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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-368

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antagonismos dos efeitos fármacos anti-
hipertensivos e diuréticos. Os níveis de 
corticosteroides são aumentados. A rifam-
picina é o antimicrobiano comprovada-
mente implicado na redução da eficácia 
dos AO. 
Gestação e lactação. A categoria de risco 
na gestação é X, embora não tenham sido 
relatados casos de malformação congênita 
quando AOs foram ingeridos inadvertida-
mente durante os primeiros meses de ges-
tação. Não foram relatadas alterações em 
fetos de mulheres que engravidaram após 
o primeiro mês de descontinuação da pí-
lula. Os AO combinados são contraindica-
dos na lactação, por provável diminuição 
do volume de leite materno. 
Comentários 
• Adolescentes devem esperar no mínimo 
dois anos após a menarca para iniciar 
o uso de AO, pelo risco de soldagem 
precoce das epífises ósseas. Entretan-
to, esse efeito deve ser cotejado com a 
chance de gravidez a que está exposta 
a paciente, considerando as potenciais 
implicações. 
• Usuárias de AO devem ser avaliadas 
após os três primeiros meses de uso e, 
subsequentemente, a cada 6-12 meses, 
na busca de efeitos adversos menores, 
controle de pressão arterial e peso. 
• Nas cirurgias eletivas, recomenda-se a 
suspensão dos AO e a substituição por 
outro método por um mês para mini-
mizar o risco de tromboembolismo no 
pós-operatório. Obviamente isso deve 
ser cotejado com o risco potencial de 
gestação e a possibilidade de uso de he-
parina, em doses profiláticas (heparina 
não fracionada, 5.000 UI, de 12/ 12 ho-
ras) no pós-operatório. 
• Se ocorrer vômitos e diarreia até 4 horas 
após a ingesta do comprimido, o efeito 
contraceptivo pode ser prejudicado. 
Medicamentos na prática clínica 369 
MINIPÍLULAS 
As minipílulas são compostas apenas 
de progestogênio, como o desogestrel, o 
levonorgestrel, a noretisterona e o lines-
trenol. São indicadas, principalmente, 
para mulheres que não devem usar os 
AO combinados e durante a amamenta-
ção devido ao fato de não interferirem na 
secreção de leite materno. A eficácia é li-
geiramente menor (99%) com esses con-
traceptivos hor1nonais. 
As pílulas de progesterona agem espessando 
o muco cervical (reduz a penetração do es-
perma) e inibindo a implantação do embrião 
no endométrio. As concentrações de proges-
togênios encontradas em minipílulas são in-
suficientes para bloquear a ovulação exceto 
para pílulas com desogestrel. 
O uso contínuo de minipílulas duran-
te a amamentação associou-se a um maior 
risco de desenvolver precocemente diabe-
te melito tipo 2 em pacientes com diabete 
gestacional prévio. Não há evidências de 
que esses agentes aumentem o risco de 
eventos tromboembólicos. 
Farmácia popular. Noretisterona. 
Apresentação. Cpr de 0,35 mg. 
Nomes comerciais e apresentações. Ce-
razette® (desogestrel, 0,075 mg, 28 cpr), 
Exluton® (linestrenol, 0,5 mg, 28 cpr), 
Micronor® (noretisterona, 0,35 mg, 35 
cpr), Minipil® (levonorgestrel, 0,03 mg, 
35 cpr), Norestin® (noretisterona, 0,35 
mg, 35 cpr). 
Usos. Prevenção da concepção em mulhe-
res que apresentam intolerância ou con-
traindicação formal ao uso de estrogênios 
e durante a amamentação. 
Índice de Pearl 
Número de gestações/100 mulheres/ano 
Falha teórica (eficácia) Falha de uso (efetividade) 
1 2,5

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