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Geografia I -54

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312 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) 
a) o predomínio das ferrovias nos países pobres, graças à 
exportação de minérios. 
b) um maior fluxo nas hidrovias do que nas ferrovias, no Japão, 
pois houve a construção de canais artificiais ligando importantes 
rios. 
c) o predomínio da malha ferroviária em países ricos em relação 
aos países pobres. 
d) o equilíbrio na distribuição das aerovias, tanto no Hemisfério 
Norte quanto no Hemisfério Sul. 
e) o predomínio das rodovias expressas nos países pobres, devido 
à cobrança de pedágios. 
 
Questão 14 
Os cabos de fibra óptica representam, na atualidade, o estágio 
mais avançado do desenvolvimento tecnológico no que diz respeito 
às telecomunicações, na medida em que tornam as transmissões 
mais rápidas, confiáveis e menos onerosas. Analise este mapa: 
 
A partir da análise e interpretação desse mapa, é INCORRETO 
afirmar que a rede de cabos de fibras ópticas 
a) integra, ao restante do território, as regiões brasileiras menos 
favorecidas economicamente. 
b) confirma uma realidade histórico-geográfica brasileira ao voltar-
se para o mundo atlântico, em detrimento do mundo asiático. 
c) possui como principais focos os centros urbanos que controlam, 
gerenciam e articulam o território brasileiro. 
d) interliga o território nacional à rede mundial de cabos de fibras 
ópticas, facilitando a interação com os países do Mercosul. 
 
Questão 15 
Espaço, território e rede geográfica são palavras-chaves na 
Geografia. A rede geográfica tem o poder de ultrapassar as 
fronteiras nacionais através da Internet. Analise o mapa com os 
usuários da Internet no mundo. 
 
 
A partir dessa análise, pode-se afirmar que 
a) os EUA, o Reino Unido e a Índia lideram os índices de usuários 
da Internet. 
b) o Brasil e o Canadá apresentam número semelhante de 
internautas. 
c) a África Subsaariana tem o número total de internautas superior 
ao da América Latina. 
d) a China, a Coreia do Sul e o Japão têm o mesmo número de 
internautas. 
e) o número de usuários da Internet da Austrália supera o do 
Mercosul. 
 
 
EXERCÍCIOS DISCURSIVOS RESOLVIDOS 
 
Questão 01 
As redes digitais frenquentemente servem de instrumentos a 
serviço das grandes corporações e do capital financeiro, mas 
também se prestam a funcionar como instrumentos de 
solidariedade e integração. Explique essa ideia por meio de 
exemplos. 
 
RESPOSTA: As redes digitais são fundamentais para fazer circular 
o capital financeiro e estruturar as grandes corporações, que 
buscam ampliar seus negócios no mundo inteiro, mas também 
podem ser usados para aproximar as pessoas, ampliar as trocas 
de conhecimento e a capacidade de mobilização em torno de 
interesses comuns, como nos episódios conhecidos como 
Primavera Árabe e Revoltas de Junho (Copa do Mundo do Brasil). 
 
Questão 02 
A presença de infraestrutura para banda larga na internet valoriza 
localizações, atraindo sedes e escritórios empresariais. Procure 
explicar por que isso acontece. 
 
RESPOSTA: Assim como a instalação de novas redes de 
transporte, as novas redes de comunicação deflagram processo de 
valorização espacial. Os locais servidos por infraestruturas de 
internet em banda larga oferecem acesso privilegiado à rede 
mundial da “era da informação”, atraindo empresas e negócios. Os 
produtos e serviços comercializados pelas empresas instaladas 
nesses locais beneficiam-se de maior visibilidade em todos os 
mercados influenciados pela rede. 
 
Questão 03 
Na China, o sistema de censura a internet é chamado “Grande 
Muralha Informática”, em alusão ao importante monumento 
nacional conhecido como Grande Muralha. Sobre quais temas a 
censura chinesa é sistemática e sobre quais é importante? Procure 
explicar o porquê disso. 
 
RESPOSTA: A China aplica censura sistemática aos sites que 
apresentam conteúdo político ou que fazem referência aos conflitos 
nacionais ou às disputas internas. A intenção do governo, com 
essa ação, é evitar movimentos dissidentes que possam colocar 
em risco o sistema de poder do país. Além disso, a China aplica 
censura importante nos sites de conteúdo social, a fim de controlar 
os costumes e hávitos da população. 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA II 
Prof. Italo Trigueiro 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
A POPULAÇÃO MUNDIAL: ESTRUTURA, DINÂMICA, 
MOBILIDADE GEOGRÁFICA E SETORES DA 
ECONOMIA 
 
DEMOGRAFIA GERAL 
“Quantos habitantes o planeta pode suportar? 12 bilhões? 20 
bilhões? Por que não 150 bilhões de habitantes? O alto nível 
tecnológico encontrado hoje e que tende a se expandir de 
forma exponencial, num futuro próximo, não nos permite 
afirmar qual o número limite de seres humanos que podem 
viver na Terra. A sobrevivência no futuro de um contingente 
populacional bem maior do que o que termos hoje está 
atrelada a fatores políticos e econômicos e, não, 
necessariamente naturais ou de ordem tecnológica” 
Entrevista do professor Milton Santos, Milenium, Canal GNT, 1998. 
 
É o ramo da Geografia Humana que estuda a população e seus 
aspectos gerais. A questão populacional é alvo de polêmica há 
pelo menos dois séculos. Muitos problemas sociais e econômicos 
do mundo são por vezes, creditados à quantidade de habitantes no 
planeta. O crescimento populacional para as próximas décadas 
suscita, ao mesmo, uma questão importante: os recursos naturais 
existentes serão suficientes para abastecer a população mundial? 
Muitos defendem que o crescimento da população é o responsável 
pela deterioração do ambiente e, consequentemente, da qualidade 
de vida. Outros acreditam que a tecnologia será capaz de fazer à 
demanda crescente por alimentos e recursos necessários à 
manutenção da vida humana na Terra, em condições aceitáveis. 
 
MULTIDÃO PLANETÁRIA 
 
Fonte: divisão populacional da ONU 
 
“O Homo sapiens surgiu há 100 mil anos. Há 10 mil anos, o 
Homo sapiens já se espalhara pelos cinco continentes, e seus 
múltiplos contingentes somavam, no mundo, segundo supõem 
alguns cientistas, cerca de 5 milhões de indivíduos (...) No 
tempo de Cristo, a vida média do ser humano seria da ordem 
de 27 anos, assim permanecendo até ao redor do ano 
1000.Passaram-se alguns séculos, chegou-se ao ano 1750 e a 
população do mundo alcançou cerca de 800 milhões de 
indivíduos. Ao se iniciar a Era Industrial (1800 a 2000) calcula-
se que havia cerca de 1 bilhão de habitantes na Terra. 
 
Descobriram-se a vacinação e a assepsia, a oferta de 
alimentos cresceu, a vida média do ser humano beirava talvez 
os 40 anos por volta de 1800. 
 
Elevou-se a produção de alimentos e as safras puderam ser 
armazenadas e transportadas em grandes volumes e a 
grandes distâncias, regularizando-se a sua distribuição. Neste 
final de século XX, somos mais de 6 bilhões de seres 
humanos, vivendo à custa de recursos minerais limitados, de 
plantações e pastagens feitas em terrenos antes ocupados por 
florestas e animais silvestres, necessitando de grande 
quantidade de água potável, poluindo rios e oceanos com um 
volume de fezes que chega diariamente a 6 milhões de 
toneladas.” 
SANTOS, Rubens R. dos. Uma visão do futuro – avaliação do que é relevante na 
passagem do milênio. São Paulo: Nobel,1999.p. 148-149. 
 
PAÍSES MAIS POPULOSOS DO MUNDO EM 2014 
PAÍS POPULAÇÃO (MILHÕES) 
CHINA 1350 
ÍNDIA 1200 
EUA 315 
INDONÉSIA 245 
BRASIL 207 
Fonte: Banco Mundial. 
 
POPULAÇÃO 
Corresponde ao conjunto de pessoas que ocupam um determinado 
espaço geográfico representado por um município, um país ou toda 
a Terra. Para facilitar o estudo da população analisemos alguns 
conceitos fundamentais. 
 
POPULAÇÃO ABSOLUTA 
Número total de habitantes de uma determinada área (Estado, 
Cidade, País, etc.). 
 
POPULAÇÃO RELATIVA 
É o número de habitantes por Km², ou seja: 
 
 
 
SUPERPOPULAÇÃO E SUBPOPULAÇÃO 
Ocorre quando os recursos não podem ser explorados 
eficientemente, de maneiraa atender as necessidades da 
população. Não há relação com densidade demográfica. Um país 
pode ser pouco habitado e ser superpovoado, enquanto outro pode 
ter uma população absoluta elevada e não ser superpovoado. 
 
Ex.: Bélgica (386 hab/Km²) é densamente povoada e não é 
superpovoada. A Índia é (312 hab/km²) é bem povoada e é 
considerada superpovoada, uma vez que não apresenta suficiente 
desenvolvimento econômico e tecnológico. 
 
 
 
 
 
 314 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) 
TAXAS DEMOGRÁFICAS 
 
TAXA DE NATALIDADE 
Número de nascidos em um ano por mil habitantes. É a relação 
entre o número de nascimentos anuais e a população total, 
expressa por mil habitantes. 
 
 
 
TAXA DE MORTALIDADE 
Número de óbitos em um ano por mil habitantes. É a relação entre 
o número de óbitos anuais e a população total, expressa por mil 
habitantes. 
 
 
 
TAXA DE FECUNDIDADE 
É a estimativa que se faz do número de filhos que cada mulher 
poderia ter durante seu período de reprodução, considerando-se o 
número de filhos nascidos vivos de mulheres entre 15 e 49 anos. 
Nos países ricos a média de filhos é de 1,5 filhos por mulher, 
enquanto nos países mais pobres chega a mais de 5 filhos por 
mulher. 
 
CRESCIMENTO VEGETATIVO 
É a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade. 
 
 
 
• Se TN > TM, dizemos que o crescimento vegetativo foi positivo. 
• Se TN < TM, dizemos que o crescimento vegetativo foi negativo. 
 
RECENSEAMENTO OU CENSO 
Levantamento estatístico de dados da população tais como 
nascimento, óbitos, população total, etc. 
 
 
Onde: 
P = População. 
Pop = População de referência anterior. 
N = Número de nascimentos. 
M = Número de óbitos. 
I = Imigração ocorrida no período. 
E = Emigração ocorrida no período. 
 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO 
Calcula-se que, neste início do século XXI, a cada ano, mais 80 
milhões de pessoas passem a habitar a Terra, uma população 
equivalente à da Alemanha. Esses novos habitantes concentram-
se principalmente no mundo subdesenvolvido (África, Ásia e 
América Latina). A Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, 
teve forte repercussão na organização socioespacial: houve 
intensa migração campo-cidade, além de mudanças nos hábitos e 
nas relações de trabalho. 
 
AS REGIÕES DE MAIOR CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO 
Regiões de crescimento vegetativo (+2% ao ano). São áreas pré-
industriais: sudeste da Ásia, Paquistão, América Latina, índia e 
África Tropical. 
 
AS REGIÕES DE MENOR CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO 
As regiões em fase de industrialização e pós-industriais oferecem 
taxas menores de crescimento vegetativo (1% a 1,5% ao ano) 
como EUA, Canadá, Austrália, Europa, Rússia, etc. 
 
TEORIA MALTHUSIANA 
 
A MISÉRIA A LEI NATURAL 
“Então, adotando meus postulados como certos, afirmo que o 
poder de crescimento da população é indefinidamente maior 
do que o poder que tem a terra de produzir meios de 
subsistências para o homem [...] Por todo o reino animal e 
vegetal a natureza espalhou largamente as sementes da vida, 
com a mão a mais generosa e pródiga. Ela foi relativamente 
parcimoniosa quanto ao espaço me à alimentação necessários 
para criá-los. A miséria que despoticamente permeia toda a lei 
da natureza limita estes mundos mediante determinadas 
restrições. Os reinos vegetal e animal se reduzem sob esta 
grande lei limitadora. E a espécie humana não pode, por 
simples esforços racionais, escapar dela” 
MALTHUS, Thomas R. Ensaio sobre a população. São Paulo: Abril Cultural, 
1983.p.282. 
 
 
Em 1798, o pastor da igreja anglicana inglesa, Thomas Robert 
Malthus (1766-1834) escreveu sua mais famosa obra sobre 
questões demográficas – Essay on the Principle of Population - 
Ensaio sobre o princípio da população. Obra esta que influenciou 
durante anos outros pensadores, inclusive Charles Darwin, criador 
da mais conhecida teoria da evolução biológica. Malthus acreditava 
que a população tinha potencial de crescimento ilimitado, e a 
natureza, inversamente, recursos limitados para alimentá-la. 
Afirmava Malthus que a população mundial crescia em progressão 
geométrica (2,4,8,16,32,64...), enquanto a produção de alimentos 
crescia em progressão aritmética (2,4,6,8,10...). Baseada na lei dos 
rendimentos decrescentes, segundo a qual o ingresso de 
trabalhadores no processo de produção de alimentos nunca resulta 
num excedente de alimentos proporcional a esse ingresso. Ele é 
sempre menor, Dessa maneira, os alimentos tendem a não 
acompanhar o crescimento geométrico da população. 
 
“A teoria dos rendimentos decrescentes de Malthus não foi 
capaz de prever o desenvolvimento das técnicas de produção 
que surgiram a partir do século seguinte à publicação de sua 
clássica obra. Mesmo tendo sido rejeitada posteriormente, em 
Aula 10 – Democracia Oficial 
 
 
 
 
 
315 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
função do progresso técnico verificado na produção agrícola 
dos países desenvolvidos, acompanhado pela queda dos 
índices de crescimento da população, essa teoria ainda exerce 
enorme influência, diante do quadro apresentado pela 
economia e pelo crescimento da população nos países 
subdesenvolvidos.” 
SCARLATO, Francisco Capuano. População e Urbanização brasileira. In: Geografia 
do Brasil. Jurandyr Ross. São Paulo, 1996,p.384-385. 
 
Para evitar problemas futuros, Malthus propôs algumas medidas 
para o controle da natalidade, entre elas destacam-se: casamento 
tardio, limitar o número de filhos de acordo com os salários, 
abstinência sexual, elevação dos preços das mercadorias, guerras, 
o que ele chamou de controle moral. Apesar dos estudos da Teoria 
Malthusiana terem gerado uma enorme repercussão, Malthus 
cometeu alguns equívocos, o Desenvolvimento econômico 
(indústria, urbanização e modernização), a participação da mulher 
no mercado de trabalho, o custo da formação do indivíduo etc., são 
fatores que favorecem a queda, do crescimento demográfico. 
Parece lógico, porém, não podemos responsabilizar o estado de 
pobreza mundial, apenas ao crescimento populacional, as 
verdadeiras causas na realidade envolvem processos políticos. 
 
Quando Malthus escreveu sua obra mais divulgada, no fim do 
século XVIII, a população mundial aproximava-se de 950 milhões 
de habitantes. No século XVII, tinha aumentado 160 milhões. No 
século XX, o crescimento foi quase de 4,5 bilhões de habitantes. 
Observe o gráfico: 
 
POPULAÇÃO MUNDIAL (1800-2020) 
 
Fonte: MAGNOLI, Demétrio. Geia: fundamentos da geografia. São Paulo, 2002. 
Ed. Moderna. p. 101. 
 
A primeira vista, a expansão demográfica mundial confirmou as 
hipóteses de Malthus sobre o crescimento geométrico. De fato, 
quando se consideram os períodos de 50 anos, entre 1800 e 2000, 
a expansão demográfica registrada foi até superior à prevista pela 
hipótese do crescimento geométrico. Mas isso não significa que 
Malthus estava correto, pelo contrário, se analisarmos os dois 
últimos séculos, eles representam a prova definitiva do erro de 
Malthus. 
 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
A teoria da transição demográfica diz respeito às mudanças na 
relação entre as taxas de natalidade e mortalidade verificadas a 
partir do final do século XVIII. 
 
A transição demográfica pode ser dividida em algumas fases 
dependendo da região: 
• A primeira fase da transição caracteriza-se pela queda da das 
taxas de mortalidade, devido às conquistas obtidas pelos avanços 
médicos e pelo saneamento básico. 
• A segunda fase, a mortalidade permanece baixa e a natalidade 
começa a apresentar leve redução, provocando um recuo no 
crescimento populacional. 
• Na terceira fase, o crescimento populacional tende a estabilizar-
se. 
 
 
Fonte: ACHCAR, Gilbert (org.) El Atlas de Le Monde Diplomatique. Edición Cono 
Sur. Buenos Aires, Espácio, 2003.p.52. 
 
Alguns países europeus conseguiram chegaram a terceira fase no 
fim do século XX e hojeveem suas populações sendo reduzidas 
como no caso da Alemanha que provavelmente verá sua 
população cair de 80 milhões de habitantes nos dias de hoje para 
50 milhões no anos de 2050. 
 
TEORIA NEOLMALTHUSIANA 
É uma teoria que começa a se desenvolver nas primeiras décadas 
do século XX, retomando os fundamentos da teoria malthusiana, 
que para muitos era considerada superada e que rapidamente 
consegue somar cada vez mais adeptos no correr do tempo, em 
especial nos países desenvolvidos. 
 
De modo concreto, o neomalthusianismo somente afirmou-se entre 
os estudiosos da demografia nos pós-guerra, particularmente nos 
primeiros anos da década de 1950, quando as melhorias ligadas 
ao desenvolvimento dos recursos da medicina foram disseminadas 
pelos países subdesenvolvidos, acompanhando o processo de 
implantação do grande capital transnacional. Isso fez diminuir a 
mortalidade nesses países sem, no entanto, declinar a natalidade, 
gerando o fenômeno populacional conhecido como “explosão 
demográfica”. 
 
Os neomalthusianos veem esse processo de crescimento 
acelerado da população dos países subdesenvolvidos sob o 
enfoque de uma análise alarmista me catastrófica – como ocorrera 
com Malthus nos séculos XVIII e XIX -, e argumentam que, se esse 
crescimento não for barrado, os recursos disponíveis do planeta 
estarão, dentro de algumas décadas, quase totalmente esgotados. 
 
 
 
 
 316 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) 
Inúmeras campanhas foram realizadas por diversos governos pós-
2ª Guerra Mundial. A campanha denominada Planificação Familiar, 
por exemplo, foi mais rigorosa em alguns países, menos em 
outros, mas atingiu concretamente quase todo o mundo 
subdesenvolvido, porém, as teorias foram rejeitadas por alguns 
países, pela igreja católica, pelos marxistas e outros, a política 
oficial de controle de natalidade, embora adotada em alguns países 
como a índia, China e México resultaram em um grande fracasso. 
 
REFORMISTAS OU MARXISTAS 
Na mesma época em que foi criada a teoria neomalthusiana foi 
criada em oposição a ela a teoria reformista, que chega a uma 
conclusão inversa as duas outras teorias. Uma população jovem e 
com elevadas taxas da natalidade não é causa e sim consequência 
do subdesenvolvimento. Embora o tamanho da população e a 
quantidade de alimentos produzidos sejam fatores importantes 
quando estudamos o problema da fome, eles por si só, são 
insuficientes para explicá-la. A proposta reformista era de executar 
reformas econômicas e sociais para liberar forças produtivas 
inaproveitadas e melhorar a distribuição dos alimentos e dos 
recursos gerais, além de combater os índices elevados de 
natalidade com anticoncepcionais. 
 
As ideias reformistas aproximam-se das defendidas pelos 
marxistas, que também veem o crescimento acelerado da 
natalidade entre as populações pobres como um produto das 
relações de exploração, em que os mais pobres tenham 
necessidade de aumentar a sua prole como única forma de elevar 
a renda familiar. Essa solução seria também conveniente também 
para o sistema econômico, pois a acelerada natalidade, entre os 
pobres representa, ao mesmo tempo, a reprodução dos 
trabalhadores, garantindo para as empresas a oferta de mão-de-
obra em abundância no futuro, formando o denominado “exército 
de reserva industrial”. A teoria reformista ou antimalthusiana 
relaciona ainda as questões do trabalho infantil, do subemprego e 
até mesmo da mendicância com essa necessidade de as 
populações mais pobres buscarem na prole um meio de aumentar 
a renda familiar. Os antimalthusianos afirmam que, melhorando as 
condições de vida dos habitantes, um país teria suas taxas de 
natalidade diminuídas sensivelmente. 
 
Karl Marx 
 
O QUE É O “EXÉRCITO INDUSTRIAL DE RESERVA”? 
“No modo de produção capitalista, afirma Marx, a reprodução 
dos homens faz parte do processo de reprodução do capital, 
em razão de que reprodução dos homens significa, em 
verdade, reprodução da força de trabalho. A explicação está 
no fato de que sob o capitalismo a população é população 
para o capital. 
 
De onde o capital retira sua determinação sobre os homens e, 
por conseguinte, sobre sua própria reprodução? Do fato de 
que o processo de produção capitalista se apoia na separação 
entre os meios de produção e a força de trabalho. 
Embora detenha os meios de produção, cedo percebe a classe 
dos capitalistas que isso não lhe basta para a produção de 
mercadoria. Para produzir mercadorias, o capitalista necessita 
da aquisição da força de trabalho, de propriedade do operário. 
Para substituir, o operário necessita dos meios de 
subsistência que não pode produzir sem o concurso dos 
meios de produção capitalista. 
 
Sendo uma economia de mercado, o capitalismo exige ao 
capitalista e ao operário que estabeleçam uma troca... O 
capitalista deve dar, em troca da mercadoria força de trabalho, 
uma quantidade de moedas (o salário), que constitui o preço 
dessa mercadoria fixado pelas leis de mercado, no jogo da 
oferta e da procura”. 
MOREIRA, Rui. O estudo da população. 
 
TEORIA ECONEOMALTHUSIANA 
Os adeptos dessa teoria alertam para o mundo para a relação 
entre os homens e a natureza. Os defensores dessa teoria 
alertam para os riscos ambientais decorrentes do crescimento 
exagerado da população a qual exercerá cada vez mais 
pressão aos recursos naturais. Uma das formas de controle 
seria colocar em prática o plano do desenvolvimento 
sustentável, que visam atende melhor as necessidades dos 
seres humanos e mantendo um certo equilíbrio ambiental. Os 
econeomalthusianos exercem forte influência na opinião 
pública, ancorados na força do movimento ambientalista 
mundial. 
 
QUEM É O BEBÊ 7 BILHÕES? 
 
As Nações Unidas saúdam o nascimento da filipina Danica Camacho como a 
chegada da marca histórica, mas outras regiões do planeta reivindicam o título. 
 
O bebê reconhecido internacionalmente como o 7 bilhões é a 
menina Danica Camacho, nascida em Manila, nas Filipinas. Na 
foto, ela recebe um beijo da mãe, Camille (Foto: Erik De 
Castro, Pool/AP) 
A foto de Danica May Camacho, nascida com 2,5 quilos aos 
dois minutos desta segunda-feira (horário local) em Manila, 
capital das Filipinas, está em todos os principais meios de 
comunicação do mundo como a habitante de número 7 bilhões 
da Terra. Funcionários do Fundo de População das Nações 
Unidas (UNFPA) cumprimentaram os pais de Danica, Florente 
e Camilla, pela chegada simbólica dessa marca histórica. Mas 
autoridades de outras regiões do mundo reivindicam o título 
do sétimo bilionésimo humano. 
 
A cidade russa de Kaliningrado afirma que o menino Piotr, 
nascido poucos minutos após a zero hora local, é o bebê 7 
bilhões. As autoridades da região de Kamtchatka, no extremo 
oriente da Rússia, dizem o mesmo sobre uma criança nascida 
Aula 10 – Democracia Oficial 
 
 
 
 
 
317 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
às 0h19 na cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky. Recém-
nascidos na Turquia, na Índia e em outros países também são 
apontados pelas autoridades locais como o símbolo dos 7 
bilhões. O próprio escritório do UNFPA divulgou fotos dessas 
crianças como "um dos" 7 bilhões. 
 
Quando a população mundial atingiu a marca de 6 bilhões, em 
1999, o UNFPA decidiu escolher como rosto-símbolo o bebê 
Adnan Nevic, nascido em Sarajevo, capital da Bósnia-
Herzegovina. Na época, também houve contestação de outros 
países em relação a quem seria a criança 6 bilhões. 
 
O dia 31 de outubro de 2011 foi determinado pelo UNFPA 
como o da chegada aos 7 bilhões com base em projeções dos 
censos de todos os países. Como esses levantamentos são 
imprecisos, é impossível dizer ao certo se a humanidade já 
alcançou essa marca ou não. Fonte: Revista Época. 
 
FATORES DE DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO 
A população mundial encontra-se irregularmente distribuída no 
espaço geográfico, fato explicado pelaconjunção dos fatores 
naturais, econômicos e históricos. Com relação aos elementos 
naturais, o clima, o relevo, a hidrografia em variadas interações 
explicam em diversos casos os vazios e os adensamentos 
populacionais. Os fatores econômicos têm desempenhado um 
importante papel na ocupação dos lugares no planeta, que estão 
intimamente ligados às atividades econômicas desenvolvidas na 
área. Com relação aos fatos históricos têm uma relevância enorme 
no processo de ocupação do planeta. 
 
MAIORES E MENORES AGLOMERAÇÕES HUMANAS 
As maiores aglomerações humanas e urbanas estão localizadas 
em três regiões do planeta, na Ásia das Monções que engloba a 
índia, o Paquistão, países da Indochina e a Indonésia. A Europa 
Centro-Ocidental, onde localizam-se os maiores adensamentos 
populacionais da França, Alemanha, Suíça, Itália, Inglaterra e 
Países Baixos. O Nordeste dos Estados Unidos, onde localiza-se a 
megalópole Boston-Washington e a região dos Grandes Lagos. Os 
vazios demográficos do globo correspondem às regiões onde as 
condições naturais são extremamente desfavoráveis à ocupação 
humana. São estas quatro regiões, as Áreas Áridas, como o Saara, 
Namib e Calaari na África, o deserto do Atacama no Chile e os 
desertos de Gobi, Tar e da Arábia na Ásia. As Altas Montanhas 
como a Cordilheira dos Andes e o Himalaia. As Florestas Tropicais 
e as Regiões Polares. 
 
AS GRANDES POPULAÇÕES ABSOLUTAS MUNDIAIS 
 
CHINA 
 
A China é conhecida por sua gigantesca população absoluta que já 
ultrapassa 1 bilhão e 300 milhões de habitantes nos dias atuais. 
Porém, esse crescimento inclui uma enorme quantidade de 
variáveis. Entre elas podemos destacar: 
• A população chinesa historicamente passou longos períodos de 
isolamento e com uma grande disponibilidade de água e alimentos, 
o que certamente colaborou para uma queda de mortalidade. 
• Nos períodos de guerra, escassez e de epidemias, a população 
diminuía mas logo crescia novamente devido aos recursos 
existentes. 
• A China que conhecemos não é formada por uma única etnia. 
Além da majoritária que é a etnia Han, existem outras que também 
ajudaram a incrementar esse crescimento. 
 
 
Mulher de etnia Yi, homem de etnia Manchu e família de etnia Mongol. 
 
Entre 1948 e 1949, organizou-se a República Popular da China. De 
linha socialista, onde o governo promoveu melhorias no sistema 
sanitário e de saúde que tiveram impacto imediato sobre o ritmo de 
crescimento populacional propiciando sua aceleração depois de 
um século de guerras, epidemias e agitação. Além disso o governo 
condenou o controle de natalidade e proibiu a importação de 
qualquer método contraceptivo adotados no Ocidente. 
 
O crescimento exagerado acabou gerando um desequilíbrio na 
produção e estocagem de alimentos, alterando o abastecimento da 
população que passou por fases de racionamento de comida 
gerando a morte de milhões de chineses. 
 
 
Período da Grande Fome, 1946. 
 
Em 1979, o governo lançou a campanha do filho único, centrada 
principalmente na etnia Han, que consistia em: 
• Incentivar com homenagens governamentais os casais que 
aderissem à campanha. 
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