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CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA II 
Prof. Italo Trigueiro 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
ESTRUTURA INTERNA DA TERRA, ORIGEM E 
EVOLUÇÃO DOS CONTINENTES E TECTÔNICA DE 
PLACAS 
O conhecimento da estrutura do planeta e dos seus movimentos é 
de responsabilidade da Geofísica. A análise dos registros de 
ondas sísmicas na superfície nos permite extrair conclusões a 
respeito da estrutura interna da Terra. Sabemos que o 
comportamento das ondas varia conforme o meio atravessado por 
elas. Então, as bruscas mudanças de velocidade e de percurso, por 
exemplo, nos levam a admitir que os 6378 km de raio do nosso 
planeta são subdivididos em 4 camadas de construção diferentes, 
partindo do centro para a periferia temos um núcleo, um manto e 
uma crosta. 
A imagem mostra a estrutura interna da Terra no modelo clássico 
de primeira ordem, em camadas concêntricas, obtido a partir das 
velocidades das ondas sísmicas. Mantêm-se as divisões na devida 
escala, exceto para as crostas e a zona de baixa velocidade. 
 
Fonte: TEIXEIRA, Wilson; TOLEDO, M. Cristina Motta de; FAIRCHILD, 
Thomas Rich; TAIOLI, Fábio. Decifrando a Terra. Companhia Editora 
Nacional. São Paulo: 2008. 
O Núcleo Interno, com profundidade entre 5.100 a 6.378 Km, 
constitui a parte central e mais densa. Está separado do núcleo 
externo pela Descontinuidade de Lehmann. Por ser sólido, é 
chamado de “a semente da Terra”. É constituindo por níquel e 
ferro (NIFE) e sua temperatura atinge até 6000°C. 
O Núcleo Externo com profundidade de 2.900 a 5.100 Km atinge 
temperaturas de até 5.000°C e é composto por material pastoso 
com menores densidades que o material do manto Está separado 
do manto pela Descontinuidade de Gutenberg-Wiechert. 
O Manto, com profundidade de 50 a 2.900Km atinge temperatura 
de até 3000°C e representa 83% do volume total do globo. É 
composto por material pastoso e é separado da crosta pela 
Descontinuidade de Mohorovicic (ou Moho). Sua parte superior, 
em contato com a crosta rígida é denominado de Astenosfera. 
Nela ocorrem as correntes de convecção, que correspondem ao 
movimento realizado pelo magma proveniente das camadas mais 
profundas do planeta em direção à crosta. Esse movimento é 
determinante para a movimentação das placas tectônicas, 
resultantes da fragmentação da crosta. 
A Crosta, também denominada como Litosfera, é a parte mais 
externa e está em contato com a atmosfera, a hidrosfera e a 
biosfera. Divide-se em: 
• CROSTA CONTINENTAL: com espessura variando de 30 – 40 
km, composta por rochas muito antigas e menos densas onde 
predominam o silício e o alumínio (SIAL) na parte superior, com 
temperaturas variando conforme o grau geotérmico e, na parte 
inferior, o predomínio dos silicatos de magnésio (SIMA), por 
serem de maior densidade, e com temperaturas podendo chegar 
aos 600°C. 
• CROSTA OCEÂNICA: com rochas densas e espessura inferior a 
10 km, mais recentes e principalmente basálticas. A atividade 
vulcânica é bem mais intensa que na crosta continental. 
DERIVA CONTINENTAL E TECTÔNICA DE PLACAS 
Em 1912, o geólogo alemão Alfred Wegener apresentou a teoria 
da Deriva Continental na qual propunha que antes do início do 
Jurássico todas as terras continentais estavam reunidas em um só 
continente por ele denominado Pangeia, circundado por um 
oceano chamado Pantalassa que seria o antepassado do Pacífico. 
Ao final do Jurássico ocorreu, a divisão do continente formando 
Laurásia, ao norte e Gondwana, ao sul, composto pela África, 
América do Sul, Austrália, Antártida e a índia. Entre a África e a 
Europa, existia o mar de Tétis, que deu origem ao Mediterrâneo. 
Posteriormente, fragmentou-se mais ainda e afastando-se uns dos 
outros, como uma dança, atingiram as posições ocupadas pelos 
continentes, como as que conhecemos atualmente. A base de sua 
sustentação não era apenas a similaridade dos contornos quase 
que perfeitamente encaixantes entre o litoral ocidental da África e 
oriental da América do Sul, mas também as evidências geológicas 
e a existência de fauna e flora que são encontrados em continentes 
mais distantes entre si, sendo difícil imaginar que tenham 
atravessado os oceanos. Atualmente, a crosta terrestre é 
constituída por cerca de treze placas tectônicas, que ficam 
literalmente boiando em cima do magma pastoso. Há milhões de 
anos, quando se iniciou sua movimentação, devia haver menos 
placas. Ao moverem-se em vários sentidos, pelo fato de o planeta 
ser esférico, as placas acabaram se encontrando em determinados 
pontos da crosta e dando origem aos dobramentos modernos, aos 
terremotos etc. A palavra tectônica deriva do grego tektoniké, que 
significa “arte de construir”. 
Assim, ao se movimentarem sobre o magma, desde o final da era 
Mesozoica, as placas acabaram por se “chocar” em certos pontos, 
o que determinou, ao longo de milhares de anos, alterações no 
relevo. Na faixa de contato entre as placas, seja na zona de 
formação, em geral nas dorsais oceânicas, ou de destruição, em 
geral no contato do oceano com o continente, a crosta é frágil, o 
que permite o escape de magma, originando os vulcões e, em 
função do atrito, a ocorrência de abalos sísmicos. 
As placas oceânicas (SIMA) são pesadas e densas e, portanto, 
tendem a mergulhar sob as placas continentais (SIAL). Esse 
fenômeno, conhecido como subducção, dá origem às fossas 
marinhas ou regiões abissais e ocorre onde há encontro das 
placas. Quando a placa oceânica mergulha em direção ao manto, é 
Aula 22 – Estrutura Interna da Terra 
 
 
 
 
 
181 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
destruída. Já a placa continental, com a pressão exercida pela 
placa que mergulhou, soergue-se, dobra-se ou enruga-se. É 
justamente nessas porções mais sensíveis da crosta onde ocorrem, 
desde pelo menos a era Mesozoica, os movimentos orogenéticos. 
É onde surgiram as grandes cadeias montanhosas do planeta, 
formadas pelo enrugamento, pelo soerguimento ou pelo 
dobramento de extensas porções da crosta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como esse fenômeno é relativamente recente na história do 
planeta (ocorreu no fim da era Mesozoica e início da Cenozoica, no 
período Terciário), convencionou-se denominá-lo de dobramento 
moderno. 
Assim, as cadeias dobradas recentemente, como os Andes, o 
Himalaia, as Rochosas, os Alpes etc., apresentam elevadas 
altitudes e forte instabilidade tectônica. Por serem relativamente 
recentes, acham-se pouco desgastadas e, como ainda estão em 
construção, tornam-se sujeitas à ação de terremotos e vulcões. 
Podemos concluir que, quanto à origem, existem três tipos 
principais de províncias geológicas no planeta: escudos cristalinos, 
bacias sedimentares e dobramentos modernos. 
O TEMPO PROFUNDO 
Os acontecimentos que resultaram na atual conformação dos 
continentes e oceanos e nas formas de relevo não ocorrem no 
mesmo ritmo que os acontecimentos da vida de uma pessoa, 
por exemplo. Durante o período de uma vida humana é 
impossível notarmos modificações que levam milhares de 
anos para se concluir, como por exemplo, o desgaste de uma 
montanha. Os processos geológicos ocorrem ao longo de 
milhões de anos, ou mesmo bilhões. Por isso, a duração 
desses processos é conhecida como tempo profundo. Nessa 
escala de tempo, os anos, as décadas e até mesmo os séculos 
representam apenas alguns instantes. 
Se comparássemos os acontecimentos da escala do tempo 
profundo de um dia, considerando o período desde a formação 
da Terra até os dias atuais, os primeiros Éons se prolongariam 
até as 21 horas. Somente a partir daí teria início a Era 
Paleozoica, que duraria até as 22 horas e 28 minutos. A Era 
Mesozoica só duraria até as 23 horas e 13 minutos, e a 
Cenozoica começaria apenas às 23 horas e 39 minutos. 
Fonte: A Terra. São Paulo: Ática, 1998.p.10-11. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MUDANÇAS NO PLANETA AO LONGO DAS ERAS 
 
400 milhões de anos 
 
 
 
 
 
 
 182 VestCursos– Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) 
200 milhões de anos 
 
65 milhões de anos 
 
Hoje 
 
EQUILÍBRIO ISOSTÁSICO 
 
A Isostasia (do grego: isos, igual; stasis, equilíbrio) é o estado 
de equilíbrio dos blocos continentais que flutuam sobre o manto 
(astenosfera). Os blocos mais espessos – e, portanto mais 
pesados – encontram-se profundamente mergulhados no 
substrato magmático. Já os blocos mais finos e leves encontram-
se pouco mergulhados no magma. Assim, quanto mais alto for o 
bloco da crosta, mais profunda é a sua raiz subterrânea como na 
figura acima. O melhor paralelo para se compreender o equilíbrio 
isostásico é o comportamento de pedras de gelo boiando sobre a 
água: quanto mais espessas elas são, mais emergem e também 
mais imergem na água. 
OS TRÊS TIPOS BÁSICOS DE LIMITES DE PLACAS 
LIMITES DIVERGENTES 
Nesses limites, uma nova crosta é formada. O movimento de 
divergência pode ocorrer tanto pela separação de placas nos 
oceanos, quanto no continente. 
• Separação de placas nos oceanos: Esse movimento acontece 
principalmente nas áreas ao longo das cadeias mesoceânicas 
(extensas elevações submarinas cuja topografia é mais acentuada 
do que a das tradicionais cadeias montanhosas existentes nos 
continentes). O limite divergente mais conhecido é o da dorsal 
Mesoatlântica. Essa gigantesca montanha submersa estende-se 
desde o Oceano Ártico até o extremo sul da África. A velocidade de 
expansão (afastamento) das placas ao longo da crista oceânica 
Médio-Atlântica é de aproximadamente 2,5 centímetros por ano 
(cm/ano), ou de 25 quilômetros em um milhão de anos. 
 
• Separação de placas nos continentes: Estágios iniciais do 
processo de divergência, como o vale em rifte do Leste Africano, 
podem ser identificados em algumas porções continentais do globo. 
Essas áreas são marcadas por vales em rifte, atividade vulcânica e 
terremotos. O Mar Vermelho e o Golfo da Califórnia são riftes que 
se encontram em um estágio mais avançado de expansão. Nesses 
casos, os continentes já se separaram o suficiente para que o novo 
assoalho oceânico pudesse ser formado ao longo do eixo de 
expansão e os vales em rifte fossem ocupados pelo oceano. 
Algumas vezes, o processo de divergência pode se tornar mais 
lento ou cessar antes que a separação do continente se concretize 
e a abertura de uma nova bacia oceânica ocorra. Um exemplo de 
processo não finalizado corresponde à área em que está inserido o 
Rio Paraíba do Sul, no Sudeste brasileiro. 
 
LIMITES CONVERGENTES 
Nesses limites, a crosta é destruída, enquanto uma placa 
“mergulha” sob a outra. Tipos de limites convergentes: 
• Colisão de duas placas oceânicas: Uma placa mergulha em 
plano inclinado sob a outra, provocando uma depressão ou fossa 
no fundo do mar. Essa zona geradora de sismos, na qual a crosta 
oceânica mergulha no manto, é denominada zona de subducção 
ou de Benioff. Um exemplo desse tipo de movimento convergente 
é encontrado na região em que se localizam as fossas marianas, 
no oeste do Oceano Pacífico. Processos geológicos associados: 
à medida que a placa mergulha, os materiais que a constituem 
Aula 22 – Estrutura Interna da Terra 
 
 
 
 
 
183 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
fundem-se, podendo voltar a ascender. Nesse caso, formam-se 
cadeias de vulcões submarinos. 
 
• Colisão de uma placa oceânica com uma placa continental: A 
placa oceânica, como é menos espessa e mais densa que a placa 
continental, mergulha sob esta. Ao mergulhar, provoca uma 
deformação da placa continental que enruga, criando-se, na sua 
margem, uma cadeia de montanhas associada à atividade 
vulcânica. É um exemplo desse tipo de convergência a Cordilheira 
dos Andes, que resulta da convergência da Placa de Nazca (placa 
oceânica) com a Placa Sul-Americana (placa continental). 
Montanhas, como os Andes, resultam não só do enrugamento de 
rochas da crosta continental, mas também de atividade vulcânica 
associada à subducção. Processos geológicos associados: sismos, 
vulcanismo e formação de cadeias montanhosas. 
 
• Colisão de duas placas continentais (obducção): Como as 
placas têm espessura e densidade parecidas, não ocorre o mergulho 
de uma sob a outra. Tais placas sofrem uma compressão crescente, 
originando enrugamentos em suas bordas, dando origem a extensas 
cadeias montanhosas marcadas por forte atividade sísmica. A 
Cordilheira do Himalaia resultou do choque de duas placas 
continentais, da Placa Eurasiana com a Indiana. 
Processos geológicos associados: esses limites estão atrelados a 
violentos terremotos, devido à natureza quebradiça das placas 
continentais. 
 
LIMITES TRANSFORMANTES 
Nesses limites, as placas deslizam horizontalmente uma em 
relação a outra. Nesse caso, a crosta não é destruída e nem 
produzida. Esses movimentos horizontais ocasionam forte atividade 
sísmica. A maior parte dos limites transformantes ocorre nos 
fundos oceânicos. No entanto, os limites transformantes mais 
conhecidos situam-se na porção continental, como a falha Alpina, 
na Nova Zelândia; a falha de Santo André, nos EUA; e a falha de 
Anatólia, na Turquia. 
 
A FALHA DE SAN ANDREAS ESTÁ NOS AVISANDO DO BIG ONE? 
A região sensível da Califórnia sofre 200 terremotos por semana e 
dispara o alarme de um possível abalo devastador 
Pablo Ximenes de Sandoval 
Los Angeles – 7 Out, 2016 
 
Os terremotos no sul da Califórnia não deveriam ser notícia. Esta região 
do mundo registra cerca de 10.000 tremores por ano, a maioria 
imperceptíveis. Mas se acontecem todos em uma semana e no mesmo 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiRqsmB0s_VAhWDQ5AKHYB8AgIQjRwIBw&url=https%3A%2F%2Fclimatologiageografica.com%2Fgrande-falha-de-san-andreas-da-sinais-de-iminente-catastrofe%2F&psig=AFQjCNEpJVAJvSMDuc_QYLFgCekkLXIYtg&ust=1502556689836544
 
 
 
 
 184 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) 
lugar, os especialistas se põem em alerta. Isso aconteceu na semana 
passada quando foram registrados mais de 200 abalos em Salton Sea, 
um lago no extremo sul da Califórnia, no vale de Coachella, perto da 
fronteira com o México. Trata-se da maior atividade registrada em um 
mesmo local desde que há sensores e provocou um alerta inquietante 
que durou uma semana. 
A região de Salton Sea fica bem no fim da falha de San Andreas. Os 
movimentos nessa região fazem cócegas na grande falha, por assim 
dizer. Entre os tremores que começaram na segunda-feira passada 
houve três que ultrapassaram o grau 4 na escala Richter. No dia 27 
passado, o escritório de Emergências do governador emitiu um 
comunicado pedindo a todas as instituições e aos californianos que 
ficassem em alerta diante da possibilidade de um grande terremoto, algo 
que não acontece nessa região da falha em 300 anos. A Prefeitura de 
San Bernardino, por exemplo, decidiu fechar suas instalações. 
Com o passar das horas e dos dias, foram diminuindo as possibilidades 
de que essa atividade provoque um movimento na falha que desate um 
grande terremoto em Los Angeles. O alerta foi levantado nesta terça-feira 
pela manhã. Mas os dados colocaram em evidência mais uma vez a 
fragilidade da região e, sobretudo, a evidência de que esse grande 
terremoto tem de ocorrer em algum momento. 
 
Uma das primeiras coisas que se aprende ao mudar para o sul da 
Califórnia é que, segundo a sabedoria popular, Los Angeles sofre um 
grande terremoto com vítimas a cada 20 anos. E o último ocorreu há 22. 
A possibilidade de um grande terremoto, o chamado ‘Big one’, com 
origem na falha de San Andreas e consequências devastadoras para os 
vales que formam Los Angeles é uma constante na vida dos moradores 
da cidade e uma fonte incrível de entretenimento para Hollywood. Ter 
uma equipe de sobrevivência e um plano para terremotos (por exemplo,já ter comunicado à família onde você vai estar) é comum em casas e 
colégios. 
“Não é uma questão de se vai acontecer, mas de quando vai acontecer.” 
Essa frase é dita até pelo prefeito da cidade. Não há nada que se possa 
fazer. Cada um desses pequenos abalos tem um impacto na falha de 
San Andreas, até que um dia ela se movimenta. No ano passado, a 
Prefeitura publicou um documento aterrador sobre as consequências que 
o terremoto teria para a cidade e urgiu os cidadãos a reformar as casas 
mais antigas e investir em consertos para torná-las mais resistentes. 
O início desta campanha municipal de consciência coincidiu com o 20º 
aniversário do terremoto de Northridge, em janeiro de 1994. Morreram 
cerca de 60 pessoas no Vale de San Fernando quando caíram 
estruturas frágeis de edifícios de apartamentos. Duas autopistas que 
cruzam a cidade foram fechadas pelos danos e Los Angeles viveu dias 
de caos. A sismóloga Lucy Jones, que liderou a equipe que redigiu o 
documento, advertiu em conferências em toda a cidade que aquilo foi em 
uma época sem celulares e sem Internet. Não sabemos as 
consequências de um terremoto como aquele para uma economia 
dependente das telecomunicações. Não aconteceu ainda. O terremoto 
de Northridge foi de 6,7 e durou 10 segundos. O ‘Big one' mais plausível 
poderia ser de 7,8 e durar cerca de um minuto. 
A falha de San Andreas não é uma linha contínua, mas um sistema de 
falhas que se estende ao longo de 1.200 quilômetros. Começa em Salton 
Sea, na fronteira com o México, onde ocorreram os abalos desta 
semana. Depois abraça Los Angeles pelo leste e norte da cidade e 
continua paralela à costa. Atravessa a baía de San Francisco e chega a 
Eureka, no norte da Califórnia. Todo o Estado está em risco se a falha for 
ativada. 
Exatamente na semana passada, o governador da Califórnia, Jerry 
Brown, aprovou uma lei que estabelece a estrutura administrativa para 
que haja um sistema de alertas de terremotos no Estado. O sistema será 
formado por sensores que detectarão as primeiras ondas de um 
terremoto e as enviarão a um centro de emergências que por sua vez 
enviará um alerta aos celulares. O terremoto chega de qualquer forma. 
Mas, por exemplo, se começar na fronteira com o México, os habitantes 
de Los Angeles teriam alguns poucos segundos de aviso antes que 
chegasse, determinantes para salvar 
vidas.https://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/04/ciencia/1475574853_514851.html 
 
Possível área de atuação do BIG ONE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiht6zH1c_VAhVEgJAKHcGTDqUQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fplanetxnews.com%2F2015%2F10%2F06%2Fcreating-californias-big-one%2F&psig=AFQjCNHiQfh3V7di02EfknNhTONuCmkgPQ&ust=1502557635245439
	SEMANA 22 - GEOGRAFIA II - ESTRUTURA INTERNA DA TERRA - TRIGUEIRO
	A FALHA DE SAN ANDREAS ESTÁ NOS AVISANDO DO BIG ONE?
	A região sensível da Califórnia sofre 200 terremotos por semana e dispara o alarme de um possível abalo devastador
	Pablo Ximenes de Sandoval
	Los Angeles – 7 Out, 2016
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