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Atividades Aquáticas 14

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UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
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específico, supondo-se para o mesmo fim, pelo menos, o domínio apropriado das 
técnicas, conhecimento de ritmo, além de urna boa preparação física”. Bonacelli 
(2004, p. 82) diz que "a natação competitiva busca, preferivelmente, o rendimento 
na luta contra o cronômetro, no excesso de treinamento, visando uma adaptação 
superior na padronização dos movimentos".
Em relação à metodologia de ensino da natação, a diversidade entre 
os autores continua. De acordo com Damasceno (1992), o primeiro manual de 
aprendizagem da natação foi escrito por Nikolaus Wynmann em 1538. Depois 
disso, surgiram muitos outros trabalhos, produzindo uma grande diversidade 
sobre o assunto. Hoje em dia, muitos autores defendem a ideia de que o processo 
de aprendizagem da natação deve ser iniciado com a adaptação dos alunos ao 
meio líquido, para depois serem ensinados os nados propriamente ditos. Nesta 
direção, Andries Junior (2008) entende que o homem, como os animais, tem as 
suas habilidades naturais dentro das atividades físicas, sendo-lhe, de um modo 
geral, relativamente fácil correr, saltar, trepar e arremessar. 
Para o nadar essa facilidade não acontece, pois isso é uma habilidade 
adquirida, sendo preciso que se passe por um processo de adaptação e 
aprendizagem. Conforme Damasceno (1992), as adaptações na terra são bem 
diferentes das adaptações na água e, por isso, o homem deve passar por um 
novo processo de adaptação das estruturas de base para aprender a nadar. De 
acordo com Andries Júnior (2008), as fases que se deve dominar antes de iniciar 
a aprendizagem dos nados são: os primeiros contatos com a água, a respiração, 
a flutuação, a propulsão e a entrada na água. Após estas fases é que serão 
introduzidos os nados propriamente ditos.
Todavia, “nadar” não é apenas o nadar indo e vindo, numa piscina artificial 
e regulamentada, tal qual é ensinado e treinado nas escolas e nos clubes em geral. 
A natação é muito mais que nadar rapidamente em linha reta, é a múltipla, pura 
e simples relação com a água e com o próprio corpo. De acordo com Burkhardt 
e Escobar (1985), deve-se compreender a natação como contribuição no processo 
de educação integral dos indivíduos. Além disso, os autores salientam que o 
movimento humano sistematizado em exercícios terapêuticos, definidos como 
movimento do corpo ou das partes do corpo para aliviar sintomas ou melhorar 
as funções, é prática secular em diversas civilizações para corrigir problemas 
variados, como postura, respiração e equilíbrio mental.
Para Catteau e Garoff, (1990, p. 61), “saber nadar é ter resolvido, 
quantitativamente, em qualquer eventualidade, o triplo problema que se coloca 
permanente: melhor equilíbrio, melhor respiração e melhor propulsão, no 
elemento líquido". E continua: "Praticar a natação é ter gosto e a possibilidade, 
ou ainda a obrigação de expressar-se no elemento líquido, dentro de uma certa 
periodicidade, tomando consciência das próprias limitações e capacidade 
de progresso, propondo-se um ou mais objetivos e escolhendo a maneira de 
executá-los".

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