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Acromegalia9 Raquel Soares Jallad Marcello Delano Bronstein Introdução, 108 Epidemiologia, 108 Fisiologia/fisiopatologia, 108 Ocorrência, 109 Etiologia, 109 Patogênese, 110 Patologia, 110 Adenoma, 110 Hiperplasia, 111 Carcinoma, 111 Quadro clínico, 111 Diagnóstico, 113 Diagnóstico laboratorial, 113 Diagnóstico por imagem, 114 Diagnóstico diferencial, 114 Tratamento, 115 Tratamento cirúrgico, 115 Tratamento clínico, 116 Considerações finais, 119 Referências bibliográficas, 120 SUMÁRIO Epidemiologia Dados de incidência ou prevalência dessa doença na população brasileira não são conhecidos. As referên- cias epidemiológicas utilizadas são obtidas em estudos realizados na Europa, onde a incidência anual é de 2,8 a 4 casos novos por milhão de habitantes, e a prevalência é de 38 a 69 casos por milhão de habitantes2. A doença incide em todas as raças com freqüência pra- ticamente igual em homens e mulheres. Ela pode ocorrer em qualquer idade, mas o pico de incidência ocorre entre a 3a e 5a décadas de vida2. Em decorrência de sua natureza in- sidiosa, o diagnóstico, em geral, é estabelecido cerca de 6 a 10 anos após o início presumido das manifestações clínicas. Pacientes mais jovens tendem a apresentar tumores maio- res e mais agressivos e doenças mais severas, por esse moti- vo, eles são, em geral, diagnosticados mais precocemente. A doença em atividade é associada ao risco relativo de mortalidade cerca de 3 vezes maior e à diminuição da expectativa de vida em cerca de 10 anos, em relação à população geral do mesmo sexo e idade3. As principais causas de mortalidade são complicações cardiovascula- res, respiratórias e cerebrovasculares3,4. Evidências epidemiológicas indicam que a redução dos níveis séricos de GH dos acromegálicos para valores menores que 2,5 ng/mL está associada à expectativa de vida normal3. Assim, esse valor tem sido utilizado como critério de controle de doença. O tempo prolongado de doença e a presença de diabetes mellitus e doença car- diovascular ao diagnóstico são fatores que estão asso- ciados a um prognóstico menos favorável. No entanto, os fatores prognósticos mais importantes de sobrevida são os níveis de GH3 e/ou do fator de crescimento insu- lino-símile GH-dependente, IGF-I (insulin like growth factor I), na última avaliação5. Fisiologia/fisiopatologia O GH é composto por diversas isoformas. A forma principal, que corresponde a aproximadamente 75% do Introdução A acromegalia é uma doença crônica debilitante, que resulta da exposição ao excesso circulante de hor- mônio de crescimento (GH) após o fechamento epifisá- rio dos ossos longos. Quando a hipersecreção crônica do GH inicia-se na infância ou na adolescência, previa- mente à fusão das epífises, ocorre o quadro de gigantis- mo hipofisário. Neste, há um crescimento ósseo linear excessivo que, em alguns casos, pode ser exacerbado pela presença de hipogonadismo associado, o que oca- siona uma estatura anormalmente alta. São casos raros e, em geral, mais freqüentes no sexo masculino1. Martins - Clínica Médica (Volume 5)
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