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SISTEMA DE ENSINO
ÉTICA NA 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA E 
LEGISLAÇÃO
Ética e Moral. Princípios e Valores. 
Democracia. Função Pública
Livro Eletrônico
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Daniel Mesquita
Ética e Moral. Princípios e Valores. Democracia. Função Pública
ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO
Ética e Função Pública ....................................................................................................5
1. Ética e Moral ...............................................................................................................5
1.1. Princípios ................................................................................................................ 10
1.2. Valores Éticos ........................................................................................................ 10
1.3. Ética como Filosofia Moral ..................................................................................... 12
1.4. Relativismo Cultural e Moral .................................................................................. 12
2. Ética e Democracia ................................................................................................... 13
3. Ética e Função Pública .............................................................................................. 15
4. Resolução n. 147/2011 do Conselho da Justiça Federal ............................................. 16
Resumo ........................................................................................................................23
Questões de Concurso .................................................................................................. 31
Gabarito .......................................................................................................................39
Gabarito Comentado .................................................................................................... 40
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Apresentação
Olá, candidato(a),
É um prazer tê-lo(a) conosco! De imediato, desejo que você tenha sucesso em sua cami-
nhada. Para passar neste concurso não há mistério e nem mágica. Há disciplina e persistên-
cia. Foco, força e determinação devem ser suas palavras. Você deve vencer a si mesmo diaria-
mente e enfrentar as leituras de modo disciplinado, lendo as aulas preparadas especialmente 
pra você. Este curso aborda um tema muito importante que fará diferença na sua aprovação: a 
ética no serviço público. Afinal, hoje em dia, nos jornais, na internet, na escolha de um governo, 
só se fala em ética no serviço público!
Você deve estar pensando: esse curso é suficiente para a minha aprovação?
É sim! E vou explicar a razão. 
O nosso material é específico. Vai abordar todo o conteúdo cobrado em seu edital. As 
aulas trarão também questões comentadas da matéria, que já caíram em outros concursos e 
inéditas. Traremos várias questões relativas ao tema das aulas já cobradas em concursos e 
outras elaboradas por mim. Assim, você não vai precisar procurar questões em sites de ques-
tões – eu já fiz isso para você!
Antes de começarmos o curso, quero deixar umas dicas sobre como estudar essa ma-
téria. Muitos não gostam de estudar lei seca, pois consideram o assunto penoso e difícil de 
aprender. Porém, o conteúdo está no edital e você precisa estudá-lo. Se você estudar, você vai 
passar. E se você quer passar, a dificuldade será superada. 
Apesar de o material ser completo, sempre leia as aulas do curso com a redação da norma 
aberta ao lado. Isso sempre me ajudou muito nos concursos, sempre que lia uma apostila, uma 
doutrina ou mesmo o caderno ficava com a lei do tema aberta ao lado para reforçar a memo-
rização. Além disso, muitas vezes o examinador busca a redação literal da lei e a coloca na 
prova, outras vezes, a mudança que ele faz na norma é sutil. Assim, quando você ler a questão 
você já vai saber que já leu aquilo em algum lugar e terá mais chances de acertar. Por fim, uma 
última dica fundamental para uma boa preparação é a resolução de exercícios. Como afirmei 
anteriormente, as bancas examinadoras, de um modo geral, repetem as questões, com sutis 
diferenças.
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Você que está nessa vida de buscar um cargo público tem que ter sempre em mente: SE 
VOCÊ ESTUDAR, VOCÊ VAI PASSAR. E SE VOCÊ PASSAR, VOCÊ VAI SER CHAMADO(A)!
Hoje eu estou aqui desse lado, tentando passar o caminho das pedras pra você, mas lem-
bre-se de que eu já estive aí, onde você está agora. Veja que já fui aprovado em vários con-
cursos e que já fui, inclusive, examinador de bancas de concurso. Mas nem tudo na vida são 
louros. Na minha fase de concursando obtive também derrotas e reprovações. Desanimei por 
algumas vezes, mas continuei firme em meu objetivo, pois só não passa em concurso quem 
para de estudar! Espero que a minha experiência possa ajudá-lo(a).
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ÉTICA E FUNÇÃO PÚBLICA
1. Ética e Moral
Não pense você que ética é algo novo, recente. Não! Muito pelo contrário, a ética vem do 
grego “ETHOS” que significa modo de ser, o caráter. 
Na Grécia Antiga, Aristóteles identificou a ética com o bem pessoal, o agir bem. Esse bem, 
segundo ele, é determinado por dois fatores: 1) a natureza humana e 2) o conjunto de circuns-
tâncias concretas (ocasião). Para Aristóteles, enquanto a política tem como finalidade o bem 
coletivo, a ética tem por finalidade o bem pessoal. 
Quando os romanos fizeram a tradução do “ethos” para o latim “mos”, que significa costu-
me, a ética tornou-se indissociável do costume. 
O estudo da “ética” vem desde os séculos VII e VI a.C. Mas ainda hoje é um tema atual, 
tendo em vista que a ética é inerente ao ser humano, não podendo de forma alguma ser disso-
ciada da moral.
ÉTICA
MODO DE SER
BEM
COSTUME
MORAL
Dessa forma, podemos entender que o ser humano é responsável pela ética na Adminis-
tração Pública, tendo em vista que a ética é indissociável do seu ser. Para dar eficácia a esse 
conceito, a Administração Pública instituiu normas, códigos que orientam o exercício da ética 
no Serviço Público. 
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Professor tem como sintetizar o que vem a ser a ética?
De forma bem sucinta, podemos definir:
ÉTICA: Representa os valores do comportamento humano que atuam para o bem do indiví-
duo e da sociedade, como a moral, a justiça, a transparência, a retidão, entre outros valores 
que mostram uma boa conduta social.
Vamos aos principais conceitos de ética cobrados em 
• Dicionário Aurélio Buarque de Holanda: Estudo do juízo de apreciação que se refere à 
conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja re-
lativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto.
• Caldas Aulete: Ética é a ciência da moral;
• Adolfo Sánchez Vázquez: Ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos ho-
mens em sociedade;
Ética e moral são termos bem semelhantes, tanto que na definição de ética apresentada, a 
moral é um dos valores do comportamento humano que devem atuar para o bem do indivíduo 
e da sociedade. Porém, moral e ética não se confundem, tendo em vista que a ética estuda 
todo o modo de agir voltado para o bem do ser humano e não somente a sua moral. 
A moral é um elemento inserido na sociedade, mas é um elemento social individual. São 
aqueles valores encontrados dentro de cada um de nós. São regras abstratas, mas de efeito 
psicológico; é o que se espera que cada pessoa faça conforme a sua consciência.
Por ser um valor interno do ser humano, a moral não nasce da lei, ela é moldada com a 
educação do indivíduo. 
Atualmente, se aceita a definição de moral como “a ciência do dever”. 
Comparando o conceito atual de moral com o conceito antigo, percebemos que hoje a moral 
indica uma linha de conduta. Contudo, na Grécia Antiga, a moral jamais era concebida como 
uma ideia de norma, mas sim de valor interno do indivíduo.
Brochard afirma que 
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[...] nosso espírito moderno não concebe de modo algum uma moral que não indicasse a cada um 
sua linha de conduta, que não lhe formulasse certos preceitos aos quais ele devesse obedecer. 
Entretanto, se olharmos bem e prestarmos atenção, esta ideia está totalmente ausente da moral 
antiga. Ela é tão estranha ao espírito grego que, tanto em grego como em latim, não existe palavra 
para exprimi-la. Os antigos jamais conceberam o ideal moral sob a forma de uma lei ou de um man-
damento. Nem em grego nem em latim encontra-se uma expressão que possamos traduzir por “lei 
moral”, e se, às vezes, encontra-se nos escritos dos filósofos antigos a expressão: “lei não escrita”, 
nomos agraphos, ou, “lei inata”, basta ler atentamente os textos para perceber que o termo nomos é 
tomado no sentido comum de “costume” e de “uso”.
A moral caracteriza-se por não gerar sanção ao infrator, porém pode gerar o remorso. A 
moral pode ser comum a mais de um indivíduo, ultrapassando barreiras quanto a localidades 
e identidades.
Assim, enquanto a moral está limitada aos valores internos que pautam o comportamento 
de cada indivíduo, a ética tem o campo de abrangência mais amplo, pois além de representar 
os valores do comportamento humano em sua dimensão individual, também aborda os re-
flexos desses valores na sociedade. Além disso, a ética também se ocupa com a análise de 
conceitos relacionados à justiça, à transparência, à retidão, entre outros valores.
Constata-se que o estudo da ética também é abrangente quando se verifica que ele não 
se limita à filosofia. O estudo da ética abrange o estudo científico e em vários momentos até 
mesmo a teologia. 
Por falar nisso, é importante observar que, para fins de estudos, a teoria da ética é dividida 
didaticamente em dois campos, conforme faz Álvaro L. M. Valls:
• Os problemas gerais e fundamentais (como liberdade, consciência, bem, valor, lei e ou-
tros); 
• Os problemas específicos, de aplicação concreta, como os problemas da ética profissio-
nal, da ética política, de ética sexual, de ética matrimonial, de bioética, etc. 
Dessa forma, no primeiro estudo, a ética aborda os valores humanos. No segundo, o estu-
do é voltado para a aplicação concreta da ética, como a ética pública – objeto mais detalhado 
de nossa aula.
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No estudo da ética, o homem estuda o seu próprio comportamento e costumes que 
estão em constante mutação, dessa forma, não existe uma “lista de convenções” a ser 
seguida de forma imutável e que se aplique em âmbito mundial, concorda?
Até mesmo o conceito de ética gira em torno das modificações dos comportamentos ao 
longo do tempo, definidos pelas condutas morais vigentes.
Mas, de maneira geral, é possível estabelecer condutas que possuem caráter correto ou 
errado, bem e mal. 
E como é feito a determinação desse padrão, ou seja, como se define, em uma sociedade, 
o que é certo ou errado?
Isso é feito através da axiologia, que é definida como a ciência de valores. O principal ele-
mento da axiologia para determinar esse padrão é a máxima da regra cristã segundo a qual “não 
se deve fazer a outrem o que não quer que lhe façam”. Dessa forma, a ética permanece plena e 
soberana acima da moral, da cidadania e do direito, cumprindo sua vocação em harmonia com os 
mesmos objetivos dos demais ramos.
Ainda quanto ao conceito de ética, vale a pena observar o entendimento de Max Weber, que 
distinguiu a ética da convicção da ética da responsabilidade.
A ética da convicção é, para Weber, o conjunto de normas e valores que orientam o com-
portamento do indivíduo, em uma esfera individual. Na ética da convicção, seguimos valores 
ou princípios absolutos – tais como não matar, não roubar, não mentir. Neste caso, a intenção 
é sempre mais importante do que o resultado concreto das nossas ações. É a ética da morali-
dade do indivíduo. 
A ética da responsabilidade, por outro lado, se usa para julgar ações de grupo ou de um 
indivíduo em nome e por conta do grupo. Ela representa o conjunto de normas e valores que 
orientam as decisões a serem tomadas, conforme as suas possíveis consequências. Se as 
consequências são boas, o comportamento do político ou do representante foi bom. Por outro 
lado, se os resultados dos atos do representante foram nefastos, não se poderá colocar a cul-
pa em outros, mas na ação do próprio agente público.
Nesse ponto introdutório de nossa aula é relevante, ainda, informar que as decisões éticas 
podem ser guiadas usando uma abordagem normativa, isto é, usando um conjunto de normas 
e valores explícitos ou implícitos. Diante de um problema, a decisão ética pode ser tomada sob 
uma abordagem utilitarista, individualista, dos direitos morais e da justiça:
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a) Utilitarismo: Basicamente, significa tomar a decisão que traga o maior bem para o maior 
número de pessoas, ou seja, para a coletividade.
b) Individualismo: considera que as ações são morais quando promovem os interesses 
individuais a longo tempo e, em última instância, o maior bem.
c) Direitos Morais: Os indivíduos têm direitos e liberdades fundamentais, que não podem 
ser retiradas por uma decisão: livre consentimento, privacidade, liberdade de consci-
ência, liberdade de expressão, direito a tratamento imparcial e justo e direito à vida e 
segurança.
d) Justiça: pauta-se estritamente por princípios de justiça, sendo um conceito ético de que 
as decisões morais são pautadas pela verdade e pela lei, com integridade, equidade, 
impessoalidade e imparcialidade.
Considere ainda alguns valores que podem cair na sua 
• ÉTICA: ter como padrão de conduta ações que busquem a verdade dos fatos, amparadas 
em honestidade, moralidade, coerência e probidade administrativa.
• EFETIVIDADE: atuar orientado para resultados que assegurem o cumprimento da mis-
são e a excelência da imagem institucional.
• INDEPENDÊNCIA: atuar com imparcialidade, liberdade e autonomia, de forma a rejeitar 
a interveniência de qualquer interesse que não o público.
• PROFISSIONALISMO: atuar de forma ética, competente, responsável, imparcial, coeren-
te e objetiva, e estar comprometido com a missão institucional.
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1.1. PrincíPios
Na definição de Humberto Ávila,
[...] os princípios são normas imediatamente finalísticas, primariamente prospectivas e com pre-
tensão de complementaridade e de parcialidade, para cuja aplicação se demanda uma avaliação 
da correlação entre o estado de coisas a ser promovido e os efeitos decorrentes da conduta havida 
como necessária à sua promoção. 
Como se vê, os princípios apenas apresentam um norte finalístico, informam onde se pre-
tende chegar, mas não o “como” se chegar. 
Na realidade da Administração Pública, para que o administrador guie um ato administrati-
vo para a consecução de um princípio, ele tem uma margem de discricionariedade, ou seja, um 
âmbito de atuação no qual ele poderá tomar decisões que, no seu ponto de vista, lhe pareçam 
mais oportunas ou adequadas para se atingir o interesse público e se preencher o comando 
daquele princípio. Sempre deve estar guiado por uma atuação serena e pautada pela busca do 
bem comum.
O importante é que você saiba que não há hierarquia entre os princípios, deve-se ana-
lisar a aplicação de cada um no caso concreto.
No âmbito da ética no serviço público, além dos princípios basilares da Administração 
(LIMPE = Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência), temos:
•	 Dignidade
•	 Decoro 
•	 Zelo 
•	 Eficácia
•	 Consciência dos princípios morais
1.2. Valores Éticos
No contexto de servidor público, temos como parâmetro de valores éticos, nos termos do 
Decreto n. 1.171/1994, que aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal:
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I. a dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maio-
res que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que 
refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes 
serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
II. o servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá 
que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o 
oportuno e o inoportuno, mas, principalmente, entre o honesto e o desonesto, consoante as regras 
contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.
III. a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser 
acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, 
na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
IV. a remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por 
todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa 
se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, 
como consequência, em fator de legalidade.
V. o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como 
acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse 
trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.
VI. a função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particu-
lar de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia em sua vida 
privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
VII. salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado 
e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos 
termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e morali-
dade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a 
negar.
VIII. toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária 
aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode 
crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que 
sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
IX. a cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o es-
forço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa 
causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio 
público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipa-
mento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua 
inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.
X. deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que 
exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na 
prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas 
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.
XI. o servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atenta-
mente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso 
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e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo impru-
dência no desempenho da função pública.
XII. toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do 
serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
XIII. o servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas 
e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a 
grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.
1.3. Ética coMo FilosoFia Moral
No contexto de filosofia moral, podemos entender a ética como ação moral nas atividades 
e decisões dos seres humanos.
A ética pode também significar Filosofia da Moral, portanto, um pensamento reflexivo so-
bre os valores e as normas que regem as condutas humanas. Em outro sentido, ética pode 
referir-se a um conjunto de princípios e normas que um grupo estabelece para seu exercício 
profissional, como exemplo, temos o Código de ética do servidor público.
Mas saiba que não é possível padronizar o comportamento humano através da lei. O ser 
humano é algo muito mais complexo do que um código de normas vindo do mundo exterior. 
Fatores ínsitos ao indivíduo e o seu meio, como a cultura, o conhecimento, os valores mo-
rais são elementos que compõem a individualidade do cidadão.
1.4. relatiVisMo cultural e Moral
Antes de estudar o relativismo cultural e o moral, você deve ter em mente a existência de 
duas ramificações principais, no que diz respeito ao estudo da ética: a ética filosófica e a ética 
científica (Srour, 1998). 
A ética filosófica é aquela que tenta estabelecer princípios constantes e universais para a 
boa conduta da vida em sociedade, em suma, tenta estabelecer uma moral universal, a qual os 
homens deveriam seguir independentemente das contingências de lugar e de tempo. 
Por outro lado, a ética científica constata o relativismo cultural e o adota como pressu-
posto. Qualifica o bem e o mal, assim como a virtude e o vício, a partir de seus fundamentos 
sociais e históricos. Na investigação da ética científica, a pluralidade, a diversidade cultural e a 
dinâmica da sociedade são relevantes. 
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Com se percebe, o relativismo cultural é relevante apenas na ética científica.
Para que você se situe e entenda o conceito do relativismo cultural, você deve saber que ele 
se refere ao enfoque que se dá para se avaliar se determinada conduta é correta ou não. Por 
exemplo, se um jovem verifica que a lixeira está cheia e deixa sua lata de refrigerante no chão, 
mas ao pé da lixeira, essa conduta é moralmente aceita ou não?
Para que possamos responder a essa pergunta, segundo o relativismo cultural, devemos 
indagar se essa conduta é aprovada socialmente. 
No Brasil, provavelmente essa conduta seria correta sob o ponto de vista moral, uma vez 
que é relativamente comum, no Brasil, deixar o lixo ao lado da lixeira quando ela está totalmen-
te cheia.
Na Coreia do Sul, contudo, essa conduta estaria completamente errada, uma vez que nesse 
país não há sequer cestos de lixo nas ruas. Cada cidadão guarda seu lixo consigo dentro de sua 
mochila ou de sua sacola e o joga fora quando chega em casa.
Assim, no relativismo cultural, a correção dos juízos e das normas morais é sempre relati-
va a uma dada sociedade e à cultura que nela existe. 
O mesmo se aplica ao relativismo moral. A moral é variável em cada sociedade, de acordo 
com cada cultura, sendo impensável se falar em normas absolutas, ou seja, um padrão a ser 
seguido em qualquer lugar do mundo.
O relativismo moral afirma que moralidade não é baseada em qualquer padrão absoluto. 
Ao contrário, “verdades éticas” dependem da situação, cultura, sentimentos etc. 
O relativismo moral se contrapõe ao absolutismo moral, em que a moralidade depende de 
princípios universais (lei natural, consciência) e imutáveis em qualquer ambiente ou cultura.
2. Ética e DeMocracia
Nesse ponto da aula, estudaremos a ética e a democracia com foco no exercício da cida-
dania.
Já abordamos bem o que é a ética. Agora vamos falar um pouco sobre a democracia.
A origem etimológica da palavra já nos dá uma boa noção:
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Democracia não é outra coisa senão o regime político em que o poder é exercido pelo povo; 
é o povo quem governa para o próprio povo. A sociedade é livre para decidir, fazendo com que 
o Estado seja guiado pela soberania popular. 
A Constituição de 1988 é expressa ao afirmar que a República Federativa do Brasil consti-
tui-se em um Estado Democrático de Direito e que todo poder emana do povo, que o exerce por 
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Isso quer dizer que o Brasil tem:
• como forma de governo a república; 
• como forma de estado o federalismo; 
• como sistema de governo o presidencialismo; e 
• como regime político a democracia. 
Entremos agora na análise de nossa Constituição, a regra máxima de nossa República.
Da leitura do parágrafo único do art. 1º da Constituição, você percebe que a cidadania, 
bem como a dignidade, é um princípio fundamental da República do Brasil. Ambos os concei-
tos estão diretamente ligados ao exercício da democracia e da ética.
Na definição de José Afonso da Silva, cidadania é a denominação que se dá aos que par-
ticipam da vida política do Estado, ativa (votando) ou passivamente (sendo votado). 
Para que o estudo da ética se relacione com a cidadania, é preciso considerar todos os fa-
tos e acontecimentos ao longo da história, tendo em vista que são diversas as interpretações 
dadas ao desenvolvimento da cidadania, se considerados os aspectos econômicos, sociais, 
políticas, culturais e etc.
 Professor, e de onde vem a cidadania? Bem, o ser humano não nasce com a cidadania, 
mas, com o decorrer do tempo e o conhecimento que passa a adquirir, ele desenvolve relacio-
namentos com os demais seres, o que é algo natural da própria espécie humana; e o acúmulo 
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de conceitos morais vindosde familiares e da própria sociedade faz com que, pouco a pouco, 
cada um questione os seus ideais.
Dessa forma, a cidadania pode ser entendida como um procedimento, que teve início com 
a origem da humanidade e não parou por aí. Trata-se de uma continuidade de conquistas de 
direitos e garantias, uma verdadeira construção.
É fato que, se a sociedade se mobilizasse exercendo a “cultura cidadã”, seria possível criar 
uma barreira para o abuso de poder. Conforme vimos, a cidadania existe, mas é desenvolvida 
com o tempo, a partir de descobertas, da devida aprendizagem.
Assim entende-se que a evolução da cidadania surge a partir do momento que o cida-
dão passa a possuir o chamado status, ou seja, quando passa a ter direitos sociais.
Através dessa evolução cidadã, através de processos de lutas por seus direitos, o cidadão 
passa a ter um padrão de vida mais decente, assim sendo o cidadão jamais deve admitir que o 
Estado atenue os impulsos sociais.
3. Ética e Função Pública
Ao relacionarmos a ética à função pública, pode ser que você pense em coisas ruins como 
corrupção, desvio de verbas públicas e muitas vezes até em morosidade e falta de eficiência 
no serviço público.
Mas a relação que deve ser feita diante de tudo o que estudamos é: Qual o padrão ÉTICO 
do serviço público que os servidores devem seguir?
O posicionamento das atuais Comissões de Ética é de que os padrões éticos dos servi-
dores públicos estão dentro do próprio servidor, da forma com que este se relaciona com o 
público.
Cabe lembrar novamente o elo entre os princípios fundamentais e a ética pública. No Direi-
to, tais princípios também são conhecidos como normas fundamentais, por se tratar de hipó-
teses e ideologias que devem orientar o comportamento humano e o convívio em sociedade. 
A doutrina traz a importância de tal relação com a Constituição Federal. O texto constitu-
cional brasileiro é fundado no princípio da dignidade da pessoa humana e da isonomia. Ele 
ampara os valores morais da boa conduta, da boa-fé e da ética como pilares do equilíbrio entre 
o cidadão e a sociedade. Tal entendimento era conhecido pelos gregos como o bem viver.
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Aproveito a oportunidade para estabelecer que, numa visão ética, a imparcialidade no 
funcionalismo público poderá ser vista como sinônimo de igualdade. 
Como assim professor? 
Tendo em vista que todos são iguais perante a lei, o atendimento deve ser imparcial para 
todos. Devendo o servidor público separar o seu interesse pessoal e privado do interesse pú-
blico.
Assim como a educação e a cultura, é interessante que a ética na Administração Pública 
se desenvolva e impulsione as mudanças que o contribuinte quer ver no serviço público, como 
o aumento da rapidez e da qualidade do atendimento.
4. resolução n. 147/2011 Do conselho Da Justiça FeDeral
A Resolução n. 147/2011, do Conselho da Justiça Federal, institui o Código de Conduta do 
Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus.
O Código de Conduta do CJF regula a conduta dos gestores, servidores e juízes federais 
de 1º e de 2º grau, ou seja, dos juízes federais e dos desembargadores federais de todos os 
Tribunais Regionais Federais. 
Esse Código tem as seguintes finalidades, nos termos de seu art. 1º: 
I – tornar claras as regras de conduta dos servidores e gestores do Conselho e da Justiça 
Federal de primeiro e segundo graus; 
II – assegurar que as ações institucionais empreendidas por gestores e servidores do Con-
selho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus preservem a missão desses 
órgãos e que os atos delas decorrentes reflitam probidade e conduta ética; 
III – conferir coerência e convergência às políticas, diretrizes e procedimentos internos do 
Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus; 
IV – oferecer um conjunto de atitudes que orientem o comportamento e as decisões insti-
tucionais.
Vale ressaltar que esse Código de Conduta aplica-se a todos os servidores e gestores do 
Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus. Tanto os servidores, como os ju-
ízes, desembargadores federais e gestores da Justiça Federal e dos TRFs devem observá-lo.
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A redação original da Resolução 147 determinava que os órgãos do Judiciário firmassem 
termo de compromisso declarando ciência e adesão para que passassem a se vincular aos co-
mandos do Código de Conduta. Contudo, a Resolução n. 308, de 07/10/2014 passou a prever 
o seguinte: “Art. 2° O Código de Conduta aplica-se a todos os servidores e gestores do Conse-
lho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus.” Ou seja, não é mais necessário o órgão 
da Justiça Federal celebrar o termo de compromisso para se submeter ao Código de Conduta. 
O Código de Conduta alcança, inclusive, os colaboradores e estagiários da Justiça Federal. 
Neste ponto, vale a leitura dos seguintes artigos da norma:
Art. 2° O Código de Conduta aplica-se a todos os servidores e gestores do Conselho e da Justiça 
Federal de primeiro e segundo graus, os quais devem observá-lo e firmar termo de compromisso 
declarando ciência e adesão. 
Parágrafo único. Cabe aos gestores, em todos os níveis, aplicar, como um exemplo de conduta a 
ser seguido, os preceitos estabelecidos no Código e garantir que seus subordinados – servidores, 
estagiários e prestadores de serviços – vivenciem tais preceitos. 
Art. 3° O Código de Conduta do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus integrará 
todos os contratos de estágio e de prestação de serviços, de forma a assegurar o alinhamento entre 
os colaboradores.
Esse Código de Conduta prevê que esses agentes da Justiça Federal devem observar al-
guns princípios, são eles: 
• integridade, 
• lisura, 
• transparência, 
• respeito e 
• moralidade. 
É óbvio que o princípio da moralidade nem precisava constar nesse rol, pois ele já está no 
art. 37, caput, da Constituição. Mas a ideia do Código e reforçar esse princípio. Perceba que 
todos os demais decorrem dele. Não há como ser íntegro e ao mesmo tempo imoral. Da mes-
ma forma, lisura é sinônimo de integridade. Respeito e transparência também decorrem da 
moralidade. 
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A partir desses princípios, todo o Código de Conduta se desenha. 
Fique atento(a) aos dispositivos do Código que preveem a vedação ao preconceito, à discrimina-
ção, ao assédio e ao abuso de poder. É óbvio que o princípio da isonomia previsto no art. 5º da 
Constituição proíbe qualquer forma de preconceito ou discriminação. Assim, o Código de Conduta 
quis reforçaro óbvio, ou seja, que esses valores se aplicam também no âmbito do Poder Judiciário 
Federal. Reforça também o óbvio quando prevê que os agentes públicos não podem promover as-
sédio (moral, sexual, físico ou de qualquer tipo) e não podem agir com abuso de poder. 
Leia o dispositivo:
Art. 5° O Conselho e a Justiça Federal de primeiro e segundo graus não serão tolerantes com atitu-
des discriminatórias ou preconceituosas de qualquer natureza, em relação a etnia, a sexo, a religião, 
a estado civil, a orientação sexual, a faixa etária ou a condição física especial, nem com atos que 
caracterizem proselitismo partidário, intimidação, hostilidade ou ameaça, humilhação por qualquer 
motivo ou assédio moral e sexual.
Importante destacar também outro valor do Código de Conduta: a vedação ao conflito de 
interesses. O agente público da Justiça Federal não poder agir em conflito de forma alguma. 
Nem para levar um interesse pessoal para a sua atividade profissional nem para trazer a ima-
gem da Justiça Federal para ter privilégios na vida pessoal. 
Seguem os dispositivos: 
Art. 6° Gestores ou servidores não poderão participar de atos ou circunstâncias que se contrapo-
nham, conforme o caso, aos interesses do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo 
graus ou que lhes possam causar danos ou prejuízos. 
Art. 7° Recursos, espaço e imagem do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus 
não poderão, sob qualquer hipótese, ser usados para atender a interesses pessoais, políticos ou 
partidários.
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Para garantir a lisura da Justiça Federal, o Código de Conduta vedou o recebimento de pre-
sentes, empréstimos ou doações pelo servidor ou por seus familiares quando o “doador” for 
uma parte, advogado ou fornecedor de produtos ou serviços para os órgãos da Justiça Federal. 
A única coisa que os servidores da Justiça Federal podem aceitar são os “brindes”, desde 
que estes não tenham valor comercial ou sejam distribuídos a título de cortesia, propaganda 
por ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas (ex.: o juiz federal pode aceitar 
convite para comparecer a uma festa da Caixa Econômica Federal, mas não pode tomar um 
empréstimo nesse banco em condições diferenciadas dos demais cidadãos). 
Leia COM ATENÇÃO o dispositivo: 
Art. 9° Ao servidor ou gestor do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus é vedado 
aceitar presentes, privilégios, empréstimos, doações, serviços ou qualquer outra forma de benefício 
em seu nome ou no de familiares, quando originários de partes, ou dos respectivos advogados e es-
tagiários, bem como de terceiros que sejam ou pretendam ser fornecedores de produtos ou serviços 
para essas instituições. 
Parágrafo único. Não se consideram presentes, para fins deste artigo, os brindes sem valor comer-
cial ou aqueles atribuídos por entidades de qualquer natureza a título de cortesia, propaganda ou 
divulgação, por ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas.
O Código de Conduta trouxe uma regra da Lei n. 8.112/1990 para o seu corpo: o dever do 
servidor de manter sigilo de informações ainda não divulgadas. 
O servidor ou gestor da Justiça Federal que, por força de seu cargo ou de suas responsabi-
lidades, tiverem acesso a informações do órgão em que atuam ainda não divulgadas publica-
mente deverão manter sigilo sobre seu conteúdo.
Além do dever de honestidade dos servidores, juízes e colaboradores da Justiça Federal, o 
Código de Conduta também busca resguardar o patrimônio móvel, imóvel, material e imaterial 
da Justiça Federal. 
Além disso, o Código confere uma especial proteção aos recursos de comunicação e tec-
nologia de informação disponíveis no Conselho e na Justiça Federal de primeiro e segundo 
graus, determinando que eles sejam utilizados com a estrita observância dos normativos in-
ternos vigentes, notadamente no que tange à utilização e à proteção das senhas de acesso. 
É óbvio que esses recursos de comunicação não podem ser usados para a prática de atos 
ilegais ou impróprios ou para a obtenção de vantagem pessoal.
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Nesse sentido, os arts. 10 e 11 do Código de Conduta: 
Art. 10. É de responsabilidade dos destinatários do Código zelar pela integridade dos bens, tangí-
veis e intangíveis, dos órgãos onde atuam, inclusive sua reputação, propriedade intelectual e infor-
mações confidenciais, estratégicas ou sensíveis.
Art. 11. Os recursos de comunicação e tecnologia de informação disponíveis no Conselho e na Jus-
tiça Federal de primeiro e segundo graus devem ser utilizados com a estrita observância dos norma-
tivos internos vigentes, notadamente no que tange à utilização e à proteção das senhas de acesso. 
Parágrafo único. É vedada, ainda, a utilização de sistemas e ferramentas de comunicação para a prá-
tica de atos ilegais ou impróprios, para a obtenção de vantagem pessoal, para acesso ou divulgação 
de conteúdo ofensivo ou imoral, para intervenção em sistemas de terceiros e para participação em 
discussões virtuais acerca de assuntos não relacionados aos interesses do Conselho e da Justiça 
Federal de primeiro e segundos graus.
O Código de Conduta trouxe, ainda, dispositivos relacionados à comunicação entre os ór-
gãos da Justiça Federal e destes com os órgãos do Governo. Trata, também, da publicidade 
dos atos da Justiça Federal. É óbvio que este é um órgão da estrutura da União, integrante do 
Poder Judiciário. Justamente por isso é que essa Justiça está imbuída do princípio constitu-
cional da publicidade (art. 37 da Constituição) e o Código deixa claro que essa publicidade 
deve se dar de modo eficiente.
Nesse sentido, os dispositivos do Código de Conduta: 
Art. 12. A comunicação entre os destinatários do Código ou entre esses e os órgãos governamen-
tais, os clientes, os fornecedores e a sociedade deve ser indiscutivelmente clara, simples, objetiva e 
acessível a todos os legitimamente interessados. 
Art. 13. É obrigatório aos servidores e gestores do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e 
segundo graus garantir a publicidade de seus atos e a disponibilidade de informações corretas e 
atualizadas que permitam o conhecimento dos aspectos relevantes da atividade sob sua responsa-
bilidade, bem como assegurar que a divulgação das informações aconteça no menor prazo e pelos 
meios mais rápidos.
Se por um lado a Justiça Federal deve dar publicidade às suas decisões, por outro, essa 
publicidade deve ocorrer nos meios oficiais (publicação no diário de justiça eletrônico, inti-
mações etc.). Se for necessário dar alguma informação à imprensa, o integrante da Justiça 
Federal deve observar que os contatos com os órgãos de imprensa serão promovidos, exclu-
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sivamente, por porta-vozes autorizados pelo Conselho, tribunais regionais federais e seções 
judiciárias...
Há ainda, no Código de Conduta, regras relativas ao funcionamento administrativo dos 
órgãos da Justiça Federal. Você sabe que, obviamente, as Varas e tribunais precisam com-
prar materiais e contratar serviços para poderem executar a atividade fim de julgar proces-
sos, afinal, é preciso que cada juiz e servidor tenha um computador, um scanner e por aí vai. 
Para contratar tudo isso, a equipe administrativa dos tribunais precisa fazer licitação (Lei n. 
8.666/1993) e assinar contratos. 
Nessa atividade, o Código de Conduta prevê:
Art. 15. Os contratos, convênios ou acordos de cooperação nos quais o Conselho, os tribunais re-
gionais federais e as seções judiciárias sejam partes devem ser escritos de forma clara, com infor-
mações precisas, sem haver a possibilidade de interpretações ambíguas por qualquer das partes 
interessadas.
É óbvio que, se houver falha nessa atividade administrativa, haverá responsabilização pes-
soal do agente. Como a Lei n. 8.112/1990 diz, essa responsabilização será civil, administrativa 
e até mesmo criminal, se for o caso. 
O Código de Conduta afirma que se o servidor ou gestor do CJF ou da Justiça Federal come-
ter um erro, receberá uma orientação. Contudo, se cometerem falhas resultantes de desídia, 
má-fé, negligência ou desinteresse que exponham o Conselho, os tribunais regionais federais 
e as seções judiciárias a riscos legais ou de imagem, serão tratados com rigorosa correção. 
Há, ainda, uma preocupação socioambiental na Resolução 147 do CJF. Leia o art. 17 do 
Código de Conduta: 
Art. 17. O Conselho e a Justiça Federal de primeiro e segundo graus exigirão de seus servidores, 
no exercício de seus misteres, responsabilidade social e ambiental; no primeiro caso, privilegiando 
a adoção de práticas que favoreçam a inclusão social e, no segundo, de práticas que combatam o 
desperdício de recursos naturais e evitem danos ao meio ambiente.
Por fim, o Código de Conduta prevê a criação de um Comitê Gestor do Código de Conduta, 
que tem a competência de zelar pelo seu cumprimento. 
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Cada tribunal terá um comitê gestor formado por servidores nomeados pelo seu presi-
dente; isso também acontecerá no Conselho da Justiça Federal. As atribuições desse comitê 
gestor serão formalizadas por ato do presidente do Conselho da Justiça Federal.
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RESUMO
O estudo da ética vem desde os séculos VII e VI a.C., mas ainda hoje é um tema atual, tendo 
em vista que a ética é inerente ao ser humano, não podendo de forma alguma ser dissociada 
da moral. 
ÉTICA
MODO DE SER
BEM
COSTUME
MORAL
De forma bem sucinta, podemos definir:
ÉTICA: Representa os valores do comportamento humano que atuam para o bem do indiví-
duo e da sociedade, como a moral, a justiça, a transparência, a retidão, entre outros valores 
que mostram uma boa conduta social.
Ética e moral são termos bem semelhantes, tanto que na definição de ética apresentada, a 
moral é um dos valores do comportamento humano que devem atuar para o bem do indivíduo 
e da sociedade. Porém, moral e ética não se confundem, tendo em vista que a ética estuda 
todo o modo de agir voltado para o bem do ser humano e não somente a sua moral. 
A moral é um elemento inserido na sociedade, mas é um elemento social individual. São 
aqueles valores encontrados dentro de cada um de nós. São regras abstratas, mas de efeito 
psicológico; é o que se espera que cada pessoa faça conforme a sua consciência.
Por falar nisso, é importante observar que, para fins de estudos, a teoria da ética é dividida 
didaticamente em dois campos, conforme faz Álvaro L. M. Valls:
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• Os problemas gerais e fundamentais (como liberdade, consciência, bem, valor, lei e ou-
tros); 
• Os problemas específicos, de aplicação concreta, como os problemas da ética profissio-
nal, da ética política, de ética sexual, de ética matrimonial, de bioética, etc. 
• Dessa forma, no primeiro estudo, a ética aborda os valores humanos. No segundo, o 
estudo é voltado para a aplicação concreta da ética, como a ética pública – objeto mais 
detalhado de nossa aula.
• No estudo da ética, o homem estuda o seu próprio comportamento e costumes que 
estão em constante mutação, dessa forma, não existe uma “lista de convenções” a ser 
seguida de forma imutável e que se aplique em âmbito mundial, concorda?
• Até mesmo o conceito de ética gira em torno das modificações dos comportamentos ao 
longo do tempo, definidos pelas condutas morais vigentes.
• Mas, de maneira geral, é possível estabelecer condutas que possuem caráter correto ou 
errado, bem e mal.
Ainda quanto ao conceito de ética, vale a pena observar o entendimento de Max Weber, que 
distinguiu a ética da convicção da ética da responsabilidade.
Ainda quanto ao conceito de ética, vale a pena observar o entendimento de Max Weber, que 
distinguiu a ética da convicção da ética da responsabilidade.
A ética da convicção é, para Weber, o conjunto de normas e valores que orientam o com-
portamento do indivíduo, em uma esfera individual. Na ética da convicção, seguimos valores 
ou princípios absolutos – tais como não matar, não roubar, não mentir. Neste caso, a intenção 
é sempre mais importante do que o resultado concreto das nossas ações. É a ética da morali-
dade do indivíduo. 
A ética da responsabilidade, por outro lado, se usa para julgar ações de grupo ou de um 
indivíduo em nome e por conta do grupo. Ela representa o conjunto de normas e valores que 
orientam as decisões a serem tomadas, conforme as suas possíveis consequências. Se as 
consequências são boas, o comportamento do político ou do representante foi bom. Por outro 
lado, se os resultados dos atos do representante foram nefastos, não se poderá colocar a cul-
pa em outros, mas na ação do próprio agente público.
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As decisões éticas podemser guiadas usando uma abordagem normativa, isto é, usando 
um conjunto de normas e valores explícitos ou implícitos. Diante de um problema, a decisão 
ética pode ser tomada sob uma abordagem utilitarista, individualista, dos direitos morais e da 
justiça:
e) Utilitarismo: Basicamente, significa tomar a decisão que traga o maior bem para o maior 
número de pessoas, ou seja, para a coletividade.
f) Individualismo: considera que as ações são morais quando promovem os interesses 
individuais a longo tempo e, em última instância, o maior bem.
g) Direitos Morais: Os indivíduos têm direitos e liberdades fundamentais, que não podem 
ser retiradas por uma decisão: livre consentimento, privacidade, liberdade de consci-
ência, liberdade de expressão, direito a tratamento imparcial e justo e direito à vida e 
segurança.
h) Justiça: pauta-se estritamente por princípios de justiça, sendo um conceito ético de que 
as decisões morais são pautadas pela verdade e pela lei, com integridade, equidade, 
impessoalidade e imparcialidade.
No âmbito da ética no serviço público, além dos princípios basilares da Administração 
(LIMPE = Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência), temos:
• Dignidade
• Decoro 
• Zelo 
• Eficácia
• Consciência dos princípios morais
No contexto de filosofia moral, podemos entender a ética como ação moral nas atividades 
e decisões dos seres humanos.
A ética pode também significar Filosofia da Moral, portanto, um pensamento reflexivo so-
bre os valores e as normas que regem as condutas humanas. Em outro sentido, ética pode 
referir-se a um conjunto de princípios e normas que um grupo estabelece para seu exercício 
profissional, como exemplo, temos o Código de ética do servidor público.
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Mas saiba que não é possível padronizar o comportamento humano através da lei. O ser 
humano é algo muito mais complexo do que um código de normas vindo do mundo exterior. 
Fatores ínsitos ao indivíduo e o seu meio, como a cultura, o conhecimento, os valores mo-
rais são elementos que compõem a individualidade do cidadão.
A ética filosófica é aquela que tenta estabelecer princípios constantes e universais para a 
boa conduta da vida em sociedade, em suma, tenta estabelecer uma moral universal, a qual os 
homens deveriam seguir independentemente das contingências de lugar e de tempo. 
Por outro lado, a ética científica constata o relativismo cultural e o adota como pressu-
posto. Qualifica o bem e o mal, assim como a virtude e o vício, a partir de seus fundamentos 
sociais e históricos. Na investigação da ética científica, a pluralidade, a diversidade cultural e a 
dinâmica da sociedade são relevantes. 
Com se percebe, o relativismo cultural é relevante apenas na ética científica.
O relativismo moral afirma que moralidade não é baseada em qualquer padrão absoluto. 
Ao contrário, “verdades éticas” dependem da situação, cultura, sentimentos, etc. 
O relativismo moral se contrapõe ao absolutismo moral, em que a moralidade depende de 
princípios universais (lei natural, consciência) e imutáveis em qualquer ambiente ou cultura.
Nesse ponto da aula, estudaremos a ética e a democracia com foco no exercício da cida-
dania.
Já abordamos bem o que é a ética. Agora vamos falar um pouco sobre a democracia.
A origem etimológica da palavra já nos dá uma boa noção:
Democracia não é outra coisa senão o regime político em que o poder é exercido pelo povo; 
é o povo quem governa para o próprio povo. A sociedade é livre para decidir, fazendo com que 
o Estado seja guiado pela soberania popular. 
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A Constituição de 1988 é expressa ao afirmar que a República Federativa do Brasil consti-
tui-se em um Estado Democrático de Direito e que todo poder emana do povo, que o exerce por 
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Isso quer dizer que o Brasil tem:
• como forma de governo a república; 
• como forma de estado o federalismo; 
• como sistema de governo o presidencialismo; e 
• como regime político a democracia. 
Entremos agora na análise de nossa Constituição, a regra máxima de nossa República.
Da leitura do parágrafo único do art. 1º da Constituição, você percebe que a cidadania, 
bem como a dignidade, é um princípio fundamental da República do Brasil. Ambos os concei-
tos estão diretamente ligados ao exercício da democracia e da ética.
Na definição de José Afonso da Silva, cidadania é a denominação que se dá aos que par-
ticipam da vida política do Estado, ativa (votando) ou passivamente (sendo votado). 
Para que o estudo da ética se relacione com a cidadania, é preciso considerar todos os fa-
tos e acontecimentos ao longo da história, tendo em vista que são diversas as interpretações 
dadas ao desenvolvimento da cidadania, se considerados os aspectos econômicos, sociais, 
políticas, culturais e etc.
 Professor, e de onde vem a cidadania? Bem, o ser humano não nasce com a cidadania, 
mas, com o decorrer do tempo e o conhecimento que passa a adquirir, ele desenvolve relacio-
namentos com os demais seres, o que é algo natural da própria espécie humana; e o acúmulo 
de conceitos morais vindos de familiares e da própria sociedade faz com que, pouco a pouco, 
cada um questione os seus ideais.
Dessa forma, a cidadania pode ser entendida como um procedimento, que teve início com 
a origem da humanidade e não parou por aí. Trata-se de uma continuidade de conquistas de 
direitos e garantias, uma verdadeira construção.
Ao relacionarmos a ética à função pública, pode ser que você pense em coisas ruins como 
corrupção, desvio de verbas públicas e muitas vezes até em morosidade e falta de eficiência 
no serviço público.
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Cabe lembrar novamente o elo entre os princípios fundamentais e a ética pública. No Direi-
to, tais princípios também são conhecidos como normas fundamentais, por se tratar de hipó-
teses e ideologias que devem orientar o comportamento humano e o convívio em sociedade. 
Aproveito a oportunidade para estabelecer que, numa visão ética, a imparcialidade no 
funcionalismo público poderá ser vista como sinônimo de igualdade.
Como assim professor? 
Tendo em vista que todos são iguais perante a lei, o atendimento deve ser imparcial para 
todos. Devendo o servidor público separar o seu interesse pessoal e privado do interesse pú-
blico.
Assim como a educação e a cultura, é interessante que a ética na Administração Pública 
se desenvolva e impulsione as mudanças que o contribuinte quer ver no serviço público, como 
o aumentoda rapidez e da qualidade do atendimento.
Quanto ao Código de Conduta do CJF regula a conduta dos gestores, servidores e juízes 
federais de 1º e de 2º grau, ou seja, dos juízes federais e dos desembargadores federais de 
todos os Tribunais Regionais Federais. 
Esse Código tem as seguintes finalidades, nos termos de seu art. 1º: 
I – tornar claras as regras de conduta dos servidores e gestores do Conselho e da Justiça 
Federal de primeiro e segundo graus; 
II – assegurar que as ações institucionais empreendidas por gestores e servidores do Con-
selho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus preservem a missão desses 
órgãos e que os atos delas decorrentes reflitam probidade e conduta ética; 
III – conferir coerência e convergência às políticas, diretrizes e procedimentos internos do 
Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus; 
IV – oferecer um conjunto de atitudes que orientem o comportamento e as decisões insti-
tucionais.
O Código de Conduta alcança, inclusive, os colaboradores e estagiários da Justiça Federal. 
Ele prevê que esses agentes da Justiça Federal devem observar alguns princípios, são eles: 
• integridade, 
• lisura, 
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• transparência, 
• respeito e 
• moralidade.
Fique atento(a) aos dispositivos do Código que preveem a vedação ao preconceito, à discri-
minação, ao assédio e ao abuso de poder. É óbvio que o princípio da isonomia previsto no art. 
5º da Constituição proíbe qualquer forma de preconceito ou discriminação. Assim, o Código 
de Conduta quis reforçar o óbvio, ou seja, que esses valores se aplicam também no âmbito 
do Poder Judiciário Federal. Reforça também o óbvio quando prevê que os agentes públicos 
não podem promover assédio (moral, sexual, físico ou de qualquer tipo) e não podem agir com 
abuso de poder. 
É importante destacar também outro valor do Código de Conduta: a vedação ao conflito 
de interesses. O agente público da Justiça Federal não poder agir em conflito de forma algu-
ma. Nem para levar um interesse pessoal para a sua atividade profissional nem para trazer a 
imagem da Justiça Federal para ter privilégios na vida pessoal.
Para garantir a lisura da Justiça Federal, o Código de Conduta vedou o recebimento de pre-
sentes, empréstimos ou doações pelo servidor ou por seus familiares quando o “doador” for 
uma parte, advogado ou fornecedor de produtos ou serviços para os órgãos da Justiça Federal. 
A única coisa que os servidores da Justiça Federal podem aceitar são os “brindes”, desde 
que estes não tenham valor comercial ou sejam distribuídos a título de cortesia, propaganda 
por ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas (ex.: o juiz federal pode aceitar 
convite para comparecer a uma festa da Caixa Econômica Federal, mas não pode tomar um 
empréstimo nesse banco em condições diferenciadas dos demais cidadãos). 
O Código de Conduta trouxe uma regra da Lei n. 8.112/1990 para o seu corpo: o dever do 
servidor de manter sigilo de informações ainda não divulgadas. 
O servidor ou gestor da Justiça Federal que, por força de seu cargo ou de suas responsabi-
lidades, tiverem acesso a informações do órgão em que atuam ainda não divulgadas publica-
mente deverão manter sigilo sobre seu conteúdo.
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Além do dever de honestidade dos servidores, juízes e colaboradores da Justiça Federal, o 
Código de Conduta também busca resguardar o patrimônio móvel, imóvel, material e imaterial 
da Justiça Federal. 
Além disso, o Código confere uma especial proteção aos recursos de comunicação e tec-
nologia de informação disponíveis no Conselho e na Justiça Federal de primeiro e segundo 
graus, determinando que eles sejam utilizados com a estrita observância dos normativos in-
ternos vigentes, notadamente no que tange à utilização e à proteção das senhas de acesso. 
É óbvio que esses recursos de comunicação não podem ser usados para a prática de atos 
ilegais ou impróprios ou para a obtenção de vantagem pessoal.
Se por um lado a Justiça Federal deve dar publicidade às suas decisões, por outro, essa 
publicidade deve ocorrer nos meios oficiais (publicação no diário de justiça eletrônico, inti-
mações, etc.). Se for necessário dar alguma informação à imprensa, o integrante da Justiça 
Federal deve observar que os contatos com os órgãos de imprensa serão promovidos, exclu-
sivamente, por porta-vozes autorizados pelo Conselho, tribunais regionais federais e seções 
judiciárias...
Há ainda, no Código de Conduta, regras relativas ao funcionamento administrativo dos 
órgãos da Justiça Federal. Você sabe que, obviamente, as Varas e tribunais precisam com-
prar materiais e contratar serviços para poderem executar a atividade fim de julgar proces-
sos, afinal, é preciso que cada juiz e servidor tenha um computador, um scanner e por aí vai. 
Para contratar tudo isso, a equipe administrativa dos tribunais precisa fazer licitação (Lei n. 
8.666/1993) e assinar contratos. 
O Código de Conduta afirma que se o servidor ou gestor do CJF ou da Justiça Federal come-
ter um erro, receberá uma orientação. Contudo, se cometerem falhas resultantes de desídia, 
má-fé, negligência ou desinteresse que exponham o Conselho, os tribunais regionais federais 
e as seções judiciárias a riscos legais ou de imagem, serão tratados com rigorosa correção. 
Há, ainda, uma preocupação socioambiental na Resolução 147 do CJF. Leia o art. 17 do 
Código de Conduta.
Por fim, o Código de Conduta prevê a criação de um Comitê Gestor do Código de Conduta, 
que tem a competência de zelar pelo seu cumprimento. 
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (2015/CESPE/TCE-RN) Com relação à ética e à moral, julgue o item seguinte.
A efetivação da cidadania e a consciência coletiva da cidadania são indicadores do desenvol-
vimento moral e ético de uma sociedade.
Questão 2 (2015/CESPE/TCE-RN) Com relação à ética e à moral, julgue o item seguinte.
A ética é um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um 
grupo social ou de uma sociedade.
Questão 3 (2016/CESPE/FUNPRESP-EXE) Acerca da ética e da função pública e da ética e 
da moral, julgue o item que se segue.
Os termos moral e ética têm sentidos distintos, embora sejam frequente e erroneamente em-
pregados como sinônimos.
Questão 4 (2015/CESPE/DEPEN/AGENTE E TÉCNICO) Acerca da ética e da moralidade 
no serviço público, julgue o item subsecutivo.
Ética e moral são termos que têm raízes históricas semelhantes e são considerados sinônimos, 
uma vez que ambos se referem a aspectos legaisda conduta do cidadão.
Questão 5 (CESPE/2014/TC-DF/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO) Os valores morais são 
historicamente construídos pelas sociedades, como forma de organizar a convivência e garan-
tir, tanto quanto possível, o bem-estar do indivíduo consigo mesmo e em suas relações com as 
outras pessoas.
Questão 6 (CESPE/2014/ICMBIO/NÍVEL MÉDIO) Vive orientada pela ética a pessoa que 
pauta sua vida na busca de auxiliar as pessoas que a cercam de modo que tanto ela quanto 
essas pessoas vivam da melhor maneira possível.
Questão 7 (CESPE/2014/ANTAQ/NÍVEL MÉDIO) A ética é a ciência do comportamento 
moral dos homens em sociedade.
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Questão 8 (CESPE/2012/TJ-RR/NÍVEL SUPERIOR) No contexto da ação pública, ética e 
moral são considerados termos sinônimos, visto que ambos dizem respeito a um conjunto de 
normas, princípios, preceitos e valores que norteiam o comportamento de indivíduos e grupos, 
na distinção entre o bem e o mal, o legal e o ilegal.
Questão 9 (CESPE/2012/TJ-RR/NÍVEL MÉDIO) De acordo com a ética individualista, as 
ações são consideradas morais quando promovem os interesses individuais ao longo do tem-
po.
Questão 10 (CESPE/2012/TJ-RR/NÍVEL MÉDIO) De acordo com a abordagem utilitária, éti-
ca diz respeito ao cuidado do servidor público com a sua conduta, de modo a considerar sem-
pre os efeitos desta na realização dos próprios interesses.
Questão 11 (CESPE/2012/TJ-RR/NÍVEL MÉDIO) Os dirigentes de organizações públicas 
que estabelecem regras claramente explicitadas, consistentes e que sejam imparcialmente 
executadas manifestam conduta ética baseada nos princípios de justiça, equidade e imparcia-
lidade.
Questão 12 (CESPE/2013/CNJ/ANALISTA JUDICIÁRIO) Quando as decisões morais são 
baseadas nos padrões de equidade, justiça e imparcialidade, a ética pode diferenciar substan-
tivamente as pessoas em relação às suas características particulares, mediante a explicitação 
clara de regras de conduta.
Questão 13 (CESPE/2013/INPI) Ética é a parte da filosofia que estuda os fundamentos da 
moral e os princípios ideais da conduta humana.
Questão 14 (CESPE/2014/TC-DF/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO) A ética ocupa-se, inde-
pendentemente do contexto da ação, da melhor maneira de agir, garantindo os melhores resul-
tados por meio dos princípios que sustentam uma justa ou correta atuação.
Questão 15 (CESPE/2012/TJ-AL/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADAPTADA) A dignidade é o prin-
cipal valor que norteia a ética do servidor público.
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Questão 16 (CESPE/2013/MJ/ANALISTA TÉCNICO) Caso determinado servidor do Minis-
tério da Justiça tenha dúvidas a respeito de qual opção escolher entre as disponíveis, a lei es-
tabelece que, com base no seu senso de justiça e acuidade, deverá optar pela que se apresente 
mais razoável.
Questão 17 (CESPE/2012/TRE-RJ/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) No âmbito da adminis-
tração pública, a moralidade no comportamento do servidor limita-se ao discernimento do cer-
to e do errado, do bem e do mal.
Questão 18 (CESPE/2012/TJ-RR/NÍVEL MÉDIO) O servidor público que escolhe agir de 
acordo com os interesses coletivos e procura orientar seus esforços para a otimização da 
satisfação do maior número de pessoas manifesta conduta ética baseada na moral e nos di-
reitos.
Questão 19 (CESPE/2013/TJDFT/ANALISTA) A qualidade dos serviços públicos depende 
fortemente da moralidade administrativa e do profissionalismo de servidores públicos.
Questão 20 (CESPE/2013/CNJ/ANALISTA JUDICIÁRIO) O servidor público deve adotar um 
comportamento de colaboração com seus colegas quando perceber que, em sua organização, 
os deveres e os papéis são desempenhados adequadamente e em conformidade com a lei.
Questão 21 (CESPE/2012/IBAMA/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) A ética, enquanto filosofia 
da moral, constata o relativismo cultural e o adota como pressuposto de análise da conduta 
humana no contexto público.
Questão 22 (CESPE/2010/MPS/AGENTE ADMINISTRATIVO) A evolução ética surge quan-
do o cidadão atinge o status de ter direitos sociais, no qual lhe é garantido um padrão de vida 
mais decente.
Questão 23 (CESPE/2012/TJ-RR/NÍVEL SUPERIOR) A garantia de direitos fundamentais, 
estabelecida na CF, é uma forma de promover a conduta ética do Estado e de seu povo.
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Questão 24 (2012/FCC/TRF 5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO) O Código de Conduta do 
Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus 
a) proíbe atitudes discriminatórias ou preconceituosas, todavia, permite de forma excepcional, 
atos que caracterizem proselitismo partidário. 
b) dispõe que a conduta de seus destinatários deve ser pautada por princípios, dentre eles, a 
moralidade e a integridade. 
c) integrará todos os contratos de prestação de serviços, de forma a assegurar o alinhamento 
entre os colaboradores, salvo os contratos de estágio. 
d) não tem por finalidade oferecer atitudes que orientem decisões institucionais. 
e) prescreve que seus destinatários devem observá-lo, não sendo necessário, no entanto, fir-
mar termo de compromisso declarando ciência e adesão. 
Questão 25 (2012/FCC/TRF 5ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Júlia, servidora pública do 
Tribunal Regional Federal da 5a Região, em horário de trabalho, utilizou-se de seu computador 
para acessar determinado sítio eletrônico e participar de discussão virtual acerca de tema não 
relacionado aos interesses do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus. A 
conduta de Júlia 
a) é válida, pois embora não prevista no Código de Conduta do Conselho e da Justiça Federal 
de primeiro e segundo graus, a participação em discussões virtuais traz benefícios à formação 
intelectual. 
b) não constitui prática vedada pelo Código de Conduta do Conselho e da Justiça Federal de 
primeiro e segundo graus, embora seja atitude antiética. 
c) é vedada pelo Código de Conduta do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo 
graus. 
d) é válida desde que a discussão virtual não seja concernente a tema ilícito ou imoral. 
e) é expressamente permitida pelo Código de Conduta do Conselho e da Justiça Federal de 
primeiro e segundo graus.
Questão 26 (2012/FCC/TRF 5ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO) NÃO constitui princípio de 
conduta, previsto no Código de Conduta do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segun-
do graus (Resolução n. 147/2011): 
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