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Aula 5 - A guerra fria no continente americano

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Histórica da América II
Aula 5: A Guerra Fria no continente americano
Apresentação
Nesta aula, analisaremos a inserção do continente americano no contexto da Guerra Fria considerando como os países da
região se posicionaram diante desse con�ito internacional. É importante destacar que a Guerra Fria foi um acontecimento
praticamente global, deixando em lados opostos países de diferentes continentes, e teve como um de seus principais
atores um país do continente americano ― os Estados Unidos da América. Consideraremos ainda o contexto político e
econômico que a América Latina passou a compor com o término da Segunda Guerra Mundial e as mudanças que
ocorreram na região, pois diversas ações adotadas na política da América Latina foram pautadas na existência da Guerra
Fria e relacionadas aos acontecimentos que nortearam esse con�ito.
Objetivos
Analisar a inserção do continente americano na Guerra Fria;
Identi�car as relações entre a América Latina e a Guerra Fria, compreendendo a inserção dessa região no con�ito;
Relacionar ao contexto da Guerra Fria algumas mudanças políticas ocorridas na América Latina.
A inserção do continente americano na Guerra Fria
 (Fonte: Shutterstock).
Conforme estudamos em aula anterior, a Segunda Guerra Mundial constituiu um fenômeno global que envolveu direta ou
indiretamente todos os países do mundo.
O continente americano se viu envolvido diretamente no con�ito após o ataque japonês à base naval de Pearl Harbor, no
Pací�co, em 1941.
Atenção
O envolvimento dos Estados Unidos na Segunda Guerra foi um fator de suma importância para a vitória dos Aliados e marcou a
inserção do continente americano na política internacional que se organizou no pós-Segunda Guerra.
A expansão do comunismo pelo mundo
 (Fonte: Shutterstock).
Ao �m da guerra, a participação dos Estados Unidos e da União Soviética na vitória dos Aliados consolidou uma rivalidade que
se estendeu por toda a segunda metade do século XX.
Comentário
Temos de considerar a posição da América Latina nesse contexto, sobretudo porque a participação da União Soviética nessa
vitória fez com que o prestígio do comunismo aumentasse bastante e, com isso, houve também uma expansão dos partidos
comunistas pelo mundo.
Mudanças políticas na América Latina
O historiador Leslie Bethell a�rma que o período entre 1944-1945 e 1947-1948 não foi um divisor de águas na América Latina,
apesar das mudanças políticas ocorridas, e isso se deveu especialmente ao fato de a região estar passando por certo
isolacionismo internacional.
Comentário
Temos de considerar, no entanto, que esse período foi marcado por questões internas muito fortes em vários de seus países,
como a democratização que passou a existir na região, uma forte tendência à esquerda e à militância trabalhista.
Houve a queda de ditadores e a mobilização das forças populares. Partidos progressistas e reformistas começavam a chegar ao
poder.
Atenção
Em alguns países, por causa do prestígio obtido pelos soviéticos ao término da Segunda Guerra Mundial, os partidos comunistas
passaram a ganhar um pouco mais de espaço.
Podemos citar aqui o Brasil, que teve seu Partido Comunista do Brasil legalizado ao término do con�ito, podendo disputar cargos
eleitorais.
O principal fator por trás das mudanças políticas na América
Latina durante os anos de 1944, 1945 e 1946 foi a vitória
dos Aliados na Segunda Guerra Mundial.
A despeito do poderio do Eixo, especialmente da Alemanha,
dos interesses na América Latina e, de fato, das amplas
simpatias pró-Eixo e pró-fascismo veri�cadas em toda a
região no �nal da década de 1930 e começo da década de
1940, logo depois de Pearl Harbor todos os estados latino-
americanos, com exceção do Chile e da Argentina,
alinharam-se com os Estados Unidos e romperam relações
com as potências do Eixo; ao �m, muitos deles, embora não
até 1945, declararam guerra.
Quando �cou óbvio que os Aliados venceriam a guerra ― a
derrota alemã de Stalingrado, em fevereiro de 1943,
assinalou a mudança da maré ―, evidenciando-se a natureza
da ordem política e econômica internacional que iria imperar
no pós-guerra e a posição hegemônica dos Estados Unidos
no seio dela, os grupos dominantes da América Latina,
inclusive os militares, reconheceram a necessidade de fazer
alguns ajustes políticos e ideológicos, além de concessões. "
- Bethell; Roxborough, 1996
A democracia – o novo caminho
Ao �m da Segunda Guerra, a democracia passou a ser o
caminho buscado pelos países em virtude de fortes
pressões políticas internas e do novo rumo que estava
sendo dado na região.
A partir de 1947, a América Latina começou a passar por
um processo de aprofundamento da Guerra Fria.
O mundo do trabalho começou a ser mais fortemente
controlado, e o alinhamento internacional com os
estadunidenses se consolidou efetivamente, passando a
ocupar um espaço central na política latino-americana em
toda a segunda metade do século XX.
 (Fonte: Shutterstock).
A vitória dos Aliados na guerra – consequências
Com a vitória dos Aliados na guerra, houve uma expansão do comunismo em todo o mundo, com a ascensão dos partidos
comunistas ao poder e sua inserção na vida política de alguns países. No entanto, após um curto período, esses partidos
começaram a ser perseguidos, caíram no ostracismo, como o Partido Comunista da Argentina, ou foram postos na ilegalidade,
como o Partido Comunista do Brasil.
Cada país buscou se inserir na lógica da Guerra Fria de acordo com seus interesses, mas é fator consolidado que a América se
alinhou com os Estados Unidos, e isso fez com que o continente passasse a estar sob a ótica capitalista, buscando repelir
qualquer in�uência soviética.
"A preocupação dos Estados Unidos em relação à América
Latina no início da guerra fria se concentra especialmente nas
posturas nacionalistas de alguns governos e movimentos
que visualizam uma perspectiva equidistante da in�uência do
país como base para qualquer política de a�rmação nacional.
A maior preocupação é com a disponibilidade dos recursos
naturais da região em caso de uma guerra com a União
Soviética e a eventualidade de um boicote de governos,
sindicatos e demais movimentos, em que a in�ltração de
ideias antiamericanas possa ser decisiva"
- AYERBE, 2002, P. 81
O surgimento de um governo comunista no continente americano
Havia um forte temor do crescimento do comunismo, e era fundamental que os governos constituídos, utilizando todos os
recursos necessários, conseguissem impedir esse crescimento.
É claro que o surgimento de um governo comunista no continente americano, com a Revolução Cubana , foi um fator de
grande relevância para pensarmos no acirramento da Guerra Fria na América e para uma mudança na condução da política e
no relacionamento dos países com o comunismo.
A consolidação desse fantasma em solo americano foi extremamente importante para pensarmos a relação entre a Guerra Fria
e o continente americano.
1
 Jonas Zagatta | Unsplash
Os Estados Unidos no �m da Segunda Guerra
Vamos agora considerar os Estados Unidos no contexto do �m da Segunda Guerra Mundial e avaliar como eles se tornaram
uma grande potência no século XX.
De acordo com Sean Purdy:
"Os Estados Unidos saíram da Segunda Guerra Mundial
como a mais poderosa nação da terra. Suas forças armadas
ocuparam o Japão e uma grande parte da Europa Ocidental.
Além disso, muitas bases militares estabelecidas em países
aliados durante a guerra �caram intactas.
Economicamente, os Estados Unidos detinham a maioria do
capital de investimento, produção industrial e exportações no
mundo, controlando até dois terços do comércio mundial,
enquanto grandes partes da Europa e Ásia estavam
devastadas”
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon352/aula5.html
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon352/aula5.html
- Karnal et al., 2007, p. 226
"A Guerra Fria na América Latina começou no �m dos anos
1940, quando movimentos favoráveis à mudança política e
econômica surgiram em muitos países do continentee
acabaram refreados ou esmagados pelas elites locais com a
ajuda dos Estados Unidos.
Manipulando a retórica do anticomunismo, os Estados
Unidos mantiveram os países latino-americanos na esfera da
in�uência ocidental por meio de invasão, orquestração de
golpes, obstáculos à reforma social e apoio técnico e político
a regimes militares repressivos. O Departamento de Estado e
a CIA, por exemplo, promoveram, planejaram e executaram a
derrubada do governo reformista de Jacobo Arbenz na
Guatemala em 1954 [...]
[...] preocupados com a ameaça que reforma agrária,
redistribuição de renda e democracia política representavam
para os latifundiários, os Estados Unidos, como aponta o
historiador Greg Grandin, viram a Guatemala e outros casos
semelhantes na América Latina em grande parte através das
lentes ideológicas da Guerra Fria.
Ações como essa se multiplicariam nas próximas décadas na
América Central e Sul, especialmente depois da Revolução
Cubana em 1959. Os Estados Unidos, nesse período,
tornaram-se o “World Cop”
- PURDY apud KARNAL et al., 2007, p. 229-230
Assista os vídeos
Vídeo 1 Vídeo 2 Vídeo 3
 Colin Watts | Unsplash
Como pudemos ver, ao término da Segunda Guerra Mundial e durante grande parte da Guerra Fria, os Estados Unidos
tornaram-se hegemônicos em diferentes partes do mundo. Procuraram estabelecer uma atuação direta na política da América
Latina, �nanciando golpes e procurando consolidar a região para sua conduta anticomunista e, assim, ganhá-la para sua esfera
de in�uência.
No contexto da Guerra Fria, houve um temor muito forte de que os pensamentos e grupos de esquerda ocupassem um espaço
ampliado no continente americano, o que conduziu a região a vários golpes militares em diferentes países.
Não somente o temor do avanço do comunismo mas também políticas reformistas e de cunho nacionalista se tornaram uma
preocupação para a hegemonia estadunidense, o que justi�cou o envolvimento desse país na vida política latino-americana.
O principal fator que marcou a inserção da América Latina na Guerra Fria foi o estabelecimento de diversas ditaduras militares
na região, sobretudo em virtude do temor do avanço da esquerda, que veremos mais detalhadamente nas próximas aulas.
 Aaron Burden | Unsplash
AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online
Notas
Revolução Cubana1
Revolução Cubana: Ocorreu na ilha de Cuba em 1959 e foi liderada por Fidel Castro e Ernesto Che Guevara. Veremos mais
detalhadamente em aulas posteriores.
Referências
Próxima aula
Ascensão de movimentos de esquerda na América Latina;
Relação desses movimentos com o contexto da Guerra Fria;
Relação dos grupos de esquerda com os governos democraticamente instituídos e com outros grupos existentes na
região.
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