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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-805

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806 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. 
me neuroléptica maligna, neutropenia, 
fotossensibilidade, convulsões, discinesia 
tardia, síndrome extrapiramidal. 
Interações. Os níveis de olanzapina po-
dem estar aumentados com a cimetidina 
e a fluvoxamina. A sedação é potenciali-
zada com álcool e com outros depressores 
do SNC. O risco de hipotensão é poten-
cializado com anti-hipertensivos. A meto-
clopramida aumenta o risco de síndrome 
extrapiramidal. O ciprofloxacino aumenta 
os seus níveis. Carbamazepina, rifampici-
na, omeprazol e cigarro podem aumentar 
o metabolismo da olanzapina, diminuindo 
os seus níveis séricos. A olanzapina pode 
antagonizar os efeitos da levodopa e de 
outros agonistas dopaminérgicos. Evitar o 
consumo de álcool. 
Gestação e lactação. Não recomendada , 
na gestação (categoria de risco C). E se-
cretada no leite materno, por isso não é 
recomendada na lactação. 
Comentários 
• Usar com cautela em idosos, pelo risco 
de efeitos anticolinérgicos e hipotenso-
res. 
• Usar com cautela também em pacien-
tes epilépticos. 
• A eficácia e a segurança não foram de-
terminadas em indivíduos com menos 
de 18 anos. 
• Monitorar as enzimas hepáticas perio-
dicamente. Usar com cuidado com ou-
tras drogas hepatotóxicas. 
Quetiapina 
Nome comercial. Seroquel®. 
Apresentações. Cpr de 25, 100, 200 e 300 
mg. 
Usos. Esquizofrenia, episódios maníacos e 
depressivos associados ao transtorno afe-
tivo bipolar. 
Contraindicações. Depressão grave do 
SNC e coma, supressão de medula óssea, 
discrasias sanguíneas, disfunção hepática 
grave. 
Posologia. Iniciar com 25 mg, 2x/dia. Au-
mentar 25-50 mg a cada 2 dias até doses 
em torno de 400 mg/ dia, administradas 
em 2 tomadas. A dose usual de manuten-
ção é de 150-800 mg/dia. Em idosos, a 
dose de manutenção deve ser menor. 
Modo de administração. VO, com ou sem 
alimentos. 
Parâmetros f armacocinéticos 
• Absorção: é adequada e rápida a partir 
do TGI. Não é afetada pela administra-
ção com os alimentos. 
• Pico plasmático: 1,5 h. 
• Biotransformação: metabolismo hepá-
tico, for1nando metabólitos inativos e 
ativos. 
• Biodisponibilidade: 5-130/o. 
• Ligação a proteínas plasmáticas: 830/o. 
• Meia-vida: -7 h para a quetiapina e 
9-12 h para o seu metabólito ativo (N-
desalkyl quetiapina). 
• Eliminação: urina (730/o) e fezes (20%). 
Ajuste para função hepática e renal. Ajus-
te de dose pode ser necessário na IH (ini-
ciar com 25 mg/ dia e aumentar a dose em 
25-50 mg/dia até a dose necessária). Não 
é necessário ajuste na IR. 
Efeitos adversos. Mais comumente ( > 
1 %) , ocorrem cefaleia, sonolência, ganho 
de peso, hipotensão postural, taquicardia, 
palpitações, tontura, rash, dor abdominal, 
constipação, boca seca, anorexia, dispepsia, 
leucopenia, disartria, fraqueza, rinite, farin-
gite, tosse. Menos comuns ( < 1 o/o) são dia-
bete melito, aumento do colesterol, hipoti-
reoidismo, aumento do apetite, movimen-
tos involuntários, leucocitose, prolongação 
do intervalo QT, discinesia tardia, vertigem. 
Interações. A quetiapina aumenta os ní-
veis do clonazepam. O efeito de outras 
drogas depressoras do SNC e de anti-hi-
pertensivos pode ser potencializado. Anti-
fúngicos azólicos, macrolídeos, inibidores 
da protease, doxiciclina e nefazodona au-
mentam os seus níveis. A metoclopramida

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