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Geografia II -72

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350 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 
Um ano após o incêndio que destruiu a Estação Comandante 
Ferraz (EACF), vitimando dois militares, o Brasil, em sua 31ª 
investida oficial no continente, prepara terreno para nova Estação. 
Desta vez, a operação não será destinada à pesquisa científica, 
mas para a remoção dos escombros deixados pelo incêndio. 
Com base nisso, assinale a alternativa que apresenta o nome do 
continente cuja nova estação será construída. 
a) América. d) Eurásia. 
b) Antártida. e) Eurafrásia. 
c) Ásia. 
 
Questão 02 
Leia o texto a seguir e assinale a alternativa verdadeira. 
O IX Plano Setorial para os Recursos do Mar - PSRM, com 
vigência de 2016 a 2019, assume um compromisso explícito com o 
desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação nesse 
campo do conhecimento, com o monitoramento sedimentológico e 
meteoceanográfico e a disponibilização de dados e informações 
em tempo real para a sociedade, além de um olhar mais apurado 
para os recursos presentes na Zona Costeira e nas áreas marinhas 
de interesse nacional. 
I. O IX PSRM enfoca, dentre outros, a conservação e o 
monitoramento ambiental e a importância estratégica das ilhas 
oceânicas. 
II. Os objetivos do IX PSRM foram estabelecidos de modo a 
promover o uso compartilhado do ambiente marinho com a 
adequada utilização dos meios existentes e da capacidade 
instalada, além da defesa dos interesses político-estratégicos da 
República Federativa do Brasil no mar, nos âmbitos nacional e 
internacional, com vistas a ampliar a presença brasileira em águas 
nacionais e internacionais e nas ilhas oceânicas e com observância 
do contido na PNRM. 
III. Com base nos princípios básicos da IX PNRM, a abrangência 
geográfica deste Plano contemplará a Zona Costeira - ZC, o Mar 
Territorial - MT, a Zona Econômica Exclusiva - ZEE, a Plataforma 
Continental - PC e as áreas marítimas internacionais de interesse 
da República Federativa do Brasil. 
(Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2016/Decreto/D8907.htm). 
São corretos os itens 
a) I e II, somente. 
b) I e III, somente. 
c) II e III, somente. 
d) I, II e III. 
 
Questão 03 
“Na faixa intertropical, junto aos litorais banhados por águas 
tépidas e calmas, encontramos o respectivo bioma – formação 
vegetal de transição marinho e terrestre e que é a única 
associação vegetal tropical praticamente homogênea. Sua 
localização sempre está associada à faixa intertropical, junto a 
enseadas, braços de mar e baías de águas calmas, podendo 
avançar para o interior de estuários até onde a água se mantém 
salobra. Sujeito diariamente à ação das marés, seu porte varia 
entre arbustivo de, aproximadamente, dois metros, até arbóreo nos 
estuários, quando alcança de 5 metros a 6 metros de altura. 
(TROPPMAIR, Helmut. Biogeografia e Meio Ambiente. Technical Books Editora. 
2012, p. 105.) 
A descrição anterior é característica do Bioma: 
a) Estepes. c) Mangues. 
b) Desertos. d) Semidesertos. 
 
Questão 04 
Os hábitats costeiros de espécies, recifes de corais e mangues já 
se reduziram quase à metade. O aquecimento e a acidificação das 
águas são causas importantes. Transformando-se as duas 
afirmativas em um único período, o sentido original permanecerá 
correto em: 
a) Os hábitats costeiros de espécies, recifes de corais e mangues 
já se reduziram quase à metade, conquanto haja importante 
aquecimento e acidificação das águas. 
b) Os hábitats costeiros de espécies, recifes de corais e mangues 
já se reduziram quase à metade, devido especialmente ao 
aquecimento e à acidificação das águas. 
c) É importante perceber que houve aquecimento e acidificação 
das águas, conforme os hábitats costeiros de espécies, recifes de 
corais e mangues se reduziram quase à metade. 
d) As causas importantes de redução dos hábitats costeiros de 
espécies, recifes de corais e mangues, já quase à metade, com o 
aquecimento e a acidificação das águas. 
e) O aquecimento e a acidificação das águas, como causas 
importantes para os hábitats costeiros de espécies, recifes de 
corais e mangues que já se reduziram quase à metade. 
 
Questão 05 
Assinale a opção correta com relação à Convenção das Nações 
Unidas sobre o Direito do Mar. 
a) Os navios de Estados sem litoral têm direito a passagem 
inocente pelo mar territorial de um Estado costeiro, desde que 
mediante prévia autorização deste. 
c) O Estado costeiro deve pedir autorização à Autoridade 
Internacional para os Fundos Marinhos para realizar perfurações, 
além de duzentas milhas marítimas, em sua plataforma continental. 
c) Agências especializadas das Nações Unidas não podem arvorar 
bandeiras em suas embarcações. 
d) O Estado costeiro em cujas águas espécies catádromas passem 
a maior parte do seu ciclo vital deve ser responsável pela gestão 
dessas espécies. 
e) O limite exterior máximo da zona contígua é de trinta milhas 
marítimas contadas das linhas de base que servem para medir a 
largura do mar territorial. 
 
Questão 06 
Gestão do uso dos recursos pesqueiros diz respeito à forma como 
ele é empregado para obter o maior benefício econômico com o 
menor impacto ao ambiente. 
A comunidade internacional preocupada com a exploração das 
regiões costeiras, mares e oceanos, estabeleceu normas relativas 
a estas questões que estão na Convenção das Nações Unidas 
sobre o Direito do Mar (CNUDM), assinada em 10 de dezembro de 
1982, na Jamaica, mas só entrou em vigor realmente em novembro 
de 1994. 
A CNUDM estabeleceu uma região de até 200 milhas náuticas da 
costa, onde os Estados costeiros têm o direito de exercer sua 
soberania para fins de exploração e aproveitamento dos recursos 
biológicos e minerais existentes no leito e subsolo do mar e nas 
suas águas sobrejacentes, devendo a pesca ser praticada dentro 
dos limites de captura exigidos para a preservação das espécies, 
cuja reprodução esteja gravemente ameaçada, cabendo-lhe a 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Decreto/D8907.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Decreto/D8907.htm
Aula 35 – Hidrografia III 
 
 
 
 
 
351 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
autorização, mediante licença, para que outros países completem o 
nível de captura recomendada pelos organismos internacionais, 
estabelecendo as cotas, o período de tempo em que a pesca 
ocorrerá e as espécies que poderão ser capturadas. 
Esta região definida na CNUDM é o(a): 
a) Plataforma Continental. 
b) Linha de Base Normal. 
c) MarTerritorial. 
d) Zona Econômica Exclusiva. 
e) Linha Azul Exclusiva. 
 
Questão 07 
De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito 
do Mar, os países costeiros têm direito a declarar uma Zona 
Econômica Exclusiva (ZEE), é delimitada por uma linha imaginária 
situada a 
a) 50 milhas marítimas da costa. 
b) 150 milhas marítimas da costa. 
c) 200 milhas marítimas da costa. 
d) 500 milhas marítimas da costa. 
e) 1.000 milhas marítimas da costa. 
 
Questão 08 
Segundo a Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar, o 
Brasil pode explorar os recursos minerais da plataforma 
continental, observados os seguintes limites: 
a) do mar territorial, de 12 milhas marítimas. 
b) do mar territorial, de 200 milhas marítimas. 
c) o bordo exterior da plataforma continental ou 200 milhas 
marítimas. 
d) o bordo exterior da plataforma continental. 
e) da Zona Econômica Exclusiva de 188 milhas marítimas. 
 
Questão 09 
O direito de visita de navios de guerra em alto-mar pode ser 
exercido quando, nos termos da Convenção das Nações Unidas 
sobre Direito do Mar, haja motivo razoável para suspeitar que um 
navio em alto-mar 
a) instale ilhas artificiais. 
b) exerça atividade terrorista. 
c) não tenha nacionalidade. 
d) pesque espécies em extinção. 
e) conduza investigação científica sem autorização. 
 
Questão 10 
Recifes biológicos correspondema cerca de 2% dos fundos 
marinhos do mundo entre 0 e 30 m de profundidade. A maioria 
destas formações tem como principal agente construtor os corais 
escleractínicos. No Brasil, há uma formação recifal de origem 
biogênica que excede esta regra, pois é formada principalmente 
por algas calcárias. Esta formação é conhecida como 
a) Atol das Rocas. 
b) Parcel Manuel Luiz. 
c) Banco dos Abrolhos. 
d) Penedos de São Pedro e São Paulo. 
e) Arquipélago de Fernando de Noronha. 
 
Questão 11 
O litoral brasileiro, de norte a sul, apresenta uma variedade de 
feições morfológicas, representadas por planície costeira, 
estuários, campos de dunas, falésias, deltas, planície de cristas de 
praia, enseadas, baías, cordões litorâneos, lagunas costeiras, ilhas 
e escarpas cristalinas. A variedade de feições morfológicas 
costeiras é resultado da longa interação entre processos 
geológicos, geomorfológicos, climáticos e oceanográficos. Acerca 
desses processos, é correto afirmar que: 
a) os lineamentos estruturais, como falhas e fraturas, resultantes 
das fases de dobramento de fundo e atividade tectônica 
condicionaram a fragmentação do bloco gondwânico e a formação 
do Atlântico Sul, mas não são responsáveis por condicionar a 
disposição da rede de drenagem e da direção da linha de costa; 
b) as direções mais comuns, sudoeste-nordeste ou su-sudoeste- 
nor-nordeste, denominadas direção brasiliana, e a direção sudeste-
noroeste, denominada direção caraíba, condicionaram os grandes 
alinhamentos da linha de costa, ora predominando a direção 
caraíba, no litoral norte, ora predominando a direção brasiliana, do 
Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul; 
c) nos limites entre a linha de costa e a plataforma continental 
interna, estende-se uma zona de transição, cujo gradiente 
batimétrico diminui em direção à costa, caracterizada pela 
diminuição dos processos morfodinâmicos, dissipação da energia 
das ondas e baixa troca de sedimentos entre a praia e a zona 
submarina; 
d) os processos costeiros de médio e longo prazo são induzidos 
pelo clima de ondas, responsável pelo transporte de sedimentos 
nos sentidos longitudinal e transversal à linha de costa. A energia 
de ondas, a intensidade e a recorrência das tempestades 
comandam a dinâmica dos processos de erosão e acumulação na 
interface continente-oceano e fundo marinho; 
e) as causas mais frequentes da erosão ou progradação costeira é 
a alteração no volume de sedimentos transportados paralelamente 
à linha de costa. Esse transporte, efetuado pela corrente 
longitudinal, tem sua intensidade e sentido definidos pela altura e 
direção das ondas incidentes e pela orientação da linha de costa. 
 
Questão 12 
Em função da sua grande extensão e da ampla faixa de latitude 
(cerca de 34 graus), o litoral brasileiro apresenta diversidade nas 
suas feições litorâneas e tipos de costa. Em relação a esta 
diversidade, pode-se afirmar que 
a) no litoral de São Paulo estão presentes extensões de costões 
rochosos, com grande ocorrência de recifes de coral em franja 
bordeando estes costões. 
b) o litoral do Maranhão é caracterizado por baías e reentrâncias, 
com grande ocorrência de ecossistemas de marismas e 
manguezais. 
c) o litoral do Rio Grande do Sul é dominado por praias extensas e por 
falésias da Formação Barreiras, como as que ocorrem em Torres. 
d) a costa do Pará é dominada por pocket beaches devido ao baixo 
aporte sedimentar na costa. 
e) a costa do Paraná é de pequena extensão, sendo cortada na 
sua parte central pela desembocadura de uma baía com grande 
ocorrência de manguezais. 
 
Questão 13 
“[Essa bacia] abrange quase inteiramente os estados do Piauí e 
Maranhão e partes adjacentes de Goiás e Ceará. Tem forma 
aproximadamente oval, estando separada [de outras duas bacias 
localizadas ao norte do país], por estruturas tectônicas. A bacia é 
interrompida no contato com as fossas tectônicas do Marajó, São 
Luís e Barreirinhas por arcos ou altos estruturais. 
PETRI, S.; FÚLFARO, V. J. Geologia do Brasil. São Paulo. Editora da Universidade 
de São Paulo. 1983. p. 17). 
 
 
 
 
 352 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) 
O trecho acima retrata a bacia do: 
a) Paraná. 
b) São Francisco. 
c) Parnaíba. 
d) Prata. 
 
Questão 14 
Sobre estuários e manguezais é correto afirmar: 
a) Estuários são baías ou áreas abrigadas onde os rios deságuam 
no mar, misturando sua água doce com a água salgada. 
b) Estuários são áreas abertas e desabrigadas onde os rios 
deságuam no mar misturando sua água doce com a água salgada. 
c) Os manguezais abrigam uma pequena diversidade de vida, 
porém muitas espécies de interesse para a alimentação humana. 
d) Os sedimentos originários dos manguezais têm características 
oligotróficas. 
e) A reprodução do camarão-rosa (Farfantepenaeus brasiliensis) 
se dá no ambiente estuarino e suas pós-larvas penetram até mar 
aberto onde ocorre o crescimento, geralmente em profundidades 
de 40 a 80. 
 
Questão 15 
São classificados (as) como áreas de águas continentais: 
a) baías. 
b) lagunas. 
c) bacias. 
d) estuários. 
e) enseadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA II 
Prof. Italo Trigueiro 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
 HIDROGRAFIA IV - O LITORAL BRASILEIRO: OS 
TIPOS DE COSTA E SUA EVOLUÇÃO – 
ECOSSISTEMAS COSTEIROS: CONSERVAÇÃO, 
USO, MANEJO E ESTADO ATUAL 
O Brasil possui a maior reserva hídrica do mundo e abriga uma 
vasta e densa rede hidrográfica, com rios extensos e de grande 
volume de água. A hidrografia brasileira é, sem dúvidas, uma das 
mais ricas do mundo, tanto pela enorme quantidade de cursos 
d’água que correm sobre o seu território, como pela incrível 
diversidade que eles apresentam. Pelo território brasileiro ocorre o 
escoamento de aproximadamente 15% da água superficial do 
planeta. 
De acordo com o CNRH (Conselho Nacional de Recursos Hídricos) 
dividido em 12 bacias hidrográficas. 
REGIÕES HIDROGRÁFICAS 
 
<http://pnrh.cnrh-srh.gov.br/ pag/regioes.html>. 
A maior parte dos rios brasileiros desloca-se em superfícies 
planálticas, que são predominantes na geomorfologia nacional 
(ocupam cerca de ¾ do território). Essa característica da 
hidrografia brasileira traz uma consequência extremamente 
importante do ponto de vista econômico. O percurso dos rios pelos 
planaltos faz-se através dos diversos tipos de quedas d’águas, e 
quase todas essas quedas podem ser aproveitadas para a geração 
de energia, através da implantação de usinas hidrelétricas. 
Apesar de envolverem altos custos de implantação e de transporte, 
as hidrelétricas são fontes vantajosas de energia elétrica no Brasil. 
Na maior parte dos rios de planalto, existem trechos navegáveis 
localizados nas porções relativamente planas entre dois saltos, 
com no Rio Paraná ou no Rio São Francisco. Embora sejam 
grandes produtores de energia, esses rios são também utilizados 
para navegação. 
Os rios brasileiros que se localizam em planícies, cerca de ¼ da 
superfície do país, são utilizados para navegação. Em alguns 
casos, os rios são a única opção de transporte, como em trechos 
do Rio Amazonas ou do Rio Paraguai, onde estão localizados os 
dois principais portos fluviais brasileiros, o de Manaus, no Rio 
Negro (afluente do Amazonas) e o de Corumbá, no Rio Paraguai, 
que serve o Pantanal Mato-Grossense. O relevo ainda exerce um 
papel importante como elemento de separação e de abastecimento 
das bacias hidrográficas através dos centros dispersores de 
águas. No Brasil, há pelo menos dois desses dispersores, que 
atendem às maiores bacias hidrográficas: o Planalto das Guianas e 
o Planalto Brasileiro, particularmente o Planalto Central. 
BACIA AMAZÔNICA 
 
É a maior bacia hidrográfica do mundo, estendendo-se por terras 
da Bolívia, Peru, Colômbia,Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana 
Francesa e Brasil. Ocupa uma área de 6.892.475km², sendo 
3.984.467km² no Brasil (46,8% do território nacional) e tendo 65% 
de sua área em território brasileiro, abrangendo toda a região Norte 
e trechos da porção setentrional dos estados de Mato Grosso e 
Goiás. 
 
A Bacia Amazônica recebe ação direta do clima equatorial, cujas 
precipitações são elevadas todos os meses, gerando um total 
anual de pluviosidade da ordem de 2.000 a 2.500 mm/ano. Isso faz 
com que o Rio Amazonas, eixo dessa bacia, tenha o maior débito 
do mundo, descarregando no Atlântico cerca de 108.000m³/s de 
água, o que significa cerca de 20% da água que todos os rios do 
mundo, despejam em conjunto nos oceanos. 
O Rio Amazonas, junto com o baixo curso de seus afluentes, forma 
um complexo hidroviário de 25.450 km de percurso navegável, que 
é, às vezes, a única opção real de transporte no interior da 
Amazônia. 
 
 
 
 
 354 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) 
 
Agência Barco da Caixa Econômica 
O RIO AMAZONAS 
“Foram necessários seis dias e cinco noites em meio a um 
clima inóspito, a 5,6 mil metros de altitude, para que a primeira 
expedição científica brasileira consolidasse a localização da 
nascente do rio Amazonas na cordilheira de Chila, nos Andes 
do sul do Peru. Os dados coletados indicam que a principal 
vertente começa no Nevado Mismi a partir da Quebrada 
(córrego) Apacheta. Entre a nascente e o oceano Atlântico, o 
curso d’água ganha nomes de Lloqueta, Apurimac, Ene, 
Tambo, Ucayali, Solimões e Amazonas. 
Segundo os pesquisadores, com esta localização o rio pode 
chegar a 6.850 km de extensão, embora seu comprimento 
possa variar ano a ano com os meandros da planície 
amazônica. [...] 
Os trabalhos desenvolvidos pelo pesquisador no local 
incluíram estudos com imagens de satélite e modelos de 
elevação digital do terreno gerados com radar orbital. [...] 
A localização da nascente, a cerca de 1 mil km no sentido sul 
da cabeceira do Rio Marañon, faz com que o Rio Amazonas 
supere o Nilo, com 6.695 km, também em extensão. 
PEDROSO, Marcelo. Pesquisadores mapeiam nascentes do Rio Amazonas. 
Notícias Terra. www.terra.com.br 
PROBLEMAS AMBIENTAIS NA BACIA AMAZÔNICA 
Um dos problemas ligados à Bacia Amazônica está na ocupação 
humana dessa região. A mineração potencializou o assoreamento 
dos rios e a contaminação das águas. A construção da usina 
hidrelétrica de Balbina (a principal usina da região), localizada no 
Rio Uatumã, no município de Presidente Figueiredo, no Amazonas, 
foi considerada o maior desastre ecológico da região. Construída 
para fornecer energia elétrica para a cidade de Manaus, a usina de 
Balbina é apontada por cientistas como emissora de dez vezes 
mais metano (CH4) e gás carbônico (CO2) do que uma termelétrica 
movida a carvão mineral com o mesmo potencial energético. Isso 
se explica pelo fato de a usina de Balbina ter sido construída em 
área florestada, o que provocou uma intensa decomposição do 
material orgânico no fundo do lago (milhões de árvores que tiveram 
suas raízes submersas não foram retiradas e apodreceram, 
emitindo assim uma grande quantidade de gases estufa). O lago 
tem cerca de 30 metros de profundidade, não havendo oxigênio no 
fundo, o que favorece o aumento da atividade de bactérias 
anaeróbias (processo denominado eutrofização). 
A usina de Balbina é considerada um erro histórico devido à baixa 
geração de energia em relação à área alagada, uma vez que a 
energia produzida pela usina, além de ter um custo altíssimo, é 
insuficiente para abastecer a própria cidade de Manaus, além de 
ter inundado uma grande área florestal. Além disso, os habitantes 
das margens do rio não mais puderam usar a água, que ficou 
poluída e ácida. A maioria dos municípios do Amazonas ainda se 
abastece por geradores movidos a petróleo. 
NOTÍCIAS DA AMAZÔNIA 
Agosto de 2011, cidade do Rio de Janeiro. Aquele que era para 
ter sido tão somente mais um Congresso Internacional da 
Sociedade Brasileira de Geofísica, aliás, o 12º, transformou-se 
numa importante vitrine para uma equipe de pesquisadores de 
Geofísica do Observatório Nacional, sediado no Rio de 
Janeiro. No evento, a equipe anunciou uma descoberta que 
percorreu o mundo prontamente: um rio subterrâneo que se 
movimenta 4 quilômetros abaixo do Rio Amazonas. Por que tal 
acontecimento despertou tamanho interesse? Afinal, as águas 
subterrâneas são um fenômeno conhecido desde longa data. 
Os poços artesianos, as fontes, os aquíferos atestam. Além 
disso, a infiltração das águas em rochas calcárias possibilita a 
formação de cavernas e grutas, e nessas cavidades as águas 
escoam como riachos subterrâneos. A ilustração ao lado pode 
fornecer uma ideia da dimensão da descoberta, justificando 
tamanha repercussão na mídia e no meio científico. 
Observe que o curso d’água em cena, batizado de Rio Hamza, 
em homenagem ao pesquisador de origem indiana e 
coordenador das pesquisas, Valiya Hamza, possui cerca de 6 
mil quilômetros de extensão. Mas não somente a distância 
percorrida impressiona: em determinados pontos, sua largura 
pode chegar a 400 quilômetros e sua vazão média é de 3.090 
m. Para efeitos de comparação, o Rio Amazonas apresenta até 
100 quilômetros de largura no local pesquisado, e o Rio São 
Francisco uma vazão média de 2.700 m. 
Entre os integrantes da equipe de pesquisadores da 
Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional está a 
doutoranda Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade 
Federal do Amazonas. A descoberta faz parte de suas 
pesquisas envolvendo estudos sobre geotermia, ramo da 
Geologia que estuda a temperatura do planeta em diferentes 
profundidades. Para os estudos de geotermia profunda, a 
pesquisadora valeu-se dos dados de temperatura de 241 
poços perfurados pela Petrobras ao longo das décadas de 
1970 e 1980, na Amazônia. Tais perfurações aconteceram em 
bacias sedimentares da região. Como se sabe, esse tipo de 
estrutura geológica pode estar associado à ocorrência de 
petróleo, razão pela qual foram realizadas as perfurações. Por 
outro lado, os terrenos sedimentares apresentam porosidade e 
permeabilidade tal que permitem não só o escoamento e a 
circulação da água, como também o seu armazenamento. 
Essas características auxiliam no entendimento do fenômeno. 
Na altura do estado do Acre, a circulação da água é vertical até 
cerca de 2 quilômetros de profundidade-, onde muda de 
direção para, em profundidades maiores, ao redor dos 4 
quilômetros, tornar-se quase horizontal. Nesse aspecto, o Rio 
Hamza mais uma vez se distingue do Amazonas: enquanto 
neste as águas se deslocam a uma velocidade de 0,1 a 2 
metros por segundo, naquele o fluxo se dá na ordem de 10 a 
100 metros por ano. De fato, as rochas sedimentares se 
assemelham a uma esponja, ou melhor, o atrito causado pela 
rocha sedimentar impede o deslocamento mais rápido das 
águas. 
	SEMANA 36 - GEOGRAFIA II - HIDROGRAFIA IV - TRIGUEIRO - atual

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