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Impresso por Whenner Melo, E-mail whennerfm@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/02/2024, 09:34:12 CURSO DE FORMAÇÃO DE OPERADORES DE REFINARIA AUTOMAÇÃO NDUSTRIAL I Impresso por Whenner Melo, E-mail whennerfm@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/02/2024, 09:34:12 Impresso por Whenner Melo, E-mail whennerfm@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/02/2024, 09:34:12 Automação Industrial 3 CURITIBA 2002 Equipe Petrobras Petrobras / Abastecimento UN´s: Repar, Regap, Replan, Refap, RPBC, Recap, SIX, Revap AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL HÉLIO GUILL MORAES PAULO AFONSO RUOSO Impresso por Whenner Melo, E-mail whennerfm@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/02/2024, 09:34:12 4 Automação Industrial 338.26 Moares, Hélio Guill. M827 Curso de formação de operadores de refinaria: automação industrial / Hélio Guil Moares, Paulo Afonso Ruoso. – Curitiba : PETROBRAS : UnicenP, 2002. 20 p. : il. (algumas color.) ; 30 cm. Financiado pelas UN: REPAR, REGAP, REPLAN, REFAP, RPBC, RECAP, SIX, REVAP. 1. Automação industrial. 2. Segurança. 3. Produção. 4. Proteção ambiental. I. Ruoso, Paulo Afonso. II. Título. Impresso por Whenner Melo, E-mail whennerfm@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/02/2024, 09:34:12 Automação Industrial 5 Apresentação É com grande prazer que a equipe da Petrobras recebe você. Para continuarmos buscando excelência em resultados, dife- renciação em serviços e competência tecnológica, precisamos de você e de seu perfil empreendedor. Este projeto foi realizado pela parceria estabelecida entre o Centro Universitário Positivo (UnicenP) e a Petrobras, representada pela UN-Repar, buscando a construção dos materiais pedagógicos que auxiliarão os Cursos de Formação de Operadores de Refinaria. Estes materiais – módulos didáticos, slides de apresentação, planos de aula, gabaritos de atividades – procuram integrar os saberes téc- nico-práticos dos operadores com as teorias; desta forma não po- dem ser tomados como algo pronto e definitivo, mas sim, como um processo contínuo e permanente de aprimoramento, caracterizado pela flexibilidade exigida pelo porte e diversidade das unidades da Petrobras. Contamos, portanto, com a sua disposição para buscar outras fontes, colocar questões aos instrutores e à turma, enfim, aprofundar seu conhecimento, capacitando-se para sua nova profissão na Petrobras. Nome: Cidade: Estado: Unidade: Escreva uma frase para acompanhá-lo durante todo o módulo. Impresso por Whenner Melo, E-mail whennerfm@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/02/2024, 09:34:12 6 Automação Industrial Sumário 1 OBJETIVOS DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL ............................................................... 7 1.1 Introdução ...................................................................................................................... 7 1.1.1 Segurança ............................................................................................................ 7 1.1.2 Produção ............................................................................................................. 7 1.1.3 Proteção ambiental .............................................................................................. 7 1.1.4 Restrições operacionais ....................................................................................... 7 1.1.5 Aspectos econômicos .......................................................................................... 7 1.2 Monitoramento e Controle de Plantas de Processo ....................................................... 7 1.3 SDCD (sistemas digitais de controle distribuído) e computadores de processo ........... 8 1.4 Principais malhas de controle ...................................................................................... 10 1.4.1 Características de malhas típicas ....................................................................... 11 1.4.2 Sistemas de Controle mais Complexos ............................................................. 12 1.5 Sistemas de Intertravamento ....................................................................................... 15 1.6 SCMD.......................................................................................................................... 16 1.6.1 Introdução ......................................................................................................... 16 1.6.2 Sistema de Controle e Monitoração Distribuído (para sistemas elétricos) ....... 17 Impresso por Whenner Melo, E-mail whennerfm@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/02/2024, 09:34:12 Automação Industrial 7 1Objetivos da AutomaçãoIndustrial 1.1 Introdução Uma planta industrial é um arranjo de uni- dades de processos físico-químicos (reatores, trocadores de calor, bombas, colunas de desti- lação, tanques, etc.), integrados de maneira ra- cional e sistemática, cujo objetivo é converter matérias-primas em produtos desejados, usan- do diferentes fontes de energia, da maneira mais econômica. Durante sua operação, a planta precisa satisfazer a diversos requisitos, impostos tan- to pelo projeto e pela tecnologia adotada, quan- to por influências externas (perturbações) de natureza ambiental, econômica e social. 1.1.1 Segurança A operação segura de um processo físico- químico é requisito primário para o bem-estar das pessoas envolvidas com a planta e a conti- nuidade operacional da mesma. Desse modo, variáveis de processo, como pressões, tempe- raturas e concentrações de produtos devem ser mantidas sempre dentro de limites aceitáveis, ditados pelo projeto, pelos materiais empre- gados ou mesmo pelo estado de conservação da planta. 1.1.2 Produção Uma unidade industrial deve ser contro- lada, segundo um planejamento de produção, de modo a gerar cada um de seus produtos fi- nais na quantidade desejada, no momento ade- quado e, ainda, satisfazendo as especificações de qualidade dos produtos. 1.1.3 Proteção ambiental As legislações ambientais têm sido cada vez mais restritivas com relação aos efluentes emitidos pelas indústrias. O correto manuseio de resíduos sólidos, a redução e o tratamento de gases e da água efluentes devem estar no mesmo nível de prioridade da segurança e da produção. 1.1.4 Restrições operacionais Os vários tipos de equipamentos usados nas plantas industriais têm restrições ineren- tes à operação de cada um deles, isto implica em manter variáveis operacionais dentro de li- mites. Por exemplo, alguns tipos de bomba ne- cessitam de pressão positiva na sucção, tan- ques podem transbordar, ou a temperatura de um reator catalítico não deve ultrapassar de- terminado limite superior para que o catalisa- dor não seja destruído. 1.1.5 Aspectos econômicos A produção de uma planta deve ser ade- quada às condições de mercado, isto é, à dis- ponibilidade de matéria-prima e à demanda de produtos finais. Assim, é requerido que as con- dições de operação sejam controladas em ní- veis ótimos, de mínimo custo operacional e máximo lucro. Todos os requisitos apresentados anterior- mente apontam para duas necessidades: a mo- nitoração contínua daoperação da planta e in- tervenções externas (controle) para garantir o atendimento ao plano de produção e a outros objetivos operacionais. Neste cenário, pode-se compreender a Automação Industrial como um conjunto de disciplinas que implementam os sistemas de monitoração e de controle de plantas industriais. Tal implementação vai desde a concepção (pro- jeto de controle) e a instalação, até o acompa- nhamento do desempenho operacional e even- tuais reajustes “em linha”, ou seja, com a planta em operação. 1.2 Monitoramento e Controle de Plantas de Processo Os sistemas implementados pela automa- ção industrial precisam atender tanto necessi- dades de controle de equipamentos quanto de produção e logística. Assim, devem com- preender processos de produção em batelada e contínuos, e ainda, tratar variáveis discretas Impresso por Whenner Melo, E-mail whennerfm@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/02/2024, 09:34:12 8 Automação Industrial (estados) e contínuas (pressões, temperaturas, vazões etc), em ambientes integrados. Existem três classes de necessidades gerais a que os sistemas de controle devem atender: 1. Supressão de influências de perturbações externas Este é o objetivo mais comum de um con- trolador numa planta. Como as perturbações estão fora do alcance das ações operacionais, é necessário introduzir mecanismos de con- trole que cancelem os impactos negativos ex- ternos, através de ações apropriadas no pro- cesso. Um exemplo, dos mais antigos, é o con- trole de nível de reservatórios de água por bóia e válvula (comporta), cujas evidências de uso foram encontradas na cultura grega, alguns séculos antes de Cristo. 2. Garantia da estabilidade do processo Do ponto de vista de estabilidade, os pro- cessos podem ser auto-regulados ou instáveis. No primeiro caso, a variável de processo so- fre uma perturbação, mas volta ao seu valor inicial sem necessidade de qualquer ação ex- terna, ao contrário dos sistemas instáveis que precisam continuamente de ações de controle para manter sua integridade. Andar de bicicleta é um exemplo de esta- bilização de um sistema instável através de ações continuadas de controle. 3. Otimização do desempenho da planta Segurança e atendimento à produção con- forme programada, são os dois principais ob- jetivos operacionais de uma planta industrial. Uma vez atingidos, o próximo objetivo é como fazer a operação da planta mais lucrativa. Con- siderando que as condições que afetam a ope- ração de uma planta não permanecem cons- tantes ao longo do tempo, será sempre neces- sário promover mudanças em variáveis-cha- ves, de modo que os objetivos econômicos sejam constantemente alcançados. Hoje, esta é a tarefa que mais necessita do trabalho conjun- to operador-sistema automático de controle. A figura a seguir apresenta a hierarquia clássica das funções de automação industrial. A partir desta visão, no seu Plano Diretor de Automação Industrial (PDAI-2001), a Área de Refino da Petrobras dividiu as tarefas da auto- mação em seis eixos, em função de caracterís- ticas dos processos envolvidos e da natureza das soluções a serem adotadas: Eixo 1 – Controle e Otimização da Pro- dução – Controle regulatório e avançado para unidades de pro- cessos industriais. Eixo 2 – Gerenciamento de Movimenta- ções e Otimização de Misturas – Monitoração e controle de esto- ques, movimentações de produ- tos e preparo de produtos por mistura. Eixo 3 – Automatização de Procedimen- tos e Integração Operacional. Eixo 4 – Controle e Otimização de Ener- gia – Controle regulatório e avan- çado para a área de geração de energia (principalmente elétrica). Eixo 5 – Controle de Resíduos e Sistemas de Segurança. Eixo 6 – Atividades de Apoio e Sistemas de Informação. Figura 1 – Hierarquia da Automação. Como resultado desta divisão, os sistemas associados à automação podem ser separados em cinco grupos: 1. Sistemas Digitais de Controle Distri- buído (SDCD) e Computadores de Pro- cesso (CP); 2. Sistemas de Controle e Monitoração de Demanda Elétrica (SCMD); 3. Intertravamentos de Segurança; 4. Gerenciamento de Operações de Trans- porte e Armazenamento; 5. Bases de Dados e Sistemas de Apoio à Decisão. Neste treinamento, apenas os três primei- ros grupos serão abordados com mais detalhes. 1.3 SDCD (Sistemas Digitais de Controle Distribuído) e Computadores de Processo Os SDCD são constituídos por três tipos de componentes interligados por uma ou mais vias de comunicação de dados, conforme a fi- gura a seguir. Impresso por Whenner Melo, E-mail whennerfm@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/02/2024, 09:34:12 Automação Industrial 9 Figura 2 – Arquitetura típica de um SDCD. a) Interface com o Processo – É forma- da por Estações de Controle onde são implementadas as estratégias ou algo- ritmos de controle regulatório bem como, seqüenciamento de operações e monitoração de variáveis. Ela recebe e envia dados para os elementos primá- rios e finais de controle do processo. b) Interface com a Operação – É com- posta por vídeos coloridos, teclados e impressoras. Através de telas dinâmi- cas, são trocadas informações com as estações de controle e com os compu- tadores de processo. c) Interface com Sistemas Externos – É um equipamento que permite o fluxo bidirecional de dados entre o SDCD e outro sistema. Este último pode ser um computador de processo, que executa cálculos avançados de controle, outro sistema de controle (como o SCMD), ou, ainda, uma plataforma de engenharia de onde se pode monitorar o desempenho dos sistemas e realizar ajustes de parâmetros em estratégias de controle. Atualmente, no refino, não se fala mais de SDCD operando de modo isolado dos com- putadores de processo. A operação conjunta SDCD-CP responde pela metade dos benefí- cios possíveis de serem obtidos com automa- ção, a outra metade fica por conta da Otimiza- ção da Produção e da Logística. Porém, a im- plantação de SDCD representa cerca de 70% dos custos (conforme figura a seguir). Assim, foi decidido que toda a implantação de SDCD nos órgãos operacionais seria seguida da ins- Figura 3 – Relação Custos/Benefícios da Automação. Os benefícios da implantação do SDCD são, basicamente, obtidos pela possibilidade de configuração de malhas de controle mais sofisticadas, maior facilidade de manutenção e ajuste de estratégias de controle, maior pre- cisão da instrumentação digital e melhor aná- lise do processo através da integração de in- formações que o sistema proporciona. O controle avançado irá passar pontos de ajuste para o SDCD (setpoints) visando me- lhor qualidade dos produtos, maior estabilida- de e fator operacional, aumento de rendimen- tos e economia de energia. Finalmente, a otimização da produção e a logística irão conduzir as unidades de proces- so, em conjunto, aos seus pontos ótimos de operação, considerando a disponibilidade de matéria-prima, a racionalização de estoques e as oportunidades de mercado. talação de computador de processo, rodando estratégias de controle avançado. Impresso por Whenner Melo, E-mail whennerfm@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 14/02/2024, 09:34:12 10 Automação Industrial 1.4 Principais malhas de controle As ferramentas de configuração do SDCD são do tipo CAD (Computer Aided Design), isto é, as malhas ou estratégias de controle são montadas a partir da ligação de blocos funcio- nais, sem necessidade de uma linguagem de programação tradicional. Os fabricantes for- necem bibliotecas com uma ampla variedade de blocos, o que permite a configuração tanto de estratégias clássicas (controle de vazão ou de temperatura) quanto de malhas relativamen- te complexas, como controle antecipatório ou de saída não linear. A figura seguinte,apresenta um exemplo de malha de controle clássico, juntamente com as definições de variáveis e nomenclatura ado- tadas em controle. É ilustrado um processo em que o líquido contido em um tanque é aqueci- do por meio de vapor. Suponha, por exemplo, que se deseje manter a temperatura do líquido em 80oC. Figura 4 – Tanque com aquecimento a vapor. Para obter a ação de controle desejada, o instrumento é dotado de um contato elétrico, que é fechado quando a temperatura está abai- xo de 80oC e aberto quando a mesma está aci- ma desse valor. O contato elétrico, por sua vez, Figura 5 – Diagrama de blocos da malha. liga uma válvula solenóide, que permitirá a passagem de vapor se a temperatura estiver abaixo dos 80oC, fechando-se ao ser ultrapas- sada essa temperatura. No processo descrito, a variável controla- da é a temperatura do líquido, e o controle é obtido por meio da ação sobre a vazão de va- por, a variável manipulada. A variável controlada é uma grandeza fí- sica que pode ser medida, tal como tempera- tura, pressão, nível, vazão, etc. Em processos de refino, a variável manipulada é, em geral, uma vazão. Em sistemas elétricos/eletrônicos, a variável manipulada pode ser uma corrente ou uma potência elétrica. O sinal do sensor é comparado com o pon- to de ajuste, ou setpoint (SP), o resultado de tal comparação será o desvio ou erro – dife- rença entre o valor medido e o setpoint. O controlador recebe o desvio e deve tomar uma ação compatível com esta infor- mação recebida, gerando um sinal de saída para o elemento final de controle, neste caso a vál- vula solenóide. Este tipo de malha de controle é também conhecido por malha de controle com realimentação ou em feedback. É importante familiarizar-se com a repre- sentação em diagrama de blocos, como o da figura a seguir, uma vez que esta é largamente utilizada na literatura de controle. São diagra- mas relativamente simples, cujos retângulos correspondem a elementos que transformam um sinal em outro. Assim, por exemplo, o re- tângulo “controlador” corresponde a um ele- mento que transforma o sinal de erro em sinal de saída para a válvula solenóide.
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