar em equipe, desenvolvendo projetos e
trabalhos em grupo, com o objetivo de gerar representações comuns.
MÓDULO 2
 Identificar as teorias que embasam o uso das metodologias ativas
METODOLOGIAS ATIVAS
Como vimos, os pilares da Educação para o século XXI, conhecer-fazer-conviver-ser, influenciam significativamente na aprendizagem dos alunos. Um fator importante nesse
processo é a motivação para a aprendizagem. Por isso, no contexto contemporâneo, torna-se necessário identificar os aspectos que motivam e encantam os mais jovens. Sobre
isso, vejamos o que Martha Gabriel afirma:
Foto: Martha Gabriel
MARTHA GABRIEL
Escritora, consultora e palestrante, atua nas áreas de marketing digital, inovação e educação. É autora de seis livros, dentre eles o best seller Marketing na Era Digital.
Fonte: GABRIEL, [20--].
A EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO TEM TRANSFORMADO
PROFUNDAMENTE A SOCIEDADE EM TODAS AS SUAS DIMENSÕES, INCLUSIVE NA EDUCAÇÃO.
(GABRIEL, 2013)
Essa autora identifica as tecnologias digitais como um fator que tem transformado a sociedade. Uma vez que vem ocupando um lugar central na vida das pessoas, a tecnologia tem
sido identificada como um fator de motivação dos alunos. Por isso, torna-se necessário integrar essas tecnologias às metodologias de ensino, de modo que sejam importantes aliadas
da aprendizagem.
Foto: Shutterstock.com
Uma estratégia pedagógica bastante centrada no aluno e que é potencializada pelo uso das tecnologias digitais é a metodologia ativa. Vejamos como José Moran (2015) define
essa metodologia:
AS METODOLOGIAS ATIVAS SÃO PONTOS DE PARTIDA EM DIREÇÃO A PROCESSOS MAIS AVANÇADOS
DE REFLEXÃO, DE INTEGRAÇÃO COGNITIVA, DE GENERALIZAÇÃO, DE REELABORAÇÃO DE NOVAS
PRÁTICAS. NAS METODOLOGIAS ATIVAS, O APRENDIZADO SE DÁ A PARTIR DA ANTECIPAÇÃO,
DURANTE O CURSO, DE PROBLEMAS E SITUAÇÕES REAIS (OS MESMOS QUE OS ALUNOS
VIVENCIARÃO DEPOIS NA VIDA PROFISSIONAL).
(MORAN, 2015, p. 18-19)
Foto: Currículo Lattes
JOSÉ MORAN
Filósofo espanhol naturalizado brasileiro. Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP). Atuou como professor, pesquisador, conferencista e
orientador de projetos de transformação da Educação com metodologias ativas e modelos híbridos.
Fonte: Currículo Lattes.
Portanto, as metodologias ativas buscam colocar o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem, permitindo que crie soluções e busque os conhecimentos de que
necessita. Nesse contexto, o professor atua muito mais como um orientador do processo de construção da aprendizagem, estimulando, também, a interação entre os alunos. Perceba
que o professor deixa de ser o detentor do conhecimento, pois, atualmente, o aluno tem acesso a uma quantidade enorme de informações proporcionadas pelas tecnologias digitais.
Ao professor, cabe, então, orientar os alunos nessa busca pelo conhecimento.
Podemos citar alguns dos métodos utilizados nas metodologias ativas:
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
O sucesso de qualquer uma dessas metodologias depende da mudança decisiva na atuação do professor em sala de aula. Com o uso de metodologias ativas, o professor precisa
enxergar o aluno sob a perspectiva da ação e da parceria, ou seja, o trabalho pedagógico deve estar fundamentado no diálogo.
O que caracteriza um meio que se propõe ativo é o posicionamento da inteligência em contraposição à passividade característica dos métodos tradicionais de ensino. Além de pensar,
o aluno precisa sentir o que está fazendo para não ficar entediado com o conteúdo. Para incluir os sentimentos na construção de conhecimento, é necessário dar significado ao
que se aprende, a partir do bom humor, da disposição e da alegria no processo de aprendizado. Portanto, as tecnologias digitais são muito importantes para oferecer ferramentas
para a realização dessa proposta.
Convidamos a professora Martha Amaral para falar um pouco mais sobre as metodologias ativas. Assista a seguir.
Foto: Currículo Lattes
MARTA TEIXEIRA DO AMARAL MONTES
Possui Pós-doutorado e Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestrado em Educação pela Universidade Estácio de Sá (UNESA), Pós-
graduação em Educação a Distância (EAD) pelo Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto (UNISEB) e em Administração de Recursos Humanos pela Universidade Cândido
Mendes (UCAM), e Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atualmente, é Coordenadora Nacional do Curso de Pedagogia EAD da UNESA e
Coordenadora do curso de Pedagogia do Centro Universitário Univeritas.
Fonte: Currículo Lattes.
Percebeu que, nas metodologias ativas, como o foco do ensino está no aluno, ele pode traçar o seu próprio caminho para chegar ao conhecimento?
Isso acontece porque, nessas metodologias, os meios para se buscar o conhecimento não são determinados. O aluno pode, de acordo com suas características, utilizar diferentes
ferramentas e métodos para buscar uma informação e construir o conhecimento, de acordo com seu perfil de aprendizagem. O autor Howard Gardner desenvolveu uma teoria que
nos ajuda a identificar diferentes perfis de aprendizagem - a Teoria das Inteligências Múltiplas –, segundo a qual existem nove perfis de inteligência que determinam a forma de
aprender. São eles:
Foto: e-Global
HOWARD GARDNER
Cientista norte-americano formado em Psicologia e Neurologia. Desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas, divulgada na década de 1980, que influenciou
significativamente o campo educacional.
Fonte: Ferrari, 2008.
Inteligência verbal
Habilidade de utilizar as palavras de forma efetiva.
Foto: Shutterstock.com
Foto: Shutterstock.com
Inteligência lógico-matemática
Habilidade de utilizar os números de forma efetiva.
Inteligência cinestésica-corporal
Habilidade de expressar ideias e sentimentos usando o corpo.
Foto: Shutterstock.com
Foto: Shutterstock.com
Inteligência espacial
Habilidade de perceber o espaço físico.
Inteligência musical
Habilidade de expressar formas musicais.
Foto: Shutterstock.com
Foto: Shutterstock.com
Inteligência interpessoal
Habilidade de perceber os sentimentos, as emoções e as motivações das pessoas.
Inteligência intrapessoal
Habilidade de se autoconhecer e agir com base nisso.
Foto: Shutterstock.com
Foto: Shutterstock.com
Inteligência natural
Habilidade de lidar com a natureza.
Inteligência existencial
Habilidade de compreender o mundo transcendental.
Foto: Shutterstock.comO conhecimento dos diferentes tipos de inteligência permite ao professor selecionar os métodos que mais se adéquam aos perfis de aprendizagem dos seus alunos. Esse
autoconhecimento possibilita ao aluno escolher as ferramentas e os métodos que facilitarão não só a busca, como também a manifestação do conhecimento.
Imagem: Shutterstock.com
E você, conhece o seu perfil de aprendizagem?
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TEORIAS QUE EMBASAM O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS
A concepção teórica que embasa as metodologias ativas é o interacionismo. Essa concepção entende o sujeito como um ser ativo, que constrói e se apropria de seus
conhecimentos particulares a partir dos elementos e estímulos fornecidos por outras pessoas e pelo meio em que vive.
DE ACORDO COM ESSA TEORIA, CABE AO PROFESSOR ESTIMULAR E OFERECER VÁRIAS OPÇÕES DE
APRENDIZADO E CAMINHOS, A FIM DE QUE O ALUNO CONSTRUA SEUS CONHECIMENTOS POR MEIO DE UM
PLANEJAMENTO DIDÁTICO E PEDAGÓGICO QUE FACILITE A APRENDIZAGEM.
Foto: Shutterstock.com
Os principais teóricos que embasam a perspectiva interacionista são Jean Piaget, Lev Vygotsky e John Dewey. Em suas concepções, esses teóricos concebem o aprendizado
sempre relacionado ao contexto social no qual o aluno está inserido.
Foto: Ebiografia
JEAN PIAGET
Nasceu em Neuchâtel, na Suíça, no dia 9 de agosto de 1896. Estudou Biologia na Universidade de Neuchâtel e, em 1918, tornou-se Doutor em Biologia. Desenvolveu estudos
na área da Psicologia, onde revolucionou os conceitos de inteligência e de desenvolvimento cognitivo. Piaget também criou uma metodologia educacional que valorizava os
âmbitos pessoal e social do indivíduo no processo de construção do conhecimento.
Fonte: Frazão, 2015.
Foto: Nova Escola
LEV VYGOTSKY
Nasceu em Orsha, cidade próximo a Minsk, capital da Bielo-Rússia, no dia 17 de novembro de 1896. Formou-se em Direito pela Universidade de Moscou, onde também estudou
Literatura e História da Arte. Desenvolveu pesquisas na área de Psicologia, enfatizando os processos de aprendizagem. A teoria de Vygosky foi de grande relevância para a
Educação.
Fonte: Frazão, 2017.
Foto: UDESC
JOHN DEWEY
Dewey nasceu em Burlington, cidade do estado norte-americano de Vermont, no ano de 1859. Formou-se na Universidade Johns Hopkins, onde estudou Artes e Filosofia.
Escreveu sobre arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia, política, filosofia e educação.
Fonte: Só Pedagogia, [20--].
JEAN PIAGET
SOMENTE A EDUCAÇÃO PODE SALVAR NOSSAS SOCIEDADES DE UMA POSSÍVEL DISSOLUÇÃO,
VIOLENTA OU GRADUAL.
(PIAGET apud MUNARI: 2010, p. 17)
Para Piaget (apud MUNARI, 2010), as interações sociais possuem grande importância, pois é por meio delas que novas informações e características do meio são transmitidas,
contribuindo para a assimilação do conhecimento de maneira ativa, de acordo com o estágio de desenvolvimento cognitivo do sujeito. Vejamos como ocorre esse processo:
Imagine um grupo social em que diversas informações e conhecimentos são compartilhados.
Imagem: Shutterstcok.com
Imagem: Shutterstcok.com
À medida que se relaciona com esse grupo, o indivíduo processa as informações oferecidas e as reestrutura de maneira única, integrando-as aos conhecimentos já construídos.
Nessa reestruturação, o indivíduo produz novos conhecimentos.
Imagem: Shutterstcok.com
Imagem: Shutterstcok.com
Esses novos conhecimentos são compartilhados com o grupo em um processo de cooperação.
Perceba que, para Piaget (apud MUNARI, 2010), as interações sociais são o principal meio de aprendizado, pois à medida que interage com pessoas e objetos, o indivíduo está
progredindo em suas formas de pensamento e em suas ações. Nesse processo interacional, o sujeito compreende que sua ação deve contribuir para a cooperação do grupo,
desenvolvendo, assim, uma vida afetiva.
LEV VYGOTSKY
É POR MEIO DE OUTROS, POR INTERMÉDIO DO ADULTO, QUE A CRIANÇA SE ENVOLVE EM SUAS
ATIVIDADES. ABSOLUTAMENTE TUDO NO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA ESTÁ FUNDIDO,
ENRAIZADO NO SOCIAL.
(VYGOTSKY apud IVIC: 2010, p. 16)
Para Vygotsky (apud IVIC, 2010), os processos sociais são importantes para a construção do conhecimento. Dessa forma, o desenvolvimento do indivíduo acontece a partir das
interações que estabelece desde sua infância com o meio social no qual está inserido. Vejamos como ocorre esse processo:
Imagine uma criança crescendo no seu meio familiar e recebendo todo tipo de informações.
Imagem: Shutterstock.com
A partir das interações estabelecidas, essa mesma criança desenvolve os processos mentais superiores, que são:
Imagem: Shutterstock.com
Para Vygotsky (apud IVIC, 2010), é por meio do contato com outras pessoas que o sujeito se apropria dos instrumentos e signos e os internaliza, desenvolvendo-se
intelectualmente. De acordo com essa perspectiva, é importante partir do que o aluno sabe para acessar o conhecimento ainda não aprendido por ele. Por isso, o professor deve
levar em conta o conhecimento real da criança e gerar situações que provoquem novas aprendizagens.
JOHN DEWEY
NO QUE SE REFERE À CRIANÇA, HÁ DE SE SABER QUE SUA EXPERIÊNCIA JÁ CONTÉM EM SI OS
ELEMENTOS – FATOS E VERDADES – DO MESMO TIPO DOS CONSTITUTIVOS DOS ESTUDOS
ELABORADOS PELOS ADULTOS E O MAIS IMPORTANTE: SOB QUE FORMA CONTÉM AS ATITUDES, OS
INCENTIVOS E OS INTERESSES QUE CONTRIBUÍRAM PARA DESENVOLVER E ORGANIZAR OS
PROGRAMAS LOGICAMENTE ORDENADOS.
(DEWEY apud WESTBROOK; TEIXEIRA, 2010, p. 16-17)
Dewey (apud WESTBROOK; TEIXEIRA, 2010, p. 16-17) defende que a aprendizagem ocorre pela experiência. Para ele, quando os alunos frequentam um espaço de aprendizado,
estão vivendo a vida e aprendendo a partir dela. Por isso, o autor considera errada o pensamento cujo princípio afirma que a escola forma o aluno para a vida. De acordo com a
perspectiva desse teórico, a vivência na escola faz parte da vida. Essa instituição precisa proporcionar momentos de aprendizagem com significado para o estudante, propiciando
experiências motivadoras.
Para Dewey (apud WESTBROOK; TEIXEIRA, 2010, p. 16-17), ao chegar na escola, a criança já traz conhecimentos e experiências que devem ser considerados no processo de
ensino e aprendizagem. Vamos entender um pouco mais a visão do autor:
Imagem: Shutterstock.com
Quando a criança inicia sua escolaridade, leva consigo quatro impulsos inatos:
Imagem: Shutterstock.com
Comunicar
Imagem: Shutterstock.com
Construir
Imagem: Shutterstock.com
Indagar
Imagem: Shutterstock.com
Expressar-se de forma mais precisa
Esses impulsos são os recursos naturais, que devem ser utilizados como pontos de partida para se investir no desenvolvimento ativo da criança.
Nesse processo, cabe ao professor buscar os interesses e o contexto social da criança e utilizá-los como insumo para elaborar atividades que motivem o seu desenvolvimento,
atuando como um orientador no processo de construção do conhecimento.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. LEIA A AFIRMAÇÃO DE MORIN (2001) SOBRE METODOLOGIAS ATIVAS:
“NAS METODOLOGIAS ATIVAS DE APRENDIZAGEM, O APRENDIZADO SE DÁ A PARTIR DE PROBLEMAS E SITUAÇÕES REAIS; OS MESMOS
QUE OS ALUNOS VIVENCIARÃO DEPOIS NA VIDA PROFISSIONAL, DE FORMA ANTECIPADA, DURANTE O CURSO”.
COM BASE NISSO, ANALISE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR E MARQUE A QUE NÃO CONTEMPLA UMA CARACTERÍSTICA DAS
METODOLOGIAS ATIVAS:
A) As metodologias ativas buscam deslocar para o centro do processo de ensino e aprendizagem as tecnologias digitais, pois potencializam o conhecimento.
B) Nas metodologias ativas, o professor atua muito mais como um orientador do processo de construção da aprendizagem, estimulando, também, a interação entre os alunos.
C) Nas metodologias ativas, o professor deixa de ser o detentor único do conhecimento, pois considera que seu aluno tem acesso a uma quantidade enorme de informações
proporcionadas pelas tecnologias digitais.
D) Nas metodologias ativas, cabe ao professor estimular os alunos na busca pela criação de soluções, construindo os conhecimentos de que necessita.
2. SABEMOSQUE A CONCEPÇÃO TEÓRICA QUE FUNDAMENTA AS METODOLOGIAS ATIVAS É O INTERACIONISMO. SEUS PRINCIPAIS
TEÓRICOS SÃO PIAGET, VYGOTSKY E DEWEY. CADA TEÓRICO TROUXE IMPORTANTES CONTRIBUIÇÕES PARA O CAMPO DA EDUCAÇÃO.
SOBRE ISSO, ANALISE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR E MARQUE A INCORRETA:
A) Segundo Piaget, as interações sociais possuem grande importância no processo de aprendizagem, pois é por meio delas que novas informações e características do meio são
transmitidas.
B) Segundo Vygotsky, à medida que se relaciona com determinado grupo social, o indivíduo processa as informações oferecidas e as reestrutura de maneira única, de acordo com
seu desenvolvimento cognitivo.
C) Segundo Dewey, a aprendizagem ocorre pela experiência, ou seja, quando os alunos frequentam um espaço de aprendizado, estão vivendo a vida e aprendendo a partir dela.
D) Segundo Vygotsky, os processos sociais são importantes para a construção do conhecimento pelos sujeitos, pois é essa interação que promove o desenvolvimento intelectual do
indivíduo.
GABARITO
1. Leia a afirmação de Morin (2001) sobre metodologias ativas:
“Nas metodologias ativas de aprendizagem, o aprendizado se dá a partir de problemas e situações reais; os mesmos que os alunos vivenciarão depois na vida
profissional, de forma antecipada, durante o curso”.
Com base nisso, analise as afirmativas a seguir e marque a que não contempla uma característica das metodologias ativas:
A alternativa "A " está correta.
As tecnologias digitais potencializam as metodologias ativas. No entanto, o centro do processo de ensino e aprendizagem deve ser o aluno. Essa é a grande mudança que as
metodologias trazem para a estratégia pedagógica, como mostrado nas alternativas b, c e d.
2. Sabemos que a concepção teórica que fundamenta as metodologias ativas é o interacionismo. Seus principais teóricos são Piaget, Vygotsky e Dewey. Cada teórico
trouxe importantes contribuições para o campo da Educação. Sobre isso, analise as afirmativas a seguir e marque a incorreta:
A alternativa "B " está correta.
Esta afirmativa pertence à Piaget. Em Vygotsky, a ênfase é dada ao processo de interação, embora não despreze os elementos cognitivos próprios de cada etapa do desenvolvimento
do sujeito. Isso acontece pois, para o autor, é essa interação que promove o desenvolvimento intelectual do indivíduo.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, você identificou alguns dos principais desafios para a Educação do século XXI e percebeu as metodologias ativas como a principal estratégia pedagógica a ser utilizada
como resposta a esse contexto cada vez mais permeado pelas tecnologias digitais. Sabendo da complexidade do processo de ensino e aprendizagem, torna-se essencial reconhecer
as individualidades dos alunos, envolvendo-os nas tomadas de decisão, a fim de torná-los ativos e participativos na construção do conhecimento.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
DELORS, J. Educação: tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2001.
FERRARI, M. Howard Gardner, o cientista das inteligências múltiplas. São Paulo: Nova Escola, 2008. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1462/howard-gardner-o-
cientista-das-inteligencias-multiplas. Acesso em: 23 jan. 2020.
FRAZÃO, D. Jean Piaget – psicólogo e pesquisador em Pedagogia. [S. l.]: Biografias, 2015. Disponível em: https://www.ebiografia.com/jean_piaget/. Acesso em: 23 jan. 2020.
FRAZÃO, D. Lev Vygotsky – psicólogo bielo-russo. [S. l.]: Biografias, 2017. Disponível em: https://www.ebiografia.com/lev_vygotsky/. Acesso em: 23 jan. 2020.
GABRIEL, M. Biografia. [S. l.]: Martha Gabriel, [20--]. Disponível em: https://www.martha.com.br/biografia/. Acesso em: 23 jan. 2020.
GABRIEL, M. Educar: a (r)evolução digital na educação. São Paulo: Saraiva, 2013.
GESTÃO ESCOLAR. Organização do trabalho pedagógico – pensadores da educação – Jacques Delors. Curitiba: Secretaria da Educação do Paraná, [20--]. Disponível em:
https://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=337. Acesso em: 23 jan. 2020.
IVIC, I. Lev Semionovich Vygotsky. Recife: Massangana, 2010.
MORAN, J. Mudando a educação com metodologias ativas. Ponta Grossa: UEPG, 2015.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2001.
MUNARI, A. Jean Piaget. Recife: Massangana, 2010.
PARADIGMA DA MATRIX. Biografia: Ken Robinson. [S. l.]: Paradigma da Matrix, 2011. Disponível em: https://pt.paradigmatrix.com/2011/01/12/biografia-ken-robinson/. Acesso em: 23
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PAULA, R. N. F. de. Philippe Perrenoud. [S. l.]: InfoEscola, [20--]. Disponível em: https://www.infoescola.com/biografias/philippe-perrenoud/. Acesso em: 23 jan. 2020.
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WESTBROOK, R. (org.). John Dewey. Recife: Massangana, 2010.
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A noção de experiência em John Dewey, a educação progressiva e o currículo de Ciências
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Os sete saberes necessários à educação do futuro
Inteligências múltiplas e representações
Obra
VYGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
CONTEUDISTA
Marta Teixeira do Amaral Montes
 CURRÍCULO LATTES
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O QUE VOCÊ FAZ NO SEU TEMPO LIVRE?
 Jogo xadrez.
 Leio um livro.
 Contemplo a natureza.
 Saio com os amigos para conversar.
 Aproveito para realizar autorreflexões.
 Faço desenhos.
 Ensaio movimentos de dança.
 Toco um instrumento musical.
 Faço reflexões sobre o mundo espiritual.
QUAL É A SUA MAIOR COMPETÊNCIA?
 Raciocino logicamente.
 Uso bem a fala e a escrita.
 Cuido bem do ecossistema.
 Interpreto sentimentos e emoções.
 Sou um bom planejador.
 Crio facilmente imagens visuais dos ambientes.
 Manuseio objetos facilmente.
 Percebo diferentes tipos de sons.
 Relaciono facilmente o mundo físico com o mundo espiritual.
O QUE VOCÊ FAZ PARA RESOLVER UM PROBLEMA?
 Crio um gráfico para visualizar melhor o problema e encontrar uma solução.
 Escrevo uma lista de soluções para o problema.
 Interajo com a natureza para encontrar elementos ou padrões do ecossistema que me ajudem a solucionar o problema.
 Peço ajuda para um amigo ou familiar para encontrar uma solução.
 Separo um tempo para refletir sobre possíveis soluções para o problema.
 Crio desenhos para ajudar a visualizar o problema e encontrar uma solução.
 Faço exercícios para clarear a mente e ver se encontro uma solução.
 Ouço música, pois ajuda a encontrar uma solução para o problema.
 Faço meditação, pois contribui para encontrar uma solução.
COMO OS SEUS AMIGOS DESCREVEM VOCÊ?
 Racional.
 Prolixo.
 Naturalista.
 Compreensivo.
 Reservado.
 Artista.
 Equilibrista.
 Musical.
 Filósofo.
QUANDO ALGUÉM PEDE ORIENTAÇÕES NA RUA, VOCÊ:
 Explica o caminho mais lógico.
 Escreve as coordenadas em um papel.
 Explica o caminho usando árvores e elementos naturais como referência.
 Oferece sua companhia para levar a pessoa ao destino.
 Explica, timidamente, como chegar ao destino.
 Desenha um mapa com o caminho a percorrer.
 Explica, gestualmente, como chegar ao destino.
 Explica o caminho usando elementos audiovisuais.
 Antes de explicar o caminho, questiona para si todas as possibilidades.
NA ESCOLA, QUAL ERA A SUA DISCIPLINA PREFERIDA?
 Matemática.
 Línguas.
 Biologia.
 Projeto em grupo.
 Psicologia.
 Geometria.
 Educação Física.
 Educação Musical.
 Filosofia.
QUAL PROFISSÃO VOCÊ QUERIA SEGUIR QUANDO CRIANÇA?
 Engenheiro(a).Escritor(a).
 Agricultor(a).
 Jornalista.
 Psicólogo(a).
 Arquiteto(a).
 Dançarino(a).
 Cantor(a).
 Filósofo(a).
QUAL MÉTODO VOCÊ UTILIZA PARA ESTUDAR?
 Tento encontrar uma lógica no encadeamento dos fatos.
 Escrevo resumos do que aprendo.
 Fico recluso em um ambiente natural, pois o contato com a natureza me ajuda a estudar.
 Estudo em grupo, pois gosto de trocar ideias.
 Procuro ambientes onde possa estudar sozinho.
 Elaboro mapas e esquemas sobre a matéria.
 Assisto a tutoriais.
 Ouço música, pois ajuda na concentração.
 Elaboro indagações sobre o assunto da matéria.
DAS AFIRMAÇÕES A SEGUIR, COM QUAL VOCÊ MAIS SE
IDENTIFICA?
 Sou ótimo com números.
 Gosto de contar histórias.
 Adoro interagir com a natureza.
 Percebo facilmente os sentimentos das pessoas.
 Sou muito sensível e intuitivo(a).
 Gosto de projetar espaços.
 Sou muito bom com ritmos.
 Identifico facilmente quando uma pessoa canta desafinado.
 Gosto de estudar sobre a existência humana.
ATENÇÃO !
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