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432 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) integrar agências e entidades ligadas à ONU. Talvez o maior temor de Israel seja o de que palestinos usem seu novo status para entrar no Tribunal Penal Internacional e tentar acionar Israel judicialmente por supostos crimes de guerra cometidos em territórios ocupados, como na Cisjordânia. Israel classifica a iniciativa palestina de uma violação dos Acordos de Oslo (1993), que traçam caminhos para a negociação bilateral (atualmente interrompida) de paz. Palestinos haviam tentado status maior na ONU no ano passado. A aprovação do novo status na ONU é uma vitória diplomática de Mahmoud Abbas, o líder da Autoridade Palestina e principal força política na Cisjordânia. Os palestinos tentam há tempos estabelecer um Estado soberano na Cisjordânia, que inclua Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza, seguindo o traçado de antes da Guerra dos Seis Dias (em 1967, quando Israel ocupou territórios reivindicados pelos palestinos). Os Acordos de Oslo, entre a OLP (Organização pela Libertação da Palestina) e Israel, levaram ao reconhecimento mútuo. No entanto, duas décadas de conflitos intermitentes desde então e a ausência de consenso em temas-chave impediram um acordo permanente. A última rodada de negociações terminou em 2010. Fonte: BBC. JERUSALÉM, O CENTRO DO MUNDO O grito de guerra ecoou nas pedras crispadas pelo sol naquele setembro de 1187: Alá-hu akbar! (“Deus é grande!”). Sob o comando do sultão Saladino, o exército muçulmano celebrava sucessivas conquistas na Galiléia e agora marchava rumo ao objetivo máximo: Jerusalém. A missão era recuperar a cidade santa após 88 anos de domínio dos cruzados. Saladino montou acampamento no monte das Oliveiras e avistou a enorme cruz no topo da Cúpula do Rochedo, um dos tantos santuários islâmicos profanados pelos infiéis. As tropas inimigas logo se renderam, e no dia 2 de outubro Saladino entrou triunfante na cidade murada. Ele tolerou a permanência dos cristãos, permitiu a volta dos judeus que haviam sido expulsos e purificou o solo de Jerusalém segundo os preceitos do islã. Em julho de 2000, uma multidão se reuniu nas ruas de Gaza gritando vivas ao “novo Saladino”: um velhinho de voz trêmula e corpo arqueado. Tratava-se do palestino Yasser Arafat, que voltava da conferência de paz de Camp David, nos EUA. Lá ele havia rejeitado a proposta de divisão de Jerusalém oferecida pelo primeiro-ministro israelense Ehud Barak e pelo presidente americano Bill Clinton. Agora, fazendo o V da vitória, Arafat era glorificado nas ruas como a reencarnação do herói que tomou a cidade dos cruzados em 1187. Histórias como essas ajudam a explicar por que Jerusalém se mantém por tanto tempo no centro do mundo. Em nenhum outro lugar o passado reverbera no presente de maneira tão profunda. Sempre escutamos que a cidade é sagrada para cristãos, judeus e muçulmanos, mas essa é apenas uma parte da história. Segundo vários pesquisadores, Jerusalém só alcançou importância global porque seu caráter sagrado vem sendo utilizado como propaganda política. Templos, batalhas e personagens (reais ou imaginários) podem ficar esquecidos durante milênios… e, de repente, ressurgir com força total para legitimar uma nova ideologia, um carro-bomba ou um míssil teleguiado. Arafat não foi o único a evocar a simbologia de Jerusalém para atrair adeptos. Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, e Hassan Nasrallah, chefe do Hezbollah, também usam a figura de Saladino ao pregar a jihad contra o Ocidente. O ex-premiê israelense Ariel Sharon gostava de aludir à memória dos guerreiros macabeus, símbolos da resistência judaica contra o império selêucida, em 167 a.C. O ex-presidente iraquiano Saddam Hussein se proclamou sucessor de Nabucodonosor, rei da Babilônia, que destruiu o Templo de Salomão em 586 a.C. e mandou os judeus para o exílio. O presidente americano George W. Bush seguiu a mesma receita quando usou a palavra “cruzada” para lançar a guerra contra o terrorismo. Não é à toa que a Cidade Dourada – que hoje tem uma população aproximada de 700 mil habitantes, equivalente à de João Pessoa (PB), Campo Grande (MS) ou Santo André (SP) – tem sido a mais disputada da história. “Nos últimos 4 mil anos, houve pelo menos 118 conflitos por Jerusalém. Ela foi 2 vezes destruída, 23 vezes sitiada, 52 vezes atacada e 44 vezes capturada e recapturada, por tribos ou exércitos de impérios”. Fonte: SUPERINTERESSSANTE, 31 outubro de 2016 Aula 19 – Conflitos Regionais na Ordem Global I 433 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM Questão 01 Cada um, de cada lugar do mundo, tem de assinalar em seu endereço eletrônico o país onde mora e de onde fala (.br, .ar, .mx, etc.); aquele que fala a partir dos EUA não precisa apor .us ao seu endereço e, assim, é como se falasse de lugar-nenhum, tornando familiar que cada qual se veja, sempre, de um lugar determinado, enquanto haveria aqueles que falam como se fossem do mundo e não de nenhuma parte específica. Adaptado de Carlos Walter Porto-Gonçalves In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber. Buenos Aires: CLACSO, 2005. O texto acima contém uma reflexão acerca de um aspecto importante das redes mundiais de produção e circulação de conhecimento. Segundo o autor, essas redes são marcadas pelo conceito de: a) pluralismo b) autoritarismo c) nacionalismo d) etnocentrismo Questão 02 “Choque de civilizações” é o título do livro de autoria do cientista norte-americano Samuel Huntington, no qual são identificados conjuntos civilizacionais e seus possíveis enfrentamentos, conforme ilustrado no mapa abaixo: Fonte: BONIFACE, Pascal e VÉDRINE, Hubert. Atlas do Mundo Global. São Paulo: Estação Liberdade, 2009. A partir da análise do mapa, outro título adequado às ideias de Samuel Huntington é: a) “O mundo Ocidental em risco” b) “A ascensão dos nacionalismos periféricos” c) “O triunfo global do mundo africano” d) “O fim da história e da ideologia” e) “O declínio das religiões imperiais” Questão 03 Um dos grandes desafios do século XXI para tornar o mundo melhor é o de aprender a conviver com os outros, aceitar e respeitar os que são diferentes na cultura, na religião, nos costumes, na sexualidade etc. A intolerância, os preconceitos, as discriminações e o racismo, no entanto, vêm crescendo. Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar: a) o princípio de que todos os seres humanos são iguais, independentemente de sexo, cor da pele, orientação sexual, local de nascimento, valores culturais, existe de direito e de fato nas sociedades democráticas. b) o racismo consiste numa tendência a desvalorizar certos grupos étnicos, sociais ou culturais, atribuindo-lhes características inferiores e manifesta-se na segregação e rejeição de valores culturais. c) os neonazistas, os carecas, os arianos, entre outros, são grupos organizados que visam combater os preconceitos, sobretudo contra migrantes pobres. d) a xenofobia e a homofobia atingem em maior grau os indígenas, os negros e a mulher, considerados inferiores em determinadas sociedades. Anotações 434 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) Questão 04 Sobre o assunto abordado na notícia a seguir, analise as seguintes afirmativas: Centenas de palestinos tentam atravessar a fronteira entre Israel e Síria Fonte: Exame.com I. O confronto entre israelitas e palestinos envolve questões geopolíticas complexas, relacionadas à posse de territórios. Os palestinos reivindicam um Estado próprio e soberano. II. Os Estados Unidos se posicionam como mediadores de uma possível soluçãoem que Israel possa existir pacificamente com um novo Estado palestino, criado nos territórios da Síria e do Iraque. III. O plano de Partilha da Palestina foi aprovado em 1945, tendo o território judeu sido reconhecido em 1946, quando a criação do Estado da Palestina e do Estado de Israel foi oficialmente instituída. IV. Com a derrota da guerra de 1945, cerca de meio milhão de judeus e palestinos foram obrigados a deixar a terra onde viviam para se refugiarem na Arábia Saudita e na Síria. Está CORRETO o que se afirma em a) I. b) II. c) I e II. d) III e IV. e) I, II, III e IV. Questão 05 Há mais de 20 anos, quando o Acordo de Oslo foi assinado, o mundo enxergou na fotografia do aperto de mão entre o premiê israelense Yitzhak Rabin e o líder palestino Yasser Arafat, mediado pelo presidente americano Bill Clinton, um indício de que a paz estava próxima entre judeus e palestinos. A figura e o texto fazem referência ao Acordo de Oslo, assinado em 13 de setembro de 1993. Sobre este acordo, é correto afirmar que a) foi determinante para limitar as áreas territoriais de atuação de Israel, principalmente no que diz respeito aos territórios conquistados e ocupados nas guerras de Suez e dos Seis Dias. b) apesar de não ter obtido a paz entre palestinos e judeus, proporcionou a devolução dos territórios da Península do Sinai para o Egito, as Colinas de Golan para a Síria e a faixa de Gaza para os palestinos. c) proporcionou o reconhecimento recíproco de Israel e da OLP (Organização para libertação da Palestina) como representante do povo palestino, prevendo também a devolução da Faixa de Gaza e Anotações Aula 19 – Conflitos Regionais na Ordem Global I 435 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência da Cisjordânia para os palestinos. d) ratificou o Acordo de Camp David, de 1979, devolvendo para a autoridade palestina os territórios de Gaza, das Colinas de Golan e da Península do Sinai. Questão 06 Analise as proposições sobre Israel e Palestina. I. O conflito entre Israel e Palestina começou no século XX, quando os judeus começaram a comprar terras na Palestina. Na década de 30, milhares de judeus já viviam nesta região. II. O primeiro confronto armado entre Israel e Palestina aconteceu em 1967, o que se convencionou chamar de Guerra dos Sete Dias. III. A mais importante tentativa de paz entre Israel e Palestina, durante o século XX, aconteceu em 1993. O acordo foi assinado entre Yasser Arafat, líder da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), e o primeiro ministro de Israel, Yitzhak Rabin. IV. Em 2000, nova tentativa de paz foi negociada pelos EUA, sem sucesso, dando início à segunda intifada, o levante armado palestino. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. d) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. Questão 07 A Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948) conta hoje com a adesão da maioria dos estados-nacionais. O conteúdo desse documento, no entanto, permanece como um ideal a ser alcançado. Observe o que está disposto em seu artigo XV: 1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. portal.mj.gov.br Desde a década de 1960, em virtude de conflitos, o direito expresso nesse artigo vem sendo sonegado à maior parte da população pertencente ao seguinte povo e respectivo recorte espacial: a) árabe – regiões ocupadas pela Índia b) esloveno – distritos anexados pela Sérvia c) palestino – territórios controlados por Israel d) afegão – províncias dominadas pelo Paquistão Questão 08 Leia os textos e responda: Em visita a Israel, o candidato republicano Mitt Romney afirmou que Jerusalém é a capital do Estado judeu. A declaração de Romney de que Jerusalém é a capital de Israel está alinhada à afirmação feita pelos governos israelenses, ainda que os Estados Unidos e outras nações tenham suas embaixadas em Tel Aviv. (http//www.valor.com.br/internacional) Os palestinos acusaram o candidato republicano à presidência dos EUA, Mitt Romney, de minar as perspectivas de paz, pois segundo o próprio chefe negociador palestino, Saeb Erekat, não pode haver Estado palestino sem Jerusalém Oriental. (http//www.g1.globo.com/mundo/notícias/2012/07) A ocupação de Jerusalém Oriental pelo exército de Israel e o domínio de toda a cidade pelos israelenses ocorreu : a) durante a Guerra da Fundação de Israel, em 1949; b) na Guerra de Suez, em 1956; c) na Guerra dos 6 Dias, em 1967; d) na Guerra do Golfo, em 1991; e) depois do 11 de Setembro, em 2001. Anotações 436 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Questão 01 Considere o mapa apresentado a seguir: CISJORDÂNIA – CAMPOS DE REFUGIADOS PALESTINOS E COLÔNIAS ISRAELENSES SELECIONADAS Fonte: <http://www.monde-diplomatique.fr/ cartes/cisjordaniedpl2000> (Adaptação). A partir das informações apresentadas e de seus conhecimentos sobre os conflitos entre palestinos e israelenses, pode-se afirmar que a) a proposta de criação de um Estado palestino independente na Cisjordânia deverá implicar uma redistribuição territorial entre o espaço ocupado pelas colônias israelenses e os campos de refugiados palestinos. b) não se justifica a criação de um Estado palestino na Cisjordânia, pois a sua integridade territorial seria constantemente questionada em função da existência de colônias israelenses que gozam de autonomia política. c) a permanência dos campos de refugiados palestinos na Cisjordânia é um reflexo da pouca solidariedade dos países vizinhos que, embora reconhecendo a soberania israelense sobre a região, não ofereceram abrigo aos palestinos. d) é viável a criação de um Estado palestino independente, formado por vários núcleos representados pelos atuais campos de refugiados, com autonomia política e administrativa, sem interferir na existência das colônias israelenses. e) a reivindicação palestina pelo reconhecimento da cidade de Jerusalém como capital de um Estado independente, englobando a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, sustenta-se na tradição de autonomia política e territorial dessa cidade. Questão 02 Analise a imagem a seguir: FOLHA DE S. PAULO. São Paulo, 19 ago. 2005. Mundo, p. 15. Depois de 38 anos, em agosto de 2005, chegou ao fim a ocupação israelense na Faixa de Gaza. Com base no mapa e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir: I. A retirada da população judia dos assentamentos da Faixa de Gaza está relacionada ao Plano de Paz, elaborado com o objetivo de mitigar os ataques terroristas a Israel. II. Apesar da forte oposição de grupos radicais religiosos à retirada da população israelense da Faixa de Gaza, a maioria da população daquele país foi a favor do ato. III. Compõe um dos focos das estratégias do Plano de Paz a retirada da população judia da cidade de Jerusalém. IV. Ao longo do tempo, a permanência da minoria judaica na Faixa de Gaza tornou-se problemática em decorrência da presença de mais de um milhão de palestinos na região. Estão CORRETAS apenas as afirmativas a) I e II. d) I, II e IV. b) II e III. e) I, III e IV. c) III e IV. Questão 03 Leia o texto a seguir: Considerada um passo decisivo para a paz no Oriente Médio, a retirada israelense da Faixa de Gaza – e de quatro assentamentos da Cisjordânia – começou ontem com atos de violência. Após 38 anos de ocupação, militares de Israel enfrentam a resistência de moradores de colônias judaicas da Faixa de Gaza. ZERO HORA. Porto Alegre, 16 ago. 2005. p. 23. A retiradados colonos judeus da Faixa de Gaza e da Cisjordânia deve-se I. aos acordos de paz entre Israel e a Autoridade Palestina que transferiram, para esta última, o controle dessas áreas. II. às tentativas de criação de um Estado palestino territorialmente unitário. III. ao acirramento de conflitos entre grupos judeus ortodoxos e o governo israelense. Está(ão) CORRETA(S) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. Questão 04 Os conflitos entre árabes, judeus e palestinos têm origem milenar, como milenar é a questão da soberania sobre os escassos recursos hídricos no Oriente Médio. Com base nos conhecimentos sobre o tema “tensões, conflitos, guerras”, é CORRETO afirmar que, na atualidade, há a) conflitos entre os judeus e curdos pelo controle das águas na escassa região do Sahel, dominada por vegetação de savana, que recebe uma precipitação entre 150 e 500 mm por ano. b) conflitos entre as nações palestina e israelense, pelo controle do aquífero localizado no Rift Valley, com altitudes elevadas e depressões ou fossas tectônicas que deram origem a extensos lagos como o Tanganica, o Vitória e o Niassa. c) conflitos entre israelenses e palestinos pelo domínio das águas da bacia do Rio Jordão e conflitos entre turcos, sírios e iraquianos pelo controle das bacias hidrográficas dos rios Tigre e Eufrates. d) conflitos entre israelenses, sírios e libaneses pelo domínio dos recursos hídricos das bacias hidrográficas dos rios Níger e Congo. Aula 19 – Conflitos Regionais na Ordem Global I 437 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência e) conflitos entre turcos, árabes e palestinos pelo controle das águas dos sistemas lacustres do Tanganica e do Baikal. Questão 05 Com certeza não existe outro ícone maior da dificuldade de convivência humana do que a cidade de Jerusalém. Fundada há 3 000 anos, era um projeto. Seu nome o revelava: “cidade da plenitude” ou “cidade da paz”. E o projeto deu certo. Não exatamente por ter trazido a paz em sua história, muito pelo contrário, mas por ter sintetizado a dificuldade humana em obtê-la. Jerusalém se transformou em símbolo de triunfo, e se há algo que a paz não é, é ser fruto do triunfo. FOLHA DE S. PAULO, 07 ago. 2000. Sobre o assunto, é INCORRETO afirmar que a) o “triunfo” referido no texto diz respeito às vitórias militares que resultaram na supremacia de Israel, que inviabilizou a instalação de um Estado palestino na região. b) a “dificuldade de convivência humana” refere-se aos constantes conflitos entre as populações de origem árabe e judaica que habitam a região. c) a afirmação “o projeto deu certo” refere-se à convivência pacífica e harmônica em Jerusalém entre os praticantes das três grandes religiões monoteístas: o judaismo, o cristianismo e o islamismo. d) “Se há algo que a paz não é, é ser fruto do triunfo” significa que a hegemonia israelense na região gerou frustrações na população de origem árabe, provocando atos terroristas. e) o texto todo reflete a preocupação provocada pelas dificuldades de se encontrar uma solução pacífica para o problema palestino. Questão 06 Em relação aos conflitos etnonacionais entre árabes e judeus e os impactos socioespaciais decorrentes desses conflitos, é INCORRETO afirmar: a) O conflito entre árabes e judeus ficou mais evidente a partir da divisão estabelecida pela ONU em 1947, pois os árabes não aceitaram a partilha do território e formaram uma coalizão, entrando em confronto com o Estado judeu por várias vezes. A Guerra dos Seis Dias foi o conflito mais importante, porque trouxe uma reconfiguração espacial com a ampliação do território israelense e uma grande limpeza étnica com a expulsão de milhares de palestinos em direção aos países vizinhos. b) A superioridade do Estado judeu está relacionada a uma maior coesão político-cultural das colônias judaicas espalhadas pelo mundo e ao apoio das potências ocidentais, principalmente os EUA, que, além de prestarem ajuda financeira a Israel, ainda vetaram no Conselho de Segurança da ONU a aprovação de resoluções condenando esse Estado. c) A criação do Estado palestino esbarra na descontinuidade territorial, pois, apesar da devolução da Faixa de Gaza à Autoridade Nacional Palestina, grande parte da Cisjordânia continua nas mãos de Israel e a construção do muro que separa as cidades palestinas das colônias judaicas deverá dificultar a devolução integral desse território aos árabe-palestinos. d) A disputa entre árabes e judeus envolve o controle de recursos naturais importantes, como as reservas hídricas do Rio Jordão, na medida em que este curso-d’água nasce nas Colinas de Golã e corre em direção à Cisjordânia, dois territórios que continuam nas mãos de Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. e) O apoio das grandes potências a Israel gerou um sentimento antiocidental no mundo árabe, o que tem legitimado a expansão do terrorismo em escala global, por meio de grupos fundamentalistas islâmicos, como o Hezbollah e o Hamas, que recebem, ambos, o apoio formal de várias potências ocidentais. Questão 07 Cerca de 90% da população do Oriente Médio é muçulmana. O Islã, no entanto, está longe de ser uma fé monolítica. [...] Ainda que não disponhamos de estatísticas confiáveis, um cálculo crível aponta que 65% dos muçulmanos do Oriente Médio são sunitas e uns 30%, xiitas. SMITH, Dan. O Atlas do Oriente Médio. São Paulo: Publifolha, 2008. Em relação aos conflitos religiosos do Oriente Médio, é POSSÍVEL afirmar que a) a disputa religiosa entre judeus e muçulmanos nunca atrapalhou o amplo intercâmbio comercial na região. b) os muçulmanos se mantêm politicamente unidos, e xiitas e sunitas jamais se opuseram ou se enfrentaram. c) islamismo, judaísmo e cristianismo nasceram na região, mas só os muçulmanos conservaram seus lugares santos. d) os judeus reivindicam o controle territorial completo do Oriente Médio, pois são maioria em todos os países da região. e) a maior população muçulmana não impediu a formação de um Estado judeu, nem proporcionou a criação de um Estado palestino. Questão 08 Nas últimas décadas, o Oriente Médio tem sido palco de violentos conflitos. O fato vem sendo amplamente noticiado pela mídia internacional. Revistas brasileiras de destaque vêm registrando manchetes em suas capas e matérias em suas páginas sobre a Guerra que impera na Faixa de Gaza. Logo: I. Entre os conflitos do mundo moderno, o mais prolongado é o que envolve israelenses e libaneses, em torno da existência e do reconhecimento do Estado de Israel. II. Os palestinos constituem o maior contingente de refugiados do mundo. Segundo dados da ONU, são milhares de pessoas sem um território reconhecido pelo Estado. III. Atualmente, 1,5 milhão de palestinos se espremem na Faixa de Gaza (uma faixa de terra com 45 km de comprimento e 10 km de largura), que tem uma das densidades demográficas maiores do planeta, vivendo com alto índice de pobreza.