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A TIRAGEM DO ENFERMEIRO 2

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FACULDADE ATUAL
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO
A triagem do enfermeiro no diagnóstico para a prevenção do suicídio; Observação e analise crítica da vivência no Hospital de Emergência em Macapá- AP.
MACAPÁ-AP
2018
LUANA CRISTINA LIRA ALVES
A triagem do enfermeiro no diagnóstico para a prevenção do suicídio; Observação e analise crítica da vivência no Hospital de Emergência em Macapá- AP.
Artigo Apresentado ao Programa de Pós Graduação da Faculdade Atual para obtenção do título de especialista (Lato Sensu) em Gestão em docência do ensino superior , orientado pelo Prof. Dr. Wanildo Figueiredo de Sousa.
MACAPÁ-AP
 2018
Resumo 
Este trabalho tem como objetivo, avaliar a assistência prestada pela equipe de enfermagem, aos usuários do serviço publico, desvelando os desafios para evitar o suicídio. Foi delimitado uma quantia de participantes, totalizando um grupo de quinze (15) enfermeiros que trabalham no hospital de emergência de Macapá-AP para participarem de uma breve pesquisa através de questionários. Como base inicial, fez pesquisas a cerca do tema levantado, visando conhecimentos e sustentação bibliográfica para a fundamentação da abordagem em pauta. Mediante as investigações de cunho bibliográfico, foi-se a campo para colher informações vivenciadas pelos profissionais da enfermagem, que decidiram colaborar de forma espontânea. Foi explicado os procedimentos e entregues para cada voluntário um questionário contendo sete questões para escolherem as que mais se encaixassem a realidade vivido por eles. Mediantes as respostas dos enfermeiros, foi possível perceber, a carência nos atendimentos prestados a tais vítimas. Vale salientar, que as ineficiências evidenciadas acerca do atendimento prestado pela a equipe de enfermagem, é proveniente da falta de recursos e má estruturação do próprio hospital. Confirma-se com esse trabalho, que o caso de suicídio, pode ser diagnosticado, através de uma avaliação consciente e precisa do corpo de enfermagem, evitando dessa forma, que se agrave o problema. Entretanto, é necessário que o Estado ofereça estrutura adequadas para que o trabalho aconteça de forma satisfatória para o bem da sociedade.
INTRODUÇÃO (objeto, objetivos, metodologia, justificativa, problema, quadro teórico)
O suicídio é o ato pelo qual um ser humano decide colocar um ponto final a sua vida, geralmente, esta decisão limite vem como resultado da experiência de um episódio traumático, como a morte inesperada de um ente querido, um acidente, um estupro, um assalto violento, entre outros, que o indivíduo não conseguiu superar mesmo com uma terapêutica adequada realizada para superá-lo.
 Os fato tem se tornado um problema comum na saúde do Brasil e um dos mais grave no contexto mundial. É imensurável o impacto psicológico, social e econômico na família e na comunidade referente a esse problema global. Esta ação voluntária e intencional parte do ponto de vista que a morte significa o fim de tudo, um mergulho no nada, a visão esta acentuada pelo viés materialista que envolve a nossa civilização. O suicídio pode ser concretizado através de atos mais agressivos geralmente uma escolha
O ato suicida é, portanto, considerado um pecado em algumas religiões e um crime em certas legislações. Mas em algumas culturas, esta atitude pode ser considerada uma forma digna de fugir de contextos que envolvem vergonha e culpa.
A pesquisa tem como questionamento o seguinte: Quais os questionamentos prévios do enfermeiro para detectar um paciente com um comportamento suicida tendo a consciência e a responsabilidade do seu tratamento após o diagnostico ? 
Trata-se de uma pesquisa de campo com base bibliográfica e de caráter qualitativa, cujo objetivo é fazer uma breve investigação por meio de questionários que serão destinados aos enfermeiros do pronto atendimento, do hospital de Emergência da cidade de Macapá-AP. Através dos questionários, busca-se avaliar a assistência prestada pela a equipe de enfermagem aos usuários do serviço público, desvelando os desafios para evitar o suicídio. Na ocasião também se faz necessário identificar por meio de pesquisas bibliográfica, e descrever, os principais sintomas dos indivíduos que apresentam comportamentos suicidas. Identificado os principais sintomas, serão apresentadas neste artigo, algumas sugestões pertinentes à prevenção e controle aos pacientes que apresentam transtornos mentais que levam ao desamor a vida, incorrendo em tentativa de suicídio.
O questionário que será avaliado a seguir é composto por sete (7) questões, com as alternativas: A, B, C e D. (encontra-se em anexo deste trabalho). Foi utilizado como coleta de informações, referentes aos atendimentos prestados pelos enfermeiros no Hospital de Emergência Dr. Oswaldo Cruz (HE), localizado na Rua Hamilton Silva, nº 1648, Centro, na cidade de Macapá-AP.
DESENVOLVIMENTO
O suicídio tem se tornado cada vez mais evidente e figura como um dos problemas de saúde mais grave no contexto mundial. Estima-se que a ocorrência dessa fatalidade tem chegado a patamares altíssimos, já se somam quase um milhão de pessoas vitimadas por essa incidência por ano. É imensurável o impacto psicológico, social e econômico na família e na comunidade referente a esse problema global.
Baseando-se na estimativa ora mencionada, percebe-se que a tendência, é que, anos posteriores, os numero de suicídios e tentativas, venha a dobrar, o que é bastante preocupante [1].
Pode ser apresentado o comportamento suicida como fator etimológico multifatorial, bem como a influência de fatores biológicos, socioambientais e psicológicos, porém cada um com seu penso específico e é possível que nenhum desses, possa ser suficiente para explicar por si só tais comportamentos.
Poucos são os dados coletados e evidenciados sobre os casos de suicídios em diferentes países [2]. Dessa forma a real magnitude das tentativas não é conhecida a fundo, porém estima-se que uma parte mínima das pessoas que cometem tal ato faça, contando com um atendimento emergencial proveniente de um hospital público [3]. Pois é evidente que, quando um indivíduo não consegue se tratar sozinho das lesões auto cometidas é muito comum o mesmo recorrer ao sistema de saúde em busca de ajuda.
De acordo com Bertolote (2000), o profissional de enfermagem do serviço de emergência costuma ser o primeiro contato do paciente vítima de uma tentativa de suicídio ou episódio de autolesão. Neste momento é de extrema importância que esses profissionais estejam preparados para avaliar tais pacientes de forma adequada para que futuros comportamentos suicidas sejam prevenidos. Entretanto, em muitos casos, tendem demonstrar atitudes negativas, por não possuírem habilidades interpessoais para atendê-los, dessa forma acabam cometendo erros decorrentes de avaliações inadequadas.
Diante do exposto, questionou-se sobre quais seriam os procedimentos corretos que devem ser adotados pelos profissionais da enfermagem no pronto atendimento aos pacientes lesionados por tentativas de suicídio. Já que os mesmos, não parecem agir conscientemente. Sendo assim, este trabalho será desenvolvido com base em pesquisa bibliográfica, bem como investigação por meio de questionários aos enfermeiros do Hospital de emergências da cidade de Macapá-AP. 
Os principais fatores de risco que levam um indivíduo ao comportamento suicida são: transtornos mentais os quais estão presentes em mais de 90% dos casos de suicídio, antecedentes familiares, sexo, idade, relações familiares, abuso de substâncias entorpecentes, problemas físicos, principalmente aqueles que causam invalidez e/ou dor crônica e situação social desfavorável, como pobreza e desemprego [4].
Com base nas informações de estudiosos sobre o assunto, é possível inferir, que no Brasil, as taxas de suicídio entre 1980 e 2000, fazendo uma comparação com a situação epidemiológica mundial, considerando idade e sexo. Os resultados apontaram que os índices globais de suicídio cresceram 21% em 20 anos, que os homens se suicidam 2,3 a 4 vezesmais que as mulheres e que os idosos acima de 65 anos apresentaram as taxas mais elevadas. Os jovens entre 15 e 24 anos apresentaram o maior crescimento [5]. 
Segundo Bertolote (2000), também é relevante citar, que existem diferenças entre os sexos em relação à letalidade do comportamento suicida em função das construções de gênero. As mulheres escolhem métodos menos invasivos para não perderem a beleza, enquanto os homens preferem métodos que evidenciem sua virilidade. Dessa forma, o sexo feminino apresenta o comportamento suicida com mais frequência e fazem mais tentativas, entretanto, pessoas do sexo masculino cometem mais suicídio.
A diferença referente às tentativas e atos consumados entre os sexos feminino e masculino, pode ser explicada da seguinte forma: O homem com comportamento suicida costuma utilizar métodos mais letais, como arma de fogo e enforcamento, dessa forma, se torna mais efetivo na sua tentativa de suicídio do que a mulher, tendo em vista que entre o sexo feminino o que predomina é a tentativa por envenenamento [6].
Além dos fatores de risco já mencionados, existem ainda problemas no nível psíquico, como ansiedade, impulsividade, transtornos de humor, transtornos afetivos, baixa autoestima, sentimentos de desesperança e solidão, sofrimento intenso, frustrações, estresse, esquizofrenia, e psicopatologias em geral, que agravam a situação. Nesse nível destaca-se a depressão, que é fator de alto risco para suicídio, e que está cada vez mais presente na vida dos seres humanos, podendo encontrar-se desde etapas precoces da vida, como a latência [7]. 
Vale ressaltar que o comportamento suicida pode ter origens genéticas. Há evidência crescente de que os fatores genéticos influenciam a predisposição ao suicídio, visto que a hereditariedade do comportamento suicida é comparável à hereditariedade de transtornos psiquiátricos, como transtorno do humor e esquizofrenia [4]. 
É possível destacar que o risco para comportamento suicida é uma conjugação entre o biológico e o psicossocial, um potencializando o outro. Dessa forma, as ações de prevenção devem ser realizadas contemplando a atenção integral ao indivíduo. O exercício de solidariedade, juntamente com as condições de adaptação do indivíduo ao sofrimento psíquico, é um fator relevante ao tratar usuários com comportamento suicida [1].
As três características marcantes encontradas em um usuário com comportamento suicida são: ambivalência, impulsividade e rigidez. Sendo assim, cabe ao profissional de saúde encontrar alguma forma de aumentar o desejo pela vida, fornecendo, se possível, auxílio no momento do impulso suicida. O estabelecimento de um contrato de não suicídio entre o profissional, usuário e família pode ser firmado, visando à manutenção da vida [8].
Considerando o suicídio como um ato complexo e multifatorial, é importante que cada caso receba intervenção específica. Em alguns casos, até mesmo um eventual estresse pode gerar um comportamento suicida, nesse caso a intervenção indicada é a realização de acompanhamento desses indivíduos com risco para suicídio, desmistificando o significado que o ato representa para o usuário [1].
Considerando que os usuários com comportamento suicida tendem a procurar auxílio nos serviços de atenção primária antes de morrer, é possível prevenir tentativas de suicídio. Para tanto, faz-se necessário a educação e a capacitação de profissionais que atuam na atenção primária à saúde para auxiliar na detecção de fatores de risco para suicídio, principalmente a depressão, prevenindo tentativas de suicídio [8].
Existem ações que auxiliam na prevenção do comportamento suicida visando à promoção da saúde mental, que são os grupos de autoajuda e a criação de condições psicossociais que estimulem a participação da comunidade por meio de atividades educativas que integrem socialmente os indivíduos, promovendo um estilo de vida saudável [9]
É importante frisar que a equipe de enfermagem, principalmente na atenção primária à saúde, possui bom vínculo com a comunidade. Isso pode possibilitar a identificação de fatores de risco para o suicídio e, consequentemente, sua prevenção. É importante que a atuação desses profissionais tenha a finalidade de promover mudanças do comportamento que leva o indivíduo ao suicídio. Devem analisar o ambiente onde o usuário encontra-se inserido, procurando fatores de risco, ajudar na identificação e tratamento de injúrias que possam trazer complicações e auxiliar na inserção dos usuários que tentaram o suicídio na comunidade [10].
É pertinente salientar que os profissionais da enfermagem precisam estar apropriados de estratégias que os tornem próximos dos usuários, para que estes tenham uma relação de confiança e vínculo que permita expressar seu desejo de suicídio, bem como manifestar de que forma pensam em colocar isso em prática. Sendo assim, o ato de socorro precoce pode prevenir possíveis fatalidades [1].
Este trabalho tem como objetivo primário, avaliar e observar a assistência prestada pela equipe de enfermagem, aos usuários do serviço publico, prevenindo o suicídio no Hospital de Emergência - HE em Macapá AP.
RESULTADO E DISCUSSÕES 
Levantou-se inicialmente uma discussão acerca da temática suicídio, com a perspectiva de saber quais seriam as formas de atendimentos prévios do enfermeiro para detectar o comportamento suicida, e o que deve ser feito para diagnosticar esse comportamento de forma consciente e responsável. 
Diante disto, criou-se a hipótese de que o enfermeiro ao receber o paciente em tais situações, precisa agir cautelosamente demonstrando atenção e carinho pelo mesmo. E em alguns casos, isso desenvolve laços de amizades entre ambos.
No ato de cuidar, a enfermagem encontra a sua razão de ser e de expressar a sua relação com o mundo. Esse pressuposto é especialmente verdadeiro no contato permanente com doentes crônicos e moribundos, o que exige renúncias na vida do cuidador que, por sua vez, expressa sentimentos humanos de maneira espontânea na interação com o paciente [11]. Todo caso de tentativa de suicídio, é importante e merece ser considerado pela equipe que o atende, dentro dos aspectos da vivência de cada paciente no momento do atendimento. 
O cuidado com o paciente suicida deve levar em conta sua individualidade, seu sofrimento e sua vivência diária, tendo presente a problemática e o respeito à dignidade. Nessa interação, a linguagem assume um papel fundamental, atribuindo aos profissionais da saúde o papel de decodificadores da mensagem que o paciente quer exprimir através do seu ato que é, na verdade, um pedido de socorro [12]. 
Buscando sanar a incidência da tentativa de suicídio recorrente no hospital de emergência de Macapá-AP. O questionário foi distribuído a quinze (15) enfermeiros atuantes na área do pronto atendimento para se buscar as principais causas de tal ato. 
A participação dos profissionais de saúde foi de forma voluntária, mediante cópias do termo de consentimento livre e esclarecido, com assinatura dos mesmos, autorizando a análise de suas respostas para serem usadas no artigo, porém em caráter de anonimato. Deixou-se claro que suas respostas não lhes trariam benefícios de forma direta, mas que poderiam indiretamente, colaborar para um possível projeto de prevenção ao caso de suicídio na cidade de Macapá-AP. 
Para os voluntários, foram feitas perguntas cujas respostas são apresentadas a seguir e que os objetivos propostos para este trabalho, sejam alcançados com sucesso e que possam de fato corroborar a hipótese levantada. 
Foram feitas sete (7) perguntas a quinze (15) voluntários acerca da temática suicídio, a fim de analisar qual seria a melhor forma de triagem, de acordo com o ponto de vista dos mesmos. Observa-se a tabela de respostas que segue: 
Tabela – respostas do entrevista que foi entregue aos enfermeiros voluntários
	
ALTERNATIVAS
	
QUESTIONAMENTOS
	
	01
	02
	03
	04
	05
	06
	07
	A
	
	
	1
	4
	
	10
	13
	B
	15
	3
	5
	8
	15
	
	
	C
	
	4
	5
	3
	
	3
	1
	D
	
	8
	4
	
	
	2
	1
	TOTAL
	15
	15
	15
	15
	15
	15
	15(Fonte Pessoal)
Obs.: os questionamentos e alternativas pedem ser evidenciadas no questionário em anexo
Na primeira questão, foi perguntado como profissional de saúde, para escolher qual a resposta mais se encaixa ao ponto de vista sobre o caso de comportamento suicida. Dentre as assertivas, verificou-se uma unanimidade nas respostas, que foi “É um caso preocupante de saúde pública e privada que deve ter um acompanhamento minucioso e responsável, pois a partir de um atendimento adequado, é possível diagnosticar e prevenir”. 
Esta escolha mostra uma preocupação dos profissionais referente ao comportamento suicida, enfatizando dessa forma, que, esse é um caso bastante preocupante e deve ser avaliado com mais cautela. De acordo com os entrevistados, o suicídio pode ser prevenido, porém é necessário que se tenha mais cuidado na avaliação desde o primeiro momento do atendimento. Isso prova que a saúde pública, não está dando base e sustentação para que esse trabalho seja feito com excelência, e que os profissionais da enfermagem, precisam desse suporte para que possam realizar os atendimentos com êxito. “Uma das possíveis ações pode ser desenvolvida pelas equipes da atenção básica, por estarem inseridas dentro da população, prestarem atendimento primário, e trabalharem prioritariamente com os núcleos de micro-áreas. Essas equipes podem contribuir significativamente como um instrumento junto a comunidade e seus órgãos, gerando informação/orientação que se faz importante no processo preventivo” [6].
A 2ª questão é sobre qual o público mais afetado pelo comportamento suicida, levando em consideração os atendimentos frequentes no HE Oswaldo Cruz. Observa-se que a maioria das respostas foi a letras D, em outras palavras, geralmente adolescentes, independente de sexo ou idade, pois do ponto de vista profissional, o sexo é irrelevante, já que o público mais afetado é o adolescente. Espera-se, que medidas de prevenção sejam implantadas, para que esse quadro possa ser mudado e vidas possam ser poupadas dessa violência degradante. Uma das possibilidades para que ocorram alto índice de suicídio entre adolescentes é o Bullying, mais precisamente o Cyberbullying, que nada mais é que que uma variante digital dessa violência, vêm gerando uma ascensão vertiginosa no número de suicídios entre as vítimas deste tipo de assédio [13].
A pergunta nº 03 é referente as causas de suicídio, quais são as que mais correspondem a realidade nos atendimentos no HE. De acordo com avaliação dos atendimentos prestados no hospital existem duas causas frequentes para o comportamento suicida: a desilusão amorosa ou familiar e o problema com as bebidas alcoólicas e o uso de outros tipos de drogas ilícitas. Segundo estatística apontada pelo Jornal Meio Norte junto à Fundação Mundial de Saúde (FMS), e ao Instituto de Medicina Legal (IML), Teresina, é uma das cidades brasileiras, proporcionalmente, com maiores casos deste tipo de óbito. De janeiro a julho de 2016, foram registrados 34 suicídios, a maioria de pessoas do sexo masculino provenientes do uso de álcool e outros tipos de drogas. Cabe-nos, portanto, buscar mecanismos mais efetivos ao combate a esses graves problemas de saúde pública - abuso de álcool, e de outras drogas suicidas –que tanto comprometem a homeostase do sistema familiar brasileiro, ou seja, um futuro melhor para a nação [14]. 
Vale lembrar que os profissionais que responderam a este questionário trabalham em turnos e dias diferentes dos demais, em que somente em algumas situações é que seus turnos coincidiam, então, a prevalência de uns resultados em decorrências de outros, não condiz que de fato os resultados encontrados sejam absolutos, o que demanda uma pesquisa mais aprofundada por um período de tempo maior.
A resposta do quadro 04 é correspondente ao questionamento levantado sobre qual a forma mais usada na tentativa de suicídio. De acordos com as respostas expostas na tabela acima, apesar de ser grande o número dos casos de tentativas de suicídios por enforcamento –A; ou arma de fogo – C; o que se destaca é a alternativa – B – tentativa de suicídio por ingestão de veneno. Existem evidências de preferências pelo tipo de meio utilizado para tirara a própria vida, que “entre as crianças, 80% dos meninos recorreram ao enforcamento e, entre as meninas, notou-se a preferência por métodos como intoxicação medicamentosa, objetos cortantes e afogamento” [13].
Com base nos relatos obtidos em conversas informais com os enfermeiros que participaram dos questionários, que conversaram com as vítimas que não vieram a óbito por conta do envenenamento, levantou-se o pensamento de que a pessoa com esse comportamento, não tem a intenção real de chegar a morte, tudo que ela parece precisar e de atenção, cuidado, e de carinho, então percebe-se por esta tentativa, um pedido de socorro pela dor que é possível que venha sofrendo calada por certo tempo.
No caso de crianças e adolescentes, existem alguns sinais, algumas pistas que os pais podem observar para poder prevenir, então, é necessário “acabar com o mito de que uma alguém que fala que vai se matar não se mata. Isso já é um pedido de socorro” [15]. Este pedido tem que ser notado pelos pais ou pelas pessoas a quem ela fez o pedido, pois se isso não ocorrer, o pior acontece.
Na resposta do questionamento nº 05, pediu-se que que fosse avaliado pelos entrevistados se o hospital de emergência de Macapá-AP, oferece condições adequadas para o enfermeiro fazer um diagnóstico eficiente, afim de tratar um paciente com comportamento suicida. A resposta para essa questão foi a negativa – B – por unicidade. 
O hospital de emergência de Macapá-AP, não oferece condições adequadas para auxiliar os enfermeiros ao melhor diagnóstico a um indivíduo com comportamento suicida. Sendo assim, o trabalho dos profissionais de enfermagem se torna ineficiente, referente a uma possível prevenção remetendo a ideia de que o suicídio só se concretiza, devido a essa falta de qualidade no trabalho oferecido pelo sistema de saúde pública.
	
Figura 1. Crescem os dados sobre tentativas de suicídio no Brasil e no mundo, sem devida preparação por parte dos serviços de saúde [16]
Questionou-se também, na pesquisa, se após a tentativa de suicídio, existe uma equipe, especializada, para acompanhar o indivíduo que atentou contra a própria vida e a maioria marcou a alternativa – A – comprovando que o hospital de emergência não possui condições adequadas para o atendimento aos pacientes que apresentam depressão ou comportamento suicida. Salienta-se que, as condições precárias do hospital, pode ser um agravante para que tantas mortes por suicídios sejam concretizadas na cidade de Macapá-AP.
Muitos problemas de saúde pública no Brasil poderiam ser amenizados ou até atenuados se os serviços de emergência funcionassem de maneira apropriada e se os profissionais que atuam na área de saúde mental tivessem melhor capacitação [16].
Falta organização para um cuidado melhor no caso das internações. Além disso, a falta de treinamento não ocorre somente em Macapá, mas em todo o Brasil, onde o treinamento em emergência geral se dá de modo precário [16]. Uma subespecialidade em que não existe residência médica, a de médico emergencista, é despreparada, sem contar com o subdesenvolvimento das equipes psiquiátricas brasileiras. Suscintamente os profissionais técnicos ignoram o suicídio, praticamente, “É como se o problema não existisse” [16].
As deficiências governamentais acabam impedindo um atendimento eficiente da equipe de enfermagem no atendimento a tais pacientes. Sugere-se, portanto que projetos de capacitações sejam criados pelos governantes, afim de melhorar os atendimentos aos indivíduos que apresentam qualquer tipo de transtorno emocional proveniente de uma tentativa ao suicídio para que se possa mudar essa triste realidade, nos hospitais públicos, não apenas da cidade de Macapá-AP, mas de todas as outras cidades do país. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Considera-se o comportamento suicida um caso preocupante para a sociedade emgeral e, principalmente, para os profissionais de saúde.
Nos serviços de pronto a atendido à saúde, a atuação da equipe de enfermagem na identificação de fatores de risco e a utilização de estratégias preventivas para esta condição podem proporcionar mais segurança e confiança aos indivíduos com este agravo e seus familiares. No âmbito da atenção primária à saúde evidencia-se ainda mais a possibilidade de realização de intervenções preventivas. 
Uma das formas mais segura para que o profissional da enfermagem possa avaliar e prevenir o comportamento suicida é manter a proximidade com os indivíduos que apresentam sintomas depressivos, e com seus familiares. Juntos, e com a atenção voltada para a prevenção o enfermeiro terá mais habilidade para exercer suas funções profissionais, pelo fato de estarem na mesma área em que convivem as pessoas que são atendidas.
Desse modo, serão levantados questionamentos acerca do tema em estudos, a fim de encontrar mecanismos mais eficientes para que um profissional de enfermagem possa desenvolver o trabalho nos hospitais de emergências não apenas momentâneos, mas que possa acompanhar os pacientes que apresentam sintomas depressivos com risco de suicídio a desenvolverem o desejo pela a vida, pois assim, será possível tratar e prevenira da morte causada por comportamento suicida.
Evidenciou-se através das respostas dos entrevistados, que os seus principais desafios no atendimento aos indivíduos com comportamento suicida ocorrem pelas condições precárias do hospital e pela falta de acompanhamento especializado. Sugere-se, portanto, que o Estado faça sua parte, assim, essas profissionais, poderão realizar intervenções seguras e fundamentadas, que estimulem a proteção à vida.
ANEXOS
1. Como profissional de saúde, escolha qual a resposta mais se encaixa ao seu ponto de vista sobre o caso de comportamento suicida? 
a) Trata-se de uma fraqueza ou desequilíbrio emocional, que o enfermeiro não tem condições de avaliar, pois é um caso a ser analisado por um psiquiatra ( )
b) É um caso preocupante de saúde pública e privada que deve ter um acompanhamento minucioso e responsável, pois a partir de um atendimento adequado, é possível diagnosticar e prevenir ( )
c) Geralmente num hospital público de emergência, muitos são os casos de atendimentos de pessoas que lutam pelas suas vidas, vitimadas por acidentes de vários níveis, logo, os atendimentos a essas pessoas devem ser priorizados, visto que, um suicida escolheu tirar a própria vida, não faz muito sentido socorre-los primordialmente. 
d) Nenhuma das alternativas acima
2. Baseando-se nos atendimentos frequentes no hospital de emergência de Macapá-AP. Qual o público mais afetado pelo comportamento suicida? 
a) Sexo feminino em geral independente de faixa etária ( )
b) Sexo masculino em geral independente de faixa etária ( ) 
c) Tanto o sexo feminino quanto o masculino na mesma proporção ( )
d) Geralmente adolescentes independente de sexo ou idade ( )
3. Avaliando as causas do suicídio, marque a resposta que mais corresponde à realidade dos atendimentos:
a) Depressão causada por questões financeiras ( )
b) Desilusões no relacionamento amoroso, ou familiar ( ) 
c) Problemas com álcool ou drogas ilícitas ( )
d) Transtornos mentais ( ) 
4. Quais as formas de tentativa de suicídio com maiores incidências no hospital de Macapá-AP?
a) Tentativa de enforcamento ( )
b) Ingestão de veneno ( )
c) Arma de fogo ( )
d) Arma branca ( )
5. O hospital de emergência de Macapá-AP oferece condições adequadas para que um enfermeiro possa diagnosticar e tratar uma um paciente com comportamento suicida?
a) Sim ( )
b) Não ( )
c) Somente em alguns Casos ( )
d) De forma alguma ( )
6. Após o tratamento emergencial ao indivíduo que tentou suicida-se, existe um acompanhamento preventivo do profissional da enfermagem, ao mesmo, e aos seus familiares? 
a) Não ( )
b) Sim ( )
c) Somente em alguns casos ( )
d) Existe acompanhamento apenas do psicólogo ( )
7. Analise as condições de tratamento oferecido pelo Estado aos doentes de depressão, ou comportamento suicida. 
a) É um tratamento precário ( )
b) É um ótimo tratamento ( )
c) Às vezes o tratamento muda depende muito da condição social do indivíduos ( )
d) É um tratamento razoável ( )
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
BERTOLOTE, J.M. Transtornos mentais e comportamentais Departamento de saúde mental-organização mundial da saúde. EDITORA Genebra, 2000.
[2] L. Christante. Com Saída. Revista Eletrônica Unesp Ciência: saúde mental, outubro de 2010. Disponível em: https://www.unesp.br/aci/revista/ed13/com-saida
[3] F. da Escóssia. Crescimento constante: taxa de suicídio entre jovens sobe 10% desde 2002. BBC Brasil. 22 abril 2017. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-39672513
[4]. Mann JJ. A current perspective of suicide and attempted suicide. Ann Intern Med. 2002;136(4):302-11.
[5]. C. Mello-Santos, J.M. Bertolote, Y. Wang, Y. Ang. Epidemilogy of suicide in Brazil (1980-2000): characterization of age rates of suicide. Rev Bras Psiquiatr. 2005;27(2):131-4.
[6]. A.C.M. Parente, R.B. Soares, A.R.F. Araújo, I.S. Cavalcante, C.F.S. Monteiro. Caracterização dos casos de suicídio em uma capital do Nordeste Brasileiro. Rev. Bras Enferm. 2007; 60(4):377-81.
[7]. A.E. Morett, B.A. López. Suicídio, homicídio y drogadicción en niños y adolescentes. Revista médica del Hospital General de México. 1999;62(3):183-190.
[8]. Organização Mundial da Saúde. Preventing Suicide: a resource for Primary Health Care workers. Genebra: OMS; 2000.
[9]. W.G. Reyes. La promocion de salud ante el suicídio. Rev Cubana Med Gen Integr. 2002;18(1):33-45.
[10]. A.L Trebejo, Trebejo LAL. Comportamento del suicidio en ciudad de la Habana. Intervencion de enfermeria en la atencion primaria de salud. Ver Cubana Enferm. 2000;16(2):78-8
 
 [11] M.F. Collière. Promover a vida: da prática das
mulheres de virtude aos cuidados de Enfermagem. Lisboa: Sindicato dos Enfermeiros portugueses, 1989. 385p.
[12] R. M. S. Cassorla. Comportamentos Suicidas na Infância e Adolescência. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 1987 36 :137-144.
[13] E. Kuczynski. Suicídio na infância e adolescência. Psicologia USP, 2014. Volume 25. Número 3. 246-252
[14] RIBEIRO Efrém – Jornal Meio Norte - Disponível http://jornal.meionorte.com/theresina/teresina-tem-7-8-suicidios-por-mes-290675. Acessado em 20/08/2017.
 
[15] R. Menezes. Precisamos falar sobre suicídio de crianças e adolescentes. Revista Eletrônica Crescer. 26/09/2016. Disponível em: http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2016/09/precisamos-falar-sobre-suicidio-de-criancas-e-adolescentes.html
[16] C. Oliveira. Hospitais estão despreparados para atender casos de tentativa de suicídio. Portal Revista Rede Brasil Atual. 20/07/2012. Disponível em: http://www.redebrasilatual.com.br/saude/2012/07/hospitais-estao despreparados-em-caso-de-tentativa-de-suicidio

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