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ACISTENCIA FISIOTERAPEUTICA DOENÇAS CRONICA DCNT 3 niveis

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ASSITÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA PARA 
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 
NOS 3 NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE 
Prof.ª Drª Paula Michele dos Santos Leite 
 
 
Atuação da fisioterapêutica nos 3 
níveis de atenção á saúde 
O que são as Doenças Crônicas Não 
Transmissíveis (DCNT) 
• Doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, 
câncer e diabetes mellitus 
 
• Múltipla etiologia, curso prolongado, origem não 
infecciosa, associação com deficiências e incapacidades 
funcionais 
 
Doenças Crônicas Não Transmissíveis 
(DCNT) 
Sato et al., 2017 
• Mais de 36 milhões de pessoas morreram no mundo de 
DCNT em 2008 
 
 
 
 
 
 
 
Doenças Crônicas Não Transmissíveis 
(DCNT) 
Sato et al., 2017 
57% 25% 
14% 
4% 
Doenças Circulatórias
Câncer
Doenças Crônicas Não Transmissíveis 
(DCNT) 
• O problema de saúde de maior 
magnitude 
 
• Cerca de 70% das causas de mortes 
 
• Atinge fortemente camadas pobres da 
população 
 
• E grupos mais vulneráveis, como a 
população de baixa escolaridade e 
renda. 
Sato et al., 2017 
• Em 2025, o Brasil terá mais de 30 milhões de indivíduos 
com 60 anos ou mais, e a maioria deles, cerca de 85%, 
apresentará pelo menos uma doença 
 
• Diabetes melittus (DM) e hipertensão arterial (HA) 
atingem, respectivamente, 6,3% e 23,3% dos adultos 
brasileiros 
 
 
 
 
 
Doenças Crônicas Não Transmissíveis 
(DCNT) 
Brasil., 2013 
• No Brasil, 52,6% dos homens e 44,7% das mulheres 
com mais de 18 anos estão acima do peso ideal. 
 
• O excesso de peso é responsável por 58% da carga de 
doença relativa ao diabetes tipo II, 39% da doença 
hipertensiva, 21% do infarto do miocárdio, 12% do 
câncer de cólon e reto e 8% do câncer de mama 
 
 
 
 
 
 
Doenças Crônicas Não Transmissíveis 
(DCNT) 
Brasil., 2013 
• Em relação às neoplasias, os tipos de câncer que 
causaram mais mortes entre as mulheres foram os de 
mama – 15,2%, seguido pelo câncer da traqueia, 
brônquios e pulmões – 9,7% e colo de útero – 6,4%. 
 
• Entre os homens, a primeira causa foi o câncer de 
traqueia, brônquios e pulmões – 15%, seguido pelo de 
próstata – 13,4% e o de estômago – 9,8% 
 
 
 
 
 
Doenças Crônicas Não Transmissíveis 
(DCNT) 
Brasil., 2013 
• Fatores de risco não modificáveis: sexo, idade, herança 
genética 
 
• Fatores de risco modificáveis: tabagismo, alimentação 
não saudável, sedentarismo, consumo de álcool e 
obesidade 
 
• Potencializados pelos aspectos econômicos, culturais e 
ambientais 
 
Doenças Crônicas Não Transmissíveis 
(DCNT) 
Sato et al., 2017 
• Desigualdades sociais 
 
• Diferenças no acesso aos bens e aos serviços 
 
• Baixa escolaridade 
 
Determinantes sociais das DCNTs 
BRASIL., 2011 
Perfil epidemiológico da população 
brasileira 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA BRASILEIRA 
• População 
predominantemente rural 
 
• Modelo agrário-exportador 
 
• Expectativa de vida baixa 
 
• Fome endêmica e 
epidêmica 
• População 
predominantemente urbana 
 
• Modelo industrial-
desenvolvimentista 
 
• Expectativa de vida alta 
 
• Sobrepeso/obesidade 
 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA BRASILEIRA 
População 
predominantemente rural 
População 
predominantemente urbana 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 
MUDANÇA NO ESTILO DE VIDA 
Preocupação com a 
fome/desnutrição 
Preocupação com o 
sobrepeso/obesidade 
Bispo-Júnior et al., 2013 
Diminuição no quadro de fome crônica: 
 
• Programa de Combate às Carências Nutricionais, transformado 
em Bolsa Alimentação e mais tarde denominado Bolsa Família 
 
• Programa da Merenda Escolar 
 
• Incentivo ao aleitamento materno e imunização das crianças 
 
• Melhoria no acesso a água tratada e esgotamento sanitário 
 
 
 
 
 
OBESIDADE 
Preocupação com a 
fome/desnutrição 
Preocupação com o 
sobrepeso/obesidade 
Bispo-Júnior et al., 2013 
Eclosão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis: 
 
 
 
• Diabetes 
 
• Hipertensão 
 
• Hipercolesterolemia 
 
 
 
 
 
PERFIL DE MORTALIDADE 
ANTES DEPOIS 
Bispo-Júnior et al., 2013 
Doenças Infecciosas 
Parasitárias (DIP) 
 
• Tuberculose, Malária 
 
• Leishmanioses 
 
• Esquistossomose 
 
• Febre amarela 
 
• Sarampo 
 
• Doença de Chagas 
 
 
 
 
 
• Doenças do Aparelho 
Circulatório (DAC) 
 
• Doenças Neoplásicas 
 
• Causas Externas 
 
 
 
 
Níveis de atenção à saúde 
Doenças Crônicas Não Transmissíveis 
(DCNT) 
Redes e Linhas de cuidado 
 Brasil, 2013; Mendes, 2015 
Redes e Linhas de cuidado 
 Brasil, 2013; Mendes et al., 2008 
• O cuidado de usuários com doenças crônicas deve se dar de forma 
integral 
 
• Cada serviço deve ser repensado como um componente 
fundamental da integralidade do cuidado, como uma estação no 
circuito que cada indivíduo percorre para obter a integralidade de 
que necessita 
 
• Portaria nº 4.279, de 30/12/2010 estabelece diretrizes para a 
estruturação da Rede de Atenção à Saúde (RAS) como estratégia 
para superar a fragmentação da atenção e da gestão nas regiões 
de saúde e aperfeiçoar o funcionamento político institucional do 
SUS 
Organização da Atenção às DCNT em 
Redes e Linhas de cuidado 
 Brasil, 2013; Malta et al., 2010, Mendes et al., 2008 
Modelo de Atenção às Condições 
Crônicas (MACC) 
Mendes et al., 2011 
Modelo de Atenção às Condições 
Crônicas (MACC) 
Mendes et al., 2011 
• Opera-se com a população total de uma rede de atenção à 
saúde com foco nos determinantes sociais intermediários, ou 
seja, 
 
• Os macrodeterminantes, condições de vida e de trabalho, o 
acesso aos serviços essenciais e as redes sociais e 
comunitárias 
 
• Nesse nível se propõem as intervenções de promoção da 
Saúde para a população total, realizadas por meio de ações 
intersetoriais 
NÍVEL 1 
Modelo de Atenção às Condições 
Crônicas (MACC) 
Mendes et al., 2011 
• Subpopulações estratificadas por fatores de risco, com foco nos 
determinantes proximais ligados aos comportamentos e aos 
estilos de vida, 
 
• Por meio de intervenções de prevenção de doenças, voltadas 
para indivíduos e subpopulações. 
 
• A prevenção dá-se com a modificação de fatores de risco 
comportamentais, tais como a alimentação inadequada, o 
sedentarismo, o tabagismo, o excesso de peso e o uso 
excessivo de álcool 
NÍVEL 2 
Modelo de Atenção às Condições 
Crônicas (MACC) 
Mendes et al., 2011 
• Subpopulações estratificadas por fatores de risco, com foco nos 
determinantes proximais ligados aos comportamentos e aos 
estilos de vida, 
 
• Por meio de intervenções de prevenção de doenças, voltadas 
para indivíduos e subpopulações. 
 
• A prevenção dá-se com a modificação de fatores de risco 
comportamentais, tais como a alimentação inadequada, o 
sedentarismo, o tabagismo, o excesso de peso e o uso 
excessivo de álcool 
NÍVEL 2 
Modelo de Atenção às Condições 
Crônicas (MACC) 
Mendes et al., 2011 
• Subpopulações que já apresentam doença crônica 
estabelecida. 
 
• Nele as condições crônicas são de baixo ou médio risco ou a 
subpopulação apresenta fatores de risco biopsicológicos 
 
• Nesse nível, a atenção à saúde é fortemente ancorada em 
ações de autocuidado apoiado, mas existe também a atenção 
clínica ao indivíduo realizada, de maneira geral, pela atenção 
básica 
NÍVEL 3 
Modelo de Atenção às Condições 
Crônicas (MACC) 
Mendes et al., 2011 
• Opera-se com subpopulações com condição crônica de alto ou 
muito alto risco 
 
• Nesse nível, além do autocuidado apoiado observa-se a 
necessidade mais significativa de cuidados profissionais, 
incluindo o especializado 
NÍVEL 4 
Modelo de Atenção às Condições 
Crônicas (MACC) 
Mendes et al., 2011 
• Subpopulações que apresentam condição de saúde muito 
complexa e que chegam a consumir a maior parte dos recursos 
globaisde um sistema de atenção à saúde 
 
• Nesse nível, as intervenções podem ser realizadas pela 
tecnologia da gestão de caso e, em geral, exigem planos de 
cuidado mais singulares 
NÍVEL 5 
PONTOS DE ATENÇÃO E SUAS 
FUNÇÕES NA REDE DE ATENÇÃO ÀS 
DOENÇAS CRÔNICAS 
PONTOS DE ATENÇÃO E SUAS 
FUNÇÕES NA REDE DE ATENÇÃO ÀS 
DOENÇAS CRÔNICAS 
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE 
ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA E ATENÇÃO 
HOSPITALAR (ATENÇÃO COMPLEMENTAR) 
FORMAS DE RELAÇÃO POSSÍVEL ENTRE A ABS E A AAE 
Brasil, 2013; Mendes et al., 2011 
• Ordenadora da Rede e Coordenadora do Cuidado 
 
• Ponto de atenção com maior capilaridade e potencial para 
identificar as necessidades de saúde da população 
 
• Realizar a estratificação de riscos que subsidiará a organização 
do cuidado em toda a rede 
 
• É responsável também por realizar ações de promoção e de 
proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, 
tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da 
saúde para a maior parte da população 
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE 
Pontos de atenção e suas funções na 
Rede de Atenção às DCNT 
Brasil, 2013; Mendes et al., 2011 
• Estratégia Saúde da Família é a principal estratégia de 
organização e expansão da ABS 
 
• Também assume importância a implantação dos serviços de 
ABS para populações específicas (equipes de Saúde da 
Família para populações ribeirinhas, Unidades Básicas de 
Saúde Fluviais, equipes de Consultório na Rua) 
 
• Expansão e aprimoramento do apoio matricial às equipes de 
referência da ABS por meio dos Núcleos de Apoio à Saúde da 
Família (Nasf) 
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE 
Pontos de atenção e suas funções na 
Rede de Atenção às DCNT 
• Atenção primária, atenção básica, medicina comunitária ou 
cuidados primários em saúde 
 
• Conjunto de ações, de caráter individual ou coletivo, situadas no 
primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, voltada para a 
promoção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento e a 
reabilitação 
 
• A assistência à saúde é muito mais do que assistência à doença 
 
• Não apenas competência técnica 
 
• Incorpora instrumentos advindos das ciências sociais (antropologia, 
sociologia e história) e humanas (economia, geografia, etc) 
 Lacerda et al., 2006 
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE 
• Universalidade, acessibilidade, vínculo, continuação do cuidado, 
integralidade da atenção, responsabilização, humanização, 
equidade e participação social 
 
• Promoção e proteção da saúde, prevenção a de agravos, 
diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e 
manutenção da saúde, no âmbito individual e coletivo 
 Brasil, 2011; Lacerda et al., 2006 
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE 
• Facilitar o acesso da população 
 
• Deslocamento até centros especializados (limitações físicas, 
pacientes acamados, questões financeiras) 
 
• Listas de espera onde as pessoas esperam meses por atendimento 
 
• Consegue a vaga mas não tem 
condições de continuar o tratamento 
 
• A maioria dos serviços centradas 
nas grandes cidades 
Fisioterapia na atenção primária à 
saúde 
 Brasil, 2011; Lacerda et al., 2006 
• Adaptação dos recursos terapêuticos à realidade socioeconômica 
local 
Fisioterapia na atenção primária à 
saúde 
 Brasil, 2011; Lacerda et al., 2006 
Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado nos princípios da 
Promoção à Saúde 
 
O.G.V., sexo masculino, 78 anos, casado, portador de deficiência 
visual severa devido ao diabetes mellitus e incapacidade funcional 
para a marcha. Residente em área portuária de uma capital, com 
esposa, quatro filhos (uma mora em São Paulo) e quatro netos. 
Fisioterapia na atenção primária à 
saúde 
Bispo-Júnior et al., 2013 
Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado nos princípios da 
Promoção à Saúde 
 
O fisioterapeuta identifica alguns problemas cinético-funcionais e inicia 
o tratamento do paciente 
Fisioterapia na atenção primária à 
saúde 
Bispo-Júnior et al., 2013 
Problemas Ações Promocionais 
 
 
 
1. Não era aposentado por ter 
trabalhado informalmente com 
prático no porto 
1. Informação à família sobre 
Benefício de Prestação de 
Continuada da Lei Orgânica da 
Assistência Social 
2. Realização de visita conjunta 
com a Assistente Social 
3. Viabilização da visita dos 
técnicos da previdência social para 
cadastramento, análise e 
concessão do benefício 
Bispo-Júnior et al., 2013 
Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado 
nos princípios da Promoção à Saúde: 
Problemas Ações Promocionais 
 
 
2. Os 3 netos de O.G,V. com 
idades de 6, 7 e 9 anos estavam 
fora da escola 
1. Visita de Assistente Social, de 
Coordenadora Pedagógica da 
Escola do bairro e do Conselheiro 
Tutelar local para as devidas 
orientações e inserção das 
crianças na escola e nos 
programas de renda e alimentação 
do Estado 
Bispo-Júnior et al., 2013 
Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado 
nos princípios da Promoção à Saúde: 
Problemas Ações Promocionais 
 
3. Os 3 filhos de O.G,V. estavam 
desempregados 
1. Encaminhamento para os 
programas de qualificação e 
inserção no trabalho da Secretaria 
de Assistência Social do município 
Bispo-Júnior et al., 2013 
Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado 
nos princípios da Promoção à Saúde: 
Problemas Ações Promocionais 
4. O.G.V. relata ao fisioterapeuta 
que tinha o desejo de voltar a 
sentir a brisa no rosto e as ondas 
em seu pés 
1. Grupo com profissionais de 
saúde, clube de taxistas e família 
para conduzir O.G.V. ao mar 
Bispo-Júnior et al., 2013 
Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado 
nos princípios da Promoção à Saúde: 
Desdobramentos 
1. A partir do caso de O.G.V., instituiu-se um grupo comunitário que se 
reunia mensalmente para visitar, avaliar e encaminhar os casos 
semelhantes 
 
2. O Conselho Tutelar estabeleceu parceria de visita com os Agentes 
Comunitários de Saúde o propósito de identificar os casos de crianças 
e adolescentes em situação de risco 
 
Bispo-Júnior et al., 2013 
Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado 
nos princípios da Promoção à Saúde: 
Desdobramentos 
3. A equipe de saúde passou a identificar os casos de jovens e adultos 
sem emprego e renda e encaminhar para os programas de qualificação 
e inserção no trabalho 
 
4. Criou-se uma Sala de Situação com profissionais de saúde da 
equipe da unidade e representantes da comunidade com o objetivo de 
identificar os principais problemas de saúde e seus determinantes e 
elaborar estratégias de enfrentamento 
 
Bispo-Júnior et al., 2013 
Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado 
nos princípios da Promoção à Saúde: 
Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado nos princípios da 
Promoção à Saúde 
 
O.G.V., sexo masculino, 78 anos, casado, portador de deficiência 
visual severa devido ao diabetes mellitus e incapacidade funcional 
para a marcha. Residente em área portuária de uma capital, com 
esposa, três filhos e três netos. 
Fisioterapia na atenção primária à 
saúde 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
Bispo-Júnior et al., 2013; Lacerda et al., 2006 
EDUCAÇÃO POPULAR 
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 
• Fatores de risco 
 
• Mudança de comportamentos e adoção de hábitos de vida 
saudáveis 
 
• Informações baseadas na clínica e na epidemiologia repassadas 
em palestras 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 
• Fortemente ancorada nos 
conhecimentos técnico-
científicos da biomedicina 
 
• Recomendações e regras 
 
• Verticalizada dos dominantes 
para os dominados 
 
• Desconsideração dos valores 
populares 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO POPULAR 
EDUCAÇÃO POPULAR 
Bispo-Júnior et al., 2013; Freire, 1978 
• Início dos anos1960 
 
• Educação agradável ao povo, educação própria do 
povo, sociotransformadora 
 
• Formação de pessoas mais conscientes e construir 
relações sociais mais justas 
 
• O diálogo como base conceitual, não só estratégia 
ou metodologia de trabalho 
 
• Diálogo de forma horizontal, bidirecional e 
participativa 
 
• O educador também se educa ao educar 
 
EDUCAÇÃO POPULAR 
Bispo-Júnior et al., 2013 
A ação educativa é compreendida 
como um processo intelectual, 
afetivo e social, cujo objetivo é 
apurar, organizar e aprofundar o 
sentir, pesar e agir dos sujeitos e 
grupos oprimidos da sociedade 
SENTIMENTOS 
INQUIETAÇÕES 
SABER 
EDUCAÇÃO POPULAR 
Bispo-Júnior et al., 2013 
INTEGRALIDADE DO SER HUMANO 
CONCEITO DE SAÚDE 
 Organização Mundial de Saúde (OMS) 
“Saúde é um estado de bem-estar físico, 
mental e social, e não apenas a ausência de 
afecção ou doença 
CONCEITO DE SAÚDE 
 Ferrara, 1988 
“Um contínuo agir do homem frente ao 
universo físico, mental e social em que vive, 
sem regatear um só esforço para modificar, 
transformar e recriar aquilo que deve ser 
mudado” 
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE 
Lacerda et al., 2006 
• Não é simplesmente fazer as pessoas 
mudarem seus hábitos e comportamentos 
considerados prejudiciais 
 
• Ajudar na busca da compreensão das raízes 
dos problemas de saúde da população e 
procurar soluções para estes problemas 
 
• Educação baseada no diálogo, numa 
constante troca entre o saber científico e o 
saber popular, onde ambos ensinam e 
aprendem 
 
• Não-superioridade de um saber com relação 
ao outro 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE 
Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 
• O profissional deve ter a humildade de reconhecer que seu saber 
não é absoluto 
 
• O profissional tem muito a aprender com as pessoas 
 
• O profissional deve valorizar o conhecimento já elaborado pelo 
sujeito e sua família, bem como suas experiências vividas no 
lidar com a doença e estratégias de convivência com o problema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE 
Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 
 
• Respeito pela diversidade cultural, diferença de valores, crenças e 
raças 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE 
Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 
• Conhecer as competências e habilidades dos sujeitos, em vez de 
considerá-los como carentes e ignorantes 
 
• O profissional deve compartilhar o saber, reforçando assim os 
processos geradores de autonomia dos usuários 
 
• Valorização dos saberes e iniciativas dos usuários 
 
• O saber acadêmico torna-se complementar e esclarecedor dos 
possíveis equívocos do saber popular 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE 
Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 
Cabe ao fisioterapeuta: 
 
• Compromisso com o empoderamento dos 
sujeitos sociais 
 
• Criar condições de protagonismo dos 
usuários 
 
• Estímulo à participação e à 
problematização das realidades dos 
usuários 
 
• Superar a tendência à medicalização dos 
problemas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE 
Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 
Não deixar o foco apenas na cura ou reabilitação de doenças: 
 
 
 
 PROMOÇÃO À SAÚDE 
 
 
 
• Implicações de ordem social, econômica e política 
 
• Moradia, emprego, lazer, bens sociais 
 
• Alterações nas relações de trabalho e enfrentamento das 
opressões presentes na sociedade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE 
 Bispo-Júnior et al, 2013 
Conselhos de Saúde 
 
• Prática que favorece a maior transparência das informações e 
maior participação da sociedade no processo decisório 
 
• Participação da sociedade civil organizada e dos usuários do 
SUS na discussão institucionalizada do ciclo de políticas de 
saúde dos estados e dos municípios 
 
• Acesso democratizado às informações 
 
• Exercício da cidadania e a possibilidade de contribuir com 
processos de mudanças e conquistas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE 
 Bispo-Júnior et al, 2013 
Redes de apoio social 
 
• Reconhecimento, valorização e fortalecimento dessas redes 
 
• Conjunto dos que interagem com o indivíduo em sua realidade 
social cotidiana (apoio material, afetivo, informacional) 
 
• Família, vizinhos, lideranças comunitárias e religiosas 
 
• Integração: visão ampliada do problema 
 
• Reconhece os limites da técnica 
 
• Valoriza a participação de novos atores no processo 
 
• Empoderamento dos sujeitos sociais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M.S.S., sexo feminino, 68 anos, casada, hipertensa, obesa, sedentária. 
Residente em área portuária de uma capital, com esposo, quatro filhos 
e quatro netos. Entretanto, passou 3 meses em São Paulo para 
acompanhar o final da gestação de sua filha e após o parto. 
 
M.S.S., ao retornar a sua cidade natal, começou a sentir fortes dores 
de cabeça 
 
M.S.S. vai até a Unidade de Saúde. O médico passa o medicamento e 
M.S.S. vai para casa. 
Pontos de atenção e suas funções na 
Rede de Atenção às DCNT 
 
M.S.S., ao retornar a sua cidade natal, começou a sentir fortes dores 
de cabeça 
 
M.S.S. vai até a Unidade de Saúde. O médico passa o medicamento e 
M.S.S. vai para casa. 
Pontos de atenção e suas funções na 
Rede de Atenção às DCNT 
Pontos de atenção e suas funções na 
Rede de Atenção às DCNT 
 
• M.S.S., não melhora, volta para a Unidade de Básica de Saúde. Lá 
ela tem um AVE 
 
• Chama a ambulância, dá os primeiros socorros e encaminha para 
Atenção Terciária 
 
• Sistema logístico que vai ligar a Atenção Primária à Atenção 
Terciária 
Pontos de atenção e suas funções na 
Rede de Atenção às DCNT 
 
• O fisioterapeuta encaminha que continue fazendo fisioterapia no 
ambulatório 
 
• Atenção primária agentes comunitário vão à casa dela para ver se 
ela está fazendo a Fisioterapia (Secundário e Terciário) 
 
• Alta da fisioterapia ambulatorial: contra referência para Atenção 
Primária 
Pontos de atenção e suas funções na 
Rede de Atenção às DCNT 
Pontos de atenção e suas funções na 
Rede de Atenção às DCNT 
Brasil, 2013; Mendes et al., 2012 
1) Referência e contrarreferência 
 
2) Relação de visitas periódicas de especialistas a generalistas 
 
3) Relação mediada por gestor de caso 
 
4) Coordenação do cuidado 
FORMAS DE RELAÇÃO POSSÍVEL ENTRE A ABS E A AAE 
Pontos de atenção e suas funções na 
Rede de Atenção às DCNT 
Brasil, 2013; Mendes et al., 2012 
• Os pontos de atenção hospitalar, junto às unidades de pronto 
atendimento (UPA) e ao Serviço de Atendimento Móvel de 
Urgência (Samu) 
 
• Farão a interlocução entre a Rede de Atenção às Pessoas com 
Doenças Crônicas e a Rede de Atenção às Urgências e 
Emergências 
 
FORMAS DE RELAÇÃO POSSÍVEL ENTRE A ABS E A AAE 
Pontos de atenção e suas funções na 
Rede de Atenção às DCNT 
Brasil, 2013; Mendes et al., 2012 
• Essa interface é fundamental no intuito de promover a assistência 
integral aos casos de agudização das doenças crônicas. 
 
• Nos ambientes hospitalares são realizados também os 
procedimentos de alta complexidade relacionados à atenção 
especializada hospitalar e sujeitos à regulação específica 
FORMAS DE RELAÇÃO POSSÍVEL ENTRE A ABS E A AAE 
Pontos de atenção e suas funções na 
Rede de Atenção às DCNT

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