Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-185

Prévia do material em texto

186 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. 
TABELA 15.1 
Classificação da pressão arterial 
Classificação Pressão sistólica (mmHg) Pressão diastólica (mmHg) 
Normal < 120 e<80 
Pré-hipertensão 120-139 ou 80-89 
Hipertensão estágio 1 140-159 ou 90-99 
Hipertensão estágio li ~ 160 ou~ 100 
Observação: Quando a pressão sistólica e a diastólica estiverem em categorias diferentes, deve-se considerar a categoria mais alta. 
Fonte: Chobanian e colaboradores (2003). 
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
A terapia não farmacológica, por meio da mudança de estilo de vida e de 
redução de fatores de risco, deve ser iniciada em todos os pacientes. 
• Perda de peso - Uma perda de aproximadamente 5-6 kg resulta em uma 
diminuição de 5-20 mmHg na PA sistólica. 
• Exercício físico - A atividade aeróbica regular é capaz de reduzir a PA sistó-
lica em 4-9 mmHg. Essa redução se mantém por até 16 horas. 
• Excesso de álcool - O consumo excessivo de álcool eleva a pressão aguda e 
cronicamente, e a sua redução ou abstinência reduz a PA sistólica em 2-4 
mmHg. 
• Restrição do consumo de sal - Reduz modestamente (2-8 mmHg) a pressão 
sistólica. Os hipertensos devem manter o consumo de sal em, no máximo, 
4-6 g/dia. 
• Dieta - Uma dieta abundante em frutas e vegetais, alimentos integrais e 
derivados lácteos desnatados (dieta DASH, rica em potássio, magnésio e 
cálcio) pode contribuir para a redução da pressão em -8-14 mmHg. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Em condições de menor risco, pode-se iniciar com monoterapia. Em pa-
cientes com risco elevado pode ser necessário o uso de combinações. Vários 
ensaios clínicos e metanálises documentaram o benefício da redução da PA 
sobre a diminuição da mortalidade geral, da mortalidade cardiovascular, da 
ocorrência de cardiopatia isquêmica, do AVE e da insuficiência cardíaca e re-
nal. A Tabela 15.2 resume as principais orientações para o tratamento farma-
cológico da HAS. 
Os níveis-alvo são PA menor que 140/90 mmHg. Níveis mais baixos que 
130/80 mmHg estão indicados para pacientes com diabete ou insuficiência 
renal. E para aqueles com proteinúria > 1 g/ dia, níveis tão baixos quanto 
125/75 mmHg são o objetivo do tratamento. A Tabela 15.3 revela o seguimen-
to adequado desses pacientes.