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UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS 4 específico, supondo-se para o mesmo fim, pelo menos, o domínio apropriado das técnicas, conhecimento de ritmo, além de urna boa preparação física”. Bonacelli (2004, p. 82) diz que "a natação competitiva busca, preferivelmente, o rendimento na luta contra o cronômetro, no excesso de treinamento, visando uma adaptação superior na padronização dos movimentos". Em relação à metodologia de ensino da natação, a diversidade entre os autores continua. De acordo com Damasceno (1992), o primeiro manual de aprendizagem da natação foi escrito por Nikolaus Wynmann em 1538. Depois disso, surgiram muitos outros trabalhos, produzindo uma grande diversidade sobre o assunto. Hoje em dia, muitos autores defendem a ideia de que o processo de aprendizagem da natação deve ser iniciado com a adaptação dos alunos ao meio líquido, para depois serem ensinados os nados propriamente ditos. Nesta direção, Andries Junior (2008) entende que o homem, como os animais, tem as suas habilidades naturais dentro das atividades físicas, sendo-lhe, de um modo geral, relativamente fácil correr, saltar, trepar e arremessar. Para o nadar essa facilidade não acontece, pois isso é uma habilidade adquirida, sendo preciso que se passe por um processo de adaptação e aprendizagem. Conforme Damasceno (1992), as adaptações na terra são bem diferentes das adaptações na água e, por isso, o homem deve passar por um novo processo de adaptação das estruturas de base para aprender a nadar. De acordo com Andries Júnior (2008), as fases que se deve dominar antes de iniciar a aprendizagem dos nados são: os primeiros contatos com a água, a respiração, a flutuação, a propulsão e a entrada na água. Após estas fases é que serão introduzidos os nados propriamente ditos. Todavia, “nadar” não é apenas o nadar indo e vindo, numa piscina artificial e regulamentada, tal qual é ensinado e treinado nas escolas e nos clubes em geral. A natação é muito mais que nadar rapidamente em linha reta, é a múltipla, pura e simples relação com a água e com o próprio corpo. De acordo com Burkhardt e Escobar (1985), deve-se compreender a natação como contribuição no processo de educação integral dos indivíduos. Além disso, os autores salientam que o movimento humano sistematizado em exercícios terapêuticos, definidos como movimento do corpo ou das partes do corpo para aliviar sintomas ou melhorar as funções, é prática secular em diversas civilizações para corrigir problemas variados, como postura, respiração e equilíbrio mental. Para Catteau e Garoff, (1990, p. 61), “saber nadar é ter resolvido, quantitativamente, em qualquer eventualidade, o triplo problema que se coloca permanente: melhor equilíbrio, melhor respiração e melhor propulsão, no elemento líquido". E continua: "Praticar a natação é ter gosto e a possibilidade, ou ainda a obrigação de expressar-se no elemento líquido, dentro de uma certa periodicidade, tomando consciência das próprias limitações e capacidade de progresso, propondo-se um ou mais objetivos e escolhendo a maneira de executá-los".
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