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Ortodontia - 2A Estudo Dirigido

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Ortodontia 
Estudo Dirigido para Segunda Avaliação Teórica 
Maria Carmen Pereira 
 
1) QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES CLÍNICAS DOS SEGUINTES EXAMES NO DIAGNÓSTICO ORTODÔNTICO: 
RADIOGRAFIA CEFALOMÉTRICA FRONTAL E RADIOGRAFIA CEFALOMÉTRICA DE 45°? 
- Radiografia Cefalométrica Frontal → É indicada para avaliar grandes assimetrias ósseas faciais, deficiências 
maxilares transversais e para avaliação orto-cirúrgica (cirurgia ortognática). 
- Radiografia Cefalométrica de 45º → É utilizada para análise da dentição mista. Apresenta mínima distorção 
do tamanho dentário. 
 
2) EM RELAÇÃO À AULA DE ELEMENTOS DO DIAGNÓSTICO ORTODÔNTICO, QUANDO O PACIENTE 
APRESENTA GRANDE DEFICIÊNCIA ÂNTERO-POSTERIOR DA MANDÍBULA E HÁ INTENÇÃO DE 
QUANTIFICÁ-LA, QUAL DEVE SER A CONDUTA PARA QUE ESSE PROCEDIMENTO SEJA VIÁVEL? 
Solicitar uma radiografia cefalométrica lateral (teleradiografia de perfil) para fazer análise cefalométrica. Dessa 
forma, há como classificar os padrões esqueléticos e dentários, além do perfil do paciente. O paciente é 
mantido em manutenção e seu crescimento ósseo é acompanhado. 
 
3) DE ACORDO COM A ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DE STEINER, EXPLICAR COMO É REALIZADA A 
CLASSIFICAÇÃO DO PADRÃO ESQUELÉTICO. 
De acordo com a análise cefalométrica de Steiner, a classificação do padrão esquelético é realizada a partir 
da medição e interpretação dos valores obtidos dos seguintes ângulos: ANB, SNA e SNB. 
O ângulo ANB indica a relação das bases ósseas entre si, isto é, a relação entre a maxila e a mandíbula. 
Quando o ângulo ANB está entre 0º - 4º, observa-se uma Classe I esquelética, quando o ângulo ANB é maior 
que 4,5º, observa-se uma Classe II esquelética, isto é, a maxila está posicionada mais a frente em relação à 
mandíbula; quando o ângulo ANB é menor que zero, observa-se uma Classe III esquelética. 
O ângulo SNA, interseção entre as linhas SN e NA, com valor normal equivalente a 82º, demonstra a posição 
ântero-posterior da maxila em relação à base do crânio. Quando o ângulo SNA está diminuído, a maxila estará 
retruída; quando o ângulo SNA está aumentado, a maxila encontra-se protruída. 
O ângulo SNB, valor normal equivalente a 80º, demonstra a posição ântero-posterior da mandíbula em relação 
à base do crânio. Quando o ângulo SNB está diminuído, a mandíbula estará retruída; quando o ângulo SNB 
está aumentado, a mandíbula encontra-se protruída. 
 
M
aria C
armen P
ereira 
 
4) CARACTERIZAR, POR MEIO DE MEDIDAS CEFALOMÉTRICAS, UMA BIPROTRUSÃO DENTÁRIA EM UM 
PACIENTE DE 20 ANOS DE IDADE COM PADRÃO ESQUELÉTICO CLASSE I, DOLICOCÉFALO E 
APRESENTANDO MORDIDA ABERTA DE 7 mm. 
Em razão de o paciente ser dolicocéfalo, é observado um crescimento vertical da face, logo, o ângulo do eixo 
Y terá maior que o valor médio de 59,4º; o ângulo GoGn-SN terá valor maior que 32° e o ângulo FMA 
apresentará um valor maior que 25º. O padrão esquelético Classe I é caracterizado pelo ângulo ANB 
apresentando valor entre 0º e 4º. A biprotrusão dentária é caracterizada por um aumento nos valores normais 
dos ângulos ICS, NA, ICS-NB e por um aumento nas distâncias ICS-NA e ICS-NB, o ângulo interincisal será 
menor. É provável que a mordida aberta do referido paciente seja de origem esquelética, devido ao fato de o 
paciente ser dolicocéfalo e apresentar 7 mm de mordida aberta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) DEFINIR O CONCEITO DE ESPAÇO AVALIADO E ESPAÇO REQUERIDO. 
Espaço Avaliado → É a dimensão de base óssea disponível para o alinhamento dos dentes dada pelo valor 
em mílimetros do tamanho do osso basal, compreendido entre a mesial do 1º molar permanente de um lado 
até a mesial do 1º molar permanente do lado oposto. 
Espaço Requerido → É a somatória do maio diâmetro mésio-distal dos dentes permanentes erupcionados ou 
intra-ósseos localizados de mesial do primeiro molar permanente de um lado até a mesial do primeiro molar 
permanente do lado oposto. É uma medida dentária. 
6) A ANÁLISE DA DENTIÇÃO MISTA TEM IMPORTÂNCIA CLÍNICA QUANTO AO APROVEITAMENTO DO 
LEEWAY SPACE PARA O ALINHAMENTO DENTÁRIO E O ESTABELECIMENTO DA CHAVE DE OCLUSÃO. 
ESCREVA E JUSTIFIQUE A CONDUTA QUE DEVE SER INDICADA NAS SITUAÇÕES CLÍNICAS A SEGUIR: 
A) DISCREPÂNCIA DE MODELO POSITIVA DE 2,0 mm: A discrepância caracteriza-se como o espaço presente 
no arco menos o espaço requerido para o dente permanente erupcionar (espaço avaliado – espaço requerido). 
A discrepância é positiva quando o espaço avaliado é maior que o espaço requerido. Nesta situação, como a 
discrepância é positiva, os dentes permanentes sucessores terão espaço para erupcionar. Devido aos 2 mm 
além do espaço necessário para a erupção dos dentes sucessores permanentes, pode haver diastemas, que 
poderão ser corrigidos posteriormente. 
Maria Carmen Pereira 
 
A conduta clínica é avaliação do paciente de 3 em 3 meses e análises radiográficas até o estabelecimento da 
dentição permanente. Futuramente, caso surjam diastemas, eles poderão ser corrigidos. 
 
B) DISCREPÂNCIA DE MODELO NULA: A discrepância é nula quando o espaço avaliado equivale ao espaço 
requerido. A conduta clínica é a manutenção de espaços, impedindo que haja migração mesial dos dentes 
póstero-inferiores, visto que o espaço presente é exatamente aquele necessário para a erupção dos dentes 
sucessores permanentes. É importante que ocorra o estabelecimento da chave de oclusão. Em uma situação 
de plano terminal reto não pode haver a migraçã mesial dos dentes póstero-inferiores, caso isso ocorra, a 
chave de oclusão pode ser obtida através da distalização dos primeiros molares superiores. Portanto, é 
importante o acompanhamento do paciente e atenção com relação ao uso de mantenedores de espaço para 
manutenção do perímetro do arco. 
 
7) COMO É REALIZADA A ANÁLISE DA DENTIÇÃO MISTA SEGUNDO O MÉTODO DE NANCE? 
A análise de Nance é realizada com base em radiografias periapicais e modelos de gesso da arcada analisada. 
Primeiramente, é preciso identificar o espaço avaliado, que é a base óssea disponível para o alinhamento dos 
dentes sucessores permanentes. Para isso, pode-se utilizar fio de latão que, depois de ser retificado, deve 
contornar o modelo de gesso, respeitando os pontos de contato, e estendendo-se da face mesial do 1º molar 
permanente de um hemiarco até a face mesial do 1º molar permanente do hemiarco oposto. Após contornar 
a área de interesse com o fio de latão, o fio deve ser retificado e medido. A medida obtida refere-se ao espaço 
avaliado. 
Outra forma de se obter o a medida do espaço avaliado é por meio da medição direta do modelo de gesso 
com um compasso de ponta seca ou um paquímetro. Neste caso, é necessário posicionar o compasso de 
ponta seca ou o paquímetro exatamente na altura da base óssea alveolar. A medição é realizada a partir da 
linha média até a face distal do lateral permanente ou da mesial do canino decíduo, em ambos hemiarcos. 
Os caninos devem ser medidos separadamente, pois estão na região de curva do arco. A medição é finalizada 
medindo-se da face distal do canino até a face mesial do 1ºmolar permanente em ambos os lados da arcada. 
O somatório dessas medidas é o espaço avaliado. 
Em seguida, obtemos o espaço requerido através do somatório do maior diâmetro mésio-distal dos dentes 
permanentes e erupcionados ou não, localizados da mesial do 1º molar permanente de um lado até a mesial 
do 1º molar permanente do lado oposto. A medida dos dentes intraósseos é feita por meio de radiografias 
periapicais, entretanto, sabe-se que as radiografias periapicais apresentam certo grau de distorção da 
imagem, portanto, aplica-se uma regra de três onde a medida do dente decíduo no modelo (Mdm) está para 
a medida do dente decíduo na radiografia (MdRx), assim como a medida do dente permanente no modelo (X) 
está para a medida do dente permanente na radiografia (MpRx). Quando não é possível determinar o tamanho 
do dente por meio da radiografia, utiliza-se a Tabela de Black que é uma tabela clássicaonde há valores 
padronizados. 
Quando a análise de Nance é feita a partir de uma radiografia cefalométrica de 45º não é necessário usar 
regra de três ou a tabela de Black, visto que a distorção é desconsiderada. Neste caso, tem-se as medidas 
Maria Carmen Pereira 
 
dos dentes anteriores com o objetivo de obter as medidas mésio-distais dos dentes que estão erupcionando 
ou que ainda estão intraósseos. Dessa forma, o espaço requerido total será representado pelo espaço 
requerido anterior mais o espaço requerido posterior. 
Por fim, avalia-se a discrepância de modelo por meio do cálculo da diferença entre espaço avaliado e espaço 
requerido. O resultado da discrepância pode ser positivo, quando o espaço avaliado é maior que o espaço 
requerido; nulo, quando o espaço avaliado é equivalente ao espaço requerido, ou negativo, quando o espaço 
avaliado é menor que o espaço requerido. 
 
8) COMO É REALIZADA A ANÁLISE DA DENTIÇÃO MISTA SEGUNDO O MÉTODO DE MOYERS? 
O Método de Moyers é feito através do somatório dos diâmetros mésio-distais dos incisivos inferiores 
permanentes já erupcionados, onde o resultado do somatório será aplicado à tabela de probabilidade de 
Moyers do diâmetro mésio-distal dos caninos permanentes e pré-molares (Tabela de Moyers). Os incisivos 
inferiores permanentes foram escolhidos como padrão nesse método tanto para os dentes inferiores quanto 
para os dentes superiores porque irrompem mais cedo na dentição mista, apresentam menos variações de 
tamanho e forma que os incisivos superiores permanentes, além de apresentarem uma boa correlação de 
tamanho com os caninos e os pré-molares e serem fáceis de medir. 
Na Tabela de Moyers preconiza-se o uso das estimativas de 75% , pois, segundo Moyers, foi onde houve 
maior correlação quando avaliados os dentes erupcionados. Além disso, 3 em cada 4 casos apresentarão o 
valor estimado na tabela ou um valor menor. Dessa forma, Moyers recomenda superestimar o tamanho dos 
dentes (canino e pré- molares), valendo a máxima de que é melhor errar para mais do que para menos. 
Para determinar o espaço requerido deve-se multiplicar o valor encontrado na tabela de Moyers por 2 e depois 
somar ao valor correspondente dos incisivos inferiores. No arco superior, é seguida a mesma sequência de 
etapas, porém utiliza-se o mesmo valor dos incisivos inferiores para fazer a predição dos caninos e pré-
molares superiores. a diferença é que vamos utilizar uma tabela específica para dentes superiores (também 
em 75%). Deve-se atentar para o cálculo final, onde é utilizada a soma dos diâmetros mésio-distais dos 
incisivos superiores. 
Vantagens do Método de Moyers: 
 Presença de erro sistemático mínimo; 
 Não exige muito tempo; 
 Não necessita de equipamentos especiais ou radiografias; 
 Pode ser realizada tanto em modelos de gesso quanto diretamente na boca do paciente. 
Desvantagens do Método de Moyers: 
 Não há individualização; 
 Pouco preciso; 
 O tamanho dos dentes é superestimado; 
 Desconsidera anomalias de forma e tamanho. 
 
Maria Carmen Pereira 
 
9) QUANDO SE DEVE EFETURAR UM PROCEDIMENTO DE MANUTENÇÃO DE ESPAÇO 
(DETALHAR DIAGNÓSTICO)? 
A manutenção de espaço caracteriza-se pela preservação do perímetro do arco. Com isso, deve-se 
efetuar procedimento de manutenção quando houver perda de um ou mais dentes decíduos, quando 
o sucessor permanente está presente ou normal, o espaço para o dente e o perímetro não diminuíram, 
a relação molar e canino não foi afetada, quando o dente permanente sucessor se encontra no estágio 
6 de Nolla. O diagnóstico é realizado pelo exame clinico, exame radiográfico e pela confecção de 
modelos de gesso, os quais servirão para análise da dentição mista para calcular a discrepância de 
modelos que poderá ser positiva, nula ou negativa. 
10) QUAIS SÃO OS REQUISITOS IDEIAS DE UM MANTENEDOR DE ESPAÇO? 
 Manter o diâmetro M-D; 
 Evitar a extrusão do antagonista, mantendo o diâmetro cérvico-oclusal; 
 Não interferir na oclusão do sucessor permanente; 
 Não lesar os tecidos moles; 
 Conservar a independência dos dentes da base; 
 Não impedir o crescimento/desenvolvimendo do complexo craniofacial; 
 Baixo custo; 
 Simples confecção e instalação; 
 Independente da colaboração do paciente (desvantagem dos aparelhos removíveis); 
 Fácil higienização; 
 Restabelecer a parte estética e funcional da mastigação e deglutição. 
 
11) EXPLIQUE QUAL A MELHOR CONDUTA ORTODÔNTICA PARA UM PACIENTE DE SEXO 
MASCULINO, COM 8 ANOS DE IDADE, QUE APRESENTA INDICAÇÃO DE EXODONTIA DO 75 
POR MOTIVOS ENDODÔNTICOS (LESÃO DE FURCA). 
Neste caso, a melhor conduta é a confecção de uma banda alça, que é um mantenedor de espaço 
fixo. Deve ser usado ate que ocorra a erupção do 2º pré-molar, para evitar que ocorra 
mesialização do 1º molar permanente e, consequentement,e uma impactação do 2º pré-molar. 
 
12) QUAL A ORIENTAÇÃO DE TRATAMENTO PARA UM PACIENTE DO SEXO FEMININO, COM 
8 ANOS DE IDADE, APRESENTANDO PERDAS MÚLTIPLAS NO ARCO INFERIOR? JUSTIFIQUE 
SUA RESPOSTA. 
Quando há perdas dentárias múltiplas pode ocorrer perda do o perímetro do arco, migrações de 
dentes posteriores e anteriores, extrusão dos antagonistas e comprometimento da função 
mastigatória. A orientação de tratamento, portanto, depende se houve perda do perímetro do arco 
ou não. Geralmente, quando há perda de múltiplos dentes decíduos como no caso, o perímetro do 
arco fica diminuído e a recuperação do espaço está indicada, o ideal é que seja feito um 
recuperador de espaço com dentes artificiais. Caso o perímetro do arco não tenha diminuído, a 
colocação do arco lingual está indicada por ser um mantenedor fixo para perdas múltiplas bilaterais 
no arco inferior. 
Maria Carmen Pereira 
 
13) DESCREVA AS REAÇÕES TECIDUAIS QUE OCORREM NO LADO DE PRESSÃO DO 
LIGAMENTO PERIODONTAL DE UM DENTE APÓS A APLICAÇÃO DE FORÇAS ORTODÔNTICAS. 
No lado de pressão, ocorre a diminuição do espaço do ligamento periodontal, diminuição do fluxo 
sanguíneo, diminuição da reprodução celular e ativação dos osteoclastos. Portanto, observa-se 
absorção óssea, a qual promove espaço para o dente movimentar-se. Quando aplicada uma força 
suave, há diminuição do espaço do LP, compressão das fibras e compressão/deformação das células 
e dos capilares. Além disso, há diminuição do metabolismo celular, não há formação de áreas de 
hialinização, a absorção é direta (osteoclastos se alinham ao longo do LP, a hialinização é localizada, 
ocorrendo em pequenas áreas) e é um movimento lento e contínuo. Quando a força é exagerada, 
há ausência de irrigação, ocasionando necrose celular, ausência de metabolismo celular, formação 
de área hialinizada e absorção indireta (osteoclastos se formam nos espaços medulares 
adjacentes), além de grande diminuição do espaço periodontal, grande compressão das fibras e o 
movimento torna-se demorado e de grande extensão. Para o conforto do paciente, é preconizado o 
uso da força ótima, devendo ser alta o suficiente apenas para ocluir parcialmente e não totalmente 
os vasos sanguíneos do LP, caracterizada também pelo movimento lento e contínuo, absorção direta, 
onde há mínimo de dano tecidual e dor para o paciente. 
14) DESCREVA AS REAÇÕES TECIDUAIS QUE OCORRE NO LADO DE TRAÇÃO DO LIGAMENTO 
PERIODONTAL DE UM DENTE APÓS APLICAÇÃO DE FORÇAS ORTODÔNTICAS. 
Nos movimentos de tração, as fibras periodontais não são individualmente elásticas, mas em 
conjunto se dispõem como fibras entrelaçadas, gerando, assim, elasticidade. Desse modo, quando 
em movimentos de tração essas fibras sofrem distensão e há um aumento no fluxo sanguíneo. No 
tecido ósseo, são observadas áreas de descompressão causando neoformação na parede intra-
alveolar tendendo a regenerar a espessura original do espaço periodontal (remodelamento do 
tamanho do LP). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Carmen Pereira 
 
 
15) EXEMPLIFIQUE POSSÍVEIS EFEITOS COLATERAIS DA MOVIMENTAÇÃODENTÁRIA 
ORTODÔNTICA. 
 Reabsorção radicular → Provocada por uma associação de fatores, entre eles: força 
aplicada, infiltrado tissular e anatomia radicular. 
 Reabsorção da crista óssea alveolar → Propensão à reabsorção: Retangulares > 
Romboides > Triangulares. 
 Recessão gengival → Devido ao limite vestibular das tábuas ósseas contra as quais é 
realizada a mecânica, tal região é mais propensa a esta condição periodontal em razão de 
sua espessura reduzida. 
 Perda da vitalidade pulpar → Dentes previamente traumatizados e com injúrias 
periodontais. A ocorrência de tais efeitos indesejados pode estar associada à idade, ao 
tempo de tratamento, ao tipo de maloclusão e à movimentação de dentes com alterações 
pré-existentes ao tratamento. 
 Influência de fatores sistêmicos → Doenças sistêmicas, distúrbios hormonais e 
medicamentos. 
16) DESCREVA UM CASO CLÍNICO PARA A REALIZAÇÃO DE UM PEQUENO MOVIMENTO 
DENTÁRIO. JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA COM EMBASAMENTO CIENTÍFICO. 
Paciente sexo feminino, 14 anos, apresenta mordida cruzada anterior localizada no elemento 
dentário 21, que se encontra em palatoversão, com posicionamento lingual em relação ao 
elemento 31. Apresenta normalidade em relação ao tamanho e formato do osso basal, simetria 
facial e relação entre molares em classe I de Angle. É observado espaço satisfatório para o 
descruzamento do elemento dentário e bom desenvolvimento da raiz dentária, apresentando 
menos de 1/3 de sobremordida vertical. Paciente colaboradora, demonstrando empolgada com 
a possibilidade de correção do mau posicionamento do elemento dentário. O aparelho de 
escolha foi a placa com mola digital, devido ao pouco movimento dentário necessário para que 
o elemento dentário seja reposicionado adequadamente e ao singular caso de má oclusão da 
paciente, não sendo necessárias outras correções e alterações de sua oclusão. Como a 
paciente é colaborada, pode ser usado um aparelho móvel, ressaltando que se trata de um 
aparelho de simples confecção e manutenção. A movimentação ocorrerá pela inclinação do 
elemento dentário em direção a vestibular, pela ação de uma mola digital na sua face palatina, 
o movimento será contido por um grampo de Hawley. O tratamento tem duração de cerca de 3 
semanas, existindo pouca chance de recidiva. 
 
 
 
Maria Carmen Pereira 
 
17) CLASSIFIQUE E CONCEITUE AS MORDIDAS CRUZADAS DE ACORDO COM A 
ORIENTAÇÃO ANATÔMICA. 
As mordidas cruzadas são classificadas em relação à orientação anatômica em: mordidas 
cruzadas linguais, mordidas cruzadas linguais completas e mordidas cruzadas vestibulares. 
A mordida cruzada lingual é mais comumente encontrada e é caracterizada pela aproximação 
de 2,5 a 5mm dos dentes posteriores superiores em relação à linha média representada pela 
rafe palatina mediana, o que faz com que a cúspide vestibular dos dentes posteriores superiores 
ocluam no sulco central dos dentes posteriroes inferiores ou em região próxima. 
A mordida cruzada lingual completa é uma situação mais severa, podendo ser representada 
pelas cúspides vestibulares dos dentes posteriores superiores ocluindo totalmente por lingual 
em relação aos dentes posteriores inferiores. Essa aproximação, clinicamente, pode ser de 8 a 
10mm em relação à linha média da rafe palatina. É uma situação comum de observar em 
maloclusão Classe III severa ou pacientes que possuem atresia severa do palato. 
Nas mordidas cruzadas vestibulares teremos os dentes posteriores superiores ocluindo em uma 
relação vestibular aos seus antagonistas, podendo acometer um elemento dentário ou todo o 
arco; quando tal situação acontece, é chamada de síndrome de Brodie, comum em pacientes 
com maloclusão Classe II, 1ª divisão, sendo uma condição bastante severa e dificil de tratar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Carmen Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Carmen Pereira 
 
18) CLASSIFIQUE E CONCEITUE AS MORDIDAS CRUZADAS DE ACORDO COM O FATOR 
ETIOLÓGICO. 
As mordidas cruzadas podem ser classificadas quanto à sua etiologia em: 
1) Mordidas Cruzadas Dentárias ou Dento-Alveolares 
- Mordidas cruzadas anteriores dentárias: Inclinações dentárias anormais e bases ósseas bem 
relacionadas entre si. 
- Mordidas cruzadas posteriores dentárias: Inclinação axial incorreta localizada, dente não 
centralizado no osso basal e geralmente são unilaterais. 
 
2) Mordidas Cruzadas Funcionais ou Musculares 
- Mordidas cruzadas anteriores funcionais: Possuem interferência oclusal em RC e desvio da 
mandíbula em direção anterior. 
- Mordidas cruzadas posteriores funcionais: Possuem interferência oclusal em RC e desvio da 
mandíbula em direção lateral. 
 
3) Mordidas Cruzadas Esqueléticas 
- Mordidas cruzadas anteriores esqueléticas: Comprometimento das bases ósseas apicais e 
características de Maloclusão Classe III de Angle (ângulo SNB > Ângulo SNA e ângulo ANB < 
0) 
- Mordidas cruzadas posteriores esqueléticas: Possuem atresia maxilar (menor largura palatal), 
dente bem implantado no osso basal e podem ser uni ou bilateral. 
 
RESUMO 
 Dentárias / Dentoalveolares: inclinações dentárias/ axiais anormais, mas as bases 
ósseas se relacionam bem entre si. Podem ser anteriores ou posteriores. 
 Funcionais: há interferência oclusal em RC (= contato prematuro). Para que se faça 
esse diagnóstico, devemos manipular o paciente em RC, observar interferências 
oclusais e se há desvio de linha media (lateral) ou desvio mandibular (anterior). 
Pode ser anterior (desvio mandibular para anterior) ou posterior (desvio mandibular 
lateral). 
 Esqueléticas: existe um comprometimento / desarmonia verdadeira das bases 
ósseas. Pode ser anterior (Classe III de Angle) ou posterior (atresia maxilar 
verdadeira). 
 
 
 
 
 
Maria Carmen Pereira 
 
19) COMO É REALIZADO O DIAGNÓSTICO DE MORDIDAS CRUZADAS FUNCIONAIS? 
O diagnóstico de mordidas cruzadas funcionais, tanto anterior quanto posterior, é basicamente 
clínico, onde a mandíbula é manipulada para RC e se identifica interferência oclusal (muito 
comum envolvendo os caninos decíduos, por exemplo). Em mordidas cruzadas funcionais 
anteriores, a mandíbula em RC busca sair da situação de instabilidade decorrente da 
interferência oclusal e, para ocluir com a maxila, realiza desvio para anterior. Não obstante, em 
mordidas cruzadas posteriores, a mandíbula em RC busca sair da situação de instabilidade 
decorrente da interferência oclusal e, para ocluir com a maxila, realiza desvio para lateral. 
Também, em mordidas cruzadas funcionais, quando se está em RC, há coincidência das linhas 
médias dentárias superior e inferior, e tais linhas passam a ficar desviadas uma da outra 
quando se oclui. 
20) QUAIS SÃO AS CAUSAS DETERMINANTES DA SOBREMORDIDA EXAGERADA? 
 Infraoclusão dos dentes posteriores; 
 Extrusão dos dentes anteriores superiores; 
 Extrusão dos dentes anteriores inferiores; 
 Inclinação lingual excessiva dos dentes posteriores inferiores. 
 
21) COMO PODEM SER IDENTIFICADAS A SOBREMORDIDA EXAGERADA DE ORIGEM 
DENTÁRIA E A SOBREMORDIDA EXAGERADA DE ORIGEM ESQUELÉTICA? 
A sobremordida exagerada é uma maloclusão de sentido vertical, onde o trespasse vertical é 
maior que 30%. Pode estar associada a problemas dentários, esqueléticos ou neuromusculares. 
Para ser feito o diagnóstico, a área do arco acometida e se a etiologia é esqueletal ou dentária, 
usa-se modelos de gesso, fotografias, exame clínico e radiografias cefalométricas. 
A análise cefalométrica nos fornece um dado que nos permite saber saber se a sobremordida 
exagerada e esqueletal ou dentária. Quando o paciente apresenta planos horizontais bastante 
paralelos a origem dessa sobremordida exagerada é de origem esqueletal, enquanto que se os 
planos horizontais estão normais e há a presença de uma sobremordida exagerada, a sua 
origem é dentária. 
Alem desse dado fornecido pelos traçadoscefalométricos, podemos identificar a presença de: 
infraoclusão dos dentes posteriores (pode ocorrer devido a coroa dos dentes posteriores serem 
pequenas, sendo uma maloclusão de origem dentária então; ou pode ocorrer porque a 
musculatura não permite a erupção desses dentes, sendo uma maloclusão de origem 
esqueletal, neste último caso, o paciente apresentar o terço inferior da face diminuído), extrusão 
dos dentes anteriores inferiores(Curva de Spee patológica, bastante acentuada), extrusão dos 
dentes anteriores superiores e inclinação lingual excessiva dos dentes posteriores inferiores (a 
mandibula estaria numa posição posterior e os dentes inferiores inclinam para a lingual, 
Maria Carmen Pereira 
 
provocando outra maloclusão além da mordida cruzada vestibular, uma sobremordida 
exagerada de origem esqueletal). 
22) COMO PODEMOS DIFERENCIAR A MORDIDA ABERTA DE ORIGEM DENTÁRIA DA 
MORDIDA ABERTA DE ORIGEM ESQUELÉTICA? 
Uma mordida aberta de origem dentária envolve somente dentes e processo alveolar. Há um 
bom padrão esqueletico, normalmente é um hábito que impede o desenvolvimento normal dos 
dentes, como uma projeção lingual, morder bochechas e objetos, e, removendo esse habito em 
uma fase precoce pode corrigir a mordida aberta com o desenvolvimento normal dos dentes e 
do processo alveolar. Já a mordida aberta de origem esquelética apresenta tratamento mais 
complexo, pois além do envolvimento dentário, é caracterizada pelo envolvimento esquelétido 
do paciente, com alteração no crescimento da mandibula e da maxila. A maxila pode ter um 
crescimento vertical muito grande que pode levar a um deslocamento da mandíbula no sentido 
horário(posterior e inferior), ou também uma falta de crescimento no ramo da mandíbula que 
será observado atraves do ângulo sela-násio acima de 37-40º. Tais alterações são observadas 
na cefalometria, através da analise do ângulo do plano mandibular, o plano oclusal e o plano 
palatal (estende-se da espinha nasal anterior até a espinha nasal posterior) e mais o ângulo 
sela-násio, são divergentes para a anterior. 
23) EM QUAIS SITUAÇÕES PODEMOS ESPERAR A INSTALAÇÃO DE MORDIDA ABERTA DE 
ORIGEM DENTÁRIA? DESCREVER UM EXEMPLO CLÍNICO EXPLICANDO A ABORDAGEM DE 
TRATAMENTO QUE PODE SER REALIZADA. 
Exemplo clínico: Hábitos viciosos como chupar chupeta, dedo, com duração, frequência e 
intensidade (tríade de Graber). 
Abordagem de Tratamento: Remoção do hábito, orientação de tratamento. Tratar a 
consequência não adianta, a causa deve ser removida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Carmen Pereira 
 
24) QUANDO E POR QUE DEVEM SER CORRIGIDAS AS DESARMONIAS ESQUELÉTICAS DA 
FACE NO SENTIDO ÂNTERO-POSTERIOR? 
As desarmonias esqueléticas devem ser corrigidas o quanto mais breve possível, a época ideal 
é aquela que estamos no surto de crescimento e temos um favorecimento no tratamento. 
Quando identificado precocemente um problema, o ortodontista pode elaborar um plano de 
tratamento menos invasivo, utilizando aparelhos extra orais nas maloclusões Classe II 
(esqueléticas) e em alguns casos de Classe III, o objetivo, neste caso, é tentar restringir um 
pouco o crescimento da maxila em casos de protrusão maxilar, e, permitir que a mandíbula 
expresse seu crescimento. 
A Classe III é um pouco mais difícil de ser tratada, principalmente aquelas que envolvem 
prognatismo mandibular, pode ser necessário um tratamento mais invasivo, orto-cirurgico. 
O paciente pode ter maloclusão Classe III devido a uma deficiência maxilar. Nesses casos, o 
pode ser realizada a interceptação através da protação maxilar. Faz-se a disjunção e a 
protração maxilar com o objetivo de “puxar” a maxila, a protação é a tração anterior da maxila, 
antes do surto de crescimento (8-9 anos). Quando a Classe III é bastante acentuada e tem o 
componente mandibular, pode até ser feita tração da maxila, a fim de amenizar a desarmonia, 
e, às vezes, corrigir uma mordida cruzada anterior e acompanhar aquele paciente, porém é 
importante orientar os pais que certamente este caso será orto-cirúrgico (tratamento 
paleativo). 
25) EXPLIQUE COMO PODE SER REALIZADA A AVALIAÇÃO DA IDADE ESQUELÉTICA E 
QUAL SUA IMPORTÂNCIA CLÍNICA NO DIAGNÓSTICO ORTODÔNTICO. 
Os principais métodos para análise da idade esquelética são radiográficos e consistem na 
radiografia carpal (mão e punho) e a análise do grau de maturação das vértebras cervicais C2 
a C4 pela telerradiografia lateral, permitindo estimar o período de crescimento em que o 
paciente se encontra utilizando-se de metodologias específicas e até mesmo softwares. O 
exame radiográfico representa uma ferramenta valiosa diagnóstico clínico em Ortodontia. O 
tecido ósseo mineralizado é um tecido dinâmico, com potencial para crescer e remodelar-se, 
permanecendo ativo durante toda a vida, conhecer o momento de um surto de crescimento 
favorece o tratamento, pois possibilita ao profissional poder planejar-se e intervir de maneira 
assertiva e mais eficaz com aparelhos e/ ou intervenções que guiem o sentido de crescimento.

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