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Laudo, parecer e os mecanismos de mediação de con�itos Prof. Stephanie Kalynka Descrição O papel do laudo e do parecer pericial nos trabalhos técnicos contábeis e a relação da contabilidade nos processos de negociação, conciliação, mediação e arbitragem. Propósito Entender os aspectos aplicados à perícia contábil desenvolve uma visão sistemática da sua aplicação dentro dos parâmetros legais e auxilia na obtenção de uma capacidade de interpretação e análise das provas contábeis, com o fim de preparar o profissional contábil para enfrentar situações complexas. Objetivos Módulo 1 Laudo contábil Identificar os aspectos do laudo contábil. Módulo 2 Parecer pericial contábil Identificar os aspectos do parecer pericial contábil. Módulo 3 Negociação, conciliação, mediação e arbitragem Analisar os aspectos da negociação, conciliação, mediação e arbitragem. Introdução Após a aplicação dos procedimentos de perícia, os peritos precisam elaborar seus relatórios, cabendo ao perito nomeado a elaboração do laudo pericial contábil e ao perito assistente o parecer pericial contábil. Vamos aqui estudar esses relatórios. Além disso, analisaremos o papel do perito nos procedimentos de negociação, mediação e arbitragem. 1 - Laudo contábil Ao �nal deste módulo, você será capaz de Identi�car os aspectos do laudo contábil. Vamos começar! Laudo pericial contábil Neste vídeo, abordaremos o laudo pericial, sua função e estrutura. Características O perito deve apresentar seu laudo pericial, e o assistente técnico deve oferecer seu parecer contábil após a conclusão dos trabalhos periciais por meio da utilização dos procedimentos de perícia de: Cabe ressaltar que o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil devem ser elaborados somente por contador ou pessoa jurídica, se a lei assim permitir, devidamente registrados e habilitados. De acordo com a NBC TP 01, o laudo pericial contábil representa um documento escrito, que deve registrar, de forma abrangente, o conteúdo Exame Vistoria Indagação Investigação Arbitramento Mensuração Avaliação Certi�cação Testabilidade da perícia e particularizar os aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova necessários para a conclusão do seu trabalho. Resumindo O laudo pericial contábil representa um documento em que o profissional da área se pronuncia sobre os fatos que foram submetidos à análise. Para ficar mais claro o entendimento, imagine, por exemplo, que o sócio de uma empresa pediu para sair da sociedade e entendeu que foi prejudicado quanto ao valor de quotas, entrando na Justiça para discutir isso. O advogado do sócio sabe que, pela lei, seu cliente tem direito a receber o valor de suas quotas na forma em que o contrato foi estabelecido, mas não tem conhecimentos contábeis suficientes para atestar isso. Já o juiz, sendo também advogado, não dispõe de conhecimento especializado para julgar e requer, portanto, a opinião de um perito- contador por meio de um laudo pericial. O perito-contador irá analisar o caso e emitirá um laudo sobre o objeto apreciado. Comentário Cabe ressaltar que o perito precisa no final do laudo registrar de forma clara e precisa sua opinião, contendo argumentos. A NBC TP 01 determina que a linguagem adotada pelo perito em seu laudo deve ser clara e concisa, evitando estender-se demais e sem “rodeios”, possibilitando aos julgadores e às partes o devido conhecimento da prova técnica e interpretação dos resultados obtidos. As respostas aos quesitos (perguntas) devem ser objetivas, completas e não sucintas. Os termos técnicos devem ser inseridos no laudo de modo a se obter uma redação que qualifique o trabalho pericial, respeitadas as Normas Brasileiras de Contabilidade. Durante a utilização dos procedimentos de perícia e no momento de elaboração do laudo pericial existem algumas terminologias utilizadas que devemos conhecer. Confira a seguir tais terminologias e seus respectivos conceitos, de acordo com a NBC TP 01: Redação pormenorizada e efetuada com cautela em relação aos procedimentos e aos resultados obtidos no trabalho pericial. Forma circunstanciada Síntese do objeto da perícia: definir de forma clara o propósito ou a finalidade da perícia. Relato ou transcrição sucinta, de forma que resulte em leitura compreensiva dos fatos sobre as questões básicas que resultaram na nomeação ou na contratação do perito. (a) lato sensu: todos os atos adotados pelo perito, inclusive, comunicações às partes e seus assistentes, na busca de documentos, coisas, dados e informações e outros elementos de prova necessários à elaboração do trabalho pericial; (b) stricto sensu: trabalho de campo na busca de elementos necessários que não estejam juntados aos autos. Faculdade que tem o perito de distinguir como proceder em torno dos fatos alegados para decidir as diretrizes e os procedimentos que deve seguir na elaboração do trabalho pericial. Procedimento de análise técnica e/ou científica de valoração dos elementos probantes que instruíram a demanda, predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento do qual se originou. Resumo dos autos Diligência Critério Método Conclusão Exposição sintética da matéria fática constatada, indicando o suporte técnico-científico que justifica as conclusões a que chegou o perito ou o assistente técnico. Outras informações ou elementos relevantes, que não constaram da quesitação, devem ser consignados. Documentos elaborados pelo perito contábil; anexos são documentos entregues a estes pelas partes e por terceiros, com o intuito de complementar a argumentação ou elementos de prova. Informações prestadas pelo perito aos pedidos de esclarecimentos sobre trabalho pericial determinados pelas autoridades competentes, por motivos de obscuridade, incompletudes, contradições ou omissões. A NBC TP 01 prevê que os peritos devem, na conclusão do trabalho pericial, considerar as formas explicitadas nos itens seguintes: Apêndices Esclarecimentos Omissão de fatos: o perito nomeado não pode omitir nenhum fato relevante encontrado no decorrer de suas pesquisas ou diligências, mesmo que não tenha sido objeto de quesitação e desde que esteja relacionado ao objeto da perícia. A conclusão com quantificação de valores é viável em casos de: apuração de haveres; liquidação de sentença, inclusive em processos trabalhistas; resolução de sociedade; avaliação patrimonial, entre outros. Conteúdo e estrutura O artigo 473 do Código de Processo Civil traz indicações do que deve conter um laudo pericial: A exposição do objeto da perícia; A análise técnica ou científica realizada pelo perito; A indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou; Resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público. Pode ocorrer que, na conclusão, seja necessária a apresentação de alternativas, condicionada às teses apresentadas pelas partes, casos em que cada uma apresenta uma versão para a causa. O perito pode apresentar as alternativas condicionadas às teses apresentadas, devendo, necessariamente, ser identificados os critérios técnicos que lhes deem respaldo. A conclusão pode ainda reportar-se às respostas apresentadas nos quesitos. A conclusão pode ser, simplesmente, elucidativa quanto ao objeto da perícia, não envolvendo, necessariamente, quantificação de valores. O Código de Processo Civil expressa ainda que o perito deve apresentar sua fundamentação utilizando uma linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões, sendo vedado a ele ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia. Cabe ressaltar que, para o desempenho de sua função, o peritopode valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia. De acordo com a NBC TP 01, o laudo deve conter, no mínimo, os seguintes itens: I Identificação do processo ou do procedimento, das partes, dos procuradores e dos assistentes técnicos. II Síntese do objeto da perícia. III Resumo dos autos. IV Análise técnica e/ou científica realizada pelo perito. V Método científico adotado para os trabalhos periciais, demonstrando as fontes doutrinárias deste e suas etapas. VI Relato das diligências realizadas. VII Transcrição dos quesitos e suas respectivas respostas conclusivas para o laudo pericial contábil. VIII Conclusão. IX Termo de encerramento, constando a relação de anexos e apêndices. X Assinatura do perito: deve constar sua categoria profissional de contador, seu número de registro em Conselho Regional de Contabilidade e, se houver, o número de inscrição no Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC), e sua função: se laudo, perito nomeado; e, se parecer, assistente técnico da parte. É permitida a utilização da certificação digital, em consonância com a legislação vigente e as normas estabelecidas pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras – ICP-Brasil. Veja um exemplo de laudo pericial (MULLER, TIMI, HEIMOSKI, 217). https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/04289/docs/Exemplo_de_laudo_pericial.pdf Conforme demonstrado no exemplo de laudo, o perito precisa de forma clara e objetiva apresentar os itens exigidos. De acordo com Sá (2019), para que um laudo possa ser classificado de boa qualidade, precisa atender a seis requisitos mínimos. São eles: Princípio que se estriba no preceito acolhido pelas ciências, ou seja, a exclusão do julgamento em bases “pessoais” ou “subjetivas”. Em seu laudo, o perito não deve divagar, mas, de forma concreta, ater-se à matéria, respeitando sua disciplina de conhecimentos. O perito precisa ater-se à questão com “realidade” e dentro dos “parâmetros da contabilidade”, e não deve utilizar expressões como as exemplificadas – “Parece-me”; o perito não deve emitir opiniões vagas e imprecisas em matéria definida no conhecimento contábil. Por isso, um laudo também deve ter rigor tecnológico, ou seja, deve limitar-se ao que é reconhecido como científico no campo da especialidade. A concisão exige que as respostas evitem o prolixo. Um laudo deve evitar palavras e argumentos inúteis ao caso. Um laudo deve ser bem redigido, mas não é uma peça literária; precisa ater-se ao “assunto” e responder satisfatoriamente. A concisão, todavia, não deve chegar ao absurdo da exclusão dos argumentos. No que tange à argumentação, deve o perito alegar por que concluiu ou em que se baseia para apresentar sua opinião. Objetividade Rigor tecnológico Concisão Argumentação No que tange à exatidão, ela é condição essencial de um laudo. O perito não deve “supor”, mas só afirmar quando tem absoluta segurança sobre o que opina. A exatidão de um laudo só pode ser conseguida se as provas que instruíram a demanda, e que conduzem à opinião, são consistentes e obtidas por critérios eminentemente contábeis. A clareza compreende, pois, também em si a necessidade de que uma resposta não só seja isenta de dúvidas, como também tenha a abrangência completa dentro do que se pergunta. O perito nomeado, depois de protocolar o laudo, pode fornecer cópia aos assistentes técnicos. Cabe ressaltar que, conforme NBC TP 01, quando se tratar de laudo pericial contábil, assinado em conjunto pelos peritos, há responsabilidade solidária sobre o referido documento. Prazo e espécies Os laudos variam de acordo com suas finalidades e, no campo administrativo, podem existir laudos para atender propósitos como desfalques (fraudes); corrupção; opinião de apoio ao conselho fiscal ou ao conselho administrativo; abuso de direito ou de poder, logo, desvio de finalidade; desempenho ou gestão; aumentos salariais; e decisões administrativas diversas. Em muitos casos, o trabalho de perícia é feito em conjunto por mais de um profissional; geralmente, nas perícias judiciais são três, sendo o perito do juiz e dois assistentes. Já em casos extrajudiciais, como avaliação de bens para aumento de capital, a lei obriga que sejam três os peritos. E, nesses casos, quando o laudo é realizado por uma junta de peritos, ou seja, por mais de um profissional, tem-se o laudo coletivo. Comentário Exatidão Clareza Sendo o trabalho coletivo, é possível ocorrer concordância plena, concordância parcial e/ou discordância total entre os peritos. Nos casos de discordância, o perito que não concorda produz um laudo à parte no qual manifesta seu ponto de vista, sendo esse o caso dos laudos em separado. Aqui, o perito, em seu laudo, diz que concorda com os demais em tais ou quais respostas, mas discorda em tal ou qual. No caso de “discordância”, é preciso que o perito não só apresente seu ponto de vista, mas também o justifique e argumente a razão de sua discordância. Se todos estão de acordo, todos assinam em conjunto. Aqueles que discordam apresentam laudos em separado. Pode também ocorrer do laudo pericial ser insuficiente, sem esclarecer tudo o que dele se espera como meio de entendimento sobre uma questão ou várias que tenham sido formuladas. Quando ocorre a “insuficiência”, é aconselhável outra perícia. Também podemos ter a figura do laudo deficiente, quando ocorre ausência de conhecimento do perito, sendo um laudo não suficiente sob o ponto de vista quantitativo e qualificativo, por ser deficitário ou incompleto (SÁ, 2019). Há também o laudo que enseja esclarecimento por permitir interpretação duvidosa. Caso haja necessidade de esclarecimento, podem as partes e o próprio juiz ficar satisfeitos com explicações verbais ou adicionais. Não se trata, no caso, de fazer-se “nova perícia”, mas de objetivar respostas aos laudos. Quanto aos prazos, o juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo, conforme menção no Código de Processo Civil. Dentro de 15 dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito, as partes precisam arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso; indicar assistente técnico; e apresentar quesitos. Ciente da nomeação, o perito precisa apresentar em cinco dias a proposta de honorários; currículo, com comprovação de especialização; e contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico para onde serão dirigidas as intimações pessoais. Igual prazo de cinco dias se aplica às partes para se manifestarem a respeito da proposta de honorários. Com a decisão do juiz acerca do honorário, o perito deve, em outros cinco dias, comunicar nos autos a data do exame pericial e demais necessidades para tal ato. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 dias antes da audiência de instrução e julgamento. A NBC PP 01 aborda que, quando não for possível concluir o laudo pericial no prazo fixado pelo juiz, deve o perito nomeado requerer o seu adiamento antes de vencido aquele, apresentando os motivos que ensejaram a solicitação. O Código de Processo Civil prevê, em seu art. 476, que se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo originalmente fixado. As partes serão intimadas para manifestação acerca do laudo pericial, com prazo de 15 dias para tal. O prazo de resposta do perito às divergências ou dúvidas das partes, do juízo, do Ministério Público e divergência técnica dos assistentes técnicos também é de 15 dias. O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico, compelo menos 10 dias de antecedência da audiência. Comentário De acordo com a NBC TP 01, havendo determinação de esclarecimentos sobre o laudo ou parecer sem a realização de audiência, o perito deve fazê-los, por escrito, observando em suas respostas os mesmos procedimentos adotados quando da feitura do esclarecimento em audiência, no que for aplicável. Perguntas suplementares e/ou complementares formuladas sob a forma de esclarecimentos devem ser submetidas à autoridade julgadora. Conforme esclarece a NBC PP 01, o perito deve prestar esclarecimentos sobre o conteúdo do laudo pericial contábil ou do parecer pericial contábil, em atendimento à determinação da autoridade competente. Se o pedido de esclarecimentos tratar de matéria nova, alheia ao conteúdo do laudo pericial, se caracteriza quesito suplementar, pois amplia o escopo original da investigação. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 O contador Y foi nomeado para elaborar os cálculos de liquidação de sentença em uma demanda judicial que tramita na 1012ª Vara do Trabalho, com base nos parâmetros determinados para apuração do valor devido na reclamação trabalhista. A Douta Magistrada determina a utilização do índice TR – Taxa Referencial até 25 de março de 2015 e IPCA-E – Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial a partir de 26 de março de 2015, e que os cálculos sejam realizados no PJE-CALC Cidadão. Durante a execução do trabalho pericial, o perito contábil constatou a ausência de documentos necessários à feitura do laudo pericial. Contudo, decidiu elaborar o laudo pericial somente com os documentos inseridos no PJE (Processo Judicial Eletrônico). Com base na situação descrita e considerando o que dispõe a NBC TP 01 – Perícia Contábil, julgue os itens e, em seguida, assinale a alternativa correta. I. O perito contábil deve elaborar o Laudo Pericial sem estar devidamente munido de documentos. II. Mediante termo de diligência, o perito contábil deve solicitar por escrito todos os documentos e informações relacionadas ao objeto da perícia, fixando o prazo para entrega. III. O perito contábil deveria informar nos autos acerca da insuficiência de documentos, indicar a necessidade de apresentação dos mesmos e informar ao Juízo sobre os prejuízos decorrentes. IV. O perito contábil deve elaborar o Laudo Pericial limitado às informações e documentos coligidos aos autos. Estão corretos os itens: A I e III. B II, III e IV. Parabéns! A alternativa C está correta. Durante a execução do trabalho pericial, o perito contábil, constatando a ausência de documentos necessários à feitura do laudo pericial, deve solicitá-los por meio do termo de diligência e informar nos autos, indicando a necessidade de sua apresentação. Deve ainda informar ao Juízo sobre os prejuízos decorrentes da ausência dos documentos. Questão 2 (Adaptada de CFC, 2000) O laudo pericial contábil e parecer pericial contábil C II e III. D I e II. E III e IV. A são ilimitados. B têm por limite o saldo de contas a receber. C têm por limite os próprios objetivos da perícia deferida ou contratada. D são parciais e limitados. E são parciais e têm por limite o saldo de contas a receber. Parabéns! A alternativa C está correta. O laudo pericial e o parecer têm como limite os próprios objetivos da perícia, visto que os peritos apenas terão condições de concluir sobre aquilo que estão analisando. 2 - Parecer pericial contábil Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os aspectos do parecer pericial contábil. Vamos começar! Parecer pericial contábil Neste vídeo, serão abordados os relatórios do perito: laudo e parecer, destacando as diferenças entre eles. Primeiras palavras O parecer pericial contábil, assim como o laudo, representa um documento escrito que deve registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as minudências que envolvam seu objeto e as buscas de elementos de prova necessários para a conclusão do seu trabalho. Cabe ressaltar que o parecer é elaborado pelo assistente técnico e o laudo pelo perito nomeado. Lembrando que o perito-assistente técnico precisa ser um profissional contábil habilitado e registrado no Conselho Regional de Contabilidade. Esse profissional é de confiança das partes envolvidas, não se sujeita a impedimento ou suspeição, e ajuda a elaborar os quesitos (questionamentos). Se você está se perguntando se o perito nomeado mantém contato com o perito-assistente técnico durante a execução da perícia, a resposta é sim! Essa previsão está descrita na NBC TP 01, indicando que, ao ser intimado para dar início aos trabalhos periciais, o perito nomeado deve comunicar às partes e aos assistentes técnicos a data e o local de início da produção da prova pericial contábil, exceto se fixados pelo juízo, juízo arbitral ou autoridade administrativa, seguindo as orientações descritas: I Caso não haja, nos autos, dados suficientes para a localização dos assistentes técnicos, a comunicação deve ser feita aos advogados das partes e, caso estes também não tenham informado endereço nas suas petições, a comunicação deve ser feita diretamente às partes e/ou ao juízo, juízo arbitral ou autoridade administrativa. II Assim que formalizada sua contratação, pode o assistente técnico manter contato com o perito, colocando-se à disposição para cooperar no desenvolvimento do trabalho pericial. III O perito nomeado deve assegurar aos assistentes técnicos o acesso aos autos e aos elementos de prova arrecadados durante a perícia, indicando local, data e hora para exame deles. IV Os assistentes técnicos têm o dever inalienável de colaborar para a revelação da verdade e comportar-se de acordo com a boa-fé e com a equidade, além de cooperar entre si e com o perito nomeado para que se obtenha um resultado da perícia em tempo razoável. V Os assistentes técnicos podem entregar ao perito nomeado cópia do seu parecer prévio, planilhas ou memórias de cálculo, informações e demonstrações que possam esclarecer ou auxiliar o trabalho a ser desenvolvido pelo perito nomeado, assegurado o acesso ao outro assistente. O Código de Processo Civil prevê que o perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o acompanhamento das diligências e dos exames que realizar, com prévia comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de cinco dias. A NBC TP 01 prevê que o assistente técnico pode, logo após sua contratação, manter contato com o advogado da parte que o contratou, requerendo dossiê completo do processo para conhecimento dos fatos, bem como realizar o acompanhamento dos atos processuais no que for pertinente à perícia. Assim como o laudo, o parecer também precisa ser escrito de forma clara e precisa, respeitando as Normas Brasileiras de Contabilidade, e deve contemplar o resultado alcançado por meio de elementos de prova inclusos nos autos ou arrecadados em diligências que o perito tenha efetuado, por intermédio de peças contábeis e quaisquer outros documentos, tipos e formas. É possível que o perito-assistente técnico discorde do perito nomeado; portanto, caso o parecer contábil seja contrário ao laudo apresentado pelo perito, é necessário que o assistente técnico fundamente suas manifestações. Cabe ressaltar que o parecer contábil pode ser apresentado já na petição inicial, ou seja, na abertura do processo, antes que seja nomeado um perito do juízo, ou na contestação. Caso o juiz considere o parecer suficiente, poderá dispensar a nomeação de um perito do juízo. Atenção! Destaca-se que o parecer pericial contábil, também conhecido por parecer técnico contábil, é um forte instrumento em defesa das partes no processo, podendo o juiz afastar o laudo pericial e fundamentar a sentença apenas com base no parecer. De acordo com a NBC TP 01, o assistente técnico não pode validar o laudo pericial quando o documento tiver sido elaborado por leigoou profissional de outra área, devendo, neste caso, oferecer o parecer pericial contábil sobre a matéria periciada. Conteúdo e estrutura; prazos e espécies Na elaboração do parecer contábil aplicam-se os mesmos itens, que couberem, referentes à construção do laudo, sendo eles descritos a seguir: Identificação do processo ou do procedimento, das partes, dos procuradores e dos assistentes técnicos. Síntese do objeto da perícia. Resumo dos autos. Análise técnica e/ou científica realizada pelo perito. É permitida a utilização da certificação digital, em consonância com a legislação vigente e as normas estabelecidas pela Infraestrutura de Método científico adotado para os trabalhos periciais, demonstrando as fontes doutrinárias deste e suas etapas. Relato das diligências realizadas. Transcrição dos quesitos e suas respectivas respostas conclusivas para o laudo pericial contábil. Conclusão. Termo de encerramento, constando a relação de anexos e apêndices. Assinatura do perito: deve constar sua categoria profissional de contador, seu número de registro em Conselho Regional de Contabilidade e, se houver, o número de inscrição no Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC), e sua função: se laudo, perito nomeado; e, se parecer, assistente técnico da parte. Chaves Públicas Brasileiras – ICP-Brasil. Atenção! O parecer pericial contábil – realizado após a entrega do laudo pericial contábil – consiste na formalização do trabalho desenvolvido pelo assistente técnico, convergente ou divergente do trabalho do perito judicial. O assistente técnico deve entregar o parecer no prazo de 15 dias após a intimação das partes sobre a apresentação do laudo. Lembrando que o parecer contábil pode ser apresentado já na petição inicial, ou seja, na abertura do processo, antes que seja nomeado um perito do juízo, ou na contestação. Caso o juiz considere o parecer suficiente, poderá dispensar a nomeação de um perito do juízo. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 (FUNDATEC, 2021) Em obediência às normas pertinentes à perícia contábil, uma vez concluídos os trabalhos periciais, o perito nomeado deve apresentar _______________, e o assistente técnico pode oferecer seu _______________, obedecendo aos respectivos prazos legais ou contratuais. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. A Laudo pericial contábil – parecer pericial contábil B Laudo pericial contábil – relatório pericial contábil C Parecer pericial contábil – laudo pericial contábil D Parecer pericial contábil – relatório pericial contábil E Relatório pericial contábil – laudo pericial contábil Parabéns! A alternativa A está correta. O perito nomeado elabora o laudo pericial e, o assistente técnico, o parecer pericial. Questão 2 Assinale a alternativa correta relacionada a laudo e parecer pericial contábil. A O parecer pericial contábil representa um documento no qual o perito nomeado registra o conteúdo da perícia e particulariza os aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto. B O laudo pericial representa um documento escrito no qual o juiz registra suas conclusões sobre o conteúdo da perícia e o parecer é um documento escrito produzido pelo perito nomeado. C O parecer pericial é um documento escrito e o laudo representa um documento em vídeo gravado pelo perito nomeado. D O laudo representa um documento escrito completo sobre a perícia e o parecer é algo mais simples, que não precisa levar em consideração as Normas de Contabilidade. E O parecer, assim como o laudo, representa um documento escrito, que deve registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova necessários para a conclusão do seu trabalho. Parabéns! A alternativa E está correta. Tanto o parecer quanto o laudo representam documentos escritos, que devem registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova necessários para a conclusão do seu trabalho. O parecer é elaborado pelo assistente técnico e o laudo pelo perito nomeado. 3 - Negociação, conciliação, mediação e arbitragem Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar os aspectos da conciliação, mediação e arbitragem. Vamos começar! Negociação, conciliação, mediação e arbitragem Neste vídeo, abordaremos os relatórios do perito: laudo e parecer, destacando as diferenças entre eles. Conceito de negociação, conciliação, mediação e arbitragem Conflitos fazem parte do convívio da sociedade, mas, com o expressivo aumento de demandas sociais, ocorreu o sobrecarregamento do Poder Judiciário. Por isso, surgiram diversos métodos de resolução de litígios, como arbitragem, mediação e conciliação. Vamos na sequência entender cada um deles. A arbitragem é um pacto de livre vontade, firmado entre duas ou mais pessoas para a solução de suas eventuais polêmicas. Instituiu-se a arbitragem no Brasil com a Lei 9.307 de 23 de setembro de 1996. O benefício de se usar a arbitragem é que esse procedimento traz mais praticidade. Para se beneficiar da arbitragem é necessário, no momento da contratação, quando os indivíduos firmam um contrato, optar por nele inserir uma cláusula arbitral, especificando que, caso venha a surgir um litígio futuro, ele será resolvido por arbitragem. Caso não tenha essa cláusula especificada, ainda assim é possível firmar um compromisso arbitral, e cabe ressaltar que, uma vez escolhida a arbitragem, não é mais possível recorrer ao Poder Judiciário, cabendo ao árbitro e não ao juiz solucionar o litígio. Atenção! Só é permitida a arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. Além disso, não cabe recurso na decisão do árbitro. Já a mediação é regulada pela Lei 13.140 de 26 de junho de 2015 e, assim como na arbitragem, as pessoas em conflito buscam um terceiro imparcial e independente para ajudá-las na solução de um litígio; no entanto, o mediador não possui jurisdição. O papel do mediador é aproximar as partes, identificar os pontos convergentes e ajudar a encontrar uma solução. Ele não propõe um acordo porque isso deve vir das partes e, alcançando a solução, o consenso pode ser homologado em juízo. A conciliação é uma técnica para a solução de polêmicas em que os litigantes, por intermédio de um conciliador, resolvem a polêmica, mediante um acordo, podendo ser assistidos por peritos em Contabilidade. Nesse caso, o conciliador sugere e propõe soluções para o conflito, cabendo às partes aceitarem ou não essa proposta. Vários são os fatores que fazem com que se escolham esses métodos para a resolução de conflitos. Vamos analisar na tabela a seguir alguns desses fatores que afetam a seleção do método de conflito adotado. Fatores que afetam a seleção da técnica de solução do conflito Mediação Conciliação Disputas pouco complexas X X Controle do processo pelas partes X X Ajuda as partes a entenderem a demanda X X Tratamento justo de ambas as partes X X Liberdade das partes de procurar outros métodos se não estiverem satisfeitos com a negociação X X Fatores que afetam a seleção da técnica de solução do conflito Mediação Conciliação Processo voluntário X X Agilidade do processo X X Econômico X X Preservação do relacionamento X X Flexibilidade do processo X X Fornece especialista qualificado e neutro para tratar questões complexas X X Economiza nas despesas de julgamento X X Disputas complexas Enfocement da decisão X X Capacidade de recorrer se não se satisfizer com o resultado Formalidade do processo Tabela: Fatores que afetam a seleção da técnica de solução do conflito. Soares, Gonçalvez, Borges, Lima (2019). Para fechar, vamos conhecer mais um método que não poderíamos deixarde abordar: a negociação, utilizada para casos que não necessitam de uma intervenção de terceiros, sendo as próprias partes que resolvem o caso. Etapas da arbitragem, mediação e conciliação Depois de entendidos os conceitos de conciliação, mediação e arbitragem, vamos ver as etapas da arbitragem, mediação e conciliação para melhor compreensão desses métodos. Etapas de arbitragem Comecemos entendendo as etapas, também conhecidas por fases, da arbitragem descritas a seguir de acordo com a Cartilha de perícia contábil, mediação, conciliação e arbitragem, edição 5, CRCBa.: Instalação da arbitragem Fase pré-arbitral Apresentação de argumentos e da cláusula compromissória; assinatura do Termo de Compromisso Arbitral; valor; protocolo do requerimento/petição da parte; notificação da parte; escolha do tipo de arbitragem; sede e idioma; leis e normativos; escolha e aceitação do(s) árbitro(s) pelas partes; instalação da jurisdição arbitral. Organização da arbitragem Possibilidade de acordo e determinação de itens a serem observados D i ã d diê i d fi i Etapas de mediação Agora vamos identificar as etapas da mediação, descritas a seguir de acordo com a cartilha de perícia contábil, mediação, conciliação e arbitragem, edição 5, CRCBa. Cabe ressaltar que o mediador possui a liberdade para flexibilizar o procedimento. Ocorre com a recepção das partes de forma adequada, seguida de uma declaração de abertura realizada pelo mediador, em que são apresentadas as informações principais sobre o funcionamento da mediação, do papel do mediador e o que se espera das partes e de seus advogados. Designação da audiência para definir desenvolvimento da arbitragem: prazos; provas a serem apresentadas; possibilidade de acordo ou conciliação; saneamento de omissões; esclarecimentos de pontos confusos; modificações necessárias; fixação do objeto e termos da lide. Desenvolvimento da arbitragem Análise do caso Observação das regras e procedimentos. Apresentação de motivos, análise do caso; necessidade ou não de perícia. Sentença arbitral Proferida a decisão Título Executivo Extrajudicial. Iniciação e ambientação Após a declaração de abertura, as partes fazem a narrativa dos fatos. O mediador deve escutar ativamente e pode elaborar perguntas para melhor entender a questão e esclarecer pontos do conflito que estiverem obscuros. O mediador, utilizando uma linguagem neutra e positiva, faz o resumo do conflito, demonstrando às partes que compreendeu as suas narrativas. Utilizando-se de técnicas adequadas, o mediador formulará perguntas para as partes a fim de favorecer a elucidação das questões controvertidas. Uma vez concluídas as etapas anteriores e, tendo sido alcançada a adequada compreensão do conflito, o mediador pode conduzir as partes a analisarem possíveis soluções para encerrar a controvérsia. Reunião de informações Identificação de questões, interesses e sentimentos Esclarecimento das controvérsias e dos interesses Resolução das questões Após discussão sobre as teses e soluções apresentadas, se satisfatórias para as partes, o acordo é redigido a termo – se as partes assim o quiserem, consequentemente, poderá ser encaminhado para análise e homologação do juiz. Não ocorrendo uma solução satisfatória, o mediador orientará as partes quanto aos procedimentos subsequentes, que poderão observar para resolução da pendência. Etapas de conciliação As etapas da conciliação seguem a mesma sequência da mediação, conforme descritas a seguir, também de acordo com a Cartilha de perícia contábil, mediação, conciliação e arbitragem, ed. 5, CRCBa. Contudo, vale ressaltar que o conciliador pode sugerir soluções para o litígio. Ocorre com a recepção das partes de forma adequada, seguida de uma declaração de abertura realizada pelo conciliador, em que são apresentadas as informações principais sobre o funcionamento da conciliação, do papel do conciliador e o que se espera das partes e de seus advogados (se presentes). Após a declaração de abertura, as partes fazem a narrativa dos fatos. O conciliador deve escutar ativamente e pode elaborar perguntas para melhor entender a questão e esclarecer pontos do conflito que estiverem obscuros. O conciliador, utilizando uma linguagem neutra e positiva, faz o resumo do conflito, demonstrando às partes que compreendeu Encerramento Iniciação e ambientação Reunião de informações Identificação de questões, interesses e sentimentos as suas narrativas. Utilizando-se de técnicas adequadas, o conciliador formulará perguntas para as partes a fim de favorecer a elucidação das questões controvertidas. Uma vez concluídas as etapas anteriores e, tendo sido alcançada a adequada compreensão do conflito, o conciliador pode conduzir as partes a analisarem possíveis soluções que possam encerrar a controvérsia, inclusive com sugestões para o litígio, desde que evite forçar as partes a se conciliarem. Após discussão e teses das soluções apresentadas, se satisfatórias para as partes, o acordo é redigido a termo – se as partes assim o quiserem, consequentemente, poderá ser encaminhado para análise e homologação do juiz. Não ocorrendo uma solução satisfatória, o conciliador orientará as partes quanto aos procedimentos subsequentes que poderão observar. Mas o que arbitragem, mediação e conciliação têm a ver com contabilidade? Vamos descobrir. Contabilidade na arbitragem, mediação e conciliação Depois de entendidos os conceitos e etapas de arbitragem, negociação e conciliação, vamos ver como os profissionais contábeis podem Esclarecimento das controvérsias e dos interesses Resolução das questões Encerramento contribuir nesses aspectos. Partindo do princípio de que os processos de arbitragem são sobre a matéria patrimonial, percebemos que os contadores atuam como árbitros especialistas por sua natural formação. Os profissionais contábeis também podem atuar como peritos ou assistentes, de forma semelhante ao que ocorre no Poder Judiciário. Segundo Sá (2019), a perícia no âmbito da arbitragem constitui um conjunto de procedimentos técnico-científicos destinados a levar ao conhecimento do árbitro o resultado de um exame, vistoria ou avaliação para subsidiar a solução do litígio ou constatação de um fato, mediante a elaboração de laudo e/ou parecer pericial, em conformidade com um método científico pertinente à área da Contabilidade. O laudo pericial e os pareceres dos assistentes, preferencialmente, devem ser por escrito, mas também podem ser por sustentação oral das conclusões em sessão arbitral, sendo permitido às partes requerer esclarecimento ao perito sobre pontos tidos como obscuros. Assim como na arbitragem, os profissionais de contabilidade também podem atuar como mediadores e conciliadores, e na elaboração de provas periciais que possam servir de base para solucionar os conflitos entre as partes. Essas são duas áreas de atuação que podem ser mais exploradas por profissionais da área contábil. Inclusive, cabe destacar que o Conselho Federal de Contabilidade criou um grupo de estudo sobre Mediação e Arbitragem por meio da Portaria CFC n. 31/2012, sendo o objetivo desse grupo difundir e incentivar os profissionais de contabilidade a explorarem esse amplo campo de atuação. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Inconformado com a demissão repentina, um trabalhador deseja entrar com uma ação na Justiça do Trabalho contra a empresa que o empregava, sendo sua principal reclamação as horas extras realizadas, porém não recebidas. O trabalhador está profundamente chateado com a empresa e a empresa está preocupada em não prejudicar sua imagem perante todos os seus trabalhadores, ou seja, há questões emocionais que vão prejudicar a resolução do conflito entre as partes. Nesse caso, decidiu-se por um método de solução de conflito em que um terceiro imparcialmente age sem exercer influência decisóriasobre as partes, mas buscando estimular as partes a construírem uma solução consensual para a disputa. Diante do exposto, assinale a alternativa que representa o método de solução de conflito adotado. Parabéns! A alternativa B está correta. A mediação, como meio de solução para disputas, é configurada como uma técnica em que um terceiro imparcialmente age sem exercer influência decisória sobre as partes, mas buscando estimulá-las a construírem uma solução consensual para a disputa. Questão 2 Analise os itens e, em seguida, marque a opção correta. I. A conciliação como meio de solução para disputas é configurada como uma técnica em que um terceiro imparcialmente age sem exercer influência decisória sobre as partes, mas buscando estimulá-las a construírem uma solução consensual para a disputa. II. Na mediação existe um terceiro, assim como na conciliação, porém este participa de forma mais ativa na solução da A Negociação B Mediação C Conciliação D Arbitragem E Consenso disputa, podendo apresentar proposições às partes para que cheguem a um consenso, valendo ressaltar que elas podem ou não aceitar ou utilizar-se da proposta do conciliador. III. O processo de arbitragem envolve a diligência da disputa para um número ímpar de árbitros, que devem ser qualquer pessoa capaz e de confiança das partes, que adquire poder de juízo de fato e de direito, e cuja sentença tem poder decisório sem precisar se submeter ao judiciário. IV. Na negociação não há um facilitador, como na conciliação e na mediação. As próprias partes negociam e tentam entrar em um acordo. Estão corretos os itens: Parabéns! A alternativa C está correta. I. a mediação como meio de solução para disputas é configurada como uma técnica em que um terceiro imparcialmente age sem exercer influência decisória sobre as partes, mas buscando estimulá-las a construírem uma solução consensual para a disputa. II. na conciliação existe um terceiro, assim como na mediação, porém este participa de forma mais ativa na solução da disputa, podendo apresentar proposições às partes para que cheguem a um consenso, valendo ressaltar que elas podem ou não aceitar ou utilizar-se da proposta do conciliador. A I e II, apenas. B I e III, apenas. C III e IV, apenas. D I, II e III, apenas. E I, II, III e IV. Considerações �nais Como vimos, os peritos precisam, ao final da aplicação das técnicas de perícia, elaborar seus laudos e/ou pareceres sobre suas análises. O perito nomeado pelo juiz elabora o laudo pericial contábil e o perito- assistente técnico elabora o parecer pericial contábil. Também observamos que o profissional contábil pode atuar como mediador e/ou árbitro, bem como elaborar seus laudos e pareceres nas arbitragens e mediações. Podcast Neste podcast será tratado dos produtos finais da perícia contábil: laudo e parecer. Explore + Pesquise o artigo A percepção dos usuários sobre o laudo pericial e parecer técnico contábil para um maior aprofundamento no tema. Saiba mais sobre O papel do contador na arbitragem pesquisando e lendo o artigo. Leia o texto Contabilidade e os meios alternativos de resolução de conflitos e aprenda sobre outras possibilidades de solução de problemas. Pesquise a Cartilha de perícia contábil, mediação, conciliação e arbitragem do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia. Referências CRCBA. Cartilha de perícia contábil, mediação, conciliação e arbitragem do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia. Consultado na internet em: 29 set. 2022. MÜLLER; A. N.; TIMI, S. R. R.; HEIMOSKI, V. T. M. Perícia contábil. São Paulo: Saraiva, 2017. SÁ, A. L. Perícia Contábil. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2019. SOARES, J. M. M. V. et al. Contabilidade e os meios alternativos de resolução de conflitos. XIX USP International Conference in Accounting. São Paulo, 24 a 26 de julho, 2019. Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. Download material O que você achou do conteúdo? Relatar problema javascript:CriaPDF()
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