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62 europa, o centro do mundo O historiador Jean Delumeau é tido como um dos principais espe- cialistas no movimento reformista do século XVI. Em seu livro, Nasci- mento e afirmação da Reforma, aponta o quadro complexo das razões do movimento e destaca algumas das explicações tradicionais como insuficientes para justificá-lo. Uma delas é sobre os abusos da Igreja: A tese segundo a qual os Reformadores teriam deixado a Igreja porque estava repleta de devassidões e impurezas é insuficiente.1 Para fundamentar sua posição, Delumeau cita que os abusos da Igreja não eram novidade e que nem depois de a Igreja buscar corrigir tais atuações conseguiu trazer de volta os que abraçaram o protestantismo, afora outros exemplos. Outra explicação tradicional que critica é a marxista: Para Marx, as religiões são “filhas do seu tempo” e, mais pre- cisamente, filhas da economia, essa mãe universal das sociedades humanas. Nessa ótica, a Reforma vinha a ser “a filha daquela nova forma de economia que surgiu [no século XVI] e... [se impôs] ao mundo rapidamente conquistado, a economia capitalista”.2 O historiador aponta que isso não explica por que a península Itálica, região de grande prosperidade econômica no início do século XVI, ligada ao comércio mercantil, tenha permanecido católica. Buscando outros elementos importantes para a Reforma, Delumeau se debruça sobre a mentalidade da Europa daquela época, ressaltando um cristianismo popular, mais íntimo, num mundo de pestes, fome, guerras, superstições e medo. Juntavam-se o individualismo avançando e os fiéis desejosos de uma teologia mais adequada, de um movimento pela promoção da cristianização que os líderes protestantes souberam atender. Olhares sObre as razões da refOrma 1 DELUMEAU, Jean. Nascimento e afirmação da Reforma. São Paulo: Pioneira, 1989. p. 59. 2 Ibidem. p. 251. O cOntextO da RefORma O processo de centralização monárquica, em andamento na Europa desde o final da Idade Mé- dia, tornou tenso o relacionamento entre os reis e a Igreja, até então detentora de sólido poder tem- poral. Como você já estudou, além do domínio es- piritual sobre a população, os membros do clero detinham o poder político-administrativo sobre os reinos. Roma – isto é, o papa – recebia tributos feudais provenientes das vastas extensões de terra controladas pela Igreja em toda a Europa, e o ad- vento dos Estados centralizados fez com que essa prática passasse a ser questionada pelos monarcas. Ao mesmo tempo, a expansão comercial en- contrava alguns obstáculos nas pregações da Igre- ja, que condenava a usura – cobrança de juros por empréstimos – e defendia o “justo preço” das mer- cadorias, ou seja, produção e comercialização não pelas leis de mercado, mas pelo que se considera- va a correta remuneração do trabalho. A atividade bancária, por exemplo, ficaria comprometida na medida em que os empréstimos a juros eram con- siderados pecado. Essas situações colocavam parte da burguesia em uma crise de religiosidade. Dentro da própria Igreja, dois sistemas teoló- gicos se defrontavam. De um lado, o tomismo, cor- rente predominante assumida especialmente pela cúpula romano-papal, que via no livre-arbítrio e nas boas obras o caminho para a salvação. Do outro, a teologia agostiniana, fundada no princípio da sal- vação pela fé e predestinação, ou seja, a ideia de que as boas obras não eram condição para a salvação; pelo contrário, demonstravam que o indivíduo era predestinado à salvação, e por isso dotado de graça. Um fator importante na crise religiosa foi a desmoralização de parte do clero: abusos e poder excessivo de vários de seus membros contradiziam abertamente suas pregações moralizadoras. Embo- ra condenassem a usura e desconfiassem do lucro, muitos membros da Igreja os praticavam de forma desenfreada. O comércio de bens eclesiásticos, o uso da autoridade para garantir privilégios, o des- respeito ao celibato clerical e até a venda de cargos eclesiásticos não eram raros na Igreja desde o final da Idade Média. O maior escândalo talvez fosse a venda de indulgências. As indulgências existiam havia muitos séculos no cristianismo, como obras que os fiéis deveriam fazer para compensar o mal originado pelos pecados que haviam confessado. Entretanto, no final da Idade Média, esse concei- to foi distorcido e as obras foram substituídas por pagamentos a religiosos (incluindo o papa). Vale observar, como apontam alguns historiadores, que esse desregramento moral não envolvia todo o corpo eclesiástico, já que muitas ordens religio- sas e parte do clero tinham uma conduta austera e mantinham seus votos cristãos de acordo com as proposições iniciais da Igreja, de observância aos ensinamentos e mandamentos de Cristo. HGB_v2_PNLD2015_061a072_u1c05.indd 62 3/21/13 3:27 PM o cristianismo em transformação 63 O Sacro Império Romano-Germânico (SIRG) unia partes do império construído na época de Carlos Magno (Germânia e Lotaríngea). Foi fundado em 962 por Oto I, rei da Germânia. Ele conquistou a Lotaríngea (região da Itália) e foi coroado imperador pelo papa João XII, em agradecimento à sua proteção ao poder da Igreja em Roma. Por causa dessa união entre o poder da Igre- ja e do soberano, o império ficou conhecido como Sacro Império Romano-Germânico. O Sacro Império Romano-Germânico desa- pareceu em 1806, com as guerras napoleônicas. 0 km 460 22º L 40º N sacro Império romano- -Germânico: a reforma luterana O grande rompimento religioso iniciou-se na Alemanha, região do Sacro Império Romano-Ger- mânico. A Alemanha era ainda basicamente feudal, agrária, com alguns enclaves mercantis ao norte. A Igreja era particularmente poderosa no Sacro Im- pério, onde possuía cerca de um terço do total de terras. A nobreza alemã, por essa razão, estava an- siosa por diminuir a influência da instituição, além de cobiçar suas propriedades. A Reforma teve início com Martinho Lutero, membro do clero e professor da Universidade de Wittenberg. Crítico, pregava a teoria agostiniana da predestinação, negando os jejuns e outras práticas apregoadas pela Igreja. Em 1517, esse monge insurgiu-se contra a venda de indulgências, escrevendo um documento conheci- do como As 95 teses, que radicalizava publicamente suas críticas à Igreja e ao próprio papa. Em 1520, o papa Leão X redigiu uma bula condenando Lutero, exigindo sua retratação e ameaçando-o de excomunhão. Lutero queimou a bula em público, agravando a situação. Estabeleceu-se uma verdadeira crise po- lítica, na qual a nobreza alemã dividiu-se, em parte a favor, mas, em sua maioria, contra o papa. Em 1521, o imperador Carlos V convocou uma assembleia, a chamada Dieta de Worms, na qual o monge foi considerado herege. Acolhido por parte da nobreza, Lutero passou a dedicar-se à tradução da Bíblia do latim para o alemão e a desenvolver os princípios da nova corrente religiosa. Mais tarde, em 1530, a Confissão de Augsbur- go fundamentou a doutrina lutera- na. Seu conteú do incluía: • o princípio da salvação pela fé, re- jeitando o tomismo; • a livre leitura da Bíblia, vista como único dogma da nova re- ligião (daí a importância de tê-la traduzida para o idioma comum do povo); • a supressão do clero regular, do celibato clerical e das imagens religiosas (ícones); • a manutenção de apenas dois sacramentos: batismo e euca- ristia; sIrG A da pt ad o de : P A O LU CC I, S; S G N O R IN I, G . I I C o rs o d e ll a S to ri a 1 . B ol og na : Za ni ch el li, 1 99 7. p . 3 21 . O sacro Império romano-Germânico • a utilização do alemão, em lugar do latim, nos cul- tos religiosos; • a negação da transubstanciação (trans formação do pão e vinho no corpo e sangue de Cristo), aceitando- -se a consubstanciação (pão e vinho representam o corpo de Cristo); • submissão da Igreja ao Estado. p a gravura,de 1557, procura recriar o cenário da dieta de Worms, de 1521. o imperador carlos V e martinho Lutero estão representados ao centro. A lb u m /a k g -i m a g e s /L a ti n s to ck /C o le ç ã o p a rt ic u la r Allmaps/Arquivo da editora HGB_v2_PNLD2015_061a072_u1c05.indd 63 3/21/13 3:27 PM 64 europa, o centro do mundo Lutero condenou violentamente os anabatistas, pregando a utilização da força para exterminá-los. Repeliu também a burguesia, pois considerava o di- nheiro um instrumento do demônio para a dissemi- nação do pecado. Em 1529, na Dieta de Spira, os nobres alemães e o imperador Carlos V se reuniram para tentar res- tringir a expansão da nova doutrina. Decidiu-se que ela poderia ser praticada apenas nas regiões que a aceitassem, mas estava proibida a divulgação nas de- mais regiões. Na Dieta, os seguidores de Lutero eram minoria, e aceitaram as restrições sob protesto – ra- zão pela qual os cristãos reformistas passaram a ser denominados protestantes. Seguiram-se guerras religiosas que só foram re- solvidas em 1555, pela Paz de Augsburgo, que esta- beleceu o princípio de que cada governante dentro do Sacro Império poderia escolher sua religião e a de seus súditos (cujus regis ejus religio = ‘cada príncipe com sua religião’). Os anabatIstas Ao subordinar a Igreja ao Estado, Lutero atraiu a simpatia de grande parte da nobreza alemã, amplian- do o apoio à nova doutrina. Entretanto, essas mesmas ideias serviram para inspirar a revolta camponesa dos anabatistas. Liderados por Tomas Müntzer, cam- poneses viram, na quebra da autoridade religiosa, uma possibilidade de romper com a estrutura feudal, passando a confiscar terras, inclusive da nobreza. A lb u m /a k g -i m a g e s /L a ti n s to ck /C o le ç ã o p a rt ic u la r O movimento reformista na região da atual Alemanha desencadeou diversos conflitos, destacando-se o movi- mento dos anabatistas. Liderado por um discípulo de Lute- ro, Thomas Müntzer (1490-1525), os anabatistas formaram um grupo religioso composto por camponeses que defen- dia, além do batismo para os adultos convertidos à nova fé reformista, também a abrangência da Reforma no plano social, por meio da coletivização dos bens. Firmando-se como uma grande ameaça à nobreza que apoiava Lutero, foram bastante perseguidos, dirigindo-se para o sul da Ale- manha, integrando a Guerra dos Camponeses e acabando por serem derrotados em 1525. Estima-se a morte de mais de 100 mil camponeses nesses confrontos. Dos anabatistas descendem os mennonitas atuais, nome usado pela primeira vez em 1544. Tal denominação deriva do ex-pregador católico holandês Menno Simons (1496-1561) que se tornara batista, isto é, a favor de que o batismo só fosse ministrado aos crentes e confirmado com base na fé pessoal e não às crianças recém-nascidas. Sem acompanhar os revolucionários camponeses, Menno Simons organizou: [...] na Suíça, o chamado Movimento da Reforma Radical, cujos princípios são: a autoridade suprema da Bíblia, o batis- mo com base na profissão de fé consciente, o pacifismo, a recusa do juramento ou do uso de armas e a separação total entre Igreja e Estado. Desde os tempos de Carlos V, passando por Lutero [...] e até Stalin, os mennonitas – assim como todos os anabatistas – fo- ram vítimas de constantes perseguições que causaram a morte de centenas de milhares de pessoas. Seus quatro séculos de história caracterizam-se por um movimento migratório constante – da Ho- landa para a Alemanha, e depois para a Polônia, Ucrânia, Sibéria, Canadá, Estados Unidos, México e América do Sul (Bolívia, Brasil, Uruguai e Paraguai). Calcula-se, atualmente, que existam 700 mil mennonitas (batizados) no mundo (o que significa vários milhões de pessoas, com suas famílias). Desse total, mais de 350 mil vivem nos Estados Unidos (entre eles, os amish), onde fica a sede de sua organi- zação mundial: o Comitê Central Mennonita. CASSEN, Bernard. Quatro séculos de perseguições. Le Monde diplomatique. Agosto de 2001. Disponível em: <http://diplo.org.br/2001-08,a6>. Acesso em: 4 set. 2012. p a batalha de frankenhausen, em 1525, culminou com a mor- te de milhares de camponeses e a prisão, tortura e decapi- tação de thomas müntzer. a imagem acima é uma interpre- tação contemporânea da batalha, feita pelo pintor Werner tübke, em 1983. nela, müntzer aparece no centro, de preto, preparando os camponeses para a batalha. HGB_v2_PNLD2015_061a072_u1c05.indd 64 3/21/13 3:27 PM O cristianismO em transfOrmaçãO 65 Suíça: a Reforma calvinista A Suíça separou-se do Sacro Império em 1499, e a Reforma protestante iniciou-se em seu território com Ulrich Zwinglio (1489-1531), que levou as ideias de Lutero ao país em 1529. As reações à nova doutrina provocaram uma violenta guerra civil, na qual o próprio Zwinglio foi morto. Pouco depois, chegou a Genebra o francês João Calvino (1509-1564), que logo passou a divulgar suas ideias, fundando uma nova corrente religiosa. As ideias de Calvino fundamentavam-se no prin- cípio da predestinação absoluta, segundo o qual to- dos os homens estavam sujeitos à vontade de Deus, e apenas alguns estariam destinados à salvação eterna. O sinal da graça divina estaria em uma vida plena de virtudes, como o trabalho diligente, a sobriedade, a ordem e a parcimônia. Dessa forma, a doutrina calvi- nista exaltava características individuais necessárias às práticas comerciais. Suas ideias, portanto, estavam mais próximas dos valores burgueses. Inspirado em Lutero, Calvino considerava a Bíblia a base da religião, não sendo necessária sequer a exis- Lu ca s C ra n ac h /A lb u m /a kg -i m ag es /L at in st o ck tência de um clero regular. Criticava o culto às imagens e admitia apenas os sacramentos da eucaristia e batismo. O calvinismo expandiu-se rapidamente por toda a Europa, mais do que o luteranismo, na medida em que atendia às expectativas espirituais da burguesia. Assim, chegou aos Países Baixos e à Dinamarca, além da Escócia (levado por John Knox), cujos seguidores fo- ram chamados de pres- biterianos, da França (huguenotes) e da In- glaterra (puritanos). diligente: dedicado, ativo. parcimônia: contenção nos gastos. Da mão de Deus tens tu o que possuis. Tu, porém, deverias usar de humanidade para com aqueles que padecem necessidades. És rico? Isso não é para teu bel prazer. Deve a caridade faltar por isso? Deve ela diminuir? Não está ela acima de todas as questões do mundo? Não é ela o vínculo da perfeição? CALVINO, João. Sermão CXLI sobre Dt 24.19-22. Opera Calvini, tomo XXVIII, p. 204. O penSamentO de CalvinO p Xilogravura feita por cranach e Giovante (cerca de 1545). cranach era dono de uma prensa, e distribuiu 1 milhão de cópias das 95 teses de Lutero. a figura representa, à esquerda, a igreja de Lutero e, à direita, a igreja católica. a igreja protestan- te tem Lutero apontando o sacrifício de cristo inspirado no espírito santo (pomba). Quase no centro, abaixo, está a pia de batismo e, mais abaixo, dois fiéis que comungam, ressaltando os dois sacramentos conservados pelos luteranos. no lado católico do púlpito, um sacerdote faz suas pregações tendo atrás de si, amparando-o, um demônio. embaixo, à direita, o papa recolhe sacos de dinheiro. no alto, são francisco implora a Deus, e o “Pai eterno”, desprezando tanta superstição e atuações indevidas, lança raios fulminantes de punição sobre clérigos. HGB_v2_PNLD2015_061a072_u1c05.indd 65 25/03/2013 15:22 66 europa, o centro do mundo a reforma na Inglaterra A Reforma protestante foi desencadeada na In- glaterra pelo rei Henrique VIII (1509-1547), que ob- teve com ela vantagens políticas. O pretexto do mo- narca inglês para romper com o papa foi a recusa da Igreja em anular seu casamento com Catarina de Ara- gão (com quem não tivera nenhum filho homem para sucedê-lo no trono), já que Henrique havia decidido casar-secom Ana Bolena, uma dama da corte. O rei, então, proclamou-se chefe da Igreja ingle- sa e, em 1534, publicou o Ato de Supremacia, criando a Igreja anglicana. Excomungado pelo papa, reagiu, confiscando os bens dos membros da Igreja distribuí- dos pelo reino. Inicialmente, a Igreja na Inglaterra per- maneceu muito semelhante à Igreja católica na dou- trina e no cerimonial. A desaprovação às medidas do soberano inglês acabou provocando a decapitação do famoso humanista inglês Tomas Morus, que negava reconhecer a autoridade religiosa de Henrique VIII. Apenas com Elizabeth I, filha de Ana Bolena e Henri- que VIII, é que a Igreja anglicana se consolidaria como uma religião de doutrina protestante ministrada em língua inglesa. Também foram incorporados muitos princípios calvinistas, mas compostos com funda- mentos católicos, como o culto e a estrutura eclesiás- tica, porém com a negação da autoridade papal e a valorização da justificação pela fé e pregação. a RefORma católica A expansão das doutrinas protestantes pela Eu- ropa gerou uma reação da Igreja, que procurou rever- ter o quadro. Além de atuações contrárias à difusão do protestantismo, denominadas de Contrarreforma, também buscou fortalecer a Igreja papal e moralizar todo o clero, adotando medidas que compuseram a Reforma Católica. Uma iniciativa pioneira foi a fundação, em 1534, da Companhia de Jesus, ordem religiosa criada pelo ex-soldado espanhol Ignácio de Loyola. Organizados em rígida hierarquia e submetidos a uma disciplina quase militar, os “soldados de Cristo”, como foram cha- mados, esforçaram-se em combater o protestantismo por meio do ensino e da expansão da fé católica. Daí derivou o projeto da catequese indígena na América e nos demais continentes onde havia colônias europeias. Em 1542, o papa Paulo III convocou o Concílio de Trento, com o objetivo de discutir assuntos reli- giosos, inclusive com teólogos protestantes. Nenhum consenso foi possível, e o Concílio acabou apenas por reafirmar os princípios católicos, condenando o pro- testantismo. Entretanto, algumas medidas moraliza- doras começaram a ser tomadas, como a proibição da venda de indulgências e a criação de escolas para a formação de eclesiásticos. No Concílio de Trento, também ficou estabeleci- do o fortalecimento do Santo Ofício da Inquisição, direcionado para o combate aos fiéis reformadores ou que fossem apontados como ameaça. Nas décadas se- guintes, sempre em nome da luta contra as heresias (entre as quais agora se incluíam as novas doutrinas) e comandada pelo superior da ordem jesuítica, a In- quisição condenou à tortura e à morte milhares de pessoas na Europa e nas colônias além-mar. Foi criado também o Index, lista de livros proibi- dos pela Igreja católica. Dela faziam parte quaisquer obras consideradas contrárias aos princípios da fé, in- cluindo livros científicos (de Galileu Galilei e Giorda- no Bruno, entre outros) e as Bíblias protestantes. A rc h iv o I c o n o g ra fi c o S . A ./ C o rb is /L a ti n s to ck p acima, ignácio de Loyola diante do papa paulo iii, em pintura de autoria desconhecida. de nobre família basca, o ex-soldado completou seus estudos em paris (1528-1534), sendo depois ordenado sacerdote (1537) e colocando-se a serviço do papa. HGB_v2_PNLD2015_061a072_u1c05.indd 66 3/21/13 3:27 PM
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