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Leitura em Foco

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WBA0394_v1.0
GEOTECNOLOGIAS APLICADAS À 
ÁREA AMBIENTAL 
APRENDIZAGEM EM FOCO
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Felipe Rodrigues Macedo e Raquel Carnivalle Silva Melillo
Leitura crítica: Ana Claudia Guedes Silva
O emprego de representações da superfície terrestre é uma 
técnica que decorre de milhares de anos, utilizada, principalmente, 
para melhor compreender o espaço em que vivemos. Essas 
representações evoluíram e novas maneiras de representar a 
superfície terrestre foram criadas visando atender a determinados 
fins como análises qualitativas e quantitativas de um espaço 
geográfico, planejamento territorial e para fins de localização. 
A compreensão de que as questões ambientais afetam a 
vida humana, seja pela proximidade a recursos naturais, 
suscetibilidade a eventos adversos ou por conta das preocupações 
com a manutenção de serviços essenciais do meio ambiente, 
levou ao emprego de técnicas de processamento de informações 
geográficas no planejamento ambiental.
Sistemas computacionais aprimoraram as representações e 
foram evoluindo com o passar dos anos, tornando-se cada vez 
mais exatos e precisos, apoiados em imagens de satélites de 
alta resolução. Assim, permitem a extração de informações com 
a classificação da superfície terrestre, análise e interpretação 
conjunta de variáveis distintas e até mesmo o traçado de 
tendências futuras sobre regiões de interesse. 
Dessa forma, a ampla gama de aplicações fez com que as 
técnicas de geoprocessamento passassem a ser empregadas 
em estudos de diversas áreas do conhecimento, principalmente 
a ambiental, por ser um campo de domínio complexo e 
3
dinâmico, possibilitando melhor análise e gestão do espaço e dos 
fenômenos que nele ocorrem.
Muitos órgãos começaram a desenvolver bases cartográficas 
robustas que, somadas a dados coletados em campo, se tornaram 
essenciais para aplicações como mapeamentos temáticos, 
diagnósticos ambientais, avaliações de impacto ambiental e 
estudos do ordenamento territorial.
Dessa forma, na área ambiental, o emprego de geotecnologias 
apoia o processo decisório e se torna um importante meio que 
promove a possibilidade de maior interação com outras áreas 
ao tornar as informações visuais e de fácil compreensão. Tais 
questões serão melhor aprofundadas e discutidas ao longo da 
disciplina, que será muito importante para que você compreenda 
como se fundamentam os projetos de geoprocessamento na área 
ambiental. 
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática 
profissional. Vem conosco!
TEMA 1
Fundamentos de cartografia
______________________________________________________________
Autoria: Felipe Rodrigues Macedo
Leitura crítica: Ana Claudia Guedes Silva
5
DIRETO AO PONTO
A cartografia temática é a mais utilizada no dia a dia da área 
ambiental. Claro que a cartografia sistemática também é utilizada 
para a elaboração de mapas e cartas topográficas, mas a ênfase 
deste tópico será nos mapas temáticos.
Vamos nos aprofundar na teoria da semiologia gráfica, que nos 
auxilia para a elaboração de mapas temáticos. 
Queiroz (2000) esclarece que a semiologia gráfica possui três 
relações, que são: similaridade, ordem e proporcionalidade. 
Martinelli (2006) explica da seguinte maneira:
• A similaridade representa o aspecto qualitativo e responde 
à pergunta “o quê?”. 
• A ordem representa o aspecto ordenado e responde à 
pergunta “em que ordem?”.
• A proporcionalidade representa o aspecto quantitativo e 
responde à pergunta “quanto?”.
Para responder a essas questões, temos as variáveis visuais: 
tamanho, valor, granulação, cor, orientação e forma. O tamanho 
é a única variável que possui capacidade de transmitir a 
ideia de quantidade, sendo representada pela utilização da 
figura geométrica círculo. Dessa forma, essa variável se torna 
muito utilizada nos mapas de população, em que os círculos 
representam a quantidade de pessoas naquele local, sendo que, 
quanto maior o círculo, maior é o número de pessoas presente 
naquele espaço. A cor possui várias funcionalidades, podendo 
transmitir a ideia de seletividade dissociativa, associativa ou de 
quantidade e ordem. Assim, a cor pode ser utilizada de várias 
6
maneiras diferentes devido à sua versatilidade. A Figura 1 mostra 
um resumo do uso da cor.
Figura 1 – Resumo dos diferentes usos da cor na elaboração de 
mapas temáticos
 
Fonte: Sampaio (2018).
A cor como quantidade ou ordem pode ser utilizada em mapas de 
densidade demográfica, por exemplo. Já a quantidade antagônica 
(hot to cold) também transmite uma ideia de valores crescentes, 
como o uso em mapas altimétricos, representando a variação de 
altitude. 
A seletividade dissociativa representa vários dados diferentes, 
como em mapas políticos, representação de tipos de solos ou 
tipos de rochas. Por fim, usa-se a seletividade associativa quando 
a informação a ser transmitida possui certa associação entre 
si, ou seja, quando os dados pertencem a um mesmo grupo, 
mas possuem características diferentes. Exemplificando, a cor 
verde representa a vegetação (grupo) e a saturação, que indica 
diferentes tonalidades, da cor verde vai representar os diferentes 
tipos de vegetação.
7
A granulação não é muito utilizada em mapas elaborados via 
computador porque pode causar efeito vibratório, gerando 
incômodos no usuário e no leitor. 
A orientação é utilizada em mapas que possuem dados 
qualitativos, não podendo ser utilizada em mapas quantitativos ou 
ordenados. Não é recomendado seu uso para as implementações 
pontuais e lineares. Assim, por ser somente dados qualitativos e 
com implementação zonal, acaba-se por utilizar mais a cor que a 
orientação.
A forma é a variável mais utilizada em seletividade associativa, 
podendo-se utilizar a implementação pontual para representar 
a localização do tipo de empresa, bem como o uso de linhas 
na representação linear no referimento de diferentes tipos de 
pavimentação de rodovias, por exemplo.
Referências bibliográficas
MARTINELLI, M. Mapas da geografia e cartografia temática. 3. 
ed. São Paulo: Contexto, 2006. 
QUEIROZ, D. E. R. A semiologia e a cartografia temática. Boletim 
de Geografia, Maringá, v. 18, p. 121-127, 2000. 
SAMPAIO, T. V. M. Cartografia temática. Curitiba, UFPR, 2018. 
Disponível em: http://www.prppg.ufpr.br/site/ppggeografia/wp-
content/uploads/sites/71/2018/03/cartografia-temtica.pdf. Acesso 
em: 17 jan. 2020. 
8
PARA SABER MAIS
As projeções cartográficas podem ser descritas como a forma de 
representação da Terra, que é arredondada, para um mapa em 
papel, ou seja, num plano, podendo gerar uma série de soluções e 
de problemas. Uma projeção pode ser útil em uma parte do globo, 
porém, essa mesma projeção pode ser muito deformada em outra 
parte.
Desse modo, uma projeção cartográfica é um conjunto de linhas 
(paralelos e meridianos) que formam uma rede na qual são 
representados os elementos da superfície terrestre. Todos os 
mapas são representações aproximadas dessa superfície, visto 
que a forma esférica da Terra é representada numa superfície 
plana. 
A elaboração de um mapa é o método pelo qual cada ponto da 
superfície terrestre é representado como sendo um ponto no 
mapa. Essa representação se utiliza dos sistemas de projeções 
cartográficas que são classificadas quanto ao tipo de projeção 
e pelo grau de deformação da superfície terrestre (ROSA, 2013). 
Quanto à superfície, temos, segundo Fitz (2008a, p. 45):
Plana: quando a superfície de projeção é um plano; Cônica: quando 
a superfície de projeção é um cone; Cilíndrica: quando a superfície 
de projeção é um cilindro; Poliédrica: quando se utilizam vários 
planos de projeção que, reunidos, formam um poliedro.
Dentre os vários tipos de projeções, temos as projeções 
conformes ou isogonais, que consistemem não deformar os 
ângulos de pequenas áreas. Na projeção conforme, os paralelos 
e os meridianos se cruzam em ângulos retos e a escala em torno 
de um ponto se mantém para qualquer direção. Entretanto, 
9
essa característica de manter a precisão dos ângulos acaba por 
distorcer a forma dos objetos no mapa (ROSA, 2013). 
As projeções equivalentes ou isométricas não deformam áreas, 
conservando uma relação constante, em termos de área, com 
a superfície terrestre. Por conta das suas deformações, não são 
adequadas à cartografia de base, mas são bastante utilizadas para 
a cartografia temática (ROSA, 2013). As projeções equidistantes 
são aquelas em que as projeções não apresentam deformações 
lineares, ou seja, os comprimentos são representados em escala 
uniforme, porém ela só é conseguida em determinada direção. 
Essas projeções são menos empregadas porque raramente é 
desejável um mapa com distâncias corretas apenas em uma 
direção (ROSA, 2013). A projeção de Mercator, conhecida também 
como projeção cilíndrica de Mercator, procura traçar um mapa 
de toda a superfície terrestre. Ela reproduz bem o formato 
e o tamanho de área na zona intertropical, mas exagera na 
representação das áreas temperadas e polares. É nessa projeção 
que a Groenlândia parece ter a mesma área que a do Brasil 
quando, na verdade, é cerca de quatro vezes menor (ROSA, 2013).
Desse modo, a determinação da projeção a ser utilizada na 
elaboração de um mapa altera a forma como ele será lido e 
interpretado. Essa decisão tem um peso maior na cartografia 
sistemática, que servirá de base para os outros mapas temáticos. 
A distorção da representação da superfície terrestre pelo uso de 
uma projeção não adequada àquela área pode acarretar sérios 
problemas de medição de distâncias e da representação da 
superfície terrestre.
10
Lorem ipsum dolor sit amet
Autoria: Nome do autor da disciplina
Leitura crítica: Nome do autor da disciplina
Referências bibliográficas
FITZ, P. R. Cartografia básica. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. 
ROSA, R. Introdução ao geoprocessamento. Uberlândia: UFU, 
2013. Disponível em: http://professor.ufabc.edu.br/~flavia.feitosa/
cursos/geo2016/AULA5-ELEMENTOSMAPA/Apostila_Geop_rrosa.
pdf. Acesso em: 10 abr. 2019.
TEORIA EM PRÁTICA
As possibilidades de representações da superfície da Terra e 
suas especificidades são inúmeras. Independente da escolha da 
técnica, sempre será uma aproximação, transportada a um plano 
em forma de mapa.
Por esse motivo, é sabido que, dependendo da projeção ou 
dos modelos adotados, isso irá favorecer ou desfavorecer 
a apresentação e análise das informações que se pretende 
representar.
Nesse sentido, como escolher a melhor projeção ou saber qual 
tipo de deformação pode ajudar a melhor visualizar seus dados?
Lembre-se de que nenhuma estará livre de distorções, há apenas 
maneiras de minimizar os erros com algumas sobreposições.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
11
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Esta obra aborda os conceitos básicos da cartografia. Os capítulos 
1 ao 8 irão expandir todos os conceitos vistos até aqui. Serão 
vistos conceitos como projeções cartográficas, fusos horários, 
carta internacional ao milionésimo, uso de cartas topográficas, etc. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual 3.0/
Pearson, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton.
FITZ, P. R. Cartografia básica. 1. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 
2008.
Indicação 2
O livro de Marcelo Martinelli expande os conceitos de cartografia 
temática vistos aqui. O livro aborda a linguagem do mapa, os 
métodos de representação, os mapas qualitativos, ordenados 
e quantitativos, estático e dinâmicos e a cartografia de síntese. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual 3.0/
Pearson, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton.
MARTINELLI, M. Mapas da geografia e cartografia temática. 3. 
ed. São Paulo: Contexto, 2006. 
Indicações de leitura
12
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. As variáveis visuais incluem tamanho, valor, granulação, cor, 
orientação e forma. Quanto à variável visual cor, assinale a 
afirmativa verdadeira: 
a. A cor possui uma única funcionalidade, a de quantidade e 
ordem.
b. A seletividade dissociativa é usada quando a informação a 
ser transmitida possui associação entre si.
c. A seletividade dissociativa não pode ser representada por 
cores.
d. Trata-se de uma variável versátil que serve para transmitir 
a ideia de seletividade dissociativa, associativa ou de 
quantidade e ordem.
e. A cor possui uma única funcionalidade, que é transmitir a 
ideia de seletividade dissociativa. 
2. A elaboração de um mapa utiliza projeções que são 
classificadas de acordo com o tipo e grau de deformação. 
13
As projeções conformes ou isogonais não deformam 
___________. As projeções equivalentes ou isométricas 
não deformam__________. As projeções equidistantes são 
aquelas em que as projeções não apresentam____________, 
ou seja, ________são representados em escala uniforme. 
 
Escolha a alternativa que preenche corretamente as 
lacunas:
a. Deformações lineares; comprimentos; ângulos de pequenas 
áreas; as áreas.
b. Comprimentos; ângulos de pequenas áreas; áreas; as 
deformações lineares.
c. Ângulos de pequenas áreas; áreas; deformações lineares; os 
comprimentos.
d. Áreas; deformações lineares; ângulos de pequenas áreas; os 
comprimentos.
e. Aenean elementum massa id nulla scelerisque dictum. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: a cor é uma variável versátil que serve para 
transmitir a ideia de seletividade dissociativa, associativa ou 
de quantidade e ordem. A seletividade associativa é usada 
quando a informação a ser transmitida possui associação 
entre si. A seletividade dissociativa pode ser representada por 
cores. 
Questão 2 - Resposta C
Resolução: a elaboração de um mapa utiliza projeções que 
são classificadas de acordo com o tipo e grau de deformação. 
14
As projeções conformes ou isogonais não deformam os 
ângulos de pequenas áreas. As projeções equivalentes ou 
isométricas não deformam áreas. As projeções equidistantes 
são aquelas em que as projeções não apresentam 
deformações lineares, ou seja, os comprimentos são 
representados em escala uniforme. 
TEMA 2
Sistemas de informações 
geográficas 
______________________________________________________________
Autoria: Felipe Rodrigues Macedo
Leitura crítica: Ana Claudia Guedes Silva
16
DIRETO AO PONTO
No sistema de informação geográfica (SIG), existem dois tipos 
de dados: espaciais e alfanuméricos. Os espaciais se dividem em 
dados matriciais, que são imagens, podendo ser de satélites ou 
fotografias aéreas, e os dados vetoriais, que se dividem em ponto, 
linha e polígono. Os dados alfanuméricos são os arquivos com 
o banco de dados geográfico, sendo lidos nos SIGs, juntamente 
dos arquivos vetoriais. É comum que os arquivos vetoriais do tipo 
.shp (shapefile), que é a geometria do mapa, possua outros dois 
arquivos: o .dbf (dBASE table), que são os dados alfanuméricos, e 
.shx (Index file) o arquivo indexador. 
Os dados vetoriais possuem vários formatos. O formato mais 
utilizado em SIG é o .shp (shapefile). Originalmente, ele foi 
desenvolvido pela ESRI e é utilizado no software comercial (pago) 
ArcGis, porém, outros softwares também conseguem ler e editar 
os arquivos shapefile. Todo arquivo .shp (que é o principal e 
representa a geometria do mapa) possui outros dois arquivos o 
.dbf (dBASEtable) que é a tabela de atributos, ou seja, os dados 
alfanuméricos; e .shx (Index file) que é o arquivo indexador. O 
formato .shp é a geometria do mapa (estrutura espacial).
O formato .dbf armazena os atributos da geometria em formato 
de tabela e pode contar com dados sobre a população, densidade 
demográfica, tipo de solos e rochas, etc. Como limitação, o nome 
das colunas no arquivo não pode conter mais de dez caracteres. 
Por último, o formato .shx é a ligação entre o .shp e o .dbf. 
Portanto, são sempre necessários esses três arquivos. Outro 
arquivo do shapefile é o .prj, ele foi criado quando se determinam 
os sistemas geodésico, de coordenadas e a projeção da geometria 
do mapa.
17
Uma limitação do shapefile é que só é possível conter um tipo 
de geometria, ou seja, o arquivo é somente pontos, ou linhas, 
ou polígonos e nunca será híbrido como arquivos .dwg (formato 
vetorial do tipo CAD), por exemplo. Aqui uma característica muito 
importante: o fato de arquivos shapefile não poderem ter mais de 
um tipo de geometria acaba se relacionando com a semiologia 
gráfica no momento de elaborar um mapa temático por meio de 
um SIG. Assim as características da semiologia gráfica também 
devem ser utilizadas na elaboração de mapas nos SIGs.
Os arquivos raster, por serem imagens, utilizam formatos de 
imagem comuns como o .jpg, .bmp, .png. Geralmente eles utilizam 
os formatos .tiff e sua variação, o Geotiff. A vantagem do Geotiff 
é a possibilidade de inserir dados geoespaciais como sistema de 
coordenadas, datum horizontal na imagem. Esse formato não 
é recomendado para armazenar estruturas multidimensionais 
complexas, nem para dados vetoriais. A Tabela 1 divide os três 
tipos de arquivos shapefile que podem ser criados.
Tabela 1 – Características dos arquivos shapefile
Ponto Linha Polígonos
Os pontos apenas 
conseguem 
localizar uma 
única coordenada 
(uma latitude e 
uma longitude). 
Pode ser utilizado 
para demostrar 
a localização de 
escolas, indústrias, 
etc.
As linhas 
conseguem 
representar coisas 
que já são em 
formas de linhas, 
como rios, rodovias, 
ferrovias, redes 
de distribuição de 
energia elétrica, etc.
Os polígonos 
conseguem 
representar 
uma série de 
atributos espaciais 
(zonais), como 
quadras, bairros, 
municípios, bacias 
hidrográficas, etc.
Fonte: elaborada pelo autor.
18
PARA SABER MAIS
Modelagem espacial
Para transferir a superfície da Terra para um modelo digital virtual 
é preciso realizar procedimentos que estabelecem práticas para o 
objeto contido no arquivo criado e que nele possui informações. 
Por exemplo, uma escola criada em um arquivo vetorial será 
apenas um ponto, mas possui informações a ela vinculadas, como 
suas dimensões, localização espacial, quantidade de alunos, etc. 
No SIG, os objetos devem relacionar-se geograficamente e podem 
ou não participar do processamento dos dados. A estrutura da 
modelagem depende das características dos objetos envolvidos e 
das necessidades do usuário (FITZ, 2008).
Os modelos são aproximações subjetivas, porque não conseguem 
apresentar todas as observações ou medidas associadas 
aos objetos, mas possuem valor por permitirem a análise de 
aspectos da realidade. Assim, o modelo é uma apresentação 
formal de relações entre entidades definidas nos termos físicos 
ou matemáticos. Um modelo pode especificar três tipos de 
variáveis: as variáveis de entrada, que são independentes do 
modelo e permitem a variação dos valores associados; as variáveis 
de saída, que já são totalmente dependentes do modelo e 
procuram mostrar as saídas como resultados de características de 
diferentes entradas; e as variáveis status, que especificam certas 
condições relevantes, porém são mantidas constantes durante o 
funcionamento do modelo (ROSA, 2013).
De modo geral, os modelos são classificados em físicos, analógicos 
e matemáticos. O modelo físico representa, na maioria dos 
casos, o sistema por um molde em escala menor; já os modelos 
19
analógicos aproveitam-se da relação das equações que conduzem 
diferentes fenômenos; por fim, os modelos matemáticos ou 
digitais são os que representam a natureza do sistema por meio 
de equações matemáticas, e são os modelos mais utilizados nos 
SIGs (ROSA, 2013).
O desenvolvimento de um modelo utiliza a simulação de 
fenômenos complexos por meio de uma combinação de 
informações espaciais e não espaciais. Neste ponto, geralmente, 
é necessário um especialista na área de conhecimento. Em geral, 
na simulação, há três fases: o ajuste, a verificação e a aplicação. 
O ajuste é a fase da simulação, em que os parâmetros devem ser 
identificados. A verificação é a utilização do modelo já calibrado, 
nessa etapa é necessário conferir a validade do modelo e do 
ajuste em várias condições diferentes. A aplicação é a fase em que 
o modelo é utilizado para representar as situações quando não se 
possuí uma saída do sistema (ROSA, 2013).
Referências bibliográficas
FITZ, P. R. Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: 
Oficina de Textos, 2008. 
ROSA, R. Introdução ao geoprocessamento. Uberlândia: UFU 
2013.
TEORIA EM PRÁTICA
Quando realizamos os estudos de impacto ambiental, há 
necessidade de espacializar as informações para que elas possam 
ser adequadamente analisadas.
20
A exemplo, imagine ter que realizar o levantamento de empresas 
que podem impactar uma área natural e a comunidade do 
entorno; consultando um cadastro de áreas contaminadas oficial, 
como o da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – 
CETESB, podemos ter a informação sobre as empresas poluidoras, 
a natureza da contaminação e seu endereço.
Mas como analisar corretamente seu impacto ou se o endereço 
informado está realmente nas imediações com potencial de 
impacto à área natural e/ou à comunidade?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
O livro aborda as questões sobre a cartografia geral, digital e 
temática e serve de complemento aos assuntos abordados até 
aqui. O capítulo 2, sobre a aquisição de dados geoespaciais e, 
principalmente, o capítulo 3, sobre cartografia digital, irão abordar 
assuntos complementares sobre o SIG, mas, principalmente, 
trazem conceitos específicos do uso dos softwares, em que muitos 
dos exemplos usados são no SIG livre, QGIS. O e-book é gratuito e 
está disponível na plataforma do Programa de Pós-Graduação em 
Ciências Geodésicas da UFPR.
SAMPAIO, T. V. M.; BRANDALIZE, M. C. B. Cartografia geral, 
digital e temática. Curitiba: UFPR, 2018. Disponível em: http://
Indicações de leitura
21
www.prppg.ufpr.br/site/ppggeografia/wp-content/uploads/
sites/71/2018/03/cartografia-geral-digital-e-tematica-b.pdf. Acesso 
em: 10 fev. 2020.
Indicação 2
O livro sobre geoprocessamento amplia os conceitos abordados 
aqui. O capítulo 4, sobre bases de dados georreferenciados, 
e o capítulo 5, sobre estrutura de um sistema de informação 
geográfica, são capítulos fundamentais para o entendimento 
sobre sistemas de informação geográfica. Para realizar a leitura, 
acesse a plataforma Biblioteca Virtual 3.0/Pearson, disponível na 
Biblioteca Virtual da Kroton.
FITZ, P. R. Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: 
Oficina de Textos, 2008. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
22
1. Os dados espaciais são considerados aqueles que podem ser 
representados espacialmente, ou seja, de forma gráfica. Estes 
constituem-se em imagens, mapas temáticos ou planos de 
informações. 
 
(FITZ, P. R. Geoprocessamento sem complicação. SãoPaulo: 
Oficina de Textos, 2008.) 
 
Quais os dois tipos de dados espaciais?
a. Pontal e linear.
b. Matricial e poligonal.
c. Pontal e vetorial.
d. Vetorial e matricial.
e. Linear e poligonal. 
2. Os dados alfanuméricos são dados constituídos por 
caracteres (letras, números ou sinais gráficos) que podem 
ser armazenados em tabelas, as quais podem formar um 
banco de dados. 
 
(FITZ, P. R. Geoprocessamento sem complicação. São 
Paulo: Oficina de Textos, 2008.) 
 
Qual tipo de dado está associado aos dados 
alfanuméricos
a. Matricial.
b. Raster.
c. Bitmap.
d. Tiff.
e. Vetorial. 
23
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: a estrutura de dados espaciais é dividida em 
dados vetoriais e dados matriciais. 
Questão 2 - Resposta E
Resolução: os dados alfanuméricos estão associados aos 
dados vetoriais. São tabelas que possuem atributos e esses 
podem ser vinculados a uma estrutura espacial. 
TEMA 3
Sensoriamento remoto
______________________________________________________________
Autoria: Felipe Rodrigues Macedo
Leitura crítica: Ana Claudia Guedes Silva
25
DIRETO AO PONTO
Comportamento espectral de alvos
Toda a superfície terrestre possui um comportamento espectral 
diferente e isso modifica a sua intensidade de reflectância, 
alterando a maneira como os sensores capturam a imagem desses 
alvos e, principalmente, a maneira como analisamos as imagens 
de sensoriamento remoto (SR). A Figura 1 mostra três alvos: água, 
solo e vegetação.
Figura 1 – Curvas espectrais da água, vegetação e solo
Fonte: Florenzano (2011, p. 12).
O comportamento espectral para os alvos minerais e rochas leva 
em consideração os elementos e substâncias presentes neles. A 
faixa do espectro refletido (0,4 a 2,5 µm) são íons ferroso e férrico, 
água e hidroxila. Os elementos químicos mais frequentes, como o 
26
silício, alumínio e magnésio, possuem interesse secundário (ROSA, 
2013).
Em solos, esse comportamento espectral está associado à 
porcentagem de matéria orgânica, granulometria, composição 
mineralógica, umidade e capacidade de troca catiônica (CTC) do 
solo. O aumento da matéria orgânica provoca uma diminuição 
da resposta espectral. Para granulometria, o aumento da 
concentração de minerais félsicos (minerais claros) causa um 
aumento nos valores de reflectância e atenuação das bandas de 
absorção. Quando aumenta a concentração dos minerais máficos 
(minerais escuros), ocorre o efeito contrário. Os solos úmidos 
possuem menor reflectância que os solos secos na faixa do 
espectro (ROSA, 2013).
Para a vegetação, considerando que o comportamento espectral 
típico de uma folha verde está no intervalo de 0,4 a 2,5 μm, na 
região do visível, a reflectância é baixa, devido à forte absorção da 
radiação dos pigmentos do grupo da clorofila. 
Existem, no entanto, duas bandas de absorção, aproximadamente, 
em 0,48 μm, devido à presença de carotenos, e 0,68 μm, por 
causa do processo de fotossíntese. O pico em torno de 0,5 μm 
correspondente à região verde do espectro visível, por isso a 
coloração da vegetação é verde. 
A outra faixa importante é entre 0,7 a 1,3 μm (infravermelho 
próximo). Esse pico tem relação com a estrutura interna celular 
da folha, ele é importante para a folha manter um equilíbrio no 
balanço de energia e não superaquecer, evitando a destruição 
da clorofila (ROSA, 2013). Esses dados de vegetação abordados 
são para uma única folha verde sadia. No entanto, devido aos 
diferentes tipos de plantas existentes no meio terrestre, esses 
valores são alterados para mais ou para menos.
27
Para a água limpa, a reflectância diminui com o aumento dos 
comprimentos de onda, ou seja, os picos estão na região do 
visível, especificamente, nos comprimentos de onda do azul e 
verde, decrescendo em direção ao infravermelho. Com o aumento 
de sedimentos na água, o pico de reflectância aumenta na direção 
dos maiores comprimentos de onda, causando uma reflectância 
maior que o da água limpa (ROSA, 2013).
Se analisarmos, diferentes alvos emitem diferentes comprimentos 
de onda. Na vegetação, podemos entender que diferentes plantas 
emitem diferentes comprimentos de onda. O tipo de vegetação 
é o único fator para essa diferença? Para respondermos a essa 
pergunta, precisamos pensar nos outros elementos. Além da 
variação dos tipos de folhas, o tipo de solo e a quantidade de 
água alteram a maneira do desenvolvimento de uma planta e, 
consequentemente, altera a sua coloração. 
Outro fator importante é a localização geográfica e a época do 
ano. Se as regiões são mais secas ou úmidas, se é inverno ou 
verão, esses também são fatores que alteram a reflectância da 
vegetação. Essa análise é muito útil quando precisamos realizar 
mapeamentos sobre o desmatamento, sobre o avanço das 
atividades agropecuárias ou mesmo sobre o crescimento das 
áreas urbanas.
Referências bibliográficas
FLORENZANO, T. G. Iniciação em sensoriamento remoto. 3. ed. 
ampl. e atual. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. 
ROSA, R. Introdução ao geoprocessamento. Uberlândia, UFU, 
2013. Disponível em: http://professor.ufabc.edu.br/~flavia.feitosa/
28
cursos/geo2016/AULA5-ELEMENTOSMAPA/Apostila_Geop_rrosa.
pdf. Acesso em: 10 abr. 2020. 
PARA SABER MAIS
Vamos analisar o satélite Landsat 7 (indisponível desde 2003). Ele 
possui um sensor multiespectral ETM+ com oito bandas, com suas 
respectivas resoluções espaciais sendo:
B1: 0,45 - 0,52 μm (azul – 30 m).
B2: 0,52 - 0,60 μm (verde – 30 m).
B3: 0,63 - 0,69 μm (vermelho – 30 m).
B4: 0,76 - 0,90 μm (infravermelho próximo – 30 m).
B5: 1,55 - 1,75 μm (infravermelho médio – 30 m).
B6: 10,4 - 12,5 μm (infravermelho termal – 120 m).
B7 2,08 - 2,35 μm (infravermelho médio – 30 m).
B8 0,52 – 0,90 μm (Pancromático – 15 m).
As Figuras 2, 3 e 4 apresentam os diferentes modos de 
composição das imagens para o satélite Landsat-7.
29
Figura 2 – Imagem colorida de Ubatuba (SP) obtida a partir das 
imagens ETM+ do Landsat-7, 11 de agosto de 1999, dos canais 
3, 4 e 5 com as cores azul, verde e vermelho, respectivamente
Fonte: Florenzano (2011, p. 23).
Figura 3 – Imagem colorida de Ubatuba (SP) obtida a partir das 
imagens ETM+ do Landsat-7 dos canais 1, 2 e 3 com as cores 
azul, verde e vermelho, respectivamente
Fonte: Florenzano (2011, p. 23).
30
Figura 4 – Imagem colorida de Ubatuba (SP) obtida a partir das 
imagens ETM+ do Landsat-7 dos canais 3, 4 e 5 com as cores 
azul, vermelho e verde, respectivamente
Fonte: Florenzano (2011, p. 23).
Na Figura 2, foi mantido o RGB, porém as bandas escolhidas foram 
do vermelho (3), infravermelho próximo (4) e infravermelho médio 
(5). Essa composição mantém a vegetação numa cor esverdeada e 
as áreas urbanizadas em tom magenta. 
Na Figura 3, foi mantida a composição RGB, porém utilizada as 
bandas respectivas para cada cor. O resultado é uma imagem 
mais próxima do real. 
Já a Figura 4 foi montada com as bandas 3, 4 e 5, como na Figura 2, 
porém ocorreu uma troca, a banda do infravermelho próximo (4) 
recebeu a cor vermelha. Isso fez com que a vegetação ganhasse 
cores avermelhadas, devido ao pico da curva espectral da 
vegetação ser no infravermelho próximo. Essa técnica é útil para 
destacar os objetos de interesse em uma imagem. 
31
Assim, compreendemos que a composição de imagens coloridas 
pode auxiliar o usuário na interpretação dos objetos da cena. Isso 
é útil quando se quer destacar o avanço do desmatamento ou o 
crescimento da urbanização, épocas chuvosas ou de seca, além de 
outros efeitos na superfície terrestre. 
 
Referências bibliográficas
FLORENZANO, T. G. Iniciação em sensoriamento remoto. 3. ed. 
ampl. e atual. São Paulo: Oficina de Textos, 2011.
TEORIA EM PRÁTICA
Uma aplicação muito importante do sensoriamento remoto é o 
mapeamento de culturas e vegetação, em que diferentes objetos e 
coberturas apontaram respostas espectrais distintas.
Neste caso, como analisar da melhor maneira e separar áreas 
de floresta nativa de regiões ocupadas pelo homem segundo a 
resposta espectral? 
Qual tipode sensor deve ser empregado e qual o comprimento de 
onda que deve ser selecionado na análise?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
32
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Este livro é uma importante bibliografia para o entendimento do 
sensoriamento remoto. Aqui indicamos a leitura dos capítulos 1 ao 
4, por tratar de assuntos como os fundamentos do sensoriamento 
remoto, programas espaciais, o caminho percorrido entre uma 
imagem se tornar um mapa e a interpretação de imagens de 
sensoriamento remoto. Para realizar a leitura, acesse a plataforma 
Biblioteca Virtual 3.0/Pearson, disponível na Biblioteca Virtual da 
Kroton.
FLORENZANO, T. G. Iniciação em sensoriamento remoto. 3. ed. 
ampl. e atual. São Paulo: Oficina de Textos, 2011.
Indicação 2
O livro é uma leitura recomendada para uma melhor 
compreensão do geoprocessamento como um todo. O capítulo 
6, especificamente, trata sobre o sensoriamento remoto. Para 
realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual 3.0/
Pearson, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton.
FITZ, P. R. Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: 
Oficina de Textos, 2008. 
Indicações de leitura
33
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. As imagens obtidas de satélites, de aviões (fotografia aéreas) 
ou mesmo na superfície terrestre são dados obtidos por 
sensoriamento remoto (SR). Qual das alternativas define o que 
é SR: 
a. SR é a arte e a ciência de obter informação sobre um objeto 
sem estar em contato físico direto com o objeto.
b. SR é a arte e a ciência de obter informação sobre um objeto 
estando em contato físico direto com o objeto.
c. SR é a arte e a ciência de obter informação sobre um objeto 
por meio de um controle de uma televisão.
d. SR é a arte e a ciência de obter informação sobre um objeto 
sem utilidade.
e. SR é a arte e a ciência de obter informação sobre um objeto 
inexistente. 
2. O sensoriamento remoto (SR) é a tecnologia que permite 
obter imagens e outros tipos de dados dos alvos da 
34
superfície terrestre por meio da captação e do registro 
da energia refletida ou emitida por eles (FLORENZANO, 
2011). Qual tipo de energia é fundamental para o SR?
a. Energia quântica.
b. Energia atômica.
c. Energia solar.
d. Energia interior.
e. Energia frenética. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta A
Resolução: o sensoriamento remoto é a arte e a ciência para 
que possamos obter uma informação sobre um objeto sem 
estar em contato físico direto com ele. 
Questão 2 - Resposta C
Resolução: a energia solar é fundamental para o SR, devido 
à energia incidente na superfície terrestre ser refletida e 
capturada por sensores passivos. Os sensores ativos usam 
a energia solar, em muitos casos, para o funcionamento 
(recarga de baterias). 
TEMA 4
Usos de geotecnologias
______________________________________________________________
Autoria: Felipe Rodrigues Macedo
Leitura crítica: Ana Claudia Guedes Silva
36
DIRETO AO PONTO
Aplicações de estudos ambientais e sociais no planejamento e 
ordenamento territorial
As funcionalidades do geoprocessamento e o uso de imagens 
de sensoriamento remoto são utilizados em diversas aplicações, 
tanto para análise e monitoramento ambiental (rural e urbano) 
quanto para planejamento e ordenamento territorial. Uma das 
aplicações das imagens de satélite se relaciona às previsões 
meteorológicas. É possível realizar a previsão do tempo e de 
eventos climatológicos extremos a partir da análise de imagens 
provenientes de satélites meteorológicos como o Goes, sendo 
que o Goes-8 é um satélite que possuía a capacidade de enviar 
imagens a cada 30 minutos. A partir de uma imagem desse 
satélite, pode-se verificar a cobertura das nuvens, tornando 
possível a delimitação de áreas com ocorrência e quantidade 
estimada de precipitação (chuvas), calcular a direção e velocidade 
dos ventos, entre outros fenômenos. Além disso, o uso de 
imagens de satélite no monitoramento de queimadas transcende 
o problema do desmatamento em si e contribui para estudos 
sobre as mudanças climáticas, incluindo o efeito estufa, chuva 
ácida, etc. O aspecto multitemporal das imagens de satélite 
permite avaliar e monitorar as áreas desmatadas. A partir da 
interpretação de imagens de satélites, podem ser gerados mapas 
de áreas desmatadas de diferentes datas. Com o uso de um 
SIG, é possível integrar essas informações e calcular as taxas de 
desmatamento (FLORENZANO, 2011).
Para o ambiente urbano, o geoprocessamento e o sensoriamento 
remoto servem a uma variedade de aplicações, os SIGs, por 
possuírem um extenso conjunto de aplicações, permite coletar, 
armazenar, transformar e representar dados espaciais, o que 
37
pode ser de auxílio ao poder público. A análise de imagens de 
satélite, por exemplo, possibilita a identificação da expansão 
urbana, verificando os eixos de expansão e as suas características. 
A integração de imagens com o banco de dados de informações 
municipais (saúde, educação, receitas e patrimônio) possibilita 
atualizar o cadastro imobiliário; otimizar operações de transporte 
coletivo e coleta de resíduos sólidos; planejar ações de combate 
a focos de doenças (dengue e leishmaniose); planejar as rotas 
do sistema viário; analisar o uso e a ocupação do solo urbano 
de acordo com as leis de zoneamentos; delimitar áreas de 
impermeabilização; identificar áreas de ocupação irregular, 
entre outras ações. Grande parte dessas aplicações subsidia o 
desenvolvimento do Plano Diretor de um município.
Uma aplicação frequente em prefeituras municipais é a utilização 
de imagens aéreas para atualizar o cadastro imobiliário, 
verificando o tamanho da construção, o padrão, o uso do 
imóvel, entre outros, o que possibilita a atualização do cálculo 
do imposto predial e territorial urbano (IPTU), aumentando a 
receita das prefeituras. Outra aplicação em ambientes urbanos 
é o cadastramento de árvores, formando um banco de dados 
especializado que contém as características da espécie, como 
altura, largura do tronco, distância de portões e esquinas; e as 
condições da espécie. Essas informações permitem a criação 
de um plano de substituição de espécies doentes, reduzindo 
problemas com quedas de árvores e o planejamento das áreas 
que necessitam de arborização.
A delimitação e o monitoramento de áreas suscetíveis a 
deslizamentos podem ser realizados a partir da observação de 
imagens de satélite ou imagens aéreas, mapeando as áreas de 
ocorrência. Outra forma utilizada na definição de áreas suscetíveis 
à ocorrência de deslizamentos é a análise dos fatores que podem 
desestabilizar uma encosta, como o tipo de solo, geologia, 
38
declividade e variáveis climáticas. A análise integrada permite o 
zoneamento e a classificação das áreas mais e menos suscetíveis a 
esse tipo de desastre natural.
Podem ser verificadas, também, alterações realizadas nos recursos 
hídricos, como a contaminação por esgotos, a alteração do trajeto 
dos cursos d’água e a retirada da cobertura florestal das margens, 
monitoradas por meio da análise de imagens de satélites. Quando 
se analisam as imagens e a resposta espectral dos alvos, por 
exemplo, a água limpa absorve energia e é representada em 
preto; e a água suja, seja por poluentes ou por sedimentos em 
suspensão, é representada em tons de cinza-claro (FLORENZANO, 
2011). Assim, é possível identificar áreas contaminadas e buscar as 
causas da contaminação, realizando análises químicas da água.
O monitoramento e a detecção de áreas de incêndio e 
desmatamentoem florestas, utilizando imagens de sensoriamento 
remoto, como as imagens das famílias Landsat e Terra, facilita 
a definição das áreas que estão sendo desmatadas, bem como 
a taxa de desmatamento. Para isso, são necessárias análises 
multitemporais, cuja obtenção de diversas imagens em épocas 
distintas permite verificar o quanto o desmatamento aumentou 
(ou diminuiu) em determinado período. A Figura 1 mostra um 
exemplo de incêndio registrado por imagens do satélite Terra; 
na imagem, é possível notar focos de incêndios, destacados em 
vermelho, e a fumaça, em cinza-azulado.
39
Figura 1 – Imagem de uma região do estado do Mato Grosso, 
próxima à fronteira com a Bolívia, obtida em 11 de junho de 
2003 pelo sensor Modis do Satélite Terra
Fonte: Florenzano (2011, p. 83).
Referências bibliográficas
FLORENZANO, T. G. Iniciação em sensoriamento remoto. 3. ed. 
ampl. e atual. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. 
PARA SABER MAIS
Monitoramento de queimadas
A Importância da detecção e do monitoramento de queimadas vai 
além do problema do desmatamento em si. O monitoramento das 
40
queimadas contribui, também, para estudos sobre as mudanças 
climáticas, como efeito estufa, balanço de energia, formação de 
nuvem e precipitação, por liberar na atmosfera uma série de 
compostos químicos, como dióxido de carbono, vapor d’água, 
metano, monóxido de carbono, monóxido de nitrogênio e cloreto 
de metil. Deste modo, é claro que o excesso de áreas queimadas 
prejudica o meio ambiente e causa implicações ecológicas, 
climáticas e ambientais (FLORENZANO, 2011).
O uso de imagens de satélites, por exemplo, permite a detecção 
e localização, em tempo real, de focos de incêndio no território 
nacional. Informações adicionais, como a temperatura, podem 
ser obtidas com as imagens das bandas da região do visível e 
infravermelho (FLORENZANO, 2011).
É estimado que, no Brasil, ocorram mais de 300 mil queimadas 
por ano. Desde os anos de 1980, elas vêm sendo detectadas 
por imagens de satélite em trabalhos realizados pelo Instituto 
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde 1998, esse trabalho 
é realizado em conjunto com o Ibama por meio do Programa 
de Monitoramento de Queimadas e Prevenção e Controle de 
Incêndios Florestais no Arco do Desflorestamento na Amazônia 
(Proarco). O programa fornece dados para o Brasil e outros países, 
como o Paraguai, a Bolívia e o Peru. As informações sobre as 
queimadas são geradas, nesse programa, da análise das imagens 
termais de satélites meteorológicos, Goes, Terra e Aqua; e as 
informações são disponibilizadas aos usuários, por volta de 20 
minutos após a passagem dos satélites por meio da plataforma 
Sigma do CPTEC/Inpe (FLORENZANO, 2011).
41
Referências bibliográficas
FLORENZANO, T. G. Iniciação em sensoriamento remoto. 3. ed. 
ampl. e atual. São Paulo: Oficina de Textos, 2011.
TEORIA EM PRÁTICA
Imagine que você foi convocado para auxiliar no processo de 
decisão da construção de um grande empreendimento, como 
um espaço para feiras e eventos, em um local que possui em seu 
entorno um parque com árvores nativas e nascentes.
Pense sobre os tipos de processos decisórios e sobre as possíveis 
variáveis espaciais que podem ajudar você.
Qual a melhor metodologia de decisão a ser empregada? E as 
variáveis que devem ser analisadas?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Este livro é uma importante bibliografia para o entendimento do 
sensoriamento remoto. Aqui indicamos a leitura dos capítulos 5 ao 
8, por tratarem de assuntos como os princípios de processamento 
Indicações de leitura
42
digital de imagens e o uso de imagens no estudo ambiental. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual 3.0/
Pearson, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton.
FLORENZANO, T. G. Iniciação em sensoriamento remoto. 3. ed. 
ampl. e atual. São Paulo: Oficina de Textos, 2011.
Indicação 2
O livro é uma leitura recomendada para uma melhor 
compreensão do geoprocessamento como um todo. O capítulo 7, 
especificamente, trata sobre o uso do SIG na tomada de decisões. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual 3.0/
Pearson, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton.
FITZ, P. R. Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: 
Oficina de Textos, 2008. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
43
1. A frequência das queimadas no Brasil aumentou nas últimas 
décadas. Sua origem tem relação direta com o desmatamento 
para a expansão de fronteiras agrícolas. Utilizando o 
sensoriamento remoto, qual seria a melhor forma de 
monitorar as queimadas e o desmatamento? 
a. Visitas ao local.
b. Contatando o Ibama.
c. Utilizando imagens de satélite.
d. Utilizando ultrassom.
e. Medindo as áreas afetadas no local. 
2. No Brasil, o processo acelerado da urbanização tem 
provocado impactos negativos ao meio ambiente 
e à qualidade de vida da população. As técnicas de 
sensoriamento remoto contribuem efetivamente com a 
análise e elaboração de um diagnóstico que subsidie o 
planejamento do uso das áreas urbanas (FLORENZANO, 
2011). Quais das características urbanas abaixo podem 
ser analisadas com o uso de imagens de satélite?
a. Varrição de ruas.
b. Expansão urbana.
c. Roçada de gramados.
d. Limpeza de inservíveis.
e. Mapeamento de doenças. 
44
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: a melhor forma de monitorar o desmatamento 
e as queimadas é por meio de imagens de satélite, 
devido a elas possuírem um banco de dados de várias 
décadas, podendo, assim, criar um histórico do avanço do 
desmatamento e o uso de imagens em tempo real para 
catalogar as queimadas. Esses dados são úteis nas ações de 
prevenção, mitigação e recuperação de áreas degradadas. 
Questão 2 - Resposta B
Resolução: a expansão urbana é uma das características que 
podem ser analisada por meio de imagens de satélite. Para 
verificação dos imóveis para a cobrança e atualização do 
IPTU, controle de tráfego, etc., também podem ser utilizadas 
as imagens de satélite. Análise de varrição de ruas, roçada 
de gramados, limpeza de inservíveis, em termos práticos 
e financeiros, não são feitos por imagens de satélite, mas 
é possível utilizar o sensoriamento remoto por meio de 
imagens aéreas de aviões, drones ou Vants. Mapeamento 
de doenças ou equipamentos urbanos utiliza dados 
alfanuméricos para localizar no espaço essas informações e 
podem ser manipulados no SIG. 
Referências bibliográficas
FLORENZANO, T. G. Iniciação em sensoriamento remoto. 3. ed. 
ampl. e atual. São Paulo: Oficina de Textos, 2011.
BONS ESTUDOS!
	Apresentação da disciplina
	Introdução
	TEMA 1
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 2
	Direto ao ponto
	TEMA 3
	Direto ao ponto
	TEMA 4
	Direto ao ponto
	Botão TEMA 5: 
	TEMA 2: 
	Botão 158: 
	Botão TEMA4: 
	Inicio 2: 
	Botão TEMA 6: 
	TEMA 3: 
	Botão 159: 
	Botão TEMA5: 
	Inicio 3: 
	Botão TEMA 7: 
	TEMA 4: 
	Botão 160: 
	Botão TEMA6: 
	Inicio 4: 
	Botão TEMA 8: 
	TEMA 5: 
	Botão 161: 
	Botão TEMA7: 
	Inicio 5:

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