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Manual de Trabalho de Curso Pedagogia Sumário 1. ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS .................................................................................4 2. ORIENTAÇÕES PARA AS ATIVIDADES DOS ALUNOS ...............................................5 3. ORIENTAÇÕES GERAIS .....................................................................................................6 4. O QUE É UMA MONOGRAFIA CIENTÍFICA OU TRABALHO DE CURSO? .............7 5. O QUE SIGNIFICA PENSAR CIENTIFICAMENTE? .......................................................10 6. O QUE FAZ UM ORIENTADOR DE TRABALHO DE CURSO? ....................................11 7. COMO SE ORGANIZA UM TRABALHO DE CURSO? .................................................12 8. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA ................................................................................42 9. DICAS IMPORTANTES PARA ANTES DE COMEÇAR: PASSOS DA PESQUISA ...44 10. ENTREGA DO TRABALHO DE CURSO E NÚMERO DE EXEMPLARES ................47 3 O Trabalho de Curso (TC) visa proporcionar aos alunos a vivência na Iniciação Científica, atividade que está ligada ao desenvolvimento acadêmico dos alunos de graduação. O Trabalho de Curso busca ampliar os conhecimentos em relação aos temas abordados durante o curso, permitindo aos alunos a escolha daquilo que seja de seu interesse pessoal. É, portanto, uma experiência acadêmica orientada, vivida por alunos que estiverem regularmente matriculados na disciplina no decorrer da graduação, nos cursos de especialização ou de pós-graduação lato sensu. Não há exigência de que o tema desenvolvido e pesquisado em um trabalho monográfico seja original e inédito, mas um trabalho autêntico, sem plágio. Há, no entanto, exigências em relação à organização do trabalho, coerência e coesão textuais, pesquisa e ao desenvolvimento do conteúdo. Espera-se que, durante a elaboração do Trabalho de Curso, os alunos vivenciem as práticas pedagógicas de pesquisa e discussão em atividades grupais, capazes não somente de possibilitar-lhes o aprimoramento do trabalho, como também o aprendizado de práticas docentes que lhes serão necessárias ao longo de sua vida como profissionais de Pedagogia. Assim, acredita-se que o grupo de alunos, ao escolher o tema com o qual deseja trabalhar, faça-o livre e conscientemente, pois somente dessa forma o prazer estará presente, garantindo um resultado satisfatório, gerando, além de seu crescimento acadêmico, um texto criativo e interessante para outros leitores com o mesmo interesse. Oferecemos, portanto, como primeiro referencial, um temário no final deste Manual, a partir do qual os alunos podem iniciar as suas pesquisas. Ao realizar a primeira postagem do trabalho é imprescindível que, no campo “título”, o aluno/grupo indique um dos temas, tal qual indicado no temário. Essa indicação permitirá que seja designado um orientador especialista na área de pesquisa do aluno/grupo. Durante as orientações, os alunos definirão o título adequado para o trabalho, delimitando o tema e deixando explícito o que pretende pesquisar e discutir. É importante lembrar que a indicação do tema é fundamental para que um orientador seja designado. Supõe-se que o Trabalho de Curso ofereça ao grupo de alunos a possibilidade de articular os conhecimentos desenvolvidos ao longo da graduação nas diferentes disciplinas que compõem a matriz curricular do curso de Pedagogia e que seja também considerado pelo aluno como uma etapa que antecede os possíveis cursos de especialização, mestrado e doutorado. 4 REGULAMENTO COM A DEFINIÇÃO DAS FORMAS DE ACOMPANHAMENTO/ORIENTAÇÃO 1. ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS O Trabalho de Curso é um trabalho a ser realizado por alunos que estiverem regularmente matriculados na disciplina. Alunos que antecipam a disciplina por motivos de transferência de outra universidade para a UNIP ou alunos matriculados em regime de dependência deverão integrar-se ao sistema, escolhendo o tema que mais lhes interessa e participando, obrigatoriamente, de todas as etapas do desenvolvimento do trabalho de pesquisa, orientação e apresentação. Depois de selecionado o tema, ele será encaminhado a um dos orientadores designados pelo curso, envolvido diretamente com a disciplina relacionada e que exercerá o papel de orientador do trabalho. A coordenação do curso, junto aos professores, poderá também sugerir os orientadores para os trabalhos. Orientadores e alunos se comunicarão por meio das orientações para as postagens realizadas no sistema nas suas diversas fases. A frequência e a regularidade dessas postagens serão controladas pelo professor orientador e todos os alunos deverão tomar ciência das tarefas a serem cumpridas no período que transcorrerá entre uma postagem e outra. O Trabalho de Curso poderá ser realizado em grupos de até cinco alunos (não será permitido um grupo com mais de cinco integrantes). O Trabalho de Curso deve ser, exclusivamente, uma pesquisa bibliográfica, não havendo a possibilidade de se realizar uma pesquisa de campo. Portanto, no capítulo de método, teremos um levantamento bibliográfico e serão discutidos os resultados obtidos das leituras realizadas em diferentes fontes. 5 2. ORIENTAÇÕES PARA AS ATIVIDADES DOS ALUNOS Durante o tempo previsto para a pesquisa e a elaboração do texto do Trabalho de Curso, os participantes deverão especificar o tema a ser trabalhado, elaborar os capítulos e os subcapítulos (caso sejam necessários), fazer o levantamento dos livros que tratam do tema, realizar a primeira leitura seletiva, escrita e análise do que foi lido. Muitas atividades são desenvolvidas abrangendo a prática de cunho organizacional (por exemplo, decidir sobre qual linha de raciocínio seguir, quais livros/pesquisadores farão parte da sua pesquisa e como serão abordados) e aquelas voltadas à construção de novos conhecimentos, envolvendo os momentos de estudo e a realização de tarefas relacionadas à cognição. É fundamental, portanto, que cada aluno/grupo escolha diferentes maneiras para estudar. Assim, é importante pensar em tipos de atividades a serem realizadas: 1. Leitura e fichamento de livros e artigos; 2. Buscas na internet por artigos científicos, teses e livros; 3. Elaboração de pequenos trechos do Trabalho de Curso e verificar o estilo do texto (escrita) de cada um, reescrever e estabelecer as características para o texto final do Trabalho de Curso. Espera-se que, ao longo do desenvolvimento do Trabalho de Curso, os grupos desenvolvam as estratégias de aprendizagem que possam colaborar com o resultado final. Ao longo do período destinado à elaboração, os alunos deverão cumprir as seguintes etapas/ diretrizes: � Comunicação regular com o orientador pelos chats e pelos fóruns para as orientações; 6 � Entrega de partes do trabalho, de acordo com as solicitações do professor orientador; � Para os alunos regulares, mínimo de três (3) postagens, e para os alunos em dependência, no mínimo duas (2) postagens; � Postagens obedecendo ao cronograma divulgado no AVA, inclusive a postagem da versão final. Em uma seção posterior, as normas para a confecção do trabalho serão abordadas. 3. ORIENTAÇÕES GERAIS As dicas a seguir podem ser úteis para a elaboração do trabalho: 1. Elaboração de relatório pelos alunos, contendo os aspectos apresentados nas aulas gravadas ou nas orientações dadas pelo professor; 2. Manutenção de um arquivo ou caderno para o registro de todas as possíveis citações consideradas relevantes para o trabalho, bem como a referência bibliográfica correspondente; 3. Elaboração de diários de leitura de todos os textos lidos e considerados relevantes para o embasamento teórico da monografia; 4. Trabalhar sempre com a versão corrigida do trabalho e a nova versão, pois isso dá tanto ao orientador quanto aos próprios alunos a possibilidade de relembrar os comentários já feitos em etapas e orientações anteriores. 7 Número de páginas a serem entreguesA monografia é um trabalho com mais ou menos 40 páginas, contando com os elementos pré-textuais, o que resultaria em um mínimo de 30 páginas de pesquisa efetivamente escritas, sem os elementos pré e pós-textuais. 4. O QUE É UMA MONOGRAFIA CIENTÍFICA OU TRABALHO DE CURSO? A monografia proposta ao final de um curso de graduação é um trabalho de caráter científico e, como tal, deve ser pautada em normas internacionais que caracterizam as pesquisas em universidades, congressos etc. Assim, faz-se necessário que escolhamos uma referência bibliográfica (1 livro) sobre as questões metodológicas e, uma vez escolhida, ela deverá ser observada rigorosamente na elaboração do trabalho. Esse livro escolhido será a referência para a metodologia escolhida. Sabendo das divergências em relação às questões metodológicas, às vezes, o pesquisador sente necessidade de estabelecer as comparações entre os diferentes autores que tratam dessa questão. A organização do Trabalho de Curso tem como base as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, utilizadas por grande parte das universidades brasileiras, atualizadas em 2023. Observe o que é necessário para que seu trabalho se adeque às normas e seja aprovado. São normas importantes para quem vai entregar trabalhos acadêmicos: NBR Escopo 14724 Estrutura de monografias e TCCs, elaboração de trabalhos acadêmicos 10520 Como realizar citações no TCC 6023 Como elaborar referências bibliográficas 8 6027 Informa a correta formatação dos sumários 6028 Regras para resumo de TCC e demais trabalhos 5892 Esta Norma especifica os requisitos para indicação da data de um documento ou acontecimento, e para representação das horas. Fonte: ABNT (2023). Em relação às orientações para o Trabalho de Curso, Guidin (2003) propõe, para a reflexão, alguns tópicos que poderão nortear este trabalho acadêmico: 1. A palavra “monografia” corresponde, etimologicamente, a um tratado escrito (“grafia”) sobre um único (“mono”) assunto ou tema; 2. O texto monográfico obedece à estrutura e à linguagem do texto dissertativo. É, portanto, uma dissertação, ou seja, deverá convencer o leitor das propostas lá sustentadas. No caso de Trabalho de Curso, é necessário que cada uma das análises se encaminhe para um ponto determinado e que, ao final, os alunos possam encontrar pontos em comum para atingir o objetivo analítico que será apresentado na conclusão do trabalho; 3. Em princípio, a natureza da monografia é a mesma para os trabalhos de graduação, mestrado e doutorado; 4. A diferença entre esses níveis de pesquisa está no grau de originalidade, abrangência, aprofundamento teórico-metodológico e enfoque analítico; com isso, não se quer dizer que a pesquisa para o Trabalho de Curso teria apenas um caráter de compilação e/ou revisão bibliográfica, como propõem alguns autores. É fundamental que os graduandos se posicionem criticamente diante do material pesquisado. 9 Victoriano e Garcia (1996,1999) consideram importante, em um projeto de pesquisa, que ele seja escrito em sua versão preliminar e que os alunos autores se organizem para responder às seguintes perguntas: 1. O que fazer? A resposta a essa pergunta é a delimitação do tema e do problema a ser resolvido. É importante que se restrinja o campo, pois quanto mais circunscrito estiver o objeto, melhor e com mais segurança se trabalha. Muitas vezes, essa delimitação pode ser usada como título provisório do trabalho; 2. Por que fazer? A resposta a essa questão é a justificativa da escolha do objeto de estudo. Nesse tópico deverão constar a definição e a delimitação do problema, a descrição bibliográfica que demonstre a sua relevância como objeto de estudo, as suas hipóteses e a sua importância para a comunidade, o que o torna um dos tópicos essenciais do projeto; 3. Para que fazer? A resposta a essa questão está nos propósitos do estudo, ou seja, nos seus objetivos gerais e específicos. É fundamental que os seus objetivos sejam claros, pois eles nortearão todo o trabalho metodológico que será desenvolvido; 4. Quais os principais autores com os quais você dialogará? A resposta dessa pergunta está nos autores principais do seu tema. Lembre-se: são os principais e não todos. Eles devem estar em ordem alfabética do sobrenome. Por exemplo: Piaget (1990); Vygotsky (1986); 5. Como fazer? A resposta a essa questão está na metodologia (métodos e técnicas) que será utilizada em seu trabalho. A metodologia é um procedimento sistemático e formal cujo objetivo é encontrar as respostas para os problemas mediante o emprego de técnicas científicas que permitam descobrir os fatos ou dados, as relações ou leis em qualquer campo do conhecimento; 10 6. Com quem fazer? A resposta a essa questão está vinculada às pesquisas que, por utilizarem recursos de estatística, ou por serem pesquisas empíricas, devem selecionar uma amostra entre a população-alvo e o seu estudo; 7. Onde fazer? Local, campo de pesquisa, pesquisa de campo, bibliografia. Se a pesquisa exigir um trabalho com a amostragem, necessariamente é preciso trabalhar com os dados colhidos no campo de estudo. Isso não impede que a pesquisa bibliográfica seja executada em centros especializados ou em bibliotecas universitárias, cujas especialidades estão ligadas às áreas de conhecimento específicas; 8. Com o que fazer? Recursos, custeio. Muitas das monografias apresentadas por alunos, devido ao interesse do assunto e da área específica, podem ser financiadas por órgãos de pesquisa ou pela própria universidade; 9. Quando fazer? A resposta a essa pergunta é um cronograma, que deve descrever, mês a mês, todos os passos que o pesquisador seguirá. Além disso, o bom andamento da pesquisa requer rigor quanto ao cumprimento dos prazos estabelecidos pelo orientador e pela dinâmica da pesquisa. Esses 9 itens descritos anteriormente compõem a introdução, uma parte fundamental no Trabalho de Curso. 5. O QUE SIGNIFICA PENSAR CIENTIFICAMENTE? Ao afirmarmos que um Trabalho de Curso é um trabalho acadêmico, técnico-científico, estamos, de certa forma, dizendo que esse trabalho tem características diferenciadas e que o seu público-alvo se encontra na comunidade científica. Quem avalia e atribui a relevância 11 aos trabalhos científicos são os leitores acostumados a trabalhar com a pesquisa e a pensar e raciocinar cientificamente. Mas o que isso significa? É dotado de um comportamento científico o aluno que demonstra a preocupação com a qualidade dos questionamentos que faz em relação ao foco de seu trabalho, que estabelece as metas para os procedimentos de pesquisa, que não se satisfaz com as conclusões do senso comum, mas está sempre em busca de explicar e analisar os dados de sua pesquisa. Comportar-se cientificamente requer um critério com as conclusões, fundamentando-as em um referencial teórico ou empírico, bem selecionado e pertinente ao tema. Significa “ter uma visão relativa dos fenômenos e não absoluta, ou seja, estabelecer as relações entre os fenômenos e não concebê-los como fenômenos isolados de um contexto” (Hübner, 1998). Assim, espera-se que os alunos, ao elaborarem o seu Trabalho de Curso, primem pela qualidade acadêmico-científica de seus textos, sendo criteriosos o bastante para que os resultados de seus trabalhos sejam validados na comunidade científica. Espera-se que produzam textos coerentes, isentos de julgamentos (isto é, sem o uso exagerado de adjetivos), calcados em descrições que possibilitem as inferências e a tomada de posições equilibradas e fundamentadas. 6. O QUE FAZ UM ORIENTADOR DE TRABALHO DE CURSO? O professor orientador de conteúdo específico atua na orientação do Trabalho de Curso, acompanha os alunos nas discussões sobre o tema escolhido, auxiliando-os em relação às leituras e às bibliografias indicadas para dar a sustentação teórica ao trabalho. Algumas características são fundamentais ao professor escolhidocomo orientador de um Trabalho de Curso: 12 � Ser um incentivador dos alunos, estimulando-os para que elaborem um trabalho criativo; � Sugerir as leituras aos alunos; � Indicar aos alunos as modificações a serem efetuadas no trabalho, porém nunca redigir os trechos do trabalho. É importante ressaltar que um Trabalho de Curso é um momento de construção de conhecimentos e exige, portanto, que os orientandos e o orientador mantenham um relacionamento cordial, de confiança, assumindo cada qual o seu papel pedagógico. O exercício que se espera na elaboração de um Trabalho de Curso tem características dialógicas, isto é, os orientandos e o orientador têm espaço e voz nas discussões, em busca de transformar os conhecimentos já adquiridos. Espera-se que as decisões a respeito do trabalho sejam tomadas com maturidade e sempre de forma compartilhada. 7. COMO SE ORGANIZA UM TRABALHO DE CURSO? O Trabalho de Curso se organiza a partir das seguintes partes: � Capa; � Elementos pré-textuais ou preliminares; � Elementos textuais; � Elementos pós-textuais. 13 Elementos pré-textuais ou preliminares Capa - na qual serão informados: instituição, autor, título, local e ano Lombada para a entrega de trabalho em capa dura (não valendo para o nosso caso). Folha de rosto composta por anverso (frente) e verso. Anverso da folha de rosto - os mesmos itens presentes na capa, com algumas mudanças Verso da folha de rosto catalográfica. ficha Folha de dedicatória. Folha de agradecimento. Resumo Abstract - resumo em uma lingua estrangeira. Lista de tabelas e gráfico (se houver) Pré-textuais Capa (obrigatório) Folha de rosto (obrigatório) Dedicatória (opcional) Agradecimento (opcional) Epigrafe (opcional) Resumo (obrigatório) Abstract (opcional) Lista (ilustrações, tabelas, abreviaturas, símbolos siglas (opcional) Sumário (obrigatório) Fonte: ABNT (2023) 14 Introdução Escolha do tema Justificativa da escolha do tema Formulação do problema Hipótese levantada para o problema formulado Objetivos gerais e específicos Conceituação e relevância Principais autores que embasarão a pesquisa e o método utilizados para realizar a pesquisa e a indicação da estrutura do trabalho Elementos textuais Exposição do tema Fundamentação teórica, desenvolvimento Metodologia do trabalho* Argumentação e discussão Elementos pós-textuais Considerações finais Referências bibliográficas Anexos Apêndices Indices Elementos que compõem o Trabalho de Curso – de acordo com a ABNT 6023 Descreveremos a seguir cada uma das partes citadas, possibilitando aos autores do Trabalho de Curso o exercício de rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada uma delas. Elementos pré-textuais Esses são os elementos que antecedem a introdução do trabalho e são constituídos por tudo aquilo que identifica o trabalho e orienta o leitor. CAPA São poucos itens, porém necessários: � Nome da instituição; 15 � Nome do curso; � Nome do aluno; � Título do trabalho (subtítulo se houver); � Cidade e estado; � Ano de apresentação do trabalho. UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE PEDAGOGIA-EAD NOME RA TÍTULO: SUBTÍTULO Local/Estado Ano 16 FOLHA DE ROSTO Segue os mesmos procedimentos da capa em relação às margens e à distribuição do texto, sem o nome da universidade e com a natureza do trabalho. FICHA CATALOGRÁFICA Buscar no AVA os avisos de onde e como confecioná-la. NOME RA TÍTULO: subtítulo Monografia apresenada à banca examinadora do Curso de Pedagogia da Universidade Paulista, como requisito para obtenção do título de licenciatura em Pedagogia. Orientador: Local Ano 17 Espaçamento Onde usar 1,5 � Parte pré-texto: dedicatória, agradecimentos, resumo, abstract, listas e sumário; � Parte texto: introdução, desenvolvimento e conclusão; � Parte pós-texto: apêndices e anexos. Simples � Citações de mais de três linhas; � Notas de rodapé; � Legendas de ilustrações e tabelas; � Referências. Fonte: ABNT (2023). FOLHA DE DEDICATÓRIA E FOLHA DE AGRADECIMENTOS Nessas páginas, que são opcionais, o autor apresenta as mensagens pessoais. Na folha de dedicatória, o autor deverá elaborar um texto curto, dedicando o trabalho a alguém. Não há uma regra para a utilização da página; no entanto, é comum encontrarmos a dedicatória à direita, da metade da folha para baixo. Normalmente, escolhe-se para dedicar o trabalho alguém que tenha tido uma relação direta com o autor durante a elaboração do trabalho: um familiar, um professor etc. Já na folha de agradecimentos, o autor agradecerá àqueles que, efetivamente, contribuíram para a elaboração da monografia, por exemplo, o professor orientador, os professores envolvidos com o trabalho, as agências financiadoras. Agradecimento Quero agradecer... 18 A dedicatória e o agradecimento devem ficar em páginas diferentes. Na dedicatória, o autor oferece o trabalho a uma ou mais pessoas importantes; enquanto que, no agradecimento, o autor expressa a sua gratidão pelo auxílio recebido para que o trabalho tenha sido realizado. FOLHA DE EPÍGRAFE Essa também é uma folha opcional. Nela, o autor da monografia apresentará um excerto (um fragmento e um trecho) de um texto de sua escolha (frase ou verso), cujo conteúdo tenha uma relação com o tema desenvolvido na monografia. Poderão ser escolhidas as epígrafes para cada um dos capítulos da monografia, se for da preferência do autor, porém elas devem ter relação com o capítulo. Como usar epígrafe nas normas ABNT? Figura 14 - Modelo de folha de epígrafe para Monografia EPÍGRAFE (não é obrigatório escrever a palavra “EPÍGRAFE”) “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensinal” Cora Carolina Se for escrita, utilizar fonte Arial, tamanho 14, negrito e centralizado. Fonte Arial, tamanho 12, justificado e espaçamento simples. Fonte: os autores. 19 � Fonte de tamanho 12 (Arial) ou 12 (Times New Roman). É necessário que a fonte, aqui escolhida, seja a mesma para todo o trabalho. � A citação deve possuir o alinhamento justificado com 7,5 cm de recuo da margem esquerda. � O espaço entre as linhas da citação precisa ser de 1,5 cm. � O texto e o nome do autor da citação escolhida, precisam estar em um formato normal. � O nome do autor precisa estar alinhado à direita e entre parênteses. SUMÁRIO Aqui, o autor informa aos leitores o conteúdo que será tratado na monografia. A palavra “sumário” deverá aparecer no topo da página, em letras maiúsculas, sendo seguida, dois ou três parágrafos abaixo, de todos os intertítulos contidos no trabalho. A estética da página do sumário deverá ser observada de forma que os títulos e os subtítulos apareçam destacados de forma padronizada, e obedecendo aos recuos da margem esquerda, também padronizados. � O título deverá ficar centralizado e em letra maiúscula; � A margem superior e esquerda deverá ser de 3 cm; � A margem inferior e direita deverá ser de 2 cm; � O sumário deverá ficar antes da introdução; � O espaçamento entre as linhas deverá ser de 1,5; 20 � O tamanho da fonte deverá ser 12; � Não deverão conter outros textos, apenas os títulos das divisões e subdivisões; � Os capítulos devem ser escritos com todas as letras em caixa alta, com fonte tamanho 12, em negrito e em alinhamento à esquerda; � Os subcapítulos, ou seja, os capítulos secundários, devem ter a mesma formatação dos capítulos, mas com apenas a primeira letra maiúscula, o resto em letra minúscula; � Os capítulos terciários não são em negrito. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................. 2. TÍTULO .............................................. 2.1 Título terciário................................ 2.1.1 Título terciário .............................. 3. TÍTULO .............................................. 4. MÉTODO .......................................... 5. ANÁLISE E DISCUSSÃO ............... 6. CONSIDERAÇÃO FINAL ............... REFERÊNCIAS..................................APÊNDICE ANEXO 21 De acordo com a ABNT, a numeração das páginas, em algarismos arábicos, deverá iniciar, somente, quando começar o texto da pesquisa, porém as páginas que antecedem devem ser contadas (ex.: começa na introdução com a página 10). Tal numeração deverá aparecer em cima da página, do lado direito. Texto ____________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ 5 22 LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS Nessa página, o autor apresentará uma relação das ilustrações ou explicações (abreviaturas, siglas), na ordem em que aparecem no texto, indicando as páginas de sua localização. RESUMO Essa é uma página importante do trabalho monográfico e obrigatória. É ela que, em um primeiro momento, convida o leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve ser um texto conciso, com uma média de 300 palavras, chegando, no máximo, a 500 e tendo, no mínimo, 150 palavras, onde o autor apresenta uma síntese do conteúdo do trabalho, destacando os aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação teórica que deram sustentação às discussões apresentadas. O resumo tem como intuito fornecer ao leitor os elementos que permitam a ele decidir sobre ler ou não tal trabalho, em função da relevância para o seu próprio contexto. Deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho, sem um parágrafo e, nunca, em tópicos. Entre o título e o texto devem conter 2 espaços e, após o texto do resumo, deverão aparecer as palavras-chave sugeridas pelo autor, como a referência do trabalho em meio eletrônico. Segue um exemplo de resumo monográfico: 23 RESUMO Com o apogeu da mídia como produtora de sentidos, o trabalho de educadores de diferentes segmentos da escolaridade vem sofrendo transformações e o seu interesse tem se modificado em relação às atividades didáticas desenvolvidas em sala de aula, no que diz respeito à língua portuguesa e à análise do discurso. A mídia televisiva brasileira mantém, com o telespectador, uma relação de poder, produz e reproduz os valores, transmitindo os textos persuasivos de alta qualidade, legitimando as verdades, os saberes, os discursos e cristalizando, no imaginário coletivo, sem (quase) nenhum questionamento em relação à veracidade discursiva. Em se tratando do sistema educacional brasileiro, há grande abismo e muita resistência em considerar as práticas discursivas da mídia televisiva como os possíveis eventos pedagógicos favoráveis a uma formação mais crítica do futuro profissional. // Assim sendo, este trabalho procura analisar o universo imaginário dos alunos de Ensino Médio de uma escola da rede pública, focalizando as questões concernentes à linguagem midiática. // Os passos metodológicos iniciaram-se com o levantamento do hábito televisual dos alunos, seguidos de audiência, discussões, análise e debate sobre o funcionamento discursivo da novela Malhação – Rede Globo de Televisão, de forma a oportunizar as reflexões à luz da Análise do Discurso e da Análise da Conversação, evidenciando as relações entre o sujeito, discurso, saber e poder. // Os resultados das análises são apresentados neste trabalho, que se divide nas seguintes seções: Introdução – onde a problemática e os objetivos são apresentados; O Dizer e o Poder: relações discursivas – onde são apresentadas as referências teóricas sobre a Análise do Discurso e a Análise da Conversação; A Caminhada – seção que apresenta a metodologia do trabalho: procedimentos relacionados à escolha dos dados e os encaminhamentos para a análise; Baixando o véu do discurso – seção que apresenta a análise de trechos transcritos da novela Malhação, discutidos à luz do referencial teórico; e Algumas Considerações – seção que encerra o trabalho, apresentando algumas conclusões e os possíveis encaminhamentos, com o intuito de desencadear nos leitores o desejo de novas e mais aprofundadas pesquisas sobre o mesmo tema. PALAVRAS-CHAVE: discurso; conversação; mídia; linguagem midiática. 1 2 3 4 Observe, no resumo apresentado, os trechos destacados e separados com “//”. Eles mostram a organização do resumo: trecho 1 – contextualização do tema discutido na monografia; 24 trecho 2 – propósito do trabalho; trecho 3 – metodologia utilizada no processo de pesquisa; trecho 4 – organização do documento monográfico. ABSTRACT Nessa página, esteticamente igual à página do resumo, deverá aparecer uma tradução para a língua inglesa do resumo do trabalho, seguida das palavras-chave. ELEMENTOS TEXTUAIS Esses são os elementos que compõem o corpo do trabalho monográfico propriamente dito, podendo ser chamados de elementos nucleares, pois sem eles e sem a articulação entre eles, o texto monográfico perde a vida. Cada um dos elementos tem características próprias, porém se complementam, dando ao leitor a noção exata do caminho trilhado pelos pesquisadores sobre o tema desenvolvido. INTRODUÇÃO A introdução da monografia merece uma atenção especial dos autores. Muitas vezes, ela é considerada como de pouca importância, mas é, exatamente, nessa seção que todo o conteúdo do trabalho é apresentado ao leitor. Duas ou três páginas deverão ser reservadas para a introdução da monografia; é na introdução que o autor delimitará o assunto sobre o qual versará o trabalho e o justificará. Segundo Machado (2001), é preciso compreender que apresentar as justificativas para determinado trabalho de pesquisa não é, simplesmente, dizer o que o motivou, do ponto de vista pessoal, porque fez o trabalho (porque gostou do tema, porque viveu a experiência etc.), mas dizer para que serve o trabalho, qual é a sua relevância, tendo em vista a problemática maior em que se insere, os estudos que já foram feitos a respeito, as lacunas que esses estudos ainda deixaram etc. 25 Na introdução da monografia, o autor deve apresentar imprescindivelmente: � O tema do trabalho, em linhas gerais, oferecendo ao leitor, não somente, a possibilidade de estabelecer as relações entre esse estudo e outros de seu conhecimento, mas, também, a opção pela leitura do trabalho em relação aos seus interesses e ao contexto de atuação; � A delimitação do assunto, isto é, a extensão e a profundidade com que o trabalho tratará o assunto escolhido; � Os objetivos do trabalho: gerais (relacionados ao tema – contexto macro) e específicos (relacionados ao assunto escolhido – contexto micro); � A justificativa da escolha do tema, evidenciando a sua importância para o contexto no qual se encontra inserido; vale lembrar que justificar a escolha de um tema não significa dar a ele uma importância incomensurável e enaltecer a sua complexidade de forma exagerada, mas sim apontar como esse estudo pode ser um fator contribuinte para o desenvolvimento da área em que se encontra inserido, ainda que não se proponha a ser conclusivo; � A pergunta que norteará a pesquisa e a hipótese (a possível resposta para a pergunta formulada); � Conceituação e relevância, explicitando ao leitor a fundamentação teórica que apoiará as discussões, seguida de breves enunciados sobre os conceitos fundamentais discutidos e a sua relevância para o estudo realizado; reserva-se a esse item, ainda, a necessidade de apresentar um resumo de obras e/ou pesquisas cujos temas se relacionamdiretamente com o tema estudado, estabelecendo as comparações, a fim de possibilitar a discussão das lacunas que os demais trabalhos ainda não preencheram; 26 � Principais autores que darão base teórica à pesquisa. � O método adotado para realizar a pesquisa. Nesse caso utilizarão uma pesquisa de cunho qualitativo, tendo como instrumento de investigação o levantamento bibliográfico. � Procedimentos adotados para a realização do trabalho de pesquisa e para a elaboração do texto monográfico, isto é, a sua organização em seções; Uma discussão relevante para a elaboração do texto monográfico diz respeito à escolha da pessoa do discurso. Embora haja práticas legitimadas sobre esse aspecto, encontram-se mais trabalhos escritos em primeira pessoa (eu/nós). É importante, no entanto, que tal aspecto seja discutido com o orientador do trabalho, pois a pesquisa deve manter um caráter formal e impessoal, utilizando os termos como “entende-se”, “acredita-se”, “verificou-se”; não sendo recomendados os termos informais. Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor deve redigir o texto na voz passiva – foi observado, foi elaborado –, na terceira pessoa do singular, com o pronome “se” ou por meio de expressões como “o presente estudo”, “a presente pesquisa”. Há, ainda, a opção de desenvolver o texto em primeira pessoa do plural, considerando-se que o trabalho tenha sido desenvolvido pelo aluno (no caso de um aluno, apenas) e por seu orientador. Carmo-Neto (1996) nos oferece algumas pistas para construirmos as justificativas de nosso trabalho: � Por que mais um trabalho sobre esse tema? � Em que este trabalho é diferente dos outros? 27 � Por que tal diferença é relevante? � O que meu trabalho muda no conjunto de textos sobre o mesmo assunto? � Por que ele deve ser lido? Por quem? � O que o leitor vai encontrar de interessante, de substancial e atrativo em meu trabalho? Outro lembrete importante em relação ao desenvolvimento da monografia diz respeito à apresentação do objetivo do trabalho no decorrer do texto. Muitas vezes, o autor opta por retomar o objetivo em muitos momentos do desenvolvimento do texto, correndo o risco de apresentá-lo de diferentes maneiras e, inclusive, de cair em contradições. Para que isso não ocorra, sugerimos que, sempre que o objetivo do trabalho for explicitado no texto, seja destacado ou indicado a partir de uma marca gráfica, possibilitando, no momento de revisão final, comparar tais enunciados e corrigir inadequações e/ou contradições. DESENVOLVIMENTO Essa é a parte mais extensa de um trabalho monográfico e a mais importante, que será subdividida em capítulos (que, por sua vez, dividem-se em subseções), sendo que cada capítulo deverá abrir uma página nova do trabalho. Os capítulos deverão ser indicados por algarismos romanos, sendo o título do capítulo escrito em letras maiúsculas (caixa-alta), fonte Arial ou Times New Roman, fonte 14; as subseções deverão ser indicadas por algarismos arábicos, sendo os títulos escritos com maiúsculas, apenas, nas letras iniciais das principais palavras. Há diferentes formas de identificação para as partes de uma monografia, apresentadas por diferentes autores. O que importa, na verdade, é que, uma vez utilizado um estilo, ele deverá ser padronizado no desenvolvimento de todo o trabalho. 28 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Um dos itens apresentados no desenvolvimento da monografia se refere ao arcabouço teórico, ou seja, toda a teoria na qual o trabalho está apoiado. Tal capítulo deverá ser desenvolvido em linguagem própria do autor, porém sustentada por citações de autores que já discutiram o mesmo assunto e elaboraram teorias sobre ele. Todos os autores citados no decorrer do texto monográfico estão compondo, ao final do trabalho, o que denominamos de referências bibliográficas. Em uma seção posterior serão apresentadas as orientações para a elaboração delas. É importante lembrar que, nos capítulos de desenvolvimento, o autor deverá explicitar, sempre que possível, a relação entre o que está sendo dito e o objetivo do trabalho. Assim, é comum retomar o tema discutido, principalmente, no desenvolvimento da seção de fundamentação teórica, pelo simples fato de que a teoria ali apresentada só é significativa na medida em que se relaciona, diretamente, com o objetivo proposto na pesquisa. METODOLOGIA Nesse capítulo, o autor da monografia deverá descrever em detalhes os procedimentos utilizados nas diversas fases da pesquisa e da elaboração do texto. Procedendo dessa forma, dará oportunidade a outros pesquisadores e aos leitores do trabalho, de acompanhar todos os passos e os pensamentos do autor, entender a sua lógica de pensamento, em relação à análise dos dados e, até mesmo, iniciar uma nova pesquisa com base no encaminhamento apresentado. Quando o autor explicita, claramente, os procedimentos escolhidos para a condução da pesquisa, no capítulo do método, o leitor – mesmo que não conheça a teoria na qual o trabalho está sustentado – é capaz de compreender os resultados de sua análise de dados. Pressupõe-se também que, quando o método é apresentado de maneira clara, objetiva e detalhada, outros pesquisadores podem replicar o trabalho. 29 Um procedimento interessante para os pesquisadores é a manutenção de um diário de pesquisa, anotando tudo o que estiver sendo feito (nesse caso lido) para chegar aos resultados da pesquisa (Machado, 2001). Aspectos essenciais no capítulo do método compreendem: � Contexto da pesquisa – descrição detalhada da situação (física/social) da pesquisa; � Participantes – caso a pesquisa envolva as pessoas e/ou a gravação de dados orais; � Procedimentos/instrumentos de coleta de dados (caso tenha sido realizada uma pesquisa de campo) – os meios pelos quais os dados foram coletados, por exemplo: gravador, vídeo, coleta em jornal, filme etc.; � Procedimentos de seleção de dados – critérios utilizados para escolher os dados a serem analisados (por que esses dados e não outros?); � Método(s) de análise e as categorias utilizadas. O capítulo do método deverá conter a explicação de como foram elaborados: a pesquisa, os artigos, a dissertação, as teses e os livros. Como se organizou para a realização da pesquisa e qual é o critério de escolha do material de leitura (exclusão e inclusão de textos). Não podemos nos esquecer de que o nosso Trabalho de Curso será, exclusivamente, um levantamento bibliográfico, um trabalho de aprofundamento sobre o tema. ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO Nesse capítulo, o autor de um texto monográfico não só exercita sua capacidade de argumentação como também trabalha com critérios de coerência e coesão na elaboração do texto, aspectos muito importantes para dar validade científica ao trabalho apresentado. 30 Os dados, analisados à luz da teoria apresentada na fundamentação teórica, estarão à mercê dos argumentos do autor. Para isso, ele recorrerá às explicações, às análises, aos esclarecimentos de ambiguidades, às descrições etc., que ofereçam ao leitor as condições de compreender o encaminhamento do raciocínio na busca por comprovações do aspecto pesquisado. É importante ressaltar que as discussões com base nas posições teóricas vão requerer, sempre, que o autor examine as posições contrárias, estabeleça os confrontos, compare, fazendo o uso de um processo dialógico na elaboração do texto. As análises realizadas em um trabalho monográfico deverão ser, rigorosamente, orientadas pelos professores orientadores, de acordo com a sua área de saber metodológico e acadêmico. Severino (2002) nos faz lembrar que o capítulo de discussão dos resultados requer do pesquisador a habilidade de tecer uma rede de significados que perpasse as informações, os dados, as teorias apresentadas no decorrer da monografia. É o momento de assumir os posicionamentos e buscar a integração teoria/prática em direção ao objetivoproposto no início do trabalho. Esse fator é o mais relevante em se tratando de aferir os resultados da pesquisa e avaliar o seu significado para o crescimento do conhecimento científico. E mais: o capítulo de discussão é fundamentalmente um capítulo pautado em debates e questionamentos. Assim, o pesquisador precisa estar preparado para responder aos seus próprios porquês e para apresentar essas respostas com clareza, pois serão elas, quando bem fundamentadas, que farão emergir os resultados da pesquisa. CONSIDERAÇÃO FINAL A conclusão de uma monografia, embora seja a parte menos extensa, apresenta uma importância fundamental, deve conter as considerações e a síntese a respeito das análises, apresentando os aspectos convergentes e/ou divergentes observados ao longo do desenvolvimento do trabalho, além de comentários sobre a sua aplicabilidade didático- pedagógica e sobre a sua contribuição sob a perspectiva discursiva. 31 Para Guidin (2003), a conclusão (aqui denominada de considerações finais) é o fechamento do trabalho que foi anunciado na introdução, e desenvolvido ou retomado no desenvolvimento: o trabalho desembocará, inevitavelmente, na conclusão. Portanto, a conclusão não é um resumo ou algo que foi acrescentado no final do trabalho, sem sentido. É nela que proporcionamos ao leitor a recapitulação dos passos significativos do trabalho e, para isso, faz-se necessário retomar, não somente, o objetivo, mas também a caminhada do trabalho. A conclusão situa o leitor em relação às partes do trabalho. É o momento culminante da monografia, em que as experiências pessoais e as novas perspectivas dos autores podem vir à tona, de certo modo, resgatando os objetivos propostos, inicialmente, e as lacunas suscitadas na introdução. É interessante lembrar que, enquanto na introdução existe a preocupação com a delimitação do tema, na conclusão, o sentido maior está em vislumbrar novas possibilidades para o tratamento desse mesmo tema. Essas possibilidades podem ser oferecidas ao leitor como sugestões para as pesquisas posteriores, caracterizando, aliás, o movimento da ciência: avançar em mares pouco desbravados. Quanto às qualidades do texto da conclusão, é importante lembrar que as suas características são: a. Brevidade: a conclusão deve ser breve e exata, concisa e convincente; b. Objetividade: a conclusão é a síntese interpretativa dos elementos essenciais discutidos e analisados no transcurso da monografia; c. Personalidade: a conclusão deve apontar, claramente, para o ponto de vista dos autores por meio de marcas pessoais, não deixando de apresentar as novas rotas para a continuidade do trabalho. 32 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS Os elementos pós-textuais, também denominados de elementos referenciais, compreendem as referências bibliográficas, os anexos e os apêndices, quando necessários. Esses são os elementos orientadores para os leitores, que a eles recorrem sempre que, no decorrer da leitura do corpo do trabalho, houver as indicações que lhes suscitem a curiosidade ou que possam auxiliar na compreensão da caminhada do pesquisador. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A exigência, não somente em relação às monografias, mas em qualquer publicação científica, é que seja elaborada uma seção de referências bibliográficas. No entanto, é importante que o autor conheça a diferença entre as referências bibliográficas e a bibliografia. As referências bibliográficas se referem às obras (livros, artigos impressos ou presentes em fontes eletrônicas etc.) que foram citadas no corpo do trabalho. Isso significa que, ao fazer o uso das vozes de diferentes autores, quer textualmente, quer parafraseando-os, o autor da monografia deve citá-los no corpo do trabalho e referenciá-los na seção das referências bibliográficas. Já a bibliografia, usada como referencial em ementas de cursos ou em textos para o uso didático, inclui todas as obras lidas e estudadas pelo autor para a elaboração do texto em questão. Lembre-se: 1. Alinhamento de texto à esquerda; 2. Fonte Times New Roman ou Arial (ficar igual ao texto); 3. Tamanho: 12; 4. Referências ordenadas alfabeticamente e não numeradas; 5. Colocar uma linha de branco entre as duas referências; 33 6. Título da seção não tem um indicativo numérico; 7. E as referências bibliográficas devem ficar, exatamente, após a parte de conclusão (a conclusão é o último elemento textual, e a referência é o primeiro elemento no pós-textual!). Formatação referências Separar cada referência deixando uma linha em branco texto tamanho 12 espacejamento simples e alinhamento à esquerda Fonte: ABNT (2023). Na Referência os autores devem aparecer em ordem alfabética. 34 Exemplo 1: FREITAS, Maria Teresa; SOUZA, Solange J.; KRAMER, Sonia. (orgs.). Ciências Humanas e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Editora Cortez, 2003 (Coleção Questões da Nossa Época; v. 107, p. 35-39). MARSICK, Victória. Factors that affect the epistemology of group learning. Disponível em: http://www.eds.educ.ubc.ca/aerc/1997/97marsick.htm. Acesso em: 13 mai. 13. ORELLANA, M. F.; BOWMAN, P. Cultural diversity research on learning and development: conceptual, methodological, and strategic considerations. In: American Educational Research Association, v. 32, n. 5, June/July, 2003, p. 26-32. Preste atenção: a obra pertencente à coleção deve estar entre parênteses, com a indicação de volume e as páginas consultadas. As fontes eletrônicas devem indicar a data da consulta, a indicação de autor cujo artigo ou capítulo esteja inserido em uma obra organizada por outro autor, ou em revista, deve conter In seguido de dois pontos. FULLAN, Michael; HARGREAVES, Andy. 1996. A escola como organização aprendente: buscando uma educação de qualidade. 2. ed. Trad. Regina Garcez. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000. BEDNY, Gregory Z. et al. Activity theory: history, research and application. In: Theor. Issues in Ergon. SCI., v. 1, 2000, n. 2, p. 168-206. 35 Atente-se ao exemplo, com a indicação de obra com dois ou três autores, e a indicação de obra com mais de três autores. CITAÇÕES De acordo com a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT), na NBR 10520, a citação é uma informação retirada de uma obra tal qual ela se apresenta. Não se termina capítulos com citações, imagens ou gráficos. Exemplo 1: Começaram trabalhando no litoral, no corte do pau-brasil e, posteriormente, no trabalho nos engenhos de cana-de-açúcar. Depois, foram levados para o interior do território e para as regiões longínquas para trabalhar na mineração, na criação de gado, no cultivo de cacau, nas charqueadas, na exploração das “drogas do sertão”. Trabalhavam também no serviço doméstico, nas construções públicas de todos os tipos e no comércio de gêneros alimentícios (Amaral, 2011, p. 12). Palavra do autor do texto deve estar com aspas. Exemplo 2: Esclarece Pinsky (2000, p. 61): “Distante da imagem de mansidão e conformismo que costumavam lhe atribuir, o negro resistiu e revoltou-se contra a sua condição de escravo. O jogo de capoeira era uma demonstração de resistência”. Até 3 linhas, a citação ficará no mesmo parágrafo e com aspas. A citação deve ser apresentada com o autor, o ano e a página utilizados; devendo haver uma uniformidade na apresentação para melhor organização. 36 Precisamos entender as diferentes citações existentes – até três linhas e mais de três linhas. Quando estamos escrevendo um texto e citamos um trecho de um livro da mesma forma que ele está escrito, e este tiver mais de três linhas, ele deverá ficar abaixo do texto, com recuo e fonte 10, mas se essa citação tiver, até, 3 linhas, ele ficará no mesmo parágrafo e entre aspas. *Citação recuada não tem aspas*. Exemplo 3: Explica Amaral (2011) que o desembarque acontecia no Brasil, mais especificamente nos portos de Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Vicente. Logo após a chegada, eles eramdistribuídos para várias regiões brasileiras e realizavam todo tipo de trabalho. Começaram trabalhando no litoral, no corte do pau-brasil e, posteriormente, no trabalho nos engenhos de cana-de-açúcar. Depois, foram levados para o interior do território e para as regiões longínquas para trabalhar na mineração, na criação de gado, no cultivo de cacau, nas charqueadas, na exploração das “drogas do sertão”. Trabalhavam também no serviço doméstico, nas construções públicas de todos os tipos e no comércio de gêneros alimentícios (Amaral, 2011, p. 12). Quando houver mais de 3 linhas de texto citado, a citação deverá ficar recuada e sem aspas: 37 Fonte: ABNT (2023). Exemplo 1: Relatam Almeida et al. (2005) que o projeto de atração de imigrantes, em razão das novas condições políticas e econômicas, começou a vigorar após 1880. Conforme Almeida et al. (2005, p. 35): “No plano internacional, restrições à entrada de estrangeiros na Argentina e nos Estados Unidos, e a estagnação econômica, na Itália, favoreceram o projeto brasileiro”. Repare que, quando no meio do texto, a citação vem entre aspas para diferenciar o texto da citação. Quando a frase que será utilizada estiver dentro de um texto grande e você não pretender usá-la toda, e sim partes dela, é aconselhável utilizar [...] para designar que o texto foi cortado. 38 Exemplo 2: “As propostas de melhorias de processo e tecnologia são coletadas e analisadas [...] com base nos resultados de projetos piloto” (Koscianski; Soares, 2007, p. 153). Citação indireta Caracteriza-se pelo resumo de uma obra ou um trecho lido (parafrasear). Deve apresentar o nome do autor com o ano da obra. Fonte: https://www.normasabnt.org/ Deve-se seguir a formatação da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Em relação à ABNT, a citação indireta se diferencia bastante da direta, pois deve ser escrita “normalmente”, ou seja, conforme o restante do corpo do texto. Veja a lista de normas: 39 � Fonte Arial ou Times New Roman; � Tamanho 12; � Espaçamento entre linhas de 1,5; � Inserção do sobrenome do autor e ano de publicação da obra entre parênteses. De acordo com Teixeira (2009), as imagens e as representações que estão nos livros didáticos são fundamentais para o desenvolvimento das crianças em período de aprendizado. Citação de citação A citação de citação não é muito utilizada, pois se recomenda ler os livros na íntegra, porém, se houver uma obra a que não se tem fácil acesso por ser de uma edição muito antiga, pode ser apresentada conforme o exemplo a seguir: Segundo Van Dijk (1983), citado por Fagundes (2001, p. 53), “no texto jornalístico é convencional apresentar-se um resumo do acontecimento abordado. Esse resumo pode ser expresso por letras grandes separadas do resto do texto ou na introdução no lead”. Quando a citação se referir à ideia de algum autor citado por outro, deve-se empregar a expressão apud entre o nome do autor do qual você pretende utilizar a ideia e o autor do livro que você leu. Veja o exemplo a seguir: 40 Exemplo 1: Fonte: https://www.normasabnt.org/ É preciso incluir as referências em todas as citações das pesquisas científicas, e com o apud não é diferente. Para referenciar é preciso seguir as normas da ABNT. Veja, a seguir, como isso deve ser feito: De acordo com Holanda (1998, p. 102, apud Costa, 2003, p. 87) “para se comunicar melhor com o seu público, uma marca deve investir em marketing digital”. 41 Podemos ver, claramente, o que se pensava da criança na obra de Ariès (1981), ao apontar que: A ideia de infância está ligada à de dependência; só se sai da infância ao sair dessa condição. A criança pequena era vista como um animalzinho, fonte de diversão e entretenimento para os pais e habitantes do local. O elevado número de mortes de crianças pequenas não era sentido como perda, pois, logo, outra criança viria, em substituição. Não poderia haver, portanto, uma preocupação quanto à educação infantil (apud Fonterrada, 2008, p. 37). Sobre este período, Bauab (1960, apud Almeida, 2007) também traz o seu pensamento ao considerar que este movimento [...]. ANEXOS E APÊNDICES Anexos são documentos complementares à monografia, que esclarecem os conteúdos nela tratados. Aos anexos pertencem, por exemplo, as transcrições (na íntegra) de dados coletados, documentos, leis, pareceres etc. utilizados como suporte às discussões e que prejudicariam a estética do trabalho caso fossem inseridos em seu corpo. Anexos são necessários, na maioria das vezes, para que os leitores do trabalho busquem a melhor compreensão das interpretações e das conclusões do autor. Em geral, são ordenados a partir de um critério lógico, por exemplo, sequenciados por data de utilização no trabalho, e aparecem numerados ou são indicados por letras (Anexo 1 ou Anexo A). Essas denominações permitem que, ao fazer referência ao seu conteúdo no corpo do trabalho, o autor da monografia apresente a indicação de onde se encontra o trecho na íntegra. Exemplificando: “Conforme comentado no capítulo anterior, os dados referentes ao participante André (Anexo 5) foram coletados em seu ambiente de trabalho”. 42 Os anexos aparecem, geralmente, após as referências bibliográficas. No entanto, há controvérsias a esse respeito e muitos autores preferem inserir os anexos antes das referências bibliográficas para que a numeração de suas páginas siga a numeração do próprio trabalho. Já os apêndices se caracterizam por serem materiais produzidos pelo próprio autor da monografia. Fazem parte deles: os questionários utilizados na coleta de dados, as fichas e os materiais preparados para coletar os dados em entrevistas, as tabelas elaboradas para sustentar as discussões, os trechos da análise dos dados. APÊNDICES Pouco utilizados nas monografias (que optam por apresentar, no início, um sumário com as indicações de assuntos e páginas), os índices, quando utilizados ao final da obra, têm objetivos diversos. Eles podem apresentar uma lista de assuntos (índice denominado como sistemático), lista de termos referidos (índice denominado como remissivo), lista de todos os nomes próprios presentes (índice denominado como onomástico), lista de lugares (índice denominado como toponímico) e lista de citações bíblicas (índice denominado como escriturário). 8. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA Considerando-se as diferentes partes que compõem o texto monográfico, é importante ressaltar que a linguagem se presentifica de diferentes e bem marcadas formas, influenciando na qualidade e na validade do texto construído. É possível perceber que a linguagem caminha entre os diferentes tipos de discurso, com marcas ora expositivas, ora narrativas, percorrendo a descrição, a análise e a crítica (Brandão, 2001), caracterizando essas tais partes da monografia. 43 Linguagem expositiva A linguagem expositiva se caracteriza, nas monografias, pelo discurso teórico presente tanto na introdução quanto na fundamentação teórica. A exposição exige que o autor seja objetivo, que apresente os conceitos teóricos relevantes ao trabalho, atribuindo a ele próprio ou a outros autores a responsabilidade enunciativa. Segundo Brandão (2001, p. 30): Essa função “objetiva” não impede, entretanto, que seja permeada de elementos analíticos, argumentativos ou críticos. Em verdade, a participação do pesquisador se concretiza – o que não é pouco – desde a seleção do material, isto é, quando faz os recortes teóricos, criativos ou críticos incorporados em seu texto e no modo como distingue esses dados “objetivos” das suas próprias interpretações sobre eles. Embora, rigorosamente falando, não exista em estado “puro”, podemos chamar de “objetiva” aquela linguagem que procura apreender os fatos ou outra linguagem em seus próprios elementos constitutivos, independentes de interpretação do pesquisador e, “subjetiva”, aquela linguagem que expressa as reflexões pessoais,opiniões ou propostas do pesquisador, devidamente, fundamentadas, e não confundidas com as afirmações que, apenas, denunciam as reações afetivas de agrado ou desagrado. Linguagem descritiva A linguagem descritiva se caracteriza, nas monografias, pelos relatos fortemente presentes na metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a detalhar os fatos relacionados ao contexto de pesquisa e a todos os procedimentos que vão desde a escolha do corpus para estudo e/ou coleta de dados aos critérios escolhidos para a análise. A linguagem descritiva pressupõe a ausência de julgamentos e juízos de valor por parte do autor. Linguagem analítica A linguagem analítica se caracteriza, nas monografias, pelo uso da explicação e da argumentação. Nesse sentido, faz uso de relações lógicas entre os elementos que se encontram 44 explícitos no texto e aqueles implícitos, mas provocadores de sentido em relação ao objetivo da monografia. É possível dizer que a linguagem analítica se presentifica com maior intensidade no capítulo de discussão e argumentação, no qual são discutidos e sustentados os pontos de vista do autor do trabalho à luz dos fundamentos teóricos selecionados. Linguagem crítica A linguagem crítica se caracteriza, nas monografias, pela emissão de opiniões e conclusões do autor após o exaustivo questionamento a que submeteram os dados coletados ou o corpus de análise. Segundo Brandão (2001, p. 31): É pela linguagem crítica que o estudioso pode, efetivamente, contribuir para o avanço das ideias em relação a determinado campo do saber, apresentando as reflexões originais, nascidas seja de novos enquadramentos a partir dos elementos já conhecidos, seja aprofundando ou ampliando os referenciais de pesquisa para os aspectos ou setores, ainda, não considerados. Ela deve aparecer depois de apresentar as ideias de outros autores. 9. DICAS IMPORTANTES PARA ANTES DE COMEÇAR: PASSOS DA PESQUISA Dependendo do tema e/ou texto escolhido pelos alunos do grupo, o trabalho poderá caracterizar-se como uma pesquisa analítico-bibliográfica, somente, ou uma pesquisa de campo (contendo entrevistas e coleta de dados). É importante, nesse sentido, atuar eticamente, em especial, quando a atividade envolver os seres humanos, levando em consideração o seguinte: 45 � Participantes da pesquisa têm o direito de receber a informação prévia sobre o fato de estarem fazendo parte de um trabalho acadêmico, qual é a temática envolvida, a duração e a frequência dos encontros etc.; � O relacionamento entre o pesquisador e os participantes da pesquisa deve ter caráter formal; � Com frequência, as escolas, empresas e outras instituições se queixam de que os alunos vão até elas, recolhem o material e, depois, desaparecem sem retornar para apresentar as conclusões da pesquisa. O participante da pesquisa, quer seja um indivíduo quer seja uma instituição, não só merece, como também tem o direito de receber um retorno após o término do trabalho. Por exemplo, pode-se enviar os resultados da atividade desenvolvida, um agradecimento especial, um exemplar da monografia, convites para assistir à apresentação da pesquisa etc. OBSERVAÇÃO: Orientamos apenas pesquisa analítico-bibliográfica por conta do curto tempo para pedido e retorno do Comitê de Ética para pesquisas na área de humanas. ESPECIFICAÇÃO DO CORPUS Entende-se por corpus a delimitação do universo a ser estudado, isto é, o objeto sobre o qual o pesquisador irá deter-se: textos, fragmentos etc. Observe os itens a seguir: Corpora � A escolha do corpus depende do assunto que se pretende estudar; 46 � Um corpus precisa ser representativo em relação ao fato escolhido, ou seja, não posso desejar estudar a fala dos habitantes de determinada comunidade de poloneses, no sul do país, tendo como corpus apenas a gravação da conversa de duas ou três pessoas da mesma família, pois isso não me permitiria perceber como eles são influenciados pela fala de outros habitantes da comunidade; � Um corpus pode ser muito extenso e, então, é possível encontrar nele uma diversidade de situações para estudar; ou pode ser muito limitado. Compor-se, por exemplo, da fala de um único indivíduo; então, seria impossível estudar o seu idioleto; � Todo corpus contém fatos marginais, ou seja, aqueles que contêm erros, incoerências, jogos de palavras etc., que deverão ser criticados pelo linguista em sua análise; � Um corpus se torna mais significativo quando os dados são gravados, pois, dessa forma, é possível transcrever os dados e os ruídos que, eventualmente, aparecem na oralidade e que podem ser descartados no momento da análise. Materiais construídos São aqueles elaborados por informantes. Os materiais construídos ultrapassam os limites do corpus, pois dependem dos informantes. No entanto, podem apresentar as armadilhas para o linguista, ou seja, o informante pode descartar os enunciados significativos ou apresentar os enunciados complexos demais (que fogem ao que propôs o linguista); ou, ainda, entender as normas ou as regras do trabalho de diferentes formas, interferindo nas informações ou enunciados que produz; Materiais construídos independem da situação real e focalizam, apenas, o fato linguístico que está sendo analisado. 47 10. ENTREGA DO TRABALHO DE CURSO E NÚMERO DE EXEMPLARES Respeitando o calendário previamente estabelecido para o atual semestre letivo, os alunos deverão postar os seus trabalhos nas etapas indicadas em avisos no AVA. Para os alunos regulares, o mínimo de três (3) postagens; e para os alunos em dependência, no mínimo, duas (2) postagens, obedecendo o calendário. Avaliação O professor de Trabalho de Curso dará uma nota levando em consideração: 1) Apresentação (2,5 pontos) Aspectos formais: � Redação do trabalho. 2) Pesquisa bibliográfica (2,5 pontos) � Pertinência dos textos escolhidos; � Leitura crítica dos textos; � Escrita dentro da proposta e das normas da ABNT. 3) Elaboração do trabalho � Coesão e coerência (2,5 pontos); � Argumentação (2,5 pontos). 48 MÉDIA DE APROVAÇÃO PARA O ENCAMINHAMENTO DO TRABALHO PARA A DEFESA DE BANCA = 6,0 OBSERVAÇÃO: CONSULTAR A COMPOSIÇÃO DA MÉDIA FINAL NO “MANUAL DE INFORMAÇÕES ACADÊMICAS”, DISPONÍVEL NA SECRETARIA VIRTUAL. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (DESTE MANUAL) ANDRADE, M. M. de. 1995. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas. 3. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1999. ABNT. Normas de padronização trabalhos de conclusão de curso e monografias. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2023. Disponível em: https://www.normasabnt. org/normas-abnt-2023/ CARMO-NETO, D. Metodologia científica para principiantes. 3. ed. Salvador: Ed. Universitária Americana, 1996. DIAS, R.; TRALDI, M. C. Monografia passo a passo. 1. ed. Campinas/São Paulo: Editora Alínea, 1998. D’ONOFRIO, S. Metodologia do trabalho intelectual. São Paulo: Atlas, 1999. ECO, U. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1989. GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV, 1977. GUIDIN, M. L. Di R. Manual de TCC – UNIP, 2003. HÜBNER, M. M. Guia para elaboração de monografias e projetos de dissertação de mestrado e doutorado. São Paulo: Mackenzie, 1998. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991. MACHADO, A. R. (Notas de aula). Gênero Tese. LAEL – PUC-SP, 2001. 49 MEDEIROS, J. B. Redação científica. São Paulo: Atlas, 1996. MOISÉS, M. Literatura: mundo e forma. São Paulo: Cultrix, 1982. TEMÁRIO SUGERIDO PARA A REALIZAÇÃO DO TRABALHO DE CURSO DE PEDAGOGIA 1. Alfabetização e letramento. 2. Artes e educação (artes plásticas, música, dança e teatro). 3. Aspectos sociais da educação inclusiva (bullying, diversidade de gênero, diversidade étnico-racial, diferenças culturais ou religiosas, inclusão digital etc.). 4. Aspectos de necessidades especiais na educação inclusiva (autismo, síndrome de Down, paralisiacerebral, deficiência visual, deficiência auditiva, TDAH etc..). 5. Avaliação educacional. 6. Currículo e cultura. 7. Dificuldades de aprendizagem. 8. Direitos humanos. 9. Educação ambiental. 10. Educação de jovens e adultos. 11. Educação e tecnologias (informática, internet, diferentes mídias etc.). 12. Educação Infantil (história da infância, estruturas institucionais etc.). 13. Educação profissional no Ensino Médio. 14. Filosofia e educação. 15. Gestão da educação em ambientes escolares e não escolares (empresas, comunidades quilombolas, comunidades indígenas, comunidades ribeirinhas, hospitais etc.). 16. História da educação. 17. Jogos, brinquedos e brincadeiras na infância. 50 18. Legislação e políticas públicas para a educação. 19. Literatura infantil. 20. Metodologia no Ensino Fundamental (Língua Portuguesa, História, Geografia, Matemática, Ciências etc.). 21. Projetos educacionais. 22. Psicologia na educação. 23. Sociologia e educação. 24. Supervisão de ensino ou orientação educacional. 25. Temas transversais (orientação sexual, saúde, ética etc.). 51 UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NOME E SOBRENOME TÍTULO: SUBTÍTULO CIDADE – ESTADO ABREVIADO (EX.: CAMPINAS-SP) 20__ 52 NOME E SOBRENOME TÍTULO: SUBTÍTULO CIDADE – ESTADO ABREVIADO (EX.: CAMPINAS-SP) 20__ Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de ............... Universidade Paulista – Polo .......... Orientação: nome do orientador 53 FICHA CATALOGRÁFICA (VERIFIQUE OS AVISOS E AS ORIENTAÇÕES, SOBRE ONDE E COMO CONFECCIONÁ-LA) 54 AGRADECIMENTOS [opcional] Dedicatória [opcional] 55 RESUMO Dois espaços (Enter) Resumo na língua vernácula. Informa ao leitor as finalidades, as metodologias, os resultados e as conclusões do documento. O resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos. Tem que ser em um único parágrafo, com espaçamento simples. Pode ter ponto, porém escrever na mesma linha. Cerca de 10 linhas (de 150 a 500 palavras). Espaço simples, entrelinhas. Palavras-chave: assunto; assunto; assunto (de 3 a 5 palavras que facilitem a busca pelo trabalho). Palavras separadas por ponto e vírgula. 56 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8 MÉTODO 9 ANÁLISE E DISCUSSÃO 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12 APÊNDICE (SE HOUVER) 13 ANEXO I (SE HOUVER) 14 57 INTRODUÇÃO É o texto inicial que abre e apresenta a discussão para o leitor. Deve explicitar sinteticamente qual é o tema em análise e o projeto proposto, bem como relacionar, brevemente, o tema de cada capítulo. A introdução vai se adequando ao trabalho. A introdução deve conter: Justificativa: Razão da pesquisa, porque pesquisar esse tema. Evitar as citações, mas trazer os autores significativos para a pesquisa; Objetivo: Onde se pretende chegar com essa pesquisa; Problema: A pergunta que será o propósito da pesquisa. A pesquisa buscará responder uma questão relevante para a academia; Hipótese: Toda pergunta tem uma possível resposta, que poderá ter, ou não, comprovada a sua veracidade; Referências: Autores (não precisam ser muitos) que darão fundamentação para o trabalho (os principais); Método: Como realizará a sua pesquisa (qualitativo, tendo como instrumento o levantamento bibliográfico)? Apresentação dos capítulos que virão. 58 CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA É o capítulo dedicado à “fundamentação teórica”. Neste momento inicial, importa apresentar os autores e as teorias que fundamentam o trabalho, bem como justificar a escolha, a partir da temática que é analisada. É obrigatória a inclusão de autores debatidos ao longo do curso, mas a lista não se restringe a eles. Deve apresentar a revisão bibliográfica pertinente, na qual serão comentados todos os trabalhos pesquisados referentes ao tema estudado. 1.1 (INSERIR TÍTULO) 1.2 (INSERIR TÍTULO) 1.3 (INSERIR TÍTULO) 1.3.1 (INSERIR TÍTULO) Citação com até 3 linhas deve manter-se no mesmo parágrafo com a mesma fonte do texto e tamanho (Arial ou Times New Roman, 12) entre aspas. Com mais de três linhas de 4 cm, com relação ao restante do texto, sem aspas. Os textos devem trazer o embasamento teórico, para fortalecer a ideia, portanto utilize de citações indiretas e diretas. Ex.: De acordo com o Autor (ano da obra) ......... 59 CAPÍTULO II – MÉTODO O segundo capítulo é dedicado à apresentação do método utilizado para a realização da pesquisa. Deve conter o porquê e a justificativa do método escolhido. Local da pesquisa (caso tenha sido uma pesquisa de campo). No caso da pesquisa qualitativa que tenha como instrumento de análise o levantamento bibliográfico, deve trazer os materiais pesquisados (dissertações, teses, artigos, livros e/ou documentos legais). Sujeitos da pesquisa com as apresentações. Teve como foco: alunos, professores, diretores, pais, instituições, pedagogos? ... Quando você leu, o foco estava voltado para quem? Exemplo: Professores do Ensino Fundamental da escola pública... Etapas da pesquisa. Tempo de realização. CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO Resultados e discussões, ou o que foi composto pelo projeto de intervenção. Como se trata de uma pesquisa que tem como instrumento de análise o levantamento bibliográfico, deve ser feita uma análise sobre os textos lidos. Nesse caso, deve-se tomar cuidado em escolher os textos mais atuais. 60 CONSIDERAÇÕES FINAIS É o momento de fechamento do trabalho. Podem-se retomar as discussões importantes, sintetizar as possíveis conclusões, enfatizar determinadas ideias ou, ainda, apontar para os possíveis desdobramentos futuros e novas ideias de investigação. Não se deve colocar “conclusão”, pois uma pesquisa nunca está concluída, e sim “a concluir”. Nessa etapa, deve-se trazer o tema, o que se pretendia inicialmente pesquisar, o que foi feito no desenvolvimento, explicando a importância (relevância) do tema para a academia ou a sociedade com um objetivo proposto, apresentar os resultados encontrados, se as respostas foram validadas e trazer sugestões para melhorar. Não se colocam as citações desnecessárias, ou seja, elas devem aparecer se, realmente, for preciso, pois é o momento de você se colocar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Relação alfabética, por ordem do sobrenome dos autores de todos os trabalhos consultados, seja para a redação dos capítulos, seja para a redação do projeto de intervenção. As orientações gerais das normas de citação são encontradas em: https://www.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normalizacao_abnt.pdf Não é recomendado abreviar os nomes dos autores. Coloque conforme exemplo: SILVA, Lisienne de M. N. G. Nome 61 APÊNDICE I Contém os elementos complementares que, no momento da redação, não foram passíveis de incorporação ao texto principal. Em geral, são documentos, fotos, tabelas, e devem ser numerados e referenciados no momento em que são citados no texto. O apêndice contém as informações e os dados obtidos pelo autor durante o trabalho. ANEXO I (SE HOUVER) Contém os elementos complementares que, no momento da redação, não foram passíveis de incorporação ao texto principal. Em geral, são documentos, fotos, tabelas, e devem ser numerados e referenciados no momento em que são citados no texto. O anexo apresenta os dados disponíveis na literatura, anexados ao trabalho.
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