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INCLUI:
• Quadros de ATENÇÃO
• Tabelas Comparativas
• Esquemas Didáticos
• Referências a temas 
cobrados em provas anteriores
ATUALIZADO COM:
• Status Constitucional da 
Convenção Interamericana 
contra o Racismo (2021)
• Decreto nº 9.522/2018 
(Tratado de Marraquexe)
40º EXAME
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Alteração Legislativa Atenção Exemplo
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SUMÁRIO 
1. TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS 
1.1. CONCEITO
1.2. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS 
1.3. UNIVERSALISMO E RELATIVISMO CULTURAL 
1.4. DIMENSÕES DE DIREITOS HUMANOS 
1.5. DOCUMENTOS HISTÓRICOS 
1.5.1 MAGNA CARTA 
1.5.2 LEI DE HABEAS CORPUS DE 1679
1.5.3 DECLARAÇÃO DE DIREITOS (“BILL OF RIGHTS”)
1.5.4 DECLARAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA E A CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA.
1.5.5 PRIMEIRA DECLARAÇÃO DE DIREITOS DO HOMEM 
1.5.6 CONVENÇÕES DE GENEBRA DE 1864 e 1929
1.6. HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES 
2. SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS
2.1. ONU 
2.2. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
2.3. PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS
2.3.1 PRIMEIRO PROTOCOLO FACULTATIVO 
2.3.2 SEGUNDO PROTOCOLO FACULTATIVO
2.4. PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS ECONÔMICOS SOCIAIS E CULTURAIS 
2.4.1 PROTOCOLO FACULTATIVO 
2.5. CONVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO E REPRESSÃO DO CRIME DE GENOCÍDIO 
2.6. CONVENÇÃO INTERNACIONAL PARA A PROTEÇÃO DE TODAS AS PESSOAS CONTRA O 
DESAPARECIMENTO FORÇADO
2.7. CONVENÇÃO CONTRA TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS OU PENAS CRUÉIS, 
DESUMANOS E DEGRADANTES 
2.8. CONVENÇÃO SOBRE DIREITOS DA CRIANÇA 
2.9. ESTATUTO DE ROMA 
2.10. CONVENÇÃO SOBRE ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA 
A MULHER
2.11. CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
3. SISTEMA REGIONAL AMERICANO (OEA)
3.1. CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS 
3.1.1 PRIMEIRO PROTOCOLO ADICIONAL À CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE 
DIREITOS HUMANOS
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3.1.2 SEGUNDO PROTOCOLO ADICIONAL À CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE 
DIREITOS HUMANOS 
3.2. COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS
3.3. CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS 
3.4. CONVENÇÃO INTERAMERICANA PARA PREVENIR E PUNIR TORTURA
3.5. CONVENÇÃO INTERAMERICANA SOBRE O DESAPARECIMENTO FORÇADO DE PESSOAS 
4. DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
4.1. DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
4.2. INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA DOS ATOS GRAVES VIOLADORES DE 
DIREITOS HUMANOS 
4.3. INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS
5. TEMAS ESPECÍFICOS SOBRE DIREITOS HUMANOS
5.1. QUILOMBOLAS 
5.2. PROTEÇÃO À CRIANÇA 
5.3. PROTEÇÃO AO IDOSO 
5.4. MULHER
5.5. ÍNDIOS
5.6. DIREITOS DOS PRESOS 
5.7. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 
5.8. COMISSÃO DA VERDADE 
5.9. CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS 
5.10. REFUGIADOS
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1. TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS
1.1. CONCEITO
Não obstante a existência de vários autores com conceitos próprios a respeito dos Direitos 
Humanos, como regra geral, pode-se afirmar que os Direitos Humanos visam garantir direitos 
mínimos universais (como dignidade e liberdade) e limitar o Poder Estatal. 
Deve-se mencionar ainda que a garantia/promoção desses direitos passa muitas vezes pela 
exigência de atuação Estatal, de modo que o Estado é considerado o principal alvo dos direitos 
humanos, seja limitando seu poder para que não desrespeite direitos mínimos universais, seja 
exigindo sua atuação para garanti-los e promovê-los.
1.2. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS
UNIVERSALIDADE: todos os seres humanos, independentemente de sua condição racial, 
política, religiosa e de gênero, merecem a proteção das regras de direitos humanos. A universalidade 
possui fundamento na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e na Convenção de 
Viena de 1993.
Declaração Universal dos Direitos Humanos - 1948
Artigo I - Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas 
de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de 
fraternidade.
Artigo II - Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades 
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, 
sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, 
riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
 Declaração e Programa de Ação de Viena (1993): 
“Todos os direitos humanos são universais, indivisíveis, interdependentes e inter-
relacionados. A comunidade internacional deve tratar os direitos humanos de forma 
global, justa e equitativa, em pé de igualdade e com a mesma ênfase. Embora 
particularidades nacionais e regionais devam ser levadas em consideração, assim como 
diversos contextos históricos, culturais e religiosos, é dever dos Estados promover e 
proteger todos os direitos humanos e liberdades fundamentais, sejam quais forem seus 
sistemas políticos, econômicos e culturais”.
INERÊNCIA: são direitos inerentes à condição humana, ou seja, basta a mera qualidade de ser 
humano para que ocorra a sua incidência de proteção.
INDIVISIBILIDADE: os direitos humanos representam um complexo único e indivisível de proteção, 
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não havendo hierarquia entre suas dimensões. Na verdade, a violação a uma dimensão de direitos 
humanos representa ofensa às demais dimensões TEMA COBRADO NOS EXAMES XIII E XXXIII DA 
OAB/FGV.
TRANSNACIONALIDADE: o ser humano tem direito à proteção dos direitos humanos 
independentemente do local onde esteja. 
INTERDEPENDÊNCIA: além de indivisíveis, os direitos humanos são interligados, ou seja, não é 
possível garantir a proteção de uma dimensão sem observar as demais dimensões. 
HISTORICIDADE: os direitos humanos são frutos de conquistas da humanidade, ou seja, são 
produtos e evoluem com a história
INDISPONIBILIDADE (OU IRRENUNCIABILIDADE): são direitos irrenunciáveis, indisponíveis. 
VEDAÇÃO AO RETROCESSO: significa que deve haver um progresso dos direitos humanos, 
de modo que, a partir do momento em que um direito é incorporado, não se admite a sua perda 
ou retrocesso. É nesse contexto que se insere a denominada cláusula do desenvolvimento 
progressivo, em que os Estados se comprometem a atingir a plena efetividade dos direitos 
protegidos, conforme os recursos disponíveis e de modo progressivo.
IMPRESCRITIBILIDADE: os direitos humanos não são afetados pelo decurso do tempo, ou 
seja, podem ser reclamados a qualquer momento, desde que a violação ainda esteja ocorrendo. 
Nesse sentido, pode-se citar os incisos XLII e XLIV do art. 5º da CF/88 que dispõem sobre a 
imprescritibilidade e a inafiançabilidade dos crimes de racismo e de ação de grupos armados 
civis e militares contra a ordem constitucional e o estado democrático. Salienta-se ainda que 
o Estatuto de Roma (Dec. n. 4.388/02) prevê que os crimes de competência do Tribunal Penal 
Internacional (TPI) também são imprescritíveis.
A OAB ajuizou a ADPF 153 questionando a possibilidade de responsabilização pelos crimes da 
ditadura. O Supremo Tribunal Federal, em 2010, entendeu que a lei de anistia é constitucional, 
não se podendo mais adentrar ao mérito daqueles crimes ocorridos na ditadura. Ocorre que, 
em 2010, a Corte Interamericana dos Direitos Humanos, cuja jurisdição é reconhecida pelo 
Brasil desde 1998, apreciando a Guerrilha doAraguaia (caso “Julia Gomes Lund e outros”), 
condenou o Estado brasileiro a investigar os crimes da ditadura na década de 70, com base na 
imprescritibilidade dos Direitos Humanos, uma vez que os corpos ainda estavam desaparecidos, 
o que caracterizaria, segundo a Corte, crime permanente.
INALIENABILIDADE: os direitos humanos não podem ser vendidos, trocados ou cedidos. 
INESGOTABILIDADE/INEXAURIBILIDADE: não há limite para que se reconheçam novos 
direitos humanos.
1.3. UNIVERSALISMO E RELATIVISMO CULTURAL
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Uma questão que provoca muitos debates é se a universalidade dos direitos humanos poderia 
ser culturalmente relativizada, ou seja, se a cultura de um determinado país seria justificativa para 
não aplicação de um direito universalmente consagrado. 
Os adeptos da teoria relativista afirmam que a universalidade é um critério construído sob 
a ótica ocidental, sendo que muitos valores (religiosos, morais e culturais) de outros povos não 
foram considerados quando da elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Com vistas a atualizar e adequar a Declaração Universal, foram realizadas a Conferência de 
Teerã (1968) e a Conferência de Viena (1993). Ao final desta última, elaborou-se a Declaração e o 
Programa de Ação de Viena, tratando o item 5 do relativismo e do universalismo cultural.
5. Todos os Direitos Humanos são universais, indivisíveis, interdependentes e inter-
relacionados. A comunidade internacional tem de considerar globalmente os Direitos 
Humanos, de forma justa e equitativa e com igual ênfase. Embora se devam ter sempre 
presente o significado das especificidades nacionais e regionais e os antecedentes 
históricos, culturais e religiosos, compete aos Estados, independentemente dos seus 
sistemas político, económico e cultural, promover e proteger todos os Direitos Humanos 
e liberdades fundamentais.
De acordo com o item 5, portanto, o universalismo sobrepõe-se ao relativismo, ou seja, a 
cultura dos povos deve ser respeitada, porém não pode ultrapassar um direito universalmente 
reconhecido. Em outras palavras, o direito local deve ser respeitado até onde não violar os direitos 
humanos já consagrados. TEMA COBRADO NO XI EXAME DA OAB/FGV.
1.4. DIMENSÕES DOS DIREITOS HUMANOS 
O jurista Norberto Bobbio disseminou a ideia de que os direitos humanos poderiam ser 
divididos em gerações. Entretanto, a doutrina constitucional contemporânea critica o termo 
“geração”, argumentando que a palavra indica uma interrupção na evolução histórica dos direitos 
humanos, o que não é verdade, tendo em vista a necessidade de integração desses direitos, motivo 
pelo qual se prefere a utilização do termo dimensão. 
DIREITOS HUMANOS DE PRIMEIRA DIMENSÃO/GERAÇÃO: referem-se a valores de liberdade 
e autonomia pessoal, criadoras de obrigações de não fazer e de não interferir por parte do Estado, 
configurando direitos civis e políticos. 
DIREITOS HUMANOS DE SEGUNDA DIMENSÃO/GERAÇÃO: referem-se ao valor da 
igualdade, exigindo a intervenção Estatal por meio de prestações positivas para garantir 
trabalho, educação, saúde, previdência, assistência social, etc. São os direitos sociais, 
econômicos e culturais. TEMA COBRADO NO XII EXAME OAB/FGV.
DIREITOS HUMANOS DE TERCEIRA DIMENSÃO/GERAÇÃO: possuem relação com a titularidade 
difusa ou coletiva, ou seja, destinam-se à proteção de grupos, sendo conhecidos como direitos de 
solidariedade/fraternidade. São exemplos de direitos humanos de terceira dimensão a proteção 
do meio ambiente e da qualidade de vida, conservação do patrimônio histórico e cultural e direito 
do consumidor.
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1ª DIMENSÃO 2ª DIMENSÃO 3ª DIMENSÃO 
Direitos Civis e Políticos Direitos Econômicos, Sociais 
e Culturais (implementados 
gradativamente). 
Direitos Difusos 
(meio ambiente, paz, 
autodeterminação dos 
povos, etc.)
Principal valor: Liberdade Principal Valor: Igualdade Principal valor: 
Fraternidade/ Solidariedade
Contexto histórico: Revoluções 
liberais (Revolução Francesa, 
Independência dos EUA)
Constituição Mexicana (1917), 
Constituição de Weimar, Revolução 
Russa.
Pós-guerra
A doutrina defende ainda a existência de uma quarta dimensão, que compreenderia o direito à 
democracia, ao pluralismo, à informação, desarmamento nuclear, como forma de preservação da 
própria espécie humana e o direito à não intervenção genética. 
1.5. PRINCIPAIS DOCUMENTOS HISTÓRICOS DOS DIREITOS HUMANOS
1.5.1. MAGNA CARTA (1215)
Elaborada no ano de 1215, teve como principal objetivo limitar o poder dos monarcas da 
Inglaterra, principalmente o do rei João Sem Terra. Os principais direitos assegurados na Magna 
Carta são: a) liberdade de escolha dos superiores eclesiásticos pela Igreja Inglesa, sem interferência 
do Estado; b) direito do acesso à justiça, como acesso à ordem jurídica justa e efetiva; e c) devido 
processo legal para fins de garantia da liberdade e da propriedade (“ninguém poderá ser detido, 
preso ou despojado dos seus bens, costumes e liberdades, senão em virtude de julgamento de 
seus pares, segundo as leis do país.”). TEMA COBRADO NO XI EXAME DA OAB/FGV.
1.5.2. LEI DE HABEAS CORPUS (1679)
Elaborada em 1679 na Inglaterra, teve como finalidades combater a prisão abusiva a garantir 
do direito de locomoção.
1.5.3. DECLARAÇÃO DE DIREITOS (BILL OF RIGHTS/1689)
Elaborado em 1689 na Inglaterra, representa a limitação do poder do Príncipe de Orange pelo 
Parlamento, principalmente porque a criação de tributos deixou de ser prerrogativa do monarca, 
passando a ser do Parlamento. Consagrou-se a divisão dos Poderes, bem como algumas liberdades 
individuais, como o direito de petição e a proibição de penas e multas cruéis e excessivas.
1.5.4. DECLARAÇÃO DE VIRGÍNIA (1776).
A Declaração de Virgínia de 1776 foi elaborada no momento histórico de independência dos 
Estados Unidos. Com nítida inspiração iluminista, teve como principais objetivos a limitação do 
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poder estatal e a valorização da liberdade individual, proclamando uma série de direitos, como a 
vida, a liberdade, a propriedade, o princípio da legalidade, a liberdade de imprensa e a liberdade 
religiosa. Preceituou ainda que todo o poder emana do povo e a separação dos poderes. 
1.5.5. DECLARAÇÃO DE DIRETOS DO HOMEM E DO CIDADÃO (1789)
Elaborada sob um viés universalista, foi a percursora da constituição francesa, proclamando os 
direitos de liberdade, propriedade, segurança e resistência à opressão, além de prever os princípios 
da reserva legal e da anterioridade, direito de associação política, princípio do estado de inocência 
e livre manifestação do pensamento.
 Interessante o conteúdo do art. 6 da Declaração: 
“A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, 
pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma 
para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus 
olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, 
segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos 
seus talentos”.
1.5.6. CONVENÇÕES DE GENEBRA DE 1864 e 1929
A Convenção de 1864 foi marco da criação da Cruz Vermelha, assegurando direitos mínimos a 
soldados doentes e feridos, bem como às populações civis atingidas pelos conflitos bélicos.
Já a Convenção de 1929 assegurou tratamento digno aos prisioneiros de guerra, garantindo-
lhes proteção contratortura e pressão física ou psicológica, respeito à religião, bem como medidas 
sanitárias relativas à higiene e alimentação. 
1.5.7. CONSTITUIÇÃO MEXICANA DE 1917
A Constituição Mexicana de 1917 consagrou direitos sociais, principalmente a 
constitucionalização de direitos trabalhistas importantes, como os seguintes: duração máxima 
diária e semanal do trabalho, idade mínima para o trabalho, proteção do trabalho da mulher, 
inclusive através da instituição da licença maternidade, salário igual para trabalho de igual valor e 
direito de livre associação e de greve. 
1.5.8. CONSTITUIÇÃO DE WEIMAR (1919)
Responsável pela instituição da primeira República Alemã, representa a valorização do Estado 
Social, consagrando direitos de segunda dimensão (trabalho, educação, cultura e previdência, etc.). 
Entre outros direitos, estabeleceu a igualdade jurídica entre homens e mulheres, determinou a 
observância da função social da propriedade e reconheceu o direito ao trabalho, sendo que, enquanto 
este não fosse assegurado, o Estado cuidaria das necessidades de subsistência do cidadão.
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1.6. HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS 
• CONSTITUIÇÃO DE 1824 – Primeira constituição do Brasil, outorgada por Dom 
Pedro I (constituição do Império). Principais características: Estado centralizado, 
instituição do Poder Moderador, exercido pelo Imperador, ou seja, havia quatro poderes 
(Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador), voto censitário, Estado confessionário 
(religião oficial era o catolicismo) 
• CONSTITUIÇÃO DE 1891 – Trata-se da primeira Constituição após a proclamação 
da República. Foi promulgada e possuiu as seguintes características: aboliu o Poder 
Moderador, adotou o sistema presidencialismo, instituiu o voto “universal”, mas com 
exceções (como no caso dos analfabetos) e instituiu o Estado Laico. 
• CONSTITUIÇÃO DE 1934 – A segunda Constituição da República foi elaborada em 
1934, representando a concretização dos primeiros anos de Getúlio Vargas no Poder. 
Teve como características: a constitucionalização dos direitos sociais (principalmente 
direitos trabalhistas), a criação da Justiça Eleitoral, do sufrágio feminino, do voto 
secreto, do mandado de segurança e da ação popular e estabeleceu dois instrumentos 
de reforma constitucional: a revisão e a emenda constitucional. 
• CONSTITUIÇÃO DE 1937 – Trata-se de uma constituição outorgada pelo próprio 
Getúlio Vargas para garantir sua permanência no poder. O regime implantado, 
conhecido como Estado Novo, tinha como características: Concentração de poderes 
ao chefe do Executivo, abolição dos partidos políticos e da liberdade de imprensa, 
mandato presidencial prorrogado até a realização de um plebiscito (que nunca foi 
realizado), estabelecimento da pena de morte; extinção do federalismo e do direito de 
greve do trabalhador.
• CONSTITUIÇÃO DE 1946 – Constituição promulgada após o processo de 
redemocratização, surgido com a queda de Vargas. Principais características: 
restituição do bicameralismo, previsão da função social da propriedade, possibilitando 
a sua desapropriação por interesse social, inclusão de um título atinente à família, à 
cultura e à educação; garantia de direito à greve e a livre associação sindical; assegura 
a liberdade de expressão e opinião, estabelece o equilíbrio entre os poderes e prevê 
expressamente o mandado de segurança para proteger direito líquido e certo não 
amparado por habeas corpus e a ação popular.
• CONSTITUIÇÃO DE 1967- Elaborada durante a ditadura militar, representa um 
documento autoritário que foi complementado por emendas e atos institucionais 
ditatoriais. Principais características: Aumentou os poderes da União e do Poder 
Executivo, atribuindo ao Poder Executivo a competência para legislar em matéria de 
orçamento e segurança, previu a ação de suspensão de direitos políticos e individuais 
e a eleição indireta para Presidente da República, instituiu a pena de morte para crimes 
de segurança nacional e permitiu a expropriação. Criação dos Atos Institucionais, 
sendo o mais conhecido o Ato Institucional n. 5 que determinou o fechamento do 
Congresso Nacional, a cassação dos mandatos eletivos, a suspensão dos direitos 
políticos e liberdades individuai e a proibição de manifestações públicas.
• CONSTITUIÇÃO DE 1969 – Para muitos considerada apenas uma Emenda à 
Constituição de 1967, teve como principais características o aumento do prazo do 
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mandato presidencial para cinco anos, eleições indiretas para a função de governador 
de Estado e extinção das imunidades parlamentares.
• CONSTITUIÇÃO DE 1988 – A Constituição Federal de 1988 representa a concretização 
democrática e a institucionalização dos direitos humanos no Brasil. Além de 
estender a dimensão dos direitos e garantias fundamentais, acrescentando os direitos 
sociais aos direitos civis e políticos, o que corrobora o princípio da indivisibilidade e 
interdependência dos direitos humanos, institui o princípio da aplicabilidade imediata 
dessas normas, conforme §1º de seu artigo 5º. A Constituição dispõe ainda que os 
direitos e garantias expressos na Constituição “não excluem outros decorrentes do 
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a 
República Federativa do Brasil seja parte” (art. 5º, § 2º), ou seja, estende a proteção 
constitucional aos direitos enunciados nos tratados internacionais em que o Brasil 
seja parte, tema que será analisado posteriormente em tópico específico. 
HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES TEMA COBRADO NO V EXAME DA OAB/FGV.
AVANÇO NOS DIREITOS HUMANOS RETROCESSO NOS DIREITOS HUMANOS 
Constituição de 1891
Constituição de 1934
Constituição de 1946
Constituição de 1988
Constituição de 1824
Constituição de 1937
Constituição de 1967
Constituição de 1969
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2. SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS
Após a 2ª Guerra Mundial ganha força a ideia de internacionalização dos Direitos Humanos, 
intensificada sobretudo com a criação do ONU, principal órgão do sistema de proteção global de 
direitos humanos. 
2.1. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)
A Organização da Nações Unidas (ONU) foi criada pela Carta de São Francisco de 1945 para 
substituir a ineficaz Liga das Nações e tem como principais objetivos manter a paz e a segurança 
internacionais, bem como conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas 
internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, e para promover e estimular 
o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, 
sexo, língua ou religião. Transcrevem-se abaixo alguns artigos da Carta de São Francisco que 
entendemos importantes para a prova da OAB: 
Artigo 1. Os propósitos das Nações unidas são:
1. Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente, 
medidas efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra 
qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os 
princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias 
ou situações que possam levar a uma perturbação da paz;
2. Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio 
de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas 
apropriadas ao fortalecimento da paz universal;
3. Conseguir uma cooperação internacionalpara resolver os problemas internacionais 
de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, e para promover e estimular o 
respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção 
de raça, sexo, língua ou religião; 
Artigo 13. 1. A ASSEMBLÉIA GERAL iniciará estudos e fará recomendações, destinados 
a: (...) b) promover cooperação internacional nos terrenos econômico, social, cultural, 
educacional e sanitário e favorecer o pleno gozo dos DIREITOS HUMANOS e das 
liberdades fundamentais, por parte de todos os povos, sem distinção de raça, sexo, 
língua ou religião.
Artigo 55. Com o fim de criar condições de estabilidade e bem estar, necessárias às 
relações pacíficas e amistosas entre as Nações, baseadas no respeito ao princípio da 
igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos, as Nações Unidas favorecerão: 
(…) c) o respeito universal e efetivo dos DIREITOS HUMANOS e das liberdades 
fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.
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PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA ONU 
SECRETARIADO 
Órgão administrativo por excelência, que fornece estudos e 
informações para a ONU. Todo tratado ou acordo internacional 
concluído por qualquer Membro das Nações Unidas deve ser registrado 
e publicado pelo Secretariado.
ASSEMBLEIA GERAL 
Constituída por todos os membros da ONU, com no máximo 5 
representantes por membro, poderá discutir quaisquer questões 
ou assuntos que estiverem dentro das finalidades da ONU e poderá 
também solicitar a atenção do Conselho de Segurança para situações 
que possam constituir ameaça à paz e à segurança internacionais.]
CONSELHO DE 
SEGURANÇA 
É composto por 15 países-membros, 5 (cinco) são permanentes 
(EUA, França, Reino Unido, Rússia e China) e 10 (dez) são temporários. 
A sua principal atribuição é a manutenção da paz e da segurança 
internacionais, podendo determinar a execução de operação de paz em 
países que estão em processo de conflito militar e estabelecer sanções 
internacionais a países que comprometem a paz e a segurança no 
mundo. Todos os membros possuem direito a voto, mas apenas os 
membros permanentes têm direito ao veto, o que é suficiente para 
rejeitar a matéria posta em votação. 
CORTE INTERNACIONAL 
DE JUSTIÇA
Principal órgão judiciário da ONU, sediado em Haia na Holanda, no 
Palácio da Paz, tendo competência jurisdicional e consultiva. Possui 15 
juízes que exercem mandato de 9 anos e gozam de todas as imunidades 
diplomáticas. A Corte Internacional de Justiça funciona apenas com 
o consentimento expresso das partes – “cláusula facultativa de 
jurisdição obrigatória”, mas também emite recomendações quando 
solicitada. Suas decisões são asseguradas pelo Conselho de Segurança.
CONSELHO DE TUTELA
Trata-se de um órgão que visa a assegurar a proteção dos países 
que buscam independência, como no caso da República do Palau, na 
Oceania, em 1994.
O Membro das Nações Unidas que houver violado persistentemente os Princípios contidos 
na Carta da ONU poderá ser expulso da Organização pela Assembleia Geral, mediante 
recomendação do Conselho de Segurança. ( TEMA COBRADO NO IX EXAME DA OAB/FGV.
2.2. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS 
Proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos de 1948 (DUDH) formalmente não é um tratado, mas uma resolução, que tem caráter de 
recomendação. Entretanto, no aspecto material, entende-se majoritariamente que possui natureza 
jus cogens, com força vinculante, inclusive prevalecendo sobre os demais tratados internacionais. 
Sobre o caráter jus cogens da Declaração Universal, importante conhecer o conteúdo dos arts. 
53 e 64 a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, in verbis:
Artigo 53
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Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (jus cogens)
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma 
imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma 
norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela 
comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma 
derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito 
Internacional geral da mesma natureza.
Artigo 64
Superveniência de uma Nova Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (jus cogens) 
Se sobrevier uma nova norma imperativa de Direito Internacional geral, qualquer 
tratado existente que estiver em conflito com essa norma torna-se nulo e extingue-se.
Além da DUDH, somente a Carta da ONU possui status jus cogens, uma vez que o seu art. 103 
estabelece que os Estados-membros devem observá-la mesmo que ela esteja em conflito com 
outro tratado internacional.
Em relação às demais normas de direito internacional, não há hierarquia.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos pode ser dividida em duas partes: do art. 1º ao 
art. 21 e do art. 22 ao art. 30, sendo que a primeira parte correspondente a Direitos Civis e Políticos 
(primeira dimensão) e a segunda a Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (segunda dimensão).
A Declaração Universal de Direitos Humanos não prevê direitos de terceira dimensão (meio 
ambiente, paz, etc.).
Como a Declaração Universal de Direitos Humanos possui natureza de mera Resolução, entendeu-
se que seria melhor codificá-la, a fim de que sua exigibilidade não fosse questionada. Essa codificação 
ocorreu em 1966, na 21ª Assembleia Geral da ONU, com a criação de 2 pactos internacionais: o Pacto 
Internacional de Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e 
Culturais, para agradar os blocos capitalista e socialista, respectivamente.
2.3. PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS (1966) 
O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos trata de direitos de primeira dimensão, 
destacando-se os seguintes: direito à vida; proibição da tortura, de penas e tratamentos cruéis, 
desumanos ou degradantes, proibição da escravidão e do tráfico de escravos; direito à liberdade 
e à segurança pessoais; tratamento humanitário a toda pessoa privada de sua liberdade; proibição 
de prisão pelo descumprimento de obrigação contratual; liberdade de pensamento, de consciência 
e de religião, direito de constituir pessoa jurídica, direito de não sofrer ingerências arbitrárias ou 
ilegais em sua vida privada, família, domicílio e correspondência TEMA COBRADO NO XXVIII 
EXAME DA OAB/FGV, direito de associar-se livremente, inclusive o direito de construir sindicatos .
É importante destacar que o art. 4º, item 1, do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos 
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prevê a possibilidade de um Estado Membro suspender o cumprimento das obrigações do Pacto 
em situações excepcionais que ameacem a existência da nação e sejam proclamadas oficialmente:
Quando situações excepcionais ameacem a existência da nação e sejam proclamadas 
oficialmente, os Estados Partes do presente Pacto podem adotar, na estrita medida exigida 
pela situação, medidas que SUSPENDAM AS OBRIGAÇÕES DECORRENTES DO PRESENTE 
PACTO, desde que tais medidas não sejam incompatíveis com as demais obrigações 
que lhes sejam impostas pelo Direito Internacional e não acarretem discriminação 
alguma apenas por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião ou origem social. TEMA 
COBRADO NO XXXI EXAME DA OAB/FGV 
Há, contudo, 7 (sete) espécies dedireitos cujo cumprimento em hipótese alguma poderá ser 
suspensa (art. 4º, item 2). 
Esses direitos estão previstos nos artigos 6º, 7º, 8º (parágrafos 1º e 2º), 11, 15, 16, e 18, conforme 
abaixo transcrito. 
ARTIGO 6
1. O direito à vida é inerente à pessoa humana. Esse direito deverá ser protegido pela 
lei. Ninguém poderá ser arbitrariamente privado de sua vida.
 2. Nos países em que a pena de morte não tenha sido abolida, esta poderá ser imposta 
apenas nos casos de crimes mais graves, em conformidade com legislação vigente na 
época em que o crime foi cometido e que não esteja em conflito com as disposições 
do presente Pacto, nem com a Convenção sobra a Prevenção e a Punição do Crime 
de Genocídio. Poder-se-á aplicar essa pena apenas em decorrência de uma sentença 
transitada em julgado e proferida por tribunal competente.
3. Quando a privação da vida constituir crime de genocídio, entende-se que nenhuma 
disposição do presente artigo autorizará qualquer Estado Parte do presente Pacto a 
eximir-se, de modo algum, do cumprimento de qualquer das obrigações que tenham 
assumido em virtude das disposições da Convenção sobre a Prevenção e a Punição do 
Crime de Genocídio.
4. Qualquer condenado à morte terá o direito de pedir indulto ou comutação da pena. 
A anistia, o indulto ou a comutação da pena poderá ser concedido em todos os casos.
5. A pena de morte não deverá ser imposta em casos de crimes cometidos por pessoas 
menores de 18 anos, nem aplicada a mulheres em estado de gravidez.
6. Não se poderá invocar disposição alguma do presente artigo para retardar ou impedir 
a abolição da pena de morte por um Estado Parte do presente Pacto.
ARTIGO 7
Ninguém poderá ser submetido à tortura, nem a penas ou tratamento cruéis, 
desumanos ou degradantes. Será proibido sobretudo, submeter uma pessoa, sem seu 
livre consentimento, a experiências médias ou cientificas.
ARTIGO 8
1. Ninguém poderá ser submetido à escravidão; a escravidão e o tráfico de escravos, 
em todos as suas formas, ficam proibidos.
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2. Ninguém poderá ser submetido à servidão. 
 ARTIGO 11
Ninguém poderá ser preso apenas por não poder cumprir com uma obrigação 
contratual.
ARTIGO 15
1. ninguém poderá ser condenado por atos omissões que não constituam delito de 
acordo com o direito nacional ou internacional, no momento em que foram cometidos. 
Tampouco poder-se-á impor pena mais grave do que a aplicável no momento da 
ocorrência do delito. Se, depois de perpetrado o delito, a lei estipular a imposição de 
pena mais leve, o delinquente deverá dela beneficiar-se.
2. Nenhuma disposição do presente Pacto impedirá o julgamento ou a condenação de 
qualquer indivíduo por atos ou omissões que, momento em que forma cometidos, eram 
considerados delituosos de acordo com os princípios gerais de direito reconhecidos 
pela comunidade das nações.
ARTIGO 16
Toda pessoa terá direito, em qualquer lugar, ao reconhecimento de sua personalidade jurídica.
ARTIGO 18
1. Toda pessoa terá direito a liberdade de pensamento, de consciência e de religião. 
Esse direito implicará a liberdade de ter ou adotar uma religião ou uma crença de sua 
escolha e a liberdade de professar sua religião ou crença, individual ou coletivamente, 
tanto pública como privadamente, por meio do culto, da celebração de ritos, de práticas 
e do ensino.
2. Ninguém poderá ser submetido a medidas coercitivas que possam restringir sua 
liberdade de ter ou de adotar uma religião ou crença de sua escolha.
3. A liberdade de manifestar a própria religião ou crença estará sujeita apenas a 
limitações previstas em lei e que se façam necessárias para proteger a segurança, a 
ordem, a saúde ou a moral públicas ou os direitos e as liberdades das demais pessoas.
4. Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a respeitar a liberdade dos 
pais e, quando for o caso, dos tutores legais - de assegurar a educação religiosa e moral 
dos filhos que esteja de acordo com suas próprias convicções.
Os artigos acima transcritos, portanto, não podem, em hipótese alguma, ser relativizados, 
motivo pelo qual são denominados pela doutrina como núcleo duro dos direitos humanos.
Em relação à pena de morte, portanto, o art. 6 do Pacto Internacional Dos Direitos Civis e Políticos 
estabelece que: 
Qualquer condenado à morte terá o direito de pedir indulto ou comutação da pena. A anistia, o 
indulto ou a comutação da pena poderá ser concedido em todos os casos.
Menores de 18 anos e as gestantes não podem ser submetidas à pena de mortes.
Nos países que aboliram a pena de morte, esta não poderá ser restabelecida em nenhuma hipótese.
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É importante destacar, ainda, que o artigo 28 do Pacto Internacional sobre os Direitos 
Civis e Políticos criou o Comitê dos Direitos Humanos, órgão responsável pela fiscalização e 
acompanhamento da efetivação dos direitos previstos no Pacto. 
Artigo 28
1. Constituir-se-á um Comitê de Direitos Humanos (doravante denominado o “Comitê” 
no presente Pacto). O Comitê será composto de dezoito membros e desempenhará as 
funções descritas adiante.
2. O Comitê será integrado por nacionais dos Estados Partes do presente Pacto, os 
quais deverão ser pessoas de elevada reputação moral e reconhecida competência em 
matéria de direito humanos, levando-se em consideração a utilidade da participação de 
algumas pessoas com experiências jurídicas.
3. Os membros do Comitê serão eleitos e exercerão suas funções a título pessoal.
O sistema de controle será feito por relatórios, facultativamente por meio das comunicações 
interestatais e, mediante reconhecimento, do sistema de petições, conforme art. 41: 
Artigo 41
Com base no presente Artigo, todo Estado Parte do presente Pacto poderá declarar, a 
qualquer momento, que reconhece a competência do Comitê para receber e examinar 
as comunicações em que um Estado Parte alegue que outro Estado Parte não vem 
cumprindo as obrigações que lhe impõe o presente Pacto. As referidas comunicações 
só serão recebidas e examinadas nos termos do presente artigo no caso de serem 
apresentadas por um Estado Parte que houver feito uma declaração em que reconheça, 
com relação a si próprio, a competência do Comitê. O Comitê não receberá comunicação 
alguma relativa a um Estado Parte que não houver feito uma declaração dessa natureza.
SISTEMAS DE CONTROLE DO COMITÊ DE DIREITOS HUMANOS
SISTEMA DE RELATÓRIOS
Presente em todas as convenções, devendo o 
Estado signatário enviar relatórios periódicos, que são 
obrigatórios.
COMUNICAÇÕES 
INTERESTATAIS
Ocorre quando um Estado Membro denuncia outro Estado 
pelo descumprimento do Pacto. Trata-se de faculdade, mas o 
Estado não poderá denunciar se não reconhecer que também 
poderá ser denunciado. 
PETIÇÕES INDIVIDUAIS
Trata-se da possibilidade de qualquer cidadão dos Estados 
Membros apresentar petição direta ao Comitê de Direitos 
Humanos, desde que cumpridos os seguintes requisitos: a) O 
Estado Membro deve ter assinado o 1º Protocolo facultativo; 
b) Deve haver o esgotamento dos recursos da jurisdição 
interna (exceto quando há demora injustificada ou não há no 
Estado a observância do devido processo legal) e c) O mesmo 
fato não pode ser objeto de apreciação em outra instância 
internacional. (Ex.: o cidadão apresenta uma petição para o 
comitê da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e 
outra para o Comitê de Diretores Humanos. Trata-se de uma 
espécie de litispendência internacional, que é vedada).
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2.3.1. PRIMEIRO PROTOCOLO FACULTATIVO AO PACTO INTERNACIONAL DOS 
DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS 
O Primeiro Protocolo Facultativo de 1966 prevê o sistema de petições individuais, reconhecendo 
a possibilidade dos cidadãos dos Estados Membros formularem petições individuais (denúncias) 
ao comitê de direitos humanos previsto no Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos. 
O Comitê tem como objetivo fiscalizar o cumprimento das obrigações estabelecidas no pacto 
(órgão de monitoramento). Para que a denúncia seja feita, entretanto, o cidadão deve esgotar 
todas as instâncias nacionais, inclusive jurisdicionais.
Artigo 1º - Os Estados Partes no Pacto que se tornarem Parte no presente Protocolo 
reconhecerão que o Comitê tem competência para receber e examinar comunicações 
provenientes de indivíduos particulares sujeitos à sua jurisdição que aleguem ter sido 
vítimas de uma violação, por esses Estados Partes, de quaisquer dos direitos enunciados 
no Pacto. O Comitê não receberá comunicação alguma relativa a um Estado Parte no 
Pacto que não seja parte no presente Protocolo.
Artigo 2º - Ressalvado o disposto no artigo 1º, o indivíduo que se considerar vítima de 
violação de qualquer dos direitos enunciados no Pacto e que tenha esgotado todos os 
recursos internos disponíveis, poderá apresentar uma comunicação escrita ao Comitê 
para que este a examine.
2.3.2. SEGUNDO PROTOCOLO FACULTATIVO AO PACTO INTERNACIONAL DOS 
DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS 
Artigo 1º
1. Nenhum indivíduo sujeito à jurisdição de um Estado Parte no presente Protocolo 
será executado.
2. Os Estados Partes devem tomar as medidas adequadas para abolir a pena de morte 
no âmbito da sua jurisdição.
Artigo 2º
1. Não é admitida qualquer reserva ao presente Protocolo, exceto a reserva formulada 
no momento da ratificação ou adesão prevendo a aplicação da pena de morte em 
tempo de guerra em virtude de condenação por infracção penal de natureza militar de 
gravidade extrema cometida em tempo de guerra.
2. O Estado que formular uma tal reserva transmitirá ao Secretário-Geral das Nações 
Unidas, no momento da ratificação ou adesão, as disposições pertinentes da respectiva 
legislação nacional aplicável em tempo de guerra.
3. O Estado Parte que haja formulado uma tal reserva notificará o Secretário-Geral das 
Nações Unidas da declaração e do fim do estado de guerra no seu território
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O segundo protocolo facultativo ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos estabelece 
a necessidade de abolição da pena de morte nos países que ainda não a aboliram.
O Protocolo, no entanto, permite que seja feita reserva no momento da ratificação ou adesão, 
prevendo a aplicação da pena de morte em tempo de guerra e em virtude de condenação por 
infração penal de natureza militar de gravidade extrema, cometida em tempo de guerra, o que se 
aproxima da redação do art. art. 5º, XLVII, ‘a’, CF/88. TEMA COBRADO NO XV EXAME DA OAB/
FGV.
O Brasil já aderiu aos dois protocolos facultativos por meio de Decreto Legislativo (em 2009), 
mas falta ainda o Decreto Presidencial. 
2.4. PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS ECONÔMICOS SOCIAIS E CULTURAIS (1966) 
O Pacto Internacional dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais (PIDESC), ratificado pelo 
Brasil em 1992, objetiva estabelecer condições sociais, econômicas e culturais para uma vida digna, 
dispondo que os direitos assegurados pelo pacto devem ser implementados progressivamente, até 
o máximo da capacidade econômica do Estado (cláusula progressiva de realização). 
1. Cada Estado Parte do presente Pacto compromete-se a adotar medidas, tanto por 
esforço próprio como pela assistência e cooperação internacionais, principalmente 
nos planos econômico e técnico, até o máximo de seus recursos disponíveis, que visem 
assegurar, progressivamente, por todos os meios apropriados, o pleno exercício dos direitos 
reconhecidos no presente Pacto, incluindo, em particular, a adoção de medidas legislativas.
2. Os Estados Partes do presente pacto comprometem-se a garantir que os direitos 
nele enunciados se exercerão sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, 
língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, situação 
econômica, nascimento ou qualquer outra situação. 
3. Os países em desenvolvimento, levando devidamente em consideração os direitos 
humanos e a situação econômica nacional, poderão determinar em que medida 
garantirão os direitos econômicos reconhecidos no presente Pacto àqueles que não 
sejam seus nacionais.
Dentre os direitos assegurados pelo PIDESC destacamos os seguintes: 
DIREITOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS: 
• Liberdade de escolha para o trabalho (art. 6º).
• Salário equitativo e remuneração igual por um trabalho de igual valor, dispondo que 
as mulheres deverão ter a garantia de condições de trabalho não inferiores às dos 
homens e perceber a mesma
• remuneração que eles, por trabalho igual (art. 7º, item 2). 
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• Condições de trabalho seguras e higiênicas (art. 7º, item 4)
• Descanso, lazer, limitação razoável das horas de trabalho e férias periódicas 
remuneradas (art. 7º, item 6).
• Direito de fundação e filiação a sindicatos e direito de greve (art. 8º).
• Direito de toda pessoa à previdência social, inclusive ao seguro social (art. 9º).
DIREITOS DE FAMÍLIA 
• Proteção à família e educação dos filhos (art. 10, item 1).
• Proteção especial às mães por um período de tempo razoável antes e depois do 
parto (art. 10, item 2).
• O Estado deve garantir alimentação, vestimenta e moradia adequadas para as 
pessoas e suas famílias (art. 11). 
DIREITO À SAÚDE 
• Direito de toda pessoa de desfrutar o mais elevado nível de saúde física e mental.
• Os Estados-partes devem adotar, para assegurar o direito à saúde, medidas 
para: diminuição da mortinatalidade e da mortalidade infantil, melhoria de todos os 
aspectos de higiene do trabalho e do meio ambiente, prevenção e o tratamento das 
doenças epidêmicas, endêmicas e profissionais, bem como criação de condições que 
assegurem a todos assistência médica e serviços médicos em caso de enfermidade.
DIREITO À EDUCAÇÃO 
• A educação primária deverá ser obrigatória e acessível gratuitamente a todos.
• A educação secundária em suas diferentes formas, inclusive a educação secundária 
técnica e profissional, deverá ser generalizada e tornar-se acessível a todos.
• A educação de nível superior deverá igualmente tornar-se acessível a todos, com 
base na capacidade de cada um, por todos os meios apropriados e, principalmente, 
pela implementação progressiva do ensino gratuito.
DIREITOS CULTURAIS 
• Cada indivíduo o direito de: 1) Participar da vida cultural; 2) Desfrutar o progresso 
científico e suas aplicações e 3) Beneficiar-se da proteção dos interesses morais e materiais 
decorrentes de toda a produção científica, literária ou artística de que seja autor.
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2.4.1. PROTOCOLO FACULTATIVO AO PIDESC
Diferentemente do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, o PIDESC não estabeleceu, 
em sua redação originária, um órgão específico para análise dos relatórios encaminhados pelos 
Estados Parte, de modo que essa análise, a princípio, ficaria a cargo do Conselho Econômico e 
Social da ONU. 
Para suprir essa lacuna, houve e edição do protocolo facultativo, que prevê justamente a criação do 
Comitê de Direitos Sociais, Econômicos e Sociaispara receber e analisar comunicações individuais e 
dos Estados, bem como a possibilidade de medidas de urgência e de fiscalização in loco. 
REDAÇÃO DO PIDESC PROTOCOLO FACULTATIVO AO PIDESC 
Não houve a criação de órgão específico e o sistema 
de monitoramento é feito apenas por meio de relatórios 
dos Estados. 
Houve a Criação do Comitê de Direitos Sociais, 
Econômicos e Sociais, que possui atribuição para 
analisar relatórios dos Estados, petições individuais, 
prevendo-se ainda a possibilidade de medidas 
cautelares e fiscalização in loco. 
Deve-se frisar, entretanto, que o protocolo estabelece que o Comitê não deverá receber 
nenhuma comunicação de um Estado Parte que não tenha aderido ao Protocolo Facultativo.
O Brasil ainda não ratificou o Protocolo Facultativo. 
A Declaração dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e políticos e o 
PIDESC formam a denominada “Carta Internacional dos Direitos Humanos”. 
2.5. CONVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO E REPRESSÃO DO CRIME DE GENOCÍDIO (1948)
Ratificada pelo Brasil em 1952, a Convenção estabelece que o genocídio, em tempo de paz 
ou de guerra, é um crime contra o Direito Internacional, comprometendo-se os Estados partes a 
preveni-lo e puni-lo. 
Considera-se crime de genocídio qualquer dos seguintes atos, cometidos com a 
intenção de destruir no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso: a) 
matar membros do grupo; b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros 
do grupo; c) submeter intencionalmente o grupo a condição de existência capazes de 
ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial; d) adotar medidas destinadas a impedir 
os nascimentos no seio de grupo e e) efetuar a transferência forçada de crianças do 
grupo para outro grupo. TEMA COBRADO NO IX EXAME DA OAB/FGV.
Além do genocídio propriamente dito, serão punidos a associação de pessoas e a incitação 
direta e pública a cometer o genocídio, bem como a tentativa e a coautoria.
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As pessoas acusadas de genocídio ou qualquer dos outros atos ora citados serão julgadas 
pelos tribunais competentes do Estado em cujo território foi o ato cometido ou pela Corte Penal 
Internacional competente, no caso, o Tribunal Penal Internacional, posteriormente criado pelo 
Estatuto de Roma de 1998.
Além disso, o genocídio e os outros atos citados não serão considerados crimes políticos para 
efeitos de extradição, comprometendo-se as Partes Contratantes a conceder a extradição de acordo 
com sua legislação e com os tratados em vigor. As pessoas que tiverem cometido o genocídio ou 
qualquer dos outros atos enumerados serão punidas, sejam governistas, funcionários ou particulares.
2.6. CONVENÇÃO INTERNACIONAL PARA A PROTEÇÃO DE TODAS AS PESSOAS 
CONTRA O DESAPARECIMENTO FORÇADO
Ratificada pelo Brasil em 2010, a Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas 
contra o Desaparecimento Forcado dispõe que nenhuma circunstância excepcional, seja estado de 
guerra ou ameaça de guerra, instabilidade política interna ou qualquer outra emergência pública, 
poderá ser invocada como justificativa para o desaparecimento forçado.
Considera-se “desaparecimento forçado” a prisão, a detenção, o sequestro ou qualquer outra 
forma de privação de liberdade que seja perpetrada por agentes do Estado ou por pessoas ou 
grupos de pessoas agindo com a autorização, apoio ou aquiescência do Estado, e a subsequente 
recusa em admitir a privação de liberdade ou a ocultação do destino ou do paradeiro da pessoa 
desaparecida privando-a assim da proteção da lei.
A caracterização do desaparecimento forcado depende, portanto, de dois requisitos: a) qualquer 
forma de privação de liberdade por agentes do Estado ou por pessoas ou grupos de pessoas 
agindo com autorização, apoio ou consentimento do Estado e b) recusa em reconhecer a privação 
de liberdade ou o encobrimento do destino ou do paradeiro da pessoa desaparecida, colocando-a, 
assim, fora do âmbito de proteção da lei. TEMA COBRADO NO XV EXAME DA OAB/FGV
2.7. CONVENÇÃO CONTRA TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS OU PENAS 
CRUÉIS, DESUMANOS E DEGRADANTES (1984)
Ratificada pelo Brasil em 1991, a Convenção determina que se considera tortura qualquer ato pelo 
qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a 
fim de obter, dela ou de terceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por ato que ela ou 
terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir esta pessoa 
ou outras pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discriminação de qualquer natureza; quando 
tais dores ou sofrimentos são infligidos por um funcionário público ou outra pessoa no exercício de 
funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência. 
Em nenhum caso poderão invocar-se circunstâncias excepcionais tais como ameaça ou estado 
de guerra, instabilidade política interna ou qualquer outra emergência pública como justificação 
para tortura. Da mesma forma, a ordem de um funcionário superior ou de uma autoridade pública 
não poderá ser invocada como justificação para a tortura.
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Não se considera tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência unicamente de 
sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram. 
A Convenção veda ainda expressamente à expulsão, devolução ou extradição de uma pessoa 
para outro Estado, quando houver razões substanciais para crer que a mesma corre perigo de ali 
ser submetida a tortura.
Para fins processuais, cada Estado-parte assegurará que nenhuma declaração que se demonstre 
ter sido prestada como resultado de tortura possa ser invocada como prova em qualquer processo, 
salvo contra uma pessoa acusada de tortura como prova de que a declaração foi prestada.
Cada Estado-parte se compromete ainda a proibir, em qualquer território sob a sua jurisdição, 
outros atos que constituam tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes que não 
constituam tortura e sejam cometidos por funcionário público ou outra pessoa no exercício de 
funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência.
Vejamos outros documentos internacionais que o Brasil é signatário que proíbem a tortura. 
Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Art. 5º - Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano 
ou degradante.
Convenção Americana de Direitos Humanos:
Artigo 5º - Direito à integridade pessoal
1. Toda pessoa tem direito a que se respeite sua integridade física, psíquica e moral.
2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou 
degradantes. Toda pessoa privada de liberdade deve ser tratada com o respeito devido 
à dignidade inerente ao ser humano.
Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos:
Art. 7º - Ninguém poderá ser submetido à tortura, nem a penas ou tratamento cruéis, 
desumanos ou degradantes. Será proibido sobretudo, submeter uma pessoa, sem seu 
livre consentimento, a experiências médicas ou cientificas.
No âmbito interno, é importante destacar a existência do art. 5º, III, da CF/88 (“ninguém será 
submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”) da Lei n. 9.455/97, que trata 
especificamente do crime de tortura, bem como da Lei nº 12.847/2013, que cria o Sistema Nacional 
de Prevenção e Combate à Tortura (SNPCT). 
O SNPCT será composto pelo Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT), 
pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), pelo Conselho Nacional de 
Política Criminal e Penitenciária (CNPCP)e pelo órgão do Ministério da Justiça responsável pelo 
sistema penitenciário nacional.
O Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT) é órgão integrante da 
estrutura da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, sendo responsável pela 
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prevenção e combate à tortura e a outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes, 
competindo-lhe planejar, realizar e monitorar visitas periódicas e regulares a pessoas privadas de 
liberdade em todas as unidades da Federação, para verificar as condições de fato e de direito a que 
se encontram submetidas. TEMA COBRADO NO XV EXAME 1DA OAB/FGV.
ATENÇÃO: Os Estados poderão criar o Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura 
- MEPCT, órgão responsável pela prevenção e combate à tortura e a outros tratamentos ou 
penas cruéis, desumanos ou degradantes, no âmbito estadual (§ 5º do art. 18º). 
Dois temas muito importantes sobre o MNPCT dizem respeito à sua competência e às suas 
prerrogativas, conforme artigos 9 e 10 da Lei nº 12.847/2013, abaixo transcritos:
Art. 9º Compete ao MNPCT:
I - planejar, realizar e monitorar visitas periódicas e regulares a pessoas privadas de 
liberdade em todas as unidades da Federação, para verificar as condições de fato e de 
direito a que se encontram submetidas;
II - articular-se com o Subcomitê de Prevenção da Organização das Nações Unidas, 
previsto no Artigo 2 do Protocolo Facultativo à Convenção das Nações Unidas contra a 
Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, promulgado 
pelo Decreto nº 6.085, de 19 de abril de 2007, de forma a dar apoio a suas missões no 
território nacional, com o objetivo de unificar as estratégias e políticas de prevenção da 
tortura e de outros tratamentos e práticas cruéis, desumanos ou degradantes;
III - requerer à autoridade competente que instaure procedimento criminal e 
administrativo mediante a constatação de indícios da prática de tortura e de outros 
tratamentos e práticas cruéis, desumanos ou degradantes;
IV - elaborar relatório circunstanciado de cada visita realizada nos termos do inciso I e, 
no prazo máximo de 30 (trinta) dias, apresentá-lo ao CNPCT, à Procuradoria-Geral da 
República e às autoridades responsáveis pela detenção e outras autoridades competentes;
V - elaborar, anualmente, relatório circunstanciado e sistematizado sobre o conjunto de 
visitas realizadas e recomendações formuladas, comunicando ao dirigente imediato do 
estabelecimento ou da unidade visitada e ao dirigente máximo do órgão ou da instituição 
a que esteja vinculado o estabelecimento ou unidade visitada de qualquer dos entes 
federativos, ou ao particular responsável, do inteiro teor do relatório produzido, a fim de 
que sejam solucionados os problemas identificados e o sistema aprimorado;
VI - fazer recomendações e observações às autoridades públicas ou privadas, 
responsáveis pelas pessoas em locais de privação de liberdade, com vistas a garantir a 
observância dos direitos dessas pessoas;
VII - publicar os relatórios de visitas periódicas e regulares realizadas e o relatório 
anual e promover a difusão deles;
VIII - sugerir propostas e observações a respeito da legislação existente; e
IX - elaborar e aprovar o seu regimento interno.
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§ 1º A atuação do MNPCT dar-se-á sem prejuízo das competências atribuídas aos demais 
órgãos e entidades que exerçam funções semelhantes.
§ 2º Nas visitas previstas no inciso I do caput, o MNPCT poderá ser representado por 
todos os seus membros ou por grupos menores e poderá convidar representantes de 
entidades da sociedade civil, peritos e especialistas com atuação em áreas afins.
§ 3º A seleção de projetos que utilizem recursos oriundos do Fundo Penitenciário 
Nacional, do Fundo Nacional de Segurança Pública, do Fundo Nacional do Idoso e do 
Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente deverá levar em conta as recomendações 
formuladas pelo MNPCT.
§ 4º O Departamento de Polícia Federal e o Departamento de Polícia Rodoviária Federal 
prestarão o apoio necessário à atuação do MNPCT.
Art. 10. São assegurados ao MNPCT e aos seus membros:
I - a autonomia das posições e opiniões adotadas no exercício de suas funções;
II - o acesso, independentemente de autorização, a todas as informações e registros 
relativos ao número, à identidade, às condições de detenção e ao tratamento conferido 
às pessoas privadas de liberdade; TEMA COBRADO NO XXIII EXAME DA OAB/FGV. 
III - o acesso ao número de unidades de detenção ou execução de pena privativa de 
liberdade e a respectiva lotação e localização de cada uma;
IV - o acesso a todos os locais arrolados no inciso II do caput do art. 3o, públicos e 
privados, de privação de liberdade e a todas as instalações e equipamentos do local;
V - a possibilidade de entrevistar pessoas privadas de liberdade ou qualquer outra pessoa 
que possa fornecer informações relevantes, reservadamente e sem testemunhas, em 
local que garanta a segurança e o sigilo necessários;
VI - a escolha dos locais a visitar e das pessoas a serem entrevistadas, com a possibilidade, 
inclusive, de fazer registros por meio da utilização de recursos audiovisuais, respeitada 
a intimidade das pessoas envolvidas; e
VII - a possibilidade de solicitar a realização de perícias oficiais, em consonância com 
as normas e diretrizes internacionais e com o art. 159 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de 
outubro de 1941 - Código de Processo Penal.
§ 1º As informações obtidas pelo MNPCT serão públicas, observado o disposto na Lei no 
12.527, de 18 de novembro de 2011.
§ 2º O MNPCT deverá proteger as informações pessoais das pessoas privadas de liberdade, 
de modo a preservar sua segurança, intimidade, vida privada, honra ou imagem, sendo 
vedada a publicação de qualquer dado pessoal sem o seu consentimento expresso.
§ 3º Os documentos e relatórios elaborados no âmbito das visitas realizadas pelo 
MNPCT nos termos do inciso I do caput do art. 9º poderão produzir prova em juízo, de 
acordo com a legislação vigente.
§ 4º Não se prejudicará pessoa, órgão ou entidade por ter fornecido informação ao 
MNPCT, assim como não se permitirá que nenhum servidor público ou autoridade tolere 
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ou lhes ordene, aplique ou permita sanção relacionada com esse fato.
2.8. CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA
Ratificada pelo Brasil em 1990, a Convenção sobre os Direitos da Criança estabelece que os 
Estados Partes tomarão todas as medidas apropriadas para assegurar a proteção da criança 
contra toda forma de discriminação ou castigo por causa da condição, das atividades, das opiniões 
manifestadas ou das crenças de seus pais, representantes legais ou familiares.
Transcrevemos abaixo os artigos que consideramos mais importantes para a prova da OAB/FGV: 
Artigo 1
Para efeitos da presente Convenção considera-se como criança todo ser humano com 
menos de dezoito anos de idade, a não ser que, em conformidade com a lei aplicável à 
criança, a maioridade seja alcançada antes.
Artigo 9
1. Os Estados Partes deverão zelar para que a criança não seja separada dos pais 
contra a vontade dos mesmos, exceto quando, sujeita à revisão judicial, as autoridades 
competentes determinarem, em conformidade com a lei e os procedimentos legais 
cabíveis, que tal separação é necessária ao interesse maior da criança. Tal determinação 
pode ser necessária em casos específicos, por exemplo, nos casos em que acriança 
sofre maus tratos ou descuido por parte de seus pais ou quando estes vivem separados 
e uma decisão deve ser tomada a respeito do local da residência da criança.
2. Caso seja adotado qualquer procedimento em conformidade com o estipulado no 
parágrafo 1 do presente artigo, todas as partes interessadas terão a oportunidade de 
participar e de manifestar suas opiniões.
3. Os Estados Partes respeitarão o direito da criança que esteja separada de um ou de 
ambos os pais de manter regularmente relações pessoais e contato direto com ambos, 
a menos que isso seja contrário ao interesse maior da criança.
4. Quando essa separação ocorrer em virtude de uma medida adotada por um Estado 
Parte, tal como detenção, prisão, exílio, deportação ou morte (inclusive falecimento 
decorrente de qualquer causa enquanto a pessoa estiver sob a custódia do Estado) 
de um dos pais da criança, ou de ambos, ou da própria criança, o Estado Parte, 
quando solicitado, proporcionará aos pais, à criança ou, se for o caso, a outro familiar, 
informações básicas a respeito do paradeiro do familiar ou familiares ausentes, a não 
ser que tal procedimento seja prejudicial ao bem-estar da criança. Os Estados Partes 
se certificarão, além disso, de que a apresentação de tal petição não acarrete, por si só, 
consequências adversas para a pessoa ou pessoas interessadas.
Artigo 10
1. De acordo com a obrigação dos Estados Partes estipulada no parágrafo 1 do Artigo 9, 
toda solicitação apresentada por uma criança, ou por seus pais, para ingressar ou sair 
de um Estado Parte com vistas à reunião da família, deverá ser atendida pelos Estados 
Partes de forma positiva, humanitária e rápida. Os Estados Partes assegurarão, ainda, 
que a apresentação de tal solicitação não acarretará consequências adversas para os 
solicitantes ou para seus familiares.
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2. A criança cujos pais residam em Estados diferentes terá o direito de manter, periodicamente, 
relações pessoais e contato direto com ambos, exceto em circunstâncias especiais (...). 
Artigo 12
1. Os Estados Partes assegurarão à criança que estiver capacitada a formular seus 
próprios juízos o direito de expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos 
relacionados com a criança, levando-se devidamente em consideração essas opiniões, 
em função da idade e maturidade da criança.
2. Com tal propósito, se proporcionará à criança, em particular, a oportunidade de ser 
ouvida em todo processo judicial ou administrativo que afete a mesma, quer diretamente 
quer por intermédio de um representante ou órgão apropriado, em conformidade com 
as regras processuais da legislação nacional.
Artigo 13
1. A criança terá direito à liberdade de expressão. Esse direito incluirá a liberdade de 
procurar, receber e divulgar informações e ideias de todo tipo, independentemente de 
fronteiras, de forma oral, escrita ou impressa, por meio das artes ou por qualquer outro 
meio escolhido pela criança.
2. O exercício de tal direito poderá estar sujeito a determinadas restrições, que serão 
unicamente as previstas pela lei e consideradas necessárias:
a) para o respeito dos direitos ou da reputação dos demais, ou
b) para a proteção da segurança nacional ou da ordem pública, ou para proteger a 
saúde e a moral públicas.
Artigo 17
Os Estados Partes reconhecem a função importante desempenhada pelos meios de 
comunicação e zelarão para que a criança tenha acesso a informações e materiais 
procedentes de diversas fontes nacionais e internacionais, especialmente informações 
e materiais que visem a promover seu bem-estar social, espiritual e moral e sua saúde 
física e mental. Para tanto, os Estados Partes:
a) incentivarão os meios de comunicação a difundir informações e materiais de interesse 
social e cultural para a criança, de acordo com o espírito do artigo 29;
b) promoverão a cooperação internacional na produção, no intercâmbio e na divulgação 
dessas informações e desses materiais procedentes de diversas fontes culturais, 
nacionais e internacionais;
c) incentivarão a produção e difusão de livros para crianças;
d) incentivarão os meios de comunicação no sentido de, particularmente, considerar as 
necessidades linguísticas da criança que pertença a um grupo minoritário ou que seja 
indígena; TEMA COBRADO NO VIII EXAME DA OAB/FGV.
2.9. ESTATUTO DE ROMA 
O Estatuto de Roma é o diploma que criou o Tribunal Penal Internacional (TPI), tendo sido 
devidamente incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro pelo Decreto n. 4.388/02, de 25 de 
setembro de 2002.
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O TPI foi criado como resposta aos Tribunais ad hoc de Nuremberg e de Tóquio, criados para 
julgamento de crimes cometidos durante a 2ª Guerra Mundial, muito criticados por terem sido 
instituídos após o cometimento dos crimes, afrontando os princípios da legalidade, da anterioridade 
e do juiz natural. 
O Tribunal Penal Internacional, com personalidade jurídica internacional própria, possui caráter 
permanente e independente, respeitando os princípios da legalidade, da anterioridade e do juiz natural, 
distinguindo-se, portanto, dos tribunais de exceção (ad hoc). TEMA COBRADO NO XIII EXAME DA 
OAB.
Registra-se ainda a existência do princípio da complementaridade, segundo o qual o TPI atuará 
apenas de forma complementar à jurisdição dos Estados. Em outras palavras, a competência 
originária para o julgamento dos crimes previstos no Estatuto de Roma é do próprio Estado, 
sendo que o TPI somente atua se o Estado se mantiver inerte ou se mostrar leniente.
Os crimes de competência do TPI atingem direitos difusos e coletivos no âmbito das relações 
exteriores, conforme artigo 5º do Estatuto de Roma. 
Art. 5º 
Crimes da Competência do Tribunal
1. A competência do Tribunal restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a 
comunidade internacional no seu conjunto. Nos termos do presente Estatuto, o Tribunal 
terá competência para julgar os seguintes crimes:
a) O crime de genocídio;
Entende-se por “genocídio”, qualquer um dos atos que a seguir se enumeram, praticado 
com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, 
enquanto tal: a) Homicídio de membros do grupo; b) Ofensas graves à integridade física ou 
mental de membros do grupo; c) Sujeição intencional do grupo a condições de vida com vista a 
provocar a sua destruição física, total ou parcial; d) Imposição de medidas destinadas a impedir 
nascimentos no seio do grupo; e) Transferência, à força, de crianças do grupo para outro grupo. 
b) Crimes contra a humanidade;
Entende-se por “crime contra a humanidade”, qualquer um dos atos seguintes, quando 
cometido no quadro de um ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer população 
civil, havendo conhecimento desse ataque: a) Homicídio; b) Extermínio; c) Escravidão; d) 
Deportação ou transferência forçada de uma população; e) Prisão ou outra forma de privação da 
liberdade física grave, em violação das normas fundamentais de direito internacional; f) Tortura; 
g) Agressão sexual, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, esterilização 
forçada ou qualquer outra forma de violência no campo sexual de gravidade comparável; h) 
Perseguição de um grupo ou coletividade que possa ser identificado, por motivos políticos, 
raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos ou de gênero, tal como definido no parágrafo 
3º, ou em função de outros critérios universalmente reconhecidos como inaceitáveis no direito 
internacional, relacionados com qualquer ato referido neste parágrafo ou com qualquer crime 
da competência do Tribunal; i) Desaparecimento forçadode pessoas; j) Crime de apartheid; 
k) Outros atos desumanos de caráter semelhante, que causem intencionalmente grande 
sofrimento, ou afetem gravemente a integridade física ou a saúde física ou mental.
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c) Crimes de guerra;
d) O crime de agressão.
2. O Tribunal poderá exercer a sua competência em relação ao crime de agressão desde 
que, nos termos dos artigos 121 e 123, seja aprovada uma disposição em que se defina o 
crime e se enunciem as condições em que o Tribunal terá competência relativamente a 
este crime. Tal disposição deve ser compatível com as disposições pertinentes da Carta 
das Nações Unidas.
É importante ressaltar que o TPI julga indivíduos e não Estados TEMA COBRADO NO XIII 
EXAME DA OAB/FGV. 
Além disso, como regra geral, o TPI julga apenas indivíduos de Estados que tenham ratificado 
o Estatuto de Roma, salvo quando:
a) houver indicação de investigação do Estado pelo Conselho de Segurança da ONU;
b) um indivíduo de Estado não signatário do TPI adentrar no território de Estado 
que seja signatário.
O Estatuto de Roma possui status de norma supralegal, já que incorporado ao ordenamento 
jurídico brasileiro na forma do art. 5º, § 2º, da CF/88. 
O art. 89 do Estatuto de Roma, por sua vez, prevê a entrega de pessoas ao TPI, o que não se 
confunde com extradição. Enquanto a extradição é um instituto que se realiza entre Estados, a 
entrega efetiva-se entre um Estado e o TPI. Desse modo, o brasileiro nato pode sim ser julgado 
pelo TPI, não se tratando de ofensa ao art. 5º, LI, da CF/88, que veda a extradição.
ENTREGA EXTRADIÇÃO
Efetiva-se entre um Estado e o TPI
É possível a entrega de brasileiro nato
Instituto que se realiza entre Estados
Não se permite a extradição de brasileiro nato
Deve-se ressaltar ainda que os crimes da competência do TPI são imprescritíveis.
A sentença proferida pelo TPI é sentença internacional (e não estrangeira), de modo que não 
precisa de homologação pelo STJ para produzir efeitos no território brasileiro. 
2.10. CONVENÇÃO SOBRE ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE 
DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER
Promulgada pelo Decreto 4.377/2002, a Convenção estabelece que a expressão “discriminação 
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contra a mulher” significa toda a distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha 
por objeto ou resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher, 
independentemente de seu estado civil, com base na igualdade do homem e da mulher, dos direitos 
humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural e civil ou em 
qualquer outro campo.
Os Estados-Partes tomarão todas as medidas apropriadas, inclusive de caráter legislativo, para 
suprimir todas as formas de tráfico de mulheres e exploração da prostituição da mulher.
A Convenção permite ainda que o Estado-parte adote, de forma temporária, ações afirmativas 
para garantir a igualdade entre gêneros, conforme artigo art. 4º, in verbis: 
“A adoção pelos Estados-Partes de medidas especiais de caráter temporário destinadas 
a acelerar a igualdade de fato entre o homem e a mulher não se considerará 
discriminação na forma definida nesta Convenção, mas de nenhuma maneira implicará, 
como consequência, a manutenção de normas desiguais ou separadas; essas medidas 
cessarão quando os objetivos de igualdade de oportunidade e tratamento houverem 
sido alcançados».
Com o fim de examinar os progressos alcançados na aplicação da Convenção, estabeleceu-se 
um Comitê sobre a eliminação da discriminação contra a mulher, composto por peritos eleitos pelos 
Estados-Partes entre seus nacionais e que exercerão suas funções a título pessoal, levando-se em 
conta uma repartição geográfica equitativa e a representação das formas diversas de civilização 
assim como dos principais sistemas jurídicos.
A Convenção sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a mulher 
foi completada pelo Protocolo facultativo, também ratificado pelo Brasil, onde se prevê 
expressamente a apresentação de denúncias ao Comitê sobre violação dos direitos por ela 
consagrados, conforme seu art. 2º:
 “As comunicações podem ser apresentadas por indivíduos ou grupos de indivíduos, 
que se encontrem sob a jurisdição do Estado Parte e aleguem ser vítimas de violação 
de quaisquer dos direitos estabelecidos na Convenção por aquele Estado Parte, ou 
em nome desses indivíduos ou grupos de indivíduos. Sempre que for apresentada em 
nome de indivíduos ou grupos de indivíduos, a comunicação deverá contar com seu 
consentimento, a menos que o autor possa justificar estar agindo em nome deles sem o 
seu consentimento.” TEMA COBRADO NO VI EXAME DA OAB/FGV.
As comunicações devem ser feitas por escrito e não podem ser anônimas. Nenhuma 
comunicação relacionada a um Estado Parte da Convenção que não seja parte do Protocolo será 
recebida pelo Comitê.
Além disso, o Comitê não considerará a comunicação, exceto se tiver reconhecido que todos os 
recursos da jurisdição interna foram esgotados ou que a utilização desses recursos estaria sendo 
protelada além do razoável ou deixaria dúvida quanto a produzir o efetivo amparo.
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2.11. CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi ratificada pelo Brasil em 2008, 
com status de emenda constitucional, já que aprovada pelo procedimento do § 3º do art. 5º da 
CF/88: 
Artigo 5º
(...)
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos 
votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. -;
De acordo com a Convenção, são consideradas pessoas com deficiência aquelas que têm 
impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em 
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em 
igualdades de condições com as demais pessoas.
Já o art. 2º da Convenção traz os conceitos de discriminação por motivo de deficiência e de 
adaptação razoável:
Artigo 2
(…)
“Discriminação por motivo de deficiência” significa qualquer diferenciação, exclusão ou 
restrição baseada em deficiência, com o propósito ou efeito de impedir ou impossibilitar 
o reconhecimento, o desfrute ou o exercício, em igualdade de oportunidades com as 
demais pessoas, de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais nos âmbitos 
político, econômico, social, cultural, civil ou qualquer outro. Abrange todas as formas de 
discriminação, inclusive a recusa de adaptação razoável;
 “Adaptação razoável” significa as modificações e os ajustes necessários e adequados 
que não acarretem ônus desproporcional ou indevido, quando requeridos em cada 
caso, a fim de assegurar que as pessoas com deficiência possam gozar ou exercer, 
em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos humanos e 
liberdades fundamentais;
O Protocolo Facultativo da Convenção, também ratificado pelo Brasil, prevê a competência do 
Comitê sobre Direitos das Pessoas com Deficiência para receber e analisar comunicações feitas 
por indivíduos ou grupos de pessoas, ou em nome delas, sob a jurisdição de um Estado-parte, 
alegando serem vítimas de violação de quaisquer dos direitos referidos na Convenção.
Ressalta-se, ainda, que o Comitê poderá realizar visita ao país denunciado exigindo explicações

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