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Introdução à Consultoria de Segurança

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15/02/2024, 12:48 Introdução à Consultoria de Segurança
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07586/index.html# 1/50
Introdução à Consultoria de Segurança
Prof. Roberto Vianna
Descrição
Você vai ser capaz de identificar as características de uma consultoria
em segurança e do perfil do consultor que atua na área. Trabalhará a
avaliação de cenários e como selecionar as principais metodologias que
o auxiliarão em sua análise.
Propósito
O consultor de segurança deve ser o primeiro a justificar a importância
do seu trabalho. Não se trata apenas de oferecer atividades de
segurança para o cliente, mas visualizar o cenário no qual ele atua e
prospectar recursos existentes e exequíveis, que sejam mais adequados
para o objetivo que se deseja atingir com a consultoria.
Preparação
Antes de iniciar seu estudo, recomendamos a leitura prévia do Código
de Ética do Consultor produzido pela Associação Brasileira de
Consultores, tendo sua última revisão aprovada em 31 de março de
2022.
Objetivos
Módulo 1
Consultoria de segurança
Identificar as características de uma consultoria e do profissional que
a realiza.
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Módulo 2
Preparação dentro de um cenário
arriscado
Avaliar cenários, seus riscos, impactos e como tratá-los.
Módulo 3
Consultoria de segurança como
produto
Relacionar o papel do cliente na realização da consultoria e na
construção do projeto.
Módulo 4
Modelando a consultoria de
segurança
Identificar os tipos de consultoria, com base nas classificações
existentes, para a prestação adequada do serviço.
Introdução
Quando vamos ao consultório, seja de um profissional da saúde
ou do direito, estamos atrás de orientação técnica.
Reconhecemos que aquela pessoa que nos atenderá tem
conhecimento e experiência para nos orientar, seja para
sanarmos um problema que nos acomete, seja para melhorarmos
algum ponto específico.
Esses “consultores” se especializaram em determinada área do
saber, adquiriram expertise em tratar daquele assunto particular e
seguem uma metodologia muito parecida. Procuram nos ouvir,
examinam os documentos que levamos e apresentam um roteiro
para tentar solucionar nosso caso.
Assim também acontece com as empresas que operam no
mercado e com pessoas em relação à segurança.

15/02/2024, 12:48 Introdução à Consultoria de Segurança
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07586/index.html# 3/50
Em algum momento, no processo de construir seu negócio, o
administrador percebe que precisa garantir a segurança de seus
ativos, sejam os funcionários, os equipamentos, os produtos ou
serviços.
Ele pode conhecer muito do seu ofício, seja ele qual for, mas
dependerá de ajuda para pensar sobre como ser o mais efetivo
possível nessa proteção.
Nesse ponto, o empresário estará pronto para solicitar
assessoramento. Ele pode contratar imediatamente uma
empresa de segurança, confiando que isso seja o suficiente, ou
pode se valer de uma consultoria para até mesmo analisar se é
necessária a contratação de vigilantes.
O conteúdo deste material tem por objetivo ajudar você, consultor
em exercício ou potencial, a conhecer como é operacionalizado
esse trabalho de consultoria. Como um projeto prospectivo pode
atender ao seu cliente e projetar você e sua empresa de forma
positiva no mercado.
1 - Consultoria de segurança
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as
características de uma consultoria e do pro�ssional que a realiza.
Consultoria da indústria da
segurança
No vídeo a seguir, explicaremos e daremos alguns exemplos dos
conceitos básicos de consultoria, perfil do consultor e ética na
consultoria.
15/02/2024, 12:48 Introdução à Consultoria de Segurança
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Conceitos básicos
Podemos definir “consultoria” como o serviço prestado por um ou mais
profissionais com conhecimento e know-how sobre determinado
assunto. Esses consultores analisam quais são as necessidades e os
desejos de seus contratantes, valendo-se de ferramentas e processos
para diagnósticos e levantamento de dados. Em seguida, apresentam
propostas de reformulação de um ou mais aspectos para que sejam
operadas as mudanças de forma orientada. Os consultores também
podem reavaliar se as soluções funcionaram como o esperado.
Essa é a grande vantagem que administradores enxergam no consultor:
ele é um especialista no assunto e conhece as melhores práticas do
mercado. Através disso, traz para a análise um olhar de fora, neutro,
crítico daquelas rotinas do contratante.
Observe que a empresa já começa a ganhar quanto tem a oportunidade
para trocar conhecimentos e experiências com o seu consultor.
Per�l do consultor
O que objetivam
essas mudanças?
Resposta
Sempre trabalhamos com a ideia de que
consultores são contratados apenas quando
algo está errado. Não é somente nesses
casos que eles atuam. Eles também podem
ser chamados para melhorar um
determinado ponto. Uma empresa pode
querer modernizar seu sistema eletrônico de
segurança não porque ele esteja sendo
ineficaz, mas por acreditar que é possível ser
mais eficiente. Ela também pode ter ativos a
serem protegidos e precisar que
especialistas apontem como fazer isso de
modo efetivo.

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Alguns quesitos são imprescindíveis para o perfil do consultor. Vamos
conhecê-los a seguir.
Pense como o cliente. Quem você contrataria como consultor de
sua empresa? Alguém que conhecesse do assunto.
O consultor enxerga a empresa como um todo, suas rotinas,
sistemas e necessidades. Ele verifica o que funciona, o que não
funciona e o que é promissor, pensando em como os diferentes
fatores se relacionam, suas causas e consequências. O
consultor deve ser capaz de estabelecer soluções.
O consultor entende que comunicação não é o que se diz. É o
que o outro entende. Portanto, sua linguagem oral e escrita deve
ser objetiva, simples, capaz de ser facilmente compreendida
pelos níveis hierárquicos que perpassam a empresa.
Ao conversar com o cliente pela primeira vez, o consultor
apresenta as suas qualidades, de sua equipe e de seu negócio.
Ele ouve o que deseja o potencial contratante, mas coloca as
regras de trabalho com que opera, estabelecendo a total
cooperação da empresa e seus segmentos. No exercício da
função, estabelece visitas, entrevistas e dinâmicas, agindo para
que tudo ocorra dentro de um cronograma estabelecido.
O consultor compreende que lidará com todos os tipos de
pessoas e atitudes. Se a empresa está em crise, funcionários
podem enxergar que a consultoria representa um gasto
desnecessário. Outros podem imaginar que ele está ali para
escolher quem vai ser demitido. Nesses casos, o profissional de
consultoria deve ser capaz de compreender esses sentimentos e
mostrar-se preocupado com essas pessoas.
Ética na consultoria
Especialização 
Capacidade analítica 
Comunicação 
Proatividade 
Inteligência emocional 
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Temos um último e muito importante quesito que não pode ser deixado
de lado quando falamos em perfil do profissional de consultoria: a ética.
Todos nós trabalhamos com uma ideia pessoal, própria, sobre o que é
certo e errado. Essa ética é conhecida como individual. Quando
estamos com outras pessoas, vigora um comportamento aceito por
este conjunto. Chamamos isso de ética de grupo.
Diversas profissões estabelecem um conjunto de normas para seus
associados, definindo quais condutas devem ser adotadas por eles em
seu trabalho. Trata-se da ética profissional, comumente transformada
em um código escrito.
Em 2014, foi fundada no Brasil a Associação Brasileira de Consultores.
Elaproduziu uma série de documentos orientadores sobre o trabalho de
consultoria.
A Associação dá especial ênfase para a conduta ética do consultor, a
ponto de ter elaborado um código de ética para esse profissional. A fim
de nos mantermos alinhados com o posicionamento dessa instituição
no país, apresentamos suas diretrizes.
O Código de Ética do Consultor agrupa os comportamentos esperados
dos consultores em cinco princípios:
1. Sustentabilidade e Responsabilidade Social
2. Responsabilidade Profissional
3. Integridade
4. Conflito de Interesses
5. Ética Digital
O Código apresenta um resumo gráfico de seus princípios e ações,
conforme apresentado no infográfico.
Consultoria e Segurança
Pública
No vídeo a seguir, faremos um panorama sobre a segurança pública no
Brasil. Ressaltamos alguns tópicos como: sistema de segurança pública
no Brasil, órgãos de segurança pública e características dos órgãos de
segurança pública.
Sistema de Segurança Pública no Brasil
Temos três grandes campos para serem abordados: segurança pública,
privada e segurança corporativa.
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A Constituição Federal é a lei máxima do país. Ela específica no seu
artigo 144 qual é a finalidade do sistema de segurança pública no Brasil
e quais são as atribuições de cada órgão de segurança:
Art. 144. A segurança pública, dever
do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do patrimônio,
através dos seguintes órgãos:
I. polícia federal;
II. polícia rodoviária federal;
III. polícia ferroviária federal;
IV. polícias civis;
V. polícias militares e corpos
de bombeiros militares.
VI. polícias penais federal,
estaduais e distrital.
§ 8º Os Municípios poderão
constituir guardas municipais
destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme
dispuser a lei
§ 10. A segurança viária, exercida
para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das
pessoas e do seu patrimônio nas
vias públicas
I. compreende a educação,
engenharia e fiscalização
de trânsito, além de outras
atividades previstas em
lei, que assegurem ao
cidadão o direito à
mobilidade urbana
eficiente;
II. compete, no âmbito dos
Estados, do Distrito
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Federal e dos Municípios,
aos respectivos órgãos ou
entidades executivos e
seus agentes de trânsito,
estruturados em Carreira,
na forma da lei.
(BRASIL, 1988)
Sobre os órgãos de segurança pública
A seguir veremos alguns dos órgãos de segurança pública:
Polícia ostensiva
A polícia ostensiva exerce as funções de prevenir e de reprimir
de forma imediata a prática de delitos.
O policiamento ostensivo é feito por policiais uniformizados, ou
que possam ser imediatamente identificados por equipamento
ou viatura.
Polícia de investigação e polícia judiciária
A polícia de investigação realiza o trabalho de investigação
criminal. Ela investiga crimes cometidos.
O texto constitucional distingue as funções de polícia judiciária
e de investigação criminal.
Polícia de fronteiras
A polícia de fronteiras controla a entrada e a saída de pessoas
e mercadorias do território nacional. A tarefa é atribuída à
Polícia Federal.
Polícia marítima
Vianna (2010, p. 21) explicita que “...a polícia marítima, que
também é exercida pela Polícia Federal, em grande parte se
identifica com a polícia de fronteiras.” Ao atuar em portos,
também controla a entrada e a saída de pessoas e bens do
país, concentrando-se, por exemplo, na repressão ao tráfico de
drogas e de armas.
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Polícia aeroportuária
Segundo Vianna (2010, p. 21), “a Constituição determina ainda
a atividade de polícia aeroportuária – atividade também
exercida pela Polícia Federal, que se identifica, igualmente, com
a de polícia de fronteiras”.
Polícia penal
Exercida pela Polícia Penal Federal, nos presídios federais,
pelas Polícias Penais Estaduais nos presídios estaduais e pela
Polícia Penal Distrital, no Distrito Federal, a atividade é
estabelecida para garantir a segurança dos estabelecimentos
penais, isto é, em edificações nas quais são cumpridas
sentenças judiciais de restrição da liberdade de locomoção.
Proteção de bens, instalações e serviços
A Constituição dedica com exclusividade essa missão às
Guardas Municipais no que diz respeito aos bens, serviços e
instalações do município.
Fiscalização do trânsito viário
Compreendemos que a fiscalização será a atividade
operacional dos agentes de trânsito estaduais, municipais e
distrital, cabendo aos órgãos de trânsito das respectivas
unidades federativas atuar na educação e engenharia do
tráfego viário.
Corpo de Bombeiros Militares
Ainda que a Constituição Federal não tenha explicitado suas
atribuições, os Corpos de Bombeiros Militares trabalham na
execução de atividades de salvamentos e socorros às pessoas
nas mais diversas situações (afogamento, incêndio,
desmoronamentos), exercendo funções ligadas à defesa civil.
Características dos Órgãos de Segurança
Pública
A Polícia Civil tem suas atribuições previstas no art. 144, § 4º, da
Constituição Federal. São-lhe conferidas as funções de polícia judiciária
e de apuração de infrações penais, ressalvando-se a competência da
União e a investigação de crimes militares.
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Sobre a Polícia Militar, Vianna afirma que ela:
[...] está disciplinada no § 5º do art.
144. A Constituição lhe incumbiu do
policiamento ostensivo e da
preservação da ordem pública. As
polícias militares estaduais
organizam-se em conformidade
com os princípios da hierarquia e da
disciplina, e possuem sistema de
patentes análogo ao que vigora nas
Forças Armadas.”
(VIANNA, 2010, p. 21)
Falamos anteriormente sobre a Polícia Penal Estadual e Corpo de
Bombeiros Militares. A Polícia Federal exerce, em nível federal, as
atividades de polícia de investigação, de polícia judiciária e de polícia
marítima, aeroportuária e de fronteiras.
A Polícia Rodoviária Federal é o outro órgão policial que atua no plano
do Governo da União. De acordo com o §2º do art. 144, “a Polícia
Rodoviária Federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União
e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das rodovias federais”.
Quanto às Polícias Penais, Corpos de Bombeiros e Agentes de Trânsito
Viário, já sintetizamos suas atribuições anteriormente.
Consultoria e as
seguranças privada e
corporativa
No vídeo a seguir, apresentaremos e exemplificaremos os seguinte
pontos: segurança privada no Brasil, segurança orgânica, segurança
corporativa.
Segurança privada no Brasil
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A Portaria 3233/2012, expedida pela Diretoria Geral do Departamento de
Polícia Federal, em 10 de dezembro de 2012, apresenta quais são as
atividades previstas e permitidas para serem executadas por empresas
de segurança privada. São elas:
Vigilância patrimonial
É definida como “atividade exercida em eventos sociais e dentro de
estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a
finalidade de garantir a incolumidade física das pessoas e a integridade
do patrimônio”, segundo a Portaria 3.233.
Transporte de valores
É definido como “atividade de transporte de numerário, bens ou valores,
mediante a utilização de veículos, comuns ou especiais”, o transporte de
valores também exige que os vigilantes que atuam nessa atividade
tenham realizado o curso de extensão em transporte de valores.
Escolta armada
É definidacomo “atividade que visa garantir o transporte de qualquer
tipo de carga ou de valor, incluindo o retorno da equipe com o respectivo
armamento e demais equipamentos, com os pernoites estritamente
necessários”.
Segurança pessoal
É definida como “atividade de vigilância exercida com a finalidade de
garantir a incolumidade física de pessoas, incluindo o retorno do
vigilante com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os
pernoites estritamente necessários”.
A regulação, autorização e fiscalização da segurança privada no Brasil é
feita pela Polícia Federal, através do DPF – Departamento de Polícia
Federal.
Segurança orgânica
A Portaria 3.233 nos apresenta também a possibilidade de uma
empresa possuir o seu próprio sistema de segurança ao definir que uma
Empresa possuidora de serviço orgânico de segurança é uma “pessoa
jurídica de direito privado autorizada a constituir um setor próprio de
vigilância patrimonial ou de transporte de valores”.
Para conseguir autorização para ter sua própria segurança, a
empresa deve exercer atividade econômica diversa da vigilância
patrimonial e do transporte de valores, utilizando os próprios
empregados na execução dos serviços orgânicos de segurança. Será
exigido também o Certificado de Segurança, expedido caso as
condições das instalações físicas atendam ao determinado na
Portaria.
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Suas atividades relacionadas à segurança orgânica deverão ser
comunicadas ao Secretário de Segurança Pública da Unidade Federativa
onde se localiza sua instalação.
Há uma certa discussão sobre qual é o melhor modelo para uma
empresa: contratar segurança privada ou desenvolver sua segurança
orgânica. Em uma análise preliminar, parece-nos que a melhor opção é a
contratação da empresa especializada, não gerando as preocupações
com as normas da Polícia Federal. A terceirização no mundo capitalista
é uma realidade desejada.
Entretanto, há que colocar outra variável sob esse olhar. Certas
empresas lidam com segredos na produção e nas rotinas de trabalho.
Para essas, talvez seja melhor o investimento na construção de sua
segurança orgânica.
Segurança corporativa
Você estudou as atividades de segurança privada. Não existem dúvidas
quais são, vez que legisladas e reguladas. Mas será que empresas
precisam se preocupar somente com isso?
Imagine o seguinte cenário:
Exemplo
Uma empresa farmacêutica está trabalhando com o desenvolvimento de
uma nova fórmula para fazer crescer o cabelo em pessoas calvas.
Quanto vale essa informação? Isso poderia fazer com que funcionários
tentassem obter a composição e vender para concorrência? O que
impediria uma empresa rival de conseguir colocar um empregado
espionando a equipe de desenvolvimento?
Nesse exemplo, você percebeu que todas as atividades de segurança
existentes não teriam como lidar adequadamente com essas ameaças.
O que fazer então? É exatamente neste tipo de lacuna que a segurança
corporativa entra.
A segurança corporativa irá além das atividades de segurança privada,
abarcando medidas e estratégias diferenciadas e personalizadas. Para
ficar mais claro, vamos listar alguns campos de atuação da segurança
corporativa:
Segurança da Informação
Governança Corporativa
Gestão de Riscos
Gerenciamento de Crises
Podemos colocar ainda como problemas a serem administrados pela
segurança corporativa as greves, paralisações, deficiência em relação
ao fornecimento de insumos (energia elétrica, por exemplo) e o
planejamento para eventos corporativos.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Certa empresa de produção de bens está com problemas em
relação aos roubos de suas mercadorias. Você é contatado para
prestar serviço de consultoria para essa empresa. Os diretores
solicitam que você assuma o setor responsável pelas vendas por
um período, a fim de resolver de uma vez essa crise. O que um
consultor deve fazer?
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20consultor%20%C3%A9%20um%20analista%20de%20cen%C3%A1rios%2C%20detectando%
Questão 2
Determinado Shopping Center contrata uma empresa de segurança
privada para atuar na segurança patrimonial, no interior do espaço.
Entretanto, o gestor acredita ser prudente contratar um consultor de
segurança para avaliar o trabalho dos vigilantes e relatar se está
tudo sendo realizado da forma mais efetiva possível. Sobre esse
fato, é possível afirmar que
A
Reavaliar o preço a ser cobrado, pois a consultoria é
mais custosa.
B
Negar o convite para o cargo, pois esse não é o papel
de um consultor.
C
Aceitar o cargo, mas deixar claro que é por tempo
limitado.
D
Indicar pessoa de sua confiança para assumir o
cargo.
E
Aceitar o cargo desde que lhe seja pago o valor de
consultoria.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20trabalho%20do%20consultor%20%C3%A9%20analisar%20todas%20as%20rotinas%2C%20
2 - Preparação dentro de um cenário arriscado
Ao �nal deste módulo, você será capaz de avaliar cenários, seus
riscos, impactos e como tratá-los.
A
o consultor não poderá aceitar o contrato, pois feriria
a ética profissional examinar o trabalho de uma
empresa que atua na área da segurança.
B
o consultor deverá explicar a necessidade de
gerenciar por tempo determinado os trabalhos
desenvolvidos pela equipe de segurança.
C
o consultor deverá explicar ao potencial cliente que o
correto é avaliar todas as rotinas e sistemas do
shopping para uma análise completa.
D
o consultor não poderá aceitar avaliar shoppings, visto
que são diversas empresas em um espaço físico, não
sendo possível exigir uniformidade no trato do risco.
E
o consultor deverá elevar o preço, considerando a
possibilidade de ter que atuar como vigilante por certo
período, a fim de entender o serviço prestado.
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Cenários e riscos
No vídeo a seguir, vamos reconhecer os diferentes riscos bem e
identificar cenários.
O risco
Você já deve ter percebido que trabalhar a consultoria na área de
segurança exige analisar os cenários de atuação. Eles podem ser mais
ou menos arriscado. Para entender do que falaremos, comecemos com
algumas definições importantes.
“Risco” é uma palavra com muitas definições. Para
nossos estudos, tomamos a expressa pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): risco é o "efeito
que a incerteza tem sobre os objetivos da
organização".
Incerteza é algo que não é determinado, não é certo. É uma expressão
de um grau em que um valor não é conhecido.
O risco está ligado à probabilidade de um perigo. Pode ser possível que
aconteça como esperamos ou que sua ação seja minimizada ou
potencializada.
O Perigo é uma condição ou um conjunto de circunstâncias com
potencial para prejudicar uma pessoa física ou jurídica.
Observe que o risco, a incerteza, o perigo, deverão ser analisados em
um cenário. Este, por sua vez, é um espaço físico, virtual ou hipotético
que comporta uma série de elementos que juntos constroem o palco
das ações.
Atenção!
Precisamos também definir a percepção que as pessoas possuem
sobre o processo. Neste ponto, é importante diferenciarmos a sensação
de insegurança objetiva da sensação de insegurança subjetiva.
Na sensação de insegurança objetiva, temos o comportamento de uma
pessoa ou suas preocupações relacionadas a fatos concretos.
Na sensação de insegurança subjetiva,as ações das pessoas e seus
pensamentos não correspondem à situação.
Consultoria preventiva, projetiva e os riscos
laborais
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Como falamos anteriormente, consultorias não precisam ser
contratadas apenas para corrigir problemas. Por vezes, elas podem
atuar preventivamente, apontando quais novos processos podem ser
inovadores.
Além dessa consultoria preventiva, podemos pensar também em
projetar o cenário futuro daquela empresa se ela continuar no caminho
que está hoje.
Essa consultoria projetiva vale-se da estatística, da avaliação
quantitativa, que levanta os números do presente e do passado para
prever o futuro.
Conhecer os riscos diretos é o primeiro passo para um consultor de
segurança se familiarizar com o cenário a ser visitado.
A NR-9 (Norma Regulamentadora 9) é um conjunto de
diretrizes regulamentadas pelo Ministério do Trabalho
e do Emprego, relativas à segurança dos trabalhadores,
a fim de lhes assegurar condições ideais para o
exercício de suas atividades.
Os riscos laborais são classificados em cinco tipos:
Risco de acidente
Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e
possa afetar sua integridade, seu bem-estar físico e psíquico.
Risco ergonômico
Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas
do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde.
Risco físico
As diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores.
Risco químico
As substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no
organismo do trabalhador pela via respiratória ou ser absorvido pelo
organismo através da pele ou por ingestão.
Risco biológico
As bactérias, vírus, fungos, parasitas entre outros.
Consultoria prospectiva e o mapa de riscos
Quando você analisa um cenário, separa elemento por elemento dele.
Ao verificar o ambiente de trabalho dos funcionários de uma empresa,
levanta quais são os riscos aos quais ele está exposto.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07586/index.html# 17/50
A partir da construção desse “mapa”, você começa a pensar formas de
minimizar a exposição desses trabalhadores a esses riscos. No
momento de construir seu relatório de consultoria, você trabalhará a
partir de uma perspectiva prospectiva, isto é, desenhará um cenário
futuro no qual as medidas sugeridas por você foram adotadas no tempo
presente.
A fim de racionalizar o processo de identificação e minimização desses
tipos de riscos, as normas brasileiras previram a confecção de uma
Mapa de Riscos. Ele é uma representação gráfica do conjunto de fatores
presentes em um ambiente de trabalho, capazes de acarretar danos à
saúde dos trabalhadores como acidentes e doenças de trabalho.
O seguinte guia agrupa os tipos de riscos que estudamos e padroniza
suas cores.
Grupo Riscos
Cor de
identificação
Descrição
1 Físicos  Verde
Ruído, calor,
frio, pressões,
umidade,
radiações
ionizantes e não
ionizantes e
vibrações.
2 Químicos  Vermelho
Poeiras, fumo,
gases, vapores,
névoas,
neblinas e
substâncias
compostas ou
produtos
químicos em
geral.
3 Biológicos  Marrom
Fungos, vírus,
parasitas,
bactérias,
protozoários e
bacilos.
4 Ergonômicos  Amarelo Esforço físico
intenso,
levantamento e
transporte
manual de
peso, exigência
de postura
inadequada,
controle rígido
de
produtividade,
imposição de
ritmos
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Grupo Riscos
Cor de
identificação
Descrição
excessivos,
trabalho em
turno e noturno,
jornadas de
trabalho
prolongadas,
monotonia e
repetitividade e
outras
situações
causadoras de
stress físico
e/ou psíquico.
5 Acidentes  Azul
Arranjo físico
inadequado,
iluminação
inadequada,
probabilidade
de incêndio e
explosão,
eletricidade,
máquinas e
equipamentos
sem proteção,
armazenamento
inadequado,
quedas e
animais
peçonhentos.
Tabela: Mapa de risco
cipa.fmrp.usp.br
Existem muitas formas de valorar cada nível de gravidade dos riscos. A
seguir, apresentamos um modelo que apresenta um valor para cada um
dos três gradientes.
SÍMBOLO PROPORÇÃO TIPO DE RISCOS
 4 Grande
 2 Médio
 1 Pequeno
Tabela: Modelo de mapa de riscos
cipa.fmrp.usp.br
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Para decidir se um risco é pequeno, médio ou grande, é preciso avaliar a
probabilidade de que ocorra aquela situação que exponha o trabalhador
ao risco e a severidade dos danos à integridade do mesmo em caso de
exposição.
Analisando cenários
No vídeo a seguir, vamos explicar e exemplificar a análise de cenários,
comentando sobre as vulnerabilidades e ameaças, oportunidades e
fraquezas dentre outros tópicos.
Vulnerabilidades e ameaças
Façamos a distinção entre “ameaça” e “risco”, valendo-nos de Portella
(2005, p. 30): “No risco, o dano é real, ou seja, se acontecer o evento,
haverá necessariamente a perda. Já na ameaça, o dano é potencial, isto
é, se acontecer o evento, poderá haver perda ou não”.
Para nos ajudar a entender melhor a diferença, vamos discutir sobre
vulnerabilidade. Ela é considerada um ponto fraco no sistema, no
processo, na rotina.
Como consultor de segurança, você verifica que não há rotinas para
proteção de dados dos clientes da empresa. Em todas as seções,
funcionários que usam o sistema da empresa conseguem acessar
essas informações, ainda que não sejam pertinentes aos serviços que
executam.
Qual é a vulnerabilidade?
O ponto fraco é a ausência de um sistema e de normas sobre a proteção
desses dados.
Qual é a ameaça?
Um funcionário pode se apropriar dessas informações. Veja que isso
pode ocorrer ou não. Entretanto, como consultor, você precisa lidar com
essa possibilidade.
Qual é o risco?
Tendo o funcionário se apropriado dessas informações, poderá vazá-las
na internet, colocando a culpa na empresa.
A partir do levantamento dos riscos, poderemos pensar no impacto
deles. O conceito de “impacto” nos remete a idealização das proporções
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relacionadas aos riscos. Se uma empresa não protege os seus clientes
e isso ganha ampla divulgação midiática, as ações tendem a cair. Os
consumidores perdem a confiança e podem decidir comprar em outra
empresa.
Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças
Como estudamos, “vulnerabilidade” é uma fragilidade, um ponto fraco
ligado aos aspectos internos de uma empresa. Tratamos as
vulnerabilidades para impedir que ameaças se concretizem.
Agora imaginemos que mesmo com vulnerabilidades na guarda de
dados, a empresa conte com um setor de RH que contrata perfis
excepcionais, executando treinamentos contínuos sobre
comportamento dentro da organização. Poderíamos considerar isso um
ponto forte para lidar com essa vulnerabilidade.
Diante de um cenário de crise, no qual a empresa está sob julgamento
midiático e público, o que podemos considerar como ameaça externa,
como elemento ofensor? Quais oportunidades se apresentam para
revertermos essa imagem?
Essa introdução objetiva apresentar uma metodologia que nos auxilia na
consultoria de segurança: a matriz SWOT, cuja sigla em inglês significa
Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. Em nosso idioma, é
conhecida como FOFA, colocando “Oportunidades” logo após “Forças”.
Aálise SWOT
O componente “Forças” lista os pontos fortes da empresa, ou seja, os
fatores internos. Seu contraponto é o elemento “Fraquezas” que, como
vimos, aponta as fragilidades internas.
O elemento “Oportunidades” importa em aspectos externos à
corporação que podem auxiliar a mesma e nem sempre estão sob o seu
controle.
“Ameaças”,no contexto da Matriz, significa ofensores externos à
organização.
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Análise preliminar de riscos
Essa excelente ferramenta é conceituada por Meireles (2011, p. 23)
como uma metodologia que consiste em “[...] identificar eventos, causas
e impactos e estabelecer medidas de controle. Preliminar em virtude de
ser primeira abordagem do objeto de estudo. O objeto pode ser: área,
sistema, procedimento, projeto ou atividade.”
A primeira análise geralmente se dá em conversa com o gestor, ouvindo
o que ele deseja. É nesse ponto que você precisa saber o que perguntar
após ouvir o relato que pode ser genérico (“estamos sendo vítimas de
roubo de nossa carga todos os dias) ou bem específico (“tenho aqui um
relatório produzido pela empresa de vigilância patrimonial com as
indicações do que deve ser feito para melhorar o serviço).
Seja o cenário apresentado a você de um jeito ou de outro, sempre
caberá essa análise preliminar que será complementada por outras
metodologias sobre as quais falaremos em outros módulos.
Em acordo com Meireles (2011, p. 163), a análise preliminar de riscos
descreve o objeto de estudo, valendo-se das subdivisões que considerar
necessárias. A seguir, deve-se:
Selecionar um elemento do objeto.
Selecionar um evento indesejável.
Identificar as causas possíveis do evento.
Identificar os impactos do evento.
Estabelecer medidas de controle de risco e de controle de
emergência.
Repetir o processo para outros eventos.
Selecionar outros objetos do processo e repetir as etapas.
Como a empresa
administra o risco?
No vídeo a seguir, vamos apresentar e exemplificar formas de gestão de
risco e metodologias importantes.
Roteiro para gerir o risco
Após entender os riscos da empresa, suas causas possíveis e seus
impactos, temos que dar o passo seguinte, questionando de que forma
o gestor lida com o risco.
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A NBR ISO 31000, elaborada pela ABNT, trata dessa questão com muita
objetividade, começando por afirmar que a gestão de risco deve ser
parte indissociável de qualquer empresa, estando presente em todas as
rotinas e sistemas. A norma estabelece que esse deve ser um processo
estruturado e apresenta-o em sete fases:
 Comunicação e consulta
Os funcionários devem conhecer os riscos e as
medidas adotadas para neutralizá-lo e mitigar seu
impacto.
 Estabelecimento de contexto
O gestor da empresa precisa aplicar a Matriz SWOT
para compreender os fatores externos e internos
que atuam como protetivos e de risco para sua
organização. Também é preciso determinar quais
riscos a organização está disposta a correr.
 Identi�cação de riscos
A empresa deve ir além de identificar apenas os
riscos. Deve-se avaliar quais são as fragilidades que
levam aos riscos.
 Análise de riscos
A fase na qual a empresa avalia a probabilidade do
risco e dos impactos dele para a organização.
 Avaliação dos riscos
O gestor compara os riscos e delibera sobre qual
deles deve ser priorizado.
 Tratamento dos riscos
O gestor dispõe de diversas opções de tratamento
do risco.
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Alternativas para tratamento dos riscos
Aprendemos com o roteiro que há uma fase para tratar os riscos
identificados, analisados e avaliados. Discutiremos agora as opções de
tratamento desses riscos.
Evitar que o risco aconteça
Existem determinados contratos que a empresa pode aceitar
que fazem com que se exponha a riscos.
Aumentar o risco
Parece estranho que “aumentar o risco” seja uma opção, mas
visualize um cenário no qual um comercial televisivo seja
repudiado por seu contexto político-ideológico, mas gera um
aumento na venda de produtos.
Remoção da fonte de risco
Existem vulnerabilidades que podem ser eliminadas de forma
célere, geralmente ligadas aos aspectos estruturais como, por
exemplo, a ausência de obstáculos físicos que impeçam o
acesso às áreas internas da empresa.
Alteração da probabilidade
Vimos que existe probabilidade de certo risco acontecer.
Funcionários treinados reduzem a probabilidade de acidentes
de serviço.
Alteração das consequências
 Monitoramento e análise
O momento no qual o gestor verifica se o
tratamento de um risco específico foi eficaz plena
ou parcialmente. Isso é feito obedecendo a uma
certa periodicidade ou imediatamente após a
implantação do tratamento.
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Retornando ao exemplo anterior, imagine que a empresa possui
um pronto atendimento médico em sua infraestrutura de
suporte. Se um funcionário se ferir ao manusear um
equipamento ou um material, o célere tratamento dispensado
por um profissional da saúde poderá reduzir as consequências
desse acidente.
Compartilhamento do risco
Se o gestor percebe existirem certas vulnerabilidades no
controle de acesso de clientes e funcionários, poderá optar por
contratar um prestador de serviço: uma empresa de vigilância
patrimonial ou de portaria.
Retenção de risco
Por vezes, é inevitável a exposição ao risco. A empresa pode
trabalhar com entregas de produtos valiosos. Aguardar para
que seja entregue em outro dia, com a presença de escolta
armada, pode ser uma opção, reduzindo a probabilidade do
risco.
Metodologias importantes
What if – o que aconteceria se...?
Essa é uma metodologia que nos auxilia a detectar ameaças e riscos.
Destinada aos processos, sistemas, rotinas e eventos, permite que se
faça um questionamento aberto sobre o que poderia dar errado.
Quanto mais se conhece do aspecto está sendo avaliado, mais
especializadas são as perguntas. Essa ferramenta é facilmente
aplicável, podendo ser complementada com a resposta ao risco – se ele
ocorrer, como devemos proceder?
Trouxemos um exemplo. A equipe de vigilância patrimonial também usa
armas não letais no serviço. O consultor de segurança questiona o que
aconteceria eles usassem a munição de elastômero (conhecida
popularmente como “bala de borracha”) e acertassem a curta distância
a cabeça de um ofensor ou de um não-ofensor.
Eis o quadro que montamos:
ATIVIDADE
O QUE
ACONTECERIA
SE?
Acertasse
a cabeça
do ofensor
CONSEQU
Disparo
com
munição de
elastômero.
Acertasse a
cabeça do
ofensor.
Lesionasse
Lesionasse
gravemente
o ofensor.
Lesão grav
cabeça do
ofensor.
Integridad
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ATIVIDADE
O QUE
ACONTECERIA
SE?
Acertasse
a cabeça
do ofensor
CONSEQU
gravemente o
ofensor.
do ofenso
gravement
comprome
Roberto Vianna
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O administrador de uma empresa estuda o uso de softwares
analíticos em centros comerciais. Ele decide contratar uma
consultoria de segurança para analisar a aplicação dessa ideia.
Podemos afirmar que
Parabéns! A alternativa E está correta.
A
o administrador está certo em pensar que a
consultoria poderá implementar as câmeras e os
softwares com muito mais qualidade do que outras
empresas.
B
o administrador está errado. Empresas de segurança
não precisam e não devem contratar consultores de
segurança, pois seriam ridicularizadas no mercado.
C
o administrador está certo em contratar a consultoria
para explicitar o que está de errado a ponto de se
pensar o uso de tecnologia.
D
o administrador está errado ao pensar dessa forma,
pois consultorias somente podem ser contratadas
quando há problemas ocorrendo na empresa.
E
o administrador está correto em cogitar a contratação
de uma consultoria preventiva que pode lhe auxiliar
comnovos processos.
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%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20consultoria%20preventiva%20pode%20ser%20contratada%20para%20ajudar%20o%20clien
Questão 2
Determinada organização decide realizar um grande evento musical
em certa cidade, com a duração de uma semana. São esperadas
mais de 50 mil pessoas por dia no evento. Vigilantes são
contratados para o evento. Ficarão expostos a radiação solar e ao
som oriundo do palco. Esses tipos de risco são classificados como:
Parabéns! A alternativa E está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20NR-
9%20classifica%20os%20tipos%20de%20riscos.%20Calor%20e%20ru%C3%ADdo%20s%C3%A3o%20classificad
3 - Consultoria de segurança como produto
Ao �nal deste módulo, você será capaz de relacionar o papel do
cliente na realização da consultoria e na construção do projeto.
A Riscos dermatológicos e epidérmicos.
B Riscos solares e auditivos.
C Riscos de acidentes.
D Riscos físicos.
E Riscos ergonômicos.
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Bem e serviço
No vídeo a seguir, vamos explicar e exemplificar a importância do cliente
e da qualidade do produto.
Quantidade, qualidade e imagem
Quantidade
Imagine que você esteja com sede e decide parar em um bar. Você pede
seu refrigerante favorito e o atendente lhe diz que não tem, ofertando-lhe
outra bebida de marca rival.
Por isso, a empresa investe na quantidade do produto para que ele não
falte, para que o cliente não migre para outra bebida.
Qualidade
Agora você chega no bar, morrendo de sede e pede sua bebida
preferida. Desta vez, o atendente lhe traz o refrigerante solicitado. Você
o prova e sente um gosto desagradável.
Destacamos que o foco é trabalhar para que o bem ofertado ao
comprador seja de boa qualidade.
Imagem
Mudemos o cenário hipotético que apresentamos. Desta vez, você é o
gerente da empresa que produz o refrigerante mais vendido do
mercado.
Nessa condição, questionamos você sobre qual situação você acredita
ser a pior para o presente e futuro de seu negócio:
Uma das linhas de fabricação
da empresa pega fogo
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Uma barata é encontrada por
um consumidor dentro da
garrafa de refrigerante
Em ambos os casos apresentados, houve divulgação pela mídia.
Qual cenário você considera ser o mais desfavorável?
Certamente você escolheu a segunda alternativa. Afinal, o prejuízo
causado pelo fogo será muito menor do que a depreciação causada à
imagem da empresa.
Controlando os fatores para obter lucro
Uma empresa precisa atuar sobre esses três aspectos: quantidade,
qualidade e imagem, a fim de obter lucro.
A linha de produção funciona a uma determinada velocidade, sendo
operada por funcionários. Suas máquinas executam sempre as mesmas
funções. Ciente desses componentes, é possível prever quantas
produtos deverão ser fabricadas em um certo intervalo de tempo.
Dentro da linha de produção, temos um controle que acompanhará o
funcionamento de cada etapa do processo. Também teremos testes no
produto acabado.
Observe que “quantidade” e “qualidade”,
quando conjugadas, auxiliam a formar uma
boa imagem do produto e da empresa.
Esses dois fatores – quantidade e qualidade – são controlados dentro
da empresa que produz o bem. Como devem ser muito bem
supervisionados, deve existir por parte do chefe a preocupação de ter
bons diretores. Estes, por sua vez, devem contar com uma equipe
operacional que não cometa falhas.
Treinamento e fiscalização são os instrumentos principais para que isso
ocorra.
Quanto ao cliente, ele aguarda o produto. Esse tipo de raciocínio voltado
para a produção de bens foi abordado por Karl Albrecht (2002, p. 56). Ele
inclusive apresenta a pirâmide da fabricação desses itens tangíveis em
uma empresa moderna, demonstrando graficamente o que abordamos
até agora.
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Entretanto, a consultoria em segurança seria um bem material, algo
tangível, capaz de ter um controle rígido dentro de sua fábrica? Como
lidamos com isso?
O serviço e a interação com o cliente
Antes de focarmos na consultoria de segurança, vamos pensar na
prestação de serviço. Se na produção de bens, quantidade, qualidade e
imagem importam, o que acontece quando temos que lidar com algo
que não é material, concreto?
Veja que cada cliente pode priorizar um ou outro aspecto do serviço, em
acordo com a sua expectativa, sua percepção de como o serviço deve
ser prestado. Não importa o que ele valorize, quem vai definir a
qualidade do serviço prestado é o consumidor.
Albrecht afirma que:
Na prestação de serviços, a
interação com o cliente era
fundamental para o sucesso da
empresa. Mas quem interage com o
cliente? Se você já foi atendido em
algum hospital público ou particular,
deve ter percebido que não foi
recepcionado pelo proprietário ou
gerente daquele estabelecimento.
Quem lhe atendeu foram os
integrantes do setor operacional:
recepcionistas, enfermeira(o) e
médica(o).
(ALBRECHT, 2002, p. 30)
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É assim que funciona hoje, no universo das empresas prestadoras de
serviço. A imagem é construída pela qualidade da relação estabelecida
entre o cliente e o setor-fim. Albrecht esclarecia que o modelo gráfico
que vimos para a produção de bens deveria ser invertido para a
prestação de serviço.
Fonte: Albrecht, 2002, p. 72.
Observe com calma esse gráfico. Ele pode causar espanto por um
importante motivo: colocar o “cliente” no topo da empresa. Se não ficou
claro, seu negócio, seu lugar no mercado, somente existem quando se
tem clientes.
Conhecendo o seu cliente
No vídeo a seguir, vamos explicar o processo de contratação de
consultoria por parte do cliente.
Consultoria – serviço ou produto?
A consultoria pode ser realizada entrevistando o cliente, seus
funcionários, fornecedores e consumidores.
Essa interação é fundamental, mas antes de chegarmos a ela,
precisamos responder alguns questionamentos: Como convenceremos
nosso cliente sobre a importância de contratar uma consultoria de
segurança? Como convencê-lo a priorizar nossa empresa?
Para atuar sobre essas perguntas, é preciso que você estabeleça se está
vendendo um produto ou um serviço. Esse é o início de todo o processo
de comercialização do seu negócio: defini-lo.
Entendemos que todo o contato com o cliente e a forma como a
consultoria é operacionalizada implica tratá-la como uma prestação de
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serviço. O relatório com o diagnóstico e os planos de ação podem ser
considerados como um produto, o resultado da consultoria.
Agora que você já sabe o que está comercializando, precisa conhecer o
seu potencial cliente. Se foi ele quem procurou você, ele pode se
encaixar em um dos seguintes perfis básicos:
Per�l 1
O potencial cliente não sabe o que é consultoria, mas soube que ela
pode ajudar a melhorar sua empresa.
Per�l 2
O potencial cliente apresenta conhecimento básico sobre consultoria e
decidiu avaliar alguns profissionais para contratação.
Per�l 3
O potencial cliente já contratou consultoria no passado e sua empresa
foi indicada por pessoa de sua confiança.
Ao começarmos a responder aos nossos dois questionamentos
norteadores, vamos voltar a esses perfis.
Consultoria de segurança – Por que contratar?
Para o perfil 1 e 2, é importante ressaltar que ocliente, ao final da
consultoria, terá um projeto de melhoria da empresa. Em alguns casos,
com redução de gastos e melhoria na imagem perante o consumidor. O
perfil 3 já sabe disso.
Se o potencial contratante trabalha na venda direta para o consumidor
de bens, ele pode estar vivenciando sérios problemas com as quebras
operacionais.
Comentário
Podemos argumentar que existem outras tecnologias que podem ajudar
e rotinas que devem ser analisadas para evitar as perdas, bem como ser
necessário elaborar um plano de ação diante de uma situação de furto
interno ou externo. Entretanto, o bom consultor começa por falar da
importância do diagnóstico. Deve-se entender primeiro o porquê de as
perdas ocorrerem.
Observe que com essas informações, podemos falar com o cliente que
a consultoria pode evitar ou minimizar as perdas. Não chamamos de
gastos, mas de investimento o capital aplicado em uma consultoria que
possa identificar os riscos nos sistemas e processos da empresa. Esse
investimento terá retorno vez que reduzirá essas perdas.
Pense com o cliente: se é caro investir em prevenção, imagine o custo
de um evento adverso. Se é caro treinar um funcionário e depois perdê-
lo, projete o custo de um funcionário sem treinamento.
O resultado não se limita à ausência de perdas, mas ganhos em relação
ao ambiente de trabalho e, consequentemente, de produtividade e
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aumento do lucro.
Por que contratar a sua consultoria?
Obviamente importa se o perfil do potencial cliente é o 1, 2 ou 3.
Essa preocupação com o tipo de cliente é que fará a diferença para a
contratação de seus serviços como consultor.
Para os perfis 1 e 2, é necessário construir desde o início uma sólida
base de confiança. Para isso, é importante que o consultor se apresente
como alguém que está ali para ouvir o cliente. Que está disposto a
ajudá-lo. Seu trabalho parece muito com o do médico, pois ele quer
entender o problema e diagnosticá-lo da melhor forma possível.
Atenção!
Não pode jamais haver críticas à forma como a empresa construiu e
gerencia suas rotinas. Você deve estar preparado para ouvir
informações com as quais não concorda. Lembre-se de que aquela
empresa está atuando no mercado e quer sua ajuda, não a sua crítica.
Chegamos com uma certa vantagem ao perfil 3. Afinal, ele nos procurou
por indicação. Já foi estabelecida certa confiança. Você pode colocar
suas credenciais profissionais, sendo objetivo.
Invista nos pontos que guardam relação com o cliente. Se ele for um
administrador de shoppings, apresente sua experiência com essa área e
foque em pontos dos currículos de sua equipe que destaquem esse
aspecto.
Você pode falar dos resultados positivos alcançados com outros
clientes, mas não apresente o que foi feito e não diga que aqueles
planos de ações exitosos poderiam funcionar para o potencial
contratante. Lembre-se que o cliente deseja ser tratado de forma
personalizada.
A melhor consultoria de
segurança
No vídeo a seguir, vamos explicar e exemplificar decisões pelo tipo de
consultoria e seu preço.
De�nindo a posição do consultor
Temos dois tipos de consultores: externos e internos. Eis os pontos
fortes e fracos apresentados por cada segmento.
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Consultor externo
Os pontos fortes do consultor externo são:
Portfólio com diversos clientes de expressão no mercado.
Experiências exitosas.
Impessoalidade.
Já os pontos fracos do consultor externo envolvem:
Desconhecimento.
Cultura organizacional.
Consultor interno
Os pontos fortes do consultor interno são:
Conhecimento sobre as rotinas.
Cultura organizacional.
Interação.
Já os pontos fracos envolvem:
Ausência de experiências externas.
Desconfiança.
Como decidir pelo tipo de consultor
Analisados os pontos fortes e fracos das consultorias interna e externa,
por qual se deve optar? Essa pergunta já pode estar respondida se não
existir na empresa um funcionário ou segmento capaz de realizar esse
serviço.
Comentário
Também é importante pensar que a empresa pode querer proteger
segredos comerciais importantes e prefere contar com pessoal interno
para esse trabalho.
Seja em um cenário ou em outro, o conhecimento e a experiência do
consultor devem ser considerados para decidir por contratá-lo ou não.
Na maioria das vezes, existe uma pressa muito grande por parte da
empresa em ser atendida. Nesses casos, também é preciso avaliar a
agenda do consultor.
Quanto custa a sua consultoria
Quanto vale a hora do consultor?
Para defini-la, precisamos prever quanto se quer de lucro e como nós
adequaremos esse valor ao mercado. Cobrar acima da média pode
afastar o potencial cliente. Abaixo da média pode dar a impressão de
que a empresa não é boa. Por outro lado, o portfólio e a expertise da
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consultoria podem autorizá-la a cobrar mais. Vejamos o exemplo a
seguir:
Exemplo
Suponhamos que você trabalhe com mais dois consultores e tenha
calculado que precisará de 80 horas para realizar o diagnóstico e
elaborar um plano de ação para aquela empresa.
Sua hora de consultoria está orçada em R$ 23,04. Três consultores
vezes 80 horas vezes 23,04 reais daria um total de 5.529,60.
Veja a localização da empresa contratante e se você e seus consultores
farão o diagnóstico apenas em um único lugar. Calcule os dias de
trabalho. Serão 10 dias de 8 horas. O deslocamento implica ir e vir por
30 quilômetros. Acrescente o valor da gasolina e depreciação do
veículo. Se for necessário, a passagem de avião e a hospedagem. Para
nosso exemplo, suponhamos que isso resultou em 3 mil reais.
Incluiremos o almoço dos 3 consultores – 1200 reais.
Temos as despesas com material de escritório e equipamento usados
para o diagnóstico e o plano de ação – 1300 reais.
Chegamos nos tributos que consumirão em torno de 9% dos seus
ganhos, resultando em 1000 reais.
Com todas as despesas calculadas acima, chegamos a um custo de
12000 reais. Isso dá um valor de 50 reais por consultor (lembre-se: 80
horas para cada um dos três consultores resulta em 240 horas).
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Sua empresa de consultoria é convidada para participar de
processo seletivo pela FUJOR. Trata-se de empresa fabricante de
bebidas alcoólicas que vem passando por problemas com
sabotagens internas nas linhas de produção. Os produtos estão
chegando ao consumidor com sabores diferentes e pouco
agradáveis, ganhando destaque na mídia. Em uma primeira análise,
podemos afirmar que a empresa está sendo prejudicada em dois
aspectos ligados ao lucro. Quais são eles?
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Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ES%C3%A3o%20tr%C3%AAs%20os%20quesitos%20b%C3%A1sicos%20para%20que%20a%20em
Questão 2
Ao ser contratado para assessorar o planejamento da segurança de
um festival de música na sua cidade, você passou a estudar os
componentes do evento, tais como venda de ingresso, acesso a pé,
estacionamento e outros. Você observa que a equipe de vigilância
que recepcionará o público não possui treinamento e experiência
com esse tipo de evento. Por que isso se mostra um ponto fraco,
capaz de prejudicar o festival?
A Qualidade e imagem.
B Quantidade e qualidade.
C Quantidade e imagem.
D Produto e serviço.
E Visibilidade e venda.
A
Na venda de produtos, a interação com o cliente
responde pela percepção do mesmo sobre aquele
evento, convidando-o a retornar ou a não mais voltar.
B
Na prestação de serviço,a interação da equipe
operacional com o cliente responde pela imagem da
empresa, do evento. Funcionários mal treinados
podem gerar uma imagem ruim.
C
Na consultoria, somos obrigados a sempre destacar a
deficiência na interação com o público como um
ponto fraco.
D
Em eventos musicais, há uma cultura de interação
entre público e funcionários. Problemas nesse
relacionamento podem afastar os clientes.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20evento%20musical%20%C3%A9%20uma%20presta%C3%A7%C3%A3o%20de%20servi%C3
4 - Modelando a consultoria de segurança
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os tipos de
consultoria, com base nas classi�cações existentes, para a prestação
adequada do serviço.
Etapas e ferramentas para
a consultoria
No vídeo a seguir, vamos explicar o processo de consultoria nas suas
várias etapas, desde o primeiro contato.
O primeiro contato
Como dissemos, no primeiro contato você deve ouvir o cliente para
compreender suas necessidades e expectativas. Chamamos essa fase
de pré-diagnóstico. Nela, o consultor conhecerá também a empresa e
seu negócio, sua missão, visão e valores.
E
Temos um produto que é o evento musical. Ele precisa
ser vendido da melhor forma possível e os vigilantes
fazem parte desse processo.
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Pode ser necessário o uso de uma
metodologia chamada brainstorming. Ela
pode ser aplicada a um único indivíduo – o
gestor máximo – ou a um grupo: os
diretores.
Como dissemos, no primeiro contato você deve ouvir o cliente para
compreender suas necessidades e expectativas. Chamamos essa fase
de pré-diagnóstico. Nela, o consultor conhecerá também a empresa e
seu negócio, sua missão, visão e valores.
A seguir vamos entener melhor cada etapa.
Após essa metodologia, é necessário questionar os gestores sobre os
números de funcionários e bases operacionais, administrativas e
estratégicas da empresa, bem como informações sobre carros,
equipamentos e tecnologia existente.
 Etapa 1
A primeira pergunta deve ser sobre o que funciona
muito bem na empresa, deixando claro que é
preciso estabelecer o que significa “bem” no campo
da consultoria de segurança: controle de acesso, de
informações, gestão de riscos, segurança
patrimonial e afins.
 Etapa 2
Em seguida, questiona-se o grupo ou o indivíduo
sobre o que não funciona bem na empresa,
recordando que o significado de “bem” não mudou
em relação ao primeiro questionamento. Repete-se
o que foi feito em relação à primeira pergunta,
anotando tudo, excluindo e selecionando as
melhores respostas.
 Etapa 3
Por derradeiro, a terceira pergunta foca no que seria
promissor, quais estratégias estão em
desenvolvimento e que prometem ser efetivas no
campo da segurança da empresa. Seguem-se as
fases descritas para as primeiras perguntas.
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O pré-diagnóstico está pronto. Temos a visão dos gestores sobre a área
de segurança da empresa de forma mais objetiva.
Contrato
Diante do que lhe foi apresentado, você já pode calcular a quantidade de
horas e o número de consultores, precificando o serviço de consultoria
como vimos anteriormente.
Além do valor, é preciso estabelecer no contrato importantes cláusulas.
Lembre-se que isto vale para a consultoria externa. Para uma
consultoria interna, a ordem do gestor da área (ou sua autorização) é
suficiente para o trabalho começar.
O contrato estabelece quais são os deveres do consultor e do cliente,
definindo o tempo de duração da consultoria e quais recursos serão
disponibilizados de ambos os lados.
Por parte do consultor, é preciso estabelecer:
Quem será o responsável pela equipe de consultores.
Quem serão os consultores.
Quais setores e cargos serão objeto de estudo da consultoria.
Quais são as metas da consultoria.
Quais indicadores a consultoria construiu para as metas.
Qual é a justificativa para o estabelecimento das metas.
O que não será objeto de análise por parte da consultoria.
O cronograma dividido em etapas.
Orçamento e formas de pagamento.
Por parte da empresa, é preciso estabelecer:
Se os consultores assinarão termo de confidencialidade.
Análise de projetos em andamento.
Se há restrições em relação a setores ou cargos.
Diagnóstico
Até aqui você já realizou o pré-diagnóstico e celebrou o contrato com
seu cliente. Chegou a hora de agir.
O diagnóstico possui quatro etapas. Elas possuem uma ordem para
serem feitas:
Entrevista.
Aplicação de Questionário.
Análise da Documentação.
Observação Pessoal.
Vamos conhecer mais sobre cada um deles.
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O consultor entrevista o funcionário selecionado, atentando para
o nível hierárquico dentro da empresa a fim de elaborar
perguntas atinentes.
Se temos muitos funcionários para serem ouvidos e/ou se estão
em locais distantes, podemos optar por aplicar questionários
com as perguntas relacionadas às metas, seguindo uma
estrutura parecida com a entrevista.
Se vamos analisar a segurança da contratante, temos que
conhecer quais são os manuais de procedimentos (se eles
existirem), quais normas, rotinas e protocolos são adotados para
proteção dos ativos da empresa. Qual é o fluxograma para cada
ação e reação no campo da segurança. Quais são os
documentos a serem preenchidos para acesso às áreas e
equipamentos.
Nessa etapa, o consultor está em determinada área da empresa
com o entrevistado e/ou pesquisado, comparando as respostas
deles com a realidade observada, real.O consultor poderá
questionar o pesquisado, ainda sem tecer críticas ou falar sobre
outros assuntos. Também terá a oportunidade de vivenciar
aquele ambiente do entrevistado, percebendo possíveis aspectos
a serem ajustados.
Desenvolvendo as soluções
No vídeo a seguir, vamos explicar a fase de planejamento de soluções.
Entrevista 
Aplicação de questionário 
Análise da documentação 
Observação pessoal 
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Pós-diagnóstico
Ao terminarmos o diagnóstico, teremos que nos reunir com as
lideranças para expor nossas conclusões e, junto com eles, elaborarmos
os planos de ação.
Somente assim poderemos ter a certeza de que os planos tenham
minimamente a possibilidade de serem executados. Com certeza, a
consultoria apontou e definiu algumas causas para os problemas que
acometem a empresa. Também avaliou quais são esses problemas. O
consultor, com seu conhecimento e expertise, arrolou possíveis
soluções para essas causas e problemas.
Como tentar chegar a um consenso sobre o que é importante, sobre o
que deve ser priorizado, dentro dessa realidade do cliente?
O problema que deve ser priorizado
Vamos começar falando das causas e dos problemas delas
decorrentes.
Para escolha do que deve ser priorizado, temos uma interessante
ferramenta: a Matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência).
Qual será o impacto do risco sobre o cliente?
Quais serão os efeitos sobre ele?
Quanto tempo temos para eliminar as causas do risco?
O que é necessário?
Qual é o potencial do risco?
As causas do risco vão aumentar? Diminuir? ou desaparecer?
A análise começa pelo seguinte questionamento: “Se a causa X não for
resolvida, qual é a gravidade da situação?”
Foque na coluna “Gravidade”, pensando em uma rotina executada na
empresa diagnosticada. Pode ser referente ao controle de acesso de
pessoas à área interna, por exemplo. Identificamos como elemento a seravaliado a inexistência de cadastramento de quem entra na empresa.
Pense nos riscos envolvidos nessa rotina. Em que nível está esse risco?
G – Gravidade 
U – Urgência 
T – Tendência 
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VALOR G GRAVIDADE
U
URGENCIA
T
TENDENCIA
5
Os riscos são
extremamente
graves
É
necessária
uma ação
imediata.
Se nada for
feito a
situação
pode piorar
rapidamente.
4
Os riscos são
muito graves
É
necessária
uma ação
com
alguma
urgência.
Vai piorar
em pouco
tempo.
3
Os riscos são
graves
É
necessária
uma ação
mais cedo
possível.
Vai piorar a
médio prazo.
2
Os riscos são
pouco graves
Pode
esperar
um pouco.
Vai piorar
em longo
prazo.
1
Os riscos não
apresentam
gravidade
Não tem
pressa.
Não vai
piorar e pode
até melhorar.
Tabela: Matriz GUT
Roberto Vianna
Vamos para o segundo questionamento: qual é a urgência para tratar as
causas desse risco?
A urgência tem estrita relação com o tempo que se tem para tratar o
problema e com os recursos logísticos necessários. Ela se relaciona
com a gravidade e a tendência.
Finalmente, avaliamos qual é a tendência da causa analisada se ela não
for resolvida. Os gestores da empresa podem falar que já trabalham
com esse tipo de acesso há anos e nunca tiveram problemas. O
consultor aponta a situação como um risco grave.
Temos que repetir esse exercício para cada elemento, para cada causa
que torna o controle de acesso deficiente. Ao final, teremos pontuado
todos os elementos e poderemos priorizar quais deles devem ser
tratados.
A solução que deve ser priorizada
Além de considerarmos causas e problemas, precisamos colocar na
reunião com os gestores as propostas de soluções.
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A ferramenta chamada “Matriz BASICO” nos auxilia nesse processo,
priorizando o que é mais importante, o que deve ser solucionado
primeiro em benefício da empresa. Segue o desenho da Matriz.
PESO BENEFíCIOS ABRANGÊNCIA
SATISFAÇÃO
INTERNA
5
Muito
importante
Plena - 70 a
100%
Muito
satisfeito
4 Importante
Grande - 40 a
70%
Satisfeito
3 Razoável
Razoável - 20 a
40%
Razoavelmente
satisfeito
2
Pouco
importante
Pequena - 5 a
20%
Pouco
satisfeito
1
Não é
importante
Pouco
significativa -
menos de 5%
Indiferente
Tabela: Matriz básico
Roberto Vianna
Vemos que o nome da Matriz é formado pela primeira letra de cada um
dos aspectos a serem dimensionados. Explicaremos o que significa
cada item. Observe que para cada gradiente escolhido há uma
pontuação, uma nota, um peso. Como fizemos na Matriz GUT,
poderemos atribuir notas que, multiplicadas entre si, darão a cada
proposta de solução um valor final, ajudando-nos a ranquear qual deve
ser priorizada.
Benefícios
A proposta de solução apresentada será avaliada em acordo
com os benefícios que apresenta.
Abrangência
Qual percentual da empresa e funcionários será atingido por
essa solução?
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Satisfação interna
Os funcionários ficarão satisfeitos com essa solução?
Investimento
Quanto custará a implementação da solução?
Cliente externo
Os clientes da empresa que nos contrata ficarão satisfeitos?
Operação
O que precisará ser feito para operacionalizar o plano de ação?
Teremos que repetir essa análise para cada solução pensada. Ao final, o
ranqueamento das propostas nos mostrará quais devem ser priorizadas.
Implementando a solução
No vídeo a seguir, vamos explicar e exemplificar as fases de execução
da consultoria.
5W2H
Ainda que o consultor não seja o responsável pela implementação do
plano de ação, este deve prever os detalhes de sua execução. Ou seja,
não basta estar escrito que se deve colocar um acesso por biometria no
relatório. Para nos auxiliar com a descrição de cada plano, temos a
ferramenta 5W2H.
O nome da metodologia deriva da inicial de cada questão em inglês que
é apresentada para ser respondida:
 What
O ?
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O que?
Essa pergunta nos remete à ideia do que deve ser
feito, isto é, descreve-se a ação escolhida para
eliminar a causa do problema.
 Why
Por quê?
Continuando o desenho do plano de ação, após
escrever o que será feito, precisamos justificar a
escolha daquela solução.
 How
Como?
Precisamos estabelecer quais procedimentos
deverão ser adotados para o desenvolvimento do
plano de ação.
 Where
Onde?
Refere-se ao espaço físico.
 Who
Quem?
Essa questão delimita as responsabilidades de
cada gestor, diretor, equipe e funcionário.
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Questões práticas presentes na
implementação das soluções
É obrigação do consultor conhecer e alertar o cliente para certas
questões de ordem prática em relação à implementação do plano de
ação. Toda mudança traz consigo novos paradigmas e com eles,
resistência e problemas de adaptação.
A seguir, apresentamos as possíveis impropriedades que, ainda que não
desejadas, são esperadas.
Ampliação da carga de trabalho dos
funcionários envolvidos
Não existe um processo que possa ser substituído por outro
automaticamente. Processos antigos e novos irão conviver por
algum tempo, exigindo dos funcionários envolvidos mais
trabalho.
Superposição dos processos
Essa convivência entre o antigo e o novo sistema gera
ansiedade nos funcionários e nos clientes deles. Afinal, será
comum que todos pensem não haver nada errado na forma
como tudo era feito. Para eles, a mudança custou dinheiro e
parece confusa e cheia de problemas.
Para minimizar esses incidentes, sugere-se:
Acompanhamento
Os gestores, ou quem por eles for designado para cuidar da
implementação, deverão atentar para que os envolvidos na
 When
Quando?
A implementação segue um cronograma.
 How much
Quanto custa?
O valor a ser pago para o plano de ação específico.
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execução do plano de ação, funcionários e clientes, sejam
informados das motivações para as mudanças e,
principalmente, qual resultado se espera.
Cronograma projetivo
Ao confeccionarmos o cronograma, deve haver a previsão da
convivência entre o sistema substituído e o novo.
Indicadores para acompanhamento
O consultor pode ser contratado para acompanhar a implementação ou
retornar ao final dela para verificar se foi efetiva. Existe ainda a
possibilidade de seu contrato com o cliente chegar ao final com a
entrega do relatório contendo o plano de ação.
Em qualquer dessas modalidades, precisamos apresentar no relatório
indicadores que permitam verificar se o plano de ação funcionou ou
não.
Lembramos que cada plano de ação trazia algo que deveria ser feito
para solucionar um problema. O que propomos é checar se ele ainda
existe ou não. Se existe, é preciso constatar que melhoramos no trato
dele.
Os indicadores a serem construídos ou usados guardam certas
características:
Úteis – eles realmente permitem que se avalie aquela ação e
ajudam o gestor a decidir.
Significativos – eles devem medir a realidade, o que realmente está
acontecendo.
Confiáveis – os dados devem traduzir fielmente o que acontece na
prática.
Disponíveis- os dados podem ser obtidos de forma fácil.
Inteligíveis – eles podem ser facilmente compreendidos por todo
usuário.
Pontuais – eles focam nos elementos sensíveis de cada processo.
Comparáveis – eles permitem uma comparação rápida entre
períodos.
Custam pouco – os indicadores devem possuir todas as
características até aqui elencadas enão podem registrar um custo
alto para o cliente.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
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Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Certa empresa de segurança privada assume a segurança de um
condomínio residencial. Diante de inúmeros problemas, a empresa
de segurança decide contratar um consultor de segurança para
auxiliá-la na condução dos assuntos relativos ao seu cliente. No
primeiro contato, o consultor percebe que os administradores do
condomínio não conseguem ser objetivos em relação às suas
necessidades e expectativas. O consultor chega às seguintes
conclusões:
I. Ele está diante de um caso que pede o uso da ferramenta
5W2H, a fim de estabelecer quais são os problemas na
percepção do potencial contratante.
II. Caso a metodologia 5W2H não funcione, é melhor aconselhar
o uso da Matriz GUT, a fim de priorizar soluções possíveis.
III. É comum que alguns clientes não saibam o que desejam do
serviço de consultoria, mas entendem que de alguma forma
podem ser auxiliados por ele.
Diante dessas constatações, é correto afirmar que
Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20assertiva%20IIII%20retrata%20a%20realidade%20do%20mercado.%20Ainda%20h%C3%A1
Questão 2
A
a assertiva I mostra claramente qual é a melhor
metodologia indicada para essa situação.
B
a assertiva II é um exemplo do que deve ser feito em
termos de escolha adequada da metodologia para a
situação narrada.
C a assertiva III está correta em sua exposição.
D
as assertivas I e II demonstram a gradação da escolha
das melhores metodologias para clientes que não
conhecem o serviço de consultoria.
E
a assertiva III demonstra falta de conhecimento sobre
o mercado contratante de serviços de consultoria.
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Ao ser contratado como consultor de segurança uma grande
instituição financeira, você opta por usar a metodologia
Brainstorming com os diretores da empresa. É correto afirmar que
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ESe%20o%20Brainstorming%20vai%20ser%20utilizado%20para%20ajudar%20a%20focar%20nas%
Considerações �nais
Como estudamos, a consultoria de segurança mostra-se um serviço de
grande valia para as empresas, tendo em vista que o tema está presente
no cotidiano das atividades de todo negócio, seja no campo da
segurança privada, seja no campo da segurança corporativa.
Foi objeto de nossa análise os conceitos que instruem uma consultoria
nessa área, principalmente quando lidamos com riscos presentes ou
futuros, em acordo com as atividades do potencial contratante dos
serviços de consultoria.
Observamos como devemos nos posicionar no mercado para valorizar a
atividade de consultoria. Acreditamos que tratar diretamente da
precificação desse mister trouxe uma visão inédita ao assunto vez que,
muitas vezes, essa discussão é evitada, seja pela crença de que não
deve fazer parte do conteúdo, pois de ordem prática, seja pelo
A
um questionamento presente para o desenvolvimento
da metodologia é analisar o que funciona na empresa,
na área de segurança.
B
um questionamento presente para o desenvolvimento
da metodologia é analisar a gravidade, urgência e
tendência de cada problema.
C
usar também a Matriz BASICO é essencial para
priorizar as soluções nessa fase de pré-diagnóstico.
D
essa fase deve ser considerada como “levantamento
dos dados” da empresa, devendo-se também
entrevistar os gestores.
E
a metodologia Brainstorming deverá valer-se de
questionários abertos e fechados para sua execução.
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desconhecimento sobre o mercado e os valores dos serviços de
consultoria.
Também investimos em unir teoria e prática quando abordamos as
etapas da consultoria, desde o encontro com o cliente até a entrega do
relatório, apresentando as ferramentas para cada fase.
Podcast
A seguir ouviremos um resumo sobre o introdução à consultoria de
segurança e os principais tó picos como preparação dentro de um
cenário arriscado, consultoria de segurança como produto, dentre ouros.

Explore +
A Associação Brasileira de Prevenção de Perdas vem realizando várias
pesquisas e fóruns para discutir sobre o mercado e o que pode ser feito
para minimizar seus prejuízos, oriundos principalmente da área de
segurança privada e corporativa. Entre na página e confira os vários
artigos interessantes disponíveis.
Referências
ALBRECHT, K. Revolução dos Serviços. São Paulo: Pioneira, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSULTORES. ABCO. Código de Ética do
Consultor. 2022.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO
31000. Estabelece as Diretrizes para Gestão de Risco nas empresas.
ABNT: 2018.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Brasília: 2019.
BRASIL. Lei nº 13.022, de 8 de agosto de 2014. Dispõe sobre o Estatuto
Geral das Guardas Municipais. Brasília: 2014.
BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de
15/02/2024, 12:49 Introdução à Consultoria de Segurança
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07586/index.html# 50/50
Trânsito Brasileiro. Brasília: 2015.
BRASIL. Decreto 1.665, de 03 de outubro de 1995. Define a competência
da Polícia Rodoviária Federal e dá outras competências. Brasília: 1995.
BRASIL. Portaria Ministerial 224, de 05 de dezembro de 2018. Aprova o
Regimento Interno da Polícia Rodoviária Federal. Brasília: 2018.
BRASIL. Portaria nº 3.233/2012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012.
Dispõe sobre as normas relacionadas às atividades de Segurança
Privada. Alterada pela Portaria no 3.559, publicada no D.O.U. em
10/06/2013 Brasília: 2013.
BRASILIANO, A. C. R. Gestão e análise de riscos corporativos: método
brasiliano avançado. São Paulo: Sicurezza, 2010.
MEIRELES, N. R. Gestão estratégica do sistema de segurança –
conceitos, teorias, processos e práticas. Sicurezza, 2011. São Paulo.
PORTELLA, P. R. A. Gestão de Segurança. 2. ed. Rio de Janeiro: UNESA,
2005.
RODRIGUES, S. B. Consultoria Empresarial: uma abordagem educacional
e profissional. Rio de Janeiro: o Autor, 2005.
VIANNA, R. C. Análise de cenários e riscos. Rio de Janeiro: UNESA,
2016.
VIANNA, R. C. Funções e atribuições dos diferentes atores da
segurança pública. Rio de Janeiro: UNESA, 2010.
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