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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-643

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644 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. 
Mais recentemente, uma formulação 
far1nacêutica foi desenvolvida e consiste 
em uma fórmula oral esterificada, o un-
decanoato de testosterona (Androxon®, 
cps de 40 mg), que é absorvida preferen-
cialmente pelo sistema linfático e meta-
bolizada em testosterona. O problema 
dessa formulação, todavia, é a limitação 
de sua eficácia em função de variações 
em sua biodisponibilidade, com flutua-
ções em seus níveis séricos e subsequente 
dificuldade em monitorar os níveis séricos 
de testosterona obtidos com a reposição. 
Ocorre, ainda, a necessidade de sua admi-
nistração em várias doses diárias, em de-
corrência de sua curta meia-vida, além da 
sua conservação em ambiente refrigerado. 
Seu custo elevado configura outro ponto a 
ser considerado na escolha terapêutica. 
Formas injetáveis 
As formulações intramusculares de 
testosterona contam com o cipionato, o 
enantato, o propionato e o undecanoato 
de testosterona. 
Cipionato de testosterona: trata-se de és-
teres de testosterona em solução oleosa, 
administrados por via intramuscular, que 
são lentamente absorvidos da fase lipídi-
ca. O cipionato de testosterona está dis-
ponível em concentrações de 100 e 200 
mg/mL. Sua meia-vida é de aproximada-
mente 8 dias, podendo ser utilizado em 
intervalos de 2-4 semanas. A dose em ho-
mens hipogonádicos varia de 50-400 mg. 
Enantato de testosterona: está disponível 
em solução oleosa de 200 mg/mL. A dose 
sugerida é de 50-400 mg em intervalos de 
2-4 semanas. 
Propionato de testosterona: é um éster 
disponível em solução oleosa. Doses de 
25-50 mg podem ser administradas de 2-3 
vezes por semana. Infecção, vermelhidão, 
dor ou irritação no local da injeção intra-
muscular de testosterona são raras. 
Undecanoato de testosterona: disponí-
vel em ampolas de 1.000 mg em 4 mL 
de solução oleosa. Níveis fisiológicos são 
obtidos após 3 dias, e a concentração má-
xima, entre 1-2 semanas. Recomenda-se o 
intervalo de 6 semanas entre a primeira e 
a segunda injeção e, após, de 10-14 sema-
nas entre as administrações. 
Nomes comerciais. Androxon® (undeca-
noato), Deposteron IM® (cipionato), Du-
rateston® (ésteres), Estandron P® (ésteres 
associados com estradiol), Nebido® (un-
decanoato). 
Apresentações. Amp de 2 mL com 200 
mg; amp de 1 mL com 250 mg; amp de 4 
mL com 1.000 mg; cps de 40 mg. 
Usos. Hipogonadismo primário e secun-
dário, puberdade masculina atrasada, 
câncer de mama inoperável. 
Contraindicações. Hiperplasia prostática 
benigna significativamente sintomática e 
não tratada; câncer de mama em homens 
ou de próstata; doença cardíaca, renal ou 
hepática graves; hipercalcemia associada 
a tumores. 
Posologia 
Hipogonadismo 
• Crescimento puberal inicial: 40-50 mg/ 
m2 /dose, lx/mês e cipionato de testos-
terona). 
• Fase de crescimento tardia: 100 mg/ 
m2 /dose, lx/mês e cipionato de testos-
terona), até que o crescimento cesse. 
• Manutenção da virilização: 100 mg/ 
m2 /dose, lx/mês e cipionato de testos-
terona). 
Puberdade masculina atrasada 
• 40-50 mg/m2 /dose, lx/mês e cipionato 
de testosterona) até que o crescimento 
atinja os padrões da puberdade. 
Obs.: da formulação com undecanoato de 
testosterona pode-se administrar 1.000 
mg a cada 10-14 semanas.

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