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Economia,	sociEdadE	E	cultura	mEdiEval	 221
suserania
trabalho servil
clero 
regular
clero 
secular
agressão externa: 
invasões
centros da cultura 
letrada; escolas e 
bibliotecas
monopólio da 
força
SenhoreS 
feudaiS
Clero
ServoS
pArA recordAr: relações de poder no feudalismo da europa ocidental
AtividAdes
1.	 com	base	no	esquema-resumo,	descreva	a	sociedade	feudal.	
2.	 	Em	livros	de	História	da	arte,	revistas	de	História	e	sites	da	internet,	faça	uma	pesquisa	de	imagens	produzidas	
durante	a	idade	média	(afrescos,	relevos,	vitrais,	iluminuras,	artes	decorativas,	etc.)	que	possam	ser	usadas	para	
representar	as	informações	contidas	em	cada	um	dos	boxes	do	esquema-resumo.	tire	uma	cópia	ou	escaneie	e	
imprima	as	imagens	escolhidas	e,	numa	cartolina,	reproduza	o	esquema-resumo	acima,	substituindo	os	textos	dos	
boxes	por	elas.	
3.	 	utilizando	seus	conhecimentos	de	história	medieval,	explique	por	que	o	sistema	de	suserania/vassalagem	contri-
buiu	para	a	descentralização	do	poder	político	na	Europa	ocidental.	
guerrear orar
nobreza
vassalagem
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222	 a	Europa,	pErifEria	do	mundo
1 leitura de texto e levantamento de hipótese
	 Leia	o	texto	a	seguir,	que	explica	o	sentido	do	termo	vilão	na	Idade	Média.
exercícios de históriA
O termo vilão, que de início não é pejorativo, é sem dúvida o mais adequado, em primeiro lugar porque a 
noção moderna de “camponês” não tem equivalente nas concepções medievais. Nelas, os homens rurais 
não eram defi nidos por suas atividades (o trabalho na terra), mas pelo termo vilão, que abrange todos 
os aldeãos, seja qual for sua atividade (aí incluídos os artesãos), e que indica essencialmente residência 
local. Ele também não designa um estatuto jurídico (livre/não livre), questão que parece relativamente 
secundária. A base fundamental dessa relação social é antes de tudo de ordem espacial: ela designa 
todos os habitantes de um senhorio, os vilãos (ou, se quisermos, aldeãos) que sofrem a dominação do 
senhor do lugar.
BASCHET,	Jérôme.	A civilização feudal:	do	ano	1000	à	colonização	da	América.	
São	Paulo:	Globo,	2006.	p.	128.
a)	 Qual	o	sentido	do	termo	vilão	na	Idade	Média?
b)	Por	que,	segundo	o	texto,	o	termo	camponês	não	era	correntemente	empregado	no	contexto	da	Idade	
Média?
c)	 Atualmente,	qual	é	o	sentido	cotidiano	da	palavra	vilão?
d)	Reflita	sobre	a	condição	social	dos	vilões	na	Idade	Média	e	procure	levantar	uma	hipótese	para	explicar	
por	que	o	termo	vilão	adquiriu	o	significado	atual.
2 leitura e interpretação de documento
	 Retome	o	texto	da	página	218,	do	historiador	Pierre	Bonnassie,	e	leia	o	extrato	a	seguir.	Depois,	responda	
às	questões	propostas.
a)	 Pela	leitura	do	trecho	acima,	extraído	de	um	romance	do	século	IX,	é	possível	afirmar	que	os	campone-
ses	eram	completamente	submissos	e	dominados	pelos	senhores	feudais?
b)	Ao	estudar	a	condição	dos	camponeses	na	 Idade	Média,	o	historiador	Pierre	Bonnassie	afirma	que,	
diante	da	imagem	que	as	camadas	dominantes	tinham	dos	camponeses,	“não	faz	sentido	reconhecer	
a	qualidade	de	homens	livres	a	tais	criaturas”.	Com	base	nessa	ideia,	analise	o	trecho	do	romance	do	
século	IX,	citado	acima.
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Os camponeses e os vilões / Os da mata e os da planície / Aos vinte, aos trinta, aos cem / Tiveram muitas 
reuniões / E espalharam a divisa de seu conselho / “Nosso inimigo é nosso senhor” / E falaram isso em 
segredo / E muitos juraram entre si / Que jamais, por sua vontade / Teriam senhor ou mediador [...] / 
Com tais ditos e palavras / E outras ainda mais loucas / Marcaram seu consentimento / E juraram 
solenemente / Que todos fi cariam juntos / E juntos se defenderiam / E elegeram, não sei onde 
nem quando / Os mais hábeis, os que falavam melhor / Que foram por toda a região / Recolher 
os juramentos [...] / Raul se exaltou de tal modo / Que não fez qualquer julgamento / Colocou 
todos tristes e doloridos / De muitos arrancou os dentes / E outros mandou empalar / Arrancou 
os olhos, cortou os pulsos / A todos mandou assar os jarretes / Mesmo que com isso morressem / 
Outros foram queimados vivos / Ou colocados em chumbo fervente / Assim tratou a todos / 
Ficaram com aspecto horroroso / Não foram vistos depois disso em lugar nenhum / 
Onde não fossem reconhecidos / A comuna fi cou reduzida a nada / E os vilões se 
portaram bem / Se retiraram e se demitiram / Daquilo que tinham começado.
Roman de Rou	(Romance	de	Rolão),	de	Guillaume	de	Jumièges	e	
Wace	(Revolta	de	camponeses	na	Normandia	em	997).
Apud	LE	GOFF,	Jacques.	A civilização do Ocidente medieval II.	Lisboa:	Editorial	Estampa,	1984.	p.	60-61.
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	 Economia,	sociEdadE	E	cultura	mEdiEval	 223
3 leitura de imagens e 
reflexão
	 A	solidez	ou	a	fragilidade	dos	
edifícios	 e	 das	 construções	
expressam	 as	 relações	 entre	
as	 pessoas	 da	 sociedade	 às	
quais	se	destinavam.	Examine	
atentamente	as	duas	constru-
ções	seguintes.
p	 no	alto,	em	foto	de	2009,	castelo	medieval	em	najac,	frança;	acima,	em	foto	de	2012,	a	catedral	de	notre-
-dame	(nossa	senhora),	em	paris,	frança.
a)	 Quais	são	as	semelhanças	entre	as	duas	construções?
b)	Qual	é	o	significado	de	cada	uma	no	contexto	da	sociedade	feudal?
c)	 Que	construções	atuais	você	poderia	citar	como	símbolos	do	poder	dominante	na	sociedade?
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224	 a	Europa,	pErifEria	do	mundo
a cultura na época medIeval
As pessoas da Idade Média davam significados 
próprios às coisas de seu tempo, mas nem por isso 
estavam estagnadas ou atrasadas culturalmente. O 
monopólio cultural da Igreja, somado à intensa re-
ligiosidade que acabou 
refletindo nas artes e na 
mentalidade da época, foi 
chamado de teocentris-
mo cultural.
A educação formal entrou em crise na Alta Idade 
Média, ficando restrita principalmente ao meio cleri-
cal. Durante o período merovíngio, a Igreja manteve 
escolas episcopais para garantir a formação do clero, 
enquanto dentro dos mosteiros realizavam-se a leitu-
ra e a cópia de documentos escritos e de alguns livros 
das civilizações grega e romana, além de, um pouco 
mais tarde, árabe. Nesse quadro, não é de estranhar 
que um dos principais filósofos medievais tenha sido 
um religioso do Baixo Império Romano, preocupado 
basicamente com assuntos ligados à doutrina cristã. 
Santo Agostinho (354-430), nascido no norte da Áfri-
ca, estudou em Cartago e em Roma e foi um dos dou-
tores da Igreja responsáveis pela síntese entre a filoso-
fia clássica e o cristianismo. Entre suas obras figuram 
Confissões e Cidade de Deus.
Inspirado no grego Platão, Santo Agostinho dedi-
cou-se a conhecer a essência humana e preocupou-se 
com o modo de alcançar a salvação da alma. Quanto 
ao homem, Santo Agostinho o definia como um ser 
corrompido, por ser herdeiro do pecado original. Em 
oposição a Deus, espiritual, perfeito, existia o homem, 
imperfeito, feito de carne, impuro, mortal.
Desse modo, a salvação somente seria obtida 
pelo homem pecador graças à intervenção divina, na 
medida em que Deus incluía o perdão entre seus infi-
nitos atributos. Ao homem restava apenas a fé silen-
ciosa em Deus e, consequentemente, a obediência ao 
clero. Nas palavras de Santo Agostinho, “a fé precede a 
razão”. A onisciência de Deus, ou seja, o conhecimen-
to total que Deus teria do presente, passado e futuro, 
faria do homem um ser predestinado, seja à salvação 
ou à condenação.
A Filosofia teve grandes pensadores islâmicos, 
como Ibn Rochd (Averróis), que promoveu uma ex-
posição clara e organizada do pensamento de Aris-
tóteles. Para Averróis, o pensamento permitiria har-
monizar fé e razão e reivindicar o desenvolvimento 
autônomo da Filosofia, numa épocaem que o aspecto 
religioso era crucial para a vida social e política, seja 
na Europa, seja no Império Islâmico, seja ainda no Im-
pério Bizantino.
Além de Averróis, destacou-se a obra de Abu 
Hatim Alrazi, conhecido como Razi pelos povos la-
tinos. Mesmo tendo vivido entre os séculos IX e X, 
Razi afirmava que os profetas eram impostores pe-
rigosos, os textos sagrados eram lendas que degra-
davam a inteligência e as religiões eram fontes de 
guerras e embrutecimento mental. Seus argumen-
tos só puderam ser divulgados na Europa no sécu-
lo XVIII, no contexto do Iluminismo – movimento 
de valorização da racionalidade, ou seja, a busca de 
verdades independentes das verdades religiosas. So-
mente fragmentos da obra de Razi chegaram até os 
dias de hoje.
teocentrismo:	 do	 grego	
theos,	 ‘deus’;	 e	 kentron		
‘centro’.
p	 como	vimos,	o	trabalho	dos	monges	copistas,	reclusos	em	
mosteiros,	permitiu	preservar	muitos	manuscritos	da	anti-
guidade	clássica.	no	período	medieval,	eles	eram	pratica-
mente	os	únicos	com	cultura	letrada.	acima,	são	Gregório	
com	os	escribas,	relevo	de	marfim	do	final	do	século	iX.
Ali Meyer/Corbis/Latinstock
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	 Economia,	sociEdadE	E	cultura	mEdiEval	 225
Na Europa cristã, entre os séculos V e X, apenas 
uma parcela bem pequena da população dominava 
a leitura. A língua escrita era basicamente o latim, e 
as pessoas geralmente se comunicavam em dialetos 
do latim ou em idiomas de origem germânica. Isso 
explica, em parte, porque a pintura e a escultura 
europeias possuíam papel educativo, além de con-
templativo, na visão da Igreja católica. Assim, entre 
ornamentos dos mosteiros e igrejas, eventualmente 
se encontravam esculturas e afrescos, e os monges 
copistas ornamentavam os livros com as já citadas 
iluminuras. A arquitetura europeia medieval tam-
bém refletiu a religiosidade herdada da Alta Idade 
Média. Os principais monumentos arquitetônicos 
do período foram igrejas, e o estilo predominante foi 
o românico, cujo máximo desenvolvimento se deu 
entre os séculos XI e XII na construção de castelos, 
mosteiros e igrejas. Caracterizado por grandes edifí-
cios maciços, com grossas paredes para sua susten-
tação e pequeno número de janelas, exibia predomi-
nância de linhas horizontais. A simplicidade orna-
mental do exterior e do interior das construções era 
outra característica do estilo românico, cujas curvas 
baseavam-se no arco romano, semicircular. Observe 
a igreja abaixo.
O interior das igrejas românicas era escuro e frio, 
mas suas grossas paredes criavam uma impressão de 
proteção.
Ao mesmo tempo, o Império Islâmico viveu o 
amplo desenvolvimento de suas potencialidades ar-
tísticas e culturais. Um modo de conhecer alguns as-
pectos dessa cultura é ler a obra As mil e uma noites, 
uma compilação de contos populares da época, de vá-
rias origens, reunidos a partir do século IX. Também 
os palácios e mesquitas construídos na Espanha mu-
çulmana, como a Mesquita de Córdoba ou o Palácio 
de Alhambra, em Granada, são exemplos culturais da 
civilização muçulmana naquele momento.
ADS
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a	arte	românica	confere	aos	cas-
telos,	mosteiros	e	 igrejas	medie-
vais	 uma	 aparência	 de	 solidez	 e	
estabilidade.	 na	 foto,	 de	 2011,	
igreja	de	notre-dame-la-Grande,	
de	poitiers,	frança.
P
arco
românico
nave
central
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