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1 AEE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA OU SURDEZ 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 1. AEE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ........................................... 4 1.1 O professor da sala de aula comum também precisa do AEE .... 5 1.2 Os desafios do Atendimento Educacional Especializado .................. 8 1.3 Quem atua no Atendimento Educacional Especializado (AEE) ....... 10 1.4 As Tecnologias Assistivas devem existir no AEE ............................ 13 2. Decreto AEE ................................................................................. 15 3. A DEFICIÊNCIA AUDITIVA .......................................................... 22 3.1 Um olhar para a inclusão no ambiente escolar ................................ 23 4. AEE PARA DEFICIÊNCIA: AUDITIVA E SURDEZ ....................... 25 4.1. Atendimento educacional especializado em libras ......................... 30 4.2 O atendimento educacional especializado de libras ........................ 33 4.3 AEE para o ensino da língua portuguesa ..................................... 38 CONCLUSÃO ........................................................................................ 44 REFERÊNCIA ........................................................................................ 46 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO O AEE é de fundamental importância porque trabalha as reais necessidades do aluno, respeitando os ritmos de aprendizagem e as peculiaridades de cada um, desenvolvendo a autonomia dos alunos, facilitando a aquisição de seus valores, além de favorecer a compreensão de conhecimentos relacionados à aplicação de situações de vida diária, contribuindo para o desenvolvimento das potencialidades de cada aluno proporcionando a aquisição de habilidades Inter e intrapessoais, disponibilidade permanente para aprender, facilitando a caminhada ao saber; contribuir para que o aluno construa gradualmente os seus conhecimentos, pelos processos de avanços e recuos inerentes ao seu próprio ritmo, evoluindo a cada passo. A construção de um caminho pedagógico para o Atendimento Educacional Especializado - AEE para pessoas com surdez, numa perspectiva inclusiva, com base em princípios decorrentes dos novos paradigmas, tem encontrado dificuldades para se efetivar, em virtude de problemas relacionados a decisões político-filosóficas, pedagógicas, metodológicas e de gestão e planejamento da escola brasileira. O AEE como proposta voltada aos alunos com surdez, visa a preparar para a individualidade e a coletividade, provocando um processo dialógico, de superação da imanência e a busca de mudanças sociais, culturais e filosóficas. Uma ruptura de fronteiras para as infinitas possibilidades humanas. 4 1. AEE ATENDIMENTO EDUCACIONAL Todo aluno no Brasil, desde a educação infantil até a educação superior, tem direito ao Atendimento Educacional Especializado (BRASIL, 2011). Esse atendimento deve ocorrer no contraturno escolar e irá beneficiar tanto o aluno quanto o professor da sala de aula comum. . 5 1.1 O professor da sala de aula comum também precisa do AEE Um professor de uma sala de aula comum que possui um aluno com necessidades educacionais especiais tem o direito por lei a um Atendimento Educacional Especializado, pois o AEE precisa prover condições de acesso, participação e aprendizagem desse aluno no ensino regular (BRASIL, 2011). O especialista do AEE faz a ponte entre o aluno e o professor da sala de aula comum, permitindo uma troca de experiência que contribua nesse processo educacional e em todo o contexto escolar, bem como a inserção na sociedade. A lei diz que a oferta de educação especial (AEE) deve ocorrer preferencialmente na rede regular de ensino. Isso quer dizer que o ideal é que a escola comum tenha uma sala de recursos multifuncionais e uma equipe especialista para oferecer o atendimento educacional especializado dentro da escola. (BRASIL, 2011) Segundo Mantoan (2003, p.23) “o ‘preferencialmente’ refere-se a ‘atendimento educacional especializado’, ou seja: o que é necessariamente diferente no ensino para melhor atender às especificidades dos alunos com deficiência, abrangendo principalmente instrumentos necessários à eliminação das barreiras que as pessoas com deficiência naturalmente têm para relacionar- se com o ambiente externo, como, por exemplo: ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), do código braile, uso de recursos de informática, e outras ferramentas e linguagens que precisam estar disponíveis nas escolas ditas regulares”. Como não é possível que todas as escolas do Brasil tenham uma sala de recursos para oferta do AEE, as escolas especiais e os centros especializados podem ficar responsáveis por realizar esse atendimento especializado. De uma forma ou outra, o importante é que todo aluno que possua necessidades educacionais especiais tenha acesso ao AEE. 6 O que é AEE e quais seus objetivos O Atendimento Educacional Especializado é um serviço da Educação Especial para atender aos alunos que possuem necessidades educacionais especiais durante sua vida escolar. Seu objetivo é eliminar as barreiras que possam obstruir o processo de escolarização de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Aluno fazendo uso da cartões de comunicação alternativa elaborada pelo AEE para uma atividade de aula. De acordo com o decreto presidencial 7611 de 17 de novembro de 2011, são objetivos do atendimento educacional especializado: I – prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular e garantir serviços de apoio especializados de acordo com as necessidades individuais dos estudantes; II – garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular; III – fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e IV – assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis, etapas e modalidades de ensino. 7 Em resumo, podemos definir os objetivos do Atendimento Educacional Especializado em 7 etapas: 1º- Identificar as necessidades de alunos com deficiência, transtorno do espectro autista ou altas habilidades / superdotação. 2º- Elaborar plano de atuação de AEE propondo serviços de acessibilidade ao conhecimento. 3º- Produzir um material acessível para esse aluno 4º- Adquirir e identificar materiaisde apoio como software, recursos e equipamentos tecnológicos, mobiliário, recursos ópticos, dicionários e outros 5º- Acompanhar o uso dos materiais na sala de aula do ensino regular. 6º- Orientar professores do ensino regular e famílias dos alunos a utilizar materiais e recursos; 7º- Promover a formação continuada para os professores do AEE e do ensino comum, bem como para a comunidade escolar geral. Normalmente o Atendimento Educacional Especializado acontece no contraturno da escola comum que o aluno possui matrícula com o propósito de eliminar as barreiras para a plena participação de seu público-alvo. A quem se destina o AEE? Os alunos com deficiência física, intelectual, visual, auditiva, múltiplas, transtornos do espectro autista (TEA) e também alunos com altas habilidades / superdotação são público-alvo do Atendimento Educacional Especializado. Abaixo vamos entender cada um desses aspectos de forma bem resumida. Deficiência Física são complicações que levam à limitação da mobilidade e da coordenação geral, podendo também afetar a fala, em diferentes graus. Deficiência Intelectual é a dificuldade de raciocínio e compreensão que leva a um quadro de inteligência e conjunto de habilidades gerais abaixo da média. 8 Deficiência Auditiva é a perda parcial ou total da audição. Deficiência Visual é a perda parcial ou total da visão. Deficiências Múltiplas são uma associações entre diferentes deficiências, com possibilidades bastante amplas de combinações. Ex: deficiência intelectual e física. TEA – Transtorno do espectro autista é uma uma síndrome comportamental que afeta a capacidade de comunicação, socialização e de comportamento. Altas habilidades ou Superdotação é caracterizada pelo desenvolvimento de uma habilidade significativamente superior a da média da população em alguma das áreas do conhecimento. 1.2 Os desafios do Atendimento Educacional Especializado O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família para garantir pleno acesso e participação dos estudantes, atender às necessidades específicas das pessoas público-alvo da educação especial, e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas. (BRASIL, 2011) O desafio é enorme. O AEE tem muitas responsabilidades, como o ensino de Libras, Braille, de tecnologias assistivas e comunicação alternativa. Na verdade, o maior desafio da Educação Inclusiva está no Atendimento Educacional Especializado. Se todo aluno que possui necessidades educacionais especiais tiver acesso a um atendimento educacional especializado de sucesso irá inegavelmente progredir em seu aprendizado. Claro que uma sala de aula saudável, inclusiva, com professores conscientes da sua responsabilidade com a diversidade e as diferenças irá colaborar com o aluno. 9 Mas é claro que isso nem sempre acontece. Infelizmente nem toda escola oferta o AEE como deveria. Saiba o que fazer nesse caso lendo o tópico a seguir. Ministério Público: o que fazer quando a escola pública ou particular não está preparada para alunos com necessidades educacionais especiais? A escola não pode/consegue ofertar o Atendimento Educacional Especializado? Leia isso: Art. 4o […] § 1o Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas. A coisa é séria. É dever do estado ofertar para escolas todos os recursos que precisarem para atender a seus alunos. No caso da escola pública sem oferta do AEE Antes de culpar a direção da escola pública e seus professores, saiba que pode ser muito difícil equipar uma escola para a inclusão. O professor solicita recursos para a direção da escola, que por sua vez solicita para a secretaria municipal de educação. E se a secretaria de educação do meu município diz que não tem como atender? Faça uma denúncia ao ministério público. Parece um pouco assustador, mas esse é o procedimento padrão hoje, infelizmente. Se seu município não dá ao seu aluno o que é dele por direito, então denuncie ao ministério público. No caso da escola particular sem oferta do AEE E se a escola for particular? O mesmo se aplica a escola particular. 10 Sempre que o AEE for requerido pelos alunos com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento ou com altas habilidades/superdotação, as escolas deverão disponibilizá-lo, não cabendo o repasse dos custos decorrentes desse atendimento às famílias dos alunos. As instituições de ensino privadas deverão efetivar a matrícula no ensino regular de todos os estudantes, independentemente da condição de deficiência física, sensorial ou intelectual, bem como ofertar o atendimento educacional especializado, promovendo a sua inclusão escolar. Isso quer dizer que as escolas particulares de qualquer nível, etapa ou modalidade, devem arcar com as despesas da oferta do AEE e demais recursos e serviços de apoio da educação especial, caso contrário será considerado descaso deliberado aos direitos dos alunos o não atendimento às sua necessidades educacionais específicas. O não cumprimento da legislação deve ser encaminhado ao Ministério Público, bem como ao Conselho de Educação o qual, como órgão responsável pela autorização de funcionamento dessas escolas, deverá instruir processo de reorientação ou descredenciá-las. 1.3 Quem atua no Atendimento Educacional Especializado (AEE) O professor do AEE acompanha e avalia a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum e nos demais ambientes da escola, considerando os desafios que estes vivenciam no ensino comum, os objetivos do ensino e as atividades propostas no currículo, de forma a ampliar suas habilidades, promovendo sua aprendizagem. Este atendimento prevê a criação de redes intersetoriais de apoio à inclusão escolar, envolvendo a participação da família, das áreas da educação, saúde, assistência social, dentre outras, para a formação dos 11 profissionais da escola, o acesso a serviços e recursos específicos, bem como para a inserção profissional dos estudantes. Para atuar no Atendimento Educacional Especializado o professor deve ter uma formação especializada. Essa formação se dá mediante o previsto pela Resolução CNE /CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, no artigo 18, § 1º, que expressa que: • 1º São considerados professores capacitados […] aqueles que comprovem que, em sua formação, de nível médio ou superior, que foram incluídos conteúdos sobre educação especial adequado ao desenvolvimento de competências e valores para […] perceber as necessidades educacionais especiais dos alunos e valorizar e educação inclusiva. […] • 3º Os professores especializados em educação especial deverão comprovar formação em cursos de licenciatura em Educação Especial ou em uma área específica. […] ou complementação de estudos de pós- graduação em área específica da educação especial. (BRASIL, 2001). 12 importantes atribuições do professor de AEE Parece que o professor do AEE tem uma lista interminável de atribuições e funções. Esse versátil profissional tem muitos desafios e compromissos, além de uma grande responsabilidade. Dê uma olhada em algumas importantes atribuições: 1# O professor especialista do AEE deve identificar as NEE; definir, implementar, liderar e apoiar a implementação de estratégias de flexibilização; realizar a adaptação curricular, bem como os procedimentos didáticos pedagógicos e práticas alternativas; e trabalhar em equipe. 2# Reservar um dia da semanapara planejamentos e estudos coletivos, envolvendo Coordenador Pedagógico, Professor Regente, Profissional de Apoio à Inclusão, Intérpretes de Libras, Instrutor de Braille/Libras. 12 3# Promover encontros mensais com os pais e/ou responsáveis pelos estudantes para socialização acerca de seu desenvolvimento e aprendizagem. 4# Organizar no AEE os recursos pedagógicos e de acessibilidade para os estudantes público-alvo da educação especial. 5# Reservar um dia da semana para planejamentos e estudos coletivos, envolvendo Coordenador Pedagógico, Professor Regente, Profissional de Apoio à Inclusão, Intérpretes de Libras, Instrutor de Braille/Libras. 6# Promover encontros mensais com os pais e/ou responsáveis pelos estudantes para socialização acerca de seu desenvolvimento e aprendizagem. 7# Organizar no AEE os recursos pedagógicos e de acessibilidade para os estudantes público-alvo da educação especial. 8# Registrar a frequência, diariamente, num diário escolar oficial. 9# Elaborar o Plano de Desenvolvimento Individual a ser executado e registrar o desenvolvimento e dificuldades dos estudantes atendidos. 10# Atender aos estudantes, duas vezes por semana, perfazendo um total mínimo de duas horas aulas semanais (conforme o planejamento da escola) 11# Participar da elaboração do regimento interno da unidade educacional, bem como do Projeto Político-Pedagógico. 12# Reconhecer as necessidades de recursos pedagógicos e de Tecnologia Assistiva que melhor atendem o estudante na escola comum. 13 1.4 As Tecnologias Assistivas devem existir no AEE Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis. (RADABAUGH, 1993). O profissional do AEE deve conhecer os fundamentos da Tecnologia Assistiva e da Comunicação Alternativa para melhor exercer seu papel. Abrir mão desses recursos é um verdadeiro desperdício. Temos hoje muitos programas, aparelhos, metodologias, produtos… enfim, um mundo de recursos e serviços que cresce a cada dia beneficiando a todos. Infelizmente a graduação de pedagogia carece de disciplinas relacionadas à tecnologia na educação, principalmente as relacionadas à tecnologia assistiva. Existe um abismo separando os pedagogos dos recentes avanços tecnológicos que podem beneficiar suas aulas e seus alunos. Bom, mas vamos antes de tudo definir Tecnologia Assistiva. Segundo o conceito proposto pelo Comitê de Ajudas Técnicas, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República: 14 Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (GALVÃO FILHO et al., 2009, p. 26). O que são os recursos de Tecnologia Assistiva? São considerados recursos de Tecnologia Assistiva, portanto, desde artefatos simples, como uma colher adaptada, uma bengala ou um lápis com uma empunhadura mais grossa para facilitar a preensão, até sofisticados sistemas computadorizados, utilizados com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa com deficiência (GALVÃO FILHO, 2009b). Tecnologia Assistiva pode ser utilizada na Sala de Recursos Multifuncionais, na sala de aula comum, em casa, no trabalho, no carro e em qualquer lugar que seja necessário. É interessante deixar claro que o aluno com deficiência PODE SIM levar tecnologia assistiva para a sala de aula comum. 15 2. Decreto AEE 16 O Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011, dispõe sobre questões para garantir um sistema educacional inclusivo, sem discriminação, com igualdade de oportunidades para portadores de deficiência, no âmbito do AEE – Atendimento Educacional Especializado. O documento ainda prevê o provimento de condições de acesso, participação e aprendizagem, com atendimento especializado para suprir as necessidades individuais de cada um. • Abaixo, o Decreto na íntegra: A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 208, inciso III, da Constituição, arts. 58 a 60 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, art. 9o, § 2o, da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007, art. 24 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, aprovados por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, com status de emenda constitucional, e promulgados pelo Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009, DECRETA: Art. 1o O dever do Estado com a educação das pessoas público-alvo da educação especial será efetivado de acordo com as seguintes diretrizes: I - garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades; II - aprendizado ao longo de toda a vida; III - não exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência; IV - garantia de ensino fundamental gratuito e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais; 17 V - oferta de apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; VI - adoção de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena; VII - oferta de educação especial preferencialmente na rede regular de ensino; e VIII - apoio técnico e financeiro pelo Poder Público às instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial. § 1o Para fins deste Decreto, considera-se público-alvo da educação especial as pessoas com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades ou superdotação. § 2o No caso dos estudantes surdos e com deficiência auditiva serão observadas as diretrizes e princípios dispostos no Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Art. 2o A educação especial deve garantir os serviços de apoio especializado voltado a eliminar as barreiras que possam obstruir o processo de escolarização de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. § 1º Para fins deste Decreto, os serviços de que trata o caput serão denominados atendimento educacional especializado, compreendido como o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e continuamente, prestado das seguintes formas: I - complementar à formação dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, como apoio permanente e limitado no tempo e na frequência dos estudantes às salas de recursos multifuncionais; ou II - suplementar à formação de estudantes com altas habilidades ou superdotação. 18 § 2o O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família para garantir pleno acesso e participação dos estudantes, atender às necessidades específicas das pessoas público-alvo da educação especial, e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas. Art. 3o São objetivos do atendimento educacional especializado: I - prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular e garantir serviços de apoio especializados de acordo com as necessidades individuais dos estudantes; II - garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular; III - fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicosque eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e IV - assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis, etapas e modalidades de ensino. Art. 4o O Poder Público estimulará o acesso ao atendimento educacional especializado de forma complementar ou suplementar ao ensino regular, assegurando a dupla matrícula nos termos do art. 9º-A do Decreto no 6.253, de 13 de novembro de 2007. Art. 5o A União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino dos Estados, Municípios e Distrito Federal, e a instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com a finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular. 19 § 1o As instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos de que trata o caput devem ter atuação na educação especial e serem conveniadas com o Poder Executivo do ente federativo competente. § 2o O apoio técnico e financeiro de que trata o caput contemplará as seguintes ações: I - aprimoramento do atendimento educacional especializado já ofertado; II - implantação de salas de recursos multifuncionais; III - formação continuada de professores, inclusive para o desenvolvimento da educação bilíngue para estudantes surdos ou com deficiência auditiva e do ensino do Braile para estudantes cegos ou com baixa visão; IV - formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a educação na perspectiva da educação inclusiva, particularmente na aprendizagem, na participação e na criação de vínculos interpessoais; V - adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade; VI - elaboração, produção e distribuição de recursos educacionais para a acessibilidade; e VII - estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior. § 3o As salas de recursos multifuncionais são ambientes dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta do atendimento educacional especializado. § 4o A produção e a distribuição de recursos educacionais para a acessibilidade e aprendizagem incluem materiais didáticos e paradidáticos em Braille, áudio e Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, laptops com sintetizador 20 de voz, softwares para comunicação alternativa e outras ajudas técnicas que possibilitam o acesso ao currículo. § 5o Os núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior visam eliminar barreiras físicas, de comunicação e de informação que restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico e social de estudantes com deficiência. Art. 6o O Ministério da Educação disciplinará os requisitos, as condições de participação e os procedimentos para apresentação de demandas para apoio técnico e financeiro direcionado ao atendimento educacional especializado. Art. 7o O Ministério da Educação realizará o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola por parte dos beneficiários do benefício de prestação continuada, em colaboração com o Ministério da Saúde, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Art. 8o O Decreto no 6.253, de 2007, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 9º- A. Para efeito da distribuição dos recursos do FUNDEB, será admitida a dupla matrícula dos estudantes da educação regular da rede pública que recebem atendimento educacional especializado. § 1o A dupla matrícula implica o cômputo do estudante tanto na educação regular da rede pública, quanto no atendimento educacional especializado. § 2o O atendimento educacional especializado aos estudantes da rede pública de ensino regular poderá ser oferecido pelos sistemas públicos de ensino ou por instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins 21 lucrativos, com atuação exclusiva na educação especial, conveniadas com o Poder Executivo competente, sem prejuízo do disposto no art. 14.” (NR) “Art. 14. Admitir-se-á, para efeito da distribuição dos recursos do FUNDEB, o cômputo das matrículas efetivadas na educação especial oferecida por instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com atuação exclusiva na educação especial, conveniadas com o Poder Executivo competente. § 1o Serão consideradas, para a educação especial, as matrículas na rede regular de ensino, em classes comuns ou em classes especiais de escolas regulares, e em escolas especiais ou especializadas. § 2o O credenciamento perante o órgão competente do sistema de ensino, na forma do art. 10, inciso IV e parágrafo único, e art. 11, inciso IV, da Lei no 9.394, de 1996, depende de aprovação de projeto pedagógico.” (NR) Art. 9o As despesas decorrentes da execução das disposições constantes deste Decreto correrão por conta das dotações próprias consignadas ao Ministério da Educação. Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11. Fica revogado o Decreto no 6.571, de 17 de setembro de 2008. 22 3. A DEFICIÊNCIA AUDITIVA Entende-se deficiência auditiva ou surdez a pessoa com perda parcial ou total do sentido auditivo, tendo inúmeros fatores, a deficiência auditiva pode ser genética, hereditária, envelhecimento, exposição a ruído, infecções, complicações na gestação e traumas físicos. A deficiência auditiva na infância pode apresentar um quadro educacional com dificuldades no desenvolvimento da linguagem oral quando não descoberta a deficiência ou quando não aconteça a intervenção ou reabilitação auditiva. Sendo descoberta de inicio, profissionais médicos e educacionais podem realizar trabalhos onde serão minimizadas as dificuldades no desenvolvimento da linguagem oral. De acordo com a estimativa da "Organização Mundial da Saúde”, aproximadamente 466 milhões de pessoas no mundo convivem com dificuldades auditivas em 2018. A deficiência auditiva é um tipo de privação sensorial, cujo sintoma comum é uma reação anormal diante do estímulo sonoro (Gagliardi & Barrella, 1986). A surdez é, portanto, caracterizada pela perda, maior ou menor, da percepção normal dos sons, havendo vários tipos de deficiência auditiva, em geral 23 classificadas de acordo com o grau de perda da audição. Esta perda é avaliada pela intensidade do som, medida em decibéis (dB), em cada um dos ouvidos (Marchesi, 1996). 3.1 Um olhar para a inclusão no ambiente escolar A inclusão das pessoas com necessidades especiais em geral é um desafio grande no Brasil, e a inclusão de pessoas com deficiência auditiva não é diferente, vários problemas são pertinentes em nosso país e falo especificamente em uma escola estadual de Minas Gerais, onde a falta de profissionais habilitados em Libras e a falta de preparo é alarmante, causando e prejudicando o aprendizado, com as má aplicações de atividades. A função de educador, a função da gestão escolar junto com trabalhos realizados pela comunidade é de fazer adaptações no âmbito escolar de acordo com a realidade e necessidade de cada criança e aluno. O sistema educacional de qualidade não tem rótulos, ele tem que ser de qualidade igualitária para todos os alunos sem distinção, o sistema educacional 24 de qualidade é para todos os alunos, com ou sem algum tipo de necessidade especial. Os alunos de uma escola observada trabalharam a historia “Eu Sou Mais Eu”, onde cada aluno apresentou suas habilidades, esse foi um projeto da semana das necessidades especiais. Muitos deficientes auditivos sentem ser “excludentes” no ambiente onde deveria ser incluída, tornando o papel de familiares e professores a tarefade orientar os demais. O professor tem papel fundamental de acolher, dar assistência, acreditar no deficiente auditivo, além do ensino aprendizado. Mesmo com sua especificidade, com suas limitações, todos tem o potencial de desempenho, basta acontecer um trabalho em equipe com as alterações no currículo e fazer a melhor adaptação para cada necessidade especifica. Já aconteceram muitas transformações a cerca do desenvolvimento educacional das pessoas com deficiências auditivas, após as leis e decretos como a Constituição Federal (1988), a Declaração de Educação para Todos (1990), Declaração de Salamanca – Necessidades especiais em sala de aula (1994), LDB nº 9394/96, e Decretos e Legislações suplementares em nível estadual e municipal. O cumprimento desses documentos tem que ser garantido pelos gestores educacionais, à diferença e respaldo começa nas instituições de ensino, uma escola de qualidade e inclusiva é aquela que da assistência e ajuda na construção de uma escola onde prevalece o ensino significativo, onde o aluno é parte social importante na inclusão. Outro assunto pertinente é como lidar com a deficiência auditiva na escola, a aluno com deficiência auditiva deve ser incluído na escola desde a educação infantil ate o ensino superior, deve ser garantido desde a infância os materiais didáticos necessários para sua alfabetização e aprendizagem e os recursos desenvolvidos de acordo com sua necessidade, para assim acontecer resultados satisfatórios. É um direito de o aluno especial ter todo o suporte necessário para um ensino de qualidade e uma professora de Libras. 25 A escola comum precisa dispor de recursos que tornem viável o processo de inclusão, como por exemplo: • Assessoria em relação à língua de sinais, se a criança tiver linguagem oral restrita e às estratégias adequadas para propiciar o diálogo, na linguagem oral e/ou escrita; • Material concreto e visual que sirva de apoio para garantir a assimilação de conceitos novos; • Contato com professores que tenham vivenciado situações semelhantes; • Orientação de professores da Educação Especial – itinerantes ou de salas de recursos. • Podem ser feitas reuniões para trocar experiências e esclarecer dúvidas. 4. AEE PARA DEFICIÊNCIA: AUDITIVA E SURDEZ O AEE PARA A PESSOA SURDA http://atividadeparaeducacaoespecial.com/wp-content/uploads/2015/03/MENINO-AFASTANDO-COM-AS-M%C3%83OS-AS-ORELHAS-MOSTRANDO-QUE-QUER-OUVIR.jpg 26 O atendimento educacional especializado, para uma pessoa surda, é de suma importância para que ele possa se desenvolver e participar de forma eficiente, independente e produtiva na sociedade a qual está inserido. A sala de aula deve ser dotada de estímulos visuais que colaborem para a aprendizagem das diversas disciplinas, valores, habilidades e competências necessárias para a sua continuidade nos estudos e inserção no mercado de trabalho. Estes estímulos devem ser bem organizados e adequados às necessidades educacionais dos alunos envolvidos de forma a enriquecer os diversos conteúdos didáticos. A criatividade e a variedade destes estímulos é que vão fazer a diferença para este aluno. Contudo, não adianta variar os estímulos se existir uma barreira na comunicação do aluno surdo com o mundo ouvinte. A maior dificuldade que enfrentamos para a inclusão de alunos surdos, nas escolas regulares, é a falta de professores que realmente dominem LIBRAS e a falta de tradutores e interpretes nas escolas regulares. Esta questão acaba atrapalhando o desenvolvimento destes alunos, pois, para que tenham sucesso, os professores do atendimento especializado e das diversas disciplinas deveriam dominar LIBRAS e trabalhar junto com o professor de LIBRAS para planejarem as atividades, rever as prioridades e trabalhar de forma concreta e efetiva em cima dos erros e acertos. O atendimento educacional especializado, para o aluno surdo, é imprescindível e tem que ser quase que diário e este atendimento deve ser também aos professores que atuam junto com os alunos. A inclusão de um aluno surdo deve se preocupar em: • – reunir toda a comunidade escolar, antes da entrada do aluno, para que esta inclusão não seja imposta, e sim, uma decisão coletiva que seja encarada como um compromisso coletivo; 27 • – realizar o encaminhamento deste aluno para o atendimento educacional especializado para realizar uma avaliação diagnóstica que permita diagnosticar as áreas fortes e fracas deste aluno, as suas necessidades, potencialidades e interesses; • – proporcionar a comunidade escolar cursos de LIBRAS e encontros com representantes da comunidade surda e com profissionais que atuam nesta área; • – a escola deverá contar um professor de LIBRAS e um professor de língua portuguesa que domine LIBRAS; • – proporcionar acesso a LIBRAS aos colegas deste aluno; • – adaptar o currículo escolar as necessidades deste aluno. O ideal é que o professor de LIBRAS seja uma pessoa surda, pois é necessário uma intimidade com a língua para ensiná-la com eficiência e tranquilidade. Além disso, quando estamos aprendendo entre ouvintes, temos a tendência de falar quando não conseguimos nos fazer entender e, com o surdo, temos que nos esforçar e usar nossas experiências anteriores para entender e nos fazer entender. Desta forma, estamos sempre resgatando sinais e assimilando com mais naturalidade. O professor do atendimento educacional especializado tem que ter um bom domínio de LIBRAS, pois ele fará uma ponte deste aluno com o mundo dos ouvintes. Apesar da aprendizagem dos sinais estar sempre se aprimorando com a convivência entre o surdo e o ouvinte, este professor terá que ter um bom domínio inicial para que possa interagir com este aluno e ajuda-lo nas suas dificuldades diárias. A este atendimento cabe a adaptação e o enriquecimento dos conteúdos curriculares, bem como a adaptação dos recursos didáticos. Este professor poderá usar métodos, técnicas e recursos didáticos organizados de acordo com a necessidade do aluno se existe uma barreira comunicativa entre eles. 28 O AEE para alunos com surdez, na perspectiva inclusiva, estabelece como ponto de partida a compreensão e o reconhecimento do potencial e das capacidades dessas pessoas, vislumbrando o seu pleno desenvolvimento e aprendizagem. O atendimento as necessidades educacionais específicas desses alunos é reconhecido e assegurado por dispositivos legais, que determinam o direito a uma educação bilíngue, em todo o processo educativo. O AEE deve ser visto como uma construção e reconstrução de experiências e vivências conceituais, em que a organização do conteúdo curricular não deve estar pautada numa visão linear, hierarquizada e fragmentada do conhecimento. O conhecimento precisa ser compreendido como uma teia de relações, na qual as informações se processam como instrumento de interlocução e de diálogo. As práticas de sala de aula comum e do AEE devem ser articuladas por metodologias de ensino que estimulem vivências e que levem o aluno a aprender a aprender, propiciando condições essenciais da aprendizagem dos alunos com surdez na abordagem bilíngue. Para construir um ambiente de aprendizagem favorável a esses e aos demais alunos, que potencialize a capacidade de pensar de cada um, de questionar e entrar em conflito com novas idéias, o professor da sala de aula comum deverá buscar recursos e materiais diversificados. Por meio de uma metodologia vivencial de aprendizagem, os alunos ampliam sua formação, indo 29 ao encontro de respostas aos seus questionamentos, no processo investigativo. Ao agir dessa maneira o aluno aprende a aprender, desenvolvendo a linguagem e a língua, o pensamento, as aptidões, as habilidades e os talentos. O AEE promove o acesso dos alunos com surdez ao conhecimento escolar em duas línguas:em Libras e em Língua Portuguesa, a participação ativa nas aulas e o desenvolvimento do seu potencial cognitivo, afetivo, social e linguístico, com os demais colegas da escola comum. A prática pedagógica do AEE parte dos contextos de aprendizagem definidos pelo professor da sala comum, que realizando pesquisas sobre o assunto a ser estudado e elabora um plano de trabalho envolvendo os conteúdos curriculares. O professor de AEE entra em contato com esse plano de trabalho para desenvolver as atividades complementares com os alunos com surdez. A elaboração do Plano de AEE inicia-se com o estudo das habilidades e necessidades educacionais específicas dos alunos com surdez, bem como das possibilidades e das barreiras que tais alunos encontram no processo de escolarização. Conforme Damázio (2007), o AEE envolve três momentos didático-pedagógicos: • Atendimento Educacional Especializado em Libras • Atendimento Educacional Especializado de Libras • Atendimento Educacional Especializado de Língua Portuguesa. O AEE em seus três momentos visa oferece a esses alunos a oportunidade de demonstrarem se beneficiar de ambientes inclusivos de aprendizagem. As fotos a seguir ilustram esses momentos didático-pedagógicos na escola comum. 30 4.1. Atendimento educacional especializado em libras O AEE em Libras fornece a base conceitual dos conteúdos curriculares desenvolvidos na sala de aula. Esse atendimento contribui para que o aluno com surdez participem das aulas, compreendendo o que é tratado pelo professor e interagindo com seus colegas. O AEE em Libras ocorre em horário oposto ao da escolarização o professor do AEE trabalha com os conteúdos curriculares que estão sendo estudado no ensino comum em Libras, articuladamente com o professor de sala 31 de aula. Trata-se de um trabalho complementar ao que está sendo estudado na sala de aula, de uma exploração do conteúdo, em Libras; em que o professor de AEE retoma as ideias essenciais, avaliando durante o processo o plano de atendimento do aluno com surdez. A proposta pedagógica deve possibilitar a ampliação da relação dos alunos com o conhecimento, levando-os a formular suas ideias, a partir do questionamento de pontos de vista e da liberdade de expressão. Para que os construam conhecimentos, as aulas devem ser planejadas pelos professores das diferentes áreas. O planejamento do AEE em Libras é atribuição do professor deste atendimento, conforme as seguintes etapas essenciais: - Acolhimento de todos os alunos, que precisam ser valorizados, mantendo uma relação de respeito e confiança com o professor. - A identificação das habilidades e necessidades educacionais específicas dos alunos contemplando a avaliação inicial dos conhecimentos dos alunos. 32 – Parceria com os professores da sala de aula comum para a discussão dos conteúdos curriculares, objetivando a coerência entre o planejamento das aulas e o do AEE. Esse planejamento propicia uma organização didática bem estruturada que contribuirá para a compreensão dos conceitos referentes aos conteúdos curriculares, possibilitando aos alunos com surdez estabelecer relações e ampliar seu conhecimento acerca dos temas desenvolvidos em Língua Portuguesa e em Libras. – Estudo dos termos científicos próprios das áreas específicas em Libras. Neste momento há uma ampliação do vocabulário técnico da Libras, a necessidade de criação de novos sinais e o aprofundamento dos conhecimentos nessa língua. 33 - Identificação, organização e produção de recursos didáticos acessíveis a serem utilizados para ilustrar as aulas na sala de aula comum e no AEE, além de estratégias de dramatização, pantomima e outras que contribuem com construção de diferentes conceitos. Os recursos visuais são essenciais, uma vez que a língua de instrução do AEE é Libras. Portanto, as salas de recursos multifuncionais devem ter muitos materiais visuais dispostos em murais, livros, painéis, fotos sobre os conteúdos e outros. A produção desses recursos, pelos professores e alunos, é primordial para a compreensão dos conteúdos curriculares em Libras, enriquecendo a aula e tornando-a mais atraente e representativa. - Avaliação da aprendizagem por meio da Libras é importante para que se verifique a compreensão e a evolução conceitual dos alunos com surdez no AEE. Considerando que a educação escolar dos alunos com surdez tem como língua de instrução a Libras e a Língua Portuguesa, o aluno realizará suas avaliações em sala de aula comum em Língua Portuguesa e em Libras, de acordo com os objetivos propostos. 4.2 O atendimento educacional especializado de libras • SOBRE LÍNGUAS DE SINAIS E LIBRAS 34 As línguas de sinais são línguas naturais e complexas que utilizam o canal visual-espacial, articulação das mãos, expressões faciais e do corpo, para estabelecer sua estrutura. Todas as línguas são independentes umas das outras e as línguas de sinais possuem estruturas gramaticais próprias, compostas de aspectos linguísticos: fonológico, morfológico, sintático e semântico - pragmático. As línguas de sinais, assim como as línguas orais, possibilitam aos seus usuários discutir, avaliar e relacionar temas relativos a qualquer ramo da ciência ou contexto científico. A língua de sinais não é universal e cada país possui sua própria língua de sinais com variações regionais. No Brasil, a Libras, reconhecida pela Lei 10.436/2002, é entendida como a forma de comunicação e expressão em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Nos últimos anos, várias iniciativas foram criadas para promover o uso da Libras nas escolas, desenvolvendo práticas pedagógicas que favorecem o ensino dessa língua para as pessoas com surdez. Tais ações são necessárias, considerando a singularidade da língua de sinais e que esta não é usual na sociedade. Assim, um dos desafios das políticas públicas inclusivas para as escolas brasileiras é a construção de ambientes educacionais para o ensino da Libras, por meio de métodos adequados. É direito das pessoas surdas o acesso ao aprendizado da Libras desde a educação infantil para sua apropriação de maneira natural e ao longo das demais etapas da educação básica, com a presença de um profissional habilitado, preferencialmente surdo. Essa habilitação para o ensino da Libras pode ser obtida por meio do exame Prolibras promovido pelo MEC/INEP, ou por meio do curso de licenciatura Letras/Libras . LIBRAS: PARÂMETROS QUE A ESTRUTURAM Como língua a Libras tem suas normas, padrões e regras próprias. Seus sinais são formados pelo movimento e pelas combinações das mãos com o 35 espaço em frente ao corpo. Segundo Brito (1995), a estrutura da Libras é constituída de parâmetros primários e secundários: configuração das mão, ponto de articulação, movimento e disposição das mãos, orientação da palma das mãos, região de contato e expressões faciais. Os parâmetros definem as articulações das mãos com os componentes do corpo e conferem à Libras uma organização dos movimentos gestuais e das expressões por ela transmitida. CONFIGURAÇÃO DAS MÃOS As mãos assumem diversas formas para a realização de um sinal. De acordo com estudos apresentados pelo Instituto Nacional de Educação dos Surdos - INES, são 63 posições diferentes, dos dedos e da mão. PONTO DE ARTICULAÇÃO, ORIENTAÇÃO/DIREÇÃO E REGIÃO DE CONTATO O ponto de articulação é o espaço em frente ao corpo ou uma região do próprio corpo, onde os sinais se articulam. Orientação/direção: direção é a forma que a palma da mão assume durante o sinal; e orientação das mãos é a região de contato (parte da mão que entra em contato com ocorpo). 36 MOVIMENTO São diversos os movimentos e deslocamentos que a mão assume para realizar um sinal: internos da mão, do pulso e direcionais no espaço. EXPRESSÃO FACIAL E CORPORAL 37 São componentes não-manuais muito importantes, que participam da composição da língua de sinais, constituindo elementos diferenciadores para expressar sentimentos e determinar significados (interrogação, exclamação, negação, afirmação). O ESTUDO DE TERMOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS NAS ESCOLAS Os estudos e as pesquisas dos termos técnico-científicos das diferentes áreas do conhecimento, em Libras, estão em processo de desenvolvimento. Sua sistematização visa ampliar o léxico da Libras e geralmente é realizado na interação entre alunos, professores e tradutores/intérpretes da Libras. A criação e organização desses termos em Libras é fundamental para: • Subsidiar o tradutor/intérprete e o professor bilíngue a trabalhar em Libras em seus vários contextos científicos; • Desenvolver referencial teórico que possibilite a apreensão de termos inerentes aos conhecimentos científicos; • Construir conceitos em sala de aula e possibilitar ampliação das competências linguísticas da pessoa com surdez em Libras e em Língua Portuguesa. • Gerar novas convenções em glossários e dicionários da Libras. 38 4.3 AEE para o ensino da língua portuguesa A proposta didático-pedagógica para se ensinar português escrito para os alunos com surdez orienta-se pela concepção bilíngue - Libras e Português escrito, como línguas de instrução destes alunos. A escola constitui o lócus da aprendizagem formal da língua Portuguesa na modalidade escrita, em seus vários níveis de desenvolvimento. Na educação bilíngue os alunos e professores utilizam as duas línguas em diversas situações do cotidiano e das práticas discursivas Para o ensino de a Língua Portuguesa escrita no AEE é importante considerar: • Alunos com surdez e o ato de ler: além da atribuição de significados à imagem gráfica, Martins (1982) define a leitura como a relação que o leitor estabelece com a própria experiência, por meio do texto. Envolve aspectos sensoriais, emocionais e racionais. Ler não é dizer o já dito, mas falar do outro sentido é impossível uma leitura do consenso, as diferentes interpretações revelam a riqueza presentes no texto. A leitura se dá por meio de um processo de interlocução entre o leitor e o autor mediados pelo texto, num movimento que estimula seus mecanismos perceptivos, do todo para as partes e vice-versa, resultando nos percursos de contextualização, descontextualização e recontextualização. No percurso de contextualização, o aluno parte do todo textual para formar o sentido inicial da produção de 39 significados o percurso de descontextualização, há o reconhecimento das partes do texto, das suas estruturas em palavras e frases, sílabas e grafemas. No percurso da recontextualização, o aluno realiza o processo de montagem de outros sentidos e a produção de novas palavras ou textos. • Aluno com surdez e ato de escrever: o texto é uma tessitura de palavras, ideias e concepções articuladas de forma coerente e coesa. Ensinar aos alunos com surdez, assim como aos demais alunos, a produzir textos em Português objetiva torná-los competentes em seus discursos, oferecendo-lhes oportunidades de interagir nas práticas da língua oficial e de transformar-se em sujeitos de saber e poder com criatividade e arte. Para que essa aprendizagem ocorra, a educação escolar deve apresentar aos alunos com surdez a diversidade textual circulante em nossas práticas sociais. Essa apropriação dos gêneros e discursos é essencial para que os alunos façam uso da língua portuguesa. ALUNOS COM SURDEZ E O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA NO AEE Ao ensinar língua portuguesa escrita, deve-se conceber que o processo de letramento requer o desenvolvimento e aperfeiçoamento da língua em várias práticas sociais de interação verbal e discursiva, principalmente da escrita. Para Soares (2003), "o letramento, como o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, configura um estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita. Considera que o letramento traz consequências políticas, econômicas, culturais para os indivíduos e grupos que se apropriam da escrita, fazendo com que está se torne parte de suas vidas como meio de expressão e comunicação". A apropriação da língua portuguesa escrita demanda atividades de reflexão voltadas para a observação e a análise de seu uso, para o conhecimento de sua estrutura e sistema linguístico, funcionamento e variações em contextos de prática, tanto nos processos de leitura como na produção de texto. A reflexão 40 sobre a língua permite ao aluno conhecer e usar a gramática normativa, produzir os vários gêneros textuais e ampliar sua competência e desempenho linguístico. NÍVEIS DE ENSINO DO PORTUGUÊS ESCRITO PARA ALUNOS COM SURDEZ Para a aprendizagem do Português, a proposta didático-pedagógica, em um primeiro nível de ensino deve iniciar-se com os processos de letramento, que perpassam a educação infantil e o ciclo de alfabetização no decorrer do ensino fundamental. Num segundo nível intermediário, os textos devem apresentar estruturas, organização e funcionamento de razoável complexidade, em condições de promover a leitura, interpretação e escrita, segundo categorias mais elaboradas da língua portuguesa. No terceiro nível, os conhecimentos do Português escrito devem recair sobre o uso da língua oficial na leitura e na produção de textos mais complexos. ORGANIZAÇÃO DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA NO AEE Este momento didático-pedagógico deve acontecer em sala de recursos multifuncionais, em horário oposto ao da sala de aula comum envolvendo a articulação dos professores do AEE e da sala de aula comum. Considerando as etapas de ensino, o ensino da língua portuguesa deverá ser desenvolvido por professores com formação em Letras, que conheçam com os pressupostos linguísticos e teóricos que norteiam esse trabalho. O objetivo desse atendimento é desenvolver a competência linguística, bem como textual, dos alunos com surdez, para que sejam capazes de ler e escrever em língua portuguesa. Para tanto, a sala de recursos multifuncionais precisa ter: • amplo acervo textual em Língua Portuguesa, capaz de oferecer ao aluno a pluralidade dos discursos, pelos quais possam ter oportunidade de interação com os mais variados tipos de situação e de enunciação; 41 • presença de pistas escritas pré-estabelecidas pelo professor em concordância com os alunos, de forma que possam ser utilizadas como canal de comunicação entre os alunos e o professor, colocando em uso, a estrutura e funcionamento da língua. No momento do AEE para o ensino da língua portuguesa escrita o professor não utiliza a Libras, a qual não é indicada como intermediária nesse aprendizado. Entretanto, é previsível que o aluno utilize a interlíngua na reflexão sobre as duas línguas, cabendo ao o professor mediar o processo de modo a conduzi-lo a diminuição gradativamente desse uso. As aulas AEE para o ensino do Português escrito são preparadas segundo o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. O professor do AEE avalia e analisa o estágio de desenvolvimento linguístico dos alunos, em relação à leitura e escrita, tendo por base suas próprias produções e interpretações de textos, dialógicos, descritivos, narrativos e dissertativos. Como o canal de comunicação específico para o ensino e a aprendizagem é a língua portuguesa, o aluno pode utilizar a leitura labial (caso tenha desenvolvido habilidade) e a leitura e a escrita. Considerando que os recursos escritos são vitais para a compreensão e exploraçãotextual e contextual do conteúdo, o AEE para o ensino de língua portuguesa escrita deve ser diário, pois a aquisição de uma língua demanda um exercício constante. O professor deve estimular os alunos, provocando-os a enfrentar esse desafio de aprender o Português escrito. O ensino da língua portuguesa por escrito é de extrema importância para o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com surdez em sala de aula comum e na vida social. A avaliação das aquisições do Português pelos alunos deve colocar em evidência os avanços e dificuldades de cada um e servir para redefinir o planejamento. ALGUMAS ATIVIDADES PEDAGÓGICAS ENVOLVENDO LINGUAGENS E VIVÊNCIAS NO AEE Para fases iniciais de aprendizado da Língua Portuguesa: 42 • Expressão corporal; • Expressão artístico-cultural; • Dramatização • Contextualização de situações vividas; • Aula-passeio; • Sessão de filmes. Para a leitura: • Leitura de ícones, sinais, índices, símbolos e signos linguísticos; • Leitura visual de imagens; • Leitura de texto escrito: texto - frases - palavras - sílabas - letras; • Interpretação/compreensão por meio do desenho; • Interpretação/compreensão por meio da escrita: aplicação das condições de produção dos gêneros textuais e discursivos. Para a escrita: • Do desenho à palavra - da palavra ao desenho; • Da frase ao desenho - do desenho à frase; • Do texto ao desenho - do desenho ao texto; • Escrita de diferentes gêneros textuais. Para descoberta da escrita: linguagens lúdicas: • Brincadeiras; • Jogos interativos; • Testes-problema; • Jogos eletrônicos; • Informática; • Livros. 43 A escola tem uma contribuição muito importante na inclusão da pessoa com surdez na sociedade e, nesse sentido, o aprendizado do Português escrito tem a sua parte, por ser mais um instrumento que essa pessoa terá para se integrar à sociedade. O ensino do Português escrito não restringe à alfabetização das pessoas com surdez, portanto, todos os níveis de letramento, desde o início do aprendizado até o ensino superior precisam ser desenvolvidos e, nesse sentido, o AEE para o ensino da língua portuguesa escrita é indispensável. 44 CONCLUSÃO AEE não se trata de um reforço escolar e sim uma parceria que apoia e potencializa o desenvolvimento educacional do aluno. Para que isso de fato aconteça é preciso que o professor da sala regular trabalhe de maneira articulada visando a qualidade do ensino e a tão sonhada inclusão. O educador torna-se fundamental no processo de desenvolvimento do aluno e uma das exigências para atuar no AEE de modo a beneficiar os alunos em seu desenvolvimento cognitivo é que os profissionais que atuam diretamente tenham formação especifica. Os professores do AEE estão em constante formação, ainda há necessidade de melhor formação para os professores da sala comum uma vez que os mesmos atuam na sala de aula com essas crianças. Além disso, ainda falta parceria entre os professores para que os alunos possam se beneficiar dos seus direitos. A inclusão da pessoa com surdez na escola comum exige que se busquem meios para beneficiar sua participação e aprendizagem tanto na sala de aula comum, como no Atendimento Educacional Especializado, destacando três momentos didáticos pedagógicos: • Atendimento Educacional Especializado em LIBRAS; • Atendimento Educacional Especializado para o Ensino da LIBRAS; • Atendimento Educacional Especializado para o Ensino da Língua Portuguesa. Este trabalho tem por finalidade viabilizar turmas nas salas de recursos multifuncionais onde o professor do AEE de Língua Portuguesa e em LIBRAS e o Instrutor de LIBRAS trabalhem em parceria com o professor de sala de aula comum, para que o aprendizado do português escrito e de LIBRAS por esse aluno seja contextualizado. A inclusão é um desafio que provoca mudanças na escola, redefinindo novas alternativas pedagógicas, que favoreçam a todos os alunos, o que implica 45 na atualização e desenvolvimento de conceitos e em práticas escolares compatíveis com esse grande desafio. 46 REFERÊNCIAS Gagliardi, C. & Barrella, F. F. (1986). Uso da informática na educação do deficiente auditivo: um modelo metodológico. Em Sociedade Brasileira de Psicologia (Org.), Anais da XVI Reunião Anual de Psicologia (pp. 120-123). Ribeirão Preto: SBP. Marchesi, Α. (1996). Comunicação, linguagem e pensamento. Em César Call; Jesus Palácios & Álvaro Marchesi. 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