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A Introdução a Governança Corporativa governança corporativa é um conjunto de práticas e processos utilizados pelas empresas para garantir a transparência, a prestação de contas e a eficácia na tomada de decisões. Na introdução ao tema, é fundamental compreender que essas medidas buscam equilibrar os interesses dos acionistas, gestores e demais stakeholders, com o objetivo de promover a sustentabilidade e o sucesso de longo prazo da organização. Essas práticas incluem a definição clara de papéis e responsabilidades dos administradores, a adoção de controles internos eficientes, a divulgação de informações relevantes aos investidores e a proteção dos direitos dos acionistas. A implementação de uma boa governança corporativa contribui para a atração de investimentos, a melhoria da reputação da empresa e a minimização de riscos, fortalecendo sua posição no mercado. Além disso, esses procedimentos visam estabelecer mecanismos de monitoramento e controle, que assegurem o cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis, assim como a ética e a integridade nos negócios. Através de estruturas de governança adequadas, como a formação de conselhos de administração independentes, a definição de comitês especializados e a criação de políticas e diretrizes internas, as empresas podem promover uma cultura organizacional baseada na responsabilidade e na transparência. Ao estabelecer boas práticas de governança corporativa desde o início, as empresas podem construir uma base sólida para o crescimento sustentável, a competitividade no mercado e a criação de valor para todos os envolvidos, contribuindo para a estabilidade e o desenvolvimento do ambiente empresarial. Objetivos da aula • Definir o termo Governança Corporativa; • Conhecer a história e evolução desse termo; • Compreender a estrutura organizacional, assim como a Integração com o contexto organizacional. Resumo O entendimento sobre a estrutura da empresa e sua governança é de suma importância para buscar mais conhecimento e o crescimento da organização. Assim, para que isso seja possível, você precisa aprender sobre os principais conceitos, a evolução histórica do tema e a estrutura organizacional que rege as instituições. O que é Governança Corporativa? A governança corporativa surge como um meio de conduzir os negócios de forma ética. Suas teorias, princípios e razões são justificados por questões macro e microeconômicas, bem como buscam o aperfeiçoamento ao longo do tempo (ROSSETI; ANDRADE, 2014). Entende-se por governança corporativa a interação entre as partes interessadas, juntamente com a maximização dos resultados esperados para cada uma, sem que ocorra prejuízo dos interesses individuais (IBGC, 2018). Assim, “o problema da governança diz respeito, essencialmente, ao exercício do poder e aparece cada vez que uma corporação ganha vida ou quando a propriedade de uma empresa é separada de sua gestão” (ÁLVARES; GIACOMETTI; GUSSO, 2008, p. 4). Seu estudo é entendido na literatura como uma maneira de buscar maior transparência, disciplina e responsabilidade dos gestores em relação aos seus acionistas (VIEIRA; MENDES, 2004). Pound (2000) afirma ainda que a governança não funciona como um mero acréscimo de poder, mas sim, busca decisões assertivas e ações responsáveis por promover uma excelente gestão nas organizações. Desse modo, pode-se afirmar que “a governança corporativa é um conjunto de práticas que têm por finalidade otimizar o desempenho de uma companhia, protegendo investidores, empregados e credores, facilitando, assim, o acesso ao capital” (SILVA, 2016, p. 21). Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC, 2000), essa teoria engloba “o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo o relacionamento entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle das demais partes”, em busca do bem comum. A busca pelo fortalecimento das práticas de gestão, para prevenir as falhas, coloca o estudo da governança corporativa como primordial na diferenciação e atração de novos recursos, visto que a boa governança se tornou sinônimo de proteção (ÁLVARES; GIACOMETTI; GUSSO, 2008). Atualmente, as organizações devem focar nos resultados pretendidos e buscar se diferenciar das demais, ampliando os caminhos, conquistando outros clientes e focalizando seus esforços em melhorar sua gestão. Os principais stakeholders com os quais a empresa interage englobam os shareholders, os internos, os externos e o entorno. Os shareholders internos são compostos por sócios e acionistas da empresa, enquanto os shareholders externos normalmente são pessoas que gostariam de fazer parte da organização. Por fim, o entorno contempla o ambiente externo da empresa, que leva em consideração a economia, meio ambiente e tecnologias. Sendo assim, o principal objetivo da governança é o resultado dessa interação, sempre em busca da maximização dos resultados. Figura 1: Diagrama - Principais stakeholders Histórico e evolução Com o intuito de entender a governança na atualidade, é muito importante compreender como se deu seu processo e sua evolução histórica. Na década de 1950, quando ocorreu o início do tema, o termo ainda não era utilizado. O estudo do capitalismo e as discussões que resultaram nos conceitos que envolvem a governança corporativa remontam ao ano de 1980. Após diversos anos de mudanças econômicas e políticas, a governança surgiu como uma forma de evolução dentro do mundo corporativo, tornando-se uma ciência administrativa. Dessa forma, na década de 1990, a governança passou a ser mais conhecida. Já seus estudos estão em constante evolução até os dias atuais, alcançando a maturidade (SILVA, 2016). Apesar do crescimento no Brasil, o estudo da governança corporativa ainda é bem reduzido quando comparado a outros países. Supõe-se que um gestor não cuide do dinheiro da empresa da mesma forma que cuida do seu, nesse caso, diversas organizações continuam enfrentando problemas devido à falta de transparência em suas ações nos negócios. Portanto, a governança conquistou uma enorme importância em decorrência do conflito de agência, que também pode ser chamado de relação principal-agente. Conceitualmente, a governança corporativa surgiu para superar o “conflito de agência”, decorrente da separação entre a propriedade e a gestão empresarial. Nessa situação, o proprietário (acionista) delega a um agente especializado (executivo) o poder de decisão sobre sua propriedade. No entanto, os interesses do gestor nem sempre estarão alinhados com os do proprietário, resultando em um conflito de agência ou conflito agente- principal. (SILVA, 2016, p. 64) A governança corporativa possui suas bases históricas desde o início da Antiguidade, passando pela Idade Média e pelo Renascimento. Com o advento da ciência da administração, seus conceitos começaram a surgir no século XX. Desde então, vários autores e instituições a estudaram e criaram códigos de boas práticas, que são seguidos na atualidade (ROSSETI; ANDRADE, 2014). Estrutura organizacional A organização de uma empresa tem seu início com a definição dos seus objetivos, que direcionarão as ações dos gestores e funcionários. Logo depois, é essencial entender a estrutura organizacional que a instituição terá. Todas as organizações são formadas por componentes, e os principais englobam: • Objetivos compartilhados; • Estrutura (divisão dos trabalhos e das tarefas, definição de regras); • Pessoas. A estrutura organizacional corresponde ao conjunto de relações formais entre os grupos, departamentos e indivíduos que constituem a empresa, definindo como as tarefas serão divididas, agrupadas e coordenadas. Ela é o resultado do processo de organização e refere-se ao modo como as atividades da instituição são ordenadas para possibilitar o alcance dos objetivos organizacionais (SOBRAL; PECI, 2012). Sendo assim, a estrutura organizacional especifica os papéis, relações e procedimentos, que possibilitam a ação coordenada dos seusmembros (SOBRAL; PECI, 2012). Suas principais funções são: • Possibilitar a variedade de atividades; • Proporcionar aos funcionários a coordenação das atividades; • Definir a orientação da empresa perante seu mercado. A função principal de uma estrutura organizacional é conseguir controlar a influência de diversas variações que acontecem em uma empresa (SOBRAL; PECI, 2012). Diante de sua complexidade, ela pode ser visualizada por meio de uma ferramenta bem tradicional no estudo das instituições: o organograma. Integração com o contexto organizacional O mundo atual envolve uma sociedade institucionalizada e composta de organizações, onde toda a produção de bens (produtos) ou de serviços (atividades especializadas) é realizada por meio delas. Essas empresas também são heterogêneas e diversificadas. Já a administração é uma condução racional e estratégica das suas atividades, seja de uma instituição lucrativa ou não. As organizações são entendidas como órgãos sociais e compostas de dois ambientes: interno e externo. O ambiente interno engloba tudo o que a empresa possui sob seu controle, ou seja, o maquinário, os veículos, os funcionários e a carteira de clientes. Já o ambiente externo contempla as áreas nas quais a organização não possui controle, tais como condições meteorológicas, a economia e a tecnologia. As organizações devem se preocupar também com sua amplitude de controle, que é o número máximo de subordinados que o gestor pode controlar de modo eficaz e eficiente, determinando o número de níveis hierárquicos e de gestores de uma empresa. De acordo com sua amplitude de controle, as empresas podem assumir duas posições: a estrutura aguda e a achatada. A achatada, também chamada de horizontal, constitui-se de um elevado número de subordinados por gestor e um baixo número de gestores – com uma elevada amplitude de controle e um reduzido número de níveis hierárquicos. Já a estrutura aguda, conhecida como vertical, é constituída de um número pequeno de subordinados por gestor e um número elevado de gestores – com uma reduzida amplitude de controle e muitos níveis hierárquicos. Conteúdo bônus Tópicos avançados Para aprofundamento do conteúdo estudado nesta aula, assista ao vídeo intitulado ‘IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa’, que está disponível no canal IBGC Oficial no Youtube. Ele apresenta de forma lúdica como ocorre o processo de governança entre as empresas, bem como sua importância. Referência Bibliográfica ALVARES, E.; GIACOMETTI, C.; GUSSO, E. Governança Corporativa: um modelo brasileiro. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. ANDRADE, A; ROSSETI, J. P. Governança corporativa. 4a Ed. São Paulo: Atlas, 2009. IBGC. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Disponível em: < http://www.ibgc.org.br >. (Acesso em: 2 set. 2021) OLIVEIRA, D. P. R. Governança Corporativa na prática. 1a Ed. São Paulo: Atlas, 2006. SILVA, E.C. Governança Corporativa nas Empresas. São Paulo: Atlas, 2006. Ir para questão Fonte: SILVA, 2016. (Adaptado) http://www.ibgc.org.br/
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