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antagonismos dos efeitos fármacos anti- hipertensivos e diuréticos. Os níveis de corticosteroides são aumentados. A rifam- picina é o antimicrobiano comprovada- mente implicado na redução da eficácia dos AO. Gestação e lactação. A categoria de risco na gestação é X, embora não tenham sido relatados casos de malformação congênita quando AOs foram ingeridos inadvertida- mente durante os primeiros meses de ges- tação. Não foram relatadas alterações em fetos de mulheres que engravidaram após o primeiro mês de descontinuação da pí- lula. Os AO combinados são contraindica- dos na lactação, por provável diminuição do volume de leite materno. Comentários • Adolescentes devem esperar no mínimo dois anos após a menarca para iniciar o uso de AO, pelo risco de soldagem precoce das epífises ósseas. Entretan- to, esse efeito deve ser cotejado com a chance de gravidez a que está exposta a paciente, considerando as potenciais implicações. • Usuárias de AO devem ser avaliadas após os três primeiros meses de uso e, subsequentemente, a cada 6-12 meses, na busca de efeitos adversos menores, controle de pressão arterial e peso. • Nas cirurgias eletivas, recomenda-se a suspensão dos AO e a substituição por outro método por um mês para mini- mizar o risco de tromboembolismo no pós-operatório. Obviamente isso deve ser cotejado com o risco potencial de gestação e a possibilidade de uso de he- parina, em doses profiláticas (heparina não fracionada, 5.000 UI, de 12/ 12 ho- ras) no pós-operatório. • Se ocorrer vômitos e diarreia até 4 horas após a ingesta do comprimido, o efeito contraceptivo pode ser prejudicado. Medicamentos na prática clínica 369 MINIPÍLULAS As minipílulas são compostas apenas de progestogênio, como o desogestrel, o levonorgestrel, a noretisterona e o lines- trenol. São indicadas, principalmente, para mulheres que não devem usar os AO combinados e durante a amamenta- ção devido ao fato de não interferirem na secreção de leite materno. A eficácia é li- geiramente menor (99%) com esses con- traceptivos hor1nonais. As pílulas de progesterona agem espessando o muco cervical (reduz a penetração do es- perma) e inibindo a implantação do embrião no endométrio. As concentrações de proges- togênios encontradas em minipílulas são in- suficientes para bloquear a ovulação exceto para pílulas com desogestrel. O uso contínuo de minipílulas duran- te a amamentação associou-se a um maior risco de desenvolver precocemente diabe- te melito tipo 2 em pacientes com diabete gestacional prévio. Não há evidências de que esses agentes aumentem o risco de eventos tromboembólicos. Farmácia popular. Noretisterona. Apresentação. Cpr de 0,35 mg. Nomes comerciais e apresentações. Ce- razette® (desogestrel, 0,075 mg, 28 cpr), Exluton® (linestrenol, 0,5 mg, 28 cpr), Micronor® (noretisterona, 0,35 mg, 35 cpr), Minipil® (levonorgestrel, 0,03 mg, 35 cpr), Norestin® (noretisterona, 0,35 mg, 35 cpr). Usos. Prevenção da concepção em mulhe- res que apresentam intolerância ou con- traindicação formal ao uso de estrogênios e durante a amamentação. Índice de Pearl Número de gestações/100 mulheres/ano Falha teórica (eficácia) Falha de uso (efetividade) 1 2,5
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