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Aula 32 – Migrações Internas 
 
 
 
 
 
117 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 (UNICENTRO) 
Leia o texto a seguir. 
Um fenômeno urbano, visto especialmente nas grandes cidades. Esse 
processo ocorre na medida em que milhões de pessoas que compõem 
o PEA (População Economicamente Ativa) deixam suas residências 
antes do horário comercial para chegar ao trabalho e, no final da tarde, 
ou do expediente, voltam para casa. Esse processo significa simples 
fluxos populacionais que não configuram propriamente como migração, 
isso porque não se trata de uma transferência definitiva e sim 
momentânea. Existem vários casos que se enquadram. Entre eles está 
o fluxo de boias-frias que residem geralmente na cidade e se deslocam 
até o campo onde desenvolvem suas atividades, de pessoas que 
moram em uma determinada cidade e trabalham em outra, além de 
viagens de final de semana, feriados e férias. Decorrente desse 
fenômeno, ocorre nos grandes centros urbanos a hora de rush, que 
são determinados horários do dia nos quais os trabalhadores se 
aglomeram no trajeto tanto para chegar ao trabalho como para 
regressar a casa. Outro tipo de fluxo é o commuting, pessoas que 
moram em um determinado país e se deslocam para outro para 
trabalhar ou procurar uma ocupação. 
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o tipo de 
migração descrita no texto. 
a) Êxodo rural. d) Migração inter-regional. 
b) Migração espontânea. e) Migração intrarregional. 
c) Migração pendular. 
 
Questão 02 
Mudanças significativas ocorridas na economia do Brasil 
recentemente modificaram, de forma significativa, os fluxos 
migratórios internos no país. 
Sobre esse tema, considere as afirmações a seguir. 
0-0) Por conta da considerável melhoria dos padrões sociais e em 
face da política de transferência de renda para as áreas 
interioranas do Nordeste, particularmente o Agreste e partes do 
Sertão, os fluxos migratórios se dirigem, mais intensamente, para 
essas regiões. 
1-1) Os movimentos migratórios internos são uma expressão de 
cenários nos quais as histórias familiares se misturam aos 
fenômenos econômicos e sociais de uma cidade ou de uma região. 
2-2) Os empregos que estão atraindo mais trabalhadores para a 
Região Norte concentram-se na produção de minerais metálicos, 
principalmente alumínio e ferro, e no extrativismo mineral. 
3-3) A Região Centro-Oeste, que se encontra em franca expansão 
econômica, em face do agronegócio, está sendo a que mais atrai 
imigrantes de outras regiões do país. 
4-4) Em decorrência da transformação da economia de outras 
regiões brasileiras, constata-se que uma onda de migração de 
retorno vem acontecendo para a Região Sudeste, sobretudo a 
partir da década de 1990, reordenando o processo de urbanização. 
 
Questão 03 
 
 
Realidades, como essa da ilustração, sempre foram comuns no 
Brasil. Os fluxos migratórios internos determinaram a ocupação de 
grandes extensões de seu território. Nos séculos XVII e XVIII, a 
procura por metais preciosos levou paulistas e nordestinos a Minas 
Gerais, Goiás e Mato Grosso. Com a expansão do café pelo 
interior de São Paulo, chegavam levas de mineiros e nordestinos. 
No século XIX, o ciclo da borracha ajudou a povoar a região Norte 
por nordestinos. No século XX, as atividades agrícolas e industriais 
levaram ao Sudeste milhares de brasileiros de todas as partes, 
principalmente, nordestinos. 
A respeito das migrações internas atuais, é INCORRETO afirmar 
que 
a) nos últimos anos, o Centro-Oeste foi a região que mais recebeu 
migrantes devido à expansão do agronegócio da cana-de-açúcar e 
aos investimentos destinados à implantação industrial, fruto da 
descentralização do Sudeste. 
b) a Região Sudeste, grande atrativo de migrantes durante anos, já 
constata declínio migratório em razão do aumento do desemprego. 
Em 2005, atinge seu ponto mais alto de perdas, 269 mil 
moradores, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica 
Aplicada (IPEA). 
c) os movimentos migratórios estão mais intensos dentro dos 
próprios estados, com o desenvolvimento de pólos industriais 
dentro e fora das grandes capitais. 
d) os fluxos migratórios, muitas vezes, desestabilizam famílias que, 
sem condições de sobrevivência, abandonam suas regiões de 
origem sem perspectivas imediatas de satisfazê-las em outras 
áreas do país. 
e) a Região Nordeste mantém sua tendência histórica, pois ainda é 
a principal área de origem dos migrantes no Brasil. 
 
Questão 04 
 
 
De acordo com os fragmentos da composição podemos afirmar: 
I - As regiões abordadas na composição são o Agreste e a Zona da 
Mata Nordestina, onde a ocorrência das chuvas são de 
outono/inverno, predominantes entre os meses de março e agosto. 
II - A seca é um fenômeno natural, suas consequências sobre a 
população camponesa pobre é de cunho puramente 
socioeconômico. Enquanto os pobres são duramente penalizados 
com as secas, os ricos, donos de terras, até chegam a ser 
favorecidos com a estiagem. 
III - O migrante nordestino, além das questões econômicas e 
sociais, também sofre problemas de ordem afetiva e psicológica 
com o choque cultural, o preconceito do qual é vítima, a baixa 
 
 
 
 
 118 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
autoestima, a perda de referenciais de identidade e a necessidade 
de adaptação a um outro estilo de vida. 
Está (ão) correta(s) 
a) Apenas as proposições I e III I e II 
b) Apenas as proposições II e III 
c) Apenas as proposições 
d) Apenas a proposição I 
e) Todas as proposições 
 
Questão 05 (UEPB) 
 
 
Observe o gráfico que trata da proporção de migrantes na 
população total por regiões brasileiras.Com auxilio da leitura do 
gráfico assinale V ou F para as proposições conforme sejam 
Verdadeiras ou Falsas. 
( ) A Região Centro-Oeste apresenta o maior percentual de 
migrantes na formação de sua população, o que se deve 
principalmente à atração exercida pelo Distrito Federal e pela 
expansão da fronteira agrícola, que tornou a região fonte de forte 
atração populacional. 
( ) O processo de integração do território nacional configurou o 
Nordeste como a região de perdas tanto demográficas como 
econômicas, que ainda tem como principal destino dos seus 
migrantes a Região Sudeste. 
( ) A política de povoamento e de integração da Amazônia 
implantada pelos militares nos anos de 1970 transformou essa 
região numa área de expansão do capital e da fronteira agrícola, 
que passou a ser um dos principais destinos dos migrantes 
nordestinos e sulistas, daí a importância numérica dos migrantes 
na composição de sua população. 
( ) O processo de desindustrialização ocorrido nas últimas 
décadas na Região Sudeste fez com que esta região perdesse 
totalmente a liderança na atração de migrantes para as Regiões 
Norte e Centro-Oeste, além de ser hoje uma região que não perde 
população devido à migração de retorno. 
A alternativa que apresenta a sequência correta é: 
a) V V V F 
b) V F F V 
c) F V V V 
d) F V V F 
e) V F F F. 
 
Questão 06 (UNESP) 
Cândido Portinari conseguiu retratar em suas obras o dia a dia do 
brasileiro comum, procurando denunciar os problemas sociais do 
nosso país. No quadro Os Retirantes, produzido em 1944, Portinari 
expõe o sofrimento dos migrantes, representados por pessoas 
magérrimas e com expressões que transmitem sentimentos de 
fome e miséria. 
 
 
http://qualquersemelhanca.files.wordpress.com/2010/04/os-retirantes.jpg 
 
Sobre o tema desta obra, afirma-se: 
I. Essa migração foi provocada pelo baixo índice de mortalidade 
infantil do Nordeste, associado à boa distribuição de renda na 
região. 
II. Contribuíram para essa migração os problemas de cunho social 
da região Sul, com altas taxas de mortalidade infantil. 
III. Os retirantes fugiram dos problemas provocados pela seca, pela 
desnutrição e pelos altos índices de mortalidade infantil no 
Nordeste.IV. Contribuíram para essa migração a desigualdade social, no 
Nordeste. 
É correto apenas o que se afirma em 
a) I. b) I e II. c) II, III e IV. d) III e IV. e) IV. 
 
Questão 07 
 
 
Adaptado de SANTANA, Fabio Tadeu e DUARTE, Ronaldo Goulart. Rio de Janeiro: 
Estado e Metrópole. São Paulo: Editora do Brasil, 2009. 
 
A dinâmica interna de uma região metropolitana é extremamente 
complexa, dada a variedade das interações que se estabelecem 
entre os aglomerados que a compõem. 
Na tabela acima, evidencia-se o tipo de interação denominado de: 
a) repulsão urbana 
b) migração de retorno 
c) movimento pendular 
d) fluxo de transumância 
 
Questão 08 (UFG) 
Os dados dos últimos censos demográficos do Brasil indicam 
aumento da migração urbano-urbano e da pendular. Com base 
nesta afirmação: 
a) apresente dois fatores que explicam a relevância atual da 
migração urbano-urbano. 
b) explique uma causa para o aumento atual da migração pendular. 
 
http://qualquersemelhanca.files.wordpress.com/2010/04/os-retirantes.jpg
Aula 32 – Migrações Internas 
 
 
 
 
 
119 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
Questão 09 
O impacto sobre São Paulo dos migrantes nordestinos, que 
chegaram à cidade no meio do século XX, foi tão grande quanto os 
efeitos produzidos pelos imigrantes que vieram da Europa, do 
Oriente Médio e da Ásia em décadas anteriores. Nos dois casos, 
os que dominavam a cidade incentivaram a vinda desses 
trabalhadores e suas famílias (...). Entretanto, os efeitos sociais e 
políticos foram sempre mais difíceis de digerir como demonstram 
os casos recentes de uma prefeita da cidade e de um presidente 
da República, nascidos no Nordeste, e objetos em São Paulo de 
preconceitos nada sutis. 
(Adaptado de Paulo Fontes, Um Nordeste em São Paulo –Trabalhadores migrantes 
em São Miguel Paulista (1945-66). Rio de Janeiro: FGV, 2008. p.13.) 
 
a) Qual a maior cidade nordestina fora do Nordeste brasileiro? Por 
que houve o incentivo ao processo imigratório de nordestinos para 
São Paulo? 
b) Quais as principais determinantes sociais e econômicas do 
processo migratório de nordestinos para São Paulo em meados do 
século XX? 
 
Questão 10 
Responder à questão com base nas afirmações que tratam da 
demografia e da ocupação do espaço brasileiro. 
I. A população brasileira apresenta alto grau de movimentação 
interna, sendo a Região Norte a de maior repulsão populacional. 
II. A ocupação do sul do Brasil, nas chamadas áreas de 
colonização com etnias europeias, apresenta uma organização 
baseada na pequena propriedade de base familiar, contrastando 
com os latifúndios monocultores do Nordeste. 
III. O índice de fertilidade relativo ao número de filhos por mulheres 
entre 15 e 49 anos tem aumentado sistematicamente nas duas 
últimas décadas. 
IV. A crise econômica mundial que teve início em setembro de 
2008 dificulta a vida de muitos brasileiros emigrantes, provocando 
um movimento de retorno ao Brasil. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) I e II. d) I, III e IV. 
b) I e III. e) II, III e IV. 
c) II e IV. 
 
Questão 11 
As migrações intercontinentais, assim como as migrações internas, 
rural-urbana, rural-rural, urbana-urbana marcam o desenvolvimento 
do capitalismo em países como o Brasil e comprovam os 
processos de expropriação, valorização, concentração da 
propriedade e de exploração. Esse fenômeno, durante séculos, se 
inseriu na construção econômica do capitalismo, como um dado da 
irradiação geográfica desse sistema econômico e de sua 
correspondente estrutura social. 
(Adaptado de Amélia L. Damiani. População e geografia, São Paulo: Contexto, 1998). 
 
Sobre a migração brasileira é INCORRETO afirmar: 
a) No Brasil os fluxos de caráter rural-urbano da população 
tornaram-se significativos nas décadas de 50 e 60 devido à 
crescente concentração fundiária e à industrialização concentrada 
nos grandes centros urbanos do Sudeste Brasileiro. 
b) Na década de 70 as migrações interestaduais de nordestinos 
para o eixo Rio de Janeiro – São Paulo e a de sulistas para áreas 
do Centro-Oeste e Amazônia consolidaram o mercado de trabalho 
brasileiro. 
c) As migrações de assalariados rurais temporários (volantes, 
bóias-frias), ocasionados pela modernização capitalista do campo, 
atenuaram o subemprego sazonal e as relações de trabalho 
informais. 
d) A mobilidade rural-urbana ou rural-rural brasileira é decorrência 
da progressiva concentração da terra que leva à eclosão de 
movimentos sociais de resistência, do que são exemplos o 
Movimento dos Sem-Terra (MST) e o das populações extrativistas 
da Amazônia. 
e) Os movimentos pendulares intrametropolitanos para o trabalho 
e/ou estudo, realizado hoje nas metrópoles, assim como os 
deslocamentos intra-urbanos de caráter residencial podem estar 
relacionados com a pobreza e a violência e muitas vezes ocorrem 
em condições sub-humanas modernas. 
 
Questão 12 
A Grande Imigração de trabalhadores europeus para o Brasil, a 
partir da década de 1880, caracterizou-se por sua 
a) distribuição homogênea pelo território nacional, sob a forma de 
trabalho sazonal e sem direitos sócias ou usufruto da terra, típica 
dos "bóias-frias". 
b) destinação prioritária para a lavoura cafeeira, sob a forma de 
trabalho semi-assalariado do colonato, e parcial para o nascente 
trabalho fabril nas cidades. 
c) distribuição homogênea pelo território nacional, sob a forma da 
pequena propriedade, e parcial em atividades artesanais nos 
pequenos municípios. 
d) destinação prioritária para a região amazônica, sob relações de 
dependência por dívidas no "barracão", e parcial na construção de 
estradas de ferro. 
 
Questão 13 
 O mapa a seguir demonstra: 
 
 
a) A marcha da industrialização brasileira. 
b) Fluxo de migrações no século XX. 
c) Extrativismo mineral. 
d) As frentes pioneiras da agricultura brasileira. 
e) A nova expansão industrial do século XX. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://1.bp.blogspot.com/-W2bm4zUfFLw/TnR2MMv2RtI/AAAAAAAABxQ/wVP5ilP5sKo/s1600/image012.png
http://1.bp.blogspot.com/-W2bm4zUfFLw/TnR2MMv2RtI/AAAAAAAABxQ/wVP5ilP5sKo/s1600/image012.png�
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA I 
Prof. Fernandes Epitácio 
O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO BRASILEIRO E A 
ESTRUTURA DEMOGRÁFICA E O TRABALHO 
Os meios de comunicação repetem com muita freqüência que o 
Brasil é um país jovem. Porém, isso não significa que ele seja uma 
nação recém-nascida ou de pouca idade, pois já se passaram mais 
de 500 anos desde o início de sua ocupação pelos europeus. É 
importante lembrar que os índios, segundo muitos antropólogos, já 
habitavam o país há mais de 15 mil anos. A afirmação de que o 
Brasil é um país jovem prende-se ao fato de que predominavam 
numericamente entre nós, até recentemente, as pessoas de idade 
inferior a 20 anos. Ainda hoje, quase metade da população 
constitui-se de pessoas nessa faixa etária, o que significa, 
aproximadamente, a existência de cerca de 80 milhões de jovens, 
embora o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE) tenha revelado uma diminuição do número de 
jovens (0 a 18 anos) e aumento da expectativa de vida média no 
país. Nossa juventude desperta entusiasmo e esperança porque 
ser jovem, em princípio, é estar aberto às mudanças, ao trabalho, 
às inovações. Entretanto, se de um lado o quadro é otimista, de 
outro a situação é profundamente diferente. A presença de um 
número significativo de jovens no conjunto da população constitui-
se num problema complexo, com sérias implicações para a 
economia nacional. Considerando que os jovens, sobretudo os de 
0 a 14 anos, não participam da chamada PEA (População 
Economicamente Ativa), essa parcela da população demanda 
inúmeros investimentos estatais para sua proteção e formação – 
vacinas, creches, escolas, programas de assistência social etc., 
diminuindo, portanto, os recursos do Estado para investimentos em 
áreas como pesquisa, ciência e tecnologia, infra-estrutura 
econômica,saneamento etc. De acordo com a estimativa feita pelo 
IBGE em 2015, o Brasil tem uma população que já ultrapassou a 
casa dos 207 milhões de habitantes, ocupando o quinto lugar no 
mundo entre os países mais populosos, o que corresponde a cerca 
de 3% da população mundial. Em termos de população absoluta, o 
contingente brasileiroé menor que o da China, da Índia, dos 
Estados Unidos, da Indonésia e da Rússia. Os brasileiros são 
maioria na América Latina, constituindo mais de 1/3 da população 
do continente americano. 
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA 
Para conhecer a população de um país, devemos, primeiramente, 
definir dois conceitos demográficos básicos: População absoluta: 
corresponde ao número total de pessoas de uma área. No Brasil, 
por exemplo, a população absoluta era de 190.755.000 habitantes, 
pelo censo de 2010. População relativa: é também chamada de 
densidade demográfica e é dada pelo número de habitantes por 
quilômetro quadrado de uma determinada região. A população 
brasileira, a exemplo do que ocorre em outros países 
subdesenvolvidos, apresenta um crescimento bastante acelerado, 
embora o último censo tenha revelado uma tendência de retração. 
Analisando os dados do IBGE, podemos notar que a população 
brasileira triplicou de 1872 a 1920, repetindo o mesmo resultado de 
1920 a 1970. E continua a apresentar tendência de crescimento 
acelerado. 
Brasileiro O crescimento da população brasileira nos últimos 100 
anos foi, sem dúvida, muito grande, conforme mostram os números 
a seguir: 
 
O CRESCIMENTO VEGETATIVO 
Já sabemos que crescimento natural da população ou crescimento 
vegetativo é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de 
mortalidade de uma população num certo espaço de tempo. 
1- AS TAXAS DE NATALIDADE 
Casamentos em faixa de idade precoce e progresso na Medicina. 
Durante quase 100 anos (de 1872 a 1960), a taxa de natalidade se 
manteve em níveis elevados. No período de 1872 a 1890, era de 
46,5% e no período de 1951 a 1960, de 44,0%. 
A taxa de natalidade somente começou a apresentar uma 
diminuição mais significativa no período entre 1961 e 1970 caindo 
para 37,7% e apresentando assim uma diminuição de 8,8% ou 
88% em relação ao primeiro censo. Já no último período declinou 
para 34%. A manutenção dessas altas taxas de natalidade é 
responsável pelo grande crescimento demográfico do Brasil. 
Existe uma relação entre a taxa de natalidade e o nível de 
desenvolvimento de um país. Em outras palavras, o país 
desenvolvido apresenta uma pequena taxa de natalidade e os 
subdesenvolvidos, alta taxa de natalidade. Buscando uma 
explicação para essa relação podemos encontrá-la numa 
conjugação de fatores. 
Casamento em faixa de idade precoce corresponde aos 
casamentos ou mesmo uniões livres que as pessoas realizam em 
idade jovem. Tal fato se verifica em grande percentagem nos 
países subdesenvolvidos. Assim, a possibilidade de procriação é 
maior, em vista do período de fertilidade também ser maior. Esse 
fato gera, nos países subdesenvolvidos, uma maior taxa de 
fecundidade. 
 
O casamento ou união livre, verificando-se em idades mais velhas, 
implicam numa diminuição do período de fertilidade. Teoricamente, 
implica menor possibilidade de procriação. 
Progresso da medicina e melhorias das condições sanitárias e de 
higiene. A manutenção de altas taxas de natalidade, ou ainda, a 
elevação das mesmas em muitos países, pode também ser 
explicada por meios dos progressos da Medicina. 
O aparecimento de medicamentos eficazes contra inúmeras 
doenças, as melhorias sanitárias, ou mesmo, as orientações 
Aula 33 – O Crescimento Demográfico Brasileiro e a Estrutura Demográfica e o Trabalho 
 
 
 
 
 
121 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
médicas através do serviço pré-natal constituem fatores que, ao 
lado de outros, ajudam a explicar as altas taxas de natalidade. 
Muitos casos de esterilidade causados por processos infecciosos 
foram debelados com a utilização de antibióticos. Contudo, apesar 
dos progressos da medicina, as altas taxas de natalidade refletem, 
na realidade, o baixo nível socioeconômico de uma população. 
2- AS TAXAS DE MORTALIDADE 
Enquanto no período de 1921 a 1940, a taxa de mortalidade era de 
25,3%, no período seguinte (1941-1950), essa taxa declinou para 
19,7%, para depois baixar para 15% em 1960, para 9,4% em 1970 
e, no último censo, em 1980, declinou para 8%, em 1990 para 
7,9% e no último censo para 7,8%. 
 
Tabela de faixas de crescimento populacional – ONU 
 0 - 1,0% ................................................... Lento 
1,1 - 2,0% ................................................Rápido 
2,1 - 3,0% ........................................... Acelerado 
+ 3,0%.......................... Explosão Demográfica 
O crescimento acelerado da população brasileira é conseqüência 
do chamado crescimento vertical ou vegetativo (diferença entre as 
taxas de natalidade e de mortalidade), cujo índice no Brasil é 
considerado um dos mais altos do mundo. As taxas de natalidade e 
de mortalidade são determinadas pela relação percentual entre o 
número de nascimentos ou mortes, em um ano, e o da população 
absoluta local. Assim, quando se diz que as taxas de natalidade e 
mortalidade em um local são, respectivamente, 37% e 12%, isso 
significa que, por ano, para cada 1.000 habitantes, nascem 37 e 
morrem 12. 
Até o início do ano de 1940, nossa população apresentava taxas 
de crescimento relativamente baixas, apesar das altas taxas de 
natalidade constatadas. Isto se devia às altas taxas de mortalidade. 
A partir do final da Segunda Guerra Mundial (1945), houve uma 
acentuada queda nas taxas de mortalidade, o que acarretou um 
forte aumento no ritmo de crescimento vegetativo, atingindo seu 
máximo nos anos 1960, quando nos aproximamos dos 3% ao ano. 
A partir de então, com as taxas de mortalidade, exceto a infantil, 
relativamente baixas, começou o declínio das taxas de natalidade, 
acarretando uma diminuição do ritmo de nosso crescimento 
vegetativo, tendência observada nos dados do último censo, 
conforme informado anteriormente. A posição do Brasil entre os 
países mais populosos é, no entanto, muito ilusória: sua população 
é ainda excessivamente pequena diante das dimensões 
continentais do país: quase 19 habitantes por quilômetro quadrado. 
Dispomos ainda de imensa extensão territorial por ocupar, o que 
significa a inexistência, por ora, de problemas de 
superpovoamento, como os conhecidos por muitos países, onde a 
questão do espaço é verdadeiramente crucial: por exemplo, em 
Bangladesh (mais de 900 hab./km2) e na Holanda (376 hab./km2). 
Países mais povoados 
Bangladesh ....................909,0 hab./km2 
Holanda..........................376,0 hab./km2 
Bélgica ...........................311,0 hab./km2 
Japão .............................336,0 hab./km2 
Para conhecer o mesmo problema, o Brasil teria de ter uma 
população de mais ou menos 2 bilhões de habitantes. Mas isso 
está longe de acontecer ao analisarmos nossa realidade 
demográfica. Além de ser um país pouco povoado, o Brasil, como 
outros países de grande extensão territorial, tem sua população 
muito mal distribuída pelo território. Podemos identificar a 
distribuição da população brasileira em três áreas diferentes, 
segundo a densidade demográfica: 1) Áreas densamente 
povoadas (mais de 50 hab./km2): região Sudeste do país. 2) Áreas 
regularmente povoadas (entre 30 a 50 hab./km2): regiões Nordeste 
e Sul. 3) Áreas escassamente povoadas (menos de 10 hab./km2): 
regiões Centro-Oeste e Norte. A distribuição irregular da população 
brasileira tem como causa, sobretudo, o modelo colonizador de 
exploração que determinou a ocupação de áreas que poderiam 
fornecer produtos primários exportáveis. O resultado final foi um 
povoamento periférico, com a maior parte da população 
concentrada próxima ao litoral. A densidade demográfica do país 
chega a mais de 5.000 hab./km2 em poucas áreas dos grandes 
centros urbanos industrializadosda região Sudeste, e cai para 
menos de 5 hab./km2 em vastas áreas do Norte e Centro-Oeste. 
Em suma, a densidade demográfica diminui progressivamente em 
direção ao interior. O crescimento horizontal da população 
brasileira Se o crescimento vegetativo representa o crescimento 
vertical da população brasileira, as migrações externas 
representam o crescimento horizontal da nossa população. Os 
movimentos populacionais (migrações), quando realizados 
internacionalmente, podem alterar o total da população de um país. 
No Brasil, historicamente, as saídas populacionais praticamente 
não existiram. No entanto, as imigrações (entrada de populações) 
tiveram uma parcela importante para o crescimento da população. 
Nosúltimos 150 anos, o Brasil recebeu um contingente de 
aproximadamente 5.500.000 imigrantes. Embora numericamente 
importante, ele é pequeno se compararmos com o contingente 
imigratório dos Estados Unidos da América, que receberam, no 
mesmo período, aproximadamente 35 milhões de imigrantes. Daí 
conclui-se que o maior responsável pelo crescimento populacional 
brasileiro foi, sem dúvida nenhuma, o crescimento vegetativo 
(vertical). 
É importante destacar as razões que contribuíram para a vinda de 
imigrantes ao Brasil e os motivos pelos quais não houve um 
movimento tão maciço como nos Estados Unidos da América: 
◆ Fatores favoráveis: grande extensão territorial e escassez de 
povoamento; desenvolvimento da cultura cafeeira a partir do século 
XIX; supressão do tráfico negreiro e abolição da escravatura. 
◆ Fatores desfavoráveisà imigração maciça: falta de apoio 
governamental aos imigrantes; tropicalidade do clima brasileiro; 
ausência de uma política imigratória firme e contínua e falta de 
continuidade dos ciclos econômicos. Os movimentos imigratórios 
	SEMANA 33 - GEOGRAFIA I - O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO BRASILEIRO E A ESTRUTURA DEMOGRÁFICA E O TRABALHO - FERNANDES