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primeiros socorros aula 1

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Título do Tema 
Sempre Dentro do 
Triângulo Verde 
(máximo 4 linhas)
Nome do Autor no TriânguloPRIMEIROS 
SOCORROS
LUCIMARA FERREIRA GUIMARÃES
Primeiros socorros
2
Apresentação
Seja bem-vindo à disciplina de Primeiros Socorros! Vamos adentrar os conceitos 
relacionados com primeiros socorros para estudantes da área da saúde. Esses 
conhecimentos são importantes, visto que os profissionais possuem obrigação de 
prestar assistência à vítima nos casos em que presenciem tais situações. Assim, 
devem é necessário ter os conhecimentos básicos de primeiros socorros, a fim de 
ter condições de prestar socorro e acionar o serviço de assistência avançada mais 
adequada para cada caso.
Unidade I - Introdução 
aos primeiros socorros e 
direcionamentos para as 
urgências e emergências
3
Introdução
Nesta unidade, abordaremos conceitos básicos relacionados com os termos 
utilizados em Primeiros Socorros, como: condições das vítimas, dos locais, 
situações adversas, entre outros. Em um segundo momento da unidade, trataremos 
sobre os sinais e sintomas da vítima, assim como as formas de manusear os 
objetos no momento do socorro. Assim, você poderá compreender como se deve 
ser feita a avaliação inicial da vítima e também observar os cuidados para se prestar 
o melhor atendimento, mesmo não fazendo parte de uma equipe de atendimento 
especializado. Bom, vamos lá?!
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, esperamos que você seja capaz de:
• Reconhecer e diferenciar as situações de urgências e emergências, bem 
como atuar para minimizar os riscos nessas situações.
• Realizar avaliação inicial da vítima.
• Conhecer os sistemas de emergências médicas, as medidas de segurança 
para o socorrista, sua equipe e vítima.
• Saiba recorrer à Rede de atendimento às urgências: SAMU, Corpo de Bombei-
ros, UPA, hospital.
4
Introdução aos primeiros socorros: 
conceitos
Em primeiro lugar, vamos pensar como seria uma situação em que você poderia 
presenciar um acidente. Bem, eles não terão o melhor e mais adequado local para 
se realizar determinados atendimentos. Em algumas vezes, o acesso será fácil e 
em outras vezes será mais complicado. Assim, temos que nos imaginar nas mais 
variadas situações para que possamos ter em mente como poderíamos contribuir 
para o socorro da vítima, da melhor forma possível e mantendo a segurança. Logo, 
primeiros socorros é um tipo de atendimento temporário e imediato, prestado a um 
ferido ou doente repentino (KARREN et al., 2013).
Acidentes automobilísticos têm sido cada vez mais comuns no Brasil e atingiu cerca 
de 64 mil acidentes, sendo que cerca de 5 mil pessoas morreram no ano de 2021 
(EM 2021..., 2022). Assim, esses acidentes. podem apresentar grande complexidade, 
ocorrendo dentro de cidades, áreas rurais ou rodovias. Na maior parte das vezes eles 
são causados por imprudências e excesso de velocidade, o que aumenta ainda mais 
o risco de maiores traumas das vítimas e até mesmo o óbito instantâneo. Assim, 
devemos estar atentos a cada um dos sinais nesse tipo de acidente. 
Primeiramente, pensando em um contexto rodoviário. Não poderemos ter acesso a 
muitos recursos para acomodar as vítimas e até mesmo o sinal de telefone pode 
estar comprometido em determinadas regiões. Assim, devemos primeiramente 
manter a calma para pensar com a maior agilidade e frieza possível no momento da 
tomada de decisão. Outros tópicos mais avançados trarão os devidos conhecimentos 
relacionados com o posicionamento e outros cuidados com a vítima. Neste primeiro 
momento, chamamos a sua atenção para o cuidado que se deve ter com o local do 
acidente. Observar se há risco de explosão, de novos choques, iluminação, presença 
de animais, ou de qualquer outro risco que possa ser iminente para a vítima e que 
possa colocar a sua própria segurança em risco.
Em uma área rural poderemos pensar similarmente ao citado anteriormente, locais de 
difícil acesso, ou acidentes em que o automóvel caiu em riachos ou montanhas. Assim, 
para acessar os locais fica cada vez mais difícil e sua função nesse momento será 
observar o entorno e a situação das vítimas, observando o que se pode fazer por elas 
até que o serviço especializado chegue ou se há algo que possa fazer com segurança. 
Outros contextos mais simples também devem observar a situação do local e as 
condições da vítima, para que se possa entender o caso e comunicar imediatamente 
5
ao serviço competente. Isso é importante, visto que o resgate deverá ser preciso e 
possuir todo o equipamento necessário para prestar o socorro às vítimas. Como 
sabemos, os custos com equipamentos e o acesso a eles não é abundante. Então, 
entende-se que, mesmo nas unidades especializadas, os materiais e equipamentos 
podem ser escassos, a ponto de revezamento entre dois tipos de acidentes similares 
ao mesmo tempo. 
Contextos para Primeiros Socorros
Outros contextos de situações para primeiros 
socorros.
Situações para primeiros socorros
Fonte: © Macrovector, Freepik (2022).
#pratodosverem: Na imagem podemos ver outros contextos dentre os mais diversos, onde prestar é necessário socorro à vítima.
Materiais para prestar socorro.
Nem todo contexto terá acesso aos materiais 
necessários.
Materiais de primeiros socorros
Fonte: © jcomp Freepik (2022).
#pratodosverem: imagem ilustrando materiais usados nos primeiros socorros.
Prestando socorro.
Contextos dos primeiros socorros e seus 
desfechos.
Prestando socorro
© Nampix, Freepik (2022).
#pratodosverem: na figura, o que veremos mais adiante, sobre uma das condições que podem estar a vítima e o cuidado que 
deve ser prestado nesse caso, na ressuscitação cardiopulmonar que acontece quando não há pulso ou respiração..
Em casos de queimadas, por exemplo, algumas cidades não possuem suporte 
adequado para conter grandes incêndios, dependendo assim, do ponto mais próximo 
6
de serviço especializado. É claro que tudo isso é contabilizado e normatizado, para 
que em todo o território seja possível cobrir os acidentes das mais diversas formas, 
mas devemos ter a consciência de que incidentes podem acontecer e que em algum 
momento o serviço pode falhar com a população.
Assim, nossa primeira tarefa ao adentrar uma urgência ou emergência será observar 
bem o local e todas as circunstâncias envolvidas naquela situação. É importante 
também que o cuidado seja prestado por uma pessoa em plena saúde mental e em 
condições emocionais para a situação, visto a necessidade de se manter o controle 
até que o caso seja encaminhado para o serviço especializado. Logo, mesmo que 
você saiba todos os passos a serem seguidos, mas não se sentir seguro para realizar 
tal procedimento, poderá passar a outra pessoa no local que esteja devidamente 
preparada (VARA, 2020).
Em termos legais, o profissional de saúde tem por obrigação prestar socorro à vítima, 
desde que esteja no local e tenha condições físicas e mentais para tal. De acordo 
com o Código Penal, Decreto de lei n. 2848, de 7 de dezembro de 1940:
Art. 135
Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, 
à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao 
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o 
socorro da autoridade pública: 
Pena
Detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único
A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de 
natureza grave, e triplicada, se resulta em morte (BRASIL, 1940).
Assim, temos também o respaldo de prestar o socorro em segundo plano caso 
consideremos que seja um risco à própria saúde ou à da vítima. Mas lembre-se de 
que a lei está voltada para a atenção à vítima e à necessidade de lidar com o outro 
como nosso próximo e necessitado nas mais variadas condições de risco à vida.
7
Conceitos: primeiros socorros
Urgência e emergência são nomes dados às adversidades que podem ser encontradas 
em uma situação de socorro. Aqui daremos conceitos básicos sobre essas suas 
condições, para que você possa identificá-las deforma simples e fácil. A emergência 
consiste em uma situação em que observa agravos à saúde, de forma que o indivíduo 
apresenta sofrimento intenso ou risco iminente de morte, necessitando o cuidado 
imediato. Já a urgência consiste também em uma condição em que há o agravo da 
saúde do indivíduo, mas de forma que ele não tenha risco potencial de vida e possa 
esperar um pouco mais pelo serviço de assistência médica (VARA, 2020).
Assim, podemos perceber a diferença tênue que há entre as situações de urgência 
e de emergência e como elas podem ser facilmente confundidas pelos mais leigos. 
Logo, ao avistar o local, tomar os devidos cuidados com a sinalização e organização 
do local do acidente, você deverá identificar que tipo de situação a vítima ou as 
vítimas se encontram, para que possa passar adiante essa e outras informações 
importantes, isto é, para a equipe que dará continuidade no atendimento assistencial. 
Mais adiante serão descritas as condições que podem envolver cada uma dessas 
situações, a título de exemplificação dos mais variados tipos de ocorrências que 
podem acontecer nos diversificados tipos de acidentes. A princípio é importante ter o 
conhecimento do número de contato do SAMU, que é o 192 e é indicado para casos 
em que há vítimas em situações de urgência e emergência. Mas, nos casos em que 
for detectada a presença de traumas, o bombeiro é a melhor opção a se chamar, 
através do número 193 (VARA, 2020).
Agora ficamos na dúvida sobre qual o tipo de atendimento 
poderemos chamar em cada caso, não é mesmo? Veja no link 
a, a indicação de um site com as mais variadas condições e as 
indicações para cada um dos casos. Lembre-se de que ao chamar 
qualquer um dos serviços, você deverá ter em plena consciência 
de que estará “ocupando” o serviço, para isso, que o seja da forma 
mais adequada possível.
Saiba mais
Dando continuidade aos conceitos, é importante nos atentarmos para a diferença 
que há entre o Suporte Básico de Vida (SBV) e o Suporte Avançado de Vida (SAV). 
Pelo nome, podemos ter alguma noção do nível de complexidade de cada um deles. 
8
Mas é importante salientar que o primeiro, no SBV, será constituído por uma equipe 
de auxiliar ou técnico de enfermagem e o condutor de veículos de emergência. Já no 
segundo caso (SAV), a equipe será constituída pelo enfermeiro, médico e o condutor 
do veículo de emergência. Podemos perceber também que os equipamentos e 
materiais que essas equipes irão transportar também apresentarão níveis de 
complexidade maiores ou menores, o que dependerá do chamado e das condições 
da vítima informadas por você no momento do contato (VARA, 2020). Por isso é tão 
importante estar bem orientado, consciente e calmo no momento da ligação, para 
que as informações sejam passadas de forma eficiente.
Ainda para sabermos um pouco mais sobre os transportes e os tipos de serviços que 
podem ser prestados pelas equipes de assistência à vítima, observemos o quadro a seguir.
Tipos de atendimentos e transportes em urgência e emergência
Veículo Equipe Serviço 
Ambulância de 
transporte
• Condutor do veículo;
• Auxiliar ou técnico de 
enfermagem.
• Remoção e transporte simples, 
eletivo.
Ambulância de 
Suporte Básico 
de Vida
• Condutor do veículo;
• Auxiliar ou técnico de 
enfermagem.
• Atendimento pré-hospitalar com 
risco de vida não conhecido;
• Transporte inter-hospitalar com 
risco de vida;
• Intervenções não invasivas.
Ambulância de 
resgate, Suporte 
Básico de Vida
• Condutor do veículo;
• Profissionais militares 
(rodoviário, bombeiro);
• 2 profissionais 
capacitados para SBV, 
salvamento e resgate.
• Atendimento pré-hospitalar com 
risco para a vida não conhecido;
• Intervenções não invasivas;
• Resgate e salvamento de vítimas 
de acidentes e em locais de 
difícil acesso.
Ambulância 
de Suporte 
Avançado de 
Vida
• Condutor do veículo;
• Enfermeiro.
• Médico.
• Atendimento pré-hospitalar 
com intervenções invasivas, de 
alta complexidade, destinado a 
pacientes com alta gravidade;
• Transporte inter-hospitalar do 
paciente de alto risco;
• Asa rotativa: atendimento 
pré-hospitalar realizado por 
transporte aéreo (helicóptero); 
• Asa fixa: transporte inter-
hospitalar realizado por meio de 
aeronave (avião).
9
Veículo de 
intervenção 
rápida
• Condutor;
• Enfermeiro;
• Médico.
Transporte da equipe de SAV para 
atendimento ou fornecer suporte aos 
profissionais da ambulância;
Veículo leve, não transporta o 
paciente.
Fonte: Tobase e Tomazini, (2017).
#pratodosverem: o quadro acima diferencia os tipos de transportes e os tipos 
de serviços que cada equipe utiliza para prestar a assistência à vítima.
Assim, podemos perceber que o momento dos primeiros socorros consiste naquele 
momento inicial, de reconhecimento do acidente, situação, do local, das vítimas e 
preparação para a tomada de decisão. Além disso, o profissional da área da saúde 
deverá, a partir de seus conhecimentos clínicos, auxiliar no direcionamento do 
atendimento, passando informações básicas sobre a vítima. Por isso esse é um 
conteúdo importante e essencial para todo e qualquer aluno da área da saúde. No 
tópico a seguir, veremos informações sobre como medir os dados vitais e observar 
os sinais e sintomas da vítima, o que vai auxiliar bastante no direcionamento dos 
primeiros socorros. Logo, os objetivos deste primeiro momento foram introduzir o 
que seriam esses conceitos básicos e conhecer de que forma poderemos presenciar 
e auxiliar na assistência de uma vítima acidentada. Vale lembrar que o exemplo aqui 
foi com vítimas de acidentes automobilísticos, mas poderão acontecer devido a 
diversas outras situações que serão mais bem descritas em outra unidade.
Urgências e emergências em primeiros 
socorros
Primeiramente, como já foi citado, o primeiro momento deve ser de muito cuidado e 
atenção do socorrista, para que nenhum detalhe deixe passar em branco. Assim, após 
detectar todo o ambiente, os riscos para si e para a vítima, orientar quem ali estiver, 
entre outras condições possíveis, o socorrista deve planejar em sua mente como 
será o plano de ação. Se possível, deverá delegar funções a pessoas que possam 
lhe auxiliar, como no caso de sinalizar a via em que o acidente aconteceu, ou mesmo 
auxiliar no processo de ressuscitação cardiopulmonar, caso seja preciso. 
O atendimento à vítima pode ser numerado de forma didática, para compreendermos 
melhor como esses momentos devem ser divididos e que atitudes devemos tomar a 
cada um desses instantes, pensando que cada segundo pode ser essencial para a 
vítima. Podemos dividir os momentos em quatro: A, B, C e D. 
10
Momento A
Devemos ter o objetivo de reconhecer a situação, local, vítima e todas as 
condições que envolvem a(s) vítima(s) no momento. Nesse momento já 
podemos classificar a vítima com relação à sua situação se é uma urgência 
ou emergência, e no caso de ter mais vítimas, verificar também a situação das 
demais, sendo que as que possuem melhor prognóstico clínico, isto é, maiores 
chances de sobreviver, deverão ter um nível de atenção maior.
Momento B
Deve-se preocupar logo com a chamada do suporte de saúde, que será definido 
a partir do momento anterior, isto é, que tipo de assistência deve chamar, visto 
que cada uma delas possui suas características e indicações próprias.
Momento C
Preocuparemos diretamente com a vítima e seus sinais vitais, isto é, com a 
circulação sanguínea e respirações. Esse momento será mais bem detalhado 
no próximo subtópico, para que você possa realizar as medidas treinando em 
algum colega.
Momento D
Poderá ser dividido entre as atenções necessárias específicas a cada tipo de 
caso. Caso a vítima esteja perdendo sangue, por exemplo, talvez seja indicado 
controlar o sangramento até que a assistência chegue. Mas não se preocupe 
nesse tipo de caso, pois provavelmente na própria ligação você poderá ser 
orientado sobre como deverá fazer. Ainda nesse momento D, devemos nos 
preocupar em manter as condições de segurança do local e dasdemais pessoas 
que possam estar presentes, evitar infecções, em casos de ferimentos abertos, 
por exemplo, e deixar a vítima de forma mais confortável possível.
11
Em primeiro momento, a vítima mais grave deverá ser classificada 
como emergência em relação à outra que corra menos risco de 
vida, mas as ordens são de que não se deve deixar de dar atenção 
às vítimas, ganhando sua confiança, visto que o momento pode 
ser de muita tensão, ocasionando outros riscos desnecessários. 
Além disso, partindo-se de outro pressuposto, devemos dar maior 
atenção às vítimas que possuem maior gravidade, a fim de evitar 
riscos ainda maiores. Lembre-se de que essa é uma enorme 
responsabilidade com o outro!
Atenção
Avaliação inicial da vítima
Em primeiro momento, o prestador de Socorro deverá, após todo o segmento anterior 
realizado, entrar em contato com a vítima. Encostar-se a ela, pedir licença, oferecendo 
ajuda, verificando também se ela responde, já que pode estar desacordada. Assim, 
nesse primeiro momento procure se identificar e manter a atenção da vítima, para 
que ela colabore com sua atuação e os resultados sejam os melhores possíveis. Em 
casos de emergências traumáticas, por exemplo, deve-se entender o que aconteceu, 
caso a vítima não possa ou consiga falar, de forma a orientar que ela permaneça 
imóvel até uma tomada de decisão, caso seja necessário posicioná-la ou transportá-
la (KARREN et al., 2013). 
Assim, pensando na maior gravidade que pode envolver acidentes em que há 
traumas, os procedimentos a serem realizados na verificação dos sinais vitais da 
vítima deverão ser de acordo com o objeto de aprendizagem a seguir:
Primeira fase: controle das vias aéreas 
e estabilidade cervical. Primeiro deve-se 
estabelecer e manter o controle das vias áreas e 
estabilidade da coluna cervical.
Primeira fase
Fonte: © wavebreakmedia_micro, Freepik (2022).
#pratodosverem: na imagem, podemos ver o posicionamento da região cervical a fim de aumentar o espaço das vias aéreas e 
também a posição de segurança para essa região.
12
Segunda e terceira fase: verificação dos sinais 
vitais.
Depois verificar a respiração e posteriormente a 
circulação sanguínea.
Segunda e terceira fase
Fonte: Freepik (2022).
#pratodosverem: na imagem, podemos ver uma enfermeira verificando o pulso na artéria radial de uma senhora.
Quarta e quinta fase: verificação de lesões 
secundárias.
E, finalmente, verificar sinais de choque e 
incapacidade.
Quarta e quinta fase
Fonte: © brgfx, Freepik (2022).
#pratodosverem: Observe que além da Escala de Glasgow e da avaliação de outras lesões visíveis, a vítima também pode 
responder sobre a dor que está sentido, a partir dessa escala analógica.
Na primeira fase, para manter o controle da via aérea é necessário posicionar a cabeça 
da vítima em pequena extensão de coluna cervical, caso não seja contraindicado 
devido ao trauma ter sido na região. Assim, pode-se adaptar um pano, ou qualquer 
objeto que possa auxiliar no posicionamento da cervical nessa posição para que a 
vítima consiga respirar melhor. Em caso de trauma suspeito na região cervical, o 
melhor a se fazer é procurar a estabilização local, visto que toda a anatomia dessa 
região é muito delicada, e um pequeno fragmento ou deslocamento ósseo podem 
gerar sequelas irreversíveis ou mesmo o óbito. Além disso, na fase 2, para verificar a 
respiração da vítima, em alguns casos será necessário aproximar seu rosto da boca 
da vítima, de forma a observar os menores sussurros. Isso é importante, visto que 
nessa região do rosto podemos ter mais sensibilidade e ao mesmo tempo escutar 
melhor se há passagem de ar nas vias aéreas da vítima. Lembrando que os valores 
de referência para respirações são em torno de 15 a 20 respirações por minuto e caso 
esse valor seja muito alto, isto é, maior que 30, podemos considerar o risco de uma 
acidose, decorrente de lesões cardiovasculares mais graves (KARREN et al., 2013).
13
Verificando a respiração da vítima
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: a imagem mostra uma simulação de como deve ser a aproxi-
mação da vítima, para verificar os sinais respiratórios.
Após essa fase, na fase 3, verifica-se os sinais circulatórios da vítima, isto é, se há 
batimentos cardíacos. A forma mais fácil de realizar o procedimento é acessar uma 
das maiores artérias do corpo em busca desse pulso. As artérias mais calibrosas 
e de fácil acesso são as do pulso (artéria radial), carótidas (na região do pescoço) 
e femoral (na região inguinal). Lembrando que os valores de normalidade para os 
batimentos cardíacos são em torno de 60 a 80 batimentos por minuto, quando o 
indivíduo está em repouso, sendo considerável o momento de estresse e também 
a depressão de seu sistema nervoso, o que pode causar grande alta ou baixa nos 
valores, respectivamente (KARREN et al., 2013). 
Na fase 4, observa-se se a vítima apresenta sinais de choque, isto é, se apresenta 
sinais de hipotensão, sudorese, palidez, tremores ou alteração no nível de consciência. 
A hipotensão pode acontecer em situações em que o indivíduo apresente grande 
perda de volume sanguíneo ou até mesmo em grandes descompensações do 
sistema nervoso central. Os demais sinais podem estar também associados pela 
hiper ou hipoexcitação do sistema nervoso, causado pelo estímulo nocivo recebido 
pela vítima (KARREN et al., 2013). 
14
Em último caso, na fase aqui dividida como 5, pode se observar o nível de incapacidade 
da vítima, a partir da escala de coma de Glasgow, em que se deve priorizar os pacientes 
que apresentem grau 13 ou mais (KARREN et al., 2013).
A escala de coma de Glasglow é comumente utilizada para avaliar 
pacientes hospitalizados, mas por sua facilidade de aplicação 
e versatilidade, é indicada também para avaliar a o nível de 
consciência e capacidade de uma vítima em situações de urgência 
e emergência. Veja no link como fazer essa avaliação, bem como 
os sinais que poderão ser observados na vítima. 
Saiba mais
Outros sinais vitais importantes e que poderão auxiliar na triagem da vítima são a 
temperatura e a pressão arterial. Em algumas condições, pode ser que a vítima esteja 
aquecida demais ou desaquecida demais, o que também lhe direcionará para os 
devidos cuidados. Em choques mais graves e em situações de frio extremo é comum 
que a vítima possa apresentar hipotermia, situação que poderá comprometer seu 
curso clínico caso não seja controlado. Nesses casos, procura-se por panos, tecidos 
ou qualquer objeto que possa envolver a vítima, evitando que ela perca ainda mais 
calor corporal. Assim, a temperatura deve estar por volta de 36 e 37°C, mas lembrando 
que dificilmente será possível mensurar esse dado. No caso da pressão arterial, é 
importante saber que os valores normais são entre 120x80mmHg e 140X90mmHg, 
mas que também será um dado dificilmente mensurado pela dificuldade de se ter um 
aparelho medidor no local do acidente (KARREN et al., 2013).
Você sabia que existe um mnemônico do cuidado com a vítima? 
Isso mesmo! O “XABCDE”! Funciona assim, antes era considerado 
somente o “ABCDE”, mas agora inseriram o “X” para identificar sinais 
de hemorragias graves, visto que são grandes causas de mortes 
em acidentes mais graves. Assim, o “X” indica para identificação se 
há hemorragia grave, o “A” para verificar as vias aéreas, o “B” para 
verificar a respiração, o “C” para verificar a circulação, o “D” para 
verificar alterações neurológicas, e o “E” para verificar condições de 
exposição e manutenção da segurança no local. 
Curiosidade
15
Conclusão
Bom, vamos ficando por aqui, agora que já vimos uma pequena introdução sobre os 
primeiros socorros, que tipo de situação é essa e como nós, profissionais da saúde, 
devemos nos portar ao nos depararmos com tais situações. Aqui temos um passo a 
passo sobre os conceitos mais básicos, os conhecimentos mais trabalhados sobre 
as equipes que prestam o socorro mais especializado, o início da atenção à vítima que 
nós mesmos deveremos prestar no momentodo acidente. Nas próximas unidades, 
daremos continuidade com tudo o que você precisa saber sobre esse tema. Até lá!
Referências
EM 2021, 5 mil pessoas morreram em 64 mil acidentes de carro. Agência Brasil, [S. l.], 
maio 2022. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-05/
em-2021-5-mil-pessoas-morreram-em-64-mil-acidentes-de-carro#:~:text=O%20
n%C3%BAmero%20de%20acidentes%20subiu,5.291%20registradas%20no%20
ano%20anterior. Acesso em: 4 dez. 2022.
BRASIL. Decreto-Lei n. 2.828, de 7 de dezembro de 1940. Diário Oficial da União, 
Poder Executivo, Rio de Janeiro, 31 dez. 1940. Disponível em: https://www2.camara.
leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-2848-7-dezembro-1940-412868-
publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 4 dez. 2022.
KARREN, K. J. et al. Primeiros socorros para estudantes. 10. ed. Barueri: Manole, 
2013.
TOBASE, L.; TOMAZINI, E. A. S. Urgências e emergências em enfermagem. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 
VARA, M. F. F. Primeiros socorros: um estudo pelo viés da educação física. Curitiba: 
Intersaberes, 2020.

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