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Resumos Faculdade Descomplica - Marketing Digital Vendas - Modulo 3 - Introdução a Governança Corporativa

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A
Introdução a
Governança Corporativa
governança corporativa é um conjunto de práticas e
processos utilizados pelas empresas para garantir a
transparência, a prestação de contas e a eficácia na
tomada de decisões. Na introdução ao tema, é
fundamental compreender que essas medidas buscam
equilibrar os interesses dos acionistas, gestores e demais stakeholders,
com o objetivo de promover a sustentabilidade e o sucesso de longo
prazo da organização. Essas práticas incluem a definição clara de papéis
e responsabilidades dos administradores, a adoção de controles internos
eficientes, a divulgação de informações relevantes aos investidores e a
proteção dos direitos dos acionistas. A implementação de uma boa
governança corporativa contribui para a atração de investimentos, a
melhoria da reputação da empresa e a minimização de riscos,
fortalecendo sua posição no mercado.
Além disso, esses procedimentos visam estabelecer mecanismos de
monitoramento e controle, que assegurem o cumprimento das leis e
regulamentos aplicáveis, assim como a ética e a integridade nos
negócios. Através de estruturas de governança adequadas, como a
formação de conselhos de administração independentes, a definição de
comitês especializados e a criação de políticas e diretrizes internas, as
empresas podem promover uma cultura organizacional baseada na
responsabilidade e na transparência. Ao estabelecer boas práticas de
governança corporativa desde o início, as empresas podem construir uma
base sólida para o crescimento sustentável, a competitividade no mercado
e a criação de valor para todos os envolvidos, contribuindo para a
estabilidade e o desenvolvimento do ambiente empresarial. 
 
Objetivos da aula
• Definir o termo Governança Corporativa;
• Conhecer a história e evolução desse termo;
• Compreender a estrutura organizacional, assim como a Integração com
o contexto organizacional.
Resumo
O entendimento sobre a estrutura da empresa e sua governança é de
suma importância para buscar mais conhecimento e o crescimento da
organização. Assim, para que isso seja possível, você precisa aprender
sobre os principais conceitos, a evolução histórica do tema e a estrutura
organizacional que rege as instituições.
O que é Governança Corporativa?
A governança corporativa surge como um meio de conduzir os negócios
de forma ética. Suas teorias, princípios e razões são justificados por
questões macro e microeconômicas, bem como buscam o
aperfeiçoamento ao longo do tempo (ROSSETI; ANDRADE, 2014).
Entende-se por governança corporativa a interação entre as partes
interessadas, juntamente com a maximização dos resultados esperados
para cada uma, sem que ocorra prejuízo dos interesses individuais (IBGC,
2018). 
Assim, “o problema da governança diz respeito, essencialmente, ao
exercício do poder e aparece cada vez que uma corporação ganha vida
ou quando a propriedade de uma empresa é separada de sua gestão”
(ÁLVARES; GIACOMETTI; GUSSO, 2008, p. 4).
Seu estudo é entendido na literatura como uma maneira de buscar maior
transparência, disciplina e responsabilidade dos gestores em relação aos
seus acionistas (VIEIRA; MENDES, 2004). Pound (2000) afirma ainda que
a governança não funciona como um mero acréscimo de poder, mas sim,
busca decisões assertivas e ações responsáveis por promover uma
excelente gestão nas organizações.
Desse modo, pode-se afirmar que “a governança corporativa é um
conjunto de práticas que têm por finalidade otimizar o desempenho de
uma companhia, protegendo investidores, empregados e credores,
facilitando, assim, o acesso ao capital” (SILVA, 2016, p. 21).
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC, 2000),
essa teoria engloba “o sistema pelo qual as organizações são dirigidas,
monitoradas e incentivadas, envolvendo o relacionamento entre sócios,
conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle das
demais partes”, em busca do bem comum.
A busca pelo fortalecimento das práticas de gestão, para prevenir as
falhas, coloca o estudo da governança corporativa como primordial na
diferenciação e atração de novos recursos, visto que a boa governança se
tornou sinônimo de proteção (ÁLVARES; GIACOMETTI; GUSSO, 2008).
Atualmente, as organizações devem focar nos resultados pretendidos e
buscar se diferenciar das demais, ampliando os caminhos, conquistando
outros clientes e focalizando seus esforços em melhorar sua gestão.
Os principais stakeholders com os quais a empresa interage englobam os
shareholders, os internos, os externos e o entorno. Os shareholders
internos são compostos por sócios e acionistas da empresa, enquanto os
shareholders externos normalmente são pessoas que gostariam de fazer
parte da organização. Por fim, o entorno contempla o ambiente externo da
empresa, que leva em consideração a economia, meio ambiente e
tecnologias. Sendo assim, o principal objetivo da governança é o resultado
dessa interação, sempre em busca da maximização dos resultados.
Figura 1: Diagrama - Principais stakeholders
Histórico e evolução
Com o intuito de entender a governança na atualidade, é muito importante
compreender como se deu seu processo e sua evolução histórica. Na
década de 1950, quando ocorreu o início do tema, o termo ainda não era
utilizado.
O estudo do capitalismo e as discussões que resultaram nos conceitos
que envolvem a governança corporativa remontam ao ano de 1980. Após
diversos anos de mudanças econômicas e políticas, a governança surgiu
como uma forma de evolução dentro do mundo corporativo, tornando-se
uma ciência administrativa. Dessa forma, na década de 1990, a
governança passou a ser mais conhecida. Já seus estudos estão em
constante evolução até os dias atuais, alcançando a maturidade (SILVA,
2016).
Apesar do crescimento no Brasil, o estudo da governança corporativa
ainda é bem reduzido quando comparado a outros países. Supõe-se que
um gestor não cuide do dinheiro da empresa da mesma forma que cuida
do seu, nesse caso, diversas organizações continuam enfrentando
problemas devido à falta de transparência em suas ações nos negócios.
Portanto, a governança conquistou uma enorme importância em
decorrência do conflito de agência, que também pode ser chamado de
relação principal-agente. 
Conceitualmente, a governança corporativa surgiu para superar o “conflito
de agência”, decorrente da separação entre a propriedade e a gestão
empresarial. Nessa situação, o proprietário (acionista) delega a um agente
especializado (executivo) o poder de decisão sobre sua propriedade. No
entanto, os interesses do gestor nem sempre estarão alinhados com os
do proprietário, resultando em um conflito de agência ou conflito agente-
principal. (SILVA, 2016, p. 64)
A governança corporativa possui suas bases históricas desde o início da
Antiguidade, passando pela Idade Média e pelo Renascimento. Com o
advento da ciência da administração, seus conceitos começaram a surgir
no século XX. Desde então, vários autores e instituições a estudaram e
criaram códigos de boas práticas, que são seguidos na atualidade
(ROSSETI; ANDRADE, 2014).
Estrutura organizacional
A organização de uma empresa tem seu início com a definição dos seus
objetivos, que direcionarão as ações dos gestores e funcionários. Logo
depois, é essencial entender a estrutura organizacional que a instituição
terá. Todas as organizações são formadas por componentes, e os
principais englobam:
 
• Objetivos compartilhados; 
• Estrutura (divisão dos trabalhos e das tarefas, definição de regras); 
• Pessoas.
 
A estrutura organizacional corresponde ao conjunto de relações formais
entre os grupos, departamentos e indivíduos que constituem a empresa,
definindo como as tarefas serão divididas, agrupadas e coordenadas. Ela
é o resultado do processo de organização e refere-se ao modo como as
atividades da instituição são ordenadas para possibilitar o alcance dos
objetivos organizacionais (SOBRAL; PECI, 2012).
Sendo assim, a estrutura organizacional especifica os papéis, relações e
procedimentos, que possibilitam a ação coordenada dos seusmembros
(SOBRAL; PECI, 2012). Suas principais funções são:
 
• Possibilitar a variedade de atividades;
• Proporcionar aos funcionários a coordenação das atividades;
• Definir a orientação da empresa perante seu mercado.
A função principal de uma estrutura organizacional é conseguir controlar a
influência de diversas variações que acontecem em uma empresa
(SOBRAL; PECI, 2012). Diante de sua complexidade, ela pode ser
visualizada por meio de uma ferramenta bem tradicional no estudo das
instituições: o organograma. 
Integração com o contexto organizacional
O mundo atual envolve uma sociedade institucionalizada e composta de
organizações, onde toda a produção de bens (produtos) ou de serviços
(atividades especializadas) é realizada por meio delas. Essas empresas
também são heterogêneas e diversificadas. Já a administração é uma
condução racional e estratégica das suas atividades, seja de uma
instituição lucrativa ou não.
As organizações são entendidas como órgãos sociais e compostas de
dois ambientes: interno e externo. O ambiente interno engloba tudo o que
a empresa possui sob seu controle, ou seja, o maquinário, os veículos, os
funcionários e a carteira de clientes. Já o ambiente externo contempla as
áreas nas quais a organização não possui controle, tais como condições
meteorológicas, a economia e a tecnologia.
As organizações devem se preocupar também com sua amplitude de
controle, que é o número máximo de subordinados que o gestor pode
controlar de modo eficaz e eficiente, determinando o número de níveis
hierárquicos e de gestores de uma empresa.
De acordo com sua amplitude de controle, as empresas podem assumir
duas posições: a estrutura aguda e a achatada. A achatada, também
chamada de horizontal, constitui-se de um elevado número de
subordinados por gestor e um baixo número de gestores – com uma
elevada amplitude de controle e um reduzido número de níveis
hierárquicos. 
Já a estrutura aguda, conhecida como vertical, é constituída de um
número pequeno de subordinados por gestor e um número elevado de
gestores – com uma reduzida amplitude de controle e muitos níveis
hierárquicos.
 
 
Conteúdo bônus
Tópicos avançados
Para aprofundamento do conteúdo estudado nesta aula, assista ao vídeo
intitulado ‘IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa’, que está
disponível no canal IBGC Oficial no Youtube. Ele apresenta de forma
lúdica como ocorre o processo de governança entre as empresas, bem
como sua importância.
 
Referência Bibliográfica 
ALVARES, E.; GIACOMETTI, C.; GUSSO, E. Governança Corporativa:
um modelo brasileiro. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
ANDRADE, A; ROSSETI, J. P. Governança corporativa. 4a Ed. São
Paulo: Atlas, 2009. 
IBGC. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Disponível em:
< http://www.ibgc.org.br >. (Acesso em: 2 set. 2021)
OLIVEIRA, D. P. R. Governança Corporativa na prática. 1a Ed. São
Paulo: Atlas, 2006. 
SILVA, E.C. Governança Corporativa nas Empresas. São Paulo: Atlas,
2006. 
 
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Fonte: SILVA, 2016. (Adaptado)
http://www.ibgc.org.br/

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