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ASSITÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA PARA DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NOS 3 NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE Prof.ª Drª Paula Michele dos Santos Leite Atuação da fisioterapêutica nos 3 níveis de atenção á saúde O que são as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) • Doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, câncer e diabetes mellitus • Múltipla etiologia, curso prolongado, origem não infecciosa, associação com deficiências e incapacidades funcionais Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) Sato et al., 2017 • Mais de 36 milhões de pessoas morreram no mundo de DCNT em 2008 Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) Sato et al., 2017 57% 25% 14% 4% Doenças Circulatórias Câncer Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) • O problema de saúde de maior magnitude • Cerca de 70% das causas de mortes • Atinge fortemente camadas pobres da população • E grupos mais vulneráveis, como a população de baixa escolaridade e renda. Sato et al., 2017 • Em 2025, o Brasil terá mais de 30 milhões de indivíduos com 60 anos ou mais, e a maioria deles, cerca de 85%, apresentará pelo menos uma doença • Diabetes melittus (DM) e hipertensão arterial (HA) atingem, respectivamente, 6,3% e 23,3% dos adultos brasileiros Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) Brasil., 2013 • No Brasil, 52,6% dos homens e 44,7% das mulheres com mais de 18 anos estão acima do peso ideal. • O excesso de peso é responsável por 58% da carga de doença relativa ao diabetes tipo II, 39% da doença hipertensiva, 21% do infarto do miocárdio, 12% do câncer de cólon e reto e 8% do câncer de mama Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) Brasil., 2013 • Em relação às neoplasias, os tipos de câncer que causaram mais mortes entre as mulheres foram os de mama – 15,2%, seguido pelo câncer da traqueia, brônquios e pulmões – 9,7% e colo de útero – 6,4%. • Entre os homens, a primeira causa foi o câncer de traqueia, brônquios e pulmões – 15%, seguido pelo de próstata – 13,4% e o de estômago – 9,8% Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) Brasil., 2013 • Fatores de risco não modificáveis: sexo, idade, herança genética • Fatores de risco modificáveis: tabagismo, alimentação não saudável, sedentarismo, consumo de álcool e obesidade • Potencializados pelos aspectos econômicos, culturais e ambientais Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) Sato et al., 2017 • Desigualdades sociais • Diferenças no acesso aos bens e aos serviços • Baixa escolaridade Determinantes sociais das DCNTs BRASIL., 2011 Perfil epidemiológico da população brasileira TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA BRASILEIRA • População predominantemente rural • Modelo agrário-exportador • Expectativa de vida baixa • Fome endêmica e epidêmica • População predominantemente urbana • Modelo industrial- desenvolvimentista • Expectativa de vida alta • Sobrepeso/obesidade TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA BRASILEIRA População predominantemente rural População predominantemente urbana Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) MUDANÇA NO ESTILO DE VIDA Preocupação com a fome/desnutrição Preocupação com o sobrepeso/obesidade Bispo-Júnior et al., 2013 Diminuição no quadro de fome crônica: • Programa de Combate às Carências Nutricionais, transformado em Bolsa Alimentação e mais tarde denominado Bolsa Família • Programa da Merenda Escolar • Incentivo ao aleitamento materno e imunização das crianças • Melhoria no acesso a água tratada e esgotamento sanitário OBESIDADE Preocupação com a fome/desnutrição Preocupação com o sobrepeso/obesidade Bispo-Júnior et al., 2013 Eclosão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis: • Diabetes • Hipertensão • Hipercolesterolemia PERFIL DE MORTALIDADE ANTES DEPOIS Bispo-Júnior et al., 2013 Doenças Infecciosas Parasitárias (DIP) • Tuberculose, Malária • Leishmanioses • Esquistossomose • Febre amarela • Sarampo • Doença de Chagas • Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) • Doenças Neoplásicas • Causas Externas Níveis de atenção à saúde Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) Redes e Linhas de cuidado Brasil, 2013; Mendes, 2015 Redes e Linhas de cuidado Brasil, 2013; Mendes et al., 2008 • O cuidado de usuários com doenças crônicas deve se dar de forma integral • Cada serviço deve ser repensado como um componente fundamental da integralidade do cuidado, como uma estação no circuito que cada indivíduo percorre para obter a integralidade de que necessita • Portaria nº 4.279, de 30/12/2010 estabelece diretrizes para a estruturação da Rede de Atenção à Saúde (RAS) como estratégia para superar a fragmentação da atenção e da gestão nas regiões de saúde e aperfeiçoar o funcionamento político institucional do SUS Organização da Atenção às DCNT em Redes e Linhas de cuidado Brasil, 2013; Malta et al., 2010, Mendes et al., 2008 Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) Mendes et al., 2011 Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) Mendes et al., 2011 • Opera-se com a população total de uma rede de atenção à saúde com foco nos determinantes sociais intermediários, ou seja, • Os macrodeterminantes, condições de vida e de trabalho, o acesso aos serviços essenciais e as redes sociais e comunitárias • Nesse nível se propõem as intervenções de promoção da Saúde para a população total, realizadas por meio de ações intersetoriais NÍVEL 1 Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) Mendes et al., 2011 • Subpopulações estratificadas por fatores de risco, com foco nos determinantes proximais ligados aos comportamentos e aos estilos de vida, • Por meio de intervenções de prevenção de doenças, voltadas para indivíduos e subpopulações. • A prevenção dá-se com a modificação de fatores de risco comportamentais, tais como a alimentação inadequada, o sedentarismo, o tabagismo, o excesso de peso e o uso excessivo de álcool NÍVEL 2 Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) Mendes et al., 2011 • Subpopulações estratificadas por fatores de risco, com foco nos determinantes proximais ligados aos comportamentos e aos estilos de vida, • Por meio de intervenções de prevenção de doenças, voltadas para indivíduos e subpopulações. • A prevenção dá-se com a modificação de fatores de risco comportamentais, tais como a alimentação inadequada, o sedentarismo, o tabagismo, o excesso de peso e o uso excessivo de álcool NÍVEL 2 Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) Mendes et al., 2011 • Subpopulações que já apresentam doença crônica estabelecida. • Nele as condições crônicas são de baixo ou médio risco ou a subpopulação apresenta fatores de risco biopsicológicos • Nesse nível, a atenção à saúde é fortemente ancorada em ações de autocuidado apoiado, mas existe também a atenção clínica ao indivíduo realizada, de maneira geral, pela atenção básica NÍVEL 3 Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) Mendes et al., 2011 • Opera-se com subpopulações com condição crônica de alto ou muito alto risco • Nesse nível, além do autocuidado apoiado observa-se a necessidade mais significativa de cuidados profissionais, incluindo o especializado NÍVEL 4 Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) Mendes et al., 2011 • Subpopulações que apresentam condição de saúde muito complexa e que chegam a consumir a maior parte dos recursos globaisde um sistema de atenção à saúde • Nesse nível, as intervenções podem ser realizadas pela tecnologia da gestão de caso e, em geral, exigem planos de cuidado mais singulares NÍVEL 5 PONTOS DE ATENÇÃO E SUAS FUNÇÕES NA REDE DE ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS PONTOS DE ATENÇÃO E SUAS FUNÇÕES NA REDE DE ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA E ATENÇÃO HOSPITALAR (ATENÇÃO COMPLEMENTAR) FORMAS DE RELAÇÃO POSSÍVEL ENTRE A ABS E A AAE Brasil, 2013; Mendes et al., 2011 • Ordenadora da Rede e Coordenadora do Cuidado • Ponto de atenção com maior capilaridade e potencial para identificar as necessidades de saúde da população • Realizar a estratificação de riscos que subsidiará a organização do cuidado em toda a rede • É responsável também por realizar ações de promoção e de proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde para a maior parte da população ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE Pontos de atenção e suas funções na Rede de Atenção às DCNT Brasil, 2013; Mendes et al., 2011 • Estratégia Saúde da Família é a principal estratégia de organização e expansão da ABS • Também assume importância a implantação dos serviços de ABS para populações específicas (equipes de Saúde da Família para populações ribeirinhas, Unidades Básicas de Saúde Fluviais, equipes de Consultório na Rua) • Expansão e aprimoramento do apoio matricial às equipes de referência da ABS por meio dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE Pontos de atenção e suas funções na Rede de Atenção às DCNT • Atenção primária, atenção básica, medicina comunitária ou cuidados primários em saúde • Conjunto de ações, de caráter individual ou coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, voltada para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação • A assistência à saúde é muito mais do que assistência à doença • Não apenas competência técnica • Incorpora instrumentos advindos das ciências sociais (antropologia, sociologia e história) e humanas (economia, geografia, etc) Lacerda et al., 2006 ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE • Universalidade, acessibilidade, vínculo, continuação do cuidado, integralidade da atenção, responsabilização, humanização, equidade e participação social • Promoção e proteção da saúde, prevenção a de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde, no âmbito individual e coletivo Brasil, 2011; Lacerda et al., 2006 ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE • Facilitar o acesso da população • Deslocamento até centros especializados (limitações físicas, pacientes acamados, questões financeiras) • Listas de espera onde as pessoas esperam meses por atendimento • Consegue a vaga mas não tem condições de continuar o tratamento • A maioria dos serviços centradas nas grandes cidades Fisioterapia na atenção primária à saúde Brasil, 2011; Lacerda et al., 2006 • Adaptação dos recursos terapêuticos à realidade socioeconômica local Fisioterapia na atenção primária à saúde Brasil, 2011; Lacerda et al., 2006 Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado nos princípios da Promoção à Saúde O.G.V., sexo masculino, 78 anos, casado, portador de deficiência visual severa devido ao diabetes mellitus e incapacidade funcional para a marcha. Residente em área portuária de uma capital, com esposa, quatro filhos (uma mora em São Paulo) e quatro netos. Fisioterapia na atenção primária à saúde Bispo-Júnior et al., 2013 Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado nos princípios da Promoção à Saúde O fisioterapeuta identifica alguns problemas cinético-funcionais e inicia o tratamento do paciente Fisioterapia na atenção primária à saúde Bispo-Júnior et al., 2013 Problemas Ações Promocionais 1. Não era aposentado por ter trabalhado informalmente com prático no porto 1. Informação à família sobre Benefício de Prestação de Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social 2. Realização de visita conjunta com a Assistente Social 3. Viabilização da visita dos técnicos da previdência social para cadastramento, análise e concessão do benefício Bispo-Júnior et al., 2013 Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado nos princípios da Promoção à Saúde: Problemas Ações Promocionais 2. Os 3 netos de O.G,V. com idades de 6, 7 e 9 anos estavam fora da escola 1. Visita de Assistente Social, de Coordenadora Pedagógica da Escola do bairro e do Conselheiro Tutelar local para as devidas orientações e inserção das crianças na escola e nos programas de renda e alimentação do Estado Bispo-Júnior et al., 2013 Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado nos princípios da Promoção à Saúde: Problemas Ações Promocionais 3. Os 3 filhos de O.G,V. estavam desempregados 1. Encaminhamento para os programas de qualificação e inserção no trabalho da Secretaria de Assistência Social do município Bispo-Júnior et al., 2013 Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado nos princípios da Promoção à Saúde: Problemas Ações Promocionais 4. O.G.V. relata ao fisioterapeuta que tinha o desejo de voltar a sentir a brisa no rosto e as ondas em seu pés 1. Grupo com profissionais de saúde, clube de taxistas e família para conduzir O.G.V. ao mar Bispo-Júnior et al., 2013 Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado nos princípios da Promoção à Saúde: Desdobramentos 1. A partir do caso de O.G.V., instituiu-se um grupo comunitário que se reunia mensalmente para visitar, avaliar e encaminhar os casos semelhantes 2. O Conselho Tutelar estabeleceu parceria de visita com os Agentes Comunitários de Saúde o propósito de identificar os casos de crianças e adolescentes em situação de risco Bispo-Júnior et al., 2013 Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado nos princípios da Promoção à Saúde: Desdobramentos 3. A equipe de saúde passou a identificar os casos de jovens e adultos sem emprego e renda e encaminhar para os programas de qualificação e inserção no trabalho 4. Criou-se uma Sala de Situação com profissionais de saúde da equipe da unidade e representantes da comunidade com o objetivo de identificar os principais problemas de saúde e seus determinantes e elaborar estratégias de enfrentamento Bispo-Júnior et al., 2013 Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado nos princípios da Promoção à Saúde: Exemplo de atuação do fisioterapeuta fundamentado nos princípios da Promoção à Saúde O.G.V., sexo masculino, 78 anos, casado, portador de deficiência visual severa devido ao diabetes mellitus e incapacidade funcional para a marcha. Residente em área portuária de uma capital, com esposa, três filhos e três netos. Fisioterapia na atenção primária à saúde EDUCAÇÃO EM SAÚDE Bispo-Júnior et al., 2013; Lacerda et al., 2006 EDUCAÇÃO POPULAR EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE EDUCAÇÃO EM SAÚDE Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 • Fatores de risco • Mudança de comportamentos e adoção de hábitos de vida saudáveis • Informações baseadas na clínica e na epidemiologia repassadas em palestras EDUCAÇÃO EM SAÚDE Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 • Fortemente ancorada nos conhecimentos técnico- científicos da biomedicina • Recomendações e regras • Verticalizada dos dominantes para os dominados • Desconsideração dos valores populares EDUCAÇÃO POPULAR EDUCAÇÃO POPULAR Bispo-Júnior et al., 2013; Freire, 1978 • Início dos anos1960 • Educação agradável ao povo, educação própria do povo, sociotransformadora • Formação de pessoas mais conscientes e construir relações sociais mais justas • O diálogo como base conceitual, não só estratégia ou metodologia de trabalho • Diálogo de forma horizontal, bidirecional e participativa • O educador também se educa ao educar EDUCAÇÃO POPULAR Bispo-Júnior et al., 2013 A ação educativa é compreendida como um processo intelectual, afetivo e social, cujo objetivo é apurar, organizar e aprofundar o sentir, pesar e agir dos sujeitos e grupos oprimidos da sociedade SENTIMENTOS INQUIETAÇÕES SABER EDUCAÇÃO POPULAR Bispo-Júnior et al., 2013 INTEGRALIDADE DO SER HUMANO CONCEITO DE SAÚDE Organização Mundial de Saúde (OMS) “Saúde é um estado de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de afecção ou doença CONCEITO DE SAÚDE Ferrara, 1988 “Um contínuo agir do homem frente ao universo físico, mental e social em que vive, sem regatear um só esforço para modificar, transformar e recriar aquilo que deve ser mudado” EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE Lacerda et al., 2006 • Não é simplesmente fazer as pessoas mudarem seus hábitos e comportamentos considerados prejudiciais • Ajudar na busca da compreensão das raízes dos problemas de saúde da população e procurar soluções para estes problemas • Educação baseada no diálogo, numa constante troca entre o saber científico e o saber popular, onde ambos ensinam e aprendem • Não-superioridade de um saber com relação ao outro EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 • O profissional deve ter a humildade de reconhecer que seu saber não é absoluto • O profissional tem muito a aprender com as pessoas • O profissional deve valorizar o conhecimento já elaborado pelo sujeito e sua família, bem como suas experiências vividas no lidar com a doença e estratégias de convivência com o problema EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 • Respeito pela diversidade cultural, diferença de valores, crenças e raças EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 • Conhecer as competências e habilidades dos sujeitos, em vez de considerá-los como carentes e ignorantes • O profissional deve compartilhar o saber, reforçando assim os processos geradores de autonomia dos usuários • Valorização dos saberes e iniciativas dos usuários • O saber acadêmico torna-se complementar e esclarecedor dos possíveis equívocos do saber popular EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 Cabe ao fisioterapeuta: • Compromisso com o empoderamento dos sujeitos sociais • Criar condições de protagonismo dos usuários • Estímulo à participação e à problematização das realidades dos usuários • Superar a tendência à medicalização dos problemas EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE Bispo-Júnior et al, 2013; Lacerda et al., 2006 Não deixar o foco apenas na cura ou reabilitação de doenças: PROMOÇÃO À SAÚDE • Implicações de ordem social, econômica e política • Moradia, emprego, lazer, bens sociais • Alterações nas relações de trabalho e enfrentamento das opressões presentes na sociedade EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE Bispo-Júnior et al, 2013 Conselhos de Saúde • Prática que favorece a maior transparência das informações e maior participação da sociedade no processo decisório • Participação da sociedade civil organizada e dos usuários do SUS na discussão institucionalizada do ciclo de políticas de saúde dos estados e dos municípios • Acesso democratizado às informações • Exercício da cidadania e a possibilidade de contribuir com processos de mudanças e conquistas EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE Bispo-Júnior et al, 2013 Redes de apoio social • Reconhecimento, valorização e fortalecimento dessas redes • Conjunto dos que interagem com o indivíduo em sua realidade social cotidiana (apoio material, afetivo, informacional) • Família, vizinhos, lideranças comunitárias e religiosas • Integração: visão ampliada do problema • Reconhece os limites da técnica • Valoriza a participação de novos atores no processo • Empoderamento dos sujeitos sociais M.S.S., sexo feminino, 68 anos, casada, hipertensa, obesa, sedentária. Residente em área portuária de uma capital, com esposo, quatro filhos e quatro netos. Entretanto, passou 3 meses em São Paulo para acompanhar o final da gestação de sua filha e após o parto. M.S.S., ao retornar a sua cidade natal, começou a sentir fortes dores de cabeça M.S.S. vai até a Unidade de Saúde. O médico passa o medicamento e M.S.S. vai para casa. Pontos de atenção e suas funções na Rede de Atenção às DCNT M.S.S., ao retornar a sua cidade natal, começou a sentir fortes dores de cabeça M.S.S. vai até a Unidade de Saúde. O médico passa o medicamento e M.S.S. vai para casa. Pontos de atenção e suas funções na Rede de Atenção às DCNT Pontos de atenção e suas funções na Rede de Atenção às DCNT • M.S.S., não melhora, volta para a Unidade de Básica de Saúde. Lá ela tem um AVE • Chama a ambulância, dá os primeiros socorros e encaminha para Atenção Terciária • Sistema logístico que vai ligar a Atenção Primária à Atenção Terciária Pontos de atenção e suas funções na Rede de Atenção às DCNT • O fisioterapeuta encaminha que continue fazendo fisioterapia no ambulatório • Atenção primária agentes comunitário vão à casa dela para ver se ela está fazendo a Fisioterapia (Secundário e Terciário) • Alta da fisioterapia ambulatorial: contra referência para Atenção Primária Pontos de atenção e suas funções na Rede de Atenção às DCNT Pontos de atenção e suas funções na Rede de Atenção às DCNT Brasil, 2013; Mendes et al., 2012 1) Referência e contrarreferência 2) Relação de visitas periódicas de especialistas a generalistas 3) Relação mediada por gestor de caso 4) Coordenação do cuidado FORMAS DE RELAÇÃO POSSÍVEL ENTRE A ABS E A AAE Pontos de atenção e suas funções na Rede de Atenção às DCNT Brasil, 2013; Mendes et al., 2012 • Os pontos de atenção hospitalar, junto às unidades de pronto atendimento (UPA) e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) • Farão a interlocução entre a Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas e a Rede de Atenção às Urgências e Emergências FORMAS DE RELAÇÃO POSSÍVEL ENTRE A ABS E A AAE Pontos de atenção e suas funções na Rede de Atenção às DCNT Brasil, 2013; Mendes et al., 2012 • Essa interface é fundamental no intuito de promover a assistência integral aos casos de agudização das doenças crônicas. • Nos ambientes hospitalares são realizados também os procedimentos de alta complexidade relacionados à atenção especializada hospitalar e sujeitos à regulação específica FORMAS DE RELAÇÃO POSSÍVEL ENTRE A ABS E A AAE Pontos de atenção e suas funções na Rede de Atenção às DCNT
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